Mestre Das Escalas No Contrabaixo

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MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO

O Guia Completo de Escalas para Frases, Grooves e Improvisos

Publicado por Baixista VIP ®

Copyright © 2024 Ryan Souza


1ª Edição

Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610/98.

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transmitida em qualquer forma ou por quaisquer meios, sem
prévia permissão por escrito do autor.

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4
OS 3 PILARES PARA SER UM MESTRE DAS ESCALAS ................................... 6
COMO ESTUDAR O MÉTODO ......................................................................... 8
O SEGREDO DAS ESCALAS ........................................................................... 9
INTERVALOS NA PRÁTICA .......................................................................... 10
MODOS GREGOS ....................................................................................... 13
MODOS DA MENOR HARMÔNICA ................................................................ 28
MODOS DA MAIOR HARMÔNICA ................................................................. 43
MODOS DA MENOR MELÓDICA ................................................................... 58
PENTATÔNICAS ........................................................................................ 73
SIMÉTRICAS ............................................................................................. 94
ESCALAS BEBOP ......................................................................................109
ESCALAS HÍBRIDAS .................................................................................122
O PRÓXIMO PASSO ..................................................................................127

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INTRODUÇÃO
Fala baixista! Ryan aqui.

Estou muito feliz e empolgado em compartilhar esse material com você, pois é com
certeza o material mais completo sobre escalas para contrabaixo que já foi lançado na
internet. Foram anos de pesquisas e dedicação para organizar todo o conteúdo, e por
isso é tão especial pra mim.

Se você não me conhece, meu nome é Ryan Souza e sou de São Paulo. Sou baixista
desde 2002 e sou professor de contrabaixo desde 2005. Sou baixista formado desde
2006 pela ULM (Universidade Livre de Música - atual EMESP) em São Paulo e tenho
especialização em Jazz Fusion com o mestre Mozart Mello pela EM&T (Escola de
Música & Tecnologia) também em São Paulo.

Em 2015 iniciei um pequeno projeto de aulas e conteúdos gratuitos na internet. Na


época contava com apenas 10 inscritos no Youtube e alguns seguidores no Instagram.
Hoje, até o momento em que escrevo este parágrafo, já são mais de 9.000 alunos em
25 países, mais de 40 mil inscritos no Youtube e quase 100 mil seguidores no Instagram
- @ryansouzabx.

Se teve uma coisa que sempre me dediquei nesses anos todos como professor de
contrabaixo, foi procurar padrões de dificuldade nos alunos. Como assim? Meu papel
como professor é ensinar e garantir o aprendizado e evolução do aluno. E depois de
tantos anos, notei que a maioria tinha um padrão ou, como gosto de chamar, “dor em
comum", que era a falta CONHECIMENTO E DOMÍNIO DAS ESCALAS.

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Mas por que conhecer e dominar escalas é tão importante?

Se eu te dissesse que existe uma grande ilha com 100 milhões de dólares em ouro
disponíveis, você toparia ir lá? Provavelmente você disse que sim. Mas tem uma
condição: você vai para essa ilha sem nenhum tipo de mapa ou bússola.

Ainda toparia ir? Provavelmente você disse sim levando em consideração o tamanho
da recompensa. Mas tem um detalhe importante, essa ilha na verdade tem uma
enorme floresta, cheia de animais venenosos e milhares de cavernas vazias que te
fariam perder muito tempo. Ainda toparia ir? Imagino que esteja pensando duas vezes
agora.

Agora imagina se você tivesse acesso ao mapa dessa ilha com exatamente todas as
informações que precisa para explorar e encontrar o ouro. Eu imagino que agora você
iria sem pensar duas vezes e provavelmente encontraria o ouro.

O que essa história tem a ver com escalas e música?


A ilha nessa analogia é a música que você toca, seja cantada ou instrumental. Cada
música que você toca, é uma ilha lotada de possibilidade e riquezas sonoras, seja para
solo, improviso, grooves e frases. Porém, tocar uma música sem ter conhecimento das
possibilidades sonoras, das escalas que podem ser tocadas (mapa da ilha), é como
estar numa ilha repleta de ouro, mas não saber por onde ir. Com certeza a chance de
você desistir, ou pior, não sair vivo, é muito grande.

O guia das escalas agora está sem suas mãos


Esse material serve como um guia, um dicionário de escalas para baixistas. E a proposta
é que você não apenas tenha conhecimento das escalas existentes para contrabaixo,
mas saiba que tipo acorde é gerado a partir de cada escala, os desenhos de digitação
possíveis e, o mais importante, memorize a sonoridade de cada escala.

Cada escala tem uma sonoridade única, e é essencial que você, antes de memorizar o
desenho da digitação, memorize a sonoridade do que está tocando. A sonoridade é
mais importante do que memorizar desenhos.

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OS 3 PILARES PARA SER UM
MESTRE DAS ESCALAS
Tudo que envolve melodias, composição, frases, grooves, improvisos, trabalha com
escalas. Porém, nem sempre você encontrará todas as notas de uma escala sendo
tocada em uma melodia, um groove ou uma frase. Essas melodias aparecem
fragmentadas, mas todas tem uma base, ou seja, uma escala como apoio para o que
está sendo tocado. Para se tornar o mestre das escalas você precisa seguir um simples
método de 3 passos:

OUVIR A ESCALA
DOMINAR A ESCALA
APLICAR A ESCALA

OUVIR A ESCALA é ouvir a sonoridade da escala. Antes de você aprender a falar


palavras, você primeiro ouviu as palavras. Elas precisam soar no seu cérebro para que
fique registrado em um “novo arquivo” essa nova informação. Da mesma forma, antes
de TOCAR a escala, você precisa OUVIR. Ouvir os intervalos, a sensação, se é maior, se
é menor, se é cromático, etc.

DOMINAR A ESCALA é o segundo passo. Após ouvir a sonoridade da escala,


você vai dominar aquela sequência de todas as formas. Essas formas incluem:

DIGITAÇÕES DA ESCALA
INTERVALOS GERADOS
ACORDES GERADOS
PADRÕES DA ESCALA, ETC

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APLICAR A ESCALA é o principal de uma escala. Afinal, o que adianta ter
conhecimento da escala, dominar todas formas da escala, mas não saber aplicar? Seria
um conhecimento apenas teórico. E para isso, o melhor estudo é através de licks, que
nada mais é do que uma frase, ou um fragmento de uma escala aplicada em uma
harmonia. Uma criança aprende a falar repetindo o que seus pais falam. Ela não
aprende a conjugar verbos para depois se comunicar, é o contrário. A criança aprende
frases prontas (licks) para se comunicar, somente depois aprende o significado do que
falou. E somente depois desse processo aprende a falar sozinha de forma autônoma.

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COMO ESTUDAR O MÉTODO
Cada escala está separada por grupos e suas categorias:

• Modos do campo harmônico maior


• Modos do campo harmônico menor harmônico
• Modos do campo harmônico menor melódico
• Modos do campo harmônico maior harmônico
• Pentatônicas
• Escalas simétricas
• Escalas híbridas
• Escalas bebop

Seguindo o método de 3 passos, você encontrará a apresentação da escala no


pentagrama, acorde gerado a partir da escala, seguido das digitações sugeridas para
aquela escala e por fim alguns licks sugeridos para aplicação. Não esqueça que o
segredo da memorização é a repetição. Então execute sempre do mesmo jeito tanto o
padrão da mão esquerda quanto da mão direita, até que crie memória muscular e o
processo fique automático. Lembre sempre, toda jornada começa por um simples
passo. Um passo hoje, mesmo que pareça pequeno, já é uma evolução.

Preparado para se tornar um Mestre das Escalas?

Então vamos pra cima!

Não esqueça de gravar seus estudos e me marcar pra eu ver, beleza? Grave seu vídeo
e marque @ryansouzabx no instagram.

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O SEGREDO DAS ESCALAS
Para abrir um cofre você precisa saber a combinação, certo? Pois a mesma coisa
acontece com as escalas. Para ter um resultado sonoro, que chamamos de escala, é
preciso ter uma sequência exata de notas. Essa sequência de notas chamamos de
INTERVALOS, que estão divididos em distâncias de TOM e SEMITOM, sendo que TOM
é a soma de 2 SEMITONS.

EXEMPLO:
Aqui, vemos que a distância entre a nota C e a nota C#
é de 1 semitom. E a distância da nota C# para a nota D
é de mais 1 semitom. Porém, se somarmos a distância
da nota C para a nota D, temos o resultado de 2
semitons, ou simplesmente de 1 tom (que é a soma de
2 semitons).

Considerando apenas os tons e semitons, já conseguimos entender a fórmula de


dezenas de escalas, como por exemplo a fórmula da escala maior:

T = TOM
ST = SEMITOM

Essa é uma maneira de registrar e decodificar uma escala apenas pelas distâncias.

Mas existe uma segunda maneira, que é através dos INTERVALOS.

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INTERVALOS NA PRÁTICA
Os intervalos são distâncias ou espaços entre duas notas musicais. Eles são
fundamentais na teoria musical, pois determinam as relações de altura entre as notas
e contribuem para a estrutura das escalas, acordes e melodias. Os intervalos também
são separados por tons e semitons, mas dessa vez classificamos de acordo com os
graus que estamos tocando, tendo como referência um ponto de partida.

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Uma vez que você entende o que é um intervalo, e como está estruturado baseado
nos tons e semitons, poderá dominar cada escala desse método e entender a
sonoridade gerada por cada combinação.

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MODOS GREGOS

Os modos gregos são escalas musicais que se desenvolveram na Grécia Antiga e foram
posteriormente adotadas pela música ocidental. Cada modo é uma sequência
específica de intervalos entre as notas, resultando em diferentes padrões sonoros.

Cada escala é extraída de um grau do Campo Harmônico Maior:

I7M - IIm7 - IIIm7 - IV7M - V7 - VIm7 - VIIm7b5


Cada escala dos modos gregos se refere a uma escala gerada por cada grau do campo
harmônico.

Os 7 modos que iremos explorar são:


Jônio / Jônico – Dórico – Frígio – Lídio – Mixolídio – Eólio – Lócrio

Cada modo tem sua fórmula intervalar e irá gerar um acorde específico, que pode ser
também um mesmo acorde gerado por outro modo. Para uma melhor compreensão
da sonoridade de cada modo, todos os exemplos têm como ponto de partida a nota C.

Cada escala conta com seus desenhos (shapes) e licks sugeridos para aplicação e
melhor compreensão da sonoridade da escala.

Vamos lá.

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ESCALA MAIOR / MODO JÔNIO / MODO JÔNICO
Essa é uma das duas escalas que chamo de escalas “raízes”, pois a partir delas
formamos todas as demais escalas. O modo jônio, ou jônico, ou simplesmente escala
maior natural, é o primeiro dos 7 modos gregos. É a escala do grau I do Campo
Harmônico, sendo uma escala maior e tendo como graus característicos a 4J e a 7M.

FÓRMULA: T - T - ST - T - T - T - ST
INTERVALOS: T 2 3 4 5 6 7M
ACORDE GERADO: C7M / C7M (9) / C6 / C6(9)

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DÓRICO
O modo dórico é o segundo modo dos 7 modos gregos. É uma escala muito usada
principalmente no jazz por improvisadores por ser uma escala menor e ter como grau
modal a sexta maior. É a escala do grau II do Campo Harmônico.

FÓRMULA: T - ST - T - T - T - ST - T
INTERVALOS: T 2 b3 4 5 6 7
ACORDE GERADO: Cm7 / Cm6 / Cm7(9) / Cm7(11) / Cm7(9,11)

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FRÍGIO
Essa é uma escala muito interessante, pois é se trata de uma escala como uma
sonoridade mais “espanholada”. É a escala do grau III do Campo Harmônico, sendo
uma escala menor e tendo como grau modal o segundo grau menor (b2).

FÓRMULA: ST - T - T - T - ST - T - T
INTERVALOS: T b2 b3 4 5 b6 7
ACORDE GERADO: Cm7

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LÍDIO
O modo lídio é a escala do grau IV do Campo Harmônico. É uma escala maior e tem
como grau modal uma quarta aumentada (#4). Sua sonoridade é muito usada sobre
acordes do tipo x7M (#11).

FÓRMULA: T - T - T - ST - T - T - ST
INTERVALOS: T 2 3 #4 5 6 7M
ACORDE GERADO: C7M / C7M (#11)

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MIXOLÍDIO
Esse modo é muito interessante, pois é a escala do grau V do Campo Harmônico, o
único acorde maior com sétima menor (também chamado de acorde Dominante). Sua
sonoridade remete ao blues e também ao baião. É uma escala maior e seu grau modal
é o grau 7.

FÓRMULA: T - T - ST - T - T - ST - T
INTERVALOS: T 2 3 4 5 6 7
ACORDE GERADO: C7 / C7(9) / C7(13) / C7(9,13)

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EÓLIO / EÓLICO / MENOR NATURAL
Essa é a segunda escala das duas que chamo de escalas “raízes”. A partir do modo
eólio, mais conhecido como escala menor natural, é que temos as variações
envolvendo todas as outras escalas menores, inclusive os modos menores anteriores.
É a escala do grau VI do Campo Harmônico, sendo uma escala menor e tendo como
característica os graus 2 e b6.

FÓRMULA: T - ST - T - T - ST - T - T
INTERVALOS: T 2 b3 4 5 b6 7
ACORDE GERADO: Cm7

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LÓCRIO
O último dos 7 modos gregos. É a escala do grau VII do Campo Harmônico, sendo uma
escala menor e tendo como característica os graus b2 e b5.

FÓRMULA: ST - T - T - ST - T - T - T
INTERVALOS: T b2 b3 4 b5 b6 7
ACORDE GERADO: Cm7b5

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MODOS DA MENOR HARMÔNICA

Vamos agora para a primeira variante da escala menor natural: a escala Menor
Harmônica. A única diferença da escala menor natural para a escala menor harmônica
é o grau 7. Enquanto que na menor natural temos uma sétima menor (7), na menor
harmônica teremos uma sétima maior (7M). E assim como temos o Campo Harmônico
maior e seus modos, a escala menor harmônica também irá gerar um campo
harmônico muito interessante:
Im7M – Iiø – bIII7M(#5) – Ivm7 – V7 – bVI7M – VII°

Os modos gerados a partir desse campo harmônico, e que iremos explorar são:

Eólio 7M - Lócrio 6M - Jônico #5 - Dórico #4 - Frígio 3M ou Mixolídio b9 b13 -

Lídio #2 - Diminuta Harmônica


Cada modo tem sua fórmula intervalar e irá gerar um acorde específico, que pode ser
também um mesmo acorde gerado por outro modo. Para uma melhor compreensão
da sonoridade de cada modo, todos os exemplos têm como ponto de partida a nota C.

Cada escala conta com seus desenhos (shapes) e licks sugeridos para aplicação e
melhor compreensão da sonoridade da escala.

Vamos lá.

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EÓLIO 7M / MENOR HARMÔNICO
Essa escala é muito interessante. A escala menor harmônica é uma escala que nos
lembra uma melodia mais árabe e espanhol. Justamente por ser uma variação do
modo eólio, seu nome é Eólio 7M, ou simplesmente Menor Harmônico. É a escala do
grau I do campo harmônico menor harmônico e seu grau característico é justamente
a 7M, diferente da menor natural que é uma sétima menor (7).

FÓRMULA: T - ST - T - T - ST - 1½ - ST
INTERVALOS: T 2 b3 4 5 b6 7M
ACORDE GERADO: Cm7M / Cm7M(9)

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LÓCRIO 6M
Essa é a escala gerada pelo grau II do campo harmônico menor harmônico. É uma
escala menor, mantendo todos os intervalos do modo lócrio que já tocamos
anteriormente, porém agora tendo como grau característico uma sexta maior (6), mas
mantendo os demais graus do modo lócrio.

FÓRMULA: ST - T - T - ST - 1½ - ST - T
INTERVALOS: T b2 b3 4 b5 6 7
ACORDE GERADO: Cm7b5 / C°

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JÔNIO #5 / JÔNICO #5
Modo gerado a partir do grau bIII do campo harmônico menor harmônico, essa escala
tem uma sonoridade única. Enquanto que no modo jônio nós temos o que chamamos
de quinta justa (5J), no modo Jônio #5 nós tocamos uma quinta aumentada (#5/5+).

FÓRMULA: T - T - ST - 1½ - ST - T - ST
INTERVALOS: T 2 3 4 #5 6 7M
ACORDE GERADO: C7M(#5)

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DÓRICO #4
O modo dórico, que vimos anteriormente, é o mais utilizado por jazzistas e
improvisadores. Agora temos uma variação desse modo, que é o dórico #4, escala
gerada pelo grau IV do campo harmônico menor harmônico. Sua característica é
justamente a quarta aumentada (#4), mas mantendo os demais intervalos do modo
dórico.

FÓRMULA: T - ST - 1½ - ST - T - ST - T
INTERVALOS: T 2 b3 #4 5 6 7
ACORDE GERADO: Cm7 / Cm6 / Cm7(9)

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FRÍGIO 3M / MIXOLÍDIO b9 b13
Uma das minhas escalas preferidas. Esse modo é gerado pelo grau V do campo
harmônico menor harmônico. Sua sonoridade é única e muito marcante, pois é uma
escala maior, porém remete a uma melodia árabe, indiana ou espanhol. É uma escala
variante do modo frígio, tendo como característica uma terça maior. Mas como é uma
escala maior e contém uma sétima menor, também é considerada uma variação do
modo mixolídio, porém tendo como características a nona menor e sexta menor (b9 e
b13).

FÓRMULA: ST - 1½ - ST - T - ST - T - T
INTERVALOS: T b2 3 4 5 b6 7
ACORDE GERADO: C7 / C7(b9) / C7(b13) / C7(b9, b13)

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LÍDIO #2
Esse é um dos modos menos utilizados, mas como uma sonoridade muito interessante.
É a escala gerada pelo grau VI do campo harmônico menor harmônico e é uma variação
do modo lídio, tendo como característica uma segunda aumentada (#2).

FÓRMULA: 1½ - ST - T - ST - T - T - ST
INTERVALOS: T #2 3 #4 5 6 7M
ACORDE GERADO: C7M / C7M (#11)

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DIMINUTA HARMÔNICA
Chegamos ao último modo dos 7 modos do campo harmônico menor harmônico:
escala Diminuta Harmônica. É uma escala gerada pelo grau VII° do campo harmônico
menor harmônico. O caminho mais fácil de entender e memorizar a formação dessa
escala, é pensar na menor harmônica, que está meio tom acima, só que iniciando da
sétima maior (7M), que é a escala Diminuta Harmônica em questão.

FÓRMULA: ST - T - ST - T - T - ST - 1½
INTERVALOS: T b2 b3 b4 b5 b6 bb7
ACORDE GERADO: C°

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MODOS DA MAIOR HARMÔNICA

Antes de apresentar a segunda variação da escala menor natural, quero abordar uma
escala pouquíssima conhecida e estudada, mas que é muito rica em possibilidades
sonoras. Já que temos a escala Menor Harmônica, quero abordar agora a escala Maior
Harmônica. A escala maior harmônica é uma variação da escala maior natural. A única
diferença em relação à maior natural é o sexto grau (6). Enquanto que na maior natural
temos os intervalos T 2 3 4 5 6 7M, na maior harmônica temos os intervalos T 2 3 4 5
b6 7M. Ou seja, na escala maior temos uma sexta maior (6) e na maior harmônica
temos uma sexta menor (b6).

Essa única diferença irá gerar um Campo Harmônico muito interessante:


I7M - IIm7b5 - IIIm7 - IVm7M - V7 - bVI7M(#5) - VII°

Os modos gerados a partir desse campo harmônico, e que iremos explorar são: Jônio
b6- Dórico b5 - Frígio b4 - Lídio Menor ou Melódica #4 - Mixolídio b2 – Lídio
aumentado #2 - Lócrio diminuto

Cada modo tem sua fórmula intervalar e irá gerar um acorde específico, que pode ser
também um mesmo acorde gerado por outro modo. Para uma melhor compreensão
da sonoridade de cada modo, todos os exemplos têm como ponto de partida a nota C.
Cada escala conta com seus desenhos (shapes) e licks sugeridos para aplicação e
melhor compreensão da sonoridade da escala.

Vamos lá.

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JÔNIO b6
Começamos com a variação do modo jônio, que tem como único diferencial ser uma
escala maior com a sexta menor (b6).

FÓRMULA: T - T - ST - T - ST - 1½ - ST
INTERVALOS: T 2 3 4 5 b6 7M
ACORDE GERADO: C7M / C7M(9)

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DÓRICO b5
Essa escala mantém todos os intervalos do modo dórico, porém o quinta grau será
diminuto (b5), resultando em uma escala menor com quinta diminuta e sexta maior.

FÓRMULA: T - ST - T - ST - 1½ - ST - T
INTERVALOS: T 2 b3 4 b5 6 b7
ACORDE GERADO: Cm7b5 / Cm7b5(9)

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FRÍGIO b4
Esse modo é curioso, pois mantém os intervalos do modo frígio, porém temos um
quarto grau menor (b4), que na prática vai soar como uma terça maior. Ao mesmo
tempo que mantém a terça menor (b3), mantendo então sua essência que é ser uma
escala menor.

FÓRMULA: ST - T - ST - 1½ - ST - T - T
INTERVALOS: T b2 b3 b4 5 b6 7
ACORDE GERADO: Cm7

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LÍDIO MENOR / MELÓDICA #4
Esse modo pode ser analisado de duas formas. Pensando como modo lídio, mantemos
todos os intervalos do modo e alteramos apenas o grau 3, que passa de terça maior
(3) para terça menor (b3). Ao mesmo tempo que podemos pensar em variação da
escala menor melódica e alterar apenas o quarto grau, que passa de quarta justa (4J)
para quarta aumentada (#4).

FÓRMULA: T - ST - 1½ - ST - T - T - ST
INTERVALOS: T 2 b3 #4 5 6 7M
ACORDE GERADO: Cm7M / Cm6 / Cm7M(9)

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MIXOLÍDIO b2
Nesse modo iremos manter todos os intervalos do modo mixolídio, alterando apenas
o grau 2 que passa de segunda maior (2) para segunda menor (b2).

FÓRMULA: ST - 1½ - ST - T - T - ST - T
INTERVALOS: T b2 3 4 5 6 7
ACORDE GERADO: C7 / C7(9) / C7(13) / C7(9,13)

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MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 53
LÍDIO AUMENTADO #2
Nessa escala temos o modo lídio com duas alterações. Enquanto que no modo lídio
temos uma escala maior com quinta justa (5J) e segunda maior (2), aqui teremos uma
escala maior com segunda aumentada (#2) e quinta aumentada (5), mantendo o
restante dos intervalos do modo original.

FÓRMULA: 1½ - ST - T - T - ST - T - ST
INTERVALOS: T #2 3 4 #5 6 7M
ACORDE GERADO: C7M(#5)

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MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 55
LÓCRIO DIMINUTO
Nesse último modo, temos uma variação do modo lócrio. Aqui mantemos todos os
graus do modo lócrio original, com exceção do grau 7 que passa de sétima menor (b7)
para sétima diminuta (bb7).

FÓRMULA: ST - T - T - ST - T - ST - 1½
INTERVALOS: T b2 b3 4 b5 b6 bb7
ACORDE GERADO: C°

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MODOS DA MENOR MELÓDICA

A partir de agora iremos estudar esses que são meus modos favoritos e que contém
sonoridades maravilhosas. A escala Menor Melódica é uma escala simplesmente
incrível, pois é uma escala onde temos uma sonoridade menor em seu início e maior
ao final (tocaremos na sequência).

Além de uma sonoridade especial e única, o campo harmônico gerado pela escala
menor melódica também se destaca pela riqueza de possibilidades:

Im7M - IIm7 - bIII7M(#5) - IV7 - V7 - VIø - VIIø

Os modos gerados a partir desse campo harmônico, e que iremos explorar são:
Dórico 7M - Frígio 6 - Lídio #5 - Mixolídio #4 ou Lídio 7 - Mixolídio b6 – Lócrio 2M ou
Eólio b5 - Alterada ou Superlócrio

Cada modo tem sua fórmula intervalar e irá gerar um acorde específico, que pode ser
também um mesmo acorde gerado por outro modo. Para uma melhor compreensão
da sonoridade de cada modo, todos os exemplos têm como ponto de partida a nota C.
Cada escala conta com seus desenhos (shapes) e licks sugeridos para aplicação e
melhor compreensão da sonoridade da escala.

Vamos lá.

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 58


DÓRICO 7M / MENOR MELÓDICA
O modo Dórico 7M, ou simplesmente Menor Melódica, é uma escala menor gerada
pelo grau I do campo harmônico menor melódico. Sua sonoridade é muito presente
no jazz fusion e tem como característica os intervalos de sexta maior (6) e sétima maior
(7M) sendo aplicadas sobre um acorde menor. O resultado é simplesmente
maravilhoso.

FÓRMULA: T - ST - T - T - T - T - ST
INTERVALOS: T 2 b3 4 5 6 7M
ACORDE GERADO: Cm7M / Cm6 / Cm7M(9)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 59


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FRÍGIO 6 / DÓRICO b2
Essa é uma escala gerada pelo grau II do campo harmônico menor melódico. Variação
do modo frígio, essa escala menor tem como característica ser um modo frígio com
uma sexta maior (6) em sua formação. Também é chamada de dórico b2 por ser
semelhante ao modo dórico, porém nesse caso tendo apenas a segunda menor (b2)
como diferencial.

FÓRMULA: ST - T - T - T - T - ST - T
INTERVALOS: T b2 b3 4 5 6 7
ACORDE GERADO: Cm7 / Cm6

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 61


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MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 62


LÍDIO #5
Esse modo é uma variação do modo lídio. Enquanto que no modo lídio temos quarta
aumentada (#4) e uma quinta justa (5J), no modo lídio #5 a única diferença é que
teremos um intervalo de quinta aumentada (#5). É uma escala maior gerada pelo grau
bIII do campo harmônico menor melódico e muito usada para sonoridades mais
Outsides.

FÓRMULA: T - T - T - T - ST - T - ST
INTERVALOS: T 2 3 #4 #5 6 7
ACORDE GERADO: C7M (#5) / C7M(#5, #11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 63


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 64
MIXOLÍDIO #4 / LÍDIO DOMINANTE
Essa é uma das escalas mais interessantes desse modo. Se trata de uma escala maior
com intervalos de sétima menor (7) e qu arta aumentada (#4). Sendo assim,
chamamos essa escala de mixolídio #4 ou lídio dominante, já que sua formação pode
ser uma variação tanto do modo mixolídio quanto do modo lídio. É uma escala gerada
pelo grau IV do campo harmônico menor melódico e muito usada para sonoridades
Outsides.

FÓRMULA: T - T - T - ST - T - ST - T
INTERVALOS: T 2 3 #4 5 6 7
ACORDE GERADO: C7 / C7(#11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 65


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 66
MIXOLÍDIO b6
Modo gerado pelo grau V do campo harmônico menor melódico, essa escala tem como
característica ser uma variação do modo mixolídio, tendo como característica uma
sexta menor (b6).

FÓRMULA: T - T - ST - T - ST - T - T
INTERVALOS: T 2 3 4 5 b6 7
ACORDE GERADO: C7 / C7(b13)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 67


7

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 68


LÓCRIO 2M / EÓLIO b5
O modo lócrio 2M, ou eólio b5, é uma escala menor gerada pelo grau VI do campo
harmônico menor melódico. Considerando como variação do modo lócrio, sua
característica é o intervalo de segunda maior (2M/9M). Se considerar como variação
do modo eólio, sua característica passa a ser a quinta diminuta (b5).

FÓRMULA: T - ST - T - ST - T - T - T
INTERVALOS: T 2 b3 4 b5 b6 7
ACORDE GERADO: Cm7(b5) / Cm9(b5)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 69


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 70
ALTERADA / DOMINANTE ALTERADA / SUPERLÓCRIO
Essa é a escala mais usada quando o assunto é sonoridades Outside. A escala alterada,
também conhecida como escala dominante alterada ou modo superlócrio, é uma
escala dominante gerada pelo grau VII do campo harmonico menor melódico. Ela
contém as três notas fundamentais que definem um acorde dominante - a tônica (T),
a terça maior (3) e a sétima menor (7) - mas todas as outras notas da escala foram
alteradas para criar tensão e dissonância: b2(b9) #2(#9) b5(#11) #5(b13). Por conter
uma segunda aumentada (#2), que também soa como terça menor (b3), quinta
diminuta (b5) e sétima menor (7/b7), a escala gera também um acorde meio diminuto
(ø).

FÓRMULA: ST - T - ST - T - T - T - T
INTERVALOS: T b2 b3(#2) 3 b5 #5(b6) 7
ACORDE GERADO: Cø / C7(#9, b13) / C7(b9 #11) / C7(b9,b13) / C7(#9,#11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 71


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 72
PENTATÔNICAS

As escalas pentatônicas, chamadas carinhosamente de pentas, são amplamente


utilizadas em uma variedade de contextos musicais. Elas são especialmente populares
no blues, rock, jazz, música folclórica, música pop e muitos outros gêneros

Consistindo em apenas cinco notas por oitava, a simplicidade na estrutura da escala


pentatônica permite uma fácil memorização e aplicação da escala. Por isso se tornou
tão popular tanto na composição, improvisação, solos, quanto frases, criação de
grooves e etc.

A fórmula de intervalos típica de uma escala pentatônica é: T - 2 - 3 - 5 - 6 (em relação


à escala maior) ou T - b3 - 4 - 5 - 7 (em relação à escala menor). Existem duas principais
escalas pentatônicas, que são: maior e menor. Porém, vamos explorar também suas
variações, que são muito pouco estudadas, mas que nos oferecem uma riqueza de
possibilidades sonoras.

As pentatônicas que iremos explorar são:


Maior - Menor - Blues Maior - Blues Menor - Menor 6 - Blues Menor 6 -
Maior 7 - Maior 7#4 - Meio Diminuta - Diminuta

Cada escala tem sua fórmula intervalar e irá gerar um acorde específico, que pode ser
também um mesmo acorde gerado por outro modo. Para uma melhor compreensão
da sonoridade de cada modo, todos os exemplos têm como ponto de partida a nota C.

Cada escala conta com seus desenhos (shapes) e licks sugeridos para aplicação e
melhor compreensão da sonoridade da escala. Vamos lá.

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 73


PENTATÔNICA MAIOR
A escala referência quando falamos de pentatônica, é a escala pentatônica maior. Com
certeza é a escala mais tocada em tonalidades maiores, principalmente no estilo pop.
Essa escala é extraída originalmente da escala maior natural, deixando de tocar os
intervalos de quarta justa (4J) e sétima maior (7M), mantendo os demais intervalos.

FÓRMULA INTERVALAR: T 2 3 5 6
ACORDE GERADO: C6 / C6(9) / Cadd9

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 74


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 75
PENTATÔNICA MENOR
Essa é talvez a escala mais usada no mundo! Em todos os gêneros musicais, como o
blues, rock, soul, até fraseados, riffs e improvisos. Por se tratar de uma escala menor,
porém sem os graus 2 e b6 (sexta menor) da escala menor natural, sua sonoridade é
muito versátil e de fácil aplicação.

FÓRMULA INTERVALAR: T b3 4 5 7
ACORDE GERADO: Cm7 / Cm7(11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 76


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 77
BLUES MAIOR
Assim como temos as escala maior e menor, e suas variações, na escala pentatônica
também temos suas variações. Uma dessas variações é a Escala Blues Maior, uma
variação da penta maior. A diferença está na adição de uma nota que chamamos de
“blue note”, ou, nota blues. Essa única nota muda a sonoridade da escala, remetendo
a algo mais Blues. Na penta maior essa nota está entre o grau 2 e o grau 3, sendo assim
um #2.

FÓRMULA INTERVALAR: T 2 #2 3 5 6
ACORDE GERADO: C6 / C6(9) / Cadd9

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 78


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 79
BLUES MENOR / PENTA BLUES
Junto com a penta menor, a escala blues menor, ou mais conhecida como penta blues,
é com certeza uma das escala mais usadas no mundo. Seu uso, claro, é mais presente
no blues, mas também no soul, R&B, rock, entre outros. No caso da penta blues, a
“blue note” está entre os graus 4 e 5 da pentatônica menor.

FÓRMULA INTERVALAR: T b3 4 #4 5 7
ACORDE GERADO: Cm7 / Cm7(11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 80


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 81
PENTATÔNICA MENOR 6
A partir daqui vamos estudar algumas pentatônicas menos conhecidas. Muitas delas
são extraídas dos modos gregos, o que nos oferece uma riqueza de sonoridades. A
pentatônica menor 6, ou penta m6, é extraída do modo dórico. É semelhante à penta
menor e segue a mesma estrutura, com alteração apenas na sétima menor (7) que
trocaremos pela sexta maior (6). Uma sonoridade muito usada principalmente por
improvisadores de jazz e jazz fusion.

FÓRMULA INTERVALAR: T b3 4 5 6
ACORDE GERADO: Cm6

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 82


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 83
BLUES MENOR 6
Mantendo a mesma estrutura da penta m6, adicionaremos apenas a blues note entre
os graus 4 e 5.

FÓRMULA INTERVALAR: T b3 4 #4 5 6
ACORDE GERADO: Cm6

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 84


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 85
PENTATÔNICA MAIOR 7
Essa pentatônica é extraída do modo mixolídio (escala maior com sétima menor) e sua
sonoridade está presente principalmente no rock. A penta maior 7, ou penta M7,
segue a mesma do modo mixolídio (T 2 3 4 5 6 7), porém deixaremos de tocar os graus
2 e 6, mantendo o restante dos intervalos.

FÓRMULA INTERVALAR: T 3 4 5 7
ACORDE GERADO: C7 / C7sus4

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 86


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 87
PENTATÔNICA MAIOR 7 #4
Variação da penta maior 7, ou penta M7, a pentatônica maior 7/#4 substitui o intervalo
de quarta justa (4J) pela quarta aumentada (#4), mantendo o restante dos intervalos.
Podemos dizer também que é a pentatônica do modo mixo #4 ou lídio dominante, que
pertencem ao campo harmônico menor melódico.

FÓRMULA INTERVALAR: T 3 #4 5 7
ACORDE GERADO: C7 / C7(#11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 88


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 89
PENTATÔNICA MEIO DIMINUTA
Essa pentatônica é uma das menos conhecidas, mas muito simples na sua estrutura.
Essa pentatônica é uma variação da penta menor, porém vamos substituir o intervalo
de quinta justa (5J) pela quinta diminuta (b5), mantendo o restante dos intervalos da
penta menor.

FÓRMULA INTERVALAR: T b3 4 b5 7
ACORDE GERADO: Cm7(b5)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 90


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 91
PENTATÔNICA DIMINUTA
Variação da penta meio diminuta, a penta diminuta mantém a mesma estrutura da
penta meio diminuta. Enquanto que na penta meio diminuta nós temos a quinta
diminuta (b5) e sétima menor (b7), na penta diminuta nós vamos manter a quinta
diminuta, mas vamos descer a sétima menor mais meio tom para sétima diminuta
(bb7), mantendo o restante dos intervalos.

FÓRMULA INTERVALAR: T b3 4 b5 bb7


ACORDE GERADO: C°

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 92


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 93
SIMÉTRICAS

Escalas simétricas são padrões de notas que exibem uma estrutura repetitiva ou
simétrica ao longo do braço do baixo. Em outras palavras, essas escalas possuem uma
organização de intervalos que se repete regularmente, criando uma simetria visual e
sonora. Essa característica as torna distintas das escalas tradicionais, que geralmente
têm uma estrutura assimétrica.

As escalas simétricas são fascinantes e oferecem uma variedade de possibilidades


criativas na música, especialmente na composição contemporânea e na improvisação.
Elas podem ser usadas para criar atmosferas únicas, texturas interessantes e padrões
melódicos complexos.

As escalas simétricas que estudaremos a seguir são:


Cromática - Diminuta - Aumentada - Tons Inteiros ou Hexafônica - DomDim
Simétrica 1 2 4 - Simétrica 1 3 4 - Simétrica 1 2 3

Cada escala terá sua simetria específica em sua formação, o que por sua vez fará com
que algumas escalas tenham 6 ou 8 notas. Para uma melhor compreensão da
sonoridade de cada escala, todos os exemplos têm como ponto de partida a nota C.

Vamos lá.

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 94


CROMÁTICA
Começamos, claro, com a escala cromática, que é a escala que nos faz caminhar por
todos os 12 tons. A estrutura simétrica dessa escala, ou padrão, está em tocar sempre
um intervalo de semitom (meio tom).

PADRÃO: ST 12X
INTERVALOS: T b2 2 #2/b3 3 4 #4/b5 5 #5/b6 6 b7(7) 7M

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 95


DIMINUTA
A escala diminuta é uma escala muito interessante, pois é uma escala menor de 8
notas, sendo que é uma escala com sétima diminuta (bb7) e sétima maior (7M).
Enquanto que na tétrade diminuta nós tocamos T, b3, b5 e bb7 (sétima diminuta), a
escala diminuta nada mais é que manter as notas da tétrade e acrescentar sempre uma
nota antes de cada nota da tétrade. O resultado é uma escala menor com segunda
maior (2), quarta justa (4J), sexta menor (b6), sétima diminuta (bb7) e sétima maior
(7M).

PADRÃO: T - ST - T - ST - T - ST - T - ST
INTERVALOS: T 2 b3 4 b5 b6 bb7 7M
ACORDE GERADO: C° / Cmb5(7M)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 96


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 97
AUMENTADA
A escala aumentada é uma escala maior de 6 notas e tem sua origem na tríade
aumentada, que consiste em tocar os intervalos T, 3 e #5 (quinta aumentada). No
exemplo em C como tônica, tocamos então C E e G#. Iremos manter as notas da tríade
aumentada, porém agora vamos acrescentar uma nota antes de cada nota dessa
tríade. Sendo assim, agora iremos tocar T, #2, 3, 5, #5, 7M. No exemplo em C como
tônica, tocamos então C D# E G G# B. Para facilitar a compreensão, basta pensar na
junção da tríade maior de C + tríade maior de B.

PADRÃO: 1½ - ST - 1½ - ST - 1½ - ST
INTERVALOS: T #2 3 5 #5 7M
ACORDE GERADO: C+ / C5# / C7M(#5)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 98


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 99
TONS INTEIROS / HEXAFÔNICA
A escala de Tons Inteiros, como o próprio nome diz, é uma escala que tem na sua
simetria a distância de 1 tom de uma nota para a próxima. Com isso, temos uma escala
maior dominante de 6 notas. Escala maior por ter uma terça maior (3) e dominante
por ter uma sétima menor (b7/7), por isso podemos chamar também de escala
Hexafônica.

PADRÃO: T - T - T - T - T - T
INTERVALOS: T 2 3 #4(#11) #5(b13) b7(7)
ACORDE GERADO: C5# (C+/C5+) / C7(#5) / C7/9(#5)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 100


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 101
DOMDIM
Chegamos a uma das minhas escalas favoritas. A escala DomDim, abreviação para
"Dominante Diminuta", é uma escala maior simétrica de 8 notas derivada da harmonia
dominante (acorde maior com sétima menor), com uma estrutura de intervalos
composta por uma sequência alternada de meio tom e tom. Por isso, é uma das escalas
mais utilizadas no jazz e no jazz fusion, já que sua sonoridade traz uma sensação de
tensão e é perfeita para intenções Outside.

PADRÃO: ST - T - ST - T - ST - T - ST - T
INTERVALOS: T b2 #2 3 #4 5 6 b7(7)
ACORDE GERADO: C7 / C7b9 / C7#9 / C7#11 / C7b9(#11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 102


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 103
DICA BÔNUS
Uma característica muito especial dessa escala, é que podemos aplicá-la em vários
acordes diferentes. Devido à sua simetria, podemos pensar nas notas dessa escala
como cromáticos para graus de vários acordes diferentes.

Considerando os intervalos da escala T b2 #2 3 #4 5 6 7, vamos pensar no #2 como


terça menor (b3), o #4 como quinta diminuta (b5), e a sexta maior (6) como sétima
diminuta (bb7). Nessa linha de pensamento, é possível aplicar a mesma escala em
acordes xm7, xm7(b5) e x°(diminuto). Mas não estaríamos tocando notas “fora” da
escala na prática? Na verdade, a ideia é usá-las como cromáticos.

Exemplo: Cm7 = C Eb G Bb

Se pensarmos na aplicação da escala DomDim sobre esse acorde, teremos o seguinte


resultado:
C Db Eb E F# G A Bb

Aqui podemos ver que as notas do acorde Cm7 estão presentes na escala e que as
demais notas aparecem como cromáticos para cada nota do acorde: Db para C, E para
Eb, F# para G e A para Bb. É claro que esse tipo de aplicação é exclusivo para
sonoridades mais Outside e intenções Cromáticas. Acima de tudo o que vale é a
musicalidade e o bom gosto no momento da aplicação.

Essa forma de pensamento é aplicado também nas demais possibilidades


apresentadas acima para acordes xm7(b5) e x°(diminuto).

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 104


SIMÉTRICA 1 2 4
Como vimos até aqui, cada escala simétrica tem seu padrão específico, o que gera uma
sonoridade única. A escala Simétrica 1 2 4 é uma escala menor que tem na sua
estrutura o padrão de: ST T 1½. O nome 1 2 4 se trata da sequência de dedos na mão
esquerda, para facilitar a memorização do padrão. Nesse padrão, tocaremos os graus
T b2 b3 #4(b5) 5 bb7(6). Podemos considerar que é uma escala menor com quinta justa
(5J), mas também quinta diminuta (b5). Também com sexta maior (6) ou sétima
diminuta (bb7).

PADRÃO: ST - T - 1½ - ST - T - 1½
INTERVALOS: T b2 b3 b5(#4) 5 6(bb7)
ACORDE GERADO: Cm / Cm6 / Cmb5 / C°

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 105


SIMÉTRICA 1 3 4
Essa próxima escala é uma variação da escala anterior. Na escala simétrica 1 3 4, temos
um padrão de T ST 1½. Essa estrutura irá gerar os intervalos T 2 b3 b5 b6 bb7, que irá
gerar um acorde diminuto. O nome 1 3 4 se trata do padrão nos dedos da mão
esquerda.

PADRÃO: T - ST - 1½ - T - ST - 1½
INTERVALOS: T 2 b3 b5 b6 bb7
ACORDE GERADO: Cmb5 / C°

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 106


SIMÉTRICA 1 2 3
Nessa simetria, teremos um padrão conhecido, mas sua escala é pouquíssimo
estudada. Se trata de uma sequência dos dedos 1 2 3 da mão esquerda, por isso o
nome Simétrica 1 2 3. Na sua estrutura, temos o padrão de ST ST T. Como consequência
desse padrão, temos os intervalos: T b2 2 3 4 #4 #5 6 b7(7). E como podemos observar,
a escala gera um acorde dominante, pois temos a presença da terça maior (3) e da
sétima menor (b7/7), o que já caracteriza um acorde dominante. Então podemos dizer
que se trata de uma escala maior dominante com quinta aumentada.

PADRÃO: ST - ST - T - ST - ST - T - ST - ST - T
INTERVALOS: T b2(b9) 2 3 4 #4(#11) #5 6(13) b7(7)
ACORDE GERADO: C7#5 / C7#5(b9) / C7#5(#11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 107


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 108
ESCALAS BEBOP

Vamos estudar agora uma série de escalas muito utilizadas pelos maiores
improvisadores e jazzistas do mundo.

A escala Bebop foi criada na era bebop do jazz durante as décadas de 1940 e 1950,
como uma maneira de aprimorar a fluência melódica e fornecer estruturas mais fluidas
para a improvisação dessa época. Alguns músicos que fizeram uso dessas escalas
incluem Charlie Parker, Bud Powell e Dizzy Gillespie, para citar apenas alguns.

A característica de uma escala Bebop é a adição de uma nota cromática entre um grau
específico e outro da escala, o que gera uma sonoridade moderna e cria o que chamo
de “Intenção Cromática”. O que por consequência também transforma todas as
escalas bebop em escalas octatônicas, ou seja, escalas com 8 notas.

As escalas Bebop que estudaremos a seguir são:


Bebop Maior - Bebop Dominante - Bebop Dominante b9 b13 - Bebop Dórico
Bebop Melódico - Bebop Lócrio

Lembrando que a nota cromática (nc) é uma nota de passagem, ou seja, não faz parte
da escala original, assim como a blue note. Para uma melhor compreensão da
sonoridade de cada escala, todos os exemplos têm como ponto de partida a nota C.

Vamos lá.

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 109


BEBOP MAIOR
A escala bebop maior tem sua origem na escala maior natural, ou modo jônio/jônico.
A nota cromática (nc) será adicionada entre os graus 5 e 6 da escala maior,
transformando em uma escala maior de 8 notas com quinta justa (5J) e quinta
aumentada (#5).

FÓRMULA: T - T - ST - T - ST - ST - T - ST
INTERVALOS: T 2 3 4 5 #5(nc) 6 7M
ACORDE GERADO: C7M / C7M(9) / C6 / C6(9)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 110


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 111
BEBOP DOMINANTE
Essa escala bebop é muito interessante. Sua origem está no modo mixolídio, que é
uma escala maior com sétima menor, e a nota cromática (nc) da bebop dominante está
justamente entre a sétima menor e a oitava. Ou seja, iremos adicionar também a
sétima maior (7M) à escala, transformando em uma escala com sétima menor (b7/7)
e sétima maior (7M).

FÓRMULA: T - T - ST - T - T - ST - ST - ST
INTERVALOS: T 2 3 4 5 6 b7 7M(nc)
ACORDE GERADO: C7 / C7(9) / C7(13) / C7(9,13)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 112


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 113
BEBOP DOMINANTE b9 b13
Variação da escala bebop dominante, a diferença da escala bebop dominante b9 b13
está apenas nos intervalos de segunda maior (2/9) e sexta maior (6/13) que passam a
ser menores. Então passamos o grau 2(9) para b2(b9) e grau 6(13) para b6(b13).

FÓRMULA: T - T - ST - T - T - ST - ST - ST
INTERVALOS: T b2(b9) 3 4 5 6(b13) b7 7M(nc)
ACORDE GERADO: C7 / C7(b9) / C7(b13) / C7(b9,b13)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 114


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 115
BEBOP DÓRICO
Como o próprio nome diz, a escala bebop dórico é uma variação do modo dórico, que
é uma escala menor com sexta maior. Nessa variação, a nota cromática (nc) está entre
a terça menor (b3) e a quarta justa (4), formando assim uma escala de 8 notas com
terça menor e terça maior.

FÓRMULA: T - ST - ST - ST - T - T - ST - T
INTERVALOS: T 2 b3 3(nc) 4 5 6 b7(7)
ACORDE GERADO: Cm7 / Cm6 / Cm7(9) / Cm7(11) / Cm7(9,11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 116


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 117
BEBOP MELÓDICO
Nessa escala temos uma variação da escala menor melódica. Iremos manter todos os
intervalos da escala original, T 2 b3 4 5 6 7M, porém agora iremos adicionar uma nota
cromática (nc) entre os graus 5 e 6, o que transforma a escala menor melódica em uma
escala com quinta aumentada (#5).

FÓRMULA: T - ST - T - T - ST - ST - T - ST
INTERVALOS: T 2 b3 4 5 #5(nc) 6 7M
ACORDE GERADO: Cm7M / Cm6 / Cm7M(9)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 118


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 119
BEBOP LÓCRIO
No modo lócrio, nós temos uma escala menor com segunda menor (b2) e quinta
diminuta (b5). Já na escala bebop lócrio, nós iremos adicionar a nota cromática (nc)
entre a quinta diminuta (b5) e a sexta menor (b6), que é uma quinta justa (5J).

FÓRMULA: ST - T - T - ST - ST - ST - T - T
INTERVALOS: T b2 b3 4 b5 5(nc) b6 b7(7)
ACORDE GERADO: Cm7b5

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 120


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 121
ESCALAS HÍBRIDAS

As próximas escalas que iremos estudar aprendi com o mestre Mozart Mello na época
da minha especialização em Jazz Fusion. Não existem muitos materiais em livros,
métodos ou até mesmo vídeos na internet sobre essas escalas, por isso ainda não são
escalas tão conhecidas entre a maioria dos músicos. Escalas Híbridas são a mistura, ou
seja, a combinação de duas escalas para formar uma única escala. Sendo assim, as
escalas híbridas são escalas octatônicas (escalas de 8 notas). Estudaremos duas escalas
nesse tópico:

Harmoeólio e Melodórico

Essas duas escalas são combinações de escalas menores semelhantes, o que resulta
em possibilidades e sonoridades muito interessantes. Para uma melhor compreensão
da sonoridade de cada escala, todos os exemplos têm como ponto de partida a nota
C.

Vamos lá.

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 122


HARMOEÓLIO
Considere os intervalos do modo eólio e da escala menor harmônica de C:

EÓLIO HARMÔNICA
T 2 b3 4 5 b6 b7 T 2 b3 4 5 b6 7M
C D Eb F G Ab Bb C D Eb F G Ab B

Note que a única diferença entre essas escalas é a sétima, já que o modo eólio contém
uma sétima menor (b7) enquanto que a menor harmônica contém uma sétima maior
(7M). Combinando as duas escalas, temos uma escala de 8 notas que chamamos de
Harmoeólio:

T 2 b3 4 5 b6 b7 7M
C D Eb F G Ab Bb B

O resultado é uma escala menor com sétima menor (b7) e sétima maior (7M). Esse
cromatismo abre possibilidades e sonoridades muito interessantes. Sua aplicação
funciona em acordes xm7 quanto xm7M pensando de forma mais cromática. Claro que
a regra do bom gosto sempre vale mais. Repousar em uma nota fora do acorde, pode
soar mais errado do que Outside. Por isso, todo cuidado na aplicação é importante.

FÓRMULA: T - ST - T - T - ST - T - ST - ST
INTERVALOS: T 2 b3 4 5 b6 b7 7M
ACORDE GERADO: Cm7 / Cm7M / Cm7(9) / Cm7M(9) / Cm7(11) / Cm7M(11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 123


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 124
MELODÓRICO
Considere agora os intervalos da escala menor melódica e do modo dórico de C:

MELÓDICA DÓRICO
T 2 b3 4 5 6 7M T 2 b3 4 5 6 b7
C D Eb F G A B C D Eb F G A Bb

Assim como na escala harmoeólio, note que a única diferença entre essas escalas
também é a sétima. Na escala menor melódica nós temos uma sétima maior (7M)
enquanto que no modo dórico nós temos uma sétima menor (b7). Combinando as
duas escalas, temos a escala híbrida chamada Melodórico:

T 2 b3 4 5 6 b7 7M
C D Eb F G A Bb B

Assim como foi dito na escala anterior, mesmo que essa seja uma escala com sétima
menor (b7) e sétima maior (7M), o bom gosto sempre vale mais. Sua aplicação, assim
como na escala harmoeólio, funciona em acordes xm7 quanto xm7M pensando de
forma mais cromática. Mas, assim como foi dito anteriormente, repousar em uma nota
fora do acorde, pode soar mais errado do que Outside. Por isso, reforçando, todo
cuidado na aplicação é importante.

FÓRMULA: T - ST - T - T - T - ST - ST - ST
INTERVALOS: T 2 b3 4 5 6 b7 7M
ACORDE GERADO: Cm7 / Cm7M / Cm6/ Cm7(9) / Cm7M(9) / Cm7(11) / Cm7M(11)

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 125


MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 126
O PRÓXIMO PASSO

Parabéns! Você concluiu o método! Espero que você tenha gostado desse método e que eu tenha
contribuído de alguma forma para sua evolução musical.

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Deus te abençoe e até o próximo método.

Bons estudos.
Ryan Souza

MESTRE DAS ESCALAS NO CONTRABAIXO 127

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