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Fertilizantes

Prof. Bruno
Fertilizantes nitrogenados
● Ureia ((NH2)2CO), sulfato de amônio ((NH4)2SO4) e nitrato de amônio
(NH4NO3) são as principais fontes de N utilizadas no Paraná.

● Utilizados principalmente em cobertura, após o plantio ou emergência


das culturas.

● Ureia tem potencial de perda de N por volatilização (volta para forma


gasosa) quando aplicada em solos secos/bem drenados. Para evitar a
perda, adotam-se as seguintes práticas: incorporação ao solo, aplicação
anterior a chuva (15-20 mm) e nas horas mais amenas do dia.
Fertilizantes nitrogenados

Ureia 45% N -
Sulfato de amônio 20% N 24% S
Nitrato de amônio 34% N -
Fertilizantes fosfatados
● As opções de adubos fosfatados são amplas, distribuídos em 4 grupos:

- fosfatos acidulados (solúveis);


- fosfatos nitrogenados (solúveis);
fosfatos naturais (reativos);
- termofosfato;

● Normalmente aplicados no sulco de semeadura, devido a baixa


mobilidade do fósforo no solo.
Podem ser aplicados em cobertura para correção dos níveis de
fósforo no solo, com fosfatos naturais.
Fosfatos acidulados (solúveis)
● Produzidos a partir da reação da rocha fosfática (apatita) com ácido
sulfúrico e fosfórico.
● Utilizados como granulados e no preparo de formulações (NPK);
● Formados por diferentes compostos de fósforo e cálcio: fosfato
monocálcico (Ca(H2PO4)2), bicálcico (Ca2HPO4) e tricálcico (Ca3(PO4)2).

Superfosfato simples 18 - 21% P2O5 16% Ca 10% S


Superfosfato triplo 41 - 48% P2O5 10% Ca -
Fosfatos nitrogenados
● Obtidos a partir do tratamento da amônia com ácido fosfórico.

● Fosfato monoamônico (MAP) → NH4H2PO4

● Fosfato diamônico (DAP) → (NH4)2HPO4

MAP 48% P2O5 9% N


DAP 45% P2O5 17% N
Fosfatos naturais ou reativos
● Produzidos a partir da moagem de rochas fosfatadas, principalmente
sedimentares (fosforitas);

● São de solubilização lenta e prolongada. Maior solubilização em solos


ácidos e com alta M.O. Acima de pH 6 não solubilizam.

● APLICAR ANTES DA CALAGEM!!!

● Normalmente utilizados para correção dos níveis de fósforo do solo, mas


podem ser usados como manutenção das culturas quando os níveis do
solo estão altos.
Fosfatos naturais ou reativos

Fosfato de Gafsa - Tunísia 28% P2O5 32% Ca


Fosfato de Arad - Romênia 33% P2O5 35% Ca
Fosfato de Bayóvar - Peru 29% P2O5 33% Ca
Fosfato de Araxá - MG 12% P2O5 10% Ca
Brasil
Termofosfato
● Produzidos pelo aquecimento da rocha fosfática com adição de
compostos magnesianos e silícicos, causando sua fusão (1400 a 1500ºC).
Após a fusão, é submetido a um choque térmico com jato de água e
depois de seco, é moído e embalado.

● Termofosfato Yoorin → produzido no Brasil, com adição de silicato de


magnésio.
● A presença de silício protege o fósforo da fixação pelos óxidos presentes
no solo.
● Apresentam traços de micronutrientes (B, Cu, Mn, Zn)
Termofosfato
P 2O 5 Ca Mg S Si B Cu Mn Zn

Yoorin Mg 18% 18% 7% - 10% - - - -

Yoorin Mg+S 16% 17% 6,5% 6% 9% - - - -

Yoorin Master 17% 18% 7% - 10% 0,1% 0,05 0,3% 0,55


% %

Yoorin 16% 16% 6,5% 6% 9% 0,1% 0,05 0,3% 0,55


Master+S % %

Yoorin B 18% 16% 9% - 8% 0,7% - 0,2% -

Huizifértil 17% 16% 6% - 8% 0,1% 0,05 0,4% 0,5%


%
Fertilizantes potássicos
● Os principais utilizados no Paraná são o cloreto de potássio (KCl) e sulfato
de potássio (K2SO4).

● Em espécies sensíveis ao íon cloreto (Cl-), como batata, fumo, melão,


pepino, morango, manga, pêssego, cebola, pimenta, amora, framboesa,
mirtilo, etc, se possível é preferível utilizar sulfato de potássio.

● Pode ser aplicado em cobertura, pois é móvel no solo. Quando aplicado


no sulco de semeadura ou cova, evitar o contato com a semente ou raiz
da muda, devido ao efeito salino.
Fertilizantes potássicos

K 2O Cl S N
Cloreto de potássio 58 - 60% 40% - -
(KCl)
Sulfato de potássio 48 - 52% 2 - 3% 15 - 17% -
(K2SO4)
Nitrato de potássio 44% - - 13%
(KNO3)
Fórmulas NPK
● Apresentadas em porcentagem de N, P2O5 e K2O. Exemplo: 10-30-20 →
10% de N, 30% de P2O5 e 20% de K2O.
● Obtidas pela mistura de adubos simples compatíveis. Podem ser
acrescentados teores dos macronutrientes secundários (Ca, Mg e S) ou
micronutrientes.
● Utilizados como adubação de base para repor os principais nutrientes
exportados pelas culturas.
● Existem inúmeras fórmulas diferentes no mercado, a escolha dependerá
da quantidade exigida pela cultura e da respectiva relação entre os
nutrientes.
Fórmulas NPK
● Exemplo: de acordo com a análise de solo e tabela de recomendação para
a cultura, a quantidade recomendada será de 30kg/ha de N, 90 kg/ha de
P2O5 e 60 kg/ha de K2O.

A relação entre os nutrientes pode ser obtida dividindo-se as doses pelo


menor valor recomendado → 30/30, 90/30 e 60/30 → 1 : 3 : 2

Essa relação deve ser atendida por uma das fórmulas comerciais
existentes. Exemplo: 8:24:16 → 8/8, 24/8, 16/8 → 1 : 3 :2
10:30:20 → 10/10, 30/10, 20/10 → 1 : 3 : 2
Micronutrientes
● Disponíveis em fórmulas simples (sulfatos, ácidos) solúveis.

● em forma quelatizada, que é um composto de alta estabilidade, pela


junção de micronutriente com ácido orgânico, como EDTA (ácido etileno
diamino tetracético); liberação prolongada.

● em forma FTE (fritted trace elements), que é a mistura de micronutrientes


em uma massa vítrea (silicato), que depois é resfriada e moída; liberação
prolongada.
Micronutrientes
● Adubos orgânicos de animais que recebem suplementação de sais
podem apresentar quantidades expressivas de micronutrientes,
principalmente Cu e Zn. Tomar cuidado com aplicações sucessivas que
podem acumular esses elementos no solo.
Micronutrientes
Boro %B
Bórax decahidratado 11%
(Na2B4O7.10H2O)
Ácido bórico (H3BO3) 17%

Cobre % Cu
Sulfato de cobre (CuSO4) 35%
Sulfato de cobre pentaidratado 25%
(CuSO4.5H2O)
Micronutrientes
Ferro % Fe
Sulfato de ferro heptaidratado 20%
(FeSO4.7H2O)

Manganês % Mn
Sulfato de manganês 30%
(MnSO4.3H2O)
Micronutrientes
Molibdênio % Mo
Molibdato de sódio 39%
(Na2MoO4.2H2O)

Zinco % Zn
Sulfato de zinco monoidratado 20%
(ZnSO4.H2O)
Sulfato de zinco heptaidratado 20%
(ZnSO4.7H2O)
Micronutrientes
Cobalto % Co
Sulfato de cobalto 20%
(CoSO4.7H2O)
Micronutrientes - EDTA e FTE

FTE B Cu Mn Zn S
FTE Br 12 1,8% 0,8% 2% 9% 1%
(Nutriplant)

EDTA B Cu Mn Zn Mg Fe Mo
Dalt Mix 5 (EDTA 0,5% 1,5% 4% 1,5% 5% 4% 0,1%
Quelatos Syngenta)
Adubos orgânicos
● A composição química, concentração de nutrientes e teor de matéria seca
podem variar em função do tipo de criação, alimentação, cama utilizada,
idade da cama, entre outros.

● Os teores médios de nutrientes podem ser utilizados como referência


para recomendações caso não seja possível realizar a análise do
composto.
Adubos orgânicos
Quantidade de esterco a aplicar
● Deve-se calcular a dose considerando os teores de N, P2O5 e K2O do
esterco e o índice de eficiência de liberação do nutriente.
● Utilizar a menor dose obtida, complementando os demais nutrientes por
outros fertilizantes.
Para cama de aves, esterco sólido de suínos, esterco fresco e pastoso
de bovinos, usar a seguinte equação:

DE = A x [ 1 / (B/1000) x (C/1000) x D]

DE - dose de esterco úmido a ser aplicada (kg/ha)


A - quantidade de nutriente a ser aplicada (kg/ha)
B - matéria seca do esterco (kg/t)}
C - quantidade do nutriente na matéria seca (kg/t)
D - índice de eficiência de liberação do nutriente (vide tabela).
Quantidade de esterco a aplicar
Para esterco líquido de suínos e bovinos, usar a seguinte equação:

DE = A x [ 1 / (B x C)]

DE - dose de esterco a ser aplicada (m³/ha)


A - quantidade de nutriente a ser aplicada (kg/ha)
B - quantidade de nutriente no esterco (kg/m³)
C - índice de eficiência de liberação do nutriente (vide tabela).

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