Resumo - Aula 01

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VIVA DA ESSÊNCIA

Estudo e análise crítica do Livro “O poder do agora”, de Eckhart Tolle

ENCONTRO 01 – A VOZ NA SUA CABEÇA

PONTO 1

O OBJETIVO ALMEJADO

Todos que ainda não encontraram a verdadeira riqueza:


- A radiante alegria do Ser e uma paz inabalável
- São mendigos, mesmo que possuam bens e riqueza material.

POR QUÊ?
Buscam, do lado de fora, migalhas de prazer, aprovação, segurança ou amor, embora
tenham um tesouro guardado dentro de si, que não só contém tudo isso, como é
infinitamente maior do que qualquer coisa oferecida pelo mundo.

ILUMINAÇÃO
- É simplesmente o estado natural de sentir-se em unidade com o Ser.
- A iluminação consiste em encontrar a verdadeira natureza por trás do nome e da forma.
- É um estado de conexão com algo imensurável e indestrutível.

O QUE É ESSE “ALGO” IMENSURÁVEL E INDESTRUTÍVEL?

- Esse “algo” é essencialmente você


- E ao mesmo tempo, é muito maior do que você.

O QUE ACONTECE QUANDO NÃO CONSEGUIMOS SENTIR ESSA CONEXÃO:

- A incapacidade de sentir essa conexão dá origem a uma ilusão de separação, tanto de você
mesmo quanto do mundo ao redor.

- Você se percebe um fragmento isolado


- Quando você se percebe, consciente ou inconscientemente, como um fragmento isolado,
o medo e os conflitos internos e externos tomam conta da sua vida.

O QUE É O “SER”?

1.Ser é a eterna e sempre presente Vida Única, que existe além das inúmeras formas de vida
sujeitas ao nascimento e à morte.
2. O Ser não está apenas além, mas também dentro de todas as formas, como a mais
profunda, invisível e indestrutível essência interior.

3.Isso significa que ele está ao seu alcance agora, sob a forma de um eu interior mais
profundo, que é a verdadeira natureza dentro de você.

COMO CONHECER O SER?

- Não procure apreendê-lo com a mente.


- Não tente entendê-lo.

- Só é possível conhecê-lo quando a mente está serena.


- Se estiver alerta, com toda a sua atenção voltada para o Agora, você até poderá sentir o
Ser, mas jamais conseguirá compreendê-lo mentalmente.

O QUE É A ILUMINAÇÃO?

É recuperar a consciência do Ser e submeter-se a esse estado de “percepção dos sentidos”

O SER É DEUS?

- Sim
- A palavra Deus se tornou um conceito fechado.
- Quando a pronunciamos, criamos uma imagem mental,

- Uma representação mental de alguém ou de algo externo a nós


- Quase inevitavelmente, alguém ou alguma coisa do sexo masculino.

- Isso nos desconecta com o que Deus realmente é


- Ser, entretanto, tem a vantagem de sugerir um conceito aberto.
- Não reduz o invisível infinito a uma entidade finita.

- É impossível formar uma imagem mental a esse respeito.


- Ninguém pode reivindicar a posse exclusiva do Ser.

- É a sua essência

PONTO 2
O OBSTÁCULO

O QUE NOS IMPEDE DE VIVER A ILUMINAÇÃO?

-Identificar-se com a mente, o que faz com que estejamos sempre pensando em alguma
coisa.
- Ser incapaz de parar de pensar é uma aflição terrível, mas ninguém percebe por que quase
todos nós sofremos disso e, então, consideramos uma coisa normal.

QUAL O PROBLEMA COM A IDENTIFICAÇÃO COM A MENTE?

- O ruído mental incessante nos impede de encontrar a área de serenidade interior, que é
inseparável do Ser.

- Isso faz com que a mente crie um falso eu interior


- Esse falso eu projeta uma sombra de medo e sofrimento sobre nós.

A DISFUNÇÃO:

- O pensador compulsivo, ou seja, quase todas as pessoas, vive em um estado de aparente


isolamento, em um mundo povoado de conflitos e problemas.

- Um mundo que reflete a fragmentação da mente em uma escala cada vez maior.

O NORMAL:

- A iluminação é um estado de plenitude, de estar “em unidade” e, portanto, em paz.

- Em unidade tanto com o universo quanto com o eu interior mais profundo, ou seja, o Ser.

- A iluminação é o fim não só do sofrimento e dos conflitos internos e externos


permanentes, mas também da aterrorizante escravidão do pensamento.

O PROBLEMA:

Quando nos identificamos com a mente, criamos uma tela opaca de conceitos, rótulos,
imagens, palavras, julgamentos e definições que bloqueia todas as relações verdadeiras.

Essa tela se situa entre você e o seu eu interior, entre você e o próximo, entre você e a
natureza, entre você e Deus.

E essa tela de pensamentos que cria uma ilusão de separação, uma ilusão de que existe você
e um “outro” totalmente à parte.

Esquecemos o fato essencial de que, debaixo do nível das aparências físicas, formamos uma
unidade com tudo aquilo que é.

Por “esquecermos” quero dizer que não sentimos mais essa unidade como uma realidade
evidente por si só.

Podemos até acreditar que isso seja uma verdade, mas não mais a reconhecemos como
verdade.
PONTO 3
A DISFUNÇÃO

O PROBLEMA DO PENSAR

- Pensar se tornou uma doença.


- A doença acontece quando as coisas se desequilibram.

- Por exemplo, não há nada de errado com a divisão e a multiplicação das células no corpo
humano.

- Mas, quando esse processo acontece sem levar em conta o organismo como um todo, as
células se proliferam e temos a doença.

-Se for usada corretamente, a mente é um instrumento magnífico.


- Entretanto, quando a usamos de forma errada, ela se torna destrutiva.

- Para ser ainda mais preciso, não é você que usa a sua mente de forma errada.
- Em geral, você simplesmente não usa a mente. É ela que usa você.

A DOENÇA:

- Você acredita que é a sua mente.


- O instrumento se apossou de você.

A IDENTIFICAÇÃO COM A MENTE

- Estamos tão identificados com ela que nem percebemos que somos seus escravos.

- É quase como se algo nos dominasse sem termos consciência disso e passássemos a viver
como se fôssemos a entidade dominadora.

PONTO 4
A SAÍDA

OBSERVAR A MENTE
- A liberdade começa quando percebemos que não somos a entidade dominadora, o
pensador.

-Saber disso nos permite observar a entidade.


- No momento em que começamos a observar o pensador, ativamos um nível mais alto de
consciência.

-Começamos a perceber, então, que existe uma vasta área de inteligência além do
pensamento, e que este é apenas um aspecto diminuto da inteligência.

- Percebemos também que todas as coisas realmente importantes como a beleza, o amor, a
criatividade, a alegria e a paz interior surgem de um ponto além da mente.
É quando começamos a acordar.

O QUE É OBSERVAR A MENTE


- Prestar atenção a voz, ou algumas vozes, dentro da cabeça.

O QUE É ESSA VOZ?

- São os processos involuntários do pensar – que acreditamos que não podemos


interromper –, manifestando-se como monólogos ou diálogos contínuos.

O que a voz faz:

- A voz comenta, especula, julga, compara, desculpa, gosta, desgosta, etc.


- Ela pode estar revivendo o passado recente ou remoto,

- Ensaiando, ou imaginando possíveis situações futuras


- Neste último caso, ela imagina sempre as coisas indo mal e com resultados desfavoráveis.
É o que se chama de preocupação.

A voz é o passado:

- Mesmo que tenha alguma relação com o momento, a voz será interpretada em termos do
passado.

-Isso acontece porque a voz pertence à mente condicionada, que é o resultado de toda a
nossa história passada, bem como dos valores culturais coletivos que herdamos.

- Assim, vemos e julgamos o presente com os olhos do passado e construímos uma imagem
totalmente distorcida.

-Não é raro que a voz se torne o pior inimigo de nós mesmos.

- Muitas pessoas vivem com um torturador em suas cabeças, que as ataca e pune sem parar,
drenando sua energia vital.

-Essa é a causa de muita angústia e infelicidade, assim como de doenças.


ATIVIDADE 1

- Comece a prestar atenção ao que a voz diz,

- Observe padrões repetitivos de pensamento, aquelas velhas trilhas sonoras que você
escuta dentro da sua cabeça há anos.

- Ouça a voz dentro da sua cabeça, esteja lá presente, como uma testemunha.
- Seja imparcial ao ouvir a voz, não julgue nada.
- Não julgue ou condene o que você ouve

- Se você julgar ou condenar, significa que a mesma voz acabou de voltar pela porta dos
fundos.

O que esperar:

- Você logo perceberá: lá está a voz e aqui estou eu, ouvindo-a e observando-a.
- Sentir a própria presença não é um pensamento, é algo que surge de um ponto além da
mente.

- ouvir um pensamento significa que você está consciente não só do pensamento, mas
também de você mesmo, como uma testemunha daquele pensamento.

- Isso acontece porque uma nova dimensão da consciência acabou de surgir.

- Quando você ouve o pensamento, sente uma presença consciente, que é o seu eu interior
mais profundo, por trás ou por baixo do pensamento.

- O pensamento, então, perde o poder que exerce sobre você e se afasta rapidamente,
porque a mente não está mais recebendo a energia gerada pela sua identificação com ela.

- Esse é o começo do fim do pensamento involuntário e compulsivo.

Mente vazia

- Quando um pensamento se afasta, percebemos uma interrupção no fluxo mental, um


espaço de “mente vazia”.

- No início, esses espaços são curtos, talvez apenas alguns segundos, mas, aos poucos, se
tornam mais longos.

- Quando esses espaços acontecem, sentimos uma certa serenidade e paz interior.

- Esse e o começo do estado natural de nos sentirmos em unidade com o Ser, que
normalmente é encoberto pela mente.
- Com a prática, a sensação de paz e serenidade vai se intensificar.

- Na verdade, essa intensidade não tem fim.

-Você também vai sentir brotar lá de dentro uma sutil emanação de alegria, que é a alegria
do Ser.

- Nesse estado de conexão interior, ficamos muito mais alertas. Estamos presentes por
inteiro.

O estado de pura consciência

- Começamos a perceber o estado de pura consciência.

- Sente a própria presença com tal intensidade e alegria que os pensamentos, as emoções,
nosso corpo, o mundo exterior – tudo se torna insignificante comparado a ele.

ATIVIDADE 2

- Em vez de “observar o pensador”, podemos também criar um espaço no fluxo da mente,


direcionando o foco da nossa atenção para o agora.

- Torne-se consciente do momento.


- Isso é profundamente gratificante de se fazer.

- Desvia a consciência para longe da atividade da mente e criamos um espaço de mente


vazia, em que ficamos extremamente alertas e conscientes, mas sem pensar.

- Dê total atenção a qualquer atividade rotineira, normalmente considerada como apenas


um meio para atingir um objetivo, de modo a transformá-la em um fim em si mesma.

- Todas as vezes que você subir ou descer as escadas, preste muita atenção a cada passo, a
cada movimento, até mesmo à sua respiração.

- Esteja totalmente presente.

-Ou, quando lavar as mãos, preste atenção a todas as sensações provocadas por essa
atividade, como o som e o contato da água, o movimento das suas mãos, o cheiro do
sabonete, e assim por diante.

Ou então, quando entrar em seu carro, pare por alguns segundos depois que fechar a porta
e observe o fluxo da sua respiração.

Tome consciência de um silencioso, mas poderoso, sentido de presença.


COMO SABER QUE VOCÊ ESTÁ INDO BEM

- verifique o grau de paz dentro de você.

QUAL O PASSO MAIS IMPORTANTE NA CAMINHADA DA ILUMINAÇÃO?

- Aprendermos a nos dissociar de nossas mentes.


- Todas as vezes que criamos um espaço no fluxo do pensamento, a luz da nossa consciência
fica mais forte.

ENTENDER:
- Nossa mente é um instrumento, uma ferramenta.

- Está ali para ser usada em uma tarefa específica e depois ser deixada de lado.

- Cerca de 80% a 90% dos pensamentos não só são repetitivos e inúteis, mas, por conta de
uma natureza freqüentemente negativa, são também nocivos.

POR QUE NÃO CONSEGUIMOS PARAR DE PENSAR

-Porque estamos identificados com esse processo, já que a percepção do eu interior tem
origem no conteúdo e na atividade de nossas mentes.

Acreditamos que deixaríamos de existir se parássemos de pensar.

No processo de crescimento, construímos uma imagem mental de nós mesmos, baseada em


nosso condicionamento pessoal e cultural.

Podemos chamar isso “o fantasma pessoal do ego”.

Consiste em uma atividade mental e só pode ser mantido através do pensar constante.

Um falso eu interior, criado por uma identificação inconsciente com a mente.

Para o ego, o momento presente dificilmente existe.

Só o passado e o futuro são considerados importantes.

Essa total inversão da verdade explica por que, para o ego, a mente não tem função.

O ego está sempre preocupado em manter vivo o passado, porque pensa que sem ele não
seríamos ninguém.

E se projeta no futuro para assegurar a continuação de sua sobrevivência e buscar algum


tipo de escape ou satisfação lá adiante.

Ele diz assim: “Um dia, quando isso ou aquilo acontecer, vou ficar bem, feliz, em paz”.
Mesmo quando o ego parece estar preocupado com o presente, não é o presente que ele
vê, porque constrói uma imagem completamente distorcida, a partir do passado.

Ou então reduz o presente a um meio para obter o fim desejado, um fim que sempre
consiste em um futuro projetado pela mente.

Observe sua mente e verá que é assim que ela funciona.

O momento presente tem a chave para a libertação. Mas você não conseguirá percebê-lo
enquanto você for a sua mente.
O predomínio da mente é apenas um estágio na evolução da consciência.

Precisamos, urgentemente, passar ao próximo estágio, senão seremos destruídos pela


mente, que se transformou em um monstro.

Pensamento e consciência não são sinônimos.

O pensamento é um pequeno aspecto da consciência.

O pensamento não consegue existir sem a consciência, mas a consciência não necessita do
pensamento.

PONTO 5
VOLTANDO A ILUMINAÇÃO:

- A iluminação significa chegar a um nível acima do pensamento, e não em ficar abaixo dele

- No estado de iluminação, continuamos a usar nossas mentes quando necessário, mas de


um modo mais focalizado e eficiente.

- Utilizando nossas mentes com objetivos práticos, não ouvimos mais o diálogo interno
involuntário

- e passamos a sentir uma enorme serenidade interior.

- O estado de mente vazia é a consciência sem o pensamento.

- Só assim é possível pensar criativamente, porque somente desse modo o pensamento tem
alguma força real.

- O pensamento sozinho, quando não mais conectado com a área da consciência, que é
muito mais ampla, rapidamente se torna árido, doentio e destrutivo.

- A mente coleta, armazena e analisa informações, mas não é nada criativa.


-Todo artista verdadeiro, quer tenha ou não consciência disso, cria a partir de um lugar de
mente vazia, que se origina de uma serenidade interior.

-A mente então dá forma ao impulso criativo, ou insight.

- Até mesmo os grandes cientistas têm relatado que as suas descobertas mais originais
aconteceram em um momento de serenidade mental.

- Uma pesquisa nacional realizada com alguns dos matemáticos mais preeminentes que já
atuaram nos Estados Unidos, incluindo Einstein, para estudar seus métodos de trabalho,
mostrou que o pensamento “é apenas uma parte secundária da fase breve e decisiva do ato
criativo em si”.
- Logo, eu poderia dizer que a maioria dos cientistas não é criativa, não porque não sabe
pensar, mas sim porque não sabe como parar de pensar!

- Quando a mente se relaciona como corpo, transforma-se na mais maravilhosa das


ferramentas. Serve, então, a alguma é coisa maior do que ela mesma.

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