RADICALMENTE DISCÍPULOS - O Desafio Da Maturidade

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RADICALMENTE DISCÍPULOS – O DESAFIO DA MATURIDADE

Cl 1: 28 – 29

INTRODUÇÃO
O mundo tem experimentado nos últimos 70 anos um crescimento exponencial
da igreja. As estatísticas são surpreendentes. A igreja chinesa por exemplo,
cresceu pelo menos 100 vezes neste período. Atualmente mais cristãos
cultuam no domingo na China do que em todas as igrejas da Europa Ocidental
juntas. Mas apesar dessas estatísticas demonstrarem esse crescimento
explosivo, os relatos de líderes espirituais mundo à fora tratam de uma
superficialidade no discipulado. Os relatos em toda parte do mundo são de que
apesar do crescimento numérico, existe um grande problema de consagração e
integridade, causado em especial pela superficialidade do conhecimento bíblico
e teológico.
Esses dados nos fazem pensar na qualidade do crescimento da igreja. É um
crescimento superficial, sem profundidade. Temos visto nestes últimos
domingos que fomos chamados para fazermos discípulos de Cristo, para
multiplicar...

PROPOSIÇÃO
Frase Interrogativa:
...mas será que, como igreja brasileira, estamos indo pelo caminho certo? Será
que não estamos incorrendo no erro, no equívoco da numerolatria? Será que
não estamos negociando a profundidade e a maturidade no discipulado em
detrimento da preocupação com o número com o crescimento?

Oração Proposicional: Esta noite eu gostaria de refletir com os irmãos sobre


sermos Discípulos Radicais no Desafio da Maturidade.

TRANSIÇÃO
Parece que a igreja, desde o seu início, tem essa tendência a superficialidade,
a imaturidade. O apóstolo Paulo já advertia as igrejas quanto a imaturidade
espiritual como podemos ler em I Co3: 1-3 “Irmãos, não lhes pude falar como a
espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. 2 Dei-lhes leite, e
não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De
fato, vocês ainda não estão em condições, 3 porque ainda são carnais. Porque,
visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo
como mundanos?”
Estas palavras do apóstolo Paulo soam como um lamento do apóstolo, quando
na verdade, o desejo do seu coração, como podemos ler em Cl 1: 28 -29 que
lemos, era que todo crente, alcance a maturidade em Cristo,

NARRATIVA
Paulo escreve esta carta aos colossenses enquanto estava em sua primeira
prisão em Roma. Possivelmente o que motivou Paulo a escrever esta carta
foram informações recebidas a respeito do estado internos da igreja. Haviam
naqueles dias do primeiro século, muitas doutrinas heréticas, que contrariavam
dos ensinos dos apóstolos surgindo no seio da igreja. Era necessário que
Paulo escrevesse para reafirmar a doutrina e os ensinos deixados por Cristo
para a sua igreja, a fim de amadurecer os crentes da época e fortalece-los na
fé, AMADURECÊ-LOS

PONTO I – O QUE É A MATURIDADE CRISTÃ? OS RADICAIS DISCÍPULOS


DE CRISTO SE RELACIONAM COM ELE DE FORMA PESSOAL, VITAL E
ORGÂNICA
Bom, existem diversos tipos de maturidade:
1 – A maturidade física nos proporciona ter um corpo saudável e bem
desenvolvido;
2 – A maturidade intelectual nos proporciona ter uma mente disciplinada e ter
um bom entendimento do mundo;
3 – A maturidade moral nos possibilita ter uma clara compreensão de bem e de
mal;
4 – A maturidade emocional nos capacita ter uma personalidade equilibrada;
5 – A maturidade espiritual nos capacita um relacionamento mais profundo com
Cristo.

Paulo tinha uma expressão muito característica para falar sobre a maturidade
cristã. Ele dizia: “homens e mulheres em Cristo” Uma ideia clara sobre isso, é
pensar que estar em Cristo é como os ramos que estão na videira. Estado de
estar é PESSOAL, é VITAL, é ORGÂNICO
Jesus ensinou sobre isso como podemos ler em Jo 15: 1-12. Nessa passagem
Jesus diz que Ele é a Videira Verdadeira, e quem está ligado a ele manifesta
uma relação pessoal, vital e orgânica, de modo que a maturidade nesta ligação
faz gerar frutos (fazer discípulos), A ideia que Jesus trás é de que a maturidade
se consiste em uma dependência dEle, onde nEle, somos nutridos, somos
desenvolvidos, somos amadurecidos. Existem aqueles que parecem estar
ligados, enxertados nEle, mas não dando frutos, são cortados e lançados fora.
A maturidade Cristã nos propõe dar frutos, gerar discípulos.

ILUSTRAÇÃO

APLICAÇÃO
A maturidade Cristã nos propõe dar frutos, gerar discípulos.

PONTO II – COMO PODEMOS NOS TORNAR MADUROS? OS RADICAIS


DISCÍPULOS TEM UMA CLARA VISÃO DE QUEM CRISTO É.
É claro que, se maturidade é nosso relacionamento com Cristo de forma
pessoal, vital e orgânica que gera frutos, então, quanto mais profundo for este
relacionamento, Mais clara e adequada será a nossa visão e entendimento de
Cristo.
A verdade é que há muitos ”Cristos” sendo oferecidos nas religiões por aí? A
maioria deles não passam de Cristos distorcidos ou caricatos.
Infelizmente, temos visto nos últimos tempos, por exemplo, o Cristo capitalista
de direita competindo com o Cristo socialista de esquerda no nosso País. E
sendo estes, dois cristos diferentes, o que fazem é promover divisão nas
pessoas.
Existe o Cristo comercial, o que promete prosperidade.
Existe o cristo curandeiro, altamente supersticioso, que se vale de mandingas e
objetos místicos para abençoar as pessoas.
Existe o cristo dos monumentos, doas artes sacras, dos quadros e entalhes em
madeira este é o cristo sem poder. Todos os apóstolos, os mártires da igreja,
seu pai e sua mãe tem mais poder que ele, afinal, muitos buscam favor em
todos os outros exceto nele.

ILUSTRAÇÃO – E por estes dias, temos visto e ouvido muito sobre o cristo
iracundo e vingativo. A final, ele precisa se vingar da blasfêmia do povo de um
estado destruindo tudo e matando gente com alagamentos e inundações.
Vídeos circulando na internet de pseudo crentes espirituais dizendo que as
enchentes no RS são um castigo de Deus pelo pecado de idolatria, feitiçaria e
etc do povo daquele estado.

APLICAÇÃO
Se queremos desenvolver uma maturidade genuína em Cristo, precisamos de
uma visão renovada e verdadeira de Cristo. Paulo o descreve de forma sublime
em Cl. 1: 15-20 “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a
criação,16 pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades;
todas as coisas foram criadas por ele e para ele. 17 Ele é antes de todas as
coisas, e nele tudo subsiste.18 Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o
princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a
supremacia.19 Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude,
20
e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na
terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue
derramado na cruz.”
Precisamos, para desenvolver nossa maturidade em Cristo, romper, abandonar
o Cristo político capitalista, ou o Cristo revolucionário, ou o Cristo popstar, ou o
Cristo iracundo e vingativo. Estes são caricaturas, imagens distorcidas pelo
coração humano imaturo. Precisamos nos voltar e redescobrir o Cristo das
escrituras o Cristo evangelho em essência, o Cristo que vale a pena seguir e
ser discípulo, o Cristo que vale a pena nos comprometer com a sua missão.

NADA É MAIS IMPORTANTE PARA UM DISCÍPULO MADURO DO QUE UMA


VISÃO RENOVADA, CLARA E VERDADEIA DO JESUS AUTÊNTICO.

PONTO II – PARA QUEM É ESSE CHAMADO A MATURIDADE? OS


RADICAIS DISCÍPULOS ASSUMEM O SEU CHAMADO A MATURIDADE.
Agora que já definimos o que é maturidade cristã e vimos como os discípulos
se tornam maduros, chegamos à terceira pergunta: para quem esse chamado à
maturidade é direcionado? É notável que nesse texto Paulo repete a palavra
“todo”: “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando
a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem
perfeito em Cristo” (Cl 1.28). O contexto dessa tripla repetição provavelmente é
a chamada “heresia colossense”. Os estudiosos ainda debatem sua forma
exata, mas é quase certo que foi um gnosticismo embrionário que chegou ao
auge na metade do século 2.
Esses primeiros gnósticos parecem ter ensinado que havia duas classes ou
categorias de cristãos. Por um lado, havia os hoi polloi, o rebanho comum, que
era unido pela pistis, a fé. Por outro, havia os hoi teleioi, a elite, que havia sido
iniciada pela gnosis, o conhecimento especial. Paulo ficou horrorizado com
esse elitismo cristão e se opôs firmemente a ele. Ao proclamar a Cristo, ele
tomou a palavra dos gnósticos, teleios, e aplicou-a a todos. Ele alertou e
ensinou a todos, rogou para que pudesse apresentar todos maduros (teleios)
em Cristo. A maturidade em Cristo está enfaticamente disponível não somente
a um seleto grupo de pessoas, mas a todos. Ninguém precisa fracassar em
obtê-la.

ILUSTRAÇÃO

APLICAÇÃO
No conhecimento de Cristo e na maturidade em Cristo não há elitismo, divisão
de classes ou mais ou menos capacitados. “Todos”, Paulo repete três vezes,
todos somos chamados a maturidade em Cristo. A experimentara a Cristo, de
mergulharmos em Cristo.

CONCLUSÃO
Isso me faz lembrar do texto de Ezequiel 47 em que em sua visão, ele é
compelido a entrar nas águas que inicialmente lhe davam nos calcanhares,
mas conforme ele foi entrando, foi se aprofundando, as águas se tornaram um
rio caudaloso que só poderia ser atravessado a nado.
Cristo deseja que tenhamos com Ele uma relação pessoal, vital, orgânica
conhecendo-o como Ele de fato é, descrito nas escrituras. Para que possamos
experimentar da profundidade de do nosso Senhor.
Que cresçamos e desenvolvamos essa maturidade em Cristo como Discípulos
Radicais.

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