Aula 3
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AULA 3
2
No caso de sistemas de equações não lineares, as equações representam
superfícies curvas, esferas, cilíndricas, paraboloides, hiperboloides, entre outras.
Mas, da mesma forma que nos sistemas de equações lineares, a solução do
sistema de equações não lineares indica o ponto de intersecção entre esses
elementos. Veja o caso da Figura 2, em que se tem três superfícies não lineares
(superfície α, superfície β e superfície γ) que se interceptam no ponto A. As
coordenadas desse ponto A compõem a solução do sistema de equações não
lineares, composto pelas equações características de cada uma dessas
superfícies.
3
incógnitas, tornam todas as equações do sistema verdadeiras (Anton; Busby,
2006). Veja, por exemplo, o sistema de equações lineares a seguir:
𝑥𝑥1 + 𝑥𝑥2 + 2𝑥𝑥3 = 9 1
�2𝑥𝑥1 + 4𝑥𝑥2 − 3𝑥𝑥3 = 1 ⇒ 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆çã𝑜𝑜: 𝑋𝑋 = �2�.
3𝑥𝑥1 + 6𝑥𝑥2 − 5𝑥𝑥3 = 0 3
Substituindo os valores da solução nas equações que compõem o
sistema, veja que as operações são verdadeiras:
𝑥𝑥1 = 1
𝑥𝑥2 = 2;
𝑥𝑥3 = 3
(1) + (2) + 2(3) = 9
2(1) + 4(2) − 3(3) = 1.
3(1) + 6(2) − 5(3) = 0
Mas, para determinar a solução do sistema linear, precisamos adotar um
método de resolução. Veja que um sistema de equações lineares pode ser
representado em notação matricial 𝐴𝐴 ∙ 𝑋𝑋 = 𝐵𝐵, na qual a matriz A é formada pelos
coeficientes das variáveis, a matriz X representa o vetor cujas variáveis são as
componentes e a matriz B representa o vetor composto pelos termos
independentes (as constantes):
𝑎𝑎11 𝑥𝑥1 + 𝑎𝑎12 𝑥𝑥2 + 𝑎𝑎13 𝑥𝑥3 = 𝑏𝑏1 𝑎𝑎11 𝑎𝑎12 𝑎𝑎13 𝑥𝑥1 𝑏𝑏1
�𝑎𝑎21 𝑥𝑥1 + 𝑎𝑎22 𝑥𝑥2 + 𝑎𝑎23 𝑥𝑥3 = 𝑏𝑏2 ⇒ �𝑎𝑎21 𝑎𝑎22 𝑎𝑎23 � �𝑥𝑥2 � = �𝑏𝑏2 � (2).
𝑎𝑎31 𝑥𝑥1 + 𝑎𝑎32 𝑥𝑥2 + 𝑎𝑎33 𝑥𝑥3 = 𝑏𝑏3 𝑎𝑎31 𝑎𝑎32 𝑎𝑎33 𝑥𝑥3 𝑏𝑏3
Sistemas podem ser originados de dados experimentais, que acabam
carregando imprecisões de medição. Nesses casos, é necessário verificar se
esses pequenos desvios acarretam grandes erros na solução do sistema. Veja
o caso dos dois sistemas a seguir, como exemplos:
5,00𝑥𝑥1 + 3,00𝑥𝑥2 = 15 0
𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 𝐼𝐼: � ⇒ 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆çã𝑜𝑜 𝑋𝑋 = � �;
5,01𝑥𝑥1 + 3,00𝑥𝑥2 = 15 5
5,00𝑥𝑥1 + 3,00𝑥𝑥2 = 15 3
𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 𝐼𝐼𝐼𝐼: � ⇒ 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆çã𝑜𝑜 𝑋𝑋 = � �.
5,00𝑥𝑥1 + 3,01𝑥𝑥2 = 15 2
Há uma pequena variação nos coeficientes determinados com base em
dados experimentais, mas que geram um enorme erro no valor da solução do
sistema. Esses sistemas são ditos malcondicionados. Segundo Jarletti (2018),
para verificarmos se um sistema de equações é malcondicionado, devemos
verificar o valor do determinante normalizado da matriz de coeficientes do
sistema (equação 3). Se o resultado desse determinando for muito menor que 1,
trata-se de um sistema malcondicionado:
det 𝐴𝐴
det(𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁 𝐴𝐴) = (3),
𝛼𝛼1 ∙𝛼𝛼2 ∙𝛼𝛼3 ∙…∙𝛼𝛼𝑛𝑛
4
em que 𝛼𝛼𝑖𝑖 = �(𝑎𝑎𝑖𝑖1 )2 + (𝑎𝑎𝑖𝑖2 )2 + ⋯ + (𝑎𝑎𝑖𝑖𝑖𝑖 )2 para valores de 𝑖𝑖 = 1, 2, 3, … , 𝑛𝑛.
No caso dos sistemas em análise, veja o sistema I.
5,00𝑥𝑥1 + 3,00𝑥𝑥2 = 15
𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 𝐼𝐼: �
5,01𝑥𝑥1 + 3,00𝑥𝑥2 = 15
5, 00 3, 00
det A = = −0, 03
5, 01 3, 00
Logo,
−0, 03
det (NormA ) =
(5, 830952) (5, 839529)
det (NormA ) = −0, 000881
5
• O determinante da matriz 𝐴𝐴 dos coeficientes deve ser diferente de zero
para que haja apenas uma única solução.
• A matriz 𝐴𝐴 dos coeficientes deve ser uma matriz quadrada.
7
𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 [𝐴𝐴|𝐵𝐵]
𝑎𝑎11 𝑥𝑥1 + 𝑎𝑎12 𝑥𝑥2 + 𝑎𝑎13 𝑥𝑥3 = 𝑏𝑏1
𝑎𝑎11 𝑎𝑎12 𝑎𝑎13 𝑏𝑏1
� 21 𝑥𝑥1 + 𝑎𝑎22 𝑥𝑥2 + 𝑎𝑎23 𝑥𝑥3 = 𝑏𝑏2 ⇒
𝑎𝑎
�𝑎𝑎21 𝑎𝑎22 𝑎𝑎23 � 𝑏𝑏2 �
𝑎𝑎31 𝑥𝑥1 + 𝑎𝑎32 𝑥𝑥2 + 𝑎𝑎33 𝑥𝑥3 = 𝑏𝑏3 𝑎𝑎31 𝑎𝑎32 𝑎𝑎33 𝑏𝑏3
É permitida a realização das seguintes operações elementares com as
linhas da matriz aumentada (Anton; Busby, 2006; Jarletti, 2018):
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3� 3� ⇒ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3 � 3�.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 2 2 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 1 1
Como não há elementos abaixo do novo pivô da linha 3 e todos os
elementos abaixo dos pivôs das outras linhas, 1 e 2, já são nulos, reescrevemos
novamente o sistema de equações.
1 1 1 1 𝑥𝑥1 + 𝑥𝑥2 + 𝑥𝑥3 = 1
�0 1 3� 3� ⇒ � 𝑥𝑥2 + 3𝑥𝑥3 = 3
0 0 1 1 𝑥𝑥3 = 1
Resolvendo o sistema com base nas equações (de baixo para cima), tem-
se
𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒çã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠: 𝑥𝑥3 = 1 ;
10
Veja que todos os elementos abaixo do pivô já são nulos. Nesse caso,
buscamos um novo pivô na linha abaixo. Como o primeiro elemento não nulo na
linha 2 é 1, este já caracteriza um pivô.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3� 3�
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 2 8 8
Para zerar o elemento, abaixo dele, da terceira linha, faremos a seguinte
operação com todos os elementos da linha:
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: (−2) ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2 + 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3;
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3� 3� ⇒ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3� 3�.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 2 8 8 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 2 2
Veja que todos os elementos abaixo do pivô já são nulos. Nesse caso,
buscamos um novo pivô na linha abaixo. Como o primeiro elemento não nulo na
linha 3 não é igual a 1, teremos de multiplicar essa linha por um número que o
1
transforme em 1. Nesse caso, multiplicaremos a linha por .
2
1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3;
2
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3� 3� ⇒ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3 � 3�.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 2 2 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 1 1
Até esse ponto, o processo é exatamente igual ao método de
escalonamento de Gauss. Entretanto, como não há elementos abaixo do novo
pivô da linha 3 e todos os elementos abaixo dos pivôs das outras linhas, 1 e 2,
já são nulos, reiniciaremos o processo de operações elementares por linha
buscando zerar os elementos acima dos pivôs. Para zerar o elemento acima do
pivô da terceira linha, faremos a seguinte operação com todos os elementos das
linhas 1 e 2:
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: (−1) ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3 + 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1;
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: (−3) ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3 + 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2;
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3 � 3� ⇒ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 0 � 0�.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 1 1 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 1 1
Veja que todos os elementos acima desse pivô já são nulos. Nesse caso,
retornamos ao pivô da linha acima (linha 2).
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 0� 0�
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 1 1
11
Para zerar o elemento acima do pivô da segunda linha, faremos a seguinte
operação com todos os elementos da linha 1:
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: (−1) ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2 + 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1;
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 0 0 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 0 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 0� 0� ⇒ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 0� 0�.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 1 1 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 1 1
Vemos que os elementos acima e abaixo dos pivôs já são nulos. Em vista
disso, reescrevemos novamente o sistema de equações:
1 0 0 0 𝑥𝑥1 = 0
�0 1 0� 0� ⇒ �𝑥𝑥2 = 0.
0 0 1 1 𝑥𝑥3 = 1
0
Logo, a solução desse sistema de equações lineares é dada por 𝑋𝑋 = �0�.
1
Uma matriz 𝐴𝐴 quadrada que possui uma matriz 𝐴𝐴−1 para a qual o produto
matricial entre elas resulta em uma matriz identidade 𝐼𝐼 (equação 5) é dita
invertível. Nesse caso, a matriz 𝐴𝐴−1 é denominada matriz inversa da matriz 𝐴𝐴.
𝐴𝐴 ∙ 𝐴𝐴−1 = 𝐴𝐴−1 ∙ 𝐴𝐴 = 𝐼𝐼 (5)
Para determinar essa matriz inversa 𝐴𝐴−1 , podemos utilizar as operações
elementares com as linhas da matriz conjugada [𝐴𝐴|𝐼𝐼], convertendo essa relação
em uma nova matriz conjugada dada por [𝐼𝐼|𝐴𝐴−1 ].
Exemplo 4: determine a matriz inversa 𝐴𝐴−1 da matriz 𝐴𝐴 a seguir:
1 1 1
𝐴𝐴 = �1 −1 4�.
1 3 6
Resolução: reescrevemos a matriz A como uma conjugação [𝐴𝐴|𝐼𝐼]:
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �1 −1 4� 0 1 0�.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 1 3 6 0 0 1
Utilizando as operações elementares por linhas, buscaremos converter a
matriz 𝐴𝐴 em uma matriz identidade 𝐼𝐼, transformando, simultaneamente, a matriz
identidade inicial na matriz inversa 𝐴𝐴−1 . Veja que o primeiro elemento não nulo
da primeira linha é 1, caracterizando o pivô da linha 1.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: � 1 −1 4� 0 1 0�
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 1 3 6 0 0 1
12
Para zerar os elementos abaixo daquele pivô, realizamos as seguintes
operações com todos os elementos das linhas 1 e 2:
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: (−1) ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1 + 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2;
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: (−1) ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1 + 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3.
Dessa maneira, teremos
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: � 1 −1 4� 0 1 0� ⇒ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: � 0 −2 3� −1 1 0�.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 1 3 6 0 0 1 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 2 5 −1 0 1
Como todos os elementos abaixo do pivô da primeira linha já são nulos,
buscaremos um novo pivô na segunda linha.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 −2 3� −1 1 0�
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 2 5 −1 0 1
Veja que o primeiro elemento não nulo da segunda linha não é 1; por isso,
multiplicaremos a linha 2 por um número que transforme esse elemento em 1.
1
Nesse caso, multiplicaremos a linha 2 por − :
2
1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �− � ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2;
2
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 −2 3� −1 1 0� ⇒
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 2 5 −1 0 1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3 1 1
− �2� �2 − �2 0�.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 2 5 −1 0 1
Após a definição do pivô da segunda linha, utilizaremos as operações
elementares por linha para zerar os elementos abaixo desse novo pivô. Para
isso, realizaremos a seguinte operação com a linha 3:
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: (−2) ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2 + 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3;
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3 1 1
− �2� �2 − �2 0� ⇒
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 2 5 −1 0 1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3 1 1
− �2� �2 − �2 0�.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 8 −2 1 1
Para determinar o pivô da linha 3, como o primeiro elemento não nulo não
é 1, teremos de multiplicar a linha toda por um número que transforme esse
1
elemento em 1. Nesse caso, multiplicaremos a linha 3 por :
8
1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: � � ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3;
8
13
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1 1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 3 1
− �2� �2 1
− �2 0� ⇒
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 8 −2 1 1
1 0 0
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: 1 1 1
1 1
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: �0 1 − 3�2� �2 − �2 0 �.
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3: 0 0 1 − 1�4 1�8 1�
8
Após a definição do pivô da terceira linha, utilizaremos as operações
elementares por linha para zerar os elementos acima desse novo pivô. Para isso,
realizaremos as seguintes operações com as linhas 1 e 2:
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1: (−1) ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3 + 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 1;
3
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2: � � ∙ 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 3 + 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿ℎ𝑎𝑎 2.
2
14
9� 3� − 5�16⎤
⎡1 0 0 8 16
[𝐼𝐼|𝐴𝐴 ] = ⎢0
−1
1 1
0� �8 5
− �16 3� ⎥ ⇒
⎢0 16 ⎥
0 1 − 1� 1� 1�
⎣ 4 8 8 ⎦
9 3� − 5�16⎤
⎡ �8 16
𝐴𝐴−1 = ⎢ 1�8 5
− �16 3� ⎥ .
⎢ 16 ⎥
1 1� 1�
⎣− �4 8 8 ⎦
15
Resolução: primeiramente, escreve-se o sistema de equações no
formato matricial 𝐴𝐴 ∙ 𝑋𝑋 = 𝐵𝐵:
1 1 1 x1 1
1 2 4 x2 = 4 ,
1 3 9 x3 9
em que
1 1 1
A = 1 2 4
1 3 9
x1
X = x2 .
x3
1
B = 4
9
Linha 2: 1 2 4 Linha 2: ? ? 0
Linha 3: 1 3 9 Linha 3: ? ? ?
Depois, zeramos os elementos abaixo do pivô:
16
Linha 2= - 1 ⋅ Linha 1+Linha 2
⇒ Matriz L recebe o oposto dos multiplicadores
Linha 3=-1 ⋅ Linha 1+Linha 3
17
O nosso próximo passo é determinar a matriz Y, resolvendo o sistema
dado por 𝐿𝐿 ∙ 𝑌𝑌 = 𝐵𝐵.
1 0 0 y1 1
1 1 0 y2 = 4
1 2 2 y3 9
y1 = 1 1
y1 + y2 = 4 ⇒ y2 = 3 ⇒ Y = 3
y1 + 2y2 + 2y3 =9 ⇒ y3 =1 1
x1 + x2 + x3 =1 ⇒ x1 =0 0
x2 + 3x3 =3 ⇒ x2 =0 ⇒ X =0
x3 = 1 1
0
Logo, a solução desse sistema de equações lineares é dada por 𝑋𝑋 = �0�.
1
18
seja maior ou igual à soma dos coeficientes das outras variáveis da equação,
conforme a equação 8. Veja que, para aplicar essa condição, precisamos
analisar o sistema de equações lineares no seu formato matricial (equação 2).
𝑛𝑛
19
0 𝑥𝑥1 (0) = 0
Adotamos como ponto de partida 𝑋𝑋 (0) = �0�, para o qual �𝑥𝑥2 (0) = 0. Na
0 𝑥𝑥3 (0) = 0
primeira iteração (𝑘𝑘 = 1), teremos:
(1) 1−𝑥𝑥 (0) −𝑥𝑥 (0)
2 3 (1) 1−0−0
⎧ 𝑥𝑥1 = 2 ⎧ 𝑥𝑥1 = 2
⎪ ⎪
2−𝑥𝑥1 (0) −2𝑥𝑥3 (0) 2−0−2(0)
𝑥𝑥2 (1) = ⇒ 𝑥𝑥2 (1) = .
4
⎨ 4 ⎨
⎪ (1) 9−𝑥𝑥 1
(0) −3𝑥𝑥 (0)
2 ⎪𝑥𝑥 (1) = 9−0−3(0)
⎩𝑥𝑥3 = 9
⎩ 3 9
Logo,
𝑥𝑥1 (1) = 0,5 0,5
(1) (1)
�𝑥𝑥2 = 0,5 ⇒ 𝑋𝑋 = �0,5�.
𝑥𝑥3 (1) = 1 1
O critério de parada deve ser verificado em relação a todas as variáveis.
Todas as variáveis devem atender ao critério de parada.
(1) (0) −2
⎧𝜖𝜖𝑥𝑥1 = �𝑥𝑥1 − 𝑥𝑥1 � ⇒ |0,5 − 0| = 0,5 > 10 (𝑛𝑛ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝)
⎪ (1) (0)
𝜖𝜖𝑥𝑥2 = �𝑥𝑥2 − 𝑥𝑥2 � ⇒ |0,5 − 0| = 0,5 > 10−2 (𝑛𝑛ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝)
⎨
⎪ 𝜖𝜖 = �𝑥𝑥 (1) − 𝑥𝑥 (0) � ⇒ |1 − 0| = 1 > 10−2 (𝑛𝑛ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝)
⎩ 𝑥𝑥3 3 3
20
Tabela 1 – As iterações para atendimento do critério de parada
21
da última variável encontrada. É nesse ponto que o método de Gauss-Seidel
difere do método de Gauss-Jacobi, que utiliza o valor das variáveis da última
solução encontrada. É por essa distinção que o método de Gauss-Seidel permite
uma convergência mais rápida com o valor da solução do sistema que o outro
método. Esse método também exige que um critério de parada seja estipulado
para se garantir a precisão da solução por ele estimada.
Exemplo 7: utilizando o método de Gauss-Seidel, qual é a solução para
o sistema de equações lineares a seguir, com precisão de 𝜖𝜖 ≤ 10−2 ?
2𝑥𝑥1 + 𝑥𝑥2 + 𝑥𝑥3 = 1
�𝑥𝑥1 + 4𝑥𝑥2 + 2𝑥𝑥3 = 2
𝑥𝑥1 + 3𝑥𝑥2 + 9𝑥𝑥3 = 9
Resolução: iniciamos a resolução verificando o critério da linha e isolando
uma das variáveis em cada equação do sistema.
1 − 𝑥𝑥2 − 𝑥𝑥3
2𝑥𝑥1 + 𝑥𝑥2 + 𝑥𝑥3 = 1 ⇒ 𝑥𝑥1 =
2
Verificação do critério: |2| = |1| + |1| → 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟;
2−𝑥𝑥1 −2𝑥𝑥3
𝑥𝑥1 + 4𝑥𝑥2 + 2𝑥𝑥3 = 2 ⇒ 𝑥𝑥2 = .
4
22
(1)
2 − 𝑥𝑥1 (1) − 2𝑥𝑥3 (0) 2 − 0,5 − 2(0)
𝑥𝑥2 = ⇒ 𝑥𝑥2 (1) = ⇒ 𝑥𝑥2 (1) = 0,375
4 4
(1)
Para o cálculo da próxima incógnita 𝑥𝑥3 , já utilizaremos os dois últimos
(1)
valores de 𝑥𝑥1 e 𝑥𝑥2 (1) calculados.
9 − 𝑥𝑥1 (1) − 3𝑥𝑥2 (1) 9 − 0,5 − 3(0,375)
𝑥𝑥3 (1) = ⇒ 𝑥𝑥3 (1) = ⇒ 𝑥𝑥3 (1) = 0,819444
9 9
Logo,
𝑥𝑥1 (1) = 0,5 0,5
� 𝑥𝑥2 (1) = 0,375 ⇒ 𝑋𝑋 (1) = � 0,375 �.
𝑥𝑥3 (1) = 0,819444 0,819444
O critério de parada deve ser verificado em relação a todas as variáveis.
Todas as variáveis devem atender ao critério de parada.
(1) (0)
⎧ 𝜖𝜖𝑥𝑥1 = �𝑥𝑥1 − 𝑥𝑥1 � ⇒ |0,5 − 0| = 0,5 > 10−2 (𝑛𝑛ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝)
⎪ (1) (0)
𝜖𝜖𝑥𝑥2 = �𝑥𝑥2 − 𝑥𝑥2 � ⇒ |0,375 − 0| = 0,375 > 10−2 (𝑛𝑛ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝)
⎨
⎪𝜖𝜖 = �𝑥𝑥 (1) − 𝑥𝑥 (0) � ⇒ |0,819444 − 0| = 0,819444 > 10−2 (𝑛𝑛ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑑𝑑𝑑𝑑)
⎩ 𝑥𝑥3 3 3
23
K x1 x2 x3 Erro de x1 Erro de x2 Erro de x3
0 0 0 0 - - -
1 0,5 0,375 0,819444 0,5 0,375 0,819444
2 -0,097222 0,114583 0,972608 0,597222 0,260417 0,153164
3 -0,043596 0,024595 0,996646 0,053627 0,089988 0,024038
4 -0,010620 0,004332 0,999736 0,032975 0,020263 0,003090
5 -0,002034 0,000641 1,000012 0,008586 0,003692 0,000277
Veja que, na quinta iteração (𝑘𝑘 = 5), chegamos à solução 𝑋𝑋 (5) =
−0,002034
� 0,000641 �, na qual o critério de parada é atendido.
1,000012
(5) (4) −2
⎧𝜖𝜖𝑥𝑥1 = �𝑥𝑥1 − 𝑥𝑥1 � ⇒ |−0,002034 − (−0,010620)| = 0,008586 < 10 (𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝)
⎪ (5) (4)
𝜖𝜖𝑥𝑥2 = �𝑥𝑥2 − 𝑥𝑥2 � ⇒ |0,000641 − (0,004332)| = 0,003692 < 10−2 (𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝)
⎨
⎪ 𝜖𝜖 = �𝑥𝑥 (5) − 𝑥𝑥 (4) � ⇒ |1,000012 − 0,999736| = 0,000277 < 10−2 (𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝)
⎩ 𝑥𝑥3 3 3
−0,002034
Logo, assume-se que a solução do sistema é 𝑋𝑋 = � 0,000641 �.
1,000012
24
A solução do sistema surge da resolução do sistema matricial dado pela
equação 11.
𝐽𝐽�𝑋𝑋 (𝑘𝑘−1) � ∙ 𝑆𝑆 (𝑘𝑘−1) = −𝐹𝐹(𝑋𝑋 (𝑘𝑘−1) )
� (11)
𝑋𝑋 (𝑘𝑘) = 𝑋𝑋 (𝑘𝑘−1) + 𝑆𝑆 (𝑘𝑘−1)
𝑥𝑥1
𝑥𝑥
Esse processo é repetido até que se encontre uma solução 𝑋𝑋 (𝑘𝑘) = �𝑥𝑥2 �
3
⋮
que satisfaça o critério de parada predefinido. Vamos observar o exemplo para
que esse processo iterativo seja mais bem compreendido.
Exemplo 8: ao se analisar o movimento de uma partícula de poeira
gerada pela passagem de um veículo, um engenheiro chega à seguinte relação
entre as coordenadas de posição 𝑥𝑥1 e 𝑥𝑥2 que descrevem sua trajetória em um
plano:
𝑥𝑥1 + 𝑥𝑥2 − 3 = 0
� 2 .
𝑥𝑥1 + 𝑥𝑥22 − 5 = 0
O analista precisa que a solução do sistema de equações tenha uma
0
precisão de 𝜖𝜖 ≤ 10−2 e adota como atribuição inicial 𝑋𝑋 (0) = � �.
0
Resolução: adotando o método de Newton, o engenheiro segue os
passos descritos no esquema da Figura 3.
1º PASSO: Calculam-se as
matrizes 𝐹𝐹 𝑋𝑋 (𝑘𝑘−1) e a
matriz jacobiana
J 𝑋𝑋 (𝑘𝑘−1) para iteração
𝑘𝑘.
3º PASSO: Estima-se a
solução 𝑋𝑋 (𝑘𝑘) pela
equação
𝑋𝑋 (𝑘𝑘) = 𝑋𝑋 (𝑘𝑘−1) + 𝑆𝑆 (𝑘𝑘−1)
(equação 11).
25
Considere que
𝑥𝑥1 + 𝑥𝑥2 − 3 = 0 𝑓𝑓 (𝑥𝑥 , 𝑥𝑥 ) = 𝑥𝑥1 + 𝑥𝑥2 − 3
� 2 2 ⇒� 1 1 2 .
𝑥𝑥1 + 𝑥𝑥2 − 5 = 0 𝑓𝑓2 (𝑥𝑥1 , 𝑥𝑥2 ) = 𝑥𝑥12 + 𝑥𝑥22 − 5
Seguindo o roteiro do engenheiro, para a primeira iteração (𝑘𝑘 = 1)
começaremos determinando a matriz 𝐹𝐹�𝑋𝑋 (0) � e a matriz jacobiana 𝐽𝐽�𝑋𝑋 (0) �:
0 x1 = 0
⇒ x = 1.
(0 )
X=
1 2
Logo,
f1 ( x1, x 2 )
(
F X(k −1) = )
f2 ( x1, x 2 )
x + x2 − 3
( )
F X(k −1) = 21
x1 + x 2 − 5
2
0 + 1− 3 −2
F= (
X(0) 2 ) X(0)
⇒ F= ( )
( 0 ) + (1) − 5
2
−4
( ) (
J X(0) ⋅ S X(0) =
−F X(0)) ( )
1 1 s1 −2
⋅ s = −
0 2 2 −4
s1 + s1 2
=
2s2 4
2s2 =4 ⇒ s2 =2
s1 + s2 = 2 ⇒ s1 + 2 = 2 ⇒ s1 = 0
0
Então, S(0) = . Por fim, estimamos a solução do sistema não linear,
2
pela equação 11.
26
(1)
X
= X(0) + S(0)
(1) 0 0
X= +
1 2
0
X(1) =
3
0+3−3 0
= ( )
F X(1) 2 F X(1)
⇒= . ( )
( 0 ) + ( 3 ) − 5
2
4
( ) (
J X(1) ⋅ S X(1) = )
−F X(1) ( )
1 1 s1 0
⋅ s =−
0 6 2 4
s1 + s1 0
=
6s2 −4
0, 666667
Então, S(1) = . Por fim, estimamos a solução do sistema não
−0, 666667
linear, pela equação 11.
27
( 2)
X= X(1) + S(1)
( 2) 0 0, 666667
X= +
3 −0, 666667
0, 666667
X(2) =
2, 333333
0, 933333
Logo, a solução estimada será X(3) = . Sendo 𝑥𝑥1 = 0,933333 e
2, 066667
𝑥𝑥2 = 2,066667, verificamos então o critério de parada, em que:
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑥𝑥1 ⇒ 𝜖𝜖1 = 0,266667 > 10−2 (𝑁𝑁ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝);
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑥𝑥2 ⇒ 𝜖𝜖2 = 0,266667 > 10−2 (𝑁𝑁ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝).
Como o critério de parada não foi atendido para 𝑥𝑥1 e 𝑥𝑥2 , devemos
continuar o processo iterativo. Para 𝑘𝑘 = 4, teremos:
0
( )
F X(3) =
0, 142222
1 1
( )
J X(3) = .
1, 866667 4, 133333
0, 062745
S(3) =
−0, 062745
0, 996078
Logo, a solução estimada será X(4) = . Sendo 𝑥𝑥1 = 0,990678 e
2, 003922
𝑥𝑥2 = 2,003922, verificamos então o critério de parada, em que:
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑥𝑥1 ⇒ 𝜖𝜖1 = 0,062745 > 10−2 (𝑁𝑁ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝);
28
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑥𝑥2 ⇒ 𝜖𝜖2 = 0,062745 > 10−2 (𝑁𝑁ã𝑜𝑜 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝).
Como o critério de parada não foi atendido para 𝑥𝑥1 e 𝑥𝑥2 , devemos
continuar o processo iterativo. Para 𝑘𝑘 = 5, teremos:
0
( )
F X( 4) =
0, 007874
1 1
( )
J X( 4) = .
1, 992157 4, 007843
0, 003906
S( 4) =
−0, 003906
0, 999985
Logo, a solução estimada será X(5) = . Sendo 𝑥𝑥1 = 0,999985 e
2, 000015
𝑥𝑥2 = 2,000015, verificamos então o critério de parada, em que:
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑥𝑥1 ⇒ 𝜖𝜖1 = 0,003906 < 10−2 (𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝);
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑥𝑥2 ⇒ 𝜖𝜖2 = 0,003906 < 10−2 (𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐é𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝).
Foi necessário realizar cinco iterações para que a precisão desejada para
a solução estimada fosse atendida. Diante disso, o engenheiro adota como
0,999985
solução do sistema 𝑋𝑋 = � �.
2,000015
29
funcionamento de dispositivos eletrônicos e identificar possíveis falhas,
corrigindo-as antes da concepção física do produto. E o desenvolvimento desses
simuladores exige que os métodos de cálculo numérico sejam implementados
nos algoritmos dessas simulações.
Não apenas para projeto e análise de circuitos elétricos, mas para o
planejamento de fabricação e distribuição de qualquer produto industrializado, a
análise desse produto em diferentes condições de uso é previamente testada
por meio de simulações, de forma que correções ainda possam ser realizadas
no projeto, reduzindo possíveis custos futuros de correção em maquinário,
ferramentas e evitando atrasos no processo de industrialização do produto. Um
exemplo de setor industrial que utiliza a simulação numérica é o automotivo,
analisando o comportamento de veículos em diferentes situações climáticas e
em condições adversas, como nos casos de colisão (Figura 4), em análises da
performance e do consumo de um veículo, do seu comportamento aerodinâmico,
do seu comportamento vibratório e acústico, da sua emissão de poluentes, assim
como se simulam suas condições de durabilidade, identificando possíveis pontos
de contato, de atrito e de tensão entre as partes do veículo.
Crédito: Italyan/Shutterstock.
30
complexos, análise de flutuação em investimentos econômicos até
desenvolvimentos tecnológicos e científicos avançados.
FINALIZANDO
31
REFERÊNCIAS
32