NUTRIÇÃO E DIETÉTICA AULA 6 Estética

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Nutrição e Dietética

Aula 6
TRANSTORNOS ALIMENTARES

Os transtornos alimentares geralmente apresentam


as suas primeiras manifestações na infância e na
adolescência. De uma maneira geral, podemos
dividir as alterações do comportamento alimentar
neste período em dois grupos.
TRANSTORNOS ALIMENTARES

• Primeiramente, aqueles transtornos que ocorrem


precocemente na infância e que representam alterações da
relação da criança com a alimentação. Estas condições
parecem não estar associadas a uma preocupação
excessiva com o peso e/ou a forma corporal, mas podem
interferir com o desenvolvimento infantil. Aqui
encontramos o transtorno da alimentação da primeira
infância, a alotriofagia e o transtorno de ruminação.
TRANSTORNO DA ALIMENTAÇÃO DA PRIMEIRA
INFÂNCIA

• É uma dificuldade em se alimentar


adequadamente levando a uma perda ponderal ou
a uma falha em ganhar peso de forma apropriada,
iniciando-se antes da idade de seis anos. Os
sintomas parecem não ser devidos a nenhuma
condição médica geral, a um outro transtorno
psiquiátrico ou à falta de alimentos.
TRANSTORNO DA ALIMENTAÇÃO DA PRIMEIRA
INFÂNCIA

• O objetivo principal do tratamento é a melhora do


estado nutricional do paciente. Deve-se proceder
uma avaliação dos pais e de fatores psicossociais
que estejam contribuindo para o desenvolvimento
e a manutenção do problema.
ALOTRIOFAGIA

• É a ingestão persistente de substâncias não


nutritivas, inadequadas para o desenvolvimento
infantil e que não fazem parte de uma prática
aceita culturalmente. As substâncias mais
freqüentemente consumidas são: terra, barro,
cabelo, alimentos crus, cinzas de cigarro e fezes de
animais.
ALOTRIOFAGIA

• Atrasos no desenvolvimento, retardo mental e


história familiar de pica são condições que podem
estar associadas. Várias complicações clínicas
podem ocorrer, principalmente relacionadas com
o sistema digestivo e com intoxicações ocasionais,
dependendo do agente ingerido.
TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO

• Inclui episódios de regurgitação (remastigação)


repetidos que não podem ser explicados por nenhuma
condição médica. As principais complicações médicas
podem ser desnutrição, perda de peso, alterações do
equilíbrio hidroeletrolítico, desidratação e morte. O
tratamento envolve o acompanhamento clínico das
complicações e tratamento comportamental.
TRANSTORNOS ALIMENTARES

• O segundo grupo de transtornos tem o seu aparecimento mais


tardio e é constituído pelos transtornos alimentares
propriamente ditos: a anorexia nervosa e a bulimia nervosa.
De especial interesse para os profissionais envolvidos com o
atendimento de crianças e adolescentes são as chamadas
síndromes parciais de anorexia e de bulimia nervosa e a
categoria diagnóstica recentemente descrita denominada
transtorno da compulsão alimentar periódica.
ANOREXIA NERVOSA (AN)

• Na sua forma típica, a AN se inicia geralmente na infância


ou na adolescência. O início é marcado por uma restrição
dietética progressiva com a eliminação de alimentos
considerados "engordantes", como os carboidratos. As
pacientes passam a apresentar certa insatisfação com os
seus corpos assim como passam a se sentir obesas apesar
de muitas vezes se encontrarem até emaciadas (alteração
da imagem corporal).
ANOREXIA NERVOSA (AN)

• O medo de engordar é uma característica essencial, servindo muitas


vezes como um diferencial para outros tipos de anorexia secundárias
a doenças clínicas ou psiquiátricas. Gradativamente, as pacientes
passam a viver exclusivamente em função da dieta, da comida, do
peso e da forma corporal, restringindo seu campo de interesses e
levando ao gradativo isolamento social. O curso da doença é
caracterizado por uma perda de peso progressiva e continuada. O
padrão alimentar vai se tornando cada vez mais secreto e muitas
vezes até assumindo características ritualizadas e bizarras.
BULIMIA NERVOSA (BN)

• A BN é extremamente rara antes dos 12 anos. O transtorno é


característico das mulheres jovens e adolescentes.
• O episódio de compulsão alimentar é o sintoma principal e
costuma surgir no decorrer de uma dieta para emagrecer. No
início, pode se achar relacionado à fome, mas posteriormente,
quando o ciclo compulsão alimentar-purgação já está instalado,
ocorre em todo tipo de situação que gera sentimentos
negativos (frustração, tristeza, ansiedade, tédio, solidão).
BULIMIA NERVOSA (BN)

• Inclui um aspecto comportamental objetivo que seria comer uma


quantidade de comida considerada exagerada se comparada ao que
uma pessoa comeria em condições normais; e um componente
subjetivo que é a sensação de total falta de controle sobre o seu
próprio comportamento. Estes episódios ocorrem às escondidas na
grande maioria das vezes e são acompanhados de sentimentos de
intensa vergonha, culpa e desejos de autopunição. A quantidade de
calorias ingerida por episódio pode variar enormemente, muito
embora em média oscile entre 2 mil e 5 mil calorias.
TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR
PERIÓDICA (TCAP)

• Os pacientes com o transtorno apresentam os episódios de


compulsão alimentar, mas não utilizam as medidas
extremas para evitar o ganho de peso como pessoas com
BN. Existe uma perda do controle sobre o que se comer,
mas não existe comportamentos compensatórios como
vômitos ou uso de laxantes. A maioria dos pacientes com o
transtorno é obesa.
TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR
PERIÓDICA (TCAP)

• Pessoas com TCAP diferem das obesas sem TCAP no que se


refere à gravidade da psicopatologia, ao início mais precoce
da obesidade, à maior gravidade da obesidade e à má
resposta aos regimes de tratamento, podendo estar
associado a obesidade em adolescentes. O tratamento do
TCAP deve envolver uma orientação dietética adequada
com refeições regulares e psicoterapia cognitivo-
comportamental.
DIETAS DA MODA
Constantemente cardápios e regimes para
emagrecimento rápido, como as chamadas dietas da moda,
são divulgados pela mídia em geral e imediatamente
adotados por milhares de pessoas. Normalmente essas
dietas eliminam o consumo de determinado grupo de
alimentos e exageram na ingestão de outros.
Essas “receitas milagrosas” carecem de
comprovação cientifica e, ao contrário do que
prometem, podem representar riscos para a saúde ou
resultar em alguns quilinhos extras. São muitos os
prejuízos causados por regimes de emagrecimento
realizados sem adequada avaliação e constante
acompanhamento médico ou nutricional.
A variedade de alimentos nas devidas proporções
é fundamental para quem quer perder peso.
Dietas a base apenas de carboidratos ou de
proteínas, ou mesmo de fibras ou só de líquido,
são prejudiciais a saúde, porque isoladamente
esses grupos alimentares não são capazes de
oferecer todos os nutrientes que o organismo
necessita.
O ideal quando se quer
perder ou ganhar peso é
consultar um profissional
especializado, como um
nutricionista.

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