Versão Simplificada
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Inequações
BNB (Analista Bancário 1) Matemática -
2024 (Pós-Edital)
Autor:
Equipe Exatas Estratégia
Concursos
06 de Fevereiro de 2024
Equipe Exatas Estratégia Concursos
Aula 05Equações e Inequações
Índice
1) Equações de Primeiro Grau
..............................................................................................................................................................................................3
Noções e Conceitos
Contextualização
Certas pessoas ficam assustadíssimas quando se deparam com termos tais como "equação", "incógnita" ou
"raiz". Veremos que não precisamos ficar assim. Uma equação vai estabelecer uma relação de igualdade
entre duas expressões matemáticas. Incógnita, por sua vez, é uma quantidade que desconhecemos mas
que queremos descobrir o seu valor. Para começar a desbravar esse conteúdo, vamos verificar como é a
cobrança?
(PREF. NITEROI/2018) Em uma gaveta A existem 43 processos e em uma gaveta B existem 27 processos. Para
que as duas gavetas fiquem com o mesmo número de processos, devemos passar da gaveta A para a gaveta
B:
A) 18 processos;
B) 16 processos;
C) 12 processos;
D) 8 processos;
E) 6 processos.
Comentários:
Pessoal, 43 processos estão na gaveta A e 27 processos estão na B. Imagine que vamos retirar 𝑥 processos
da gaveta A para colocar na B. A intenção aqui é fazer com que tenhamos o mesmo número de processos
em cada gaveta.
Quando tiramos 𝑥 processos da gaveta A, ela fica com (𝟒𝟑 − 𝒙) processos. Se colocarmos esses 𝑥 processos
na gaveta B, então a gaveta B ficará com (𝟐𝟕 + 𝒙) processos. Essas duas quantidades devem ser iguais!
43 − 𝑥 = 27 + 𝑥 ⇒ 2𝑥 = 16 ⇒ 𝑥=8
Gabarito: LETRA D.
Na questão acima, nós montamos uma equação a partir da situação proposta: "quantidade na gaveta A" =
"quantidade na gaveta B". Em 99% das questões, teremos que fazer algo parecido. O "x" é a nossa incógnita
e determiná-lo é o objetivo de toda equação.
Para dizer se uma determinada equação é do primeiro grau, basta procurarmos pelo maior expoente em
alguma incógnita. Se o maior expoente for um, então a equação será de primeiro grau.
Simples, né? No entanto, mais interessante do que apenas afirmar se uma equação é do primeiro grau ou
não, é saber resolvê-la. Para isso, devemos compreender algumas manipulações algébricas. Nesse ponto
da aula, os alunos que já dominam bem esse tipo de manipulação podem pular a teoria inicial e resolver as
questões propostas ao longo desse primeiro capítulo.
A partir de agora, vou explicar passo a passo o que normalmente fazemos quando estamos querendo
resolver uma equação de primeiro grau. Considere a simples equação:
𝑥+1=1
O que a expressão acima diz? Ora, ela está dizendo que você pegou um número "x", que não é conhecido, e
somou o número "1" (esse é o lado esquerdo). O resultado dessa operação foi 1 (esse é o lado direito). Que
número, nós vamos somar com "1" para dar "1"? Só pode ser o 0!
𝑥+1=1
0+1=1
𝑥+1=1
𝑥 =1−1
𝑥=0
Veja que "passamos" o "1" para o outro lado e trocamos o seu sinal. Na verdade, o que fizemos foi adicionar
" − 𝟏" em ambos os lados da equação.
𝑥+1=1
𝑥+1−𝟏= 1−𝟏
𝑥=0
Esse é um ponto importantíssimo de ser notado. Quando adicionamos quantidade iguais em ambos os lados
da equação, não alteramos a relação de igualdade. Vamos pensar em algo prático para entender?
Imagine que você tem duas gavetas. Cada gaveta possui 20 processos. Se você retira 5 processos de cada
gaveta, cada uma ficará com 15. Ou seja, o número de processos pode ter mudado, mas a igualdade será
mantida. Se, depois de retirar os 5, você adiciona 100 processos em cada, cada uma das gavetas ficará com
115, mantendo a igualdade.
Galera, o que eu quero dizer é o seguinte: não importa o que você faz com a equação, desde que você faça
==2537cb==
dos dois lados! Se você multiplicar um lado por 2, deve multiplicar o outro lado por 2. Se você somar 10 de
um lado, também deve somar 10 do outro. Dessa forma, mantemos, de fato, a relação de igualdade entre as
expressões.
Sistema de Equações
Galera, o que acontece se ao invés de uma única quantidade desconhecida, tivermos duas? Ou três? É nessas
horas que vamos nos deparar com um sistema de equações. Para entendermos melhor, tente me responder
a seguinte pergunta: quais são os dois números que somados dão quatro? Você deve estar dizendo: "Ora,
podem ser vários! "1" e "3" ou "0" e "4" ou "1,5" e "2,5"...
Observe que vários números satisfazem minha pergunta. Para um resultado exato, eu preciso ser mais
específico, preciso dar mais uma informação. Se adicionalmente eu falar: um deles é o triplo do outro. Dessa
vez, tenho certeza de que você falará, com convicção, que os números procurados são o "1" e o "3".
Para descobrir duas quantidades, eu precisei de duas informações. Matematicamente, as informações que
eu forneci podem ser representadas como:
𝑥+𝑦 =4 (1)
{
𝑥 = 3𝑦 (2)
Em um sistema, teremos mais de uma incógnita. Na situação em tela, representamos a incógnita adicional
por "y". Poderia ser qualquer letra. Não há problema algum. Além disso, você poderá encontrar as equações
numeradas. Essa numeração serve para ajudar a referenciá-las em nosso texto. Por exemplo, sempre que
eu falar "equação (1)", você saberá de qual equação estou falando, sem precisar escrevê-la explicitamente.
Assim, se há duas incógnitas, você precisará de duas equações para determiná-las. E se for três? Você
precisará de três equações. Ok, estou começando a entender, professor! Opa, isso é bom, podemos
prosseguir então. Finja que você não sabe que "1" e "3" formam a solução do sistema acima. Como faríamos
para resolvê-lo?
O método mais simples para resolução de sistemas é o da substituição. Observe que podemos substituir o
"x" da equação (2) na equação (1). Ficaria assim:
(3𝑦) + 𝑦 = 4 ⇒ 4𝑦 = 4 ⇒ 𝑦=1
Veja como determinamos o 𝑦! Agora, podemos substituí-lo em qualquer uma das equações para obter o x:
𝑥 =3∙1 ⇒ 𝑥=3
Existem alguns outros métodos de resolução de sistemas que serão vistos na aula própria de Sistemas
Lineares. Lá, vamos envolver matrizes e determinantes no nosso estudo. Nesse momento, o método da
substituição é mais do que suficiente para resolvermos as questões e gabaritar a prova.
Noções e Conceitos
As equações de segundo grau vão ser aquelas em que o expoente máximo que encontraremos em uma
incógnita será o 2. Vejamos alguns exemplos:
• 𝑥 2 + 2𝑥 + 1 = 0
• 𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0
Todas as equações acima são equações de segundo grau. Basta identificar o maior expoente e pronto!
Ressalto, no entanto, que algumas equações de segundo grau podem vir disfarçadas.
• (𝑥 − 2)(𝑥 − 1) = 0 ⇒ 𝑥 2 − 3𝑥 + 2 = 0
• 𝑥(𝑥 − 3) = 0 ⇒ 𝑥 2 − 3𝑥 = 0
Observe que as equações acima foram escritas na forma de um produto de dois termos. Como ambos os
termos possuem a incógnita x, quando aplicamos a propriedade distributiva da multiplicação, acabamos
encontrando uma equação do segundo grau.
Formalmente, dizemos que uma equação de segundo grau é qualquer equação de forma 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0,
em que 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são os coeficientes da equação. Para que tenhamos realmente um termo com o 𝑥 2 , o
coeficiente 𝒂 não pode ser igual a zero (𝒂 ≠ 𝟎). Até aqui eu gostaria que vocês tenham aprendido a
identificar uma equação de segundo grau.
Agora que sabemos reconhecê-la, vamos aprender a determinar seus coeficientes. Isso será de extrema
importância, pois olhando apenas para os coeficientes de uma equação de segundo grau, poderemos dizer
muita coisa sobre ela.
Os coeficientes de uma equação de segundo são três: o coeficiente dominante ou principal ("𝑎"), o
coeficiente secundário ("b") e o coeficiente independente ("𝑐"). Para determiná-los, basta compararmos a
equação com a forma que acabamos de ver: 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄 = 𝟎.
1) −𝒙𝟐 + 𝟓𝒙 − 𝟐 = 𝟎
𝑎 = −1
2
Basta compararmos a equação acima com 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, retiramos que: { 𝑏 = 5
𝑐 = −2
2) 𝟓𝒙𝟐 − 𝟐𝟓 = 𝟎
𝑎=5
Comparando com 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, temos que: { 𝑏 = 0
𝑐 = −25
Note que podemos ter "b" ou "c" iguais a zero. No entanto, tal fato não é verdade para o coeficiente "a".
Se fosse, a equação não seria de segundo grau, pois, na prática, não teríamos o termo 𝑎𝑥 2 . Ok! Até agora
sabemos identificar uma equação de segundo grau e dizer seus coeficientes. O próximo passo que daremos
será em como resolvê-la.
Fórmula de Bhaskara
Moçada, imagine que temos que resolver a seguinte equação: 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 0. O que você faz? Na equação
de primeiro grau, nós isolávamos o x e rapidamente conseguíamos obter um valor para a incógnita. Se você
tentar a mesma coisa aqui, vai ser um pouco frustrante, pois não conseguiremos isolar o x da mesma
maneira que fizemos anteriormente.
É pensando em como determinar a incógnita de uma equação de segundo grau, que surgiu a Fórmula de
Bhaskara. Sei que em algum momento da vida vocês já se depararam com ela e devem ter se perguntado o
porquê dessa danada existir. É apenas uma maneira de encontrar de x em uma equação de segundo grau.
Professor, e isso é importante para alguma coisa, por que alguém faz tanta questão em descobrir esse x?
Galera, quando estamos estudando apenas o método de resolução, realmente fica muito difícil enxergar
como isso é útil. Peço um pouco de paciência, já que uma contextualização mais formalizada será vista
apenas na aula de Funções de Segundo Grau. Aqui, formaremos uma boa base para aproveitar essa aula ao
máximo.
Ok, professor! Você está falando muito, mas vamos ao que interessa: se eu não consigo isolar o x da maneira
que aprendemos na equação de primeiro grau, como farei agora?
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑥=
2𝑎
Caramba, professor! Que loucura!
Calma! Garanto que é mais fácil do que parece! Repare no que está dentro da raiz quadrada. Essa expressão
é bastante especial e ganha um nome próprio. Nós a chamamos de discriminante, o famoso "delta".
∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
−𝑏 ± √∆
𝑥=
2𝑎
Você deve estar se perguntando sobre esse sinal de "mais ou menos": ± . Ele indica que vamos ter duas
raízes. Como assim? Agora estamos falando das partes de uma planta? Nada disso, moçada! Nós chamamos
de raízes, os valores de x que satisfazem a equação.
Lembre-se que na equação de primeiro grau, nós encontramos um único valor para x. Na equação de
segundo grau, teremos dois valores que tornarão a igualdade validade. Por sua vez, a equação de terceiro
grau terá três. Logo, para descobrir quantas raízes uma equação tem, basta olharmos para seu grau.
Tente usar 𝑥 = 3.
32 − 5 ∙ 3 + 6 = 9 − 15 + 6 = −6 + 6 = 0
22 − 5 ∙ 2 + 6 = 4 − 10 + 6 = −6 + 6 = 0
Opa, veja que bateu de novo! Dois valores que satisfazem a equação! Esses dois valores são as suas raízes!
Em uma equação de segundo grau só vão existir duas delas! Guarde isso. Veja que já dei as raízes da equação.
Imagine, no entanto, que a gente não soubesse. O primeiro passo é extrair os coeficientes da equação.
𝑎=1
Se 𝑥 2 − 5𝑥 + 6 = 0, então {𝑏 = −5 .
𝑐=6
Uma vez que temos os coeficientes, vamos calcular o discriminante e, logo após, as raízes.
• Cálculo do Discriminante
−𝑏 ± √∆ −(−5) ± √1 5±1
𝑥= → 𝑥= → 𝑥=
2𝑎 2∙1 2
Pessoal, agora fazemos duas contas. Na primeira, nós considerando o sinal de menos. Já na segunda, o sinal
de mais. O primeiro resultado nós chamaremos de 𝑥1 e o segundo, 𝑥2 . Serão as duas raízes.
5−1 4
𝑥1 = → 𝑥1 = → 𝑥1 = 2
2 2
5+1 6
𝑥2 = → 𝑥2 = → 𝑥2 = 3
2 2
Observe que obtivemos exatamente as duas raízes que falamos inicialmente. E no concurso, como é?
(SABESP/2019) Definem-se Números Amigos Quadráticos como sendo dois números tais que a soma dos
algarismos do quadrado de um deles é igual ao outro e vice-versa. Considerando-se a maior solução da
equação 2𝑥 2 − 25𝑥 − 13 = 0, seu número amigo quadrático será
A) 16
B) 15
C) 13
D) 17
E) 19
Comentários:
Antes de falarmos de Números Amigos Quadráticos, vamos resolver a equação de segundo de grau?
2𝑥 2 − 25𝑥 − 13 = 0
𝑎=2
Os coeficientes que vamos usar na Fórmula de Bhaskara são: {𝑏 = −25
𝑐 = −13
Cálculo do Discriminante
−𝑏 ± √∆ −(−25) ± √729 25 ± 27 1
𝑥= ⇒ 𝑥= ⇒ 𝑥= ⇒ 𝑥1 = − 𝑒 𝑥2 = 13
2𝑎 2∙2 4 2
Agora que encontramos as raízes, vamos pegar a maior dela (𝑥2 = 13) e achar seu amigo quadrático. De
acordo com o enunciado, amigos quadráticos são dois números tais que a soma dos algarismos do quadrado
de um deles é igual ao outro e vice-versa.
Para encontrá-lo, devemos nos perguntar: qual é a soma dos algarismos do quadrado de 13? Ora, o
quadrado de 13 é 169. A soma dos algarismos de 169 é 1+6+9=16. Observe que o quadrado de 16 é 256, a
soma dos algarismos de 256 é 2+5+6=13. Logo, 13 e 16 são números amigos quadráticos.
Gabarito: LETRA A.
Análise do Discriminante
Agora que sabemos o que é a equação de segundo grau, os seus coeficientes e como resolvê-la, podemos
dar mais um passo. O nosso famoso "delta" (ou discriminante) traz consigo algumas informações relevantes.
Lembra que eu falei que uma equação tem duas raízes? Vou detalhar melhor isso. Olhe bem para a fórmula
de Bhaskara:
−𝑏 ± √∆
𝑥=
2𝑎
Na aula de Potenciação e Radiciação, nós falamos que não existe, nos conjuntos dos reais, a raiz quadrada
de um número negativo. Quanto vale √−1? Ou √−25? Existem, mas não são números reais! São números
complexos. Dito isso, quando temos um "delta" negativo em uma equação de segundo grau, o que vamos
fazer, já que precisaremos tirar a raiz?
Galera, quando o delta é negativo, dizemos que não existem soluções reais. O que vão existir são duas
soluções complexas! As questões cobram muito isso! É errado apenas dizer que quando o delta é negativo,
não existe solução. Não existe solução no conjunto dos REAIS!! E quando o delta for zero? O que acontece?
−𝑏 ± √∆ −𝑏 ± √0 −𝑏
𝑥= → 𝑥= → 𝑥=
2𝑎 2𝑎 2𝑎
Quando o discriminante for nulo, percebemos que vamos ter apenas uma solução e ela será igual a −𝑏/2𝑎.
Mas professor... o senhor falou que a equação de segundo grau tem duas raízes. Pelo que percebi, quando o
delta for zero, vamos encontrar apenas uma, é isso mesmo?
Esse pensamento está certo em partes. Teoricamente, a equação continua com duas raízes, porém, elas são
iguais. Alguns autores podem até dizer que, em virtude disso, é apenas uma. Ressalto que, rigorosamente,
são duas raízes iguais.
Comentários:
Sempre que a questão falar de número de raízes de uma equação de segundo grau, deveremos olhar o
discriminante. Lembre-se do seguinte:
1) Se o discriminante ∆ = 𝒃𝟐 − 𝟒𝒂𝒄 > 𝟎, então a equação terá duas raízes reais distintas.
2) Se o discriminante ∆ = 𝒃𝟐 − 𝟒𝒂𝒄 = 𝟎, então a equação terá duas raízes reais idênticas.
Gabarito: LETRA B.
Como conversamos no início desse capítulo, a equação de segundo grau pode vim na forma de um produto.
Por exemplo,
o (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 + 1) = 0
o 𝑥 ∙ (𝑥 − 5) = 0
==2537cb==
o (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 + 1) = 0 → 𝑥2 − 1 = 0
o 𝑥 ∙ (𝑥 − 5) = 0 → 𝑥 2 − 5𝑥 = 0
Dito isso, quero revelar para vocês que quando tivermos uma equação de segundo grau na forma de produto
de dois termos, é muito mais fácil encontrar suas raízes. Moçada, se temos o produto de dois termos que
está dando zero, então um dos dois deve ser zero!
Na equação (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 + 1) = 0, use 𝑥 = 1.
(1 − 1) ∙ (1 + 1) = 0 ∙ 2 = 0
Observe que a equação foi satisfeita, indicando que 𝑥 = 1 é uma raiz. Agora, faça 𝑥 = −1
Logo, 𝑥 = −1 é também uma raiz. Basta igualarmos cada um dos termos a zero para obter as raízes.
𝑥 = 0 𝑜𝑢 𝑥 − 5 = 0 → 𝑥1 = 0 𝑒 𝑥2 = 5
𝑥 − 10 = 0 𝑜𝑢 𝑥+7=0 → 𝑥1 = 10 𝑒 𝑥 = −7
Relações de Girard
Para finalizar nosso estudo de equações de segundo grau, é bastante relevante comentarmos um pouco
sobre as Relações de Girard. Essas relações fornecem duas informações: a soma e o produto das raízes sem
que seja necessário calculá-las. E como vamos fazer isso, professor?? Nós utilizaremos os coeficientes da
equação!
𝑏 𝑐
𝑥1 + 𝑥2 = − 𝑒 𝑥1 ∙ 𝑥2 =
𝑎 𝑎
Isso mesmo, moçada! Soma e produto de raízes apenas em função dos coeficientes! Imagine que você quer
resolver a equação 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 = 0. Essa equação tem coeficientes 𝑎 = 1, 𝑏 = 2 e 𝑐 = −3. Sendo assim, a
soma de suas raízes é:
2
𝑥1 + 𝑥2 = − → 𝑥1 + 𝑥2 = −2
1
−3
𝑥1 ∙ 𝑥2 = → 𝑥1 ∙ 𝑥2 = −3
1
Veja que sabemos a soma e o produto das raízes sem conhecê-las individualmente! Pode te economizar um
bom tempo na hora da prova!
Comentários:
Temos uma equação de segundo grau e uma de suas raízes. Ora, se -3 é uma raiz, então podemos usá-la na
equação para determinar q.
3𝑥 2 − 4𝑥 − 39 = 0
Para encontrar o produto das duas raízes, lembre-se que não precisamos encontrá-la, basta utilizarmos as
relações de Girard. Para o produto, temos que
𝑐 39
𝑥1 ∙ 𝑥2 = ⇒ 𝑥1 ∙ 𝑥2 = − ⇒ 𝑥1 ∙ 𝑥2 = −13
𝑎 3
Gabarito: LETRA B
Equações Biquadradas
Já sabemos resolver as equações de segundo grau! Agora, vamos dar um passo a mais e estudar as equações
biquadradas. As equações biquadradas são equações de quarto grau (isso mesmo! quarto grau!) que
possuem o seguinte "formato":
𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐 = 0 , 𝑎≠0
Observe que na equação biquadrada não há termos com expoentes ímpares (𝑥 3 e 𝑥). Ademais, como é uma
equação de 4º grau, ela tem 4 raízes! Muita atenção nesse fato, pois, ao resolvê-la, você deverá encontrar
quatro raízes e não duas!
Professor, por que estamos estudando uma equação de 4º grau na aula de equação de 2º grau?
O motivo disso é que, para resolver esse tipo específico de equação de 4º grau, precisamos "transformá-la"
em uma equação de 2º grau! Uma vez transformada, a resolução dela também sairá por Bhaskara. Vamos
fazer um exemplo para ver isso na prática!
(MARINHA/2018) É correto afirmar que o valor da soma das raízes reais da equação 𝑥 4 = 7𝑥 2 + 18 é um
número:
A) primo.
B) divisor de 36.
C) múltiplo de 3.
D) divisor de 16.
E) divisor de 25.
Comentários:
Observe que temos uma equação biquadrada:
𝑥 4 − 7𝑥 2 − 18 = 0
𝑦 2 − 7𝑦 − 18 = 0
Observe que transformamos uma equação de quarto grau em uma equação de segundo grau. Agora,
podemos usar a fórmula de Bhaskara para resolvê-la.
−𝑏 ± √𝛥 −(−7) ± √121 7 ± 11
𝑦= → 𝑦= → 𝑦=
2𝑎 2⋅1 2
7 + 11 18
𝑦1 = → 𝑦1 = → 𝑦1 = 9
2 2
7 − 11 −4
𝑦2 = → 𝑦2 = → 𝑦2 = −2
2 2
Muito cuidado, moçada! Essas não são as raízes que estamos procurando. Lembre-se que usamos o artifício
𝑦 = 𝑥 2 . Precisamos substituir os valores de "y" nessa expressão para encontrar os valores de "x".
- Para 𝑦1 = 9:
𝑥2 = 9 → 𝑥 = ±√9 → 𝑥 = ±3
- Para 𝑦2 = −2.
𝑥 2 = −2 → 𝑥 = ±√−2
Nessa última situação, observe que temos a raiz quadrada de um número negativo. Ora, o resultado disso
é um número complexo, mas o enunciado pede apenas a soma das raízes reais. Portanto, não estamos
interessados nessa situação (raiz complexa). Sendo assim, a soma das raízes reais da equação é:
𝑆 = 3 + (−3) → 𝑆=0
Pronto! 0 é um múltiplo de qualquer número. Sendo assim, a alternativa C encontra-se correta ao afirmar
que a soma é um múltiplo de 3.
Gabarito: LETRA C.
Vocês perceberam que para resolver uma equação biquadrada usamos um "artifício"?
𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐 = 0
𝑎(𝑥 2 )2 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐 = 0
𝑥2 = 𝑦
𝑎𝑦 2 + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0
É a nossa equação de segundo grau "padrão" e, a partir daqui, podemos usar Bhaskara.
Sejam 𝑦1 e 𝑦2 os valores encontrados após aplicarmos a fórmula de Bhaskara. Esses valores não são as raízes
da equação biquadrada, muito cuidado! Para encontrarmos as raízes da equação biquadrada, precisamos
voltar no artíficio! Na prática, fazemos:
𝑥 2 = 𝑦1 → 𝑥1 = +√𝑦1 ou 𝑥2 = −√𝑦1
𝑥 2 = 𝑦2 → 𝑥3 = +√𝑦2 ou 𝑥4 = −√𝑦2
São quatro raízes, pessoal! Pode ser até que algumas (ou todas) delas sejam complexas! Não tem problema.
(PREF. SL/2017) Se 𝑥1 e 𝑥2 , em que 𝑥1 < 𝑥2 , são as raízes positivas da equação 𝑥 4 − 164𝑥 2 + 6400 = 0,
então a diferença 𝑥2 − 𝑥1 é igual a:
A) 2.
B) 1.
C) 36.
D) 18.
E) 4.
Comentários:
Mais uma equação biquadrada para resolvermos.
𝑥 4 − 164𝑥 2 + 6400 = 0
Quando a equação já está na forma acima, o primeiro passo é usarmos o artíficio 𝑦 = 𝑥 2 . Com isso:
𝑦 2 − 164𝑦 + 6400 = 0
Pronto, "transformamos" uma equação de quarto grau em uma equação de segundo grau. Agora sabemos
resolvê-la! Para isso, podemos usar a fórmula de Bhaskara.
164 + 36 200
𝑦1 = → 𝑦1 = → 𝑦1 = 100
2 2
164 − 36 128
𝑦2 = → 𝑦2 = → 𝑦2 = 64
2 2
Mais uma vez, essas não são as raízes que estamos procurando. Lembre-se que usamos o artifício 𝑦 = 𝑥 2 .
Precisamos substituir os valores de "y" nessa expressão para encontrar os valores de "x".
- Para 𝑦1 = 100:
- Para 𝑦2 = 64.
𝑥 2 = 64 → 𝑥 = ±√64 → 𝑥 = ±8
𝐷 = 10 − 8 → 𝐷=2
Gabarito: LETRA A.
Chegou a hora de falarmos um pouco sobre as inequações. Se na equação tínhamos uma relação de
igualdade entre duas expressões, aqui vamos ter uma desigualdade. Para representá-la, utilizamos quatro
símbolos:
Símbolo Leitura
> "maior que"
≥ "maior ou igual a"
< "menor que"
≤ "menor ou igual a"
Enquanto nas equações de primeiro grau encontrávamos um único valor para x, aqui na desigualdade, vamos
ter vários ou mesmo nenhum. Representaremos o conjunto solução por meio de um intervalo, que
explicaremos em breve do que se trata. Primeiro, vamos desenvolver algumas noções intuitivas sobre as
desigualdades.
Quando aparece, por exemplo, que 𝑥 > 0, temos uma desigualdade. Ela está nos informando que x é maior
que 0. Quais são os números que são maiores que zero? Ora, são muitos! Infinitos! Na prática, são todos os
números positivos. x pode ser "1", "3,1415...", √2 e tantos outros...
Observe que usamos o símbolo > para expressar a desigualdade. Desse modo, x é estritamente maior que
0 e, no conjunto solução, o zero não estará incluído.
2𝑥 − 5 ≤ −3𝑥 + 5
O que você faria nessa situação? Podemos proceder de maneira muito similar a como fazíamos nas equações.
Nosso objetivo será isolar o x. Acompanhe,
2𝑥 − 5 ≤ −3𝑥 + 5
2𝑥 + 3𝑥 ≤ 5 + 5
5𝑥 ≤ 10
𝑥≤2
Viu? Basicamente procedemos sem fazer qualquer consideração sobre o sinal que separa as duas expressões.
Como resultado, obtivemos que x é menor ou igual a 2. O que isso significa? Significa que se pegarmos
qualquer número menor ou igual a 2, nossa desigualdade será satisfeita, vamos fazer alguns testes?
Substitua 𝑥 = 3 em 2𝑥 − 5 ≤ −3𝑥 + 5.
2 ∙ 3 − 5 ≤ −3 ∙ 3 + 5
6 − 5 ≤ −9 + 5
1 ≤ −4
E aí? 1 é realmente menor ou igual a −4? Não né, moçada? Veja que a desigualdade não é satisfeita e isso
ocorreu pois não pegamos um valor que está dentro do nosso conjunto solução.
2 ∙ 1 − 5 ≤ −3 ∙ 1 + 5
2 − 5 ≤ −3 + 5
−3 ≤ 2
E dessa vez? Veja que realmente a desigualdade é satisfeita, pois −𝟑 é realmente menor ou igual a 2.
2𝑥 − 1 < 𝑥 + 3
(PREF. SALVADOR/2019) Considere o sistema de inequações: {
𝑥 + 1 ≤ 3𝑥 + 4
O número de soluções inteiras desse sistema é
A) 5.
B) 4.
C) 3.
D) 2.
E) 1.
Comentários:
Vamos resolver cada uma das inequações individualmente.
2𝑥 − 1 < 𝑥 + 3 ⇒ 𝑥<4
A solução da primeira é qualquer x menor do que quatro! Vamos para a segunda inequação,
3
𝑥 + 1 < 3𝑥 + 4 ⇒ 2𝑥 > −3 ⇒ 𝑥>− ⇒ 𝑥 > −1,5
2
Já a segunda inequação diz que x deve ser maior que −𝟏, 𝟓. Quais os números inteiros entre −1,5 𝑒 4?
−1, 0, 1, 2, 3
Observe que temos 5 números inteiros entre -1,5 e 4. Essa é a nossa resposta. Veja que não contamos o 4
pois a primeira equação diz que x deve ser estritamente menor do que 4, não podendo ser igual.
Gabarito: LETRA A.
Beleza, professor! Na situação acima, ele quis saber quantas são as soluções inteiras, mas se ele pedisse o
conjunto solução, sem especificar se quer as soluções inteiras ou não? Nesse caso, ele certamente estaria se
referindo às soluções reais. Por exemplo, resolvendo o sistema de inequações acima, chegamos à conclusão
de que x era maior que -3/2 e menor que 4. Podemos juntar esses dois fatos em uma única expressão.
3
− <𝑥<4
2
Mas, não é somente assim que devemos representar o conjunto solução. Devemos informar, para quem for
ler, que conjunto numérico pertence x. Sendo assim, como ele pertence aos reais, escrevemos o seguinte:
3
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ ; − < 𝑥 < 4}
2
Pronto, essa é uma das formas de expressar o conjunto solução da questão anterior. Sua leitura é dada por:
"x pertence aos reais, tal que x é maior que -3/2 e menor que 4".
Existe mais uma maneira de representar esse conjunto. Veja que escrever o conjunto de forma explícita
assim pode gastar um pouco da caneta, né? Pensando nisso, a moçada inventou uma maneira mais
compacta de dizer a mesma coisa. O conjunto acima poderia ser representado por:
3
𝑆 = ] − ,4 [
2
Veja que usamos colchetes nessa notação. Mais ainda, perceba que eles estão "virados". Isso significa que
os números mais próximos deles não fazem parte do intervalo. O quadro abaixo traz todas as possibilidades
e suas respectivas representações.
Representação
Representação Explícita
por Intervalos
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏} 𝑆 = [𝑎, 𝑏]
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑎 ≤ 𝑥 < 𝑏} 𝑆 = [𝑎, 𝑏[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑎 < 𝑥 ≤ 𝑏} 𝑆 =]𝑎, 𝑏]
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑎 < 𝑥 < 𝑏} 𝑆 =]𝑎, 𝑏[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 > 𝑎} 𝑆 =]𝑎, ∞[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≥ 𝑎} 𝑆 = [𝑎, ∞[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 < 𝑏} 𝑆 =] − ∞, 𝑏[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≤ 𝑏} 𝑆 =] − ∞, 𝑏]
Observe que não é necessário que o x esteja entre dois números. Como vimos no início, podemos ter
simplesmente que 𝒙 > 𝟎. Nessas situações, como fica a representação? Ora, explicitamente temos que:
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 > 0}
𝑆 =]0, ∞[
Veja que agora aparecemos com o símbolo ∞ . Ele representa o "infinito". Na prática, indica que x pode
assumir qualquer valor maior que zero. Pode ser um milhão, um bilhão, um trilhão, um número tão grande
quanto você queira. Um detalhe interessante de ser percebido é que, quando temos o símbolo do infinito,
o intervalo sempre será aberto nele. Afinal, que número é o infinito? Pois é!
Beleza, professor! Estou entendendo! Tem mais alguma maneira de representar esses conjuntos?
Tem sim! Você deve lembrar que o conjunto dos números reais pode ser representado pela famosa "reta
real". Utilizaremos ela aqui para a nossa próxima representação. Vamos voltar lá para nossa desigualdade
inicial.
3
− <𝑥<4
2
Veja que destacamos a região entre os dois números e colocamos bolas abertas nas extremidades. Essas
3
bolas abertas significam que o intervalo não contém o −𝟑/𝟐 e o 𝟒. Caso a desigualdade fosse − 2 ≤ 𝑥 ≤ 4,
então a representação seria:
Por sua vez, a bola fechada indica que os limites também estão inclusos no intervalo. Vamos adicionar essas
informações na nossa tabela?
Representação
Representação Explícita Representação Geométrica
por Intervalos
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏} 𝑆 = [𝑎, 𝑏]
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑎 ≤ 𝑥 < 𝑏} 𝑆 = [𝑎, 𝑏[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑎 < 𝑥 ≤ 𝑏} 𝑆 =]𝑎, 𝑏]
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑎 < 𝑥 < 𝑏} 𝑆 =]𝑎, 𝑏[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 > 𝑎} 𝑆 =]𝑎, ∞[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≥ 𝑎} 𝑆 = [𝑎, ∞[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 < 𝑏} 𝑆 =] − ∞, 𝑏[
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≤ 𝑏} 𝑆 =] − ∞, 𝑏]
Beleza, moçada! Vamos entrar na segunda parte do nosso estudo de inequações do primeiro grau. Fiz esse
destaque em relação ao conteúdo anterior pois precisaremos ir um pouco além nos conceitos. Antes de
prosseguir, verifique esses quatros pontos:
Se sua resposta foi sim para os quatro itens, vamos prosseguir. Caso tenha ficado algum item não tão claro,
sugiro fazer uma releitura. Caso queira, você também pode dar uma olhadinha em alguns exercícios na nossa
lista a final do livro. Vamos lá?!
Muitos editais trazem "inequações" sem trazer o tópico "funções". No entanto, vou abordar um pouco desse
tema aqui, mas apenas o essencial para o nosso estudo. Um estudo mais aprofundado de "funções" é
realizado em aula específica do nosso curso, caso o assunto venha contemplado em seu edital.
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, 𝑎≠0
Note que devemos ter 𝑎 ≠ 0. Essa condição nos garante que o termo "𝑎𝑥" existe. Se 𝑎 = 0, então a função
seria 𝑓(𝑥) = 𝑏 e estaríamos diante uma função constante. Na expressão da função, 𝒂 e 𝒃 são constantes e
chamados, respectivamente, de "coeficiente dominante" e "coeficiente linear". Vamos ver alguns exemplos
de funções de primeiro grau?
• 𝑓(𝑥) = 𝑥
Nesse caso, temos que o coeficiente dominante (a) é igual a 1. O coeficiente linear (b) é igual a 0. Observe
que apesar de existir uma restrição quanto a "a" (𝑎 ≠ 0), não há nenhum problema que "b" seja zero.
• 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1
Temos que o coeficiente dominante (a) é igual a 2 e o coeficiente linear (b) é igual a 1.
Galera, toda função possui um gráfico característico. No caso da de primeiro grau, teremos uma reta.
Primeiramente, perceba que o gráfico muda dependendo o sinal do coeficiente dominante (a). Se 𝒂 > 𝟎,
temos uma reta ascendente, isto é, a função cresce com o valor de x. Por sua vez, quando 𝒂 < 𝟎, temos
uma resta descendente, isto é, a função decresce à medida que x aumenta.
Vou lhe mostrar! Considere o gráfico da esquerda (com 𝑎 > 0). Veja que para valores de x acima de 𝑥0 , a
função assume valores positivos, isto é, 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 > 0. Para valores menores que 𝑥0 , temos que a
função está na parte debaixo do gráfico e, portanto, assume valores negativos (𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 < 0).
Pensar assim será útil especialmente quando estivermos resolvendo inequações que envolvam quocientes
ou produtos. Nessas situações, precisaremos fazer uma análise de sinal e até usaremos aquelas máximas
"menos com menos dá mais" ou "mais com menos dá menos". Chegaremos lá.
𝑥+1
Imagine que você quer resolver > 0. Como você faria?
𝑥−3
Veja que é uma inequação que envolve o quociente de duas funções de primeiro grau. Queremos saber para
quais valores de x tal quociente resultará em um número positivo (maior que zero). A primeira coisa que
devemos notar é o sinal do coeficiente dominante das duas funções. Tanto "x+1" e "x-3" possuem 𝑎 > 0.
A segunda etapa é calcular as raízes. Para isso, basta fazermos igualar tanto o numerador quanto o
denominador a zero.
Numerador: 𝑥+1=0 → 𝑥0 = −1
Simplificadamente, podemos usar apenas uma reta real para representar as informações do gráfico.
Destacamos a raiz " − 1". A esquerda dela colocamos o sinal de menos, para indicar que a função assume
valor negativo para valores inferiores a −𝟏. Analogamente, colocamos sinal de "mais" do lado direito para
indicar que, para valores superiores a −𝟏, temos que a função é positiva. Tudo bem?
Denominador: 𝑥−3= 0 → 𝑥0 = 3
==2537cb==
Da mesma forma, podemos simplificar as informações do gráfico em uma espécie de reta real. Para o
denominador, teríamos algo do tipo:
Novamente, nós destacamos a raiz, que é "3". Do lado direito da raiz, colocamos o sinal de "mais". Isso indica
que para valores maiores que 3, a função "x-3" é positiva. Além disso, colocamos sinais de "menos" a
esquerda da raiz, para indicar que para valores de x menores que 3, a função "x-3" é negativa.
Veja que na primeira linha colocamos o numerador, na segunda, o denominador e, na terceira, a expressão
completa que queremos avaliar. Lembre-se que quando dividimos ou multiplicamos números com o mesmo
sinal, teremos um resultado positivo. Quando os sinais são contrários, o resultado terá sinal negativo.
𝑥+1
Nesse ponto, devemos lembrar a expressão que queremos resolver: > 0. Estamos atrás dos valores
𝑥−3
de x tal que o quociente seja positivo. Olhando nosso esquema, vemos que isso ocorre quando x é menor
que −𝟏 ou maior que 𝟑.
Pessoal, eu sei que é muita informação! No entanto, relaxe! Se dê o tempo necessário para o conhecimento
sedimentar. Minha sugestão nesse ponto da matéria é, se estiver difícil e a cabeça já estiver quente, tome
uma água, estique as pernas, vá até para outra matéria, pois sei que são muitas! Salve a página e volte em
breve!
Beleza, moçada! Vamos continuar, então. O próximo passo é entender como vamos expressar o conjunto
solução. Note que a divisão é positiva quando:
𝑥 < −1 𝑜𝑢 𝑥 > 3
Agora, basta dizer o conjunto que estamos trabalhando. No caso, são os reais.
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 < −1 𝑜𝑢 𝑥 > 3}
Esse é o conjunto solução. Uma observação importante é que, nessa situação, a palavra-chave é "ou". Não
queira usar "e". Afinal, não tem como um mesmo número ser maior que 3 e menor que -1. Concorda? É um
ou outro. Podemos ainda simplificar um pouco mais e escrever a solução na forma de intervalos.
• 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 ≥ 0
• −𝑥 2 + 3 ≤ 0
As soluções também serão conjuntos e expressaremos da mesma forma que fizemos com as inequações
de primeiro grau. Logo, podemos ter uma representação explícita, por intervalos ou geométrica. E como
resolveremos uma inequação de segundo grau?
A primeira boa notícia é que o início da resolução será exatamente igual a de uma equação. Na prática,
começaremos achando as raízes. Portanto, se queremos resolver 𝑥 2 + 5𝑥 − 6 > 0, a primeira coisa a ser
feita é encontrar as raízes. Depois disso, precisaremos desenhar uma parábola. Como assim, professor? Uma
parábola? Desenhar?
Se você já estudou um pouco de funções de segundo grau, certamente vai lembrar que o gráfico de uma
função de segundo grau é uma parábola. O momento em que ela corta o eixo x é exatamente nas suas
raízes. Para quem não estudou ainda, vou detalhar um pouco. Simplificadamente, uma função de segundo
grau é uma expressão que possui a seguinte forma:
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
Note que ela parece muito com a equação do segundo grau, concorda? Se 𝑓(𝑥) = 0, vamos ter exatamente
a equação que estudamos tanto já. Você aprenderá que toda função possui um gráfico característico. No
caso da função de segundo grau, esse gráfico é uma parábola.
Se você observar bem, dependendo do valor de a, ela terá a concavidade para cima (a>0) ou para baixo (a<0).
Percebam, de igual modo, que o gráfico da função toca o eixo x exatamente nas raízes 𝒙𝟏 e 𝒙𝟐 , pois no
momento que a função toca o eixo x, temos que 𝑓(𝑥) = 0. Tá e o que isso nos ajuda com as inequações?
Ajuda muito! Vamos pegar o gráfico para quando 𝑎 > 0.
Note que a parte que está acima do eixo x, representa a parte em que 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄 > 𝟎. Analogamente,
a parte que está abaixo do eixo x, representa 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 < 0. Baseado nessas informações,
conseguiremos expor uma solução. Por exemplo, se a inequação que temos que resolver for 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 <
0, então seu conjunto solução é o intervalo entre as raízes, isto é, 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥1 < 𝑥 < 𝑥2 }. Caso contrário,
se sua inequação fosse 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0, então sua solução seria 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 < 𝑥1 𝑜𝑢 𝑥 > 𝑥2 }.
Essa situação se inverte quando o coeficiente dominante "a" for menor do que 0.
Quando a concavidade está voltada para baixo, caso a inequação para ser resolvida seja na forma 𝑎𝑥 2 +
𝑏𝑥 + 𝑐 < 0, então o conjunto solução será 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 < 𝑥1 𝑜𝑢 𝑥 > 𝑥2 }. Caso seja 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0, o
conjunto solução será 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥1 < 𝑥 < 𝑥2 }. Podemos resumir essas informações em um pequeno
quadro, para vocês guardarem no coração.
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≤ 0 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; 𝑥 ≤ 𝑥1 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 𝑥2 }
Tenho certeza de que tudo ficará mais intuitivo a medida em que realizarmos os exercícios. Logo, não se
preocupe se não está tudo cristalino como a água, vamos adquirindo mais maturidade com o decorrer do
curso.
Visto essa parte inicial, também vamos nos preparar para uma cobrança mais puxada, tudo bem? Da mesma
forma que nas inequações de primeiro grau, também podemos ter que avaliar inequação formadas pela
razão ou multiplicação de duas funções de segundo grau. A boa notícia é que, se você entendeu bem como
fazemos na inequação de primeiro grau, então aqui basicamente repetiremos o procedimento.
𝑥 2 +5𝑥+6
Imagine que você quer encontrar o conjunto solução de ≤ 0 . Como faríamos?
𝑥 2 +2𝑥−3
Numerador: 𝒙𝟐 + 𝟓𝒙 + 𝟔.
==2537cb==
Observe que o numerador é positivo para valores de x menores que -3 e maiores que -2. Podemos resumir
essas informações em uma reta apenas, conforme já fizemos.
Denominador: 𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 − 𝟑
Quando usamos a fórmula de Bhaskara, percebemos que as raízes do denominador são iguais a 𝒙𝟏 = −𝟑 e
𝒙𝟐 = 𝟏. Logo, percebendo também o coeficiente dominante é positivo, temos a seguinte situação:
Veja que o denominador também é positivo para valores de x menores que -3 e para valores de x maiores
que 1. Podemos representar essas informações assim:
Observe que depois de fazermos o jogo de sinais, apenas a região entre -2 e 1 é que dá um resultado
𝑥 2 +5𝑥+6
negativo para o quociente. Assim, a solução da inequação 2 ≤ 0 é exatamente essa destacada
𝑥 +2𝑥−3
em vermelho. Formalmente, escrevemos que:
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ; −2 ≤ 𝑥 < 1} = [−2, 1[
Você deve ter percebido que, quando escrevemos a solução, deixamos aberto em "1". Isso acontece, pois,
"1" é uma das raízes do denominador. Sabemos que o denominador não pode ser zero, já que formaria uma
indeterminação matemática. Você deve ficar bem atento! Cuidado para não incluir no conjunto solução um
número que vá zerar o seu denominador! Para finalizar, vamos ver como caí em concursos?
1. (Cesgranrio/Liquigás/2018) A compra de um carro foi feita pagando-se de entrada 3/25 do preço total
do carro, e dividindo-se o restante em 10 prestações iguais a R$ 1.100,00. Dessa forma, quanto foi pago,
ao todo, pelo carro?
A) R$ 11.000,00
B) R$ 12.100,00
C) R$ 12.320,00
D) R$ 12.500,00
E) R$ 13.000,00
Comentários:
Pessoal, se a entrada foi de 3/25 do preço total do carro, então é por que ainda falta pagar:
3 3 25 − 3 22
+𝑥 =1 → 𝑥 =1− → 𝑥= → 𝑥=
25 25 25 25
Logo, o valor parcelado em 10 prestações iguais corresponde a 22/25 do preço total do carro. Se as
parcelas foram iguais a R$ 1.100,00, então o total parcelado é de:
22𝑃 11.000 ∙ 25
= 11.000 → 𝑃= → 𝑃 = 12.500
25 22
Gabarito: LETRA D.
B) 16
C) 17
D) 18
E) 19
Comentários:
Perceba que quando ele coloca 14 latas em cada prateleira, sobram 16 latas. Assim, podemos escrever:
Depois, note que ele tenta colocar 20 latas em cada prateleira, mas ficam faltando 8. Com isso,
(2)
Ora, podemos o total de latas é o mesmo nas duas situações de forma que podemos igualar (1) e (2).
Logo, temos 4 prateleiras. Com o valor de "n", conseguimos encontrar o total de latas. Para isso, basta
substituirmos 𝑛 = 4 em qualquer uma das equações acima.
Como queremos saber a quantidade de latas por prateleiras, basta dividirmos 72 por 4.
72
𝑅𝑒𝑠𝑝. = → 𝑅𝑒𝑠𝑝. = 18
4
Gabarito: LETRA D.
3. (Cesgranrio/IBGE/2016) Em uma prova de múltipla escolha, todas as questões tinham o mesmo peso,
ou seja, a cada questão foi atribuído o mesmo valor. Aldo tirou nota 5 nessa prova, o que corresponde a
acertar 50% das questões da prova. Ao conferir suas marcações com o gabarito da prova, Aldo verificou
que acertou 13 das 20 primeiras questões, mas constatou que havia acertado apenas 25% das restantes.
Quantas questões tinha a prova?
A) 24
B) 84
C) 32
D) 72
E) 52
Comentários:
Considere que a prova tem "n" questões. Se Aldo acertou 50% da prova, então ele acertou metade da
prova.
n
Número de acertos de Aldo =
2
Depois de corrigir as 20 primeiras, o número de questões que falta para ele corrigir é "𝑛 − 20". Ademais, o
enunciado ainda informou que, desse restante, ele acertou apenas 25%. Dessa forma, podemos escrever o
seguinte:
O "13" corresponde ao número de acertos nas 20 primeiras questões e, como ele acertou 25% do
restante (𝑛 − 20), daí surge o termo "0,25 ∙ (n − 20)". Tudo bem? Portanto, podemos igualar as duas
expressões para a quantidade de acertos de Aldo.
𝑛
= 13 + 0,25 ∙ (n − 20)
2
0,5𝑛 = 16 → 𝑛 = 32
Gabarito: LETRA C.
Comentários:
Vamos chamar o saldo do fundo de investimento de Fábio de S. O resgate maior é quando ele decide
resgatar 1/4 da quantia aplicada (25%). Nessa situação, ele resgatará:
S
Resgate Maior =
4
S
Resgate Menor =
5
O enunciado informa que caso opte pelo resgate maior, Fábio terá 960 reais a mais. Dessa forma,
Substituindo as expressões:
𝑆 𝑆
= + 960
4 5
Agora, basta resolvermos a equação acima para determinarmos o saldo no fundo de investimentos.
𝑆 𝑆 5𝑆 − 4𝑆
− = 960 → = 960 → 𝑆 = 960 ∙ 20 → 𝑆 = 19.200
4 5 20
Gabarito: LETRA B.
Comentários:
Galera, vamos lá! Queremos o seguinte:
𝟐 +𝟒𝒙−𝟔𝟎
(𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟓)𝒙 =𝟏
Observe que se o expoente for igual a zero, a igualdade sempre se verificará para uma base não nula.
Logo,
𝑥 2 + 4𝑥 − 60 = 0
- Agora, as raízes.
−𝑏 ± √∆ −4 ± √256 −4 ± 16
𝑥= → 𝑥= → 𝑥=
2𝑎 2∙1 2
−20
𝑥1 = → 𝑥1 = −10
2
12
𝑥2 = → 𝑥2 = 6
2
Como os dois valores acima não anulam a base, então temos valores coerentes para "x" e que geram o
resultado esperado. No entanto, essa não é a única possibilidade. Sempre que a base for igual a 1, o
resultado da expressão também será igual a 1, independente do que for o expoente. Com isso, podemos
escrever que:
𝑥 2 − 5𝑥 + 5 = 1 → 𝑥 2 − 5𝑥 + 4 = 0
- Cálculo do discriminante.
- Agora, as raízes:
−𝑏 ± √∆ −(−5) ± √9 5±3
𝑥= → 𝑥= → 𝑥=
2𝑎 2∙1 2
2
𝑥1 = → 𝑥1 = 1
2
8
𝑥2 = → 𝑥2 = 4
2
Temos aí mais dois valores que também vão fazer com que a expressão se torne igual a 1. Até agora já
achamos 4 raízes.
No entanto, ainda temos que considerar a possibilidade em que a base é igual a -1. Nessas situações,
sempre que o expoente for par, o resultado da expressão também será igual a 1.
𝑥 2 − 5𝑥 + 5 = −1 → 𝑥 2 − 5𝑥 + 6 = 0
- Cálculo do discriminante.
- Agora, as raízes:
−𝑏 ± √∆ −(−5) ± √1 5±1
𝑥= → 𝑥= → 𝑥=
2𝑎 2∙1 2
4
𝑥1 = → 𝑥1 = 2
2
6
𝑥2 = → 𝑥2 = 3
2
Para 𝑥 = 2:
Note que o expoente, apesar de negativo, é par. Portanto, 𝑥 = 2 é uma solução válida.
Para 𝑥 = 3
Por sua vez, -39 é um número ímpar de tal modo que (-1) elevado a -39 resultará em -1.
𝑆 = {−10, 1, 2, 4, 6}
Gabarito: LETRA D.
Comentários:
Seja "n" a quantidade de barras de chocolate que João comprou e "P" é o preço de cada uma delas. Assim,
154
𝑛𝑃 = 154 → 𝑃= (1)
𝑛
Com as três barras que ele ganhou, o preço da unidade caiu 3 reais. Logo,
154
𝑃−3= (2)
𝑛+3
154 154
−3= → 154(𝑛 + 3) − 3𝑛(𝑛 + 3) = 154𝑛
𝑛 𝑛+3
3𝑛2 + 9𝑛 − 462 = 0
𝑛2 + 3𝑛 − 154 = 0
- Cálculo do discriminante.
- Agora, as raízes:
−𝑏 ± √∆ −3 ± √625 −3 ± 25
𝑛= → 𝑛= → 𝑛=
2𝑎 2∙1 2
−28
𝑛1 = → 𝑛1 = −14
2
22
𝑛2 = → 𝑛2 = 11
2
Como "n" representa a quantidade de barras de chocolate, esse número não pode ser negativo. Dito isso,
podemos eliminar a raiz -14. Assim, nossa resposta é apenas a raiz positiva.
𝑛 = 11
Gabarito: LETRA C.
𝐸1 𝑥 2 + 2𝑥 − 15 = 0
𝐸2 𝑥 2 − 𝑏𝑥 + 12 = 0
Comentários:
Vamos primeiro resolver 𝐸1 .
𝑥 2 + 2𝑥 − 15 = 0
==2537cb==
- Cálculo do discriminante.
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆ = 22 − 4 ∙ 1 ∙ (−15) → ∆ = 4 + 60 → ∆ = 64
- Agora, as raízes:
−𝑏 ± √∆ −2 ± √64 −2 ± 8
𝑥= → 𝑥= → 𝑥=
2𝑎 2∙1 2
−10
𝑥1 = → 𝑥1 = −5
2
6
𝑥2 = → 𝑥2 = 3
2
Como a maior raiz de 𝑬𝟏 também é raiz de 𝑬𝟐 , podemos substituí-la em 𝐸2 para determinarmos "b".
𝑥=3
𝑥 2 − 𝑏𝑥 + 12 = 0 ⏞
→ 32 − 3𝑏 + 12 = 0 → 3𝑏 = 21 → 𝑏=7
Portanto, 𝐸2 fica:
𝑥 2 − 7𝑥 + 12 = 0
- Cálculo do discriminante.
- Agora, as raízes:
−𝑏 ± √∆ −(−7) ± √1 7±1
𝑥= → 𝑥= → 𝑥=
2𝑎 2∙1 2
6
𝑥1 = → 𝑥1 = 3
2
8
𝑥2 = → 𝑥2 = 4
2
Gabarito: LETRA A.
4. (Cesgranrio/Petrobras/2009) Para que a equação do 2º grau 𝟐𝒙²– 𝟏𝟐𝒙 + 𝒌 = 𝟎 tenha duas raízes reais
iguais, o valor de k deve ser
A) 0
B) 9
C) 18
D) 24
E) 36
Comentários:
Para que uma equação tenha duas raízes iguais, o seu discriminante deve ter valor igual a zero!
2𝑥²– 12𝑥 + 𝑘 = 0
Sendo assim,
∆ = (−12)2 − 4 ∙ 2 ∙ 𝑘 → ∆ = 144 − 8𝑘
144
144 − 8𝑘 = 0 → 𝑘= → 𝑘 = 18
8
Gabarito: LETRA C.
5. (Cesgranrio/BNDES/2004) Para arrecadar R$ 240,00 a fim de comprar um presente para um colega que
se aposentava, os funcionários de uma empresa fizeram um rateio. No dia do pagamento, 5 funcionários
resolveram não participar, o que aumentou a quota de cada um dos demais em R$ 8,00. Quantos
funcionários efetivamente participaram do rateio?
A) 8
B) 9
C) 10
D) 12
E) 15
Comentários:
Seja "n" o número de funcionários que participariam originalmente do rateio. Nessas condições, a quantia
que cada um pagaria é dada por:;
240
𝑃= (1)
𝑛
Como a quota subiu 8 reais pois 5 funcionários não participaram, ficamos com:
240
𝑃+8= (2)
𝑛−5
240 240
+8= → 240(𝑛 − 5) + 8𝑛(𝑛 − 5) = 240𝑛
𝑛 𝑛−5
Ficamos com,
𝑛2 − 5𝑛 − 150 = 0
- Cálculo do discriminante.
−𝑏 ± √∆ −(−5) ± √625 5 ± 25
𝑛= → 𝑛= → 𝑛=
2𝑎 2∙1 2
−20
𝑛1 = → 𝑛1 = −10
2
30
𝑛2 = → 𝑛2 = 15
2
Se "n" é o número de funcionários que originalmente participariam, então esse valor não pode ser
negativo. A única resposta possível, portanto, é 𝒏 = 𝟏𝟓.
Cuidado aqui!! A questão pede o número de funcionários que efetivamente participaram do rateio. Ora, se
cinco funcionários desistiram de última hora, então a quantidade pedida é:
𝑛 − 5 = 15 − 5 = 10
Gabarito: LETRA C.
Inequação 1: 5𝑥 − 7 > 𝑥 2 − 𝑥 + 1
Inequação 2: 𝑥 + 6 > −𝑥 + 10
Um número real x, que é solução da inequação 2, também será solução da inequação 1, se, e somente se,
for solução da inequação
A) −𝑥 < −4
B) 4𝑥 − 16 < 0
C) 𝑥² − 16 > 0
D) 𝑥 + 1 > 𝑥 + 9
1 1
E) 𝑥 < 4
Comentários:
Queremos a solução do sistema formado pelas inequações 1 e 2. Resolveremos cada uma individualmente.
5𝑥 − 7 > 𝑥 2 − 𝑥 + 1
Trata-se de uma inequação de segundo grau. Vamos isolar toda a expressão do lado esquerdo.
−𝑥 2 + 5𝑥 + 𝑥 − 7 − 1 > 0 → −𝑥 2 + 6𝑥 − 8 > 0
𝑥 2 − 6𝑥 + 8 < 0
Para resolver essa inequação, precisamos encontrar as raízes da expressão do segundo grau na esquerda.
- Cálculo do Discriminante
−𝑏 ± √∆ −(−6) ± √4 6±2
𝑥= → 𝑥= → 𝑥=
2𝑎 2∙1 2
4
𝑥1 = → 𝑥1 = 2
2
8
𝑥2 = → 𝑥2 = 4
2
Note que o coeficiente dominante é positivo. Com isso, a parábola tem concavidade para cima. Vamos
esquematizar.
Como queremos os valores que tornam a expressão menor que 0, então o conjunto solução da inequação
será o intervalo entre as raízes, ou seja, 2 < 𝑥 < 4.
Essa é a solução da inequação 1. Vamos agora para a inequação 2.
𝑥 + 6 > −𝑥 + 10
Pela inequação (2), temos que x deve ser maior que 2. Note que para "x" ser também solução da inequação
(1), "x" também deve ser menor que 4. É esse fato que estaremos procurando nas alternativas.
A) −𝑥 < −4
Errado. Quando multiplicamos a inequação por (-1), vamos chegar a 𝑥 > 4. Como comentamos, estamos
procurando a alternativa que traz 𝑥 < 4.
B) 4𝑥 − 16 < 0
16
4𝑥 < 16 → 𝑥< → 𝑥<4
4
Note que a solução da inequação (2) é 𝑥 > 2. Mas, se x também for menor que 4, esse "x" também será
solução da inequação (1), conforme concluímos.
C) 𝑥² − 16 > 0
Errado. Quando resolvemos essa inequação de segundo grau, vamos obter que 𝑥 < −4 ou 𝑥 > 4.
D) 𝑥 + 1 > 𝑥 + 9
Errado. Inequação sem pé nem cabeça. Na prática, está nos dizendo que 1 > 9.
==2537cb==
1 1
E) 𝑥 < 4
Errado. Quando isolamos o "x" em um dos lados, vamos obter que 𝑥 > 4.
Gabarito: LETRA B.
Comentários:
Trata-se de uma inequação de segundo grau. Vamos isolar toda a expressão do lado esquerdo.
𝑛2 − 6𝑛 + 8 > 0
Para resolver essa inequação, precisamos encontrar as raízes da expressão do segundo grau na esquerda.
- Cálculo do Discriminante
−𝑏 ± √∆ −(−6) ± √4 6±2
𝑛= → 𝑛= → 𝑛=
2𝑎 2∙1 2
4
𝑛1 = → 𝑛1 = 2
2
8
𝑛2 = → 𝑛2 = 4
2
Note que o coeficiente dominante é positivo. Com isso, a parábola tem concavidade para cima. Vamos
esquematizar.
Como queremos os valores que tornam a expressão maior que 0, então o conjunto solução da inequação
será:
𝑆 = ] − ∞, 2[ ∪ ] 4, +∞[
Note que se "n" for menor que 2 ou maior que 4, a expressão sempre será verdadeira. As alternativas
trouxeram apenas um intervalo, de forma que podemos marcar a letra C.
Gabarito: LETRA C.
1. (Cesgranrio/Liquigás/2018) A compra de um carro foi feita pagando-se de entrada 3/25 do preço total
do carro, e dividindo-se o restante em 10 prestações iguais a R$ 1.100,00. Dessa forma, quanto foi pago,
ao todo, pelo carro?
A) R$ 11.000,00
B) R$ 12.100,00
C) R$ 12.320,00
D) R$ 12.500,00
E) R$ 13.000,00
3. (Cesgranrio/IBGE/2016) Em uma prova de múltipla escolha, todas as questões tinham o mesmo peso,
ou seja, a cada questão foi atribuído o mesmo valor. Aldo tirou nota 5 nessa prova, o que corresponde a
acertar 50% das questões da prova. Ao conferir suas marcações com o gabarito da prova, Aldo verificou
que acertou 13 das 20 primeiras questões, mas constatou que havia acertado apenas 25% das restantes.
Quantas questões tinha a prova?
A) 24
B) 84
C) 32
D) 72
E) 52
A) 5.600,00
B) 19.200,00
C) 3.840,00
D) 4.800,00
E) 10.960,00
==2537cb==
GABARITO
1. LETRA D
2. LETRA D
3. LETRA C
4. LETRA B
𝐸1 𝑥 2 + 2𝑥 − 15 = 0
𝐸2 𝑥 2 − 𝑏𝑥 + 12 = 0
4. (Cesgranrio/Petrobras/2009) Para que a equação do 2º grau 𝟐𝒙²– 𝟏𝟐𝒙 + 𝒌 = 𝟎 tenha duas raízes reais
iguais, o valor de k deve ser
A) 0
B) 9
C) 18
D) 24
E) 36
5. (Cesgranrio/BNDES/2004) Para arrecadar R$ 240,00 a fim de comprar um presente para um colega que
se aposentava, os funcionários de uma empresa fizeram um rateio. No dia do pagamento, 5 funcionários
resolveram não participar, o que aumentou a quota de cada um dos demais em R$ 8,00. Quantos
funcionários efetivamente participaram do rateio?
A) 8
B) 9
C) 10
D) 12
E) 15 ==2537cb==
GABARITO
1. LETRA D
2. LETRA C
3. LETRA A
4. LETRA C
5. LETRA C
Inequação 1: 5𝑥 − 7 > 𝑥 2 − 𝑥 + 1
Inequação 2: 𝑥 + 6 > −𝑥 + 10
Um número real x, que é solução da inequação 2, também será solução da inequação 1, se, e somente se,
for solução da inequação
A) −𝑥 < −4
==2537cb==
B) 4𝑥 − 16 < 0
C) 𝑥² − 16 > 0
D) 𝑥 + 1 > 𝑥 + 9
1 1
E) 𝑥 < 4
GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA C