1-Introdução A Polimeros
1-Introdução A Polimeros
1-Introdução A Polimeros
Monômero: é uma molécula simples, constituída por um único mero, que se combina com
outras moléculas do mesmo tipo ou de tipos diferentes para formar um polímero.
É a matéria-prima para a produção do polímero
Deve apresentar funcionalidade (número de pontos reativos) de no mínimo 2 ( bifuncional)
Polietileno
Origem dos polímeros
Naturais
Madeira, borracha, algodão, lã, couro, seda, proteína, enzima, amidos e celulose.
poli cis-1,4-isopreno
mundoeducacao.
bol.uol.com.br
Nafta :
composto incolor retirado do petróleo que serve
como base para a obtenção de inúmeros polímeros
Cadeia petroquímica – Transformação
Refinaria
Petróleo em
Nafta
Monômero em
polímero
Petroquímica de 2ª.
geração
Cadeia petroquímica – Transformação
Pirólise Etano
(800°C)
Destilação Etileno
fracionada Moléculas
GLP insaturadas
Propano utilizadas para a
síntese de
Nafta polímeros
Propileno
Gasolina
Petróleo Butadieno
Querosene
Isobutileno
Óleo diesel
Asfalto
Origem dos polímeros: Sintéticos
Temperatura
Pressão
Iniciadores
Catalisadores
PP
PB
Hexametileno
Amônia diamina PA 6,6
Estireno SBR
Polimerização
• Polimerização: reações químicas intermoleculares pelas quais os monômeros são ligados na forma de
meros à estrutura molecular da cadeia: adição ou condensação
Polimerização por adição (reação em cadeia): formação de uma cadeia a partir da instabilizarão da dupla
ligação de um monômero e sua posterior ligação com outras moléculas.
POLIETILENO
1- Iniciação: formação de sítio reativo a partir de uma espécie iniciadora
(ou catalisadora) e monômero.
Este mecanismo envolve diferentes moléculas iniciadoras ou precursoras. Uma molécula pequena como
água, etanol ou metanol resulta da polimerização.
Grau de polimerização
Grau de polimerização
Para que um polímero possa ser formado, é essencial que sua estrutura química apresente
funcionalidade (f) igual a 2:
• Apresente dois sítios suscetíveis para permitir o crescimento da cadeia.
• Cada monômero deve ser capaz de se combinar com no mínimo outros dois monômeros.
Moléculas com dois ou mais grupos funcionais reativos podem, em condições propícias, reagir entre
si, produzindo uma macromolécula.
Nesta reação foi consumido apenas um grupo funcional de cada reagente, formando uma
molécula de éster, que ainda contém dois grupos funcionais reativos (-OH) que podem reagir
levando ao aumento da molécula.
N M i i
M n ni M i i
i N i
i
m M i i N M i i
2
Polidispersividade Mw i
i
m i N M i i
Mw i i
-
Ligações moleculares em polímeros
Ligação Intramolecular
Quebra de
ligação
intramolecular
Degradação do
polímero
Poliacrilonitrila Poliamida:
Ligações de H entre o H da amida e O
da carbonila
Fonte: Canevarolo, 2013; Akcelrud, 2007
Ligações moleculares em polímeros
Ramificada: Da cadeia principal partem prolongamentos, que podem ser longos ou curtos, formado
pelo mesmo mero ou por outro mero.
Em rede: As cadeias poliméricas estão ligadas entre si através de segmentos de cadeias, unidos por
forças covalentes primárias (fortes)
Monômero A Monômero B
Aleatório
Alternado:
poli(estireno-ran-butadieno) (SBR),
poli(anidrido maleico-alt-estireno)
poli[etileno-ran-(acetato de vinila)] (EVA)
poliestireno-bloco-polibutadieno-bloco-poliestireno (SBS),
poliestireno-bloco-poliisopreno-bloco-poliestireno (SIS), poliestireno de alto impacto (PSAI)
poliestireno-bloco-poli(etileno-ran-butileno)-bloco-poliestireno (SEBS) polibutadieno-graft-poliestireno
EVA com teores de acetato de vinila entre 18-28% em massa possui grande aplicação na indústria
de calçados.
ligações intramoleculares, por isso pode ser alterado apenas pela quebra de ligações químicas primárias.
Encadeamento cabeça-cauda: durante o crescimento da cadeia é sempre o carbono cauda do monômero que
se apresenta pra ligar com ela
Encadeamento cabeça-cabeça (ou cauda-cauda): ocorre quando os grupos R estão ligados a átomos adjacentes na
cadeia. É sempre o outro carbono que se apresenta pra ligar com o C da cadeia em crescimento.
Isotático: todos os grupos laterais dispostos de um mesmo lado do plano definido pela cadeia principal
Sindiotático: os grupos laterais são dispostos de maneira alternada, ora por cima, ora por baixo
Regiões ordenadas:
distribuição regular no espaço
Regiões desordenadas
A cristalização completa de um polímero de elevada massa molar, só ocorre em condições muito específicas
em laboratório, sendo que na prática, a cristalização é sempre parcial, e forma-se um polímero
semicristalino.
Polietileno
H H PEAD: cadeia linear
C C
H H
Grande variação das características físico-químicas de cada um, levando a mudanças de propriedades.
PEAD PEBD
Tipo de cadeia Linear Ramificada
Densidade (g.cm3) 0,95 - 0,96 0,92 – 0,93
Temperatura de fusão (°C) 135 110
Cristalinidade (%) 85 -95 40-60
Resistência a tração (MPa) 21,4 -37,9 8,3 -24,1
A mobilidade é função da agitação dos átomos nas moléculas, sendo esta diretamente
proporcional a temperatura.
Temperatura de Temperatura de
Temperatura de
transição vítrea fusão (Tf ou Tm do
cristalização (Tc)
(Tg) inglês melting)
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Temperatura de transição vítrea (Tg)
Esta temperatura é o valor médio da faixa de temperatura que durante o aquecimento, permite
que as cadeias poliméricas da fase amorfa adquiram mobilidade.
Temperatura
Tg
Polímero não tem energia interna É a temperatura na
suficiente para permitir a mobilidade das qual começam os Cadeias poliméricas
cadeias poliméricas; movimentos dos apresentam mobilidade
Sem movimentação molecular; segmentos das cadeias
Polímero caracteriza-se por estar no estado
vítreo;
Volume
específico
Entalpia
Entropia Tg
Temperatura (oC)
Temperatura de fusão cristalina (Tf ou Tm)
Transição de primeira ordem termodinâmica:
É valor médio da temperatura que durante o aquecimento, a ordem cristalina é completamente destruída,
com a fusão dos cristalitos.
Tm
Destruição Estado viscoso - líquido
Sólido - semicristalino da ordem (amorfo)
cristalina
Para que isso ocorra, as cadeias devem ter tempo suficiente para se moverem e se alinharem umas com as
outras.
Certos polímeros cristalizam muito rapidamente, enquanto que outros demoram mais tempo.
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Classificação dos polímeros
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Classificação dos polímeros
Polímero
Com elevada
Com baixa densidade
densidade de
de ligações cruzadas Linear ou ramificado
ligações cruzadas
Termofixos Elastômeros
Semi-cristalino Amorfo
PP, PET, etc PS
POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS
Esses polímeros consistem de moléculas lineares ou ramificadas, com ligações intramoleculares
fortes (ligação covalente), porém ligações intermoleculares fracas (ligações secundárias).
Solidificarem
Reversíveis Amolecer e fluem
Temperatura
• Cuidado durante o processamento ou reprocessamento de polímeros em que a temperatura de processamento é
próxima a temperatura de degradação, para que não ocorra a sua degradação.
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POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS
Termoplásticos de uso geral Termoplásticos de uso
(commodities) Termoplásticos de engenharia especial
Termoplásticos de engenharia
US$2-7/Kg
Polímeros de
uso de engenharia Ex.: Policarbonato (PC)
Poliacetal (POM)
Poli(butileno tereftalato) (PBT)
Poli(etileno tereftalato) (PET)
Poliamidas, entre outros
Commodities
Polímeros de <US$2/Kg
Produto
Pellets Solidificação
final
Amolecimento
Temperatura e
ou fusão -
pressão/solvente
Moldagem
Uma vez solidificados pelo processo que forma ligações cruzadas (cura), eles não podem ser
reprocessados e decompõem-se com aquecimento.
Cura: gera a formação de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas, pela ação de um
catalisador ou calor, resultando em mudanças nas propriedades físicas de uma resina.
Ligações cruzadas: ligações covalentes formados entre duas cadeias, que as mantêm unidas por
força primária, formando uma rede tridimensional.
Fonte: (AGARWAL e BROUTMAN, 1990; MARINUCCI, 2011)
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POLÍMEROS TERMOFIXOS OU TERMORRÍGIDOS
a m xa
Facilmente
Co ente or
ma p. . B
r
en
Solidificação do polímero:
ola
s s bai
Ag eced
Co omp
mp
du
conformados antes da
r
C
.A
m
cura ocorre por reações químicas termo
ativadas, levando a formação de
Desta forma, durante o processamento, deve-se controlar o fornecimento de calor para que não
ocorra a solidificação prematura do componente.
TERMOFIXOS
Os materiais iniciais para a síntese da resina epóxi, são normalmente resinas líquidas orgânicas de
baixa massa molar, com anéis de três membros contendo um átomo de oxigênio e dois átomos de
carbono.
Um material base utilizado é o éter diglicidílico do bisfenol A (DGEBA), que contém dois grupos
epoxídicos, um em cada extermidade da molécula.
Ligações cruzadas
Dentro desta classificação, analisa-se o polímero através da sua estrutura química do seu
mero
Poliolefinas;
Polímeros de dienos,
Polímeros estirênicos,
Cadeia Carbônica
Polímeros Clorados e fluorados,
Polímeros acrílicos,
Polivinil ésteres
Poliolefinas
São polímeros originados de monômeros de hidrocarboneto alifático insaturado, contendo uma
dupla ligação carbono-carbono reativa.
•Não apresentam ligações duplas na cadeia principal.
Polipropileno (PP)
Polietileno (PE)
Polímeros de dienos
Estes polímeros são borrachas que Esta alta reatividade conduz à reação
podem ser vulcanizados com enxofre, com oxigênio, catalisado pela T,
fazendo-se uso da dupla ligação residual determinando uma baixa estabilidade
presente no mero térmica devido à oxidação
Polímeros de dienos
Polibutadieno (BR)
Este polímero constitui uma borracha sintética com propriedades não totalmente
satisfatórias, e por esse motivo o 1,3-butadieno costuma ser utilizado em conjunto com
borracha natural ou SBR, em níveis inferiores a 50%.
Polímeros de dienos
Polímeros de dienos
POLIMEROS ESTIRÊNICOS
Outros exemplos:
• copolímero de estireno-acrilonitrila (SAN)
• terpolímero de estireno-butadieno-acrilonitrila (ABS)
• copolímero aleatório de butadieno-estireno (SBR)
• copolímero de estireno-butadieno-estireno (SBS)
Monômeros clorados (com um ou mais átomos de cloro) definem uma outra classe de
polímeros com boas propriedades mecânicas geradas pelas altas forças intermoleculares,
devido a polaridade dos átomos de cloro.
Exemplos:
Poli(cloreto de vinila) –PVC
Poli(cloreto de vinilideno) - PVDC
1,1 dicloroeteno
Com plastificantes, o PVC torna-se mais flexível Maior barreira a gases e vapores
Fonte: Canevarolo, 2013
Classificação quanto a estrutura química
POLIMEROS FLUORADOS
Altas forças intermoleculares gerados pela presença de grandes átomos de flúor, conferem:
• rigidez a molécula dificultando mudanças de conformação
• Elevada estabilidade térmica
• Inércia química
Poli(tetrafluoretileno) (PTFE) é o polímero fluorado mais conhecido (TEFLON).
Poliacetal
são comercializados na
forma de filmes, fibras
poliéster saturados
e polímeros
termoplásticos
polímeros a base de
poliéster
São higroscópicas:
Poliuretano
•As duas outras ligações do átomo de silício podem ser ocupadas por vários
radicais diferentes, produzindo vários tipos de silicones.
Polidimetil siloxano
AKCELRUD, LENI. Fundamentos da Ciência dos Polímeros. Editora Manole, Barueri –SP, 2007
ASKELAND, D.R.; WRIGHT, W.J.; Ciência e Engenharia dos Materiais.3ª. Edição. CENGAGE Learning,
São Paulo, 2014.
CALLISTER Jr, WILLIAN D.; RETHWISCH, DAVID G. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma
Introdução. Editora LTC. Rio de Janeiro, 2013.
CANEVAROLLO, SEBASTIÃO V. Ciência dos Polímeros: Um texto básico para tecnólogos e
engenheiros, Editora Artliber, 3ª. Edição, 2013.
MANO, E.B.; MENDES, L.C.; Introdução a Polímeros, 2ª. Edição revisada e ampliada. Editora Blucher,
1999.
RUDIN, A.; CHOI, P.; Ciência e Engenharia de Polímeros. Elsevier 3ª. Edição, Rio de Janeiro, 2015