Gitud
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Inicialmente, é fundamental saber que a teoria básica da comunicação é descrita a partir dos
elementos emissor, receptor, mensagem e canal.
Você pode perceber que definir comunicação não é uma tarefa fácil. Afinal de contas,de que
comunicação estamos falando? De qual mensagem e de qual meio de comunicação estamos
falando? As novas tecnologias afirmam que as oportunidades de interação e compartilhamento de
ideias e emoções nunca estiveram melhores. Entretanto, será que as formas digitais de troca de
informação e diálogos comprovam que a comunicação contemporânea é mais humana e eticamente
eficaz do que no passado? Será que o processo de comunicação serve para fins de justiça social,
redenção e libertação ou a fins de dominação, controle e poder? Em linguagem teológica: o
processo de comunicação serve a fins éticos e edificantes ou aos fins pecaminosos?
Inicialmente, é fundamental saber que a teoria básica da comunicaçãoé descrita a partir dos
seguintes elementos:
• Emissor: é a pessoa ou um grupo que tem uma ideia para compartilhar. A mensagem precisa
ser significativa tanto para o emissor quanto para o receptor. Ou seja, ela precisa ter a capacidade de
estabelecer a comunhão entre pessoas ou grupos que trocam significados e compartilham coisas em
comum.
O que quer dizer se comunicar bem e eficazmente? Em nossa essência humana, somos seres
comunicadores. Vivemos em relacionamentos e comunidades e nos relacionamos com palavras,
ideias e emoções. No entanto, os desafios contemporáneos para uma comunicação eficaz são cada
vez maiores e precisamos compreender o que realmente está em jogo na comunicação.
Tratemos do significado etimológico da palavra comunicação. Comunicação se relaciona
directamente com comum e comunhão, ou seja, o que conta não é o controle, a quantidade, ou
a qualidade da informação, mas sim o "tornar comum", ou seja, o compartilhar de ideias,
emoções, historias, experiências e sonhos em comum com pessoas e grupos, por meio de
gestos, atos, palavras, simbolos, e assim por diante.
Concluindo, comunicação consiste em comunhão ou viver em comum. Não se trata, portanto,
apenas de discutir apenas técnicas de "como fazer", modos e canais de falar, transmitir, difundir ou
propagar conteúdo. Trata-se, por outro lado, de reflectir sobre as melhores formas de viver em
comunidade, construindo consenso na diversidade, construindo identidade na pluralidade e trazendo
justiça social a um mundo injusto.
A COMUNICAÇÃO TEOLÓGICA
No Novo Testamento o termo grego que mais se aproxima do significado da comunicação como
está sendo apresentado nesta unidade é "koinonia", que traduzimos por viver em comunhão ou
viver em comum. A "koinonidé" a qualidade daquilo que é comum a pessoas diferentes, é aquilo
que é partilhado por pessoas, aquilo de que todos participam. Assim, o sucesso da comunicação na
comunidade cristã é determinado pelos alvos ou metas da vida em comum, bem como pelos
princípios de convivência comunitária.
Resumindo, uma teoria teológica da comunicação consiste na reflexão sobre se comunicar de
maneira justa, equitativa e libertadora. Além disso, ela deve reflectir como viver ética e
cristocentricamente em um mundoiniquo e infiel ao seu Criador.
Os desáfios actuais para uma comunicação teológica bem-sucedida são inúmeros. Vamos destacar
alguns:
• Um conjunto de valores acerca do mundo, da sociedade, da religião e de si mesmo;
• Relactivização da verdade;
• Erasão da autoridade;
• Selectividade intelectual;
• Aprendizado visual.
O pregador comunica através daquilo que é como pessoa. Por isso ele precisa conhecer muito bem
suas fraquezas, reacções emocionais e limites, fazendo uma boa gestão da sua disciplina pessoal,
agenda e compromissos semanais. Por isso, o pregador deve prestar atenção em três coisas:
• Tome cuidado com o orgulho,
• Esqueça de si mesmo,
• Focalize a glória de Deus.
Toda mensagem cristä está endereçada a duas audiências diferentes. John Stott, no seu livro
Between two Worlds (Entre dois mundos), descreve como Deus continua falando através daquilo
que falou. A Biblia é a palavra viva a um povo vivo e a pregação é a uma mensagem
contemporânea a um mundo contemporâneo.
A mensagem não é meramente uma exposição histórica, contextual e exegética. Na visão de Stott,
Deus está falando ao mesmo tempo com duas audiências, duas culturas e com dois ouvintes. A
Bíblia utiliza a linguagem dos ouvintes originais que viveram a milhares de anos. Agora, entretanto,
ela fala para a plateia com palavras e expressões que está sendo empregadas nos dias de hoje.
Precisamos de modelos relevantes que usem a Palavra fazendo uma hermenêutica cuidadosa do
texto. A palavra de Deus não pode ser usada fora de contexto, como uma desculpa para outros
temas que deveriam ser analisados psicologicamente, nem para moralismos, nem para provar com
apologias determinada doutrina, nem pode ser usada abusivamente para ganhos pessoais. Ao
comunicar a Palavra quer por meios orais ou escritos, lembre-se que Deus enviou você para ser o
seu mensageiro e anunciar a sua vontade. Ele lhe dará poder e eficácia na comunicação. Acima de
tudo, estejamos comprometidos com a Palavra de Deus.
A revelação de Deus é histórica e contemporânea. Por isso, nossa pregação não pode ser meramente
histórica (sem aplicações), nem meramente contemporânea (sem o respeito pelo significado e
contexto histórico). Ela deve reflectir ambas as audiências.
O COMUNICADOR ÉFICAZ
A) Ensimesmamento.
As pessoas acham que são autossuficientes e sabem o bastante sobre vários assuntos.
Na verdade, o melhor remédio para vencer o narcisismo e consequentemente superar a
discriminação na comunicação é a humildade. Aprendamos a sublinhar a diversidade e celebrar as
diferenças com a pessoa mais inteligente que já existiu, Jesus Cristo.
B) Avaliações congeladas.
Considerando a velocidade das transformações tecnológicas e socioculturais, o problema das
avaliações congeladas é um dos mais graves na comunicação. As pessoas, coisas e eventos mudam
rápidamente. Nossos preconceitos reflectem a dificuldade que temos para mudar, inovar e
reinventar. Portanto, as expressões de linguagem precisam ser actualizadas frequentemente. A
linguagem está em permanente transformação. Estejamos abertos a novas ideias, novos conceitos, a
constante actualização.
D) Os factos e fakes-news.
A abrangência das fake-news na comunicação demonstra a dificuldade com que os indivíduos têm
para separar e julgar boatos, sentimentos, imaginações, pressentimentos e hipóteses dos fatos reais,
acontecimentos concretos, dados estatísticos e teorias da conspiração. O que é real? O que é
imaginário?
As pessoas precisam ter condições de avaliar se uma informação está correcta e contextualizada
com a realidade dos factos:
• Pesquisa sobre a fonte original (quando existir).
• Pesquisa sobre o que foi publicado sobre o assunto/tema.
• Pesquisa em fontes oficiais.
• Contextualização do conteúdo checado, com busca de referência bibliográfica.
• Classificação do conteúdo como verdadeiro (correcto e coerente com os factos apurados).
E) As tendências à complicação
A incapacidade para simplificar consiste num dos principais obstáculos à comunicação. Um dos
maiores desafios da comunicação teológica é da ressignificação das palavras. Busque ser
compreendido. Seja simples!
D) Desencontros
Desencontros acontecem quando as mesmas palavras significam coisas diferentes para pessoas
diferentes.
Para lidar com os obstáculos da comunicação, você deve compreender não somente o seu próprio
estilo, mas também comunicar-se de forma sensível e atenta ao estilo do seu ouvinte. Veja a figura
abaixo sobre os quatro estilos comportamentais:
• Analiticos: prepare seus argumentos e não perca tempo desviando- se do assunto. Seja preciso,
específico e direto. Apoie seus principios e ponderações. Não seja espalhado, mas ofereça
evidências prácticas e realistas.
• Expressivos: Interaja e apoie seus sonhos e expectativas. Ouça suas ideias e não legisle em
causa própria. Peça opiniões e soluções Não seja frio e vago, mas divertido e descontraido.
Amáveis: Mostre interesse sincero pela sua pessoa e não fique falando de assuntos sérios o tempo
todo. Seja sensivel, casual e informal. Evite discutir números e factos.
• Memória: Embora não se possa confiar totalmente na memória, ela é sempre de grande
utilidade para o orador. Precisa reproduzir as imagens observadas ao longo da vida e tão preciosas
na composição dos discursos, precisa trazer à lembrança números, datas, estatísticas e suposições
matemáticas que proverão ou tornarão claras suas afirmações" (POLITO, 1986, p. 39).
• Habilidade: Quem fala precisa ter sensibilidade suficiente para compreender as intenções dos
ouvintes e a habilidade de adaptar o conteúdo da mensagem à atenção e interesse da plateia.
• Inspiração: " È a forma como o orador cria e produz o seu discurso; a soma das energias para
encontrar a melhor ideia, modificando e substituindo a mensagem preparada com antecedência.
• Criactividade: Criar é esforçar-se em sair do lugar-comum, levar a imaginação a encontrar
caminhos desconhecidos e alternativos para despertar os ouvintes e mantê-los presos ao poder da
comunicação.
• Vocabulário: O orador deve ter o hábito de leitura para enriquecer o seu vocabulário.
• Conhecimento: Falar sobre algo que você não tem compreensão ou não preparou consiste num
crime contra a expressão verbal. O comunicador eficaz deve interessar-se e conhecer um pouco de
todas as matérias, mas especialmente dos fatos actuais. Não podemos viver fora da realidade
desprovidos de informações do nosso tempo. Você pode ter as melhores técnicas, mas às aulas
serão vazias se não houver uma mensagem a ser transmitida. Se não tiver uma mensagem clara, não
fale, nem escreva.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HOMILÉTICA
“Princípios básicos para a elaboração e comunicação de sermões”
A homilética tem dois braços que qualquer pregador, por mais simples que seja,
precisa ter um mínimo de conhecimento sobre sua função no preparo para a
pregação: hermenêutica e exegese.
A homilética é:
✔ Um auxiliar no estudo e análise do texto;
✔ Um auxiliar na exposição de idélas;
✔ Uma compreensão de que o sermão tem muita a ver com o pregador. O pregador & o
sermão;
✔ Uma compreensão de que Deus colocou no mundo recursos que devemos aproveitar.
A grande inovação da Reforma Protestante no século XVI foi tornar a Biblia o centro da pregação.
Os discursos e ladainhas da igreja romana cheios de rituais foram substituídos pela pregação
evangélica das grandes verdades bíblicas, versículo por versiculo. Martinho Lutero e João Calvino
expuseram quase todos os livros da Biblia em forma de comentários.
Os Líderes da Reforma Protestante deram à pregação um novo conteúdo (a graça divina em Jesus
Cristo, um novo fundamento (a Biblia Sagrada) e um novo alvo-a fé viva.
Lutero enfatizava o conteúdo da pregação do evangelho (a justificação pela fé). Segundo ele a
pregação evangélica deveria incluir tema, introdução, disposição, exposição do texto e
conclusão. Nos dias actuais tem sido grande a busca por um aprimoramento na qualidade na
pregação bíblica. Acredita-se que a boa pregação é fato crucial no crescimento de qualquer Igreja, e
a pregação tem sido objeto de estudos e aperfeiçoamento por lideres que desejam ver suas
comunidades fortes e crescentes.
Ao mesmo tempo em que deixa claro as dificuldades e desafios que enfrenta um pregador, esclarece
também como é gratificante ser usado por Deus em tão nobre ministério.
Vejamos, então acerca deste dificil, mas glorioso oficio de acordo com os ensinos de Paulo:
➔ A tentação de querer ser agradável aos homens : v. 4 "assim falamos não para agradar aos
homens, masa Deus, que prova os nossos corações".
Jeremias 28: Hananias X Jeremias. Ambos profetizam na casa do Senhor. Hananias afirma: "Assim
fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eu quebrarei a jugo do rei da Babilônia. Dentro de
dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da casa do Senhor... bem como todos
os cativos..." nos vs. 15 e 16 Jeremias diz ao profeta Hananias: "Ouve agora, Hananias, o Senhor
não te enviou, mas tu fazes que este povo confie numa mentira. Pelo que assim diz o Senhor: eis
que te lançarei de sobre a face da terra. Este ano morrerás, porque pregaste rebelião contra o
Senhor". (dois meses depois este morreu).
Veja o que Paulo escreveu aos Gálatas: "Porventura procuro eu agora a favor dos homens, ou o de
Deus? ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda aos homens, não seria servo de Cristo"
Gálatas 1:10.
Agradar é doçura nos relacionamentos. Mas o texto fala por outra perspectiva: fidelidade bíblica na
pregação (1:9). Os gálatas tinham sido seduzidos pela doutrina das obras, desprezando o ensino da
graça. A decepção do apóstolo foi inevitável: "Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por dizer a
verdade?" (4:16).
A fidelidade bíblica na pregação deve ser a voz do pregador, base de sua fé, no combate duro ao
paganismo que tem até mesmo infiltrado no meio evangélico. A caracteristica de um servo de Cristo
é sua fidelidade a Deus, diante disto não precisa bajular ninguém para alcançar seus objetivos ou
deixar de pregar temas que confrontam o homem em seu caráter, ele fala o que precisa ser dito e
vive no meio das conseqüências de consciência tranqüila. A bíblia menciona um "Hal da fama" de
pessoas que "o mundo não era digno deles" (Heb 11:38), por quê? Por que "practicaram a justiça",
entenderam que mais importa agradar a Deus do que aos homens. De facto, a busca por agradar aos
homens é uma terrível tentação. Afinal, quem não gosta de ser reconhecido? Quem não se sente
bem quando ouve logo após um sermão:
• "Seu sermão foi maravilhoso..."
(6) "nem buscamos glória de homens". Lc 6:26 "Ai de vós quando todos os homens vos louvarem
Porque assim faziam os seus pais aos falsos profetas".
V. 10 "vós e Deus sois testemunhas de quão santa e irrepreensivelmente nos portamos para
convosco”
Pv 22:1 "Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que muitas riquezas..."
Ec 71 "Melhor é o bom nome do que o melhor ungüento…”
V. 12 e 13 "de modo que exortavamos e consolavamos, a cada um de vós como o pai e seus filhos;
para que conduzisseis dignamente para com Deus..."
✔ "exortavamos": encorajar para uma determinada linha de comportamento.
✔ "consolávamos": encorajar a continuar num tipo de conduta.
✔ "conduzísseis": convocar para testemunhar, viver de modo exemplar.
Quão difícil, porém gloriosa é a tarefa de pregar o evangelho. O vs. 13 expressa esta dupla
característica: "... havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como
palavra de homens, mas como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes.”
Ali profere seu primeiro sermão, agora não dentro de um templo, muito menos no alto de um
púlpito como em nossos dias. Esse sermão foi tão expressivo que toma o nome de "Sermão da
montanha". Mateus registra o esboço desse sermão em três capítulos. Torna-se num grande
exemplo de sermão, de modo que a multidão se maravilhou com seus ensinos.
O que esse sermão tinha de especial? É certo que não foi pelo tamanho, inclusive creio que foi gasto
bem mais que os "30 minutos" sugeridos hoje pelos especialistas em oratória. Não creio ter sido
pelo local, pois apesar das planícies de Jerusalém proporcionar um ambiente fresco e muito
agradável, mas afinal não havia assentos confortáveis, muito menos um bom som para que todos
pudessem ouvir o grande pregador sem interferências.
Escreva em duas linhas as razões que você imagina de por que o sermão da montanha foi um
sucesso:
E gostaria de fazer, então, alguns destaques quanto a este sermão de Jesus. Admiro a pregação de
Jesus. Ele nos inspira, nos sustenta, e nos mostra o caminho para chegar ao coração das pessoas.
Vamos aprender com o nosso mestre. Quero compartilhar com você quatro verdades sobre o
ministério da pregação de Jesus:
A repetição era outro instrumento de comunicação que Jesus utilizava: "Bem- aventurado, bem-
aventurado, bem-aventurado". Jesus sabia que a repetição de uma frase fixaria bem a mensagem na
mente dos ouvintes.
Ao anunciar o evangelho devemos seguir o estilo simples de Jesus, seus métodos infaliveis.
Devemos usar as mesmas técnicas simples que o mestre utilizava para abrir o coração das pessoas.
Não se esqueça de que a Pregação Biblica tem como alvo a transformação de vidas.
• Mais que uma boa impressão: viva, prática e criativa;
• Foco no coração e na mente das pessoas.
Resumindo, a Pregação Biblica mostra sua eficácia quando alcança as pessoas em seu tempo:
• Falar perto do coração das pessoas;
• Pregar com o fisico, a mente, o emocional e no Espírito;
• Olhar para a congregação com os olhos de Deus;
• Sempre perguntar antes de pregar: "Será que essa é a melhor maneira de dizer essa
mensagem";
• Entender os avanços e o progresso. Usar linguagem actual.
A palavra de Deus afirma que "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus"
Rm 10:17.
Entretanto, a falta de vivência real do pregador na fé cristä traz dificuldades na proclamação da
palavra.
É plano de Deus usar pessoas na comunicação de sua mensagem como Seu porta-voz. Desde os
tempos do Antigo Testamento quando Deus usou pessoas como Moisés, Elias,, Eliseu, Jeremias,
Isaías, Daniel e no Novo Testamento pessoas como João Baptista,
Pedro, Paulo entre outros.
Estes pregadores não eram seres celestiais ou pessoas anormais. Foram pessoas comuns que Deus
usou.
Mesmo diante de suas limitações e fraquezas eles foram porta-voz de Deus transmitindo
mensagens ao povo de seu tempo.
Veremos neste capitulo, como deve ser a vida devocional da pessoa que se dispõe a ser um porta-
voz da mensagem de Deus.
3. A ESTRUTURA DO SERMÃO.
Qualquer explicação requer organização, ordenação, lógica e clareza. Sendo o sermão uma
explicação da palavra e vontade de Deus esse deve ser didáctica (facilitador no ensino e
aprendizagem). A práctica de pregações através dos tempos levou os estudiosos do assunto a
relacionarem alguns elementos básicos que devem estar presentes nos sermões, dando a eles uma
estrutura que facilita o desenvolvimento da mensagem. Esses elementos são alvo, texto, tema,
introdução, corpo, conclusão e apelo. A isso chamamos de estrutura do sermão e são
imprescindiveis, pois norteiam a linha de pensamento do pregador direcionando a ouvinte para o
conteúdo da mensagem.
"A estrutura propriamente dita é a organização do sermão com suas divisões técnicas, que
servem para orientar o pregador na opresentação da mensagem".
Um sermão precisa ter: UNIDADE, ORDEM, PROGRESSÃO, assim COMO
COMEÇO,MEIO E FIM.
• ALVO OU OBJETIVO- É exatamente aqui que se recebe a mensagem que tem a pregar e
a partir deste ponto estruturá-la para levar a igreja.
• TEMA - Para que o ouvinte possa ter uma idéia do que você tem a falar é imprescindível o
emprego de um tema. O ouvinte realmente estará adentrando no seu sermão.
• CORPO- Essa é a principal parte. Onde deverá estar o conteúdo de toda mensagem,
ordenado de forma lógica e precisa. Neste ponto tambem deverão ser abordadas algumas
aplicações utilizadas durante o sermão como, ILUSTRAÇÕES, FIGURAS DE
LINGUAGEM, MATERIAL DE PREPARAÇÃO.
A homilética apresenta as técnicas, e ensina como o pregador pode tirar proveito dos
conhecimentos, ordenando os pensamentos e dosando-os com a graça divina.
Todo pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no ministério
da Palavra. "O que se vai dizer é resultado do que sabemos, sentimos, pensamos, cremos e
desejamos transmitir.
Cultura é aquilo que a gente sabe, resultado de nossa vivència, das influências que sofremos e
de tudo que realmente nos estruturou. Ser uma pessoa culta em nossos dias, isto é, cheia das
informações do mundo em que vivemos, é uma boa ferramenta para alcançar as pessoas de nosso
tempo.
Para falar de um tema qualquer é bom dominar o assunto, a ponto de torná-lo de uma simplicidade
que atraia as pessoas. Mas é bom lembrar que precisamos ser nós mesmo.
Assim, a primeira e grande obrigação do pregador é a LEITURA, constante, sublimática dos
assuntos que ele aborda em suas mensagens e de cultura geral.
A) CONGRESSOS E CONFRATERNIZAÇÕES.
Neste caso os assuntos são apresentados pelos organizadores do evento. Para o pregador, o desafio
está em desenvolvê-lo. Tenha intimidade com Deus para transmitir exatamente o que Ele quer falar.
Quase toda pesquisa serve como base para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto
mais instrução tem uma pessoa, tanto mais condições terá para preparar e apresentar sermões.
Embora exista um tema, normalmente este é geral, podendo o pregador ser mais específico.
Exemplo: TEMA DO CONGRESSO: "A videira verdadeira" João 15: 1 a 8.
* Você pode falar sobre: "Como o cristão pode Ter uma vida frutífera", "Por que o cristão deve
Ter uma vida frutífera?" ou até mesmo, "Os frutos da videira na vida do cristão", utilizando outros
textos e inserindo um subtema.
Atenção! Conheça e domine os textos bíblicos para explorar estes assuntos mais facilmente.
MONTANDO A ESTRUTURA DO SERMÃO.
1) TEXTO BÍBLICO.
O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.
Esse texto deverá fornecer a idéia ou verdade central do sermão. Nunca se deve tomar um texto
somente por pretexto, e logo se esquecer dele.
Segundo Jerry Stanley Key existem algumas vantagens no uso de um texto bíblico:
1. O texto dá ao sermão a autoridade da palavra de Deus
2. 0 texto constitui a base e alma do sermão;
3. Através do texto o pregador ensina a palavra de Deus;
4. O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do sermão;
5. O texto ajuda a unificar o sermão;
6. Permite uma maior variedade nas mensagens,
7. O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.
2) EXEGESE.
Exegese é o trabalho de exposição de um texto bíblico.
A exegese é importante para que o ouvinte possa compreender a mensagem bíblica e entender
seu significado na actualidade. Questões de data, autoria, antecedentes e circunstâncias são
essenciais à tarefa de preparar sermões bíblicos, Quanto mais conhecermos as condições político-
religiosas e socio-econômicas sob as quais foi escrito certo documento, tanto melhor poderemos
compreender a mensagem do autor e aplicá-la de acordo com isso.
Uma boa exegese acontece quando o pregador "senta-se" na cadeira do escritor do texto.
3) TEMA.
O tema do sermão contém a ideia principal e o objectivo da mensagem. Deve ser estimulante e
despertar o interesse, a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser claro, simples, oportuno e
obedecer o texto. Para se desenvolver um bom tema o pregador precisa ter criatividade, hábito de
leitura, visão global do sermão e ser sintético.
Deve-se atentar para o facto de que assunto e tema não são a mesma coisa. O Assunto é algo
mais genérico, enquanto que o tema é mais específico. Um assunto, por exemplo, poderia ser a
"Esperança", e vários temas poderiam ser derivados deste assunto: "A Esperança do Crente", "A
Esperança do Mundo", etc...
Devemos sempre ter em mente que um bom tema há de fazer surgir na mente do ouvinte uma
indagação. Você apresenta sobre uma verdade alcançável que pretende falar, e os ouvintes hão de
perguntar: "Mas como assim?"
O tema deve preferencialmente estar na afirmativa. A frase " Devemos honrar a Cristo
obedecendo aos seus mandamentos" é melhor do que "Não devemos desonrar a Cristo
desobedecendo aos seus mandamentos".
O tema deve ser formulado, preferencialmente no tempo presente, não deve incluir referências
geográficas ou históricas.
O que você acha do seguinte tema? "Assim como o Senhor chamou a Abrão de Ur dos Caldeus
para ir para uma terra que desconhecida, da mesma forma Ele chama alguns de nós para irmos
pregar aos estrangeiros"
TIPOS DE TEMAS:
• Interrogativo: Uma pergunta, que deve ser respondida no sermão. Ex: Onde estás? Que
farei de Jesus? Como alcançar uma vida de vitória com Cristo?
• Lógico: Explicativo.
Ex.: O que o homem semear, ceifará; Quem encontra Jesus tem sua vida transformada.
• Imperativos: Mandamento, uma ordem, Caracteriza-se pelo verbo no modo imperativo.
Ex.: Enchei-vos do espirito, Seja salvo; Vivei em santidade.
• Enfáticos; Realçar um aspecto especifico, Ex.: Só Jesus salva; Dois tipos de cristãos;
• Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo. Ex.: Amor, fé,
esperança.
4) ILUSTRAÇÕES
São recursos usados para o enriquecimento, e o esclarecimento de uma mensagem, quando
devidamente aplicada. Jesus sempre tinha uma boa história para iluminar as verdades que ensinava
ao povo.
O significado do termo ilustrar é tornar claro, iluminar, esclarecer mediante um exemplo,
ajudando o ouvinte a compreender a mensagem proclamada. O bom uso da ilustração desperta o
interesse, enriquece, convence, comove, desafia e estimula o ouvinte, valoriza e vivifica a
mensagem, além de relaxar o pregador.
A ilustração não substitui o texto biblico, apenas tem uma função psicológica e didáctica, para
tornar mais claro aquilo que o texto revela.
As ilustrações devem ser simples, está correlacionada com a mensagem, devem fornecer fatos de
interesses humanos e devem ter um ponto alto ou clímax.
A ilustração é para o sermão o que são as janelas para uma casa. Quais os motivos que nos
devem levar a usar ilustrações?
• Por causa do interesse humano.
• Clareza;
• Beleza;
• Complementação.
A ilustração é como uma janela. Esta nunca é mais importante do que a casa.
Obs.: OS EXEMPLOS BÍBLICOS SÃO AS MELHORES ILUSTRAÇÕES.
Deve-se tomar o devido cuidado para não se expor ao ridiculo, nem a si nem aos outros.
Evite citar nomes.
Lembre-se: Toda ilustração deve ter uma aplicação e deve ser contada com simplicidade e
naturalidade.
5) INTRODUÇÃO DO SERMÃO.
Começar é dificil, Muitos escritores escrevem a introdução quando terminam a livro Alguém certa
vez disse sobre um sermão: "O pregador começou por fazer um alicerce pare um arranha-céu, mas
acabou construindo apenas um galinheiro".
A introdução é tão importante quanto a decolagem de um avião que, deve ser bem feita para um
võo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e,
também, ser um meio de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma
boa introdução dá ao pregador segurança, tranqüilidade, firmeza e liberdade na pregação.
Uma boa introdução deve ser:
1. Breve (em torno de 5 minutos);
2. Apropriada, de acordo com o tema do sermão;
3. Interessante;
4. Simples. Sem arrogância, sem prometer muito;
5. Cuidadosamente preparada.
Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas caracteristicas como, clareza e
simplicidade, deve ser um elo de ligação com o corpo do sermão e uma ordenação de pensamentos
de forma lógica e sistematizada e, não deve prometer mais do que se pode dar. É preciso estar
atento para o tempo de duração da introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão. Evitar
desculpas que possam trazer uma má impressão. Tipos de introdução. Você pode usar um destes
tipos para iniciar um sermão:
• ILUSTRATIVA- Uso de uma ilustração na introdução. Imagine que o assunto que será
abordado seja complexo. Então, comece com uma ilustração que explique e esclareça o que
pretende dizer.
• DEFINIÇÃO - Explicação detalha de um determinado conceito. Explique para o ouvinte o
que tem a dizer. De a ele conceitos significados de símbolos, termos e assuntos que ele
provavelmente não conheça. Em um sermão onde o assunto é a PAZ, o pregador explicou,
na introdução, o que é a paz, seus significados no velho e novo testamento, evolução
lingüística do termo paz e a aplicação do termo hoje.
• INTERROGAÇÃO - Uma pergunta (deverá ser respondida no corpo do sermão).
Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja bem explorada na introdução.
Observe que, se estamos falando sobre morte ou salvação cabe aqui uma pergunta como "Para onde
iremos nós?", que deve levar o ouvinte a uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o
texto de Lucas 12:20 "Mas Deus the disse: Insensato, esta noite te [pedirão) a tua almo; e o que
tens preparado, para quem será?”
6) O CORPO DO SERMÃO.
Aqui o pregador irá expor idéias e pensamentos que deseja passar para os ouvintes. As divisões
devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de hoje.
As divisões devem ter significados para os ouvintes e, não devem se desviar da mensagem
principal que é a coluna do sermão, o objetivo será finalizado e apresentado na conclusão. O
ouvinte precisa acompanhar o seu desenvolvimento. "Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e
explicação, tem que apontar na direcção do alvo e em ordem de interesse".
Cada ponto deve discutir um aspecto diferente para que não haja repetição.
As frases devem ser breves e claras. As divisões servem para indicar a linha de pensamento a serem
seguidas no sermão. Entretanto, deve-se fazer uma discussão que é a revelação das ideias contidas
nas divisões.
Resumindo…
➢ Devem ter unidade de pensamento;
➢ Elas ajudam o pregador a lembrar-se dos pontos principais do sermão;
➢ Elas ajudam os ouvintes a recordarem-se dos aspectos principais do sermão;
➢ Elas devem ser distintas umas das outras;
➢ Elas devem originar-se da proposição e conduzir progressivamente até o climax do sermão;
➢ Elas devem ser uniformes e simétricas;
➢ Cada divisão deve ter apenas uma idéia ou ensino;
➢ O número das divisões deve, sempre que puder ser o menor possível;
➢ Deve girar em torno de uma única idéia principal da passagem, e as divisões principais
devem desenvolver essa idéia;
➢ As divisões podem consistir em verdades sugeridas pelo texto;
➢ As divisões devem, preferencialmente e quando possível, vir em seqüência lógica e
cronológica;
➢ As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais do sermão, desde que elas
se refiram à idéia principal;
Exemplo de divisões:
• Tema: O Cristo que não muda.
• Texto: Hebreus 13:8-Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente;
• Divisão I: 0 que não muda em Cristo?
• Divisão II: Por que não há mudança em Cristo?
➔ Detalhe importante: Deve-se observar aqui que a proposição ou proposta do sermão estará
presente nas divisões do sermão. Todas as divisões do sermão voltam sempre a questão da
proposição.
Exemplo:
• TEMA: "A Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa".
• PROPOSIÇÃO: "Quais são os moctivos que nos levam a considerar que a Vida Crista é
uma Vida Vitoriosa?" ou "Como se faz da Vida Cristã uma Vida Vitoriosa?" ou "Vejamos
cinco moctivos pelos quais podemos afirmar que a Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa". A
palavra motivo é a palavra-chave do sermão.
7) A CONCLUSÃO:
É o climax da aplicação do sermão.
Muitos pregadores não sabem ou não conseguem concluir um sermão. Isso acontece por que estes
não preparam um esboço e suas idéias estão desordenadas, logo, não conseguem encontrar uma
linha condutora da conclusão do sermão. Devo de confessar que considero esta a parte mais dificil
no sermão.
9) O APELO.
Um esforço feito para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte. Ao fazer o apelo, os
pronomes se tornam muito importantes. Usem os pronomes "vás" e "nós", Incluam-se nele. Evite
"você".
Apelo não é apelação.
Dois tipos de apelos:
1. CONVERSÃO/RECONCILIAÇÃO - Aos impios e aos desviados;
2. RESTAURAÇÃO/CONSAGRAÇÃO- A igreja.
TIPOS DE SERMÕES.
Tradicionalmente encontramos, practicamente em todas as obras homiléticas, três tipos básicos de
sermões:SERMÃO TEMÁTICO. Cujos argumentos (divisões) resultam do tema independente do
texto;
• SERMÃO TEXTUAL: Cujos argumentos (divisões) são tirados directamente do texto
bíblico;
• SERMÃO EXPOSITIVO: Cujos argumentos giram em torno da exposição exegética
completa do texto.
SERMÃO TEXTUAL.
É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que, dividido em tópicos. No
sermão textual as idéias são retiradas de um texto escolhido pregador.
O mais comum é o pregador usar a divisão natural do texto, onde a distinção das ideias está no texto
e apenas deve ser posta em destaque. Este tipo de divisão permite ao pregador usar as próprias
palavras do texto.
➔ Exemplo: I Cor. 13:13, apresenta três divisões naturais, cujo tema tirado do texto, fica a
crictério do pregador.
Repare que cada tópico (divisão) apresenta um termo ou uma passagem do texto. De tal forma que o
texto pode ser bem explorado pelo pregador.
O sermão textual exige do pregador conhecimento do texto, contexto e cultura bíblica.
SERMÃO TEMÁTICO.
É aquele em que toda a argumentação está amarrada em um tema, divide-se o tema e não o texto, o
que permite a utilização de vários textos bíblicos.
A divisão deriva-se do tema ou assunto apresentado e é independente do texto bíblico escolhido.
No sentido técnico, o sermão temático é aquele que deve sua estrutura e sobretudo divisões ao
desenvolvimento da verdade que está em volta do tema.
Observe o exemplo:
• Tema: "A PAZ QUE SÓ JESUS PODE DAR....
➢ ...ilumina nosso caminho Lucas 1:79.
➢ ...liberta a nossa mente de pensamento perturbador João 14:27.3-...retira sentimento de medo
João 20:19 e 20.
➢ …salva João 3:16.
Repare que cada tópico (divisão) apresenta uma característica da "Poz" proposta pelo tema, mas,
para cada ponto há um texto diferente, ou seja, a base do sermão é a "Paz de Jesus" que é abordada
em diversos textos bíblicos.
É possível aplicar um texto bíblico diferente do texto base em cada divisão do tema. O sermão
temático exige do pregador mais cultura geral e teológica, criactividade, estilo apurado, contudo, o
sermão temático conserva melhor a unidade.
SERMÃO EXPOSITIVO.
É aquele que explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e faz uma exposição
completa de um trecho mais ou menos extenso. O sermão expositivo é uma aula, uma análise
pormenorizada e lógica do texto sagrado. Este tipo de sermão requer do pregador cultura teológica e
poder espiritual.
O sermão expositivo está directamente ligado ao sermão textual, com a diferença de que o seu
desenvolvimento é feito sob as regras da exegese bíblica, e não abrange um só versículo, mas uma
passagem, um capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro.
O sermão expositivo é o método mais difícil de pregar. Apreciado pelos que se dedicam à leitura e
ao estudo diário e contínuo da bíblia, deve ser feito uma análise de línguas, interpretação, pesquisa
arqueológica, e histórica, bem como, comparação de textos.
CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO EXPOSITIVO:
• Planejamento;
• Poder abordar um grande texto ou uma passagem curta;
• Interpretação mais fiel;
• Análise profunda do texto,
• Unidade, idéias subsidiárias devem ser agrupadas com base em uma idéia principal:
• Não é suficiente apresentar os tópicos ou divisões;
• Tempo de estudo dos pontos difíceis,
• Pode ser abordado em série.
É muito comum o uso do sermão expositivo em pregações seriadas como conferências e estudo
bíblico.
➔ Exemplo: O ENCONTRO COM A VIDA ( Lucas 7:11-17).
2. Verificar a frequência com que o assunto tem sido pregado naquela congregação; ou que
ângulos do assunto têm sido abordados.
a) Buscar a aprovação de Deus para o assunto através da oração.
b) . Defina o tema ou assunto.
“A primeira impressão é a que fica ". Tive um professor no seminário que dizia que a postura do
pregador desde que entra no ambiente do culto, já determina a forma como os ouvintes receberão
sua mensagem.
Tenho aprendido que não fica bem entrar num auditório somente para pregar, sem participar de todo
o culto. A maneira como o pregador se comporta durante o culto já determina a atenção que as
pessoas lhe darão quando estiver pregando.
Outro cuidado importante a ser tomado é com relação ao público: Como são as pessoas que vão
ouvi-lo?A fisionomia também é muito importe, pois transmite os nossos sentimentos, Vejamos:
• Ficar em posição de nobre actitude.
• Olhar para os ouvintes.
• Não demonstrar nervosismo.
• Evitar exageros nos gestos.
• Não demonstrar indisposição.
• O assentar também é muito importante.
Observe com atenção estes aspectos errados que devem ser considerados pelo pregador:
• Fazer uma Segunda e auto-apresentação;
• Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;
• Molhar o dedo na língua para virar as páginas da biblia;
• Fazer gestos impróprios;
• Evitar desculpas, você começa derrotado (não confundir com humildade);
• Chegar atrasado.
O pregador não precisa aparecer. Quando convidado para pregar em outras igrejas, o pregador deve
considerar as normas doutrinárias, litúrgicas e teológicas da igreja em questão:
• Evite abordar questões teológicas muito complexas;
• Não peça que a congregação faça algo que não esteja de acordo com os preceitos;
• Procure estar dentro dos padrões da denominação;
• Procure dar conotações evangelísticas à mensagem;
• Respeite o horário (mesmo que seja pouco tempo);
• Converse sempre com o Pastor antes do início do culto.
Observe:
• Caso não concorde com alguns aspectos, não aceite o convite.
• Doutrina e mudanças cabe ao pastor da igreja.
• Se acredita ter recebido uma mensagem de Deus dentro desses aspectos: fale com o Pastor.
O sermão não deve ser pregado apenas para informar, mas também para mudar. Mudança e o inicio
do crescimento em todos os níveis. Tiago, inspirado pelo poder do Espirito Santo, escreveu: "E
lembrem-se: esta mensagem é para obedecer, e não apenas para ouvir." Tiago 1:22. O pregador tem
de ter em mente que seu sermão deve levar os seus ouvintes a mudarem de atitudes, não somente
ouvir a Palavra do Senhor.
Salomão também tinha isto em mente quando escreveu: "As palavras do homem sábio nos forçam a
tomar uma atitude Elas explicam claramente verdades muito importantes. Os Alunos que aprendem
bem o que os professores ensinam serão sábios." Em Ec. 12:11. Tomar atitude de mudar, de
permitir ser transformado pelo poder da Palavra de Deus.
DUAS PERGUNTAS QUANTO AO CONTEÚDO DO SERMÃO:
Precisamos perguntar antes de preparar o sermão: Quais são as necessidades de meu auditório?
Quais suas preocupações? Quais são suas feridas emocionais? Então procurar apresentar a Cristo
como solução para suas necessidades. Paulo orienta: "... Digam só o que é bom e útil aqueles com
quem vocês estiverem falando, e o que resulte em bênçãos para eles." Ef. 4:29.
Na base de nosso cérebro há uma glândula denominada de RAS (Sistema Activante Reticular), que
faz com que focalizemos uma coisa por vez. Ou seja, prestamos atenção em uma coisa por vez.
Quando pregamos, é bom entendermos que as pessoas que estão nos ouvindo, prestam atenção em
um assunto por vez. Então, se falamos aquilo que as interessam faz com que focalizem sua atenção
para o assunto e o entenda; pois sabem que iremos falar aquilo que preencherá suas necessidades.
A Biblia é um conjunto de aplicações para a vida. O livro de Tiago é 100% aplicação. Romanos
50% é aplicação. Efésios também contém 50% de seu conteúdo de ensinamentos para a aplicação
prática. O que dizer do sermão da montanha? Não é ele 100% aplicação à vida diária do cristão? E a
sua conclusão apela para que o homem sábio construa sua casa sobre a rocha e não sobre a areia.
Aqui está a chave para pregar de forma que se transforme vidas. O que mais uma pessoa se lembra
de um sermão, são suas principais divisões. Torne-as passos para a ação, Como se faz isto?, procure
mostrar o que as pessoas devem fazer para melhorar ou mudar de vida.
Vejamos um exemplo em Tiago 3:13-18.
• Assunto: Sabedoria.
• Tema: Relacionando-se sabiamente com os outros.
• Proposição: O cristão pode relacionar-se sabiamente uns com os outros seguindo os passos
da sabedoria.
Outro exemplo:
• Texto: Mt 4:1
• Assunto: Tentação.
• Tema: Pode-se resistir vitoriosamente à tentação.
• Proposição: A semelhança de Cristo, devemos preencher certas condições. (palavra-chave:
"Condições").
• Temos que conhecer a Palavra de Deus. ("Está Escrito").
• Temos que crer na Palavra de Deus. ("Está Escrito").
• Temos de obedecer a Palavra de Deus. ("Esta Escrito")
Conclusão: Se nós, como Cristos no deserto, conhecermos.... obedecermos..., também nos
ergueremos em triunfo.
Como pregadores precisamos ser Bíblias vivas. Nossa voz deve ser a voz de Deus comunicando o
relacionamento que Deus deseja ter com o pecador, Somos portadores de Boas Novas de salvação, e
as pessoas esperam ver qual o caminho pelo qual se salvar. Ao transmitirmos a mensagem de Deus,
não podemos deixar dúvidas na mente de nossos ouvintes, pois aquela pode ser a última vez que
alguém poderá estar ouvindo a advertência divina. Não basta gostar de pregar, precisamos amar os
ouvintes.
No capítulo seguinte, está chegando a grande hora. Você vai poder exercitar o que aprendeu…
7. EU, UM PREGADOR
Neste último capítulo será a vez de você escrever. Essa será a aula prática. Siga o roteiro sugerido e
prepare um sermão como exercicio deste curso. Mãos a obra
ASSUNTO:_______________________________________________________________
TEMA DO SERMÃO:__________________________________________________________
TEXTO BÍBLICO:__________________________________________
OBJECTIVO_____________________________________________________________________
INTRODUÇÃO
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