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Volume

1
ELETROTÉCNICA SERVICE
MANUAL DE OPERAÇÃO

Subestação de Energia
H.P.M.
MANUAL DE OPERAÇÃO

Subestação de energia 13,8 kV

ELETROTÉCNICA SERVICE
R.: Cadiz, 11 • B.: Jardim Europa • Belo Horizonte - MG
Tel.: (031) 3457-3370 • Fax: (031) 3458-9508

PREPARADO REVISADO APROVADO


MANUAL DE OPERAÇÃO

Outubro/2006
HESTEN SILVA HERON RODRIGUES HUMBERTO SIVA
NOTA:
A eletricidade é um agente de risco causador de muitos acidentes, não só com danos pessoais a trabalhadores, usuários
e outras pessoas, mas também com prejuízos materiais.
A organização americana NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) apresenta uma estatística em
que a eletrocussão é a terceira causa de acidentes fatais no local de trabalho entre jovens trabalhadores, situando-se em 12%
do total.
Devido a esses fatos, é necessário que trabalhos em eletricidade sejam executados com a utilização de procedimentos
específicos de segurança, aliados a um intenso programa de treinamento em conformidade com uma assumida política de
segurança do trabalho nas empresas.
A Norma Regulamentadora n° 10, “Instalações e Serviços em Eletricidade”, discorre sobre atividades na área elétrica,
estabelecendo critérios de segurança para todos aqueles que trabalham em suas diversas fases, como geração, transmissão,
distribuição, e consumo de energia elétrica; na condição de empregados diretos, contratados, ou até mesmo usuários.
O objetivo deste manual é levar ao encarregado e as demais pessoas envolvidas na manutenção elétrica, informações
básicas de segurança e do funcionamento da Subestação de Energia Elétrica. A nova NR-10, atualizada e acrescida de
importantes inovações e aprovada pelo Ministério do Trabalho e do Emprego, através da portaria n° 598 de 7 de dezembro de
2004, tem como pontos fortes, entre outros, a obrigatoriedade de existência do memorial técnico de instalações existentes
(Prontuário de Instalações Elétricas); a necessidade de antecipação de uma filosofia de segurança
segurança ainda na fase de projeto
(tornando obrigatória a existência do manual descritivo dos itens de segurança e operação de equipamentos nas instalações).
Índice analítico
CAPÍTULO 1
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1
2. CARACTERÍSTICA DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ...............................................1
3. MEDIÇÃO ..............................................................................................................................1
4. CUBÍCULOS ..........................................................................................................................1
4.1 CUBÍCULO 1 .............................................................................................................................2
4.2 CUBÍCULO 2 .............................................................................................................................2
4.3 CUBÍCULOS 3 E 4 ......................................................................................................................2
5 ASPECTOS GERAIS..............................................................................................................2
CAPÍTULO 2
1. MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL..........................................................................3
1.2 DELIMITAÇÃO DE ZONAS DE RISCO E CONTROLADA .................................................................3
1.3 MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .......................................................................................3
2. MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO...........................................................3
2.1 DESENERGIZAÇÃO ....................................................................................................................3
2.1.1 Seccionamento ............................................................................................................3
2.1.2 Impedimento de reenergização...................................................................................4
2.1.3 Constatação de ausência de tensão ............................................................................4
2.1.4 Aterramento temporário .............................................................................................4
2.2 ENERGIZAÇÃO ..........................................................................................................................5
2.3 SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA......................................................................................................5
CAPÍTULO 3
1 COMPONENTES ...................................................................................................................6
CAPÍTULO 4
1. ENERGIZAÇÃO.....................................................................................................................7
2. DESENERGIZAÇÃO .............................................................................................................7

ANEXO

A - GLOSSÁRIO
B – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
C - MANUAL DE OPERAÇÃO DO RELÉ DE PROTEÇÃO PEXTRON URPE 7104
M A N U A L B Á S I C O P A R A O P E R A Ç Ã O
Capítulo

1
Apresentação

1.Introdução

A subestação de energia (S.E) em questão, tem a finalidade de transformar a energia


primária, tensão 13,8 kV (Energia fornecida pela CEMIG), em energia secundária.

2.Característica do fornecimento de energia


O fornecimento de energia é efetuado em média tensão com os seguintes
parâmetros:
Tensão fase-fase 13,8 kV, sistema trifásico, em delta, freqüência 60 Hz.
O neutro do sistema secundário (sistema multiaterrado) é acessível e é diretamente
interligado à malha de aterramento da unidade consumidora e ao neutro do(s)
transformador(es).

3.Medição
A medição é feita na média tensão (MT) com três (3) elementos.

Nota:
Para o melhor funcionamento do equipamento de medição, estes não devem ser
instalados em locais sujeitos a trepidações e temperatura elevada (acima de 55O C).

4.Cubículos
A S.E. possui 04 (quatro) cubículos. São eles:

⇒ Cubículo 1. Cubículo de medição CEMIG;


⇒ Cubículo 2. Cubículo de proteção;
⇒ Cubículo 3. Cubículo de transformação A;
⇒ Cubículo 4. Cubículo de transformação B.

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M A N U A L B Á S I C O P A R A O P E R A Ç Ã O

4.1 Cubículo 1
Neste cubículo estão instalados os equipamentos de medição tais como,
transformadores de corrente (TC) e transformadores de potência (TP).

Nota;
Ocorrendo modificações nas instalações, que tornem o local de medição
incompatível com os requisitos mencionados na (ND-5.3 - página 3-3 – item 2), o
consumidor deve preparar novo local para a instalação dos equipamentos de medição,
sujeito a aprovação da CEMIG.

4.2 Cubículo 2
Neste cubículo estão instalados os equipamentos de proteção contra sobrecorrente (3
TC`s e 1 TP), chave seccionadora (abertura seca), disjuntor 350 A – 15 kV, relé ip=55,98 A.

4.3 Cubículos 3 e 4
Estão instalados os equipamentos de transformação e de seccionamento tais como,
transformadores 13,8 / 220V / 500kVA (primário em delta e secundário em estrela, “Dyn
1”), chaves seccionadoras (abertura sobe carga) 15kV – 200A com fusível de 40A.

5 Aspectos gerais
a) Os materiais e equipamentos constituintes da subestação (condutores,
transformador de potência, eletrodutos, caixas, disjuntores, relé de proteção de
sobrecorrente e de proteção direcional, chaves, ferragens, etc.) são de propriedade do
consumidor. Eventuais danos causados à unidade consumidora por falha destes materiais e
equipamentos serão da exclusiva responsabilidade do consumidor; eventuais ultrapassagens
da demanda contratada em função de falha do relé de sobrecorrente e/ou seus associados,
serão de exclusiva responsabilidade do consumidor.

b) Os equipamentos de medição tais como transformadores de corrente e


potencial, medidores de energia, chaves de aferição e registradores eletrônicos são de
propriedade da CEMIG e serão por ela instalados, sendo vetado ao consumidor o acesso a
quaisquer um deles.

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M A N U A L B Á S I C O P A R A O P E R A Ç Ã O
Capítulo

2
Segurança

1.Medidas de proteção individual


1.2 Delimitação de zonas de risco e controlada
Apenas pessoas autorizadas e devidamente treinadas terão acesso ao interior da
S. E, quando estiver energizada. Sendo considerada zona de risco (ZR).
Quando a S.E. estiver desenergizada, será considerada zona controlada (ZC). Neste
caso será restrita a pessoas autorizadas.

1.3 Medidas de proteção individual


No caso de manobras, apenas pessoas autorizadas e devidamente treinadas
utilizando todos os EPI`s necessários poderão realizá-las,

EPI`s necessários conforme NR 10:


Luva de borracha com isolamento para AT, luvas de cobertura, capacete e botinas
sem biqueiras de aço.

2.Medidas de controle do risco elétrico


2.1 Desenergização
É o conjunto de procedimentos visando a segurança pessoal dos envolvidos ou não
em sistemas elétricos. É realizada por no mínimo duas pessoas.
Somente serão considerados desenergizadas as instalações elétricas liberadas para
trabalho, mediante os descritos a seguir:
2.1.1 Seccionamento
É a ação da interrupção da alimentação elétrica em um equipamento ou circuito. A
interrupção é executada com a manobra local ou remota do respectivo dispositivo de
manobra, geralmente o disjuntor alimentador do equipamento ou circuito a ser isolado (ver
figura a seguir).

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M A N U A L B Á S I C O P A R A O P E R A Ç Ã O

Sempre que for tecnicamente possível, deve-se promover o corte visível dos
circuitos, provendo afastamentos adequados que garantam condições de segurança
específica, impedindo assim a existência de tensão elétrica no equipamento ou circuito.
A abertura da chave seccionadora deverá ser efetuada após o desligamento do
disjuntor, evitando-se assim, a formação de arco elétrico.
2.1.2 Impedimento de reenergização
É o processo pelo qual se impede o religamento acidental do circuito desenergizado.
Este impedimento pode ser feito por meio de bloqueio mecânico, como por exemplo:
⇒ Em seccionadora de MT, utilizando cadeados que impeçam a manobra de
religamento pelo travamento da haste de manobra;
⇒ Retirada dos fusíveis de alimentação do local;
⇒ Travamento da manopla dos disjuntores por meio de cadeados ou lacre.

2.1.3 Constatação de ausência de tensão


Usualmente, por meio de sinalização luminosa ou de voltímetro no próprio painel,
deve-se verificar a existência de tensão em todas as fases do circuito.
Na inexistência ou na inoperabilidade de voltímetros no painel, devemos constatar a
ausência da tensão com equipamento apropriado ao nível de tensão à segurança do usuário,
como, por exemplo, voltímetro, detectores de tensão de proximidade ou contato.
2.1.4 Aterramento temporário
A instalação de aterramento temporário tem como finalidade a equipotencialização
dos circuitos desenergizados (condutores ou equipamentos), ou seja, ligar eletricamente ao
mesmo potencial, no caso ao potencial de terra, interligando-se os condutores ou
equipamentos à malha de aterramento através de dispositivos apropriados ao nível de tensão
nominal do circuito.
Para execução do aterramento, devemos seguir as seguintes etapas:
⇒ Solicitar e obter autorização formal;
⇒ Afastar as pessoas não envolvidas na execução do aterramento e verificar
a desenergização;
⇒ Delimitar a área de trabalho, sinalizando-a;
⇒ Confirmar a desenergização do circuito a ser aterrado temporariamente;

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M A N U A L B Á S I C O P A R A O P E R A Ç Ã O

⇒ Inspecionar todos os dispositivos utilizados no aterramento temporário


antes de sua utilização;
⇒ Ligar o grampo de terra do conjunto de aterramento temporário com
firmeza à malha de terra e em seguida a outra extremidade aos condutores
ou equipamentos que serão ligados à terra, utilizando equipamentos de
isolação e proteção apropriada à execução da tarefa.
2.2 Energização
⇒ Deverá ser feita a vistoria de todos os equipamentos,
⇒ Verificar o bom funcionamento de todas as partes móveis, como; disjuntor
e seccionadoras;
⇒ Retirar os equipamentos de proteção coletiva, como; cones, fita de
sinalização e protetores isolantes;
⇒ Retirada do aterramento temporário;
⇒ Afastar as pessoas não envolvidas na execução da manobra.
2.3 Situação de emergência
⇒ As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com
eletricidade devem constar do plano de emergência da unidade
consumidora;
⇒ Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e
prestar primeiros socorros a acidentes, especialmente por meio de
reanimação cardiorrespiratória;
⇒ A unidade consumidora deve possuir métodos de resgate padronizados e
adequados às suas atividades, tornando disponível os meios para a sua
aplicação;
⇒ Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar
equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas
instalações elétricas.

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M A N U A L B Á S I C O P A R A O P E R A Ç Ã O
Capítulo

3
Proteção secundária

1.Componentes
O sistema de proteção secundária consiste de: três (3) transformadores de corrente
TC, 01 (um) transformador de potência TP, uma (1) bobina de abertura, um (1) no break e
um (1) relé microprocessado.

TC`s; Tem a função de reduzir a corrente a um determinado valor que o relé de


proteção passa ler.
TP; Transforma a tensão de 13,8kV (corrente primária), para 127V / 227V (corrente
secundária). Podendo assim, alimentar o relé de proteção.
Bobina de abertura; Atua no sistema mecânico do disjuntor. Recebe comando do
relé de proteção, quando energizado, atua abrindo imediatamente o disjuntor.
Relé de proteção microprocessado; Caso seja identificada uma sobrecorrente em
qualquer uma das fases, atuará conforme a sua parametrização, enviando sinal para a
bobina de abertura.

O circuito abaixo exemplifica um circuito típico de abertura de Disjuntor a partir


de relé secundário.

Demais detalhes, consultar manual de operação do RELÉ PEXTRON. (Anexo)

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M A N U A L B Á S I C O P A R A O P E R A Ç Ã O
Capítulo

4
Operação Básica

1.Energização
Antes da energização, deverão ser observados os itens 1.2 e 1.3 – Capítulo 2 –
Página 3 e ainda seguir os passos descritos no Capítulo 2 – Página 5 – item 2.2, deste
manual.
Após observar e seguir rigorosamente os itens acima mencionados, siga os
seguintes passos para a energização;
1. Fechar todas as chaves seccionadoras. Na seguinte ordem:
⇒ 1° - Seccionadora do Trafo B;
⇒ 2° - Seccionadora do Trafo A;
⇒ 3° - Seccionadora do Disjuntor.
2. Verificar a existência de corrente no display do RELÉ PEXTRON.
Informações sobre o funcionamento do RELÉ PEXTRON, consultar manual anexo;
3. Engatar a alavanca de carregamento das molas no seu respectivo
alojamento;
4. Girar a alavanca no sentido anti-horário aproximadamente 80°, carregando
previamente a mola de fechamento do disjuntor;
5. Girar a alavanca no sentido horário até completar a manobra de
fechamento. Nesta operação, independente da velocidade de ação do operador, os
contatos principais do disjuntor são fechados, e a mola de abertura será
automaticamente carregada.

2.Desenergização
Antes da desenergização, deverão ser observados os itens 1.2 , 1.3, 2.1, 2.1.1,
2.1.2, 2.1.3 e 2.1.4 – Capítulo 2 – Página 3 e 4.
Após observar os itens acima mencionados, siga os seguintes passos para a
desenergização;

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1. A manobra de abertura do disjuntor é realizada com um simples toque no


botão de abertura situado na caixa acionamento do disjuntor, ou ainda, engatando a
alavanca de carregamento no seu alojamento e efetuando uma pequena rotação à
esquerda (sentido anti-horário);
2. Abrir todas as chaves seccionadoras. Na seguinte ordem:
⇒ 1° - Seccionadora do Trafo B;
⇒ 2° - Seccionadora do Trafo A;
⇒ 3° - Seccionadora do Disjuntor.
3. Verificar a existência de corrente no display do RELÉ PEXTRON.
Informações sobre o funcionamento do RELÉ PEXTRON, consultar manual anex.

Dimensões do disjuntor PL 15 B

OBS; Demais detalhes, consultar o manual de instrução do disjuntor BEGHIM


PL15B, (não anexado).

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M A N U A L B Á S I C O P A R A O P E R A Ç Ã O

ANEXO A

Glossário
S.E. = Subestação de Energia
A.T. = Alta Tensão
M.T. = Média Tensão
T.C. = Transformador de Corrente
T.P. = Transformador de Potência
NR-10 = Norma Regulamentadora 10
ND-5.3 = Norma de Distribuição 5.3
Z.R.. = Zona de Risco
Z.C. = Zona Controlada
E.P.I. = Equipamento de Proteção Individual
E.P.C. = Equipamento de Proteção Coletivo

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ANEXO B

Referências Bibliográficas
CEMIG – Manual de Distribuição – ND-5.3 – Fornecimento de Energia
Elétrica em Média Tensão.
Ministério do Trabalho e do Emprego – Nova Norma Regulamentadora N°10 –
NR 10 – Atualização.
BEGHIM S/A – Manual de Instrução – Disjuntor PL 15 B – Manual de
Instrução de Instalação, Entrada em Operação e Manutenção do Disjuntor a PVO
tipo PL15B.
PEXTRON – Manual de Operação – Relé de Proteção Digital URPE 7104
Versão 7.18.

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