Derrida - A Lei Do Gênero - Anotações Aula Junho de 2024
Derrida - A Lei Do Gênero - Anotações Aula Junho de 2024
Derrida - A Lei Do Gênero - Anotações Aula Junho de 2024
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marilene-felinto/2022/12/literatura-
consiste-em-inventar-um-povo-que-falta.shtml
Fato é que o professor, diante da "falta de sintonia" dos alunos
com o texto rosiano –e diante da acomodação da academia a seu
cânone seleto –, optou por livro de um escritor jovem, com
presença e divulgação na mídia, um desses supervalorizados,
mas que são apenas medianos.
Para mim, literatura surge e se constitui de atmosferas, não é
narração enfadonha de fatos, sem personalidade, sem alma.
Escrever, afinal, e como afirmou Deleuze em "A Literatura e a
Vida", "não é contar as próprias lembranças, suas viagens, seus
amores e lutos (...). É um caso de devir, sempre inacabado,
sempre em via de fazer-se, e que extravasa qualquer matéria
vivível ou vivida".
O tal escritor contemporâneo e que, conforme o professor,
respondia de imediato à demanda do alunado, é daqueles que
peca pelo excesso de realidade ou de imaginação (o que é a
mesma coisa, segundo Deleuze), e cujo texto li aos bocejos.
https://www.youtube.com/watch?v=qavgfqu-lz4
Angelina Jolie (Malévola)
Todos conhecemos a história da Bela Adormecida. Então,
conhecemos a Malévola, sabemos o que aconteceu no batizado.
Mas não sabíamos o que havia acontecido antes. Nós
respeitamos o clássico. Tentamos trazer o que você ama dessa
história. Também queremos trazer um mundo que você nunca
viu antes.
Era uma vez ou talvez duas vezes, pois devem se lembrar desta
história... havia um poderoso ser chamado Malévola. Por
alguma razão, a dona do mal e protetora dos Moors ainda era
odiada depois de todo esse tempo. Sim, ela havia amaldiçoado a
princesa Aurora, mas isso foi antes de descobrir a luz no coração
de uma criança humana e de criar a menina como filha. Afinal,
foi o amor de Malévola que quebrou a mesma maldição. Mas, de
alguma forma, esse detalhe foi misteriosamente esquecido. Pois,
conforme a história era contada e repetida várias vezes pelo
reino, Malévola tornou-se a vilã mais uma vez. (Malévola: a
dona do Mal, 4min20s)
Maleficent: Mistress of Evil
11. différance: diferença derridiana / iterabilidade: “différance” nos informa que não
há a coisa enquanto tal, mas sim o rastro; iterabilidade nos informa que, desde o
início, o que se dá não é a coisa, qualquer que seja ela, em sua presença, mas sim
a referência a ela, ou, poderíamos dizer, a sua re-tomada; iterabilidade: o que
é primeiro nunca é a coisa, mas sim a sua repetição; desde o primeiro momento,
o que se dá é a repetição de uma referência à coisa e não a coisa mesma
[ESTRADA, Paulo Cesar Duque. Jamais se renuncia ao Arquivo Notas sobre
'Mal de Arquivo' de Jacques Derrida. Nat. hum., São Paulo , v. 12, n. 2, p. 1-
16, 2010];
12. repetição / performatividade [Butler, 2019, p. 16]: prática reiterativa e citacional
por meio da qual o discurso produz os efeitos daquilo que nomeia; poder
reiterativo do discurso para produzir os fenômenos que regula e que impõe;
materialidade é efeito produtivo do poder; reiterações nunca são simplesmente
réplicas do mesmo; todo “ato” é repetição; ato performativo repete uma
enunciação “codificada” e reiterável; reiteração é citação, recitação;
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9rula_papal
Férula papal (do latim Ferula pontificalis: bastão pontifical) é
uma insígnia papal, em forma de bastão alto encimado pela cruz.
Rower[quem?] (1947) define como um bastão, à guisa de cetro,
que desde a Idade Média era colocado na mão do papa depois de
sua eleição para significar o seu poder espiritual e temporal.
(...) sob a lógica do enxerto e vendo na figura da filósofa Paul
Preciado, aquela que penetra com seu dildo a desconstrução de
Jacques Derrida; aquele que promove enxertos clitorianos na
genealogia de Michel Foucault; aquela que faz fist-fucking no
corpo sem órgãos de Deleuze e Guatarri; aquele que injeta
líquidos tóxicos e deforma o pênis e os testículos do corpo
lésbico de Monique Wittig; aquela que raspa a cabeça e,
masturbando-a, faz gozar o ciborgue de Donna Haraway; aquele
que reencena a performance de Judith Butler, mostrando o cu
auto-penetrado do travesti por seus sapatos de saltos-dildo. Esse
poderia ser um começo dildotectônico, ou seja, de fato
filosófico, de se começar, pois toda a filosofia poderia ser,
então, lida sob a dildológica. Isso também me interessaria
bastante já que, como antecipei, em meus termos a metafísica
deve ser compreendida como um “cis-logismo”. [Rafael
Haddock-Lobo, Preciado e o pensamento da contrassexualidade
(Uma prótese de introdução)]