Modelos de Negócio E Pitch
Modelos de Negócio E Pitch
Modelos de Negócio E Pitch
1. Introdução
Albert Eisntein (1879 – 1955) dizia que “se você não consegue explicar de maneira
simples, então você não entendeu o suficiente”.
Comunicar a ideia de um negócio não é fácil para ninguém, pois o próprio ato de
comunicar é complexo, contudo, durante o processo de comunicação é fácil perceber
o nível de conhecimento que o comunicador possui sobre o assunto que se dispôs a
apresentar.
Tecnicamente, todo negócio necessita ser desenhado, para que a ideia tome forma e
seja ampliada, oferecendo a visão de viabilidade e potencialidade do negócio.
O pior dos cenários para qualquer empreendedor é abrir as portas do seu negócio
sem algum tipo de instrumento norteador das suas ações de curto, médio e longo
prazo.
Por que dissemos isso? A resposta é simples, deixemos de lado o longo prazo, e
vamos focar no que é comum acontecer no curto e médio prazo. É público e notório
que a maioria dos pequenos negócios no Brasil fecha suas portas antes do terceiro
ano de atividade, e esse período representa justamente o tempo de desenvolvimento
de um negócio rumo à sua consolidação.
Grando (2012) corrobora com a visão de Dornelas (2008). ao afirmar que esse
processo de construção da visão do negócio é uma fase importante para o nascimento
de negócios competitivos. Nesse momento, o empreendedor passa a perceber os
potenciais e riscos da ideia do negócio.
Conceitualmente, Grando (2012) entende que a entrega de valor é aquilo que resolve
o problema no momento de uma necessidade e que vai além das expectativas do
consumidor.
Filion e Dolabela (2002) falam sobre trabalhar com modelos de negócios a partir dos
aprendizados que o mercado oferece. Por exemplo, contextualizam muito bem o
evento de estouro da bolha das empresas de tecnologias, ocorrido em 11 de março de
2000 nos Estados Unidos da América.
Conheça um pouco mais sobre o evento de estouro da bolha das empresas
tecnológicas ocorrida em março de 2000 nos Estados Unidos da América.
Startup significa o ato de começar algo, normalmente relacionado
com companhias e empresas que estão no início de suas atividades e que
buscam explorar atividades inovadoras no mercado. Empresas startup são
jovens e buscam a inovação em qualquer área ou ramo de atividade,
procurando desenvolver um modelo de negócio escalável e que seja
repetível…
1) Intermediação de negócios;
2) Comercialização de propaganda;
3) Mercado virtual;
4) Empresarial;
5) Redes sociais.
Exemplos de
Categoria Descrição Negócios
4) Aberto: esse modelo pode ser utilizado por companhias para criar e capturar
valor sistematicamente colaborando com parceiros externos. Isto pode acontecer de
“fora para dentro”, explorando ideias externas dentro da empresa, ou de “dentro para
fora”, fornecendo a grupos externos ideias ou recursos internos. (OSTERWALDER e
PIGNEUR, 2011, p.117).
Há alguns modelos que as startups têm preferência pelo uso, destacamos o SaaS, o
Marketplace e o B2B.
Leia o material a seguir, que apresenta alguns modelos de uso preferencial
pelas startups.
Não podemos negar o fato de que o modelo de empresas startups tomou conta do
?
Se você fosse um investidor, o que levaria em consideração no momento de
investir em uma empresa startup: a rentabilidade, a solidez do negócio no
tempo, ou qualquer outro fator motivador para o investimento?
Para facilitar o trabalho, tenha sempre em mãos caneta e papel adesivo, procure
responder às perguntas que forem feitas e registre tudo para que as contribuições de
outros não se percam.
Por fim, nessa construção você deve imaginar o modelo de negócios como um
sistema, em que se estabelece a conexão entre os vários elementos, descrevendo um
todo organizado. Convém destacar também que essa descrição pode ser feita de
forma linear, com textos e números, ou de forma visual, como um desenho de um
boneco, um gráfico ou outros elementos.
Ries (2011) entende que nas startups a percepção de entrega de valor e seus impactos
futuros sobre o negócio é crucial para a venda de ideias, pois não basta vender o seu
potencial comercial, é preciso apresentar as formas de mitigar os riscos ao negócio e
sua sustentabilidade no tempo. Esse autor complementa seu raciocínio afirmando
que esse é um processo de aprendizado trazido do evento de estouro da bolha das
empresas de tecnologia, pois naquele momento eram vendidas ideias com a promessa
de lucros exorbitantes, desconsiderando os riscos e os próprios limites do mercado.
Ries (2011) argumenta que realmente não é fácil vender a essência de uma ideia de
negócio em poucos minutos, contudo esse tipo de atividade gera níveis elevados de
confiança entre as partes, o investidor e o empreendedor. A confiança deve ser
materializada, entre outros, na demonstração, por parte do empreendedor, do seu
total conhecimento sobre o negócio, incluindo elementos como tendências, riscos,
métricas, vantagens competitivas, estratégias, enfim, se pudéssemos resumir tudo
isso em uma só expressão, diríamos que o empreendedor deve demonstrar conhecer
muito bem o seu mercado.
Agora, imagine-se na seguinte situação: você tem uma ideia de negócio fantástica, já
?
Como convencer alguém a colocar dinheiro em uma ideia empreendedora em
pouco tempo e que ainda não saiu do papel?
O fato é que, como Ries (2011) comenta, no pitch, que comumente é a primeira
aproximação com o potencial investidor, o empreendedor deve vender o diferencial
da ideia e suas potencialidades, estabelecendo uma relação de confiança com o
investidor.
Por vezes, sobretudo durante conversas não formais, a ideia precisa ser apresentada
sem o auxílio de instrumentos visuais e de condução de conteúdo, isto é, o
convencimento deve ocorrer verbalmente. Então, dessa forma, o empreendedor pode
até pensar que o sucesso do seu negócio pode depender de uma conversa com
duração de poucos minutos.
Conforme apresentado por Spina (2012, p. 9), pitch é uma apresentação rápida de um
projeto ou negócio, com a “intenção de vender a ideia para investidores”. Essa forma
de apresentar é utilizada amplamente por empresas que adotam como estratégia a
captação de recursos de investidores para seus projetos, como as empresas do setor
de tecnologia. Ampliando um pouco mais essa definição de pitch, podemos afirmar
que qualquer empresa que necessite convencer o público a acreditar no seu produto
ou negócio, pode fazê-lo por meio de um pitch.
Vários são os tipos de pitches que podem ser aplicados em diferentes situações.
Inspirados em Spina (2012), descrevemos rapidamente três deles:
1) One-sentence pitch: esse tipo prima pela objetividade, pois a ideia do negócio
de ser resumida em apenas uma frase. Esse é o grande desafio do one-sentence pitch,
também chamado de twitter pitch. Ele consiste na forma mais sucinta que o
empreendedor pode descrever o seu negócio. Dessa forma, o empreendedor deve ter
a) A identificação da empresa.
3) Pitch Deck: esse tipo de pitch consiste em uma apresentação de slides que dá
suporte à fala do empreendedor, portanto, é o tipo de pitch em que o apresentador
terá mais tempo para a exposição da ideia. Nessa apresentação já podem ser
utilizados programas como PowerPoint, Keynote ou Prezi, que possibilitam
enriquecer a apresentação com detalhes importantes. Essa é uma oportunidade de,
em até 20 minutos, o empreendedor expor com ricos detalhes toda a sua ideia,
contextualizando muito bem a oportunidade identificada e gerada para o investidor.
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4. Conclusão
Nesse tópico você viu que o modelo de negócios é um excelente momento para
desenhar visões sobre o negócio, identificando potencialidades, riscos, diferenciais,
indicar o mercado, entre outros aspectos que fazem desse um importante
instrumento.
Percebeu também que a ideia inicial pode sofrer ajustes em função da intensa
atividade de compartilhamento e contribuições para que a ideia empreendedora se
transforme em um modelo de negócio.
É sempre bom lembrar que escrever ideias consiste em atividade complexa, contudo,
fundamental para buscar apoios no mercado.
5. Referências
DORNELAS, José C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 3.
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
FILION, Louis J.; DOLABELA, Fernando. Boa ideia! E agora? Plano de negócio, o
caminho seguro para criar e gerenciar sua empresa. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 2002.
GRANDO, Nei. Empreendedorismo Inovador – Como Criar Startups de Tecnologia
no Brasil. São Paulo: Évora, 2012.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson,
2012.
OSTERWALDER, A.; PIGNEUR, Y. Business Model Generation. Inovação em
modelos de negócios: um anual para visionários, inovadores e revolucionários. Rio de
Janeiro. Alfa Books: 2011.
RIES, E. O estilo startup: Como as empresas modernas usam o empreendedorismo
para se transformar e crescer. New York: Crown Business, 2011.
SPINA, Cassio A. O pitch quase perfeito. Anjos do Brasil. São Paulo: 2012.
YOUTUBE (2020). A história da bolha da Internet. Tecmundo. Disponível em:
(https://www.youtube.com/watch?v=yfB0vA7j_TM&t=183s). Acesso em 13 Março
2020.
SIGNIFICADOS (2015). Startup. Disponível em:
https://www.significados.com.br/startup/. Acesso em: 13 Março 2020.
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