Forças Intermoleculares Livro Unesc

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FORÇas intermoleculares

24 DE ABRIL DE 2024
maira vitoria floriano crispim
ENGENHARIA CIVIL
FORÇAS INTERMOLECULARES

Forças narrativas entre moléculas são chamadas de forças intermoleculares.


Elas são responsáveis pelo comportamento não ideal dos gases. Tem também o papel
de assegurar a existência dos estados condensados da matéria. Conforme o gás
diminui, a energia cinética média das moléculas também diminui.
Diferentemente das forças intermoleculares, as forças intermoleculares
mantem os átomos unidos em uma molécula. As forças intermoleculares estabilizam
as moléculas individuais, enquanto as forças intermoleculares são as principais
responsáveis pelas propriedades físicas da matéria.
As forças intermoleculares têm característica de serem mais fracas que a
intermoleculares. A vaporização de energia requer muito menos energia, do que a
quebra das ligações de suas moléculas. Os pontos de ebulição das substancias
normalmente refletem a intensidade das forças intermoleculares existentes entre suas
moléculas.
Para saber as propriedades da matéria condensada é necessário saber os tipos
de relações intermoleculares, na qual são dipolo-dipolo, dipolo-dipolo induzido e
forças de dispersão constituem o que os químicos chamam de forças de van der Waals.

FORÇAS DIPOLO-DIPOLO
As forças dipolo-dipolo são forças atrativas entre moléculas polares, isto é,
entre moléculas que possuem momentos de dipolo. A origem dessas forças é
eletrostática e elas podem ser entendidas em termos da lei de Coulomb. Quanto maior
for o momento de dipolo, maior será a força. A Figura 2 mostra a orientação das
moléculas polares em um sólido. Nos líquidos, as moléculas polares não ocupam
posições tão rígidas como nos sólidos, porem tendem alinhar-se de modo que, em
média, a interação atrativa seja máxima.
As moléculas polares constituem dipolos permanentes. Assim, a atração entre dipolos
permanentes é responsável pelas forças que mantêm juntas as moléculas polares. Os
dipolos tendem a orientar-se uns em relação aos outros, de forma a maximizar as
interações eletrostáticas atrativas entre eles.

FORÇA ÍON-DIPOLO
A lei de Coulomb também explica as forças íon-dipolo, que ocorrem entre um
íon (um cátion ou um ânion) e uma molécula polar (Figura 12.2). A intensidade dessa
interação depende da carga e do tamanho do íon e também do momento de dipolo e
do tamanho da molécula. Em geral, as cargas estão mais concentradas nos cátions
porque comumente esses são menores do que os ânions. Em consequência, quando
um cátion e um ânion apresentam cargas de mesma magnitude, a interação com
dipolos é mais forte para o cátion do que para o ânion.

FORÇA DE DISPERSÃO
Se colocarmos um íon ou uma molécula polar perto de um átomo, a
distribuição
Eletrônica do átomo (ou molécula apolar e distorcida pela força exercida pelo íon ou
pela molécula polar resultando em um tipo de dipolo. Esse dipolo é denominado
dipolo induzido porque a separação das cargas positiva e negativa no átomo (ou na
molécula apolar deve se à proximidade de um íon ou molécula polar. A interação
atrativa entre um íon e o dipolo induzido chama-se interação íon-dipolo induzido e a
interação atrativa entre uma molécula polar e o dipolo induzido designa-se interação
dipolo-dipolo induzido.
A probabilidade de um momento de dipolo ser induzido depende da carga do íon e da
força do dipolo, bem como da polarizabilidade do átomo ou da molécula - ou seja, da
facilidade com que a distribuição eletrônica do átomo (ou molécula) pode ser
distorcida. Em geral, quanto maior for o número de elétrons e mais difusa for a nuvem
eletrônica do átomo ou da molécula, maior será a sua polarizabilidade. A expressão
nuvem difusa significa que a nuvem eletrônica está espalhada em um volume
apreciável de modo que os elétrons não são atraídos muito fortemente pelo núcleo.
A polarizabilidade torna possível a condensação de gases constituídos por átomos
neutros ou por moléculas apolares (por exemplo, He e N2). Em um átomo de hélio os
elétrons encontram-se em movimento a uma certa distância do núcleo. Em qualquer
instante, é provável que o átomo adquira um momento de dipolo, o qual é gerado
pelas
"posições específicas dos elétrons". Esse momento de dipolo é conhecido como dipolo
instantâneo porque dura apenas uma pequena fração de segundo. No instante
seguinte, os elétrons estarão em posições diferentes e o átomo terá um novo dipolo
instantâneo e assim por diante. Contudo, de acordo com a média em um intervalo de
tempo (isto é, no tempo que demora para se medir o momento de dipolo), esse átomo
não tem momento de dipolo, uma vez que os dipolos instantâneos se cancelam
mutuamente. Em um conjunto de átomos de He, o dipolo instantâneo de um átomo
pode induzir dipolo em cada um dos átomos vizinhos mais próximos (Figura 12.5). No
instante seguinte, um dipolo instantâneo diferente pode criar dipolos temporários nos
átomos de He que estão ao seu redor. Esse tipo de interação origina as forças de
dispersão, que são forças atrativas que surgem como resultado de dipolos temporários
induzidos nos átomos ou nas moléculas. Em temperaturas muito baixas (e velocidades
atômicas reduzidas), as forças de dispersão são suficientemente fortes para manter
juntos os átomos de He, provocando a condensação do gás. A atração entre moléculas
apolares pode ser explicada do mesmo modo.
Em 1930, o físico alemão, Fritz London, propôs uma interpretação para os dipolos
temporários baseada na mecânica quântica. London demonstrou que a intensidade
dessa interação atrativa é proporcional à polarizabilidade do átomo ou da molécula.
Como é esperado, as forças de dispersão podem ser muito fracas. Isso é verdade, para
o caso do hélio, que tem uma temperatura de ebulição de apenas 4,2 K ou - 269°C.
(Note que s hélio tem apenas dois elétrons no orbital 1s, e esses são fortemente
atraídos pelo núcleo.
As forças de dispersão, também conhecidas por forças de London, geralmente
aumentam com a massa molar, pois moléculas com maiores massas molares também
tem mais elétrons, e a intensidade das forças de dispersão aumentam com o número
de elétrons. Além disso, massas molares maiores significam átomos maiores cujas
distribuições eletrônicas são mais facilmente perturbáveis, porque os elétrons mais
externos são menos fortemente atraídos pelo núcleo. Conforme esperado, o ponto de
fusão aumenta à medida que aumenta o número de elétron na molécula. Uma vez que
se trata apenas de moléculas apolares, as únicas forças intermoleculares atrativas
presentes são as de dispersão.
LIGAÇÕES DE HIDROGENIO
A ligação de hidrogênio é um tipo de interação intermolecular que ocorre
tipicamente entre moléculas que apresentam átomo de hidrogênio (H), ligado a flúor
(F), oxigênio (O) e nitrogênio (N). Ou seja, é uma interação que acontece entre dipolos
permanentes das moléculas em que o dipolo positivo sempre será formado pelo
átomo de H, enquanto o polo negativo será constituído de moléculas eletronegativas
como o F, O e o N.
O que acontece na ligação de hidrogênio é que os átomos de F, O e N são
pequenos e muito eletronegativos. Ao interagirem com um átomo de hidrogênio,
promove-se uma grande polarização da ligação tornando o polo positivo muito
intenso. Sendo assim, devido à intensidade desse polo, o hidrogênio interage
com os elétrons da molécula que estiver mais próxima, proporcionando uma interação
intermolecular mais forte que as demais interações como o dipolo-dipolo, por
exemplo.
Por muito tempo, esse tipo de interação foi denominado como ponte de
hidrogênio, mas esse termo corresponde a um outro arranjo molecular. Portanto, a
denominação adequada é ligação de hidrogênio.

LIGAÇÕES INTERMOLECULARES E PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS

As propriedades dos sólidos são determinadas, entre outros fatores, pela


sua estrutura e pelas forças de coesão entre as partículas que os constituem.
Essas forças, por sua vez, dependem da natureza dessas partículas, na tabela
abaixo, os sólidos cristalinos estão classificados em quatro categorias, de
acordo com o tipo de ligação entre as partículas constituintes.

Excetuando os cristais iônicos, abordaremos, a seguir, cada uma das outras


três categorias.
CRISTAIS METALICOS
Os cristais metálicos têm, geralmente, temperaturas e entalpias de fusão
e vaporização elevadas, o que índica que as forças de coesão entre os átomos
que os constituem são intensas, A natureza dessas forças é explicada por um
modelo no qual os elétrons de valência do metal movimentam-se livremente
por uma rede formada por íons positivos, mantendo, entretanto, uma
distribuição média uniforme.
As forças de coesão são forças eletrostáticas entre íons positivos e uma
nuvem de elétrons “livres”. Os metais são bons condutores de eletricidade
porque, quando submetidos a uma diferença de potencial, seus elétrons
deslocam-se na direção do eletrodo positivo. O fato de a condutividade elétrica
dos metais cair com a temperatura aumenta, os átomos vibram com maior
amplitude, dificultando o fluxo de elétrons.
CRISTAIS MOLECULARES
Composto entre elemento não-metálicos, como CO2, CH4 e o naftaleno
(C10H8), e também substâncias elementares não-metálicas, como O2, I2 e
C60, geralmente formam sólidos cristalinos moleculares. Nessas substâncias,
aos átomos, em cada molécula, estão unidos por ligações covalentes fortes.
Entretanto, as forças de coesão entre as moléculas são, em geral, forças de
van der Waals, muito menos intensas.
Os sólidos moleculares, tem características de grande parte deles, ser
mole e possuir temperaturas e entalpias de fusão e de ebulição baixas. Outra
característica é a sua condutividade elétrica baixa. Eles não possuem íons,
nem elétron desvocalizados.
CRISTAIS COVALENTES
É composto por uma rede infinita de átomos, unido por ligações
covalentes. Como por exemplo o diamante.
A distorção de um cristal covalente implica o rompimento de ligações
covalentes fortes. Por isso, são duras e com temperaturas e entalpias de fusão
e de vaporização extremamente elevadas. São más condutoras de calor e
eletricidade,, pois, seus elétrons, participando de ligações covalentes
localizadas, não podem movimentar-se livremente.
O que acontece na ligação de hidrogênio é que os átomos de F, O e N
são pequenos e muito eletronegativos. Ao interagirem com um átomo de
hidrogênio, promove-se uma grande polarização da ligação tornando o polo
positivo muito intenso.
Sendo assim, devido à intensidade desse polo, o hidrogênio interage
com os elétrons da molécula que estiver mais próxima, proporcionando uma
interação intermolecular mais forte que as demais interações como o dipolo-
dipolo, por exemplo.
Por muito tempo, esse tipo de interação foi denominado como ponte de
hidrogênio, mas esse termo corresponde a um outro arranjo molecular.
Portanto, a denominação adequada é ligação de hidrogênio.

DIFERENÇAS FORÇA INTERMOLECULARES E FORÇA


INTRAMOLECULARES
As forças intramoleculares são aquelas que, como o próprio nome diz,
ocorrem no interior da molécula, mantendo os átomos unidos. São
responsáveis pelas propriedades químicas dos compostos e são comumente
conhecidas como ligações químicas, sendo divididas em: iônica, covalente ou
metálica. Já as forças intermoleculares são responsáveis pelas interações
entre as moléculas e ainda pelas propriedades físicas dos compostos.
As ligações químicas ou forças intramoleculares são processos de maior
energia, variando entre 50 kcal.mol-1e 100 kcal.mol-1, enquanto as forças
intermoleculares são mais fracas, envolvendo energias na faixa de 0,5
kcal.mol-1 a 10 kcal.mol-1.
Do ponto de vista energético e pelo fato de íons não serem compostos
covalentes, as interações iônicas, para alguns autores, não são tratadas como
interações intermoleculares, mas como processos de ligação química.
Contudo, a interação iônica explica boa parte das propriedades físicas dos
compostos iônicos, e, nesse quesito, convém trazer sua discussão dentro do
tópico de forças intermoleculares.
BIBILIOGRAFIA

 LIVRO QUIMICA GERAL- CONCEITOS ESSENCIAIS-RAYMOND CHANG;


 FISS-FORÇAS INTERMOLECULARES-SÓLIDOS SOLUÇÕES.
MAIRA VITORIA FLORIANO CRISPIM

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