Knemidocoptic Mange (Knemidokoptes SPP.) in Australian Parakeets (Melopsittacus Undulatus) : CASE REPORT

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1 SARNA KNEMIDOCÓTICA (Knemidokoptes spp.

) EM PERIQUITOS
2 AUSTRALIANOS (Melopsittacus undulatus): RELATO DE CASO.
3
4 KNEMIDOCOPTIC MANGE (Knemidokoptes spp.) IN AUSTRALIAN PARAKEETS
5 (Melopsittacus undulatus): CASE REPORT
6

7 xxxxxx
8
9 RESUMO

10 Sarna knemidocóptica apresenta relevante importância na clínica e criação de aves. São


11 caracterizadas como ectoparasitos penetrantes, escavadores de túneis dérmicos de hospedeiros
12 susceptíveis, causando-lhes lesões cutâneas graves e parasitando extensa gama de espécies,
13 principalmente aquelas criadas em cativeiro. Periquitos australianos (Melopsittacus undulatus)
14 são uma das aves psitacídeas mais comumente mantidas como animais de companhia e,
15 destacando-se entre outras ectoparasitoses, como: ácaros das penas, dos ninhos e larvas de
16 moscas, está o gênero Knemidokoptes spp, responsável pela sarna dos periquitos. Neste relato,
17 foram observados sete M. undulatus da variedade inglesa, adultos sendo quatro fêmeas e 3
18 machos obtidos na cidade de Porto Ferreira, São Paulo. As aves apresentavam-se irritadas,
19 coçando-se, com mutilações variadas. Pode-se observar níveis distintos de patologia nos
20 exemplares e lesões foram observadas em toda a extensão da pele: do crânio, cera (nariz), bico,
21 derme das asas, cauda e membros inferiores (patas), levado a ausência de penas, formação de
22 placas elevadas de superfície irregular, porosa de coloração brancacenta e aspecto crostoso
23 poroso. Os bordos das lesões apresentavam-se avermelhadas, onde as aves bicavam para coçar
24 até se mutilarem. Foi coletado material córneo das áreas lesionadas e em 100%, observou-se ao
25 microscópio óptico (40x), instares da sarna K. pillae. Cinco dos sete animais: quatro fêmeas e
26 um macho, com maior nível de lesões vieram a óbito mesmo iniciado o tratamento e duas aves:
27 macho, menos infestadas foram curadas, porém perdurando sequelas dérmicas e hábito de coçar
28 os membros. Este é o primeiro relato, comprovado por identificação microscópica do ácaro
29 parasitando periquitos padrão inglês atendidos em xxxxx, SP.
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31 PALAVRAS-CHAVE: Psitacídeos. Dermatites. Acaricidas. Aves domésticas. Parasitologia
32
33
34 SUMMARY

35 Knemidocoptic mange is of relevant importance in clinical and poultry breeding. They are
36 characterized as penetrating ectoparasites, burrowing into dermal tunnels of susceptible hosts,
37 causing severe skin lesions and parasitizing a wide range of species, especially those bred in
38 captivity. Australian parakeets (Melopsittacus undulatus) are one of the parrot birds most
39 commonly kept as companion animals and, standing out among other ectoparasitosis such as:
40 feather mites, nest mites and fly larvae, is the genus Knemidokoptes spp, responsible for mange
41 of birds. parakeets. In this report, seven M. undulatus of the English variety were observed,
42 adults, four females and 3 males, obtained in the city of Porto Ferreira, São Paulo. The birds
43 were irritated, scratching themselves, with various mutilations. Different levels of pathology
44 can be observed in the specimens and lesions were observed along the entire length of the skin:
45 skull, wax (nose), beak, wing dermis, tail and lower limbs (legs), leading to the absence of
46 feathers, formation of raised plaques with irregular surface, porous, whitish color and scaly
47 porous appearance. The edges of the lesions were reddened, where the birds pecked to scratch
48 until they mutilated themselves. Corneal material was collected from the injured areas and in
49 100%, instars of K. pillae scab were observed under an optical microscope (40x). Five of the
50 seven animals: four females and one male, with a higher level of lesions, died even after the
51 treatment was started, and two birds: male, less infested were cured, but with dermal sequelae
52 and the habit of scratching the limbs. This is the first report, confirmed by microscopic
53 identification of the mite parasitizing English standard parakeets in xxxx, SP.
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55 KEYWORDS: Parrots. Dermatitis. Acaricides. Pet Birds. Parasitology
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15
64 INTRODUÇÃO
65
66
67 Periquito-australiano (Melopsittacus undulatus) é um pequeno pássaro granívoro de origem

68 australiana, psitaciforme pertencente taxonomicamente à família Psitaculidae. Considerado um

69 dos PETs mais criados no mundo, sendo superado apenas pelos cães e gatos nos lares. Fazem

70 parte da lista de fauna classificada como espécie doméstica isenta de fiscalização para fins de

71 operacionalização do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

72 Renováveis), de acordo com as Portaria IBAMA no. 093/98, de 07.jul.1998 e no. 2489, de

73 09.jul.2019 (BRASIL, 1998; BRASIL 2019).

74 Amplamente explorados em seleções genéticas objetivando mutações de cores, tamanho e

75 formato de penas, o M. undulatus vem sendo submetido à cruzamentos e manejos de criações

76 que podem afetar o seu bem-estar, principalmente quando são criados em viveiros pequenos e

77 superpovoados. Apesar de, em sua versão selvagem, viverem naturalmente em colônias de

78 milhares de aves, em cativeiro podem ser submetidos ao estresse e condições sanitárias

79 inadequadas que influenciam negativamente seu sistema imune, favorecendo infestações e

80 infecções, colocando em risco sua saúde.

81 Neste cenário de criação de aves em cativeiro, as aves tornam-se hospedeiros mais

82 susceptíveis às doenças e entre elas destacam-se os ácaros, que em sua diversidade podem

83 causar grandes problemas aos criadores e tutores.

84

85 RELATO DE CASO
86

87 Foram atendidos no xxxxxxxxxxx, SP, sete periquitos (Melopsittacus undulatus) da

88 variedade inglesa, adultos (Figura 1.D, E e F) sendo quatro fêmeas e três machos, doados por

89 vendedor intermediário de aves da cidade de xxxxx, no estado de São Paulo.

16
90 Ao serem recebidas, as aves apresentavam-se irritadas, coçando-se, com lesões no rosto e

91 patas com dermatite progressiva e lesões esponjosas por proliferação epitelial hiper

92 queratinizada ao redor da cera (nariz) de aspectos escamoso e friável, estendendo-se para a

93 região superior da cabeça e região ocular de algumas aves, apresentando ainda mutilações nas

94 asas, base da cauda, patas e dedos.

95 As aves em quadro mais grave apresentavam-se magras com musculatura peitoral

96 notoriamente reduzida. Quando oferecido alimento e água demonstraram se receptivas, porém

97 não conseguiam comer normalmente pelas lesões e coceiras.

98 Pode-se observar entre as sete aves, níveis distintos de lesão, algumas em estado inicial da

99 doença apresentavam tecido córneo esponjoso na cera com moderado aumento de volume. Já

100 nas aves em quadro mais avançado, foram observadas lesões e tecido hiper queratinizado

101 esponjoso em toda a extensão da pele: do crânio, cera (nariz), bico, derme das asas, cauda e em

102 membros inferiores (patas).

103 As lesões na cabeça de alguns exemplares caracterizavam-se por ausência de penas,

104 formato de placas, superfície irregular, coloração brancacenta e aspecto escamoso, crostoso

105 poroso e friável (Figura 1.E e F).

106 Observou-se áreas de pele avermelhadas nos bordos das lesões e com superfície irregular,

107 porém, sem aspecto crostoso, local onde as aves bicavam para se coçar até se mutilarem (Figura

108 1.D, E e F).

109 No setor de animais silvestres do Hospital Escola, onde foram isoladas as aves em gaiolas,

110 foi coletado material córneo através de raspado das áreas lesionadas dos exemplares e em 100%

111 das aves, observou-se com o auxílio de microscópico ótico do laboratório de Patologia Clínica

112 Veterinária, instares (ovos, larvas, ninfas, machos e fêmeas da sarna Knemidokoptes pilae.

113 O diagnóstico específico foi embasado na morfologia indicada na revisão bibliográfica

114 sobre a espécie e, em especial comparação com imagens do relato de caso publicado por Aboud-

17
115 Alsoud & Karrouf em 2017 no Egito em que descreviam mesmo quadro clínico em periquitos

116 australianos e mesma morfologia observada nos instares adultos encontrados nas aves objeto

117 deste relato.

118 As aves foram imediatamente submetidas a tratamento ao serem diagnosticadas com a

119 sarna. Utilizou-se para isto, óleo mineral aplicado sobre as lesões das aves e ivermectina 2%

120 uma gota aplicada no dorso das aves, para cada 5g de peso vivo, com prescrição de repetição

121 do tratamento após 15 dias.

122 Os animais foram alimentados com mistura de sementes, folhas de couve e água clorada

123 fresca e limpa e concomitantemente foi fornecido tratamento antimicrobiano com cloridrato de

124 oxitetraciclina, 20 gotas para cada 50 Ml de água, a cada 12 horas, uma vez que duas das aves

125 apresentavam fezes diarreicas e ao exame coproparasitológico apresentaram-se positivas para

126 coccídeos.

127 Cinco dos sete animais, sendo quatro fêmeas e um macho, em maior nível de infestação

128 vieram a óbito mesmo iniciado o tratamento antiparasitário e duas aves: macho, menos

129 infestadas foram curadas, porém perdurando sequelas dérmicas e hábito de coçar os membros.

130 Santos et al, 2021, corrobora que, apesar de possuir tratamento eficaz, é possível que a ave

131 desenvolva uma forma crônica e generalizada que pode levá-la a óbito, o que foi observado no

132 atendimento das aves relatadas.

133 Uma das aves (Figura 1.F) apresentava grau elevado de deformação do bico o que a impedia

134 de se alimentar normalmente.

18
135
136 Fonte: próprio autor
137
138 Figura 1. A, B, C, D, E, F – Sarnas e Periquitos-australianos (Melopsittacus undulatus) da
139 variedade inglesa parasitados por sarnas Knemidokoptes pillae. (A) Ilustração de ciclo
140 parasitário com macho e fêmeas adultas grávidas (esquerda) e ninho dérmico com ovos, larvas
141 e fêmeas (direita). (B) Imagens com aumento de 40x de fêmeas, observar o apódema em
142 formato de “U” na porção ventral (direita) e macho em vista ventral (esquerda) observados em
143 amostras de lesões das aves. (C) Ovos e larvas (seta), aumento de 40x. (D) Ave com início de
144 infestação e lesões pequenas na cera. (E) Casal de aves com infestação crônica grave – lesões
145 friáveis e porosas na cera, asas, cauda, face, dorso da cabeça, patas e pés com automutilações.
146 (F) Ave com hiperqueratose do bico com aumento de tamanho., xxxxxxx, SP, 2021.
147
148

19
149 DISCUSSÃO
150

151 Parasitos pequenos, as sarnas, em sua maioria tendo menos de 0,5mm de comprimento, e

152 algumas espécies hematófagas podendo atingir vários milímetros quando totalmente

153 ingurgitadas, com poucas exceções, apresentam ciclo monoxeno permanecendo em todas as

154 suas fases na pele do hospedeiro (Figura 1A), causando várias formas da doença comumente

155 conhecida como sarna (URQUHART et al., 1996).

156 Há diferentes famílias de ácaros, endoparasitos ou ectoparasitos, que parasitam aves

157 domésticas e selvagens. Entre os grupos importância médico-veterinária, destacam-se as sarnas

158 knemidocópticas, que são ácaros escavadores pertencentes ao Filo Arthropoda, correspondente

159 ao maior do reino animal, Classe Arachnida e Ordem Acari (BASSINI-SILVA et al., 2018.

160 MONTEIRO, 2007). As espécies do gênero Knemidokoptes podem ser classificadas de acordo

161 com o local do parasitismo, habitando os folículos das penas, estrato córneo da face e tecido

162 sob as escamas dos pés e pernas (DABERT et al., 2013).

163 As infestações por ácaros em aves são muitas vezes negligenciadas e subnotificadas, no

164 entanto, estão sendo cada vez mais frequentes em criatórios e na rotina clínica do Médico

165 Veterinário e entre elas, o gênero Knemidokoptes spp, tem sido agente etiológico com

166 frequência em relatos científicos em alguns estados brasileiros, sendo também objeto deste

167 relato na região de xxxxxx, SP.

168 Sarna knemidocóptica é ocasionada por várias espécies de ácaros do gênero

169 Knemidokoptes pertencentes à família Knemidokoptidae (DUBININ, 1953), todas parasitas de

170 pele das aves (MARCONDES, 2001).

171 Minorov et al., (2005) relatam que são caracterizadas como ectoparasitos profundos,

172 penetrantes da superfície corporal de hospedeiros aviários, causando lesões cutâneas graves nas

173 mais diversas espécies de aves, daí a relevância desta família que está no fato de algumas

174 espécies determinarem sarnas profundas e de repercussões graves em aves das ordens

20
175 Galiformes, Columbiformes, Psitaciformes e Passeriformes (GUIMARÃES et al., 2001;

176 TULLY,Jr., 2010). A subfamília Knemidokoptinae parasita a epiderme das aves, e o ciclo de

177 vida inteiro desses ácaros ocorre em um hospedeiro apenas (BAUMGARTNER, 1998). Essa

178 sarna é caracterizada por lesões dermatológicas, anorexia e, por consequência, às vezes, pode

179 levar à morte das aves (MORISHITA & SCHAUL, 2008). O quadro clínico raramente foi

180 diagnosticado em aves de vida livre (JAENSCH et al., 2003), uma vez que as condições não

181 adequadas de cativeiro e desnutrição das aves podem possibilitar a infestação graves desses

182 ácaros (ALARCÓN-ELBAL et al., 2014).

183 É único gênero de ácaro escavador que parasita aves domésticas, sendo semelhante ao

184 gênero Sarcoptes spp em muitos aspectos. Doze espécies foram descritas, mas apenas cinco

185 apresentam importância veterinária em aves e pássaros domésticos (TAYLOR et al., 2017).

186 No Brasil a família Epidermotidae é representadda por quatro espécies para

187 Knemidocoptinae (BASSINI-SILVA, 2021), sendo elas K. jamaicensis, Turk, 1950, K. mutans,

188 Robin & Amaral, 1859, K. pilae, Lavoipierre & Griffithiths, 1951 e Neocnemidocoptes laevis,

189 Railliet, 1885.

190 Knemidokoptes pilae (Lavoipierre & Griffthiths, 1951), é uma espécie ectoparasita da

191 região da cabeça de psitacídeos, causando a deformação do bico das aves (FAIN & ELSEN,

192 1967), chamada popularmente de sarna da face escamosa (MARCONDES, C.B., 2011).

193 Os casos de infestações por Knemidokoptes spp são frequentemente relatados em aves

194 domésticas engaioladas e sob algum estresse. Pence et al., (1999) relatou que as condições

195 estressantes de cativeiro, associadas a manejo inadequado contribuem para enfraquecimento do

196 sistema imunológico das aves e consequentemente aumento das transmissões da sarna

197 knemidocóptica.

198 Amaral & Birgel registraram infestação de Melopsittacus ondulatus por k. pilae em 1964

199 no estado de São Paulo. Na região de Descalvado não foi encontrado nenhuma referência

21
200 bibliográfica registrando este gênero em periquitos australianos da variedade inglesa até o

201 momento desde relato.

202 Existem poucos estudos publicados sobre a patologia, importância e identificação

203 específica do gênero Knemidokoptes, sendo sua identificação embasada apenas em

204 características morfológicas, hospedeiros preferenciais e locais de parasitismo.

205 O gênero possui corpo típico de um ácaro dividido em duas secções, gnatossoma e

206 idiossoma. O gnatossoma é composto por aparelho bucal, enquanto o centro nervoso e todos os

207 outros órgãos estão no idiossoma (WALL & SHEARER, 2001).

208 Ácaros pertencentes à família Epidermoptidae (TROUESSART, 1892) e subfamília

209 Knemidocoptidae (DUBININ, 1953), de acordo com Mironov et al. (2005), membros desta

210 possuem as pernas reduzidas e menores que o comprimento total do ácaro, podendo apresentar

211 um formato cônico nas fêmeas.

212 São ácaros sem estigmas respiratórios, realizam trocas gasosas através do seu

213 exoesqueleto, possuem coxas fundidas a face ventral do corpo, quelíceras com quelas, corpo

214 pouco queratinizado, tarsos em forma de ventosa e olhos ausentes (MONTEIRO, 2007).

215 Possuem corpo arredondado e pequeno e patas curtas. Apresentam apódema ventral (Figura

216 1.B) em forma de “U” ou lira (MARTINS, 2019).

217 O ciclo evolutivo desse parasito (Figura 1) é realizado em um único hospedeiro, o qual

218 penetra na epiderme, levando à produção, em grande quantidade, de substância córnea

219 (BAUMGARTNER, 1998). As fêmeas fertilizadas não escavam galerias como fazem as do

220 gênero Sarcoptes (MONTEIRO, 2007), porém permanecem sedentárias e se alimentam de

221 líquido que extravasa dos tecidos lesionados. As mesmas são ovovíparas e dão origem a larvas

222 hexápodes, que caminham para a superfície da pele, escavam as camadas superficiais, criam

223 pequenos ninhos e completam seu desenvolvimento. O macho adulto, procura a fêmea na

224 superfície da pele ou nas lacunas, para fertiliza-la. Após fertilizadas, as fêmeas produzem novas

22
225 escavações ou ampliam seu ninho e finalizam o ciclo em torno de 17 a 21 dias (TAYLOR et al

226 2017). Apenas na fase inicial da invasão das camadas superficiais da epiderme ocorre uma

227 reação inflamatória, caracterizada como uma necrose focal na região onde houve a penetração

228 do ácaro (MONTEIRO, 2007).

229 Sendo ectoparasitos comuns em aves, as diversas espécies de Knemidocoptes foram

230 relatadas por autores em vários locais do mundo e algumas delas no Brasil (Quadro 1).

231 No Brasil, foi descrito por Amaral & Birgel em 1964 no estado de São Paulo e relatada

232 sua presença em Pernambuco em 2021 por Santos et al., causando massas crostosas na base do

233 bico, que se tornam distorcidos e friáveis, devido à uma intensa proliferação epidérmica,

234 acompanhada de substância córnea, sendo comum em periquitos em gaiolas, manifestando

235 neles comportamentos incomuns e inquietação (GUIMARÃES et al., 2001, SANTOS et al,

236 2021), semelhantes às encontradas neste relato.

237 Quadro 1. Espécies do gênero Knemidokoptes parasitas de aves relatadas cientificamente no


238 mundo e no Brasil (*).
239
Espécies Hospedeiros Locais
Knemidokoptes gallinae Galinhas, perus, faisões, gansos Plumas
Neocnemidokoptes laevis * Galinhas, faisões, perdizes Plumas
Knemidokoptes mutans * Galinhas, perus Patas
Knemidokoptes pilae* Psitacíneos (periquito- Pele, folículos das plumas na
australiano) face, pernas e dedos
Knemidokoptes jamaicensis* Canário Pernas
240 Fonte: Adaptado de Taylor et al. (2017)

241 O periquito-australiano (Melopsittacus undulatus) pertence à Classe Aves, Ordem

242 Psittaciformes e à Família Psittacidade (SICK, 1997; HICKMAN, 2001). Originário da

243 Austrália, é criado em cativeiro desde 1850 e ao longo dos anos, criadores através de mutações

244 genéticas criaram padrões diferentes, entre eles, o periquito inglês. Reproduzido somente em

245 cativeiro, não encontrado em vida livre, são caracterizados maiores que os selvagens e

246 apresentam penas grandes e eriçadas na cabeça (COUTO, 2016).

23
247 Os periquitos são uma das aves psitacídeas mais comuns mantidas em casas como animais

248 de companhia no mundo, esta espécie é preferível devido a sua cor atraente, comportamento

249 dócil e adaptabilidade. No entanto, podem sofrer certas patologias infecciosas ou não

250 infecciosas. Existem diversos relatos destas patologias, entre elas, destaca-se as infecções por

251 Knemidokoptes spp (BHADESIYA et al., 2021, SANTOS et al, 2021).

252 A primeira descrição de sarna knemidocóptica foi em periquitos, também vista em

253 Periquito-alexandrino (Psittacula eupatria), aves da América do Sul, como Arara-vermelha

254 (Ara-chloroptera spp.) e papagaios da Amazônia (Amazona spp.) (ABOU-ALSOUD &

255 KARROUF, 2017).

256 Knemidokoptes pilae é a espécie mais relatada nos periquitos, responsável pela sarna facial

257 escamosa, causada quando os ácaros se enterram em áreas levemente emplumadas da face e

258 corpo, principalmente próximo ao bico, levando a perda de penas e descamação. A infecção

259 pode permanecer latente por tempo considerável até que ocorra situações estressantes, como

260 mudanças no ambiente da ave ou de temperatura. (TOPALARK et al., 1999). O efeito

261 patogênico surge a partir da escavação mecânica dos tecidos no estrato córneo e no folículo das

262 penas e da ação química dos metabólitos excretados pelos ácaros que causa áreas de necrose e

263 hiperqueratose na derme, bicos e unhas (ALARCÓN-ELBAL et a., 2014, SANTOS, et al.,

264 2021). É transmitida somente durante a fase de nidificação de pássaros sem penas, filhotes ou

265 após o contato prolongado entre aves saudáveis e infectadas (AKHTAR et al., 2021).

266 Jaensch et al. (2003) relataram que as manifestações clínicas específicas da sarna

267 knemidocóptica são raramente observadas em aves de vida livre. Enquanto em aves de

268 cativeiros, pode ser encontrado quadros de hiperqueratose, lesões proliferativas de aparência

269 porosas, escamosas, friáveis ao toque, espessamento dos membros, deformações e até perda de

270 unhas e dedos das aves (BRUNO & ALBUQUERQUE, 2008; SANTOS et al, 2021).

24
271 Segundo Lavoipierre e Griffiths (1951), o parasitismo por Knemidokoptes pode ser

272 identificado através do local onde se encontram as lesões. Em pássaros vivos, ácaros são

273 abundantes e podem ser encontrados com facilidade através do raspado de bicos e áreas

274 lesionadas, observados através da microscopia. Histologicamente, há infiltrado inflamatório

275 misto, proliferação de queratina e lesões contendo fragmento de ácaros (SCHMIDT et al., 2015,

276 SANTOS et al., 2021).

277 As opções de tratamentos eficazes e seguros ainda são limitadas. Diversos medicamentos

278 são estudados e recomendados contra K. pilae, incluindo moxidectina, solução de enxofre,

279 fluoreto de sódio, ivermectina, óleo mineral, fipronil, e cogumelos Calvatia craniiformis em pó

280 (ABOU-ALSOUD & KARROUF, 2016).

281 A ivermectina é um antiparasitário frequentemente utilizado e causa paralisia e morte do

282 parasita por meio dos íons de cloreto, enquanto, o fipronil é um acaricida, em que seu

283 mecanismo de ação se baseia no bloqueio pré e pós-sináptico, regulado pelo neurotransmissor

284 GABA e interrompendo a atividade do parasita no sistema nervoso central (KALBE E

285 HANSEN, 2012, GANT et al., 1998). Tully Jr (2010), indica que o tratamento desta doença

286 pode ser realizado com qualquer óleo ou ivermectina a 0,1% aplicada no local infestado.

287 O diagnóstico preciso e rápido é fundamental para a vigilância epidemiológica das doenças.

288 Tendo mapeados os locais, épocas e cenários em que os agentes parasitários se privilegiem,

289 causando danos à saúde animal, fica mais fácil promover manejos e ações de prevenção e

290 controle das doenças. Abou-Alsoud & Karrouf, 2016, já afirmavam que as opções de

291 tratamentos eficazes e seguras ainda são limitadas e quanto mais cedo iniciar o tratamento,

292 melhores serão os resultados e citam ainda que diversos medicamentos são estudados e

293 recomendados contra K. pilae, incluindo moxidectina, solução de enxofre, fluoreto de sódio,

294 ivermectina, óleo mineral, fipronil, e cogumelos Calvatia craniiformis em pó.

25
295 Em relação à “sarna da face escamosa” dos periquitos, percebeu-se com este achado

296 clínico que é uma parasitose disseminada na região de Descalvado e negligenciada pelos

297 criadores e tutores, aumentando os riscos de sua disseminação gradativa, mesmo porque, muitas

298 aves podem permanecer como portadoras assintomáticas e latentes da Knemidokoptes pillae.

299 Topalark et al, 1999 corrobora afirmando que a infecção pode permanecer latente por tempo

300 considerável até que ocorra situações estressantes, como mudanças no ambiente da ave ou de

301 temperatura. As aves deste relato provavelmente foram submetidas à algum tipo de estresse que

302 negligenciado o diagnóstico, evidenciou o quadro grave de lesões observadas.

303 Este relato de caso foi possível pela coincidência da doação de aves doentes que seriam

304 abatidas e descartadas pelo vendedor e pelo atendimento ter sido realizado em um ambiente

305 Universitário onde a pesquisa e os registros científicos são muito valorizados.

306 Infelizmente, por falta de conhecimento e informação sobre os riscos de disseminação

307 das doenças pelos proprietários, a maioria das aves doentes são abatidas nos próprios criadouros

308 e algumas são até soltas na natureza, mesmo sendo de espécies exóticas, colocando em risco a

309 fauna brasileira.

310

311 CONCLUSÃO
312

313 Este foi o primeiro relato registrado cientificamente com diagnóstico clínico e

314 comprovação por identificação microscópica do ácaro Knemidokoptes pilae parasitando

315 periquitos (Melopsittacus ondulatus) “padrão inglês”, na região de Descalvado, São Paulo,

316 possibilitando assim, o alerta aos criadores e tutores quanto à inclusão do manejo sanitário, de

317 controle e de prevenção deste agente parasitário de periquitos-australianos.

318

319

26
320 REFERÊNCIAS
321

322 ABOU-ALSOUD, M.; KARROUF, G. Diagnosis and management of knemidocoptes pilae in


323 budgerigars (Melopsittacus Undulates): Case Reports in Egypt. Mathews Journal of
324 Veterinary Science. Egito, v. 2, n. 1, p- 1-4. 2017.
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