Aula 02 MOA - Procedimentos Tributários

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Direito Tributário III – 10º semestre – 1º/2017 – Prof.

Ricardo Lima

MOA

Aula 02

Atos ordenados Participação do Lide Garantias


interessado Constitucionais

Procedimento Sim Não Não Algumas

Processo Sim Sim Sim Sim

1.1 Fiscalização Tributária

PREVENIR e REPRIMIR

A Lei 8137/90 dispõe sobre os crimes contra a ordem tributária.

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir


tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as
seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades
fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou
omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido
pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou
qualquer outro documento relativo à operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que
saiba ou deva saber falso ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou
documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de
serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a
legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no
prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da
maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.

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CTN:

TÍTULO IV
Administração Tributária
CAPÍTULO I
Fiscalização
CTN, Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei,
regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza
do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades
administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às
pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que
gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

CTN, Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm


aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do
direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e
efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e
fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão
conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários
decorrentes das operações a que se refiram.

SÚMULA 439, STF - ESTÃO SUJEITOS À FISCALIZAÇÃO


TRIBUTÁRIA OU PREVIDENCIÁRIA QUAISQUER LIVROS
COMERCIAIS, LIMITADO O EXAME AOS PONTOS OBJETO DA
INVESTIGAÇÃO.

OBS:
Prescrição só APÓS o lançamento.
Prescrição pode ser interrompida ou suspensa.

CTN, Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve


em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução
fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
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IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe
em reconhecimento do débito pelo devedor.

CTN, Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a


quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para
que se documente o início do procedimento, na forma da legislação
aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados,
sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados
em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia
autenticada pela autoridade a que se refere este artigo.

OBS: Início da Fiscalização - TIAF – termo inicial de ação fiscal

OBS: Fim da Fiscalização - TEAF – termo de encerramento (ou conclusão) de ação fiscal,
com relatório fiscal e, se for o caso, com lavratura do auto de infração.

OBS FINAL: a fiscalização pode resultar num Auto de Infração e Imposição de Multa

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CTN, Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à
autoridade administrativa todas as informações de que disponham com
relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais
instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
V - os inventariantes;
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão
de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a
prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante
esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo,
ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

OBS: e o sigilo fiscal e bancário previsto no art. 5º, X e XII da CF?

CF, Art. 5º (...)


X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação;
(...)
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

CTN, Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é


vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus
servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação
econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a
natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela
Lcp nº 104, de 2001)
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no
art. 199, os seguintes: (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001)
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da
justiça; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da
Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração
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regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva,
com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a
informação, por prática de infração administrativa. (Incluído pela Lcp
nº 104, de 2001)
§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração
Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a
entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante
recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do
sigilo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído
pela Lcp nº 104, de 2001)
I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp nº 104, de
2001)
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp
nº 104, de 2001)
III – parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

CTN, Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência
para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações,
na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou
convênio.
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida
em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com
Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de
tributos. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o


auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e
reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício
de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida prevista
na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei
como crime ou contravenção.

1.2 Consulta à Legislação Tributária

Decreto 70.235/72 criou o mecanismo de consulta.

http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/legislacao/consulta-sobre-interpretacao-da-
legislacao-tributaria
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Decreto do PAF:

CAPÍTULO II
Do Processo da Consulta
Art. 46. O sujeito passivo poderá formular consulta sobre dispositivos
da legislação tributária aplicáveis a fato determinado.
Parágrafo único. Os órgãos da administração pública e as entidades
representativas de categorias econômicas ou profissionais também
poderão formular consulta.

Art. 47. A consulta deverá ser apresentada por escrito, no domicílio


tributário do consulente, ao órgão local da entidade incumbida de
administrar o tributo sobre que versa.

Art. 48. Salvo o disposto no artigo seguinte, nenhum procedimento fiscal


será instaurado contra o sujeito passivo relativamente à espécie
consultada, a partir da apresentação da consulta até o trigésimo dia
subseqüente à data da ciência:
I - de decisão de primeira instância da qual não haja sido interposto
recurso;
II - de decisão de segunda instância.

Art. 49. A consulta não suspende o prazo para recolhimento de tributo,


retido na fonte ou autolançado antes ou depois de sua apresentação,
nem o prazo para apresentação de declaração de rendimentos.

CONSULTA EFICAZ
A consulta eficaz, formulada antes do prazo legal para recolhimento de tributo, impede a
aplicação de multa de mora e de juros de mora, relativamente à matéria consultada, a partir
da data de sua protocolização até o 30º (trigésimo) dia seguinte ao da ciência, pelo
consulente, da Solução de Consulta.

Art. 52. Não produzirá efeito a consulta formulada:


I - em desacordo com os artigos 46 e 47;
II - por quem tiver sido intimado a cumprir obrigação relativa ao fato
objeto da consulta;
III - por quem estiver sob procedimento fiscal iniciado para apurar fatos
que se relacionem com a matéria consultada;

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IV - quando o fato já houver sido objeto de decisão anterior, ainda não
modificada, proferida em consulta ou litígio em que tenha sido parte o
consulente;
V - quando o fato estiver disciplinado em ato normativo, publicado antes
de sua apresentação;
VI - quando o fato estiver definido ou declarado em disposição literal de
lei;
VII - quando o fato for definido como crime ou contravenção penal;
VIII - quando não descrever, completa ou exatamente, a hipótese a que
se referir, ou não contiver os elementos necessários à sua solução salvo
se a inexatidão ou omissão for escusável, a critério da autoridade
julgadora.

Art. 53. O preparo do processo compete ao órgão local da entidade


encarregada da administração do tributo.

Art. 55. Compete à autoridade julgadora declarar a ineficácia da


Consulta.

Art. 56. Cabe recurso voluntário, com efeito suspensivo, de decisão de


primeira instância, dentro de trinta dias contados da ciência.

Art. 57. A autoridade de primeira instância recorrerá de ofício de


decisão favorável ao consulente.

Art. 58. Não cabe pedido de reconsideração de decisão proferida em


processo de consulta, inclusive da que declarar a sua ineficácia.

1.3 Lançamento Tributário

CTN, Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem
por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-
se juntamente com o crédito dela decorrente.

CTN, Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa


constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,

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calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e,
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

1.4 Modalidades de Lançamento

a) Lançamento por Declaração

CTN:

Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito


passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação
tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre
matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante,
quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante
comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o
lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão
retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a
revisão daquela.
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos
jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará
aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as
declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos
expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado,
ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória,
administrativa ou judicial.

b) Lançamento por Homologação

Geraldo Ataliba: “o lançamento por homologação – impropriamente chamado de


autolançamento – ocorre quando a Lei atribui ao sujeito passivo a incumbência de todo
o preparo material e técnico do ato, que, destarte, se reduz a uma simples homologação.
O lançamento permanece sendo ato privativo do Fisco; o contribuinte é mero
preparador”.

Súmula 436, STJ


A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal
constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência
por parte do fisco.
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CTN:

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos


tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar
o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se
pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo
extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao
lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores
à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando
à extinção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém,
considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso,
na imposição de penalidade, ou sua graduação.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a
contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a
Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o
lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

c) Lançamento de Ofício

CTN:

Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade


administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no
prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado
declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e
na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado
pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração
obrigatória;

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V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa
legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo
seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de
terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade
pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício
daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado
por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude
ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma
autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada
enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.

1.5 Decadência para efetuar o lançamento

CF, Art. 146. Cabe à lei complementar:


(...)
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,
especialmente sobre:
(...)
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

TRIBUTÁRIO. DECADÊNCIA. TRIBUTOS SUJEITOS AO REGIME


DO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. Nos tributos sujeitos ao
regime do lançamento por homologação, a decadência do direito de
constituir o crédito tributário se rege pelo artigo 150 , § 4º , do Código
Tributário Nacional , isto é, o prazo para esse efeito será de cinco anos
a contar da ocorrência do fato gerador; a incidência da regra supõe,
evidentemente, hipótese típica de lançamento por homologação, aquela
em que ocorre o pagamento antecipado do tributo. Se o pagamento do
tributo não for antecipado, já não será o caso de lançamento por
homologação, hipótese em que a constituição do crédito tributário
deverá observar o disposto no artigo 173 , I , do Código Tributário
Nacional . Embargos de divergência acolhidos.
DIVERGENCIA NO RECURSO
ESPECIAL EREsp 101407 SP1998/0088733-4 (STJ) Ministro ARI
PARGENDLER

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E...

PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO. ICM. EXECUÇÃO FISCAL.


EMBARGOS DO DEVEDOR. DECADÊNCIA. PRECEDENTE. 1. A
caducidade opera-se em relação ao direito material de constituir o
crédito tributário. 2. Transcorridos mais de cinco anos do fato gerador
até a constituição do crédito tributário, extingue-se definitivamente o
direito do fisco de cobrá-lo. 3. Recurso especial improvido.
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL RECURSO
ESPECIAL REsp178433 SP 1998/0044405-0 (STJ) Ministro
FRANCISCO PEÇANHA MARTINS

TRIBUTÁRIO - DECADÊNCIA - LANÇAMENTO POR


HOMOLOGAÇÃO (ART. 150 § 4º
E 173 DO CTN).
1. Nas exações cujo lançamento se faz por homologação, havendo
pagamento antecipado, conta-se o prazo decadencial a partir da
ocorrência do fato gerador (art. 150, § 4º, do CNT).
2. Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de
fraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I,
do CTN.
3. Em normais circunstâncias, não se conjugam os dispositivos
legais.
4. Recurso especial improvido.
REsp 395059 / RS RECURSO ESPECIAL 2001/0189507-1

1.6 Causas suspensivas ou impeditivas da decadência

TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO . CRÉDITO TRIBUTÁRIO. PRAZO


DECADENCIAL.SUSPENSÃO EXIGIBILIDADE CRÉDITO
TRIBUTÁRIO POR MEIO DE CONCESSÃO DEMEDIDA LIMINAR.
ARTS. 151 , III E 173 , I - CTN . ART. 63 - LEI9430/96. 1. Ocorrido o
fato gerador da obrigação tributária, a Administração tem o prazo de
cinco anos para constituir o crédito tributário. 2. O prazo de decadência
não se interrompe e não se suspende, porquanto o lançamento deverá
ser efetuado no interregno estabelecido no art. 173 , I , do CTN . 3 .
Ocorrência do prazo decadencial. Lei 9430 /96. 4. Doutrina e
jurisprudência. 5. Recurso improvido.
1996 ART : 00063 RECURSO ESPECIAL REsp 106593 SP1996 (STJ)
Ministro MILTON LUIZ PEREIRA

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