Ergonomic Work Analysis (EWA) No Packing Station With Focus On Stationery Industry

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Ergonomic work analysis (EWA) no packing station with focus on stationery industry

Vilma Reges Tamioka de Lima1, Jandecy Cabral Leite2, José Antônio da Silva Souza3
1,2,3
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (PPGEP-
ITEC-UFPA). Avenida Augusto Corre, No. 01. CEP: 66075-110. Caixa Postal 479. PABX +55 91 3201-7000.Guamá. Belém, Pará.
2
Instituto e Tecnologia e Educação Galileo da Amazônia (ITEGAM). Avenida Joaquim Nabuco, N o. 1950. CEP: 69005-080. Fone:
+ 55 92 3584 6145 e +55 92 3248 2646. Centro, Manaus. Amazonas.

ABSTRACT
In the study ergonomics is applied occupational biomechanics to study the interactions between man-machine environment, from the
point of view of posture and movement muscle - skeletal and its consequence. The overall objective is to achieve a reduction of work
without overloading the members of employees of the pens packing station, using the methods of ergonomics and Moore & Garg
tools and NIOSH, achieved results of the implementation of the PDCA methodology. The methodology applied research is literature
of qualitative and quantitative, using the PDCA method to direct AET and solve problems with the help of brainstorning techniques,
Ishikawa chart, 5W2H and NIOSH and Moore & Garg tools to assess task of the risk of overloading to the members of staff. We
used the PDCA method is a method that has the same philosophy and focus of ergonomics interest, the implementation of systems,
together consisting of sources of successes, reverses on the results of comfort performance - productivity, generating benefits for
both the parties, business and employees. The success was evidenced by the revaluation of tasks by NIOSH tool (load survey
analysis on the task of putting cash on the treadmill) and Moore & Garg (overhead analysis in the upper limbs on the task of filling
cartridges with pens), which potentiated low-risk tasks as the appearance of RSI / MSDs; with low claims of employees of
complaints related to activities that reached the lower level to 50% and 20% increase in productivity.

Keywords: Occupational Biomechanics, PDCA cycle, AET, Workstation.

Análise ergonômica do trabalho (AET) no posto de embalagem com foco na indústria de


papelaria
RESUMO
No estudo a ergonomia aplicada é a biomecânica ocupacional por estudar as interações entre homem-máquina-ambiente, sob o ponto
de vista da postura e movimento músculo - esquelético e sua consequência. O objetivo geral é alcançar a redução de trabalho sem
sobrecargas nos membros das funcionárias do posto de embalagem de canetas, utilizando os métodos da ergonomia e ferramentas de
Moore & Garg e NIOSH, resultados conseguidos da implementação da metodologia PDCA. A metodologia aplicada à pesquisa é
bibliográfica, de natureza quali-quantitativa, com a utilização do método PDCA para direcionar AET e solucionar problemas com a
ajuda de técnicas de brainstorning, gráfico de Ishikawa, 5W2H e ferramentas de NIOSH e Moore & Garg para avaliar a tarefa quanto
ao risco de sobrecarga aos membros dos funcionários. Utilizou-se o método PDCA por ser um método que tem a mesma filosofia e
foco de interesse da ergonomia, a implantação dos sistemas, juntos consiste em fontes de sucessos, reverte-se em resultados de
desempenho de conforto - produtividade, gerando benefícios para ambas às partes, empresa e funcionários. O sucesso foi
evidenciado com a reavaliação das tarefas através da ferramenta NIOSH (análise de levantamento de carga na tarefa de colocar caixa
na esteira) e de Moore & Garg (análise de sobrecarga nos membros superiores na tarefa de encher cartuchos com canetas), que
potencializaram as tarefas de baixo risco quanto ao aparecimento de LER/DORT; com baixas reclamações de queixas de
funcionárias relacionadas às atividades que chegaram ao patamar inferior a 50% e com aumento de 20 % na produtividade.

Palavras-Chave: Biomecânica Ocupacional, Ciclo do PDCA, AET, Posto de trabalho.

I. INTRODUÇÃO mais exigente, as indústrias apostam hoje na inovação para manter


a competitividade. A competitividade é o fator de
Diante de uma série de novos desafios apresentados pelo mercado, desenvolvimento socioeconômico de um país e também elemento
como o aumento da concorrência e o surgimento de clientes ainda transformador do cidadão em suas relações humanas e sociais. A

ITEGAM - JETIA Vol. 02, No. 05. Março de 2016. Manaus – Amazonas, Brasil. ISSN 2447-0228 (ONLINE).
http://www.itegam-jetia.org
DOI: https://dx.doi.org/10.5935/2447-0228.20160003
Vilma Reges Tamioka de Lima, Jandecy C. Leite, José A.da Silva Souza/ ITEGAM-JETIA Vol.02, No 05, pp.22-30. Março, 2016.
Ed. 005. VOL 002 – ISSN 2447-0228 (online)

inovação, por sua vez, é elemento essencial da competitividade, II. ERGONOMIA


permite que a empresa, utilizem conhecimentos e recursos da
melhor forma para enfrentar este mundo cada vez mais A estruturação de um ambiente ergonomicamente adaptado deve
globalizado e dinâmico. seguir algumas condições para que o projeto surta os efeitos
desejados. Nossa proposta é incorporar conceitos de qualidade,
A procura constante de inovações, o questionamento sobre a forma práticas, ferramentas e procedimentos que incidem em fontes de
costumeira de agir e o estímulo à criatividade criam um ambiente sucessos. Adotou-se um dos procedimentos mais bem conhecidos
propício à busca de soluções novas e mais eficientes. Assim, na prática de gestão da qualidade, método PDCA para direcionar a
surgiu à ideia de adoção da prática da ergonomia para organizar e prática da ergonomia, bem como o emprego de ferramentas da
solucionar problemas existentes na indústria referentes às queixas qualidade, com finalidade de mensurar, analisar e propor soluções
relativas às atividades e baixa produtividade com auxílio do para problemas que eventualmente são encontrados e que
método PDCA para direcionar as atividades AET. interferem no bom desempenho dos processos de trabalho, a
implantação dos sistemas, juntos solucionaram os problemas
A organização de trabalho busca práticas e procedimentos que existentes no posto de embalagem de canetas.
consistem em fontes de sucessos, que estabeleça a melhoria dos
processos internos. O ciclo PDCA é um método mais utilizado A ergonomia brasileira surgiu a partir da difusão da ergonomia a
dentro de Programa de Gestão da Qualidade, consistindo em plano nível internacional e desde daí passou a ocupar destaque no
de melhoria contínua. É uma ferramenta composta por quatro fases cenário internacional, no âmbito latino-americano. Começou como
básicas: planejar, executar, verificar e atuar corretivamente, uma disciplina durante a segunda guerra mundial, na resolução de
definida como uma sequência de atividades que são percorridas de problemas entre homem e as máquinas com ênfase na
maneira cíclica para melhorar atividades [1]. Já a ergonomia produtividade humana e fisiologia do trabalho. A palavra
segundo [2], é um conjunto de ciências e tecnologia que procura ergonomia de acordo [3], vem dos termos gregos, ergo, significa
fazer um ajuste confortável e produtivo entre o ser humano e o seu trabalho e nomos que significa regras, leis naturais. No sentido
trabalho, máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o etimológico, o termo significa estudo das leis do trabalho, que
objetivo de melhorar a segurança, a saúde, o conforto e a implica na origem da palavra, ergonomia (ergo = trabalho; nomos
eficiência no trabalho. Partindo dos conceitos, os métodos = regras). Assim sendo, entendemos que ergonomia significa as
adotados levam ao rumo do sucesso da empresa. Sabe-se que regras para se organizar o trabalho. Existe uma variedade de
adequar-se a uma nova situação é desafiador, principalmente definições de ergonomia, mas adotamos duas por servir de base de
quando os processos e métodos já estão sedimentados na empresa. nosso estudo:

O presente estudo tem como objetivo alcançar a redução de Ergonomia é uma disciplina científica relaciona ao entendimento
trabalho sem sobrecargas nos membros das funcionárias do posto das interações entre seres humanos e outros elementos ou sistema,
de embalagem de canetas, utilizando os métodos da ergonomia e e a aplicação de teoria, princípios, dados e métodos a projetos a
ferramentas de Moore & Garg e NIOSH, resultados conseguidos fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do
da implementação da metodologia PDCA. sistema. Os ergonomistas “contribuem para o planejamento,
projeto e avaliação de tarefa, postos de trabalho, produtos,
O estudo baseia-se na importância do assunto para as indústrias à ambientes e sistemas de modo a torna-los compatíveis com as
medida que se compreende que este espaço necessita estar em necessidades, habilidades e limitações das pessoas” [4].
busca constante de conhecimento, que é uma das principais
ferramentas de desenvolvimento organizacional. Sendo assim, se “Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho as característica
faz necessário adotar práticas inovadoras para a sobrevivência da fisiológicas e psicológicas do ser humano” [5].
organização está dependente da sua capacidade de produzir
resultados que atendam às necessidades das partes interessadas, ou Diante as definições pode-se dizer que a ergonomia é uma ciência
seja, atingir seus objetivos e metas, visando melhorar seu que se concentra no estudo do trabalho humano com finalidade de
desempenho no atual mundo de mercado, que é cada vez mais adaptar o trabalho a ele, e para que isso aconteça utiliza outras
competitivo. Enfim, a proposta, se reveste de suma importância, áreas de conhecimentos de comportamento humano. Onde estas
considerando que é novidade na literatura a implementação do ciências são parceiras para aderir uma compreensão cientifica do
método PDCA para a prática de AET, utilizando principalmente homem que trabalha.
duas ferramentas da ergonomia (Moore & Garg e NIOSH) para
avaliar o risco de sobrecarga aos membros dos trabalhadores. Assim, no estudo estudamos as condições ergonômicas do homem,
máquinas e ambiente que interagem entre si e a sua influencias
A implantação dos sistemas, juntos consiste em fontes de sobre o conforto, condição de trabalho e a produtividade.
sucessos, reverte-se em resultados de desempenho de conforto - Realizaremos um diagnóstico das principais situações de risco e
produtividade, gerando benefícios para ambas às partes, empresa e traçaremos recomendações. No que se refere à ergonomia a
funcionários. análise da atividade conduzirá as etapas da análise ergonômica do
trabalho (AET), visto que este é o objeto de estudo. A análise
ergonômica do trabalho (AET), visa a aplicar os conhecimentos da
ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real
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Vilma Reges Tamioka de Lima, Jandecy C. Leite, José A.da Silva Souza/ ITEGAM-JETIA Vol.02, No 05, pp.22-30. Março, 2016.
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de trabalho [2]. Analisar uma situação de trabalho, no ponto de Tabela 1 - Fatores de Critério de Moore & Garg.
vista de [6], baseia-se no estudo da postura e movimentos FIE – FATOR INTENSIDADE DO ESFORÇO
corporais do trabalhador, necessários para executar a tarefa, na CLASSIFICAÇAO CARACTERIZAÇAO MULTIPLICADOR
Leve Tranquilo. 1,0
medida do tempo gasto em cada um desses movimentos, onde a Algo pesado Percebe-se algum esforço. 3,0
sequência dos movimentos é baseada em uma série de princípios Pesado
Esforço nítido, s/ mudança
6,0
de expressão facial.
de economia de movimentos, sendo que o melhor método é Esforço nítido, muda à
escolhido pelo critério do menor tempo gasto. Diagnosticar é Muito pesado 9,0
expressão facial.
procurar encontrar as causas que geram o problema apresentado, Próximo do máximo Usa tronco e ombros. 13,0
trata-se de uma análise detalhada do trabalho realizado pelo FDE – FATOR DURAÇAO DO ESFORÇO
indivíduo que apresenta as queixas de dores ou cansaço, perda da CLASSIFICAÇAO CARACTERIZAÇAO MULTIPLICADOR
força musculares/ou diminuição do controle dos movimentos. < 10 % do ciclo 0,5
10 – 29 % do ciclo 1,0
Corrigir uma situação real de trabalho é procurar à adaptação 30 – 49 % do ciclo 1,5
confortável e produtiva a situação de trabalho. 50 – 79 % do ciclo 2,0
≥ que 80 % do ciclo 3,0
A área da ergonomia aplicada ao trabalho é a Biomecânica FFE – FATOR FREQUENCIA DO ESFORÇO
Ocupacional, por analisar as interações entre o trabalho e o CLASSIFICAÇAO CARACTERIZAÇAO MULTIPLICADOR
< 4 por minuto 0,5
homem, sob vários pontos de vista. Segundo [7], a análise das 4 – 8 por minuto 1,0
propriedades biomecânicas são as posturas dinâmicas, a 9 – 14 por minuto 1,5
mobilidade articular e a força muscular. São métodos utilizados 15 – 19 por min. 2,0
para determinar os limites e as capacidades humanos para a + que 20 por min. 3,0
realização de tarefas sem o risco de lesões. FPMP – FATOR POSTURA DA MAO - PUNHO
CLASSIFICAÇAO CARACTERIZAÇAO MULTIPLICADOR
Muito boa Neutro 1,0
O risco é um fator que interfere nas características do operador, Boa Próximo do neutro 1,0
causando desconforto ou afetando sua saúde por ritmo exagerado Razoável Não neutro 1,5
de tarefa, repetitividade, postura inadequada de tarefa e Ruim Desvio nítido 2,0
Desvio próximo do
levantamento de peso. Daí a importância de analisar a situação da Muito ruim
extremo
3,0
tarefa e avaliar quanto risco de Lesões por Esforço Repetitivo
FRT – FATOR RITMO DO TRABALHO
(LER)/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho CLASSIFICAÇAO CARACTERIZAÇAO MULTIPLICADOR
(DORT). Muito lento ≤ 80 % 1,0
Lento 81 – 90 % 1,0
Razoável 91 – 100 % 1,0
Existem várias ferramentas na ergonomia que quantificam as 101 – 115 % (apertado,
tarefas quanto ao risco do trabalho. Neste estudo utilizou-se a de Rápido mas ainda consegue 1,5
Critério de Moore & Garg e a Equação do National Institute for acompanhar)
> 115 % (apertado e não
Occupational Safety and Health (NIOSH) [8]. Muito rápido
consegue acompanhar)
2,0

FDT – FATOR DURACAO DO TRABALHO


O método de Critério Moore e Garg (1995) [9], foi desenvolvido CLASSIFICAÇAO CARACTERIZAÇAO MULTIPLICADOR
em 1995, no EUA por Moore, J. S e Garg, A., com objetivo de = < 1 h por dia 0,25
1 – 2 h por dia 0,50
avaliar o risco de lesões em punhos e mãos, um método de análise 2 – 4 h por dia 0,75
de risco de desenvolvimento de disfunções músculo tendinosas em 4 – 8 h por dia 1,0
membros superiores. O método Moore e Garg, através da > 8 h por dia 1,5

multiplicação de seis fatores, consegue dimensionar um índice de CRITÉRIO DE INTERPRETAÇÃO


sobrecarga para os membros superiores. Este critério é conseguido < 3,0 = Baixo risco
3,0 a 7,0 = Duvidoso
da formulação abaixo (figura 1), fatores que serão esclarecidos na > 7,0 = Alto risco
tabela 1. Definidos todos os fatores, procede-se a multiplicação Obs.: Quanto maior que 7,0, maior o risco.
dos seis fatores. O resultado da multiplicação compara-se com o Fonte: [9].
critério de interpretação (citado na tabela 1). Assim, a ferramenta
avalia a situação do trabalho e classifica quanto ao risco de O método de National Institute for Occupational Safety and Health
LER/DORT, que, de acordo com critério de interpretação, quanto (NIOSH) é uma técnica que tem como objetivo a divulgação da
mais se distanciar do valor de sete, maior o risco. equação do NIOSH [8]. De acordo com [10] a equação foi
desenvolvida pelo comitê NIOSH, nos Estados Unidos,
inicialmente em 1981, para avaliar a manipulação de carga no
FIE x FDE x FFE x FPMP x FRT x FDT trabalho. Em 1991 a equação foi revisada e novos fatores foram
Figura 1. Índice de sobrecarga para membros superiores. Fonte: introduzidos (a manipulação assimétrica de cargas, a duração da
[9]. tarefa, a frequência do levantamento e a qualidade da pega). Em
1994, a revisão da equação completa a descrição do método e as
limitações de sua aplicação, o que possibilita a análise de tarefa de
levantamento com as duas mãos.

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Vilma Reges Tamioka de Lima, Jandecy C. Leite, José A.da Silva Souza/ ITEGAM-JETIA Vol.02, No 05, pp.22-30. Março, 2016.
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O grupo NIOSH, estabeleceu dois indicadores como parâmetros


para avaliação das chances de ocorrer uma lesão de coluna no
trabalhador: o limite de peso recomendado (LPR), em inglês
(RWL) e o índice de levantamento (IL), em inglês (LI):

De acordo com última revisão, a equação NIOSH [8], fórmula de


cálculo (figura 2) determina o limite de peso recomendado (RWL),
a partir da multiplicação de sete fatores, que serão explicados na
tabela 2. É importante antes de começar a definir os fatores da
equação, saber a localização padrão de levantamento, através da
representação gráfica (figura 4).

Encontrado o valor do limite de peso recomendado (RWL), Figura 1. Localização de fatores de carga considerada na equação
procura-se encontrar o índice de levantamento (LI), termo que de NIOSH. Fonte: [2].
fornece à estimativa do nível de estresse físico associado com a
tarefa manual de levantamento de cargas, através da formulação de Tabela 3. Multiplicador de frequência de Levantamento (FM).
cálculo (figura 3). Frequência DURAÇÃO DO TRABALHO
elevação/ ≤1 hora > 1 – 2 horas > 2 – 8 horas
minuto V < 75 V ≥ 75 V < 75 V ≥ 75 V < 75 V ≥ 75
RWL = 23 x (25/H) x (1 – 0,003/ [V – 75]) x (0, 82 + < = 0,2 1 1 0,95 0,95 0,85 0,85
0,5 0,97 0,97 0,92 0,92 0,81 0,81
4,5 /D)) x (1 – 0,0032 x A) x F x C 1 0,94 0,94 0,88 0,88 0,75 0,75
2 0,91 0,91 0,84 0,84 0,65 0,65
3 0,88 0,88 0,79 0,79 0,55 0,55
Figura 2: Equação de NIOSH. Fonte: [10]. 4 0,84 0,84 0,72 0,72 0,45 0,45
5 0,8 0,8 0,6 0,6 0,35 0,35
Peso real do objeto (L) 6 0,75 0,75 0,5 0,5 0,27 0,27
Índice de levantamento (LI) = 7 0,7 0,7 0,42 0,42 0,22 0,22
Limite de peso recomendado 8 0,6 0,6 0,35 0,35 0,18 0,18
9 0,52 0,52 0,3 0,3 0 0,15
(RWL) 10 0,45 0,45 0,26 0,26 0 0,13
11 0,41 0,41 0 0,23 0 0
Figura 3: Equação de índice de levantamento. Fonte: [8]. 12 0,37 0,37 0 0,21 0 0
13 0 0,34 0 0 0 0
14 0 0,31 0 0 0 0
Tabela 2. Parâmetros de levantamento de cargas. 15 0 0,28 0 0 0 0
FATOR DETALHAMENTO >15 0 0 0 0 0 0
LC: Carga constante. É o peso máximo Fonte: [10].
recomendado para um levantamento desde que a
LC = 23 kg.
localização-padrão esteja em condições ótimas.
Considerando posição sem torções do dorso. Tabela 4. Qualidade da pega.
HM: fator de distância horizontal. H é a distância BOA RAZOÁVEL POBRE
entre ponto médio dos tornozelos e o ponto médio 1. Recipientes com 1. Recipientes c/ 1. Recipientes c/
HM = (25 / H) da pega das mãos (centro da carga), em desenho ótimo e com desenho ótimo, mas desenho
centímetros (medir da origem e o destino da local para pega. razoável local para desfavorável ou
tarefa), conforme mostra (figura 4). pega. objetos irregulares
VM: fator de altura. V é a distância entre as mãos e volumosos, difícil
VM = (1- 0,003 x [V e o piso, em centímetros. V é medido para manusear, ou
– 75]) verticalmente do piso ao ponto médio de agarre com quinas vivas.
das mãos, conforme mostra (figura 4). 2.Objetos irregulares, 2. Recipientes c/ 2. Manuseando
DM: fator de deslocamento vertical. D refere-se à que normalmente não desenho ótimo, mas objetos não rígidos,
DM = (0,82 + (4,5 / estão em recipientes, sem local para pega, pelo meio do
distância vertical da origem e o destino da tarefa
D)) uma “BOA” pega objetos irregulares, mesmo.
conforme mostra (figura 4).
AM: fator de assimetria. A refere-se ao pode ser definida uma pega
AM = 1 – (0,0032 x como confortável, “RAZOÁVEL” é
levantamento que inicia e termina fora do plano
A) quando cada mão definida quando cada
sagital médio do trabalhador, mostrada (figura 4).
FM: fator de frequência. F é definido pelo número pode envolver o mão pode ser
de levantamento por minutos (frequência), objeto. flexionada em torno
FM = Tabela 3 duração da tarefa de levantamento e distancia de 90º.
vertical do objeto para o piso. FM é obtido pela FATOR MULTIPLICADOR DA PEGA (CM)
tabela 3. PEGA V < 75 cm V ≥ 75 cm
CM: fator de pega. C é obtido segundo a Boa 1,00 1,00
CM = Tabela 4 facilidade da pega e altura vertical de manipulação Razoável 0,95 1,00
da carga (ver tabela 4)
Pobre 0,90 0,90
Fonte: [10]. Fonte: [10].

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Uma vez encontrado o valor de LI, julga-se o valor: LI < 1 = baixo planejamento cuidadoso (definir uma meta), resultar em ações
risco; LI 1 a 2 = risco moderado e LI > 2 = alto risco. efetivas, em comprovação de eficácia das ações, para enfim, obter
os resultados da melhoria.
Portanto, se for de baixo risco, a chance de ter lesão será mínima e
o trabalhador estará em situação segura; se for de risco moderado, II.2. FERRAMENTA DA QUALIDADE
aumenta o risco e se for de alto risco, acrescenta-se a chance de
risco de lesões da coluna e do sistema musculoligamentar. Existem técnicas importantes e eficazes denominadas ferramentas
da qualidade, que permitem o maior controle dos processos ou
II.1. CICLO PDCA melhorias na tomada de decisões. Ferramentas da qualidade são
técnicas que se podem utilizar com a finalidade de mensurar,
O ciclo PDCA, também é conhecido como ciclo de Shewhart (pai analisar e propor soluções para problemas que eventualmente são
do Controle Estatístico do Processo), recebeu esse nome em 1967, encontrados e interferem no bom desempenho dos processos de
quando foi descrito pela primeira vez, por Deming, em trabalho [12].
homenagem a Shewhart. Também é chamado de Ciclo de Deming,
principalmente no Japão, onde Deming o introduziu no pós-guerra. Neste estudo, usamos as ferramentas de Brainstorning, Diagrama
Conforme [11], logo após o advento da Administração Científica, de Ishikawa e Plano de ação (5W2H):
alguns teóricos, na busca de soluções mais estruturadas,
começaram desenvolver ferramentas de natureza mais objetiva, Usamos o brainstorming por ser uma técnica que propõe a equipe
percebendo a possibilidade de aplicação da estatística na a expor a diversidade de pensamento e experiências para gerar
administração organizacional. Na década de 30, Shewhart solução inovadora para o problema exposto, ela rompe paradigmas
postulou em seus estudos a necessidade de que os administradores estabelecidos. O clima de envolvimento e motivação gerado pelo
utilizassem o ciclo Specify-Product-Inspect, isto é, Especificar- Brainstorming assegura melhor qualidade nas decisões tomadas
Fazer-Inspecionar. Um dos alunos de Shewhart, W. E. Deming, pelo grupo, maior comprometimento com a ação e um sentimento
que se tornou famoso por orientar o desenvolvimento da qualidade de responsabilidade compartilhado por todos.
japonesa no pós-guerra, completou o ciclo de Shewhart agregando
mais uma fase, assim postulando o ciclo P-D-C-A, iniciais das Adotamos o diagrama de Ishikawa, por ser uma técnica simples e
palavras inglesas Plan, Do, Contral e Action. O ciclo PDCA pode eficaz, de enumeração das possíveis causas de um determinado
ser considerado o método mais geral para trabalhar com qualidade, problema. As causas são agrupadas em famílias para facilitar a sua
podendo ser resumido conforme a tabela 5. análise, sendo relacionadas como o efeito causado de forma visual
e clara. Possui subdivisão composta por seis “M”, conforme
Tabela 5. Resumo do Ciclo PDCA. mostra a figura 2.
Fase Descrição
P Planejar o trabalho a ser realizado
D Executar o trabalho planejado.
C Medir ou avaliar o que foi feito, identificando a
diferença entre o que foi executado e o que foi
planejado.
A Atuar corretivamente sobre a diferença identificada.
A atuação corretiva pode ser aplicada sobre o que
foi executado (retrabalho, reparo etc.) ou sobre o
planejamento.
Fonte: Os autores, 2015.
Figura 2: Gráfico de Ishikawa. Fonte: [1].
O Ciclo PDCA, é um método de gerenciamento para promover a
melhoria contínua. A aplicação do ciclo PDCA segue um padrão Através desta estrutura o diagrama é desenvolvido. A ideia de
de funcionamento. Este padrão consiste nestas quatro fases básicas fazer as pessoas pensarem sobre as causas e possíveis razões que
de controle, estabelecida na tabela 5. fazem com que um problema ocorra. Os problemas estudados, por
meio do diagrama, são enumerados geralmente como uma
O PDCA é definido como uma sequência de atividades que são pergunta, “por que ocorre este problema?” ou “quais as causas
percorridas de maneira cíclica para melhorar atividades, uma deste problema?” e são classificados nos seis tipos diferentes de
aplicação contínua do ciclo PDCA, de forma integral permite um causas, como mostra a figura 2. Deste modo, o diagrama se trata
real aproveitamento dos processos gerados na empresa, daí a de uma ferramenta prática que auxilia a análise de causa em
importância de aplicar para solucionar os problemas no posto de avaliação de não conformidade nos processos de uma indústria.
embalagem de canetas. Para [1], fala que sua utilização envolve
várias possibilidades, podendo ser utilizado para o estabelecimento O 5W2H, por ser basicamente uma ferramenta de checklist, que
de metas de melhoria provindas da alta administração, ou também faz a verificação e acompanhamento dos planos de ação, por meio
de pessoas ligadas diretamente ao setor operacional com o de sete perguntas objetivas, faz o mapeamento das atividades. As
objetivo de coordenar esforços de melhoria contínua, enfatizando perguntas são as intenções da metodologia: O que fazer?,
que cada programa de melhoria deve começar com um
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Vilma Reges Tamioka de Lima, Jandecy C. Leite, José A.da Silva Souza/ ITEGAM-JETIA Vol.02, No 05, pp.22-30. Março, 2016.
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Quando?, Quem?, Por quê?, Onde?, Como? e Quanto? Enfim, com apresentação de diagramas de situação do posto, utilizam-se folhas
esta ferramenta, temos um quadro completo de cada atividade. de avaliações de carga de Critério de Moore & Garg e de Critério
do NIOSH. Para a prática de bloqueio de problemas se fez uso do
III. MÉTODOS E MATERIAIS plano de ação.
Método de acordo com [13] é o conjunto das atividades III.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
sistemáticas que permite alcançar o objetivo, conhecimentos,
traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as Como aplicar o método PDCA (Plan, Do, Check, Action) para
decisões do cientista. resolver problema ergonômico de linha de produção de caneta e
aumentar a produtividade?
Os métodos utilizados neste estudo foram à sistemática de [14],
que sugere dois critérios básicos que são quanto aos fins e meios. III.2 VARIÁVEIS DO PROBLEMA
Quanto aos fins, abordagem da pesquisa de natureza quali-
quantitativa, que admitir mostrar as particularidades de O método PDCA, se bem aplicado, pode perfeitamente resolver
determinada população e fenômeno, que esclarecerá os qualquer problema em empresa de montagem de caneta, através de
mecanismos aplicados na análise ergonômica. Quanto aos meios, a organização do posto de trabalho e melhoria nas tarefas para
pesquisa é bibliográfica e documental, por ser um estudo de caso. prevenção de lesões dos colaboradores, conseguindo aumento de
A metodologia abrange uma abordagem quali-quantitativa por produtividade de 20%.
aceitar apresentar dados quantitativos para esclarecer alguns
aspectos do assunto investigado. Para atingir o objetivo e com IV. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÕES
base na fundamentação teórico-empírica, foram constituídas
questões norteadoras da pesquisa: características, limitações, Este estudo foi realizado junto a uma indústria de produtos
caracterização da bibliografia, instrumento da coleta, crítica e papelaria, com 20 funcionárias de idade mínima de 19 e máxima
apuração dos dados, bem como, relatos das operadoras que é de de 29 anos. Onde todas as ações adotadas para a melhoria do posto
suma importância para desenvolvimento da análise e aprovação. de trabalho de embalagem foram baseados na NR-17. De acordo
Para [15], o estudo de caso, “é uma investigação empírica que como havíamos comentado antes, o estudo será demonstrado por
investiga um fenômeno contemporâneo (o “caso”) em meio dos passos do PDCA, numa sequência de oito etapas:
profundidade e em seu contexto de mundo real”. Para prática
IV.1 FASE - PLANEJAMENTO
AET, utilizou-se a metodologia do ciclo PDCA. Análises foram
feitas em oito etapas PDCA para melhor organizar as atividades e 1ª ETAPA - IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
chegar à causa da raiz do problema, segue:
Em função de demanda de produção de canetas, se fazia
1ª etapa: a identificação do problema e estabelecimento de metas necessário aumentar a produção de 1.000.000/dia para
(fase de planejamento); 1.200.000/dia, mas as funcionárias não estavam atingindo a
produção em função de vários problemas. A situação foi
2ª etapa: a observação do problema e a declaração (fase de
averiguada, através de dados históricos das operadoras e
planejamento);
levantamentos de informações. As queixas apresentadas pelas
3ª etapa: a análise do problema com auxílio de ferramentas de operadoras foram: 44 de queixas de cansaço nos membros
qualidade e ferramentas da ergonomia (fase de planejamento); superiores, 29 de cansaço nos membros inferiores, 18 de caixa de
embalagem pesada, 11 de bandeja de caneta pressionando as coxas
4ª etapa: a elaboração de plano de ação com ajuda ferramenta e 8 de dores nas costa. Diante da situação, estabeleceram-se metas
5W2H (fase de planejamento); e prazos: reduzir as queixas em 50% e aumentar a produção de
canetas em 1.200.000/dia, num prazo até agosto/2014.
5ª etapa: a execução do plano de ação (fase de fazer);
2ª ETAPA - OBSERVAÇÃO
6ª etapa: a verificação da efetividade do plano de ação (fase de
verificar); Após a identificação do problema procurou-se conhecer as
características do problema sob vários pontos de vista; coleta de
7ª etapa: a padronização do novo procedimento operacional das opiniões, coleta de informações, análise do sistema homem-
ações que deram certas (fase de ação); máquina-ambiente e coleta de dados. Para avaliar a situação atual
foi realizado um trabalho de observação de postura e movimentos
8ª etapa: a conclusão das ações que deram certas e que não derem dos funcionários realizando sua atividade, bem como o mobiliário.
proceder corretivamente sobre as diferenças (fase de ação); Neste procedimento, representa o primeiro passo para a
reformulação de um posto, detalhado logo a seguir. Através deste
Quanto aos materiais utilizados, com o objetivo de consolidar o trabalho, observamos as causas dos problemas que contribuem
embasamento teórico e prático, foram feitas levantamento de possivelmente para o não desempenho de suas tarefas e, que por
consultas bibliográficas de autores especializados, referentes à consequência o não cumprimento da produtividade:
ergonomia, sistema melhoria contínua e sistema de qualidade. Para
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Vilma Reges Tamioka de Lima, Jandecy C. Leite, José A.da Silva Souza/ ITEGAM-JETIA Vol.02, No 05, pp.22-30. Março, 2016.
Ed. 005. VOL 002 – ISSN 2447-0228 (online)

Atividades em ritmo normal de trabalho: de Causa e Efeito, com auxílio da ferramenta Brainstorming e
parâmetros da ergonomia.
1. Na tarefa de encher cartucho com canetas, a funcionária realiza
preensão palmar da mão esquerda para segurar o cartucho e enchê- 4ª ETAPA - PLANO DE AÇÃO
lo de caneta; preensão palmar (mão direita) na pega de caneta;
pronação e supinação do antebraço direito, flexão da mão direita e O plano de ação é um produto de um planejamento capaz de
leve desvio ulnar, para colocação das canetas dentro do cartucho. orientar as diversas ações a serem implementadas. Através da
Observa-se que a mão esquerda fica em preensão estática utilização de um plano de ação podemos identificar as ações e as
enquanto que a mão direita realiza movimentos dinâmicos. Para responsabilidades pela sua execução. Para elaboração do plano de
posicionar o cartucho cheio na balança e conferir as quantidades ação utilizamos a método 5W2H. O plano de ação figura 3 começa
de canetas, a funcionária realiza abdução e flexão de braço a ser posto em prática, com o propósito de alcançar objetivos
esquerdo. Atividade se repete se a quantidade de canetas não traçado neste trabalho. Avisamos que as recomendações foram
conferir na primeira pesagem. estudadas e baseadas na NR-17.

2. Após a atividade de pesagem, a funcionária coloca o cartucho


na caixa de embalagem e realiza abdução e extensão do braço
esquerdo, a caixa está situada atrás da linha dos ombros dela.
Assim, que a caixa fica cheia, a funcionária coloca-a na esteira,
gerando flexão de coluna da operadora. A caixa cheia (embalada)
tem peso bruto de 8.100 Kg, e este movimento se repete por volta,
de 40 vezes, em média, durante um turno de 7h.

Mobiliário de trabalho:

1. As cadeiras possuem rodízios nos pés, assento e o encosto são


de espuma injetada e possuem bordas arredondadas, o que evita a
compressão da região poplítea, possuem ajuste de altura de
assento, mas não de altura e inclinação do encosto.

2. As bancadas de trabalho têm tampo de colocação de balança e


tampo de colocação de caixa de papelão em angulações, o que
proporciona boa visualização à funcionária e facilita a colocação
dos cartuchos cheios, mas o encaixe da caixa está situado atrás da
linha dos ombros da funcionária, o que a leva a realizar extensão
de braço.

3. As bandejas onde as canetas são despejadas apresentam bordas


arredondadas na parte superior que evita a compressão mecânica
quando os antebraços nela se apoiam. Mas ainda que o ajuste da
cadeira seja feito em relação a funcionária, observa-se que a
funcionária não tem espaço suficiente na parte de abaixo da
bandeja para posicionar as pernas, tendo suas coxas pressionadas
pela borda inferior da bandeja.

3ª ETAPA - ANÁLISE

A análise iniciou-se das investigações das causas influentes


baseada nas informações colhidas da etapa de observação. Para
avaliarmos as situações das tarefas e classificá-las quanto ao risco
de LER/DORT, utilizamos a ferramenta de Critério de Moore &
Garg para avaliar a sobrecarga nos membros superiores, realizada
na tarefa de encher cartucho, que classificou a tarefa de “alto
risco”. Usamos a ferramenta de Critério de NIOSH para
dimensionar o levantamento de carga realizada na tarefa de
colocar caixa embalada na esteira, que classificou a tarefa de
“risco moderado”. Para descobrir as prováveis causas do
problema, iniciou-se a investigação com elaboração do Diagrama Figura 3: Plano de Ação 5W2H. Fonte: Autores, 2016.

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IV.2 FASE - FAZER (DO)

5ª ETAPA – EXECUÇÃO

Nesta fase, consistir em executar o que foi planejado no plano de


ação é importante o comprometimento das partes responsáveis
pela parte de execução do plano de ação, que estejam cientes da
mudança e treinados para executar as suas atividades.

IV.3 FASE - CONTROLAR (CHECK)

6ª ETAPA – VERIFICAÇÃO

Nesta fase, verifica-se a efetividade do plano de ação, com nova


avaliação das tarefas utilizando as mesmas ferramentas. Os
resultados foram satisfatórios, as tarefas foram classificadas de
baixo risco, conforme mostram os relatórios, figuras 4 e 5.

Figura 5. Avaliação de Critério NIOSH. Fonte: Autores, 2016.

Os benefícios de todo este trabalho foram para ambas às partes,


empresa e funcionários. Para os funcionários: a redução de força
na execução da atividade; o conforto na postura para realização do
trabalho; a prevenção de futuras lesões; a organização e melhoria
no posto de trabalho; o aumento de produtividade; a capacitação
de desenvolver o trabalho e a qualidade no produto. Para a
empresa: o aumento de produtividade em 4.875.000/mês ou refere-
se a 20 %; o aumento das vendas em R$ 4.631.250,00/mês; a
organização e melhoria no posto de trabalho; a prevenção de
lesões nos funcionários, capacitação de funcionários e qualidade
no produto.

IV.4 FASE - AÇÃO (ACTION)

7ª ETAPA – PADRONIZAÇÃO

Está é uma etapa para o caso de metas alcançadas. Adotamos


como padrão o planejamento e formalização o novo procedimento
Figura 4. Avaliação de Critério Moore & Garg. Fonte: Autores,
de operação. A comunicação da nova sistemática foi para todos os
2016.
funcionários envolvidos no processo.

8ª ETAPA – CONCLUSÃO DO PDCA

A prática do método PDCA definida com sequências de atividades


e percorrida de maneira cíclica permitiram um real aproveitamento

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Vilma Reges Tamioka de Lima, Jandecy C. Leite, José A.da Silva Souza/ ITEGAM-JETIA Vol.02, No 05, pp.22-30. Março, 2016.
Ed. 005. VOL 002 – ISSN 2447-0228 (online)

AET. Os resultados comprovam a situação. A etapa deve-se [5] ABERGO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
relacionar os problemas remanescentes e também os resultados ERGONOMIA. Disponível em:
acima do esperado; reavaliar os itens e organizar para uma futura <http://www.abergo.org.br/oqueergonomia.htm>. Acesso em 28
aplicação do método de solução de problemas, caso necessário. out. 2015. MOORE, J. S. and GARG, A. The Strain Index: A
Proposed method to analyze Jobs for risk of distal upper
edtremity Disorders. American Industrial Hygiene Association
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS Journal, 1995.

O emprego do método PDCA, deu consistência ao trabalho [6] COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia do corpo e do
relacionado à ergonomia. Os males atribuídos ao levantamento de cérebro no trabalho. Belo Horizonte: Ergo, 2014.
carga e sobrecargas nos membros superiores das funcionárias
foram classificados de “baixo risco”. [7] COUTO, H. A de. Ergonomia aplicada ao trabalho em 18
Lições. Belo Horizonte: Ergo, 2002.
A eficência e eficácia da ergonomia deram-se através da aplicação
das ferramentas de Moore & Garg (avaliação de sobrecarga aos [8] NIOSH, National Institute for Occupational Safety and
membros superiores) e Equação de NIOSH (avaliação de Health. Applications manual for the revised NIOSH lifting
levantamento de cargas), que permitiram o conhecimento equation. U.S. Dept. of Health and Human Services (NIOSH),
detalhado das atividades evidenciando pontos passíveis de Public health Service, Cincinnati, Ohio, 1994.
melhorias, bem como a quantificação quanto ao risco de
LER/DORT. Outras ações importantes que deram consistência ao [9] MOORE, Js., Garg A., The strain index: a proposed
trabalho relacionado à análise ergonômica foram: observar das method to analyse jobs for risk of distal upper extremity
condições ergonômicas; indicar potenciais de racionalização; disorders, “Am. Ind. Hyg. Association Journal”, 1995: 56; 443-
determinar os padrões de tempo para apropriar devidamente a 458.
mão-de-obra, analisar criticamente o posto de trabalho, máquinas e
dispositivos. [10] VIEIRA, J. Manual de ergonomia. Manual de Aplicação
da NR-17(conforme publicação oficial do ministério do
O treinamento permite a coroação de todos os êxitos resultantes de trabalho). 2a ed., São Paulo: Edipro, 2014.
um trabalho ergonomico. Verificou-se, assim, que a ergonomia na
linha de produção de canetas, obteve êxito no plano de ação que se [11] MARANHÃO, M. ISO série 9000: versão 2008: Manual de
propôs a pôr em prática, tornando-se, portanto eficiente e eficaz na implementação: o passo-a-passo para solucionar o quebra-
sua prática. cabeça. 9ª ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011.

VI. AGRADECIMENTOS [12] AGUIAR, Silvio. Integração das ferramentas da


qualidade ao PDCA e ao programa seis sigma. Nova Lima:
Ao Instituto de Tecnologia e Educação Galileo da Amazônia INDG, 2012.
(ITEGAM), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Amazonas (FAPEAM) e ao PPGEP do Instituto de Tecnologia da [13] MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos
Universidade Federal do Pará (ITEC-UFPA) pelo apoio financeiro de metodologia científica. 7a ed. São Paulo: Atlas, 2010.
a pesquisa.
[14] VERGARA, S. C. Método de pesquisa em Administração.
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS São Paulo. SP. Atlas, 2010.

[1] CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: controle da qualidade total [15] YIN, K. R. Estudo de caso. Planejamento e método. 5a ed.,
(no estilo japonês). 9ª ed. Belo Horizonte: Tecnologia e Serviços, Porto Alegre: Bookman, 2015.
2014.

[2] IIDA, I. Ergonomia: Projeto e produção. 2a ed. Revista e


ampliada, São Paulo: Blucher, 2005.

[3] SOBRAL, M. J. G. Análise e intervenção ergonômica em


posto de trabalho com computadores: a percepção dos
trabalhadores. 88f. dissertação de mestre em segurança e
higiene no trabalho, setúbal, 2014.

[4] IEA – INTERNACIONA ERGONOMICS ASSOCIATION.


Disponível em: <http://www. IEA. org.br/whatisergonomics
.htm>. Acesso em 28 out. 2015.

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