Resolução 668

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JUSTIÇA FEDERAL

CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL

RESOLUÇÃO N. 668/2020 - CJF, DE 09 DE NOVEMBRO DE 2020.

Dispõe sobre a Estratégia da Justiça


Federal 2021-2026.

O PRESIDENTE DO CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL,


no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista o decidido no Processo SEI n.
0001567-65.2020.4.90.8000, na sessão realizada em 9 de novembro de 2020,
CONSIDERANDO a competência do Conselho da Justiça Federal
– CJF de órgão central do Sistema da Justiça Federal, estabelecida no art. 105,
parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e no disposto no art. 3º da Lei
n. 11.798, de 29 de outubro de 2008; e
CONSIDERANDO a Resolução CNJ n. 325, de 29 de junho de
2020, que dispõe sobre a Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021 2026, e a
Portaria CNJ n. 59, de 23 de abril de 2019, que regulamenta o funcionamento e
estabelece procedimentos sobre a Rede de Governança Colaborativa do Poder
Judiciário,

RESOLVE:

Art. 1º O Plano Estratégico da Justiça Federal – PEJF fica


aprovado na forma do Anexo e será gerido conforme o disposto nesta Resolução,
contendo os seguintes elementos:
I – Missão: é a razão da existência da organização e define seu
propósito institucional;
II – Visão de Futuro: é a projeção de um cenário idealizado,
possível e desejável da organização, de maneira clara, atraente e viável. Define o
modo como a organização pretende ser percebida;
III – Valores: são costumes, posturas e ideias que direcionam o
comportamento das pessoas na organização e permeiam todas as suas atividades e
relações;
IV – Macrodesafios: são as diretrizes estratégicas nacionais para o
Poder Judiciário e as específicas para a Justiça Federal;

Este texto não substitui a publicação oficial.


V – Metas Nacionais e Específicas do Segmento: são resultados
mensuráveis que representam a quantificação dos macrodesafios, definidas
anualmente, em reuniões da Rede de Governança Colaborativa do Poder
Judiciário;
VI – Portfólio de Projetos Nacionais da Justiça Federal: é a
consolidação dos projetos nacionais da Justiça Federal, visando à gestão e à
execução desses, atualizado anualmente.
§ 1º O PEJF está alinhado ao Planejamento Estratégico do Poder
Judiciário.
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais desdobrarão o PEJF em
objetivos estratégicos, indicadores de desempenho, metas e projetos estratégicos
regionais.
Art. 2º A Rede de Governança da Estratégia da Justiça Federal é
formada pelos seguintes comitês:
I – Comitê Gestor de Estratégia da Justiça Federal – COGEST;
II – Comitês de Gestão Estratégica Regionais – CGER;
III – Comitês Institucionais de 1º e 2º graus – CGI;
IV – Comitê Gestor Institucional do CJF – CGI-CJF.
Art. 3º Integram o COGEST:
I – o presidente do CJF ou um ministro conselheiro por ele
designado, que o coordenará;
II – os presidentes dos TRFs ou magistrados por eles indicados
para acompanhamento da estratégia;
III – o corregedor-geral da Justiça Federal ou um magistrado por
ele indicado;
IV – o secretário-geral do CJF;
V – os diretores-gerais dos TRFs.
Art. 4º São atribuições do COGEST:
a) aprovar as alterações nos elementos relacionados no art. 1º;
b) aprovar o Plano de Comunicação da Estratégia da Justiça
Federal;
c) indicar a ordem de prioridade de destinação de insumos e
recursos orçamentários e humanos para o desenvolvimento, a implantação e a
manutenção das iniciativas estratégicas constantes do PEJF;
d) propor políticas, diretrizes e recomendações para o
aperfeiçoamento da Justiça Federal;

Este texto não substitui a publicação oficial.


e) aprovar a proposta de alteração da Política de Gestão de Riscos
do Conselho e da Justiça Federal de 1º e 2º graus;
f) aprovar o Referencial Metodológico de Gestão de Riscos do
Conselho e da Justiça Federal de 1º e 2º graus;
g) promover a convergência das ações aprovadas no âmbito dos
fóruns, comitês e comissões do CJF e unidades sistêmicas para o planejamento
estratégico;
h) monitorar o desenvolvimento da Estratégia da Justiça Federal;
i) promover eventos anuais para a avaliação e divulgação da
Estratégia da Justiça Federal;
j) aprovar a parametrização do glossário de metas do PEJF e do
Plano Estratégico do Poder Judiciário aplicáveis à Justiça Federal;
k) estabelecer e monitorar os riscos que a Estratégia da Justiça
Federal está preparada para buscar, reter ou assumir, visando maximizar os
resultados.
§ 1º As revisões do PEJF serão realizadas quando necessárias.
§ 2º Cabe às áreas de Gestão Estratégica, de Tecnologia da
Informação e de Comunicação do Conselho da Justiça Federal prestar
assessoramento técnico ao COGEST.
§ 3º O COGEST elegerá, na forma de rodízio anual, um
representante do segmento Justiça Federal, dentre os membros indicados na forma
do art. 3º, inciso II, para atuar no Comitê Gestor Nacional, instituído pela Portaria
CNJ n. 59/2019.
§ 4º O COGEST reunir-se-á, ao menos, quadrimestralmente, para
avaliação e acompanhamento dos resultados, buscando possíveis subsídios para o
aprimoramento do desempenho da Justiça Federal.
§ 5º As despesas referentes às iniciativas nacionais constantes no
Portfólio de Projetos Nacionais da Justiça Federal serão aprovadas pelo Plenário
do CJF, anteriormente à execução destas.
§ 6º O Glossário de Metas Específicas da Justiça Federal deverá
ser divulgado no Portal do Conselho da Justiça Federal.
Art. 5º Integram o CGER:
I – o presidente do Tribunal Regional Federal ou um magistrado,
membro do COGEST;
II – o corregedor regional ou um magistrado por ele indicado;
III – o coordenador dos juizados especiais ou um magistrado por
ele indicado;

Este texto não substitui a publicação oficial.


IV – o coordenador do sistema de conciliações ou um magistrado
por ele indicado;
V – o diretor de Escola da Magistratura Federal ou um magistrado
por ele indicado;
VI – pelo menos dois diretores de foro, em forma de rodízio anual
entre as seções judiciárias, conforme regulamentado pelo tribunal;
VII – o diretor-geral.
Parágrafo único. A coordenação do CGER será do presidente do
tribunal ou de magistrado por ele indicado.
Art. 6º São atribuições do CGER:
I – encaminhar ao COGEST:
a) propostas de políticas, diretrizes e recomendações para o
aperfeiçoamento da Justiça Federal;
b) propostas para atualização do PEJF.
II – aprovar o plano estratégico regional contendo objetivos
estratégicos, metas e iniciativas da Região;
III – executar, no âmbito regional, o Plano de Comunicação da
Estratégia da Justiça Federal;
IV – sugerir os insumos e recursos, orçamentários e humanos, para
o desenvolvimento, implantação e manutenção das iniciativas estratégicas e
alcance de metas na Região;
V – promover, pelo menos quadrimestralmente Reuniões de
Análise da Estratégia – RAEs;
VI – propor pautas temáticas ao COGEST.
§ 1º A estratégia regional deve estar alinhada à Estratégia da
Justiça Federal.
§ 2º Cabe às áreas de gestão estratégica e de Tecnologia da
Informação e Comunicação prestar assessoramento técnico ao CGER.
§ 3º O presidente do tribunal dará conhecimento ao órgão
colegiado competente das deliberações do CGER na sessão subsequente.
Art. 7º Integram o CGI do CJF:
I – secretário-geral, que o coordenará;
II – magistrado indicado pela Corregedoria-Geral da Justiça
Federal;
III – diretor executivo de administração de gestão de pessoas;
IV – diretor executivo de planejamento e de orçamento;

Este texto não substitui a publicação oficial.


V – os titulares das unidades do CJF.
Art. 8 º São atribuições do CGI:
I – encaminhar ao COGEST proposta de políticas, diretrizes e
recomendações para o aperfeiçoamento da Justiça Federal e atualização do PEJF;
II – aprovar metas e iniciativas estratégicas do CJF;
III – garantir os insumos e recursos, orçamentários e humanos,
para o desenvolvimento, implantação e manutenção das iniciativas estratégicas,
além do alcance de metas do CJF;
IV – promover, pelo menos quadrimestralmente, Reuniões de
Análise da Estratégia – RAEs;
V – priorizar demandas e supervisionar a execução do PDTI do
CJF.
VI – propor, coordenar e monitorar as ações decorrentes da política
de Gestão de Pessoas do CJF. (NR) (Incluído pela Resolução n. 698, de 15 de
março de 2021)
VII – orientar, coordenar, supervisionar e avaliar o processo de
implementação da Lei n. 13.709/2018 no CJF; (Incluído pela Resolução n. 717, de
29 de junho de 2021)
VIII – supervisionar a aplicação da política geral de privacidade e
proteção de dados pessoais do CJF; (Incluído pela Resolução n. 717, de 29 de
junho de 2021)
IX – avaliar projetos de automação e inteligência artificial para
adoção das medidas cabíveis para a proteção de dados pessoais no CJF. (NR)
(Incluído pela Resolução n. 717, de 29 de junho de 2021)
Parágrafo único. Cabe às áreas de Gestão Estratégica e de
Tecnologia da Informação e de Comunicação prestar o assessoramento técnico ao
CGI.
Art. 9º Os Tribunais Regionais Federais – TRFs manterão comitê
institucional para o 1º e 2º graus, com atribuições para elaborar propostas de
políticas e diretrizes, recomendações, planos, iniciativas e referidas
metas, alinhadas à estratégia da Justiça Federal.
Parágrafo único. No 1º grau, os comitês institucionais poderão
agregar mais de uma seção judiciária em sua composição.
Art. 10. A Secretaria de Estratégia e Governança do CJF convocará
reuniões periódicas com a participação das áreas de gestão estratégica dos tribunais
para dar cumprimento às atividades do Sistema de Desenvolvimento Institucional
da Justiça, conforme previsto na Resolução CJF n. 86, de 11 de dezembro de 2009.
Art. 11. As propostas orçamentárias de cada órgão deverão estar
alinhadas ao PEJF de forma a garantir os recursos necessários à execução deste.
Este texto não substitui a publicação oficial.
Art. 12. Para o alcance da estratégia 2021-2026, deverão ser
desenvolvidas iniciativas estratégicas (programas, projetos e ações), quando se
tratar da implantação de um serviço ou de um produto inovador, ou realizada a
otimização de processos, quando se relacionar com a melhoria de resultados
operacionais e rotineiros, observados os referenciais metodológicos definidos pelo
COGEST.
Art. 13. Os Tribunais Regionais Federais deverão manter
atualizadas as informações relativas às metas do PEJF e às iniciativas estratégicas
constantes no Portfólio de projetos estratégicos nacionais da Justiça Federal.
Art. 14. Os casos omissos serão submetidos à Presidência do
Conselho da Justiça Federal.
Art. 15. O Anexo de que trata o art. 1º desta Resolução será
disponibilizado no sítio do Conselho da Justiça Federal e será revisto quando
necessário, não ensejando necessariamente alteração desta Resolução.

MINISTRO HUMBERTO MARTINS


Presidente

Autenticado eletronicamente por Ministro HUMBERTO EUSTÁQUIO SOARES


MARTINS, Presidente, em 11/11/2020, às 17:23, conforme art. 1º, §2º, III, b, da Lei
11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site


https://sei.cjf.jus.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_a
cesso_externo=0 informando o código verificador 0168358 e o código
CRC 910ECEE2.

Processo nº0001567-65.2020.4.90.8000 SEI nº0168358

Este texto não substitui a publicação oficial.


2021 PLANO ESTRATÉGICO da

JUSTIÇA FEDERAL
2026 RESUME AS PRIORIDADES DO SEGMENTO
PARA O PERÍODO

1
2
COMPOSIÇÃO DO CJF MEMBROS EFETIVOS

Ministro Humberto Eustáquio Soares Martins


Presidente

Ministro Jorge Mussi


Vice-Presidente e Corregedor-Geral da Justiça Federal

Ministro Antonio Carlos Ferreira


Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva
Ministro Sebastião Alves Dos Reis Júnior

Desembargador Federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes


Presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região

Desembargador Federal Roy Reis Friede


Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região

Desembargador Federal Mairan Gonçalves Maia Júnior


Presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região

Desembargador Federal Victor Luiz Dos Santos Laus


Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região

Desembargador Federal Vladimir Souza Carvalho


Presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região

MEMBROS SUPLENTES

Ministro Marco Aurélio Gastaldi Buzzi


Ministro Marco Aurélio Bellizze Oliveira
Ministra Assusete Dumont Reis Magalhães
Desembargador Federal Francisco De Assis Betti
Desembargador Federal Messoad Azulay
Desembargadora Federal Consuelo Yatsuda Moromizato Yoshida
Desembargador Federal Luís Alberto D’Azevedo Aurvalle
Desembargador Federal Lázaro Guimarães

COM DIREITO A ASSENTO E VOZ

Presidente da Associação dos Juízes Federais – AJUFE


Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB
Juíz Federal Marcio Luiz Coelho de Freitas
Secretário-Geral

3
O Plano Estratégico da Justiça Federal - PEJF resume as prioridades do Segmento para o
período de 2021 a 2026.
O Plano Estratégico da Justiça Federal - PEJF resume as prioridades do Segmento para o
período de 2021 a 2026.
O processo de elaboração teve início a partir da proposição da Estratégia Nacional do Po-
der Judiciário para o sexênio e seus Macrodesafios, normatizada pela Resolução n. 325 de 29
de junho de 2020.
Os macrodesafios do Poder Judiciário foram definidos com intensa participação dos ór-
gãos do Judiciário, que se organizaram por meio de uma rede colaborativa de governança
coordenada pela Presidência do Conselho Nacional de Justiça.
A Justiça Federal, além de acatar todos os macrodesafios do Judiciário, propôs, ainda, dois
específicos, definidos após a realização de análise de cenário e pesquisa pública, da qual par-
ticiparam mais de 12.000 respondentes, entre cidadãos, magistrados, servidores e advogados.
Para atendimento aos macrodesafios, o PEJF foi estruturado em três perspectivas: socieda-
de, processos internos e aprendizado e crescimento.
O Plano Estratégico da Justiça Federal será desdobrado em objetivos estratégicos regio-
nais, que especificarão os macrodesafios, levando em consideração as peculiaridades locais.
Além disso, serão monitorados indicadores e metas nacionais, definidas anualmente, assim
como será estabelecido portfólio dos projetos estratégicos nacionais, para a sustentação da
estratégia definida.

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ANÁLISE DE AMBIENTE
Como etapa relevante da elaboração do planejamento, foi sugerida Coube ao CJF a consolidação dos levantamentos realizados, que resultou na
aos tribunais a realização de análise do ambiente externo (oportunidades matriz abaixo:
e ameaças) e do ambiente interno (pontos fortes e fracos), com a finalida-
de de auxiliar no direcionamento das propostas na medida em que identi-
CENÁRIO EXTERNO
fica fatores relevantes a serem incorporados à estratégia.
A análise de cenário contou com a realização de entrevistas e reuniões, Oportunidades Ameaças
nas quais foram levantados aspectos que podem impactar positiva ou ne-
gativamente na atuação da Justiça Federal. • Apoio do CNJ na implantação do PJe • Crise econômica e social decorrente
e virtualização do acervo físico. da pandemia.
• Ampliação do trabalho remoto. • Redução da força de trabalho, em
• Uso de tecnologias para racionaliza- virtude da reforma da previdência.
ção de recursos e facilitar o acesso da • Aumento do número de processos.
população. • Restrição orçamentária.
O ambiente externo não está sob o controle direto da organização, po- • Possibilidade de otimização de perí- • Custo de manutenção da infraestrutu-
rém, deve ser conhecido e monitorado para que as oportunidades pos- cias. ra e serviços.
sam ser aproveitadas e as ameças enfrentadas. Os aspectos observados • Estímulo a soluções coletivas.
no ambiente interno são, na maioria das vezes, resultado das estratégias • Parcerias com AGU, PFN, INSS, MPF.
de atuação definidas pelos próprios órgãos da Justiça Federal.
Assim, busca-se reforçar os processos de melhoria contínua, com foco
CENÁRIO INTERNO
na inovação e nos recursos tecnológicos, a fim de possibilitar mais acesso e
efetividade ao jurisdicionado. Além disso, será proposto incremento nas par- Pontos Fortes Pontos Fracos
cerias, que possibilitarão a adoção de soluções eficientes para os problemas
recorrentes do Segmento. • Quadro de magistrados e servidores • Quantitativo de pessoal reduzido.
As questões financeiras e sanitárias, identificadas como impactantes, qualificados e comprometidos. • Procedimentos burocratizados em
tornaram urgente a discussão sobre novas formas de comunicação, ofer- • Qualidade e possibilidade de unifica- excesso.
ção dos sistemas processuais. • Necessidade de ampliar ações de
ta de serviços e processos de trabalho. O teletrabalho surgiu como uma
• Instalações físicas adequadas. capacitação.
realidade, assim como a necessidade de se fazer mais com menos, não • Boa relação com órgãos parceiros. • Gestões curtas que podem gerar des-
deixando de manter a qualidade dos serviços prestados. • Infraestrutura de tecnologia da infor- continuidade.
O aumento no número de casos novos demanda novas formas de mação e comunicação que permite • Comunicação interna e externa defi-
atuação da Justiça Federal, seja pelos meios alternativos de solução de inovação e virtualização do acervo. citária.
conflitos, pela resolução dos processos em massa e pela automatização. • Estrutura organizacional disfuncional.
• Demora na sedimentação da jurispru-
A estratégia definida para o período abarca estes desafios, e propõe alter-
dência das instâncias superiores.
nativas para a prestação jurisdicional efetiva, transparente e sustentável.

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GESTÃO PARTICIPATIVA

Ainda como instrumento de apoio na construção da estratégia do próximo ci-


clo, foi realizada Pesquisa Pública com o objetivo de coletar opiniões de servidores,
magistrados, advogados e cidadãos sobre a efetividade, a transparência e a priori-
zação dos macrodesafios.
A pesquisa contou com 12.582 respondentes, sendo 7.531 advogados, 3.179 ci-
dadãos, 1.745 servidores e 127 magistrados.
56,9% dos respondentes concordam que a Justiça Federal tem cumprido o seu
papel com efetividade e houve 67,8% de concordância de que a Justiça Federal
cumpre o seu papel com transparência.
Quanto à priorização, não houve uma diferença significativa entre os macrode-
safios, sendo que o primeiro, com 90% de escolha foi garantia dos direitos funda-
mentais, seguido pelo enfrentamento à corrupção e à improbidade administrativa,
com 88% de indicações.
Com relação à eleição de outros temas a serem priorizados pelo Segmento, apa-
receram como mais indicados benefícios previdenciários, saúde e meio ambiente.

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DEFINIÇÕES ESTRATÉGICAS

Com base na análise de ambiente, entrevistas com elementos chave da administra-


ção, análise do desempenho do atual plano, opinião da sociedade na pesquisa pública
entre outros, os tribunais elaboraram propostas para as definições estratégicas, que nor-
tearão as proposições para o novo ciclo de planejamento. Elas foram assim consolidadas:

MISSÃO DA JUSTIÇA FEDERAL:

Garantir à sociedade uma prestação jurisdicional acessível, rápida e efetiva.

VISÃO DE FUTURO DA JUSTIÇA FEDERAL:

Consolidar-se perante a sociedade como justiça efetiva, transparente e sustentável.

VALORES:

• Ética;
• Respeito à cidadania e ao ser humano;
• Sustentabilidade;
• Transparência;
• Qualidade;
• Inovação;
• Cooperação.

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MACRODESAFIOS
Com a edição da Resolução CNJ, n. 325, de 29 de junho de 2020, que dispõe sobre a Estratégia
Nacional do Poder Judiciário 2021-2026, ficaram definidos 12 macrodesafios nacionais, elementos
norteadores aos quais deve-se manter alinhamento na elaboração e execução da estratégia. Além
disso, a Justiça Federal estabeleceu 2 macrodesafios específicos, para atendimento às expectativas
do Segmento. Desta forma, serão foco de atuação no sexênio:

MACRODESAFIOS NACIONAIS

• Garantia dos direitos de cidadania


• Fortalecimento da relação institucional da Justiça Federal com a sociedade
• Agilidade e produtividade na prestação jurisdicional
• Enfrentamento à corrupção e à improbidade administrativa
• Prevenção de litígios e adoção de soluções consensuais para os conflitos
• Consolidação do sistema de precedentes obrigatórios
• Promoção da sustentabilidade
• Aperfeiçoamento da gestão da Justiça criminal
• Aperfeiçoamento da gestão administrativa e da governança judiciária
• Aperfeiçoamento da gestão de pessoas
• Aperfeiçoamento da gestão orçamentária e financeira
• Fortalecimento da estratégia de TIC e de proteção de dados

MACRODESAFIOS ESPECÍFICOS

• Fortalecimento da seguraça e proteção institucional


• Aprimoramento da gestão do acervo de ações relativas a benefícios previdenciários e assistenciais

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Apresentado de forma gráfica, a estratégia da Justiça Federal fica assim consolidada:

MAPA ESTRATÉGICO DA JUSTIÇA FEDERAL

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INDICADORES Prevenção de litígios e adoção de soluções consensuais para os
conflitos

A Justiça Federal terá a seguinte cesta de indicadores: • Índice de Conciliação;


• Índice de realização de audiências nos CEJUSCs (audiências realizadas nos CEJUSCs
em relação aos casos novos);
Garantia dos direitos fundamentais • Índice de casos remetidos para câmara de conciliação/mediação;
• IC334 - Índice de realização de audiências do artigo 334 do CPC.
• IAJ - Indicador de Acesso à Justiça.

Consolidação do sistema de precedentes obrigatórios


Fortalecimento da relação institucional da
Justiça Federal com a sociedade • Tempo médio entre o trânsito em julgado do precedente e o trânsito em julgado do
processo em que a tese deveria ter sido aplicada;
• Pesquisa de Avaliação da Justiça Federal; • Tempo médio entre a afetação/admissão e a publicação do acórdão de mérito nos
• Índice de Transparência. Incidentes de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR);
• Tempo médio entre a afetação/admissão e a publicação do acórdão de mérito nos
Incidentes de Assunção de Competência (IAC).
Agilidade e produtividade na prestação jurisdicional

• Taxa de congestionamento das execuções fiscais; Promoção da sustentabilidade


• TCL - Taxa de Congestionamento Líquida, exceto execuções fiscais;
• Índice de Atendimento à Demanda; • Ids - índice de desempenho de sustentabilidade.
• Tempo médio de tramitação dos processos pendentes nas fases dentro
da Justiça Federal.
Aperfeiçoamento da Gestão da Justiça criminal

Enfrentamento à corrupção e à improbidade • Taxa de encarceramento;


administrativa • TpCpCCrim – Tempo médio dos processos criminais pendentes na fase de conhecimento;
• TpDecPen - Tempo médio das decisões em execução penal;
• Índice de prescrição; • TpPrisProv – Tempo médio de julgamento em primeira instância dos presos provisórios;
• TpCpICE - Tempo Médio dos processos pendentes de Improbidade • TpPrisProv - Tempo médio de julgamento em primeira instância dos presos pro-
e Corrupção; visórios: indica o tempo médio entre o dia da prisão dos presos provisórios e o
• Tempo médio de tramitação dos processos administrativos disciplinares. julgamento em primeira instância;

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Aperfeiçoamento da Gestão administrativa e da Fortalecimento da estratégia nacional de TIC e
governança judiciária de proteção de dados

• Desempenho dos órgãos no Prêmio CNJ de Qualidade nos eixos • IGovTIC-JUD (indicador da TI) - avalia Governança, gestão e infraestrutura de TIC;
“Governança” e “Qualidade da Informação”; • Percentual de casos eletrônicos sobre acervo total.
• Estágio do órgão em governança institucional.

Aperfeiçoamento da gestão de segurança institucional


Aprimoramento da gestão do acervo de ações relativas
a benefícios previdenciários e assistenciais • Não será definido indicador para o primeiro ano do ciclo de planejamento, pois
será necessária a edição do Plano de segurança orgânica e do Plano de segu-
• Índice de julgamento das ações previdenciárias e assistenciais. rança pessoal.

Aperfeiçoamento da Gestão de pessoas

• Índice de absenteísmo-doença.
• PRQV – Percentual da força de trabalho total participante de ações de
qualidade de vida no trabalho.
• Índice de capacitação de magistrados.
• Índice de capacitação de servidores.

Aperfeiçoamento da Gestão orçamentária e financeira

• IDOB - Índice de Dotações para Despesas Obrigatória;


• IEDD - Índice de Execução das Dotações para Despesas Discricionárias;
• IEP - Índice de Execução das Dotações para Projetos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Planejamento estratégico da Justiça Federal consolida os propósitos do


Segmento, mantendo alinhamento à Estratégia Nacional do Poder Judiciário.
Trata-se de diretriz a ser desdobrada regionalmente, para atendimento de pecu-
liaridades específicas.
Torna-se especialmente desafiadora a tarefa de monitorar a execução do Pla-
no, com reavaliação constante, por se tratar de instrumento dinâmico e integra-
do ao contexto interno e externo. Dessa forma, o Comitê Gestor da Estratégia da
Justiça Federal – COGEST, manterá, periodicamente, reuniões de avaliação da
estratégia, para reconhecer os acertos e erros, propondo correção de rumos, se
necessário.
O conteúdo ora apresentado deve ser amplamente divulgado, a fim de que
haja o engajamento dos envolvidos, possibilitando o alcance dos resultados de-
sejados pela sociedade: uma justiça efetiva, transparente e sustentável.

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www.cjf.jus.br

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