Ortodontia

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classificação de angle e lischer relação distal em relação aos superiores,

classificação de angle o sulco mesiovestibular do primeiro molar


angle, em 1899, descreveu um sistema de inferior encontra-se distalizado em relação
classificação das maloclusões que se à cúspide mesiovestibular do primeiro
tornou um meio de comunicação comum molar superior.
entre os CDS
angle explicita a normoclusão afirmando
que a chave de oclusão é a posição
relativa do molar maxilar, segundo ele,o
primeiro molar permanente superior
estaria invariavelmente na posição correta
pesquisas subsequentes não confirmaram
essa hipótese, uma vez que a posição
muda sim
portanto, sua classificação é uma
classificação dentária e baseada nas
pacientes classe II frequentemente
relações posteroanterior dos maxilares
apresentam perfil convexo
entre si! tem o primeiro molar
permanente como referência
classe I (neutroclusão)
a neutroclusão é definida como uma
maloclusão em que a posição mesiodistal
dos arcos dentários encontra-se normal!
a cúspide mesiovestibular do primeiro
molar superior oclui no sulco
mesiovestibular do primeiro molar inferior a classe II possui duas divisões e
subdivisões
classe II divisão 1:
distoclusão na qual os incisivos superiores
apresentam-se inclinados para vestibular.
frequentemente apresentam trespasse
horizontal aumentado (incisivos centrais
superiores ultrapassam visivelmente os
inferiores), curva de spee acentuada, arco
superior atrésico, palato profundo e lábios
entreabertos e ressecados, resultando em
um desequilíbrio da musculatura facial
obs: sempre terá aumento de overjet
é importante não confundir a classe I
com a normoclusão
a maloclusão de classe I restrita às más
posições dos dentes, que podem estar
desalinhados, protruídos, com
sobremordida profunda, dentre outras
alterações
classe II (distoclusão)
relação anormal dos arcos dentários em
que os dentes inferiores ocluem em uma

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classe III (mesioclusão)
relação entre os arcos dentários na qual
os dentes inferiores ocluem em uma
relação mesial em relação aos arcos
superiores. o sulco mesiovestibular do
primeiro molar inferior encontra-se
mesializado em relação à cúspide
mesiovestibular do primeiro molar superior
- sulco mesio vestibular do primeiro molar
inferior permanente oclui anteriormente a
cúspide mesio vestibular do primeiro
classe II, divisão 2: molar superior permanente
incisivos centrais superiores encontram-se pode haver sobressaliência incisal
verticalizados ou lingualizados e os negativa, levando a uma articulação
incisivos laterais superiores encontram-se invertida dos incisivos ou os incisivos
vestibularizados ocluírem topo a topo
com overbite - sobremordida acentuada essa maloclusão também pode apresentar
obs: não tem overjet acentuado, incisivos subdivisões direita ou esquerda
retroinclinados procurando contato com
incisivos inferiores, sempre terá overbite
acentuado
pode ocorrer subdivisão direita ou
esquerda, quando está apenas de um
lado das arcadas

classificação de lisher
lisher, em 1912, classificou as
maloclusões de acordo com as posições
individuais dentárias, acrescentando o
sufixo “versão” ao termo indicativo da
direção do desvio - indicando
deslocamento dentário

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● vestibuloversão: coroa
vestibularizada em relação à sua
posição normal

● distoversão: distalizado em
relação à sua posição normal

● linguoversão: coroa lingualizada


em relação à sua posição normal

● axiversão: alteração da inclinação


do dente em relação ao seu longo
eixo
● transversão: transposição
dentária, dente troca de
● giroversão: dente rotacionado em posicionamento com outro dente
torno de seu longo eixo do arco
● perversão: dente impactado,
geralmente por falta de espaço no
arco
obs: um dente mal posicionado pode ser
classificado por uma combinação entre os
termos (ex: infravestibuloversão)
● supraversão: face oclusal ou
incisal além do plano oclusal etiologia das maloclusões
toda má-oclusão apresenta uma origem
multifatorial, e não uma única causa
específica
evolução do homem - tendência
retrognata da face
redução do tamanho da face e dos
● infraversão: face oclusal ou maxilares > espaço limitado para
incisal aquém do plano oclusal acomodar todos os dentes,
consequentemente, o último dente de
cada série tende a desaparecer (ex:
terceiros molares, etc), processo
delongado e de caráter hereditário, que
● mesioversão: mesializado em passa entre gerações, onde a primeira
relação a sua posição normal apresenta um dente com forma anômala
(microdontia) e, posteriormente, alguns de
seus sucessores já não mais possuem
esse dente.
alimentação nos tempos atuais também
contribuem para a “involução” da face

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divisão didática do pai e da mãe, assim como o tamanho
● intrínsecos: formação do indivíduo dos maxilares
● extrínsecos: gerados pelo meio essas características não são passíveis
ambiente de prevenção, podendo apenas ser
fatores intrínsecos corrigidas
fatores genéticos - hereditários anomalias dentárias
estudos contemporâneos apontam a base genética e hereditária na etiologia de
genética e meio ambiente como os anomalias dentárias de número, tamanho,
principais fatores etiológicos das más posição e época de desenvolvimento
oclusões infraoclusão de molares decíduos
os genes definem o tamanho e a forma infraoclusão: dente durante ou depois de
dos dentes, bem como o tamanho relativo sua completa irrupção, não consegue
e a disposição dos ossos faciais, da manter sua altura no plano oclusal
maxila e da mandíbula na face. a infraoclusão dos molares decíduos
as irregularidades de origem genéticas acomete aproximadamente 8,9% das
não podem ser prevenidas, porém podem crianças
ser atenuadas com intervenção anomalias craniofaciais
ortodôntica são ocasionadas por alterações
algumas irregularidades dentofaciais são: cromossômicas (como SD), monogênicas
tipo facial (como disostose cleidocraniana e a
três tipos: mesofacial, braquifacial e displasia ectodérmica) ou poligênicas
dolicofacial (como fissuras labiopalatinas)
fatores extrínsecos
fatores ambientais
relação de causa e efeito clara
fatores etiológicos que não são genéticos,
relacionados ao meio em que se vive
traumatismos
impacto do traumatismo sobre os incisivos
superiores decíduos, principalmente
quando acompanhado de intrusão, pode
induzir defeitos superficiais no esmalte
dentário e até alteração na posição do
germe do sucessor (posicionamento
alterado > inapto a irromper
espontaneamente)
perda precoce de dentes decíduos
o ambiente a as mecânicas ortopédicas deve-se principalmente à cárie ou a
exercem influência mínima, a ortodontia irrupção ectópica dos primeiros molares
não é capaz de mudar o tipo facial permanentes
herdado perda precoce de molares decíduos >
discrepâncias entre dente e osso: molares permanentes tendem a migrar
apinhamento e espaçamento para mesial, reduzindo perímetro do arco
apinhamento e diastemas dentário
sofrem grande influência genética apinhamento no segmento posterior:
o tamanho dos dentes é determinado por apinhamento secundário (pode ser
uma combinação de genes provenientes prevenido utilizando mantenedores de
espaço)

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perda de dentes permanentes lembrete: a interposição lingual é
a perda desses dentes, principalmente os considerada um fator secundário na
molares, em decorrência de cárie ou etiologia da mordida aberta anterior
outros problemas, acarreta sérios a mordida aberta precisa estar presente
desajustes na oclusão para que a interposição lingual se
quando há a perda dos primeiros molares mantenha e, consequentemente,
permanentes, os segundos molares contribua para a persistência da
migram para mesial e os segundos pré maloclusão
molares migram para distal, havendo uma respiração predominante bucal
tendência dos incisivos retroinclinarem-se atividade da respiração: essencial para
perda unilateralmente > linha média da um adequado funcionamento do
arcada desviada para o lado da perda organismo desde o primeiro momento da
causas adquiridas proximais vida
são causas proximais os fatores que as funções normais de mastigação,
alteram estruturas próximas aos dentes e deglutição, postura da língua e lábios
causam alterações na oclusão, estão relacionados à respiração nasal,
decorrentes de uma quebra do equilíbrio além de promover a atividade muscular
entre as forças ao redor dos elementos adequada, crescimento facial e
dentários desenvolvimento ósseo
fatores que rompem o equilíbrio muscular respirador bucal: indivíduo que respira
e suscitam deformidades oclusais e principalmente pela boca, podendo ser
alterações no padrão de crescimento total ou parcial
facial são: hábitos bucais deletérios e características específicas:
respiração bucal abertura bucal, hipotonicidade lingual,
hábitos de sucção cianose infraorbitária, síndrome da apneia
o obstáculo mecânico representado pelo obstrutiva do sono, hipoventilação e
dedo e/ou chupeta restringe o progressão atípica do tórax. Apresentam
desenvolvimento vertical normal dos na maioria dos casos, alongamento de
incisivos superiores e inferiores, retira a face, e olhar entristecido, ausência de
língua da sua posição normal, modifica o selamento dos lábios, xerostomia,
desenvolvimento normal do palato e, hipotonicidade das bochechas e músculos
consequentemente, causa maior da face, maloclusão e estreitamento,
protrusão dos dentes superiores aprofundamento da face.
anteriores e maior inclinação para lingual pode apresentar também prostração
dos dentes inferiores anteriores constante, sonolência no decorrer do dia,
maloclusão mais típica relacionada com o anemia, falta de apetite, enurese noturna,
hábito de sucção é a mordida aberta dificuldade de aprendizagem, além das
anterior circular e circunscrita à região manifestações musculoesqueléticas e
dos incisivos craniodentais

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a respiração bucal pode ser causada por principal meio de prevenção da respiração
obstruções nasais, hábitos orais deletérios bucal
e fatores genéticos, tendo como reflexo a é a amamentação, pois a criança que se
insônia, agitação, hiperatividade, cansaço alimenta no peito materno mantém os
frequente, olheiras, baixa concentração, lábios vedados, posiciona a língua e
baba noturna, pouco apetite e alterações desenvolve as funções do aparelho
posturais estomatognático corretamente,
o sistema estomatognático sofre estabelecendo um padrão correto de
alterações ocasionadas pelo respirador respiração
bucal, comprometendo as funções de durante a amamentação a criança
mastigação, deglutição e fonação que são estabelece o padrão correto de
responsáveis por um crescimento e respiração, mantém corretamente as
desenvolvimento normal desse sistema estruturas orais facilitando a evolução do
quando um recém-nascido realiza o ato sugar para o mastigar, ela não executa o
de sucção do seio materno, a criança simples movimento de sucção ela faz sim
estimula um modelo padrão de respiração uma série de movimentos chamados
nasal e a correta postura da língua. onde movimentos de "ordenha" que são
os músculos responsáveis estão sendo estímulos neurofuncionais para o correto
estimulados promovendo força e postura desenvolvimento da musculatura perioral
muscular, para correta atividade da para estabelecer um bom vedamento
mastigação labial, além de estímulo para o correto
a respiração oral é uma síndrome posicionamento mandibular corrigindo o
multifatorial, para obter bons retrognatismo natural após o nascimento.
resultados há necessidade de uma alterações oclusais
interação entre profissionais de várias o principal tipo de má oclusão dentária em
áreas atuando em caráter um respirador bucal associado à
multidisciplinar alterações ortodônticas pode ser
etiologia observado em Classe II de Angle, sendo
● pode ser decorrente de hábitos esta uma discrepância dentária
bucais deletérios, como a sucção ântero-posterior, e mais grave quando
digital ou de chupeta associada a alterações esqueléticas
● pode ser de origem obstrutiva, decorrentes de uma mandíbula retruída,
decorrente de uma variação maxila protruída ou pela combinação de
anatômica, apresentando ambas (ANDRADE et al., 2005; FREITAS,
passagem aérea estreita (causa 2009).
mais frequente) no estudo de Costa et al. (2005), foram
● posição de dormir constatadas a má oclusão classe II de
● aleitamento artificial Angle como sendo a mais prevalente, com
● alergias respiratórias 41%, seguido da má oclusão classe I,
● sinusites com 37%, e classe III, com 7% nos
● desvio de septo respiradores bucais.
● pólipos nasais
● hipertrofia das adenoides
● hipertrofias de cornetos
● hipertrofia de tonsilas palatinas

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cefalometria - análise cefalométrica
a cefalometria se classifica como uma
técnica radiográfica utilizada na
odontologia para analisar e mensurar a
posição e o tamanho dos ossos
craniofaciais, além de avaliar o
desenvolvimento e a relação entre eles,
sendo extremamente importante para o
diagnóstico e planejamento de
tratamentos ortodônticos, ortopédicos e
cirúrgicos
● realizado telerradiografias 1.NB
laterais da cabeça ângulo formado pela intersecção da linha
● dentes em oclusão máxima NB e o longo eixo dos incisivos inferiores
● medição de pontos anatômicos média: 25°
específicos no rosto do paciente ângulo maior que 25°: incisivos inferiores
● pontos craniométricos ou vestibularizados.
cefalométricos são pontos ângulo igual a 25°: incisivos inferiores
precisamente determinados por bem posicionados.
diferentes autores e localizados ângulo menor que 25°: incisivos inferiores
em acidentes anatômicos. Estes lingualizados - classe III
pontos são facilmente
identificáveis ou em posições
geométricas.
o cefalograma é o desenho que conduz
ao estudo que se deseja fazer na
telerradiografia da cabeça
● desenho das estruturas
anatômicas
● demarcação de pontos
cefalométricos
● traçado de linhas de orientação
dentes em relação às bases ósseas
1-NA
1.NA
é a distância linear entre a linha NA (násio
ângulo formado pela intersecção da linha
ao ponto A) até a face vestibular do
NA e o longo eixo dos incisivos superiores
incisivo central superior
média: 22°
média: 4mm
ângulo maior que 22°: incisivos
maior que 4 mm: incisivos superiores
superiores vestibularizados - classe II-1
protruídos.
ângulo igual a 22°: incisivos superiores
igual a 4 mm: incisivos superiores bem
bem posicionados.
posicionados.
ângulo menor que 22°: incisivos
menor que 4 mm: incisivos superiores
superiores lingualizados - classe II-2
retruídos.

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1-NB
SNA
é a distância linear entre a linha NB (násio
intersecção das linhas SN E NA
ao ponto B) até a face vestibular do
mostra o posicionamento da maxila em
incisivo central inferior.
relação a base do crânio
média: 4 mm.
média: 82°
maior que 4 mm: incisivos inferiores
maior que 82°: maxila protruída - classe II
protruídos.
igual a 82°: maxila bem posicionada.
igual a 4 mm: incisivos inferiores bem
menor que 82°: maxila retruída.
posicionados.
menor que 4 mm: incisivos inferiores
retruídos.

SNB
união da linha SN com a linha NB
média: 80°
1.1
maior que 80°: mandíbula protruída -
ângulo formado pela intersecção do longo
classe III
eixo dos incisivos superiores com
igual a 80°: mandíbula bem posicionada.
inferiores​.
menor que 80°: mandíbula retruida.
média: 131°

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ANB
ângulo obtido pela união da linha NA com NS.PLO
a linha NB ângulo 14,5°
média: 2° do nasio a sela ao plano oclusal
maior que 2°: má relação entre os determina tendência de crescimento
maxilares (Classe II esquelética). - horizontal
igual à 2°: boa relação entre os - vertical
maxilares. - harmônico
menor que 2°: má relação entre os
maxilares (Classe III esquelética).

NS.GoM
ângulo de 32°
NS.Gn formado entre sela e nasio e go e gn
ângulo de 67° também determina tendência de
do nasio a sela e crescimento
crescimento da MD
determina:
- horizontal -
anti-horário/braquifacial
- vertical - horário/dolicofacial
- harmônico - mesofacial

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obs:
perfil convexo: classe II
perfil côncavo: classe III
ortopedia facial
busca ossos da maxila e mandíbula em
harmonia
por depender do crescimento, deve ser
realizada em crianças em fase de
crescimento
os aparelhos ortopédicos são aqueles que
exercem força sobre os ossos maxilares
corrigindo os desvios de crescimento
entre as arcadas superior e inferior,
enquanto os aparelhos ortodônticos são
aqueles que exercem força sobre os
dentes. Existem também os aparelhos
denominados funcionais cujos objetivos
são regular a função muscular dos lábios,
língua e bochechas. Os aparelhos ainda
podem ser intra-orais ou extra-orais, fixos
ou removíveis.
ortodontia para clínico geral
pistas diretas
forma eficaz de correção das alterações
dentárias e funcionais
normaliza posição dentária e posição
mandibular, côndilos e ATM
técnica
colocação de resina composta na parte de
cima do dente que mastiga,
estabelecendo um novo plano oclusal que
possibilita a mandíbula a corrigir sua
posição
corrigem alguns tipos de maloclusões:
mordida cruzada, mordida profunda
● evidenciar contatos prematuros
com carbono
● ajustes oclusais necessários
● confecção das pistas em planos
inclinados
● confeccionar nos dentes
superiores no lado cruzado
utilizando resina composta
fotopolimerizável

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