Trabalho de Obras Maritmas-Wilma

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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências e Tecnologias

Departamento de Engenharia Civil

Obras Marítimas

2ᵃ Grupo

Morfologia costeira

Nomes:

Malbercio Mauissa

Wilma Andréa

Adonay Candua

Beira, Março de 2023


Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências e Tecnologias

Departamento de Engenharia Civil

Obras Marítimas

2ᵃ Grupo

Morfologia costeira

O Trabalho de pesquisa apresentado à faculdade de


Ciências e Tecnologia no Curso de Engenharia
Civil da Universidade Zambeze, na cadeira de
obras marítimas como requisito avaliativo, sob
orientação do Engº. Domingos Mungento

Nomes:

Malbercio Mauissa

Wilma Andréa

Adonay Candua

Beira, Março de 2023


Resumo

As zonas costeiras são um tipo de espaço com características especiais na superfície da


Terra, porque eles resultam da intersecção de três principais fatores geográficos,
como relevo, clima e mar, assim que a dinâmica desses tipos paisagem em si é mais
complexa. Esta interação de fatores que incluem a presença ocasional de outros factores
(incluindo a presença de estuários, urbanização, exutórios, a atividade humana, gelo) que
podem fazer estudo ainda mais complexa. A morfologia do litoral é caracterizada por áreas
baixas, com altitude até cerca de 200m acima do Nível Médio do Mar. A restinga é um
espaço geográfico formado sempre por depósitos arenosos paralelos à linha da costa, de
forma geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram
diferentes comunidades que recebem influência marinha, podendo ter cobertura vegetal em
mosaico
SUMÁRIO

Introdução …………………………………………………………………………..…...iii

Objectivos .......................................................................................................................... 2

Objectivo geral ................................................................................................................... 2

Objectivos específicos; ...................................................................................................... 2

1 Morfologia costeira ........................................................................................................ 3

1.1 Zonas costeiras ...................................................................................................... 3

1.2 Costa ...................................................................................................................... 3

1.3 Praia ....................................................................................................................... 3

1.4 Morfologia costeira de Moçambique ..................................................................... 4

1.5 Geologia e geomorfologia ..................................................................................... 5

1.6 Vegetação costeira ................................................................................................. 7

1.7 Ecossistema marinho ............................................................................................. 8

1.7.1.1.1 Características dos ecossistemas marinhos .......................................... 8

1.7.1.1.2 Organismos dos ecossistemas marinhos .............................................. 9

1.8 Ecossistemas costeiros ......................................................................................... 10

1.9 Ecossistema praial ............................................................................................... 11

1.10 Dunas e sua formação .......................................................................................... 12

Conclusões ........................................................................................................................... 14

Referências Bibliográficas ................................................................................................... 15


Introdução

Engenharia marinha é o ramo da engenharia que tem como Actividade principal as obras
que se destinam a exploração das potencialidades do mar.

As obras marítimas são geralmente muito complexas, pois envolvem diversos factores
determinantes para o seu sucesso. A escolha assertiva de um determinado tipo de solução a
implementar é de vital importância, uma vez que esta escolha pode ter influência em
distintos parâmetros, como a movimentação de sedimentos, a hidrodinâmica e a ecologia
da região, entre outros.

Toda esta matéria apresentada no que respeita as obras portuárias que se irão apresentar
mais adiante, terão como seus destinatários a acostagem de navios de vários tipos.
Obviamente que os navios e barcos actuais pouco tem haver com os antigos, desde o
primeiro registo arqueológico do primeiro artefacto flutuante há dez mil anos, talhado com
apetrecho de pedra lascada, talvez uma jangada ou canoa; os barcos de cana ou papiro do
antigo Egipto; os barcos a remam da antiga Grécia e Roma, as primeiras velas da China e
mais tarde os fenicios Portugueses e outros, os primeiros movidos a vapor e outros
combustíveis fósseis.

Sendo os projectos de obras costeiras e marítimas muito complexos, devido aos inúmeros
factores a elas inerentes, é razoável fazer uma selecção dos parâmetros indispensáveis ao
projecto em causa, denominados variáveis-chave, e manter o foco nessas variáveis, que são
as que realmente irão influenciar nos mecanismos de actuação e no dimensionamento do
projecto em questão.

1
Objectivos
Objectivo geral
Falar da morfologia costeira de Moçambique

Objectivos específicos;
 Tipos de vegetação costeira;
 Conhecer Ecossistema marinho, costeiro,praial;
 Dunas e sua formação;

2
1 Morfologia costeira
A geografia costeira, geografia litorânea ou geografia do litoral é um ramo
da geografia que estuda a relação entre terra e a água e do clima (e outros fatores
geográficos) na zona costeira.

1.1 Zonas costeiras


As zonas costeiras são um tipo de espaço com características especiais na superfície da
Terra, porque eles resultam da intersecção de três principais fatores geográficos,
como relevo, clima e mar, assim que a dinâmica desses tipos paisagem em si é mais
complexa. Esta interação de fatores que incluem a presença ocasional de outros factores
(incluindo a presença de estuários, urbanização, exutórios, a atividade humana, gelo) que
podem fazer estudo ainda mais complexa. A geografia costeira estudando ambas as
paisagens costeiras como um todo, em particular a sua dinâmica. Esta é enquadrada no
âmbito da geografia física complexa, resultando em uma mistura de geossinergética com
geografia regional na geografia física.

1.2 Costa

A costa, sendo o ponto de encontro entre a terra e a água, é um ambiente em que ocorrem
constantemente erosão (remoção de material, devido a ondas e marés, correntes marinhas
e vento) e sedimentação (entrada material de rios próximos ou extensões de linha costeira).
A soma desses processos é o orçamento de sedimentos da costa. Os impactos de
sedimentos orçamento pesadamente sobre a forma da costa:

 Se o saldo for negativo, a erosão que são predominantes, a costa é alta, marcada por
falésias e rochedos;
 Se o saldo for positivo, que são predominantes fenômenos deposicionais, Os custos
serão mais baixos, caso em que também podemos distinguir várias possibilidades: ou
as costas abertas, onde há uma clara separação entre a água e linear e as costas do
continente ou protegida, quando, depois de uma primeira linha de terra seca é abrir
outros espelhos água mais ou menos ligadas ao mar (como em lagoas).

1.3 Praia
A parte da costa afetada pela ação das ondas e da praia: ele vai desde a base da praia (que
também é o limite inferior da costa) para o nível máximo atingido pelas ondas de
tempestades mais violentas.

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A praia pode ser dividida em três áreas:

 Emerção: a porção da praia que é atingida pela água somente durante as ondas
particularmente violenta como as que surgem durante as tempestades;
 Intertidal ou entre-marés: a parte alternadamente revelada ou oculta, dependendo da
maré (e, portanto, é delimitada pelos limites máximos e mínimos atingida pela água
durante as marés mais altas e mais baixas),
 Praia submersa: parte do cenário que está sempre coberta de água, mas ainda é
afetada pela ação das ondas.

A diferença nas condições de ondas que podem surgir de uma praia que significa que eles
podem ter características físico-geográficas muito diferentes Dependendo da forma de uma
linha costeira pode falar de: península, istmo, cabeça e golfe. A estrutura do litoral é muito
variada e depende da terra, as águas que correm sobre ele e sua exposição a condições
climáticas diferentes.

1.4 Morfologia costeira de Moçambique


Moçambique possui cerca de 2700km banhado pelo ocêano índico. A zona costeira
mocambicana vai do rovuma, a norte na fronteira com a República da Tanzania, até a ponta
de ouro no sul na fronteira com a República da África do Sul. Esta vasta costa abrange um
variado mosáico de abientes e ecosistemas, com um nível de originalidade natural ainda
significativo em termos comparativos internacionais. Numa escala dilatada a zona costeira
apresenta 4 macro unidades definidas pelas caracteristicas naturais:

 Costa de coralina
Com uma extensão de cerca de 770 km, indo do rio Rovuma ( 10 º 3´ 0 s) até ao
arquipêlago das primeiras e segundas ( 10º 20 ´ 0 s) .

 Costa de mangal
Com uma extensão de área de 978 km indo de Agonche ( 16º 17´0s) até ao
arquipêlago do Bazaruto ( 21º 10 ´ 0 s).

 Costa de delta
Ocorrendo com grande singularidade nas regiões de foz de rio Zambeze e Save.

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 Costa de dunas parabólicas

Com uma extensão de area de 850 km, indo do arquipêlago de Bazaruto até a ponta do
Ouro ( 26 º 52 ´ 0 s), Continuando no entanto até ao rio Mlalazi ( 28 º 57 ´ 0 s) na África do
Sul.

A seguir se apresenta o Mapa referente a ambiente costeira de Moçambique:

Figura 1: Mapa referente a ambientes costeiros de Moçambique. A linha tracejada representa a isóbata de
200m. (Fonte: Hoguane & Pereira, 2003).

1.5 Geologia e geomorfologia


A geologia da costa moçambicana é caracterizada por despotismos sedimentário do
Precâmbio, que ocupam duas bacias principais: a bacia austral que corresponde a zona
centro e sul de Moçambique, e a bacia do Rovuma que ocupa a zona costeira estreita da
Província de Nampula, tornando-se mais larga na direcção norte, desde o rio Lúrio até ao
rio Rovuma na Província de Cabo Delgado. Esta bacia é constituído por depósitos

5
sedimentares do mesa- Cenozoic, com idade entre Cretaceous e Meiapilocene (Kairu and
Nyandwi, 1997).

A morfologia do litoral é caracterizada por áreas baixas, com altitude até cerca de 200m
acima do Nível Médio do Mar. A linha da costa é caracterizada por extensões intermitentes
de praias arenosas, dunas recentes e lagoas e baias costeiras, na zona sul; porextensa e
densa vegetação e pântanos de mangal, no centro; por recifes de coral, praias rochosas e
ilhas no norte. Pode-se identificar três zonas hidrogeológicas distintas ao longo da costa
moçambicana (Figura 2), que são:

 Costa dunar, característico da zona a sul do rio Save, onde as áreas porosas
depositados por agentes eólicos formam um aquífero freático regional. A
permeabilidade dos solos diminui da costa para o interior, à medida que os solos se
tornam ricos em argila;
 Planícies aluviais que se desenvolveram ao longo dos principais rios, característicos
da zona centro;
 Terras vulcânicas, que marcam a fronteira entre o mar e a terra, características da
zona norte.

A plataforma continental é estreita no Sul e no norte, com dois bancos de importância


ecológica notável: a Baía de De lagoa, no Sul e o Banco de Sofala, no Norte. Na zona norte
existe o Banco de São Lazaro, no alto mar adjacente à Província de Cabo Delgado.

Figura 2: Topografia do Canal de Moçambique (Sætre & Silva, 1979)

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1.6 Vegetação costeira
Vegetação litorânea é uma formação presente nas terras baixas e planícies do litoral,
constituída por variadas formas de vegetação. No Brasil, vem sendo prejudicada pela
ocupação humana.

Sua vegetação é bastante variada, porém típica de regiões litorâneas. São regiões que
abrigam os manguezais e as restingas

 Manguezais

Os mangues apresentam, além das espécies vegetais, peixes, crustáceos, ostras,


caranguejos e aves como o pelicano. Os mangues aparecem em várias partes do litoral
tropical e no fundo das baías e na foz de rios. Apresenta elevada importância para o
ecossistema marinho, sendo uma espécie de "abrigo" para a reprodução dos peixes
presentes neste ecossistema. Ocupam porções mais restritas do litoral, em reentrâncias da
costa, onde as águas são pouco movimentadas, como os pântanos litorâneos, os alagadiços
e as regiões inundadas pela maré alta. Neles predominam vegetações halófitas (que se
adaptam a ambientes salinos), com raízes aéreas e respiratórias, dotadas de raízes fortes
que lhes permitem absorver o oxigênio mesmo em áreas alagadas. Conforme a topografia e
a umidade do solo, é possível distinguir o mangue-vermelho, nas partes mais baixas, o
mangue-siriúba, onde as inundações são menos frequentes; e o mangue-branco, em solos
firmes.

Figura 3- Vegetação típica de um mangue (Marcos Ficarelli,2017)

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 Restinga

A restinga é um espaço geográfico formado sempre por depósitos arenosos paralelos à


linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação,
onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, podendo ter
cobertura vegetal em mosaico. Esse tipo de vegetação também pode ser encontrado em
praias, cordões arenosos, dunas e depressões em diversos estágios sucessionais existentes
fora da restinga na parte interiorana do continente. A restinga também pode se formar nos
estuários dos rios, pela deposição de sedimentos, dando origem à formação de rios ou
assoreamentos.

Figura 4- Restinga na praia da Jureia, em Iguape, SP (Luciano Faustino, 2014)

1.7 Ecossistema marinho


Ecossistema marinho é um termo utilizado para caracterizar ecossistemas aquáticos de
água salgada, como mares e oceanos. Um ecossistema é constituído por um conjunto de
fatores abióticos e bióticos, presentes em um determinado local, que estão em interação por
meio do fluxo de energia e da ciclagem de materiais. O ecossistema marinho é vasto
em biodiversidade e tem importância ambiental. Com as mudanças climáticas e a poluição
das águas, essa biodiversidade é ameaçada.

1.7.1.1.1 Características dos ecossistemas marinhos


Os mares e oceanos cobrem mais de 75% da superfície terrestre, com profundidades que
variam de alguns metros nas regiões litorâneas, a mais 11 quilômetros nas zonas mais
profundas. Um dos aspectos mais importantes dos ecossistemas marinhos é sua grande

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estabilidade e homogeneidade no que se refere à composição química e temperatura. A
salinidade dos mares é cerca de 3,5 g/L de sais, com predominância de cloreto de sódio
(NaCl).

Os ecossistemas marinhos podem se distinguir em dois grandes domínios marinhos: um


relativo ao fundo, o domínio bentônico, e outro relativo às massas d’água, o domínio
pelágico. A luz consegue penetrar no mar até a profundidade máxima de 200 metros,
estabelecendo o que se denomina de zona fótica. Na metade superior dessa zona iluminada
vive o fitoplâncton marinho, formado por algas e bactérias fotossintetizantes que produzem
praticamente todo alimento necessário à manutenção da vida nos mares. Essa zona também
é rica em plâncton não fotossintetizante e em grandes cardumes de peixes.

A região que se estende dos 200 metros aos 2 mil metros de profundidade é a região batial.
Suas águas são frias e pobres em fauna. Os peixes, moluscos e alguns outros animais que
vivem nessa zona são sustentados por matéria orgânica proveniente da superfície. Mais
abaixo encontra-se a região abissal, que se estende dos 2 mil metros aos 6 mil metros de
profundidade. Nela encontram-se poucas espécies, que chamam atenção por suas
características exóticas, como peixes bioluminescentes e lulas gigantes. A região mais
profunda dos oceanos, abaixo dos 6 mil metros, é conhecida como região hadal. Sua fauna
ainda é pouco conhecida, é constituída principalmente por esponjas e moluscos.

1.7.1.1.2 Organismos dos ecossistemas marinhos


Os organismos que habitam os ecossistemas marinhos podem ser divididos em três grupos:
plâncton, nécton e bento.

O termo plâncton é utilizado para definir um grupo de organismos que possuem pouca
capacidade de locomoção e que são transportados horizontalmente nos ambientes aquáticos
pelas correntes de água. Trata-se de um grupo muito diversificado de organismos, que
incluem desde vírus até plantas e animais. O plâncton pode ser dividido em dois grupos: o
fitoplâncton, que inclui organismos autótrofos (que produzem seu próprio alimento), e o
zooplâncton, que engloba organismos heterótrofos (que precisam se alimentar de outros
seres para obter energia).

“Nécton” é um termo utilizado para definir um grupo de organismos que se deslocam


ativamente na água, vencendo a força das correntezas. Trata-se de um conjunto
extremamente diversificado de seres vivos, que inclui peixes, moluscos, crustáceos,

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anfíbios, répteis, insetos aquáticos e aves. Os peixes herbívoros e as baleias são os
consumidores secundários mais importantes da comunidade nectônica. Tubarões, peixes,
lulas e outros animais carnívoros estão situados em níveis tróficos superiores das cadeias
alimentares.

Bentônicos é o nome dado aos organismos que vivem em associação com o fundo de
ambientes aquáticos, podendo ser sésseis (fixados ao fundo) ou errantes (deslocam-se
sobre o fundo). Os bentos sésseis são representados por algas macroscópicas e animais
como celenterados e vermes. Os bentos errantes, por sua vez, são constituídos por
crustáceos, equinodermos e moluscos. Geralmente, os animais bentônicos alimentam-se de
cadáveres e detritos orgânicos, embora existam representantes carnívoros que caçam
ativamente suas presas.

1.8 Ecossistemas costeiros


Ecossistemas costeiros são aqueles que se localizam no encontro de um oceano ou mar
com o meio terrestre. Uma das características mais marcantes do território brasileiro é a
sua imensa zona costeira banhada pelo oceano Atlântico. São 8,5 mil km de extensão e
uma área de aproximadamente 388 mil km2 que sofre com a ação das ondas. Não é de se
surpreender, portanto, que a costa brasileira seja também extremamente rica em
diversidade, formando diferentes tipos de ecossistemas.

Considerado patrimônio nacional pela constituição de 1988, esse território apresenta


paisagens variadas. E também servem de morada para uma grande quantidade de espécies
de animais e vegetais. Os principais ecossistemas costeiros do país são formados por:

 Costões e rochosos;

 Lagunas costeiras;

 Estuários (ambiente de transição entre os rios e o mar);

 Deltas (lugar onde um rio deságua);

 Manguezais;

 Praias arenosas;

 Recifes de coral;

 Restingas e dunas

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1.9 Ecossistema praial
 O ecossistema de praias arenosas pode ser definido, de uma maneira simples, como
a região costeira onde as ondas retrabalham ativamente o sedimento. O sedimento
das praias arenosas usualmente inclui uma variedade de tipos e tamanhos de
partículas, como areias grosseiras e areias finas. Ele abrange desde o mesolitoral,
ou região entremarés, até aproximadamente 20 m de profundidade.

 Proximidade de costões rochosos, regime de ondas, características do sedimento,


proximidade de rios e estuários e freqüência de fenômenos meteorológicos como
ressacas, estão entre os fatores que determinam o tipo de praia. Uma diversa e bem
adaptada biota se desenvolve nestes ecossistemas, embora os mesmos apresentem a
aparência de um deserto.

 Muitos destes organismos representam importantes recursos pesqueiros, sendo


alguns extensivamente explorados. Através do estudo da interação entre os
organismos e o meio físico, poderemos caracterizar melhor o ambiente praial e
termos uma noção mais apurada dos principais fatores que estruturam o mesmo. O
entendimento de como a praia funciona é imprescindível para um correto uso dos
ecossistemas de praias arenosas.

 As praias mansas ou duras, com seu declive muito suave, que permite realizar
longos percursos mar adentro sem perder o pé, abrigam uma fauna abundante e
variada. Esta comunidade passa desapercebida da maioria das pessoas devido ao
fato de seus componentes encontrarem-se tipicamente ocultos na areia ou expostos
ao ar apenas durante os períodos de baixamar. Representantes da maioria dos
grupos de animais marinhos podem aí ser encontrados, porém as plantas
macroscópicas estão praticamente ausentes, sendo os vegetais representados apenas
por diversas categorias de algas microscópicas.

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1.10 Dunas e sua formação
As dunas litorais são formas de relevo que se desenvolvem em ambientes costeiros onde há
abundância de areia solta, que é transportada pelos ventos para o interior.

Figura 5-dunas litorais (Google Earth,2023)

Importância das dunas litorais

Proteção da faixa costeira:

 Erosão costeira
 Galgamentos oceânicos temporais e/ou tsunamis

Figura 6- proteção costeira (Costa da Caparica, 2018, Joana Freitas)

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Formação de dunas

Uma duna se forma quando a areia carregada pelo vento passa a se juntar em algum
obstáculo na superfície — rochas ou elevações no solo, por exemplo. Conforme os ventos
transportam mais grãos de areia, maior a duna se torna. No Deserto do Saara, por exemplo,
algumas alcançam até 300 metros de altura.

Em sua maioria, este tipo de relevo se deve ao desgaste das rochas pela intensa ação dos
ventos ou pelo transporte de sedimentos já existentes na superfície terrestre, comuns em
praias e desertos de todo o mundo. Sem sedimentos, não há colinas de areia.

Embora seu formato esteja vulnerável às ventanias, a duna apresenta duas estruturas
básicas. A primeira é chamada barlavento, o lado em que o vento sopra contra a estrutura e
o lado contrário, livre do ar em movimento, conhecido como sotavento.

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Conclusões
As obras marítimas são geralmente muito complexas, pois envolvem diversos factores
determinantes para o seu sucesso. A escolha assertiva de um determinado tipo de solução a
implementar é de vital importância, uma vez que esta escolha pode ter influência em
distintos parâmetros, como a movimentação de sedimentos, a hidrodinâmica e a ecologia
da região, entre outros.

Moçambique possui cerca de 2700km banhado pelo ocêano índico. A zona costeira
mocambicana vai do rovuma, a norte na fronteira com a República da Tanzania, até a ponta
de ouro no sul na fronteira com a República da África do Sul.

Ecossistema marinho é um termo utilizado para caracterizar ecossistemas aquáticos de


água salgada, como mares e oceanos. Um ecossistema é constituído por um conjunto de
fatores abióticos e bióticos, presentes em um determinado local, que estão em interação por
meio do fluxo de energia e da ciclagem de materiais. O ecossistema marinho é vasto
em biodiversidade e tem importância ambiental.

As dunas constituem uma solução pertinente quando o objetivo é a proteção costeira


contra a erosão.

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Referências Bibliográficas

Reis, A. J., Dimensionamento de estruturas, Folhas da disciplina, Instituto Superior


Técnico, UTL, Lisboa, s. d. WW - Consultores de Hidráulica e Obras Marítimas, Grande
reparação do
molhe principal do porto do Porto Santo, Vol. 3 - Projeto de execução, Portela, 2006.
Gerwick, B. C., Construction of marine and offshore structures, 2ª ed., CRC Press, Boca
Raton, FL, 2007.

Costa da Caparica, 2018, Joana Freitas

Hoguane & Pereira, 2003

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