Erupção

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Erupção

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Erupção no vulcão Stromboli, Itália

A erupção vulcânica é um fenômeno da natureza, geralmente associado à extravasação do magma de


regiões profundas da Terra na superfície do planeta. As camadas de rochas formadas por erupções
magmáticas são chamadas de "derrames", pois a rocha se espalha e solidifica-se na superfície do
globo. A lava arrefecida gera normalmente um óptimo solo para plantação.

Existem diferentes tipos de erupção vulcânica, diferindo na proporção e tipo de material expelido e na
violência dessa expulsão.

Índice
[esconder]

• 1 Tipos de erupção
o 1.1 Erupção havaiana
o 1.2 Erupção estromboliana
o 1.3 Erupção pliniana
o 1.4 Erupção vulcaniana
o 1.5 Erupção peleana
o 1.6 Erupção subglacial
o 1.7 Erupção hidromagmática
• 2 Erupções históricas
• 3 Ver também
• 4 Referências

• 5 Ligações externas

[editar] Tipos de erupção


A proporção de rochas, gases e lava que um vulcão emite determina o tipo de erupção. Os tipos de
erupção recebem normalmente nomes relacionados com vulcões famosos onde se observou um
comportamento vulcanológico característico. Alguns vulcões exibem somente um tipo de erupção
durante um intervalo de actividade, enquanto que outros podem mostrar uma sequência de diferentes
tipos.

As erupções vulcânicas podem ser divididas quanto à sua violência em explosivas e efusivas. As
erupções explosivas são causadas pela acumulação de vapor e gases sob elevadas pressões, que são
libertados de forma violenta. A interacção de águas subterrâneas e magma leva à produção de vapor,
que retido debaixo de camadas de rocha se acumula até atingir uma pressão suficientemente elevada
para a destruir e libertar-se para a atmosfera. Gases que eventualmente estejam dissolvidos no magma
em ascensão no vulcão, por acção da elevada pressão no seu interior, podem também expandir
rapidamente após a explosão inicial de vapor, formando uma explosão secundária que é por vezes mais
intensa que a primária e que pode formar um fluxo piroclástico. Em contraste, nas erupções efusivas
existe uma libertação lenta de lava de baixa viscosidade e com reduzido conteúdo volátil, não existindo
fenómenos explosivos associados a este tipo de erupção.

Os vulcanologistas classificam as erupções da seguinte forma:

[editar] Erupção havaiana

Erupção havaiana. 1: pluma vulcânica; 2: fonte de lava; 3: cratera; 4: lago de lava; 5: fumarolas; 6:
fluxo de lava; 7: camadas de lava e cinza; 8: estratos; 9: soleira; 10: chaminé vulcânica; 11: bolsa de
magma; 12: dique.

A erupção havaiana é um tipo de erupção efusiva, sem descarga de gases, com magma basáltico de
baixa viscosidade e temperaturas muito elevadas na chaminé vulcânica, ocorrendo caracteristicamente
em hotspots mas também próximo de zonas de subducção. As erupções havaianas, assim denominadas
por serem características dos vulcões no Havai, podem ocorrer ao longo de falhas ou fissuras, como
aconteceu na erupção do Mauna Loa no Havai em 1950. Também podem ocorrer numa chaminé
central, como na erupção de 1959 na cratera Kilauea Iki do vulcão Kilauea, Havai. Nas erupções em
fissuras, a lava brota de uma fissura na zona rift de um vulcão e escorre pela encosta, juntando-se a
outras correntes de lava. Nas erupções centrais, uma fonte de lava é ejectada a várias dezenas de
metros de altura. Neste caso, a lava pode concentrar-se em pequenas crateras formando lagos de lava,
ou formar cones, ou ainda alimentar rios de lava que escorram pela encosta. Há produção muito baixa
de cinza vulcânica, o que as torna relativamente seguras de observar e por isso populares para os
turistas.

O facto de o magma característico destas erupções conter uma baixa percentagem de água dissolvida
(menos de 1%) e ser na sua maioria basalto confere-lhes o seu carácter efusivo. Praticamente toda a
lava provinda dos vulcões havaianos é basalto toleiítico, uma rocha similar à produzida nas falhas
oceânicas. No vulcão subaquático de Loihi foi detectada erupção de basalto relativamente rico em
sódio e potássio (mais alcalino); este tipo de rocha poderá ser característico do início da formação das
ilhas havaianas. Em etapas posteriores, houve maior erupção deste basalto alcalino e após um período
de erosão houve erupção de pequenas quantidades de rochas invulgares, como a nefelite. Estas
variações na constituição do magma provindo de erupções havaianas é estudado para entender o
funcionamento das plumas do manto.

[editar] Erupção estromboliana


Erupção estromboliana. 1: pluma vulcânica; 2: lapilli; 3: chuva de cinza vulcânica; 4: fonte de lava; 5:
bomba vulcânica; 6: fluxo de lava; 7: camadas de lava e cinza; 8: estratos; 9: soleira; 10: chaminé
vulcânica; 11: bolsa de magma; 12: dique.

O nome provém do vulcão da ilha de Stromboli, na Sicília. Na erupção estromboliana brotam cinzas,
gases, pequenos fragmentos de rocha quente (bombas vulcânicas, lapilli), que formam arcos luminosos
no céu. Os fragmentos de lava combinam-se para formar rios de lava que escorrem pela encosta.
Ocorrem explosões pouco violentas causadas pela acumulação de bolsas de gases, que sobem mais
rapidamente que o magma que as rodeia.[1]

Tipicamente, a tefra encontra-se em incandescência quando é expulsa da chaminé, mas a sua superfície
arrefece e toma uma coloração escura ou negra, podendo solidificar significativamente antes de atingir
o solo. A tefra acumula-se na vizinhança da chaminé, formando um cone de cinza. A cinza é o produto
mais comum, havendo também tipicamente uma menor parte de cinza vulcânica mais fina.

Os rios de lava são mais viscosos, logo mais curtos e espessos, que nas erupções havaianas, podendo
ser acompanhados ou não de rocha piroclástica.

Os gases dissolvidos coalescem em bolhas que tomam dimensões suficientes para se elevarem através
da coluna magmática, libertando-se no topo e enviando magma pelo ar. Existe libertação de gases
vulcânicos em cada episódio eruptivo, por vezes com intervalos de apenas minutos. As bolhas de gases
podem formar-se a profundidades até três quilómetros, sendo de difícil previsão. [2]

A actividade estromboliana pode ser bastante duradoura porque o sistema de condutas não é afectado
pela actividade vulcânica, podendo o sistema eruptivo repetir-se. Por exemplo, o vulcão Paricutín
encontrou-se em constante erupção entre 1943 e 1952, o monte Erebus produziu erupções durante pelo
menos várias décadas e o próprio Stromboli tem tido erupções ao longo de milhares de anos.

[editar] Erupção pliniana

Ver artigo principal: Erupção pliniana

Erupção pliniana. 1: pluma vulcânica; 2: chaminé vulcânica; 3: chuva de cinza vulcânica; 4: camadas
de lava e cinza; 5: estrato; 6: câmara magmática.

A erupção pliniana é associada à erupção do Monte Vesúvio em 79, descrita por Plínio o Novo,
erupção essa que matou o seu pai Plínio, o Velho e soterrou as cidades de Pompeia e Herculano em
cinza vulcânica. Na erupção pliniana, brotam fragmentos de rocha, lava viscosa e uma coluna de
fumaça e gás. É usualmente o tipo de erupção mais poderoso. Associados a este tipo de erupção
encontram-se frequentemente também rápidos fluxos piroclásticos. Erupções plinianas de grande
intensidade, como as que ocorreram a 18 de Maio de 1980 no Monte Santa Helena ou a 15 de Junho de
1991 em Pinatubo nas Filipinas, podem enviar cinzas e gases vulcânicos a vários quilómetros de
altitude, até à estratosfera, e a cinza resultante pode afectar áreas a centenas de quilómetros de
distância na direcção dos ventos. São características distintas deste tipo de erupção a ejecção de
grandes quantidades de pedra-pomes e fortes erupções contínuas de gases.

Erupções plinianas curtas podem durar menos de um dia. Eventos mais longos podem durar desde
alguns dias a vários meses. As erupções mais prolongadas iniciam-se com a produção de cinza
vulcânica ou fluxos piroclásticos. A quantidade de magma que brota pode ser tão grande que o topo do
vulcão pode colapsar, formando uma caldeira. Pode haver deposição de cinza muito fina em áreas
extensas. São frequentemente acompanhadas de forte ruído, como aquele produzido em Krakatoa.

As erupções plinianas de Krakatoa em 1883, Monte Santa Helena em 1980, Monte Tarumae (Japão)
em 1667 e 1739[3], Tira em c. 1600 AEC, a que formou o Lago Crater em 4860 AEC e a do Monte
Vesúvio em 79 são exemplos de erupções plinianas que resultaram na formação de caldeiras. A lava é
normalmente riolítica e rica em silicatos; é raramente basáltica, tendo sido uma erupção com magma
basáltico registada no Monte Tarawera em 1886.

[editar] Erupção vulcaniana

Erupção vulcaniana. 1: pluma vulcânica; 2: lapilli; 3: fonte de lava; 4: chuva de cinza vulcânica; 5:
bomba vulcânica; 6: fluxo de lava; 7: camadas de lava e cinza; 8: estrato; 9: soleira; 10: chaminé
magmática; 11: câmara magmática; 12:dique.

As erupções vulcanianas foram assim denominadas após as observações de erupções de 1888-1890


do vulcão na ilha de Vulcano, no Mar Tirreno, por Giuseppe Mercalli. Outro exemplo deste tipo de
erupção foi a de Paricutín em 1947. Mercalli descreveu a erupção como "(...) disparos de canhão com
longos intervalos (...)". Neste tipo de erupção, brotam enormes fragmentos de rocha quente; uma
espessa nuvem de cinzas sai explosivamente da cratera a uma elevada altitude, formando alguma cinza
fumegante uma nuvem esbranquiçada perto do topo do cone. A sua natureza explosiva deve-se ao
conteúdo rico em sílica do magma, que aumenta a viscosidade e portanto a explosividade deste. Pode
encontrar-se quase todo o tipo de magma neste tipo de erupção, mas magma com cerca de 55% de
basalto-andesito (ou mais sílica) é o mais comum.

As erupções vulcanianas começam normalmente com erupções freatomagmáticas que podem ser
extremamente ruidosas, devido ao aquecimento de água subterrânea pelo magma em ascensão. Este
processo é usualmente seguido de uma explosão que desobstrui a chaminé vulcânica, erguendo-se uma
coluna suja, cinzenta ou negra, devido à expulsão de rochas preexistentes na chaminé. As erupções
vulcanianas podem lanças blocos de rocha de vários metros de dimensão a centenas de metros ou
mesmo alguns quilómetros de distância. À medida que a chaminé é desobstruída, as nuvens de cinza
tornam-se mais esbranquiçadas, sendo a saída de rolos de cinza similar à das erupções plinianas. Esta
fase é seguida pela produção de lava viscosa contendo grandes quantidades de gases e produzindo
cinza vulcânica vítrea. Conhece-se a ocorrência de fluxos piroclásticos, como aconteceu nas erupções
do Stromboli em 1930, de Montserrat desde 1995 e do Monte Unzen entre 1991 e 1995.

A tefra é dispersa numa área maior que nas erupções havaianas e estrombolianas. A rocha piroclástica
e os depósitos formam um cone vulcânico de cinzas, cobrindo a cinza uma grande área. A erupção
finaliza com um fluxo de lava viscosa.

[editar] Erupção peleana

Erupção peleana. 1: pluma vulcânica; 2: chuva de cinza vulcânica; 3: cúpula de lava; 4: bomba
vulcânica; 5: fluxo piroclástico; 6: Camadas de lava e cinza; 7: estratos; 8: chaminé magmática; 9:
câmara magmática; 10: dique.

Numa erupção peleana ou nuée ardente ("nuvem ardente"), tal como a ocorrida no vulcão Mayon nas
Filipinas em 1968, há grande quantidade de explosões de fragmentos de rocha quente, vapores, poeiras
e cinzas a partir da cratera central. Estes materiais caem sobre a zona da cratera e formam avalanches
que se deslocam a velocidades que podem chegar aos 160 km/h. O magma é geralmente viscoso e rico
em riólito ou andesito. Este tipo de erupção partilha algumas características com as erupções
vulcanianas, distinguindo-se pela avalanche de material piroclástico e a presença de uma cúpula de
lava no topo do vulcão. Observam-se também curtos fluxos de cinza e criação de cones de pedra-
pomes.

A fase inicial da erupção é caracterizada por fluxos piroclásticos. Os depósitos de tefra têm um menor
volume e alcance que em erupções plinianas e vulcanianas. O magma viscoso forma uma cúpula
escarpada ou uma agulha de lava na chaminé vulcânica. A cúpula pode colapsar mais tarde, resultando
em fluxos de cinza e blocos de rocha quente. O ciclo eruptivo completa-se no espaço de alguns anos,
podendo nalguns casos prolongar-se por décadas, como no caso de Santiaguito.[4]

As erupções peleanas podem causar grande destruição e perda de vidas se ocorrerem em zonas
povoadas, como demonstrado pela devastação ocorrida em Saint-Pierre após a erupção do Monte Pelée
na Martinica, em 1902. Outros exemplos incluem a erupção de 1948-1951 do Hibok-Hibok, a erupção
de 1951 do Monte Lamington (a mais bem descrita até ao presente), a erupção de 1956 do
Bezymianny, a erupção de 1968 do vulcão Mayon e a erupção de 1980 do Monte Santa Helena.[5]

[editar] Erupção subglacial

Erupção subglacial. 1: nuvem de vapor de água; 2: lago; 3: gelo; 4: camadas de lava e cinza; 5:
estratos; 6: pillow lava; 7: chaminé magmática; 8: câmara magmática; 9: dique.

As erupções subglaciais ocorrem debaixo de gelo ou glaciares, podendo causar inundações e lahars e
originar hialoclastite e pillow lava ("lava em almofada"). Apenas cinco erupções deste tipo ocorreram
no presente. Algumas erupções subglaciares são provocadas por um tipo de vulcão subglacial, o tuya.
Os tuyas na Islândia são denominados "montanhas mesa" devido aos seus topos planos. O tuya Butte,
na Colômbia Britânica, é um exemplo deste tipo de vulcão.

Não é bem conhecida a termodinâmica das erupções subglaciais. Os escassos estudos publicados
indicam que existe uma quantidade apreciável de calor retido na lava, sendo que uma unidade-volume
de magma consegue derreter dez unidades-volume de gelo. A velocidade a que o gelo é derretido é, no
entanto, ainda inexplicada e é uma ordem de magnitude maior em erupções reais que em modelos de
previsão.

[editar] Erupção hidromagmática

Ver artigo principal: Erupção hidromagmática

As erupções hidromagmáticas, freatomagmáticas ou ultra-vulcanianas são conduzidas por vapor


explosivo em expansão resultante do contacto entre solo frio ou águas de superfície frias e rocha
quente ou magma. As explosões freáticas distinguem-se por lançarem fragmentos de rocha sólida
preexistente na chaminé vulcânica, não havendo erupção de magma. A actividade freatomagmática é
geralmente fraca, embora sejam conhecidos casos de forte actividade, como na erupção do vulcão Taal,
nas Filipinas, em 1965, e a actividade de 1975-1976 em La Grande Soufrière, Guadalupe.

[editar] Erupções históricas


As piores erupções da História, que causaram maiores danos:

1. Krakatoa (Indonésia), 1883


2. Monte Pelée (Martinica), 1902
3. Nevado del Ruiz (Colômbia), 1985
4. Vesúvio (Itália), 1979
5. Monte Unzen (Japão), 1792

[editar] Ver também


• Índice de Explosividade Vulcânica
• Vulcão dos Capelinhos
• Hotspot
• Supervulcão
• Sismo

[editar] Referências
1. ↑ Burton; Allard, Patrick; Muré, Filippo; La Spina, Alessandro (Julho 2007). "Magmatic Gas
Composition Reveals the Source Depth of Slug-Driven Strombolian Explosive Activity".
Science 317 (5835): 227-230. Página visitada em 2008-01-18.
2. ↑ Hamish Clarke (13 de Julho). Volcanoes belch 'slugs' from deep underground (em língua
inglesa). Página visitada em 21 de Janeiro de 2008.
3. ↑ Enlightenment activities for improvement on disasters from Tarumae Volcano, Japão, "Cities
on Volcanoes 4", 23-27 January 2006
4. ↑ Kinds of volcanic eruptions (em língua inglesa). Página visitada em 21 de Janeiro de 2008.
5. ↑ Steve Mattox. Is a pelean eruption the same as a plinian eruption? (em língua inglesa).
Página visitada em 21 de Janeiro de 2008.

• Frankel, Charles (2005). Worlds on Fire: Volcanoes on the Earth, the Moon, Mars, Venus and
Io. Cambridge University Press, 21-22.
• Frankel, Charles (1996). Volcanoes of the Solar System. Cambridge University Press, 17.
• Casadevall, T.J. (ed.) (1995). Volcanic Ash and Aviation Safety: Proceedings of the First
International Symposium on Volcanic Ash and Aviation Safety. DIANE Publishing, 437.
• MacDonald, Gordon A. (1983). Volcanoes in the Sea: Geology of Hawaii (2nd edition).
University of Hawaii Press, 156-157.

Santorini
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Imagem LANDSAT de Santorini.

Santorini ou Santorino (língua grega: Σαντορίνη), é uma ilha vulcânica localizada no extremo sul do
grupo das Cíclades, no Mar Egeu, a cerca de 200 km a sueste da cidade de Atenas, Grécia nas
coordenadas aproximadas de 36.40° N e 25.40° E.

Com uma área total de aproximadamente 73 km², em 2001 tinha uma população de 13.600 habitantes.

A ilha deve o seu nome a Santa Irene, nome pelo qual os venezianos a denominavam. Era
anteriormente conhecida por Kallisti, Strongili ou Thera, nome que ainda hoje ostenta em grego.

Para além da ilha principal, Santorini tem nas suas proximidades diversos ilhéus, formando um grupo
quase circular de ilhas, vestígio da grande erupção que despedaçou a ilha. O grupo de ilhas é também
conhecido por Tira (em grego Θήρα).

Vista panorâmica de Tira (Santorini), de Imerovigli até Fira, a partir do ferry que faz a ligação inter-
ilhas.

Santorini é o vulcão mais activo do denominado Arco Egeu, sendo constituída por uma grande caldeira
submersa, rodeada pelos restos dos seus flancos. Esta forma actual da ilha deve-se, em grande parte, à
erupção que há aproximadamente 3.500 anos atrás destroçou o seu território. Aquela erupção, de
grande explosividade, criou a actual caldeira e produziu depósitos piroclásticos com algumas centenas
de metros de espessura que recobriram tudo o que restou da ilha e ainda atingiram grandes áreas do
Egeu e dos territórios vizinhos.

O impacto daquela erupção fez-se sentir em todo o mundo, mas com particular intensidade na bacia do
Mediterrâneo. A erupção parece estar ligada ao colapso da Civilização Minóica, na ilha de Creta, sita
apenas 70 km a sul.

Ilha Nea Kameni - Vulcão - Ilha de grande interesse científico, assumindo-se como um monumento
natural protegido. "Local histórico de beleza natural excepcional", palavras do Centro Cultural
Helénico para decrever não só Nea Kameni, mas também todas as ilhas que formam Santorini. A Palea
e a Nea Kameni – grupo central de ilhas – e a área da caldeira foram também nomeadas como
monumentos geológicos na lista do “World Heritage”.

A beleza singular de Nea Kameni é reforçada pelo facto de ser a forma vulcânica mais recente do
sudeste mediterrânico. Contudo, sofreu uma evolução gradual, onde a erupção mais antiga surgiu há
430 anos e a última em 1950. A ilha apresenta uma forma extremamente irregular e de declives
acentuados, depósitos piroclásticos de dimensões variadas todos eles provenientes de seis pontos de
erupção diferentes.

Palea Kameni, de características semelhantes mas de dimensões reduzidas, tem a particularidade de


apresentar um fenómeno natural único - “Hot Springs”, um conjunto de vapor de água, dióxido de
carbono, enxofre e outros elementos, que formam uma autêntica bacia de água quente, de resto, um
destino turístico de grande fluxo.

[editar] Ligações externas


• Página sobre Santorini (em inglês)
• Institute for the Study and Monitoring of the Santorini Volcano
• Ministério Grego da Cultura: Akrotiri de Thera (em inglês)
• Metropolitan Museum: Creta Minóica
• "Volcanic ash retrieved from the GRIP ice core is not from Thera" - Discussão sobre a origem
de cinzas vulcânicas que se acreditavam ser de Santorini
• Santorini Islands Live Webcams
Civilização Minóica e o Egeu

Os primeiros povos gregos apareceram por volta do ano 2000 a. C.; eram os chamados povos
pré-helénicos de origem indo-europeia, que trouxeram técnicas e experiências do Egipto e do
Oriente, zonas que eram então mais desenvolvidas.
Cerca de 4000 a. C. (período neolítico) o mundo do Egeu deu início ao processo de domínio da
natureza que lhe permitiu a adopção da agricultura, a domesticação de animais e o
estabelecimento de núcleos habitacionais; a adopção de técnicas e práticas importadas do
Oriente onde já há milénios se tinha dado esta revolução. Cerca de 3200 a. C., foi introduzido o
trabalho do metal, pela mão de emigrantes que de Tróia ultrapassaram o planalto da Anatólia.
As ilhas Cíclades, no mar Egeu, foram pioneiras na passagem para a Idade do Bronze. A partir
deste período o domínio dos metais possibilitou a produção de instrumentos aplicáveis a situações
da vida quotidiana; outra matéria-prima que dominavam era o mármore. Apesar do seu relativo
desenvolvimento não há quaisquer vestígios de escrita.
Entre 1600 e 1400 a. C., Cnossos, em Creta, com o seu famoso palácio, atingiu o seu apogeu. O
palácio de Cnossos, o seu edifício mais emblemático, é composto por um conjunto de construções
reunidas em volta de um amplo pátio interior. Neste espaço, os arqueólogos encontraram
inúmeros objectos como vasos de esteatite e recipientes de alabastro, entre os quais se destacam
os que eram utilizados no culto religioso. Para este povo a adoração dos seus deuses era feita no
interior do palácio, em grutas ou ao ar livre, mas nunca em edifícios construídos para o exclusivo
objectivo do culto, daí não se conhecerem templos em Cnossos.
A decoração do palácio de Cnossos é feita através de frescos onde se representam pictoricamente
cenas religiosas como procissões e cenas da vida natural onde abundam os golfinhos e os patos-
bravos. A Civilização Cretense durante a Idade do Bronze desenvolveu três fases distintas
denominadas minóicas, um nome derivado do lendário rei Minos. Esta civilização embora
estivesse desfasada relativamente às ilhas Cíclades, que apresentavam um maior grau de
desenvolvimento, no Minóico Antigo (2700-2000 a. C.) desenvolveram contactos com a região do
Próximo Oriente e produziram vasos de pedra, carimbos e alguns artefactos de ouro.
No Minóico Médio (2000-1750 a. C.) deu-se um incremento das trocas entre Creta e outras
regiões do Mediterrâneo oriental. Em Cnossos, Mália e Festos foram edificados majestosos e
complexos palácios, enquanto os seus artesãos se dedicavam à especialização da produção de
pequenas peças em terracota.
O último período, o Minóico Recente (1750-1400 a. C.), foi a época da reconstrução dos palácios,
coincidente com o apogeu de Cnossos, quando o seu palácio recebeu as pinturas religiosas e
profanas. Entre 1450 e 1400 a. C. os micenenses ocuparam Cnossos e o seu palácio foi
definitivamente abandonado.
A ilha de Tera, actualmente Santorini, uma das Cíclades, no período entre 1600 e 1500 a. C., em
termos civilizacionais, era comparável a Creta. O seu desenvolvimento foi contudo travado pela
natureza vulcânica na ilha. Em 1500 o vulcão começou a entrar em actividade, provocando a fuga
dos seus habitantes, registando-se provavelmente a mais violenta erupção da Antiguidade, que
provocou maremotos destruidores. A área central da ilha foi consumida pelas águas, e Akrotiri
ficou subterrada pelas cinzas. Só na Época Contemporânea a actividade dos arqueólogos
conseguiu recuperar parcialmente os danos provocados pelo vulcão.
No final da Idade do Bronze (1600-1100 a. C.) a Civilização Micénica beneficiou da sua intensa
actividade comercial. A estrutura social deste povo guerreiro e avançado a nível técnico é
relativamente conhecida através das tabuinhas ditas de Linear B. Este povo edificava cidadelas,
túmulos de forma circular (Tholos), e produzia sistemas de rega e de drenagem.
Após o seu ponto alto, entre 1500 e 1300 a. C., foi assolada por uma grave crise. As fortificações
terrestres foram reforçadas, e no mar as trocas com o Próximo Oriente estavam difíceis. Após a
expedição a Tróia em 1184 a. C., incursões e catástrofes naturais debilitaram a Civilização
Micénica. No início da Idade de Ferro (1050 a. C.) já se esgotara a pujança do passado. Só três
séculos depois é que cidades como Atenas retomaram o seu protagonismo.
A guerra de Tróia é descrita pelo poeta grego Homero numa das suas obras, a Ilíada. Neste
poema épico conta-se que o príncipe troiano Páris raptou Helena, a mulher de Menelau, o rei de
Esparta. Agamémnon, rei de Micenas e irmão de Menelau, seguiu para a Ásia Menor. Tróia foi
cercada por um período de dez anos e a vitória acabou por ser dos gregos. Outro poema épico do
mesmo autor, a Odisseia, narra o regresso do herói Ulisses a Ítaca, a sua terra natal, depois de
ter brilhado nessa guerra.
Cnossos está intimamente ligada a uma lenda da Antiguidade, a Lenda do Minotauro, que conta a
história de um bravo jovem que ousou desafiar a sorte e aventurar-se no labirinto de Cnossos, na
ilha de Creta. Conta a lenda que o Minotauro, um ser híbrido meio homem meio touro, habitava
num labirinto todos os anos visitado por um grupo de sete jovens que o tentavam vencer. Todos
falharam excepto Teseu, um jovem por quem se tinha enamorado Ariadne, a filha do rei, que por
ele esperou, fazendo e desfazendo a sua teia, enquanto que o seu apaixonado se salvara, depois
de matar o Minotauro, ao sair do intrincado labirinto através do fio que a jovem lhe dera.

Civilização minóica

Keywords: Civilização minóica, 3000 a.C., Agricultura, Aqueus, Argila, Arquitectura, Atlântida,
Azeite, Boi, Bronze

Imagem não encontrada


Minoan_Crete.png
Mapa da Civilização Minóica

A civilização minóica foi uma civilização que se desenvolveu na ilha de Creta, a maior ilha do mar Egeu, entre 2100
a.C. e 1400 a.C., o período anterior ao da cultura micênica. Teve como principal centro a cidade de Cnossos. O
termo "minóico" deriva de Minos, nome de um lendário rei de Creta.
Conteúdo

1 Origem

1.1 Pré-História
1.2 Idade do Bronze

2 Arquitetura
3 Arte
4 Estrutura política
5 Atividades econômicas
6 Religião
7 Apogeu
8 Declínio
9 A civilização minóica e a mitologia grega

Origem

Pré-História

A origem dos minoanos é incerta. A ilha foi ocupada a partir de 6000 a.C. por povos neolíticos, como evidenciado por
figuras antropomórficas de argila. As primeiras peças de cerâmica surgiram por volta de 5700 a.C.. A arquitetura é
semelhante às presentes no Egito e no Oriente Médio deste período e de períodos posteriores, com tijolos
queimados sobre fundação de pedra, cobertos por barro, que pode ligá-los aos povos daquelas regiões, e não aos
povos europeus como costuma-se pensar.

O povo cultivava trigo, lentilhas, criava bois e cabras. O terreno montanhoso e acidentado dava lugar a profundos
vales férteis, onde era praticada a agricultura. A pesca também era um importante elemento na obtenção de
recursos.

Por volta de 3800 a.C, o cobre substituiu as pedras em utensílios como machados, e a ilha toda passou a ser
ocupada por esta cultura.

Idade do Bronze

Por volta de 3000 a.C. são encontrados vestígios de utensílios de bronze e fornos para sua fundição. Neste período,
a ocupação do litoral tornou-se evidente, com vilas costeiras e ancoradouros. Surgiu um sistema de escrita (linear A,
linear B, ainda sem tradução). Após 2100 a.C. grandes palácios começaram a ser construídos, denotando um certo
grau de unidade política. Com registros escritos, unidade política e possivelmente um exército (e uma armada),
caracteriza-se o início da civilização minóica.

Arquitetura
As estruturas de tijolos, pedra e barro se mantiveram ao longo da evolução desta civilização, mas a complexidade de
suas construções aumentou desde o período neolítico. As casas eram retangulares, externamente amplas, com o
interior dividido em muitos cômodos pequenos. Os palácios eram estruturas complexas, com diversos cômodos
ligados por sinuosos corredores. As paredes eram freqüentemente adornadas por representações de animais,
festejos ou figuras geométricas, com ênfase em cores vivas.

Arte

A cerâmica se destacou por apresentar diversidade de formas e funções, progredindo em termos de de variedade,
refinamento e acabamento. Eram decorados com pinturas de formas geométricas simples, como triângulos, zigue-
zagues e padrões simétricos abstratos. Algumas obras possuíam pequenas imagens do cotidiano, como plantas e
animais domésticos.

As pinturas em parede ganham destaque. Suas cores vivas puderam ser vistas nas ruínas dos palácios mesmo
milhares de anos após sua destruição. Também retratam com bom grau de precisão e detalhamento animais
selvagens e domésticos (sobretudo o touro), figuras humanas em cenas como festas, casamentos, colheitas e
cerimônias. A maior parte do conhecimento acerca da sociedade minóica se deve a essas pinturas.

Posteriormente, os trabalhos em metal (sobretudo ouro) e pedras preciosas tornaram-se notáveis em detalhamento e
se transformaram em artigos de exportação preciosos, populares desde o Egito à Pérsia.

Estrutura política

Acredita-se que a civilização minóica era constituída por cidades-estado, subordinadas em certo nível a uma cidade
mais importante e seu rei. Assume-se que Cnossos era esta cidade. O palácio de Cnossos é o maior já encontrado
na ilha, embora grandes palácios também ocorram em Festos e Malia. Associados ao palácio, estavam casas, lojas,
banhos, oficinas e armazéns. Devido à dificuldade na tradução dos escritos minóicos, não há a identificação dos reis
de Creta (o nome Minos foi atribuído pelos gregos, posteriormente, ao rei que teria governado do palácio de
Cnossos).

Atividades econômicas

O Egito, durante muito tempo, importou de Creta azeite e vinho, geralmente transportados em vasos de cerâmica. Os
cretenses também desenvolveram a cultura de oliveiras, videiras e cereais.

A civilização minóica, com o tempo, tornou-se uma talassocracia, o que foi possível graças à presença de madeira
em suas florestas, largamente utilizada na fabricação de barcos, muitos dos quais atingiam 20 metros de
comprimento.

A indústria foi igualmente acentuada, principalmente na exportação de jóias e tecidos. As jóias eram fabricadas por
meio de metais importados da região que hoje é a Espanha.
Religião

Supõe-se que a religião minóica tenha sido uma mistura de cultos a divindades associadas aos fenômenos da
natureza. Ainda em seu princípio, esculturas de uma deusa-mãe tornaram-se freqüentes. Também se destacou em
importância a imagem do touro, reproduzida em pinturas e em obras arquitetônicas, que pode ter sido associado à
fertilidade. Cerimônias religiosas são descritas em pinturas. Santuários foram identificados em cavernas e
montanhas, bem como no interior dos próprios palácios, o que pode atribuir aos reis alguma função sacerdotal.

Inicialmente os mortos eram sepultados em cavernas, mas com o gradativo desenvolvimento da vida urbana,
grandes túmulos e mausoléus tomaram lugar nos ritos fúnebres.

Apogeu

O apogeu da civilização minóica se deu entre 1700 a.C. a 1400 a.C.. Por volta de 1700, um grande terremoto
destruiu a ilha, e os palácios foram reconstruidos em ainda maior escala, com o desenvolvimento de túmulos
maiores, sistemas de esgoto e esculturas elaboradas. A prosperidade da ilha se deveu basicamente à habilidade na
construção de naus rápidas e resistentes, capazes de transpor o Mar Mediterrâneo. Desta forma, os minoanos
estabeleceram relações comerciais com as civilizações circundantes, exportando peças de metal, jóias, cerâmica,
azeite e lã.

Sua expansão comercial coincidiu com sua expansão territorial e política. Colônias foram fundadas em diversas ilhas
do Mar Egeu e na Sicília.

Os aqueus, áticos e jônios ocuparam inicialmente a área da atual Grécia durante o terceiro milênio antes de Cristo, e
foi provavelmente através do contato com comerciantes minoanos que descobriram a metalurgia, a navegação, a
construção de barcos e o cultivo das oliveiras, que se tornariam o eixo da sociedade grega primitiva. A mescla destes
povos e a herança cultural dos minoanos originou a civilização micênica.

Declínio

A chegada de outra tribo indo-européia, os dórios, à Grécia continental coincidiu com um grande desastre natural.
Uma violenta erupção vulcânica na ilha de Santorini em 1470 a.C. causou um maremoto que destruiu os portos
minóicos e provavelmente toda a sua armada. Incapazes de estabelecer comércio com outras culturas e defender-se
de invasões estrangeiras, a sociedade aparentemente entrou em guerra civil.

Ainda no século XV a.C., os dórios vindos do Peloponeso invadiram Creta, estabeleceram-se nas cidades
abandonadas e construíram sobre cidades destruídas. Os minoanos migraram para o leste da ilha, mas foram
finalmente assimilados por volta de 1380 a.C..

A civilização minóica e a mitologia grega


O contato com os ancestrais dos gregos transformou os minoanos e elementos básicos de sua cultura em lendas
que perpetraram-se na mitologia grega.

Baseados nas evidências encontradas em Creta posteriores à invasão dória, surgiu a lenda de um rei mitológico que
teria governado em Cnossos. Seu castelo possuía um grande labirinto (na verdade, eram as ruínas dos corredores
do palácio), onde, no centro habitava uma criatura meio touro, meio homem, o minotauro (baseados nos vários
símbolos em referência ao touro presentes no local). As lendas de Dédalo e Ícaro, e a lenda de Teseu são baseadas
neste cenário. Tulcídides, historiador grego, menciona Minos como o primeiro rei a construir uma armada, assumindo
que ele tenha realmente existido.

Platão escreve sobre Atlântida como uma antiga e avançada civilização localizada em uma ilha que teria sido
engolida pelo mar. As descrições da riqueza e da prosperidade, bem como a similaridade dos eventos cataclísmicos,
faz crer que a lenda de Atlântida seja um vestígio da impressão dos antigos micênicos, então uma cultura recém-
saída da idade da pedra, frente aos primeiros contatos com a civilização minóica, então uma civilização bem
desenvolvida.

Os cretenses
Equipe Passeiweb

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Por volta de 3.000 a.C., a ilha de Creta, no Mediterrâneo, foi habitada por povos heterogêneos (principalmente arianos
procedentes da Ásia Menor). A partir de 2.600 a.C., instalaram-se povoados portuários, como Cnossos e Maliá, que
funcionavam como entrepostos comerciais. Foram dominados pelos aqueus em 1.450 a.C.

Creta é uma das maiores ilhas do Mediterrâneo. A civilização Cretense passou por três estágios:

• Civilização egéia
• Civilização cretense
• Civilização minóica

Os primeiros habitantes dessas terras deram origem à Civilização egéia, nome devido ao Mar Egeu.

A maioria da população era formada por pescadores e marinheiros, por isso eram chamados de povo do mar.

No início, houve preocupação com a agricultura de oliva, uva, trigo, milho miúdo, legumes, ameixa, figo, e com o comércio
marítimo com as outras ilhas do Mar Egeu, com o Egito e com a Ásia. Com o comércio marítimo, podiam oferecer saída
aos produtos da ilha e de suas indústrias e meios de obter produtos alimentícios que o solo não conseguia proporcionar em
grande quantidade. Exportavam azeite, vinho, tecidos, armas de bronze, jóias e uma admirável cerâmica.

Expandindo-se pelo mar, os cretenses fundaram diversas colônias, entre as quais Micenas, Tirinto e Tróia.

A indústria cretense era parcialmente controlada pelo Estado. Fabricavam tecidos, ferramentas, utensílios domésticos,
vasos e jóias. Havia divisão de trabalho e produção em larga escala.

O trabalho era exercido por escravos. O poder era centralizado no rei. Construíram grandes palácios (como o de Cnossos),
dedicaram-se a afrescos e à cerâmica e desenvolveram, em placas de argila, a escrita pictográfica "Linear A" (com alguns
hieróglifos emprestados copiados dos egípcios) e a "Linear B" (uma forma primitiva do grego). As tabuletas relatavam fatos
sobre as administrações dos palácios. Eram politeístas e cultuavam deuses humanos e animais.

No século passado, em 1900, o arqueólogo inglês Arthur Evans descobriu traços e vestígios de grandiosos palácios
datados do século XX a.C.. Eram restos das cidades cretenses Cnossos e Faístos. Eram palácios com quartos decorados,
oficinas, redes de água e esgoto, locais que demonstravam um alto grau de civilização e organização social.

A cultura e o povo na Civilização Minóica

Reconstituição do Palácio de Cnossos


Em torno de 1750 a .C., uma catástrofe ocorreu em Creta (não se sabe ao certo o que foi mas os historiadores acham que
foi um terremoto ou uma explosão vulcânica)e soterrou os palácios reais. Sobre estas ruínas, o rei Minos, no século XVI
a.C., construiu outros palácios de igual beleza, como o palácio de Cnossos. Foram os arquitetos Dédalo e Ícaro que o
fizeram a mando de Minos.

O palácio era enorme, compreendia salas do trono, teatro para espetáculos, torneios e touradas, tinha vários fins e, a
construção, de quatro ou cinco andares, contava com 1300 divisões. O pátio central tinha mais de 10.000 m2. Era habitado
pela família real, funcionários e servos.

Eram um povo festivo e levavam uma vida alegre. Quase não havia distinção entre as classes sociais. Tanto os homens
quanto as mulheres dedicavam muito do seu tempo aos jogos, exercício físicos ao ar livre, pugilismo, luta de gladiadores,
corridas, torneios, desfiles e touradas.

Realizações do povo cretense

Afresco cretense
- A dança, acompanhada de cantos e sons;
- Os teatros ao ar livre, nos pátios dos palácios;
- Enormes potes da altura do homem, para armazenarem alimentos (serviam, também, como objetos de decoração, pois
eram ricamente decorados);
- Um sistema próprio de escrita, gravado em argila (inspirada nos hieróglifos egípcios);
- Labirintos com salas e corredores;
- Casas confortáveis;
- A escultura representada em miniaturas;
- Uma pintura maravilhosa inspirada na natureza, nos pássaros, nas flores, na vida à beira-mar etc., usando principalmente
o azul e o vermelho.

Arte cretense cheia de fantasia, vida, delicadeza, graciosidade e originalidade, expressava o gênio de um povo acostumado
à independência. Os artistas eram capazes de representar o momento de fúria de um touro ou o suave movimento de um
polvo. Os artesãos trabalhavam a cerâmica, o ouro, a prata, o bronze, com os quais faziam lindas peças e objetos de
adorno.

Os cretenses no campo artístico só foram superados pelos gregos.

A organização política da civilização Minóica

Deusa Cretense
Cnossos tornou-se o centro político da ilha de Creta, sendo que, o chefe político era um rei-sacerdote, com diversos
poderes, entre eles o religioso, administrativo e de juiz supremo, podendo governar de forma absoluta.

A religião era monástica e matriarcal. A maior atração religiosa era a Deusa-Mãe, que era considerada a deusa da
fecundidade, da maternidade, da terra e dos homens. Representava o bem e o mal ao mesmo tempo. Era também a
senhora dos animais e a ela eram consagrados os pássaros, leões e serpentes.

"A presença da mulher em exibições perigosas e de grande habilidade e também nas festas aparece em diversas pinturas
em cerâmicas e nos afrescos. Essa valorização da mulher se deve principalmente ao fato de que a divindade maior de
Creta é uma mulher (a Deusa-Mãe). Daí podemos concluir que a mulher na sociedade Cretense gozou de uma grande
consideração." (Baseado em Franco di Trondo, La Storia e I suol Problemi, Loescher Editore, Torino, Itália)

Em sua homenagem, o povo organizava festividades, jogos, torneios, touradas em que os rapazes se exibiam em
perigosos exercícios ginásticos, mas sem matar o touro, pois o consideravam um animal sagrado.

Também tinham outras divindades que viviam rodeadas de pássaros, de serpentes, de touros ou de seres fantásticos com
corpo humano e cabeça de animal, lembrando o Minotauro. Praticavam o culto dos mortos, enterrados com alimentos,
ferramentas e objetos de adorno.
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