TRABALHO PRÁTICO I - Memorial de CÁLCULO - ESTRUTURA METÁLICA

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ECV 120 – TRABALHO PRÁTICO I

MEMORIAL DE CÁLCULO
PROJETO DE ESTRUTURAS METÁLICAS
GALPÃO

DISCENTES:
RAFAEL CARVALHO VANI 23334
GUILHERME F VALENNTE 22226
ALYSSON APARECIDO DE PAULA 22835
JANDER ZONTA DE MOURÃO 23369

DOCENTE:
Márcia Maria Salgado Lopes

Viçosa – MG
Maio/2024
SUMÁRIO

1. Locação e pré-dimensionamento de vigas e pilares 1


1.1 Cálculo/estimativa das dimensões da viga 2
1.2 Cálculo/estimativa das dimensões dos pilares 3
1.3 Terças para o telhado 3
1.4 Pilares e vigas adotados 5
2. Levantamento e combinação das ações. 6
2.1 Dados gerais do projeto 6
2.2 Cálculo das cargas permanentes e sobrecargas 6
2.2.1 Cálculo das cargas permanente 6
2.2.1.1 Peso próprio dos pilares (P1 a P12) 7
2.2.1.2 Peso próprio das Vigas (V1 a V6) 7
2.2.1.3 Peso próprio da cobertura 8
2.2.2 Cálculo das ações do vento 8
2.3 Cálculo das combinações das ações 9
ANEXO 1 - TABELA DE BITOLAS GERDAU 13
ANEXO 2 - RELATÓRIO GERADO PELO VISUAL VENTOS 15

1
1. Locação e pré-dimensionamento de vigas e pilares

O galpão a ser projetado deve cobrir uma área retangular de lados 10 m, no lado
menor, e 30 m, no lado maior, conforme croqui (Figura 1). Quanto à locação dos pilares,
serão distribuídos Perfis I de alma cheia ao longo das extremidades de lado maior a cada
5 metros, que resultarão em 6 pares de pilares ao longo da estrutura (Figura 2).

Figura 1. Croqui da área da edificação de estrutura metálica. Fonte: dos Autores.

2
Figura 2. Posicionamento dos pilares. Fonte: dos Autores.

1.1 Cálculo/estimativa das dimensões da viga

Quanto à altura da viga, para cálculo inicial, foi utilizada a Equação 1, em


função do maior vão, e a largura foi calculada por meio da Equação 2.

𝐻 = 𝐿/20 (Eq. 1)
𝐻/3 < 𝑏 < 𝐻/2 (Eq. 2)

em que: H é a altura da viga que liga dois pilares do maior vão (m), L é o tamanho do
vão (m) e b é a largura da viga. Logo, para o vão de 9,6 m, utilizou-se uma viga de
altura mínima de 480 mm e de largura entre 160 e 240 mm. Para o vão de 5,92 m, a
altura mínima da viga é de 296 mm e a largura deve estar entre 98,67 e 148 mm.

1.2 Cálculo/estimativa das dimensões dos pilares

Para o cálculo dos pilares, será considerado um pé-direito de 5,5 m para a


estrutura projetada. Com isso, a altura do perfil do pilar será de acordo com a Equação
3.
𝐿/18 ≤ 𝐻 ≤ 𝐿/15 (Eq. 3)

em que: H é altura do perfil (m) e L a altura do pé-direito (m). Logo, a altura do perfil
deve estar entre 305 mm e 366 mm.

1.3 Terças para o telhado

Para as terças, que dão suporte ao telhado, foi adotado o perfil de dimensões a, b
e c iguais a 75, 40 e 15 mm e espessura da chapa igual a 3 mm, conforme catálogo da
Figura 3, com as respectivas características e propriedades físicas informadas neste
mesmo documento.

3
Figura 3. Catálogo de perfis U. Fonte: casa do serralheiro.

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1.4 Pilares e vigas adotados

Na Tabela 1 a seguir estão apresentados e resumidos os resultados dos pilares e


vigas estimados para o lançamento e aqueles que foram escolhidos na Tabela de Bitolas
da Gerdau (Anexo 1). Na Figura 4 estão os trechos da tabela que apresentam as
características dos perfis escolhidos.

Tabela 1. Resumo dos perfis estimados e adotados para cálculo

Perfil Largura (mm) Altura (mm) Bitola (mm x kg/m)

Viga estimada 160 ≤ 𝐿 ≤ 240 ≥480 xxxx

Pilar estimado xxxx 305 ≤ 𝐿 ≤ 366 xxxx

Viga adotada 165 525 W 530 x 66

Pilar Adotado 305 308 W 310 x 97,0 (H)

Figura 4. Características dos perfis adotados. Fonte: Tabela Gerdau (Anexo 1).

Observa-se que, para os pilares (W 310 x 97 (H)), o momento de inércia na


direção x é maior, devendo portanto estar direcionado para a direção do maior vão
(Figura 4).

Figura 5. Esquema dos perfis I da Gerdau. Fonte: Anexo 1.

5
2. Levantamento e combinação das ações.

2.1 Dados gerais do projeto

O galpão projetado é composto por estruturas metálicas. Sua área é de 300m 2 e


possui pé direito de 5,5m. Tendo em vista que a construção estará submetida a um
carregamento variável, o material a ser escolhido deve ter boa capacidade de absorção
de impactos.
Por esse motivo, foi escolhido o aço doce ASTM-A36, que possui propriedades
mecânicas como boa tenacidade e resistência mecânica. Assim sendo, é esperado que o
mesmo suporte às condições de carga previstas. As verificações serão expostas nos
capítulos seguintes, levando sempre em conta a segurança e durabilidade da obra.

2.2 Cálculo das cargas permanentes e sobrecargas

A norma brasileira referente às cargas para o cálculo de projetos estruturais,


NBR 6120, determina que qualquer que seja a edificação deve-se levar em conta duas
categorias de cargas. A primeira delas é a permanente, que é composta pelo peso
próprio da estrutura bem como de todos os elementos construtivos fixos e instalações
permanentes.
A segunda é a acidental, que geralmente é resultado da ação de fenômenos
naturais tais como o vento e a chuva. Com o auxílio da norma NBR 6123, é possível
quantificar os efeitos causados pela ação do vento. Inicialmente é preciso especificar
qual é a região de barlavento (de onde sopra o vento) e a de sotavento (oposta àquela de
onde sopra o vento).

2.2.1 Cálculo das cargas permanente

Para os pilares, foi utilizado o perfil W310x97(H), como já informado


anteriormente. Para as vigas, foi utilizado o perfil W530x66. Ambos tiveram o peso
próprio informado na Figura 4.

6
Figura 6. Pórtico utilizado no galpão, conforme arquivo em planta (Elevação frontal).
Fonte: dos Autores.

2.2.1.1 Peso próprio dos pilares (P1 a P12)

Para o peso próprio dos elementos foi utilizada a Equação 4, a seguir, utilizando
os dados do perfil W 310 x 97 (H):

𝑃𝑝 = ℎ . γ (Eq. 4)

em que: Pp é o peso próprio, em kg; h é o comprimento ou altura da peça, em m; γ é a


massa por metro informada no catálogo da peça. Logo, Pp será 5,5 metros multiplicados
por 97 kg/m, que resulta em 5,33 KN (Pp = 5,5m x 97 kg/m = 5,33 KN) .

2.2.1.2 Peso próprio das Vigas (V1 a V6)

Para o peso próprio dos elementos também foi utilizada a Equação 4. Logo, o Pp
será 9,6 metros multiplicados por 66 kg/m, que resulta em 6,336 KN (Pp = 9,6m x 66
kg/m = 6,336 KN) .

7
2.2.1.3 Peso próprio da cobertura

Figura 7. Perspectiva Cônica Genérica do galpão, conforme arquivo em planta. Fonte:


dos Autores.

O peso próprio da cobertura adotado para cálculo foi de 0,3 KN/m², para telhas
de alumínio (com espessura de 0,8 mm) e estrutura metálica de aço, conforme orienta a
NBR 6120, na Tabela 6 (Telhados). Utilizou-se a Equação 5, a seguir:

𝑃𝑝 = 𝐴 . γ (Eq. 5)

em que: Pp é o peso próprio, em kg; A é a área equivalente do telhado referente ao


pórtico calculado, em m²; γ é a massa por metro quadrado informada na NBR 6120.
Logo, Pp = área . 0,3 KN/m² = (4,89 m x 5,92 m) . 0,3 KN/m² = 8,68 KN.

2.2.2 Cálculo das ações do vento

Para o cálculo dos valores de esforços atuantes com relação ao vento, foi
utilizado o software Visual Ventos. Os dados e valores obtidos foram referenciados
levando em consideração a região da universidade de Viçosa, ou seja, Viçosa - MG.

8
A velocidade básica do vento tomada como parâmetro a partir do mapa de
isopletas do software, foi de 35m/s. A partir daí consideramos o fator topográfico S1 da
região escolhida como terreno plano ou fracamente acidentado, o fator de rugosidade S2
como sendo categoria III, classe B, e, por fim, o fator estático S3 como sendo
pertencente ao Grupo 3. Os dados geométricos do galpão foram os já previamente
elucidados no item anterior, porém, pode ser ratificado também no relatório gerado pelo
Visual Ventos.
Ao fim, de acordo com a NBR 6123, extraiu-se do relatório final apenas os
valores mais desfavoráveis possíveis de esforços do vento para os posteriores cálculos
das combinações, garantindo, deste modo, maior segurança e credibilidade ao projeto. O
relatório gerado com maior detalhamento de resultados pode ser observado no Anexo 2
deste documento. Os esforços resultantes calculados pelo programa estão ilustrados na
Figuras 8.

Vento 0° - Cpi = 0,10 Vento 90° - Cpi = 0,10

Figura 8. Resultado obtido pelo software das forças causadas pela ação do vento na
região de Viçosa-MG. Fonte: Visual Ventos.

2.3 Cálculo das combinações das ações

O estudo das combinações de cargas no modelo estrutural é considerado como


uma etapa obrigatória. Para cada caso deve ser pesquisada a combinação mais crítica e
adequada de cargas. Segundo a ABNT NBR 8800, que adota o critério dos estados
limites (LFRD), no mínimo as seguintes combinações críticas devem ser utilizadas:

𝐹𝑑 = Σ(γ𝑔𝑖. 𝐹𝐺𝑖) + (γ𝑞1. 𝐹𝑄1) + Σ(γ𝑞𝑗. ψ0𝑗. 𝐹𝑄𝑗) (Eq.6)

9
em que, 𝐹𝐺𝑖 𝑠ã𝑜 𝑎𝑠 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠; 𝐹𝑄1 é 𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑉𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑃𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙, e;

𝐹𝑄𝑗é 𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑉𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑆𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑎. Além disso, a NBR 8800, fornece os valores de γ

e ψ0 para as combinações de esforços em estruturas, conforme as tabelas 3 e 4. Na

Tabela 2, estão resumidas as cargas encontradas para o pórtico objeto de estudo.

Tabela 2. Resumo das cargas permanentes e variáveis

Descrição da Carga Carga (kN)

Peso Próprio telhado +8,68

Peso Próprio da viga +6,336

Carga do vento a 0º -1,91

Carga do vento a 90º -2,51

Tabela 3. Valores dos fatores de combinação ψ0 e de redução ψ1 e ψ2 para as ações


variáveis

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Tabela 4. Valores dos coeficiente de ponderação das ações (γ)

Por meio da Equação 6 e das tabelas 3 e 4, foram feitas as combinações de


esforço solicitante de cálculo (S1 a S3), para que fosse encontrada a combinação mais
desfavorável para ser utilizada nos cálculos seguintes.

𝑆𝑑1 = 1, 25 * 8, 68 + 1, 3 * 6, 366 = 19, 126 𝑘𝑁 (carga de vento desconsiderada

como ações variáveis visto que estão a favor da segurança).

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𝑆𝑑2 = 1 * 8, 68 + 1 * 6, 366 − 1, 4 * 1, 91 = 12, 37 𝑘𝑁 (considerado apenas a

menor carga de vento tendo em vista que se trata do caso menos favorável e portanto
resulta em valores maiores, neste caso).
Logo, para as ações determinadas neste projeto, na situação mais desfavorável
estará atuando apenas o peso próprio da estrutura, por se tratar de ações variáveis que
aliviam as cargas atuantes no pórtico estudado.

12
ANEXO 1 - TABELA DE BITOLAS GERDAU

13
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ANEXO 2 - RELATÓRIO GERADO PELO VISUAL VENTOS

Observação: Os resultados aqui expostos devem ser avaliados por um profissional com
experiência.

VisualVentos http://www.etools.upf.br

Este software está registrado no INPI No. 00062090

Dados Geométricos
b = 10,00 m
a = 30,00 m

b1 = 2 * h
b1 = 2 * 5,50
b1 = 11,00m
ou
b1 = b/2
b1 = 10,00/2
b1 = 5,00m
Adota-se o menor valor, portanto
b1 = 5,00 m

a1 = b/3
a1 = 10,00/3
a1 = 3,33m
ou
a1 = a/4
a1 = 30,00/4
a1 = 7,50m
Adota-se o maior valor, porém a1 <= 2 * h
2 * 5,50 = 11,00 m
Portanto
a1 = 7,50 m

15
a2 = (a/2) - a1
a2 = (30,00/2) - 7,50
a2 = 7,50 m

h = 5,50 m
h1 = 0,98 m
ß = 11,09 °
d = 6,00 m

Área das aberturas


Fixas
Face A1 = 0,00 m²
Face A2 = 0,00 m²
Face A3 = 0,00 m²
Face B1 = 0,00 m²
Face B2 = 0,00 m²
Face B3 = 0,00 m²
Face C1 = 0,00 m²
Face C2 = 0,00 m²
Face D1 = 0,00 m²
Face D2 = 0,00 m²

Movéis
Face A1 = 0,00 m²
Face A2 = 0,00 m²
Face A3 = 0,00 m²
Face B1 = 0,00 m²
Face B2 = 0,00 m²
Face B3 = 0,00 m²
Face C1 = 0,00 m²
Face C2 = 0,00 m²
Face D1 = 0,00 m²
Face D2 = 0,00 m²

16
Velocidade básica do vento
Vo = 35,00 m/s
Fator Topográfico (S1)
Terreno plano ou fracamente acidentado
S1 = 1,00

Fator de Rugosidade (S2)


Categoria III
Classe B
Parâmetros retirados da Tabela 2 da NBR6123/88 que relaciona Categoria e Classe
b = 0,94
Fr = 0,98
p = 0,10

S2 = b * Fr *(z/10)exp p
S2 = 0,94 * 0,98 *(1,00/10)exp 0,10
S2 = 0,72

Fator Estático (S3)


Grupo 3
S3 = 0,95

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Coeficiente de pressão externa
Paredes
Vento 0°

Vento 90°

Telhado
Vento 0°

18
Vento 90°

Cpe médio = -1,10

Coeficiente de pressão interno


Cpi 1 = 0,10
Cpi 2 = 0,10

Velocidade Característica de Vento


Vk = Vo * S1 * S2 * S3
Vk = 35,00 * 1,00 * 0,72 * 0,95
Vk = 24,05 m/s

Pressão Dinâmica
q = 0,613 * Vk²

19
q = 0,613 * 24,05²
q = 0,35 kN/m²

Esforços Resultantes
Vento 0° - Cpi = 0,10

Vento 0° - Cpi = 0,10

Vento 90° - Cpi = 0,10

Vento 90° - Cpi = 0,10

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