Pess Ota
Pess Ota
Pess Ota
44-TDI
INPE
São José dos Campos
2018
PUBLICADO POR:
INPE
São José dos Campos
2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Esta obra foi licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 3.0 Não
Adaptada.
ii
iv
AGRADECIMENTOS
Dr. Ronaldo Árias e Me. José Damião Duarte Alonso pelo apoio na análise do
tratamento de falhas nos programas brasileiros e no modelamento funcional
das funções de um ACDH;
v
vi
RESUMO
vii
viii
A STRATEGY FOR TREATMENT OF SYSTEMIC FAULTS (FDIR) IN ACDHs
OF SMALL AND MEDIUM SIZE SATELLITES
ABSTRACT
This work proposes a strategy for the treatment of systemic failures (FDIR –
Fault Detection Isolation/Identification and Recovery) based on satellite
functional architecture analysis, which allows to bring forward the FDIR project
to the beginning of small and medium satellites Phase B Life Cycle, when it is
still possible that FDIR considerations have a more effective impact on
subsystem and satellite design. For this, the functional architecture is
decomposed and the most significant functions failure modes, as well as their
causes and effects, are identified through a functional FMEA (Failure Mode and
Effects Analysis). The kinematic behavior of the system is described by means
of a timed graph and the monitorable effects are identified. An inverse logic for
the isolation and / or identification of active failure modes is then defined based
on: a) the compatibility of cause and effect Karnaugh maps; b) the signature of
the failure modes in the spatial domain (generalizable for the temporal and
informational domain). The strategy is applied on a typical ACDH (Attitude
Control and Data Handling Subsystem) subsystem, based on the ACDH under
development for the PMM (Multimission Platform) and the Amazon satellite. The
subsystem functional architecture, defined based on available documents, is
decomposed in twelve functions and each of these functions is decomposed in
two functional levels. The strategy is applied to the „Provide on-board time'
function considering the failure modes „Do not provide on-board time‟and
„Provide on-board time outside specification‟. Inverse logics based on failure
modes spatial signatures are proposed and repeatedly simulated in different
conditions for performance evaluation. In conclusion, the work proposes a
functional approach that can be applied on initial development phases,
anticipating the mission systemic failures treatment and allowing the adoption of
solutions that improve FDIR performance, which may, according to the
literature, increase autonomy and facilitate failures management in
complex/highly integrated systems. The work reinserts satellite failures
treatment as a research area within the Onboard Supervision Group (SUBORD)
of INPE Aerospace Electronic Division (DEA).
ix
x
LISTA DE FIGURAS
Pág.
Figura 1.1 – Estrutura do ACS com o supervisor para tratamento de falhas e as
interfaces de telecomando e telemetria do satélite Ørsted. ........... 2
Figura 1.2 – Exemplo de organização hierárquica de um FDIR. ........................ 3
Figura 1.3 – Arquitetura hierárquica dos processos aplicativos do satélite
TerraSAR X. ................................................................................... 4
Figura 2.1 – Classificação das naves espaciais pelo JHU/APL de acordo com
sua massa (sem combustível)...................................................... 14
Figura 2.2 – Classificação das naves espaciais pelo SSTP de acordo com sua
massa (sem propelente). ............................................................. 15
Figura 2.3 – Operação tradicional de uma nave espacial com FCPs e MTLs; e a
operação usando OBCPs. ........................................................... 22
Figura 2.4 – Exemplo de Arquitetura Federada................................................ 23
Figura 2.5 – Exemplo de Arquitetura IMA. ....................................................... 23
Figura 2.6 – Arquitetura tradicional do sistema com o subsistema OBDH e o
subsistema AOCS. ....................................................................... 25
Figura 2.7 – Arquitetura inovada do sistema com o subsistema ACDH. .......... 25
Figura 2.8 – Propagação do erro em sistemas computacionais. ...................... 30
Figura 2.9 – Encadeamento de falhas, erros e falências em sistemas
computacionais. ........................................................................... 31
Figura 2.10 – Encadeamento de eventos falha/falência no acidente do ônibus
espacial Columbia. .................................................................... 33
Figura 2.11 – Representação gráfica da integração de FMEAs de diferentes
níveis hierárquicos. .................................................................... 36
Figura 2.12 – Sumário das definições de FDI, FDD e FDIR. ............................ 40
Figura 2.13 – Desenvolvimento de um FDIR ao longo das fases do ciclo de
vida. ........................................................................................... 41
Figura 2.14 – Processo de gerenciamento de falhas como parte do processo de
engenharia de sistemas. ........................................................... 43
Figura 2.15 – Decomposição hierárquica funcional de um FDIR. .................... 47
xi
Figura 2.16 – Exemplo de hierarquia de FDIR para um satélite hipotético. ..... 49
Figura 2.17 – Arquitetura com capacidade decisória. ...................................... 51
Figura 2.18 – Diagrama de blocos da arquitetura Livingstone. ........................ 53
Figura 2.19 – Exemplo de um TFPG. ............................................................... 56
Figura 2.20 – Fluxo de trabalho para definição do repertório de falhas da
missão WISE. ............................................................................ 62
Figura 2.21 – Alocação de responsabilidades para proteção contra falhas na
Cassini. ...................................................................................... 65
Figura 2.22 – Diagrama de blocos da arquitetura do AACS FP. ...................... 67
Figura 2.23 – Diagrama de blocos do subsistema ACDH e suas principais
interfaces com subsistemas da Plataforma e Carga Útil. .......... 73
Figura 3.1 – Relação entre falha e falência. ..................................................... 79
Figura 3.2 – Relação entre falha, falência e efeito. .......................................... 79
Figura 3.3 – Processo de engenharia de sistemas. ......................................... 84
Figura 3.4 – Integração FMEA e TFPG em uma Arquitetura Hierárquica. ....... 88
Figura 3.5 – Causas dos modos de falência localizadas em regiões que podem
ser tratadas de forma independente. ........................................... 91
Figura 3.6 – Causas dos modos de falência intermitente e dos modos de
falência permanente localizadas na mesma região. .................... 91
Figura 3.7 – Exemplo de propagação de modos de falência pela estrutura do
sistema. ........................................................................................ 92
Figura 3.8 – Exemplo de propagação de modos de falência por uma rede
combinatória................................................................................. 94
Figura 3.9 – Representação funcional da propagação dos modos de falência. 95
Figura 3.10 – Representação da identificação do modo de falência ativo a partir
de sua assinatura. ..................................................................... 96
Figura 3.11 – Analogia entre função bijetora e propagação dos modos de
falência. ..................................................................................... 97
Figura 3.12 – Analogia entre função sobrejetora e propagação dos modos de
falência caracterizando a ambiguidade de assinaturas. ............ 98
Figura 3.13 – Desambiguação de assinaturas transformando a função
sobrejetora em bijetora. ............................................................. 98
xii
Figura 3.14 – (a) Efeito monitorado EM causado pela propagação mutuamente
exclusiva de MF1 e MF2. (b) Mapa de Karnaugh para o efeito E.
................................................................................................ 100
Figura 3.15 – (a) Adição do efeito monitorado E2M2 independente de MF1. (b)
Mapa de Karnaugh para os efeitos E1 e E2. ............................ 100
Figura 3.16 – (a) Mapa de compatibilidade da função OU Exclusivo
desambiguada. (b) Mapa de Karnaugh de MF1. (c) Mapa de
Karnaugh de MF2. ................................................................... 101
Figura 3.17 – (a) Efeito monitorado EM causado pela propagação inclusiva de
MF1 e MF2; (b) Mapa de Karnaugh para o efeito E.................. 102
Figura 3.18 – (a) Adição do efeito monitorado E1M1 independente de MF2.e de
E2M2 independente de MF1; (b) Mapa de Karnaugh para os
efeitos E1, E2 e E3. ................................................................... 103
Figura 3.19 – (a) Mapa de compatibilidade da função OU inclusivo
desambiguada. (b) Mapa de Karnaugh de MF1. (c) Mapa de
Karnaugh de MF2. ................................................................... 104
Figura 3.20 – (a) Efeito monitorado EM causado pela propagação conjuntiva de
MF1 e MF2; (b) Mapa de Karnaugh para o efeito E.................. 104
Figura 3.21 – (a) Adição do efeito monitorado E1M1 independente de MF2 e de
E2M2 independente de MF1; (b) Mapa de Karnaugh para os
efeitos E1, E2 e E3. ................................................................... 105
Figura 3.22 – (a) Mapa de compatibilidade da função E desambiguada. (b)
Mapa de Karnaugh de MF1. (c) Mapa de Karnaugh de MF2.... 106
Figura 3.23 – Analogia entre função injetora e a propagação dos modos de
falência. ................................................................................... 107
Figura 3.24 – Analogia entre função bijetora e o monitoramento de efeitos
quando os monitores não apresentam falências. .................... 108
Figura 3.25 – Analogia entre função bijetora e o monitoramento de efeitos: (a)
quando a falência do monitor causa ambiguidade na assinatura;
ou (b) quando a falência do monitor causa assinatura que não
faz parte da imagem da função direta. .................................... 109
xiii
Figura 3.26 – Fluxograma básico de lógica acionada por evento para isolação
e/ou identificação por diferença de assinaturas. ...................... 111
Figura 3.27 – Fluxograma básico de lógica acionada temporalmente para
isolação e/ou identificação por diferença de assinaturas. ....... 112
Figura 3.28 – Fluxograma básico de lógica que combina acionamento por
evento e acionamento temporal para isolação e/ou identificação
por diferença de assinaturas após a propagação dos modos de
falência. ................................................................................... 113
Figura 3.29 – Fluxograma básico para isolação e/ou identificação com critério
de biunivocidade. ..................................................................... 114
Figura 3.30 – Fluxograma básico para isolação e/ou identificação com critério
de biunivocidade e verificação de precedência. ...................... 115
Figura 3.31 – Fluxograma básico para isolação e/ou identificação combinando
os domínios espacial e temporal. ............................................ 116
Figura 4.1 – Nível 1 e nível 2 da arquitetura funcional hierárquica do
subsistema ACDH. ..................................................................... 124
Figura 4.2 - Decomposição funcional da função „Fornecer Tempo de Bordo‟. 127
Figura 4.3 – Classificação de comandos de acordo com sua origem, forma de
distribuição e tempo de atuação. ............................................... 131
Figura 4.4 – Decomposição funcional da função „Fornecer Comando Direto‟.133
Figura 4.5 – Decomposição funcional da função Fornecer Comando Roteado
Imediato. .................................................................................... 136
Figura 4.6 – Decomposição das funções do subsistema ACDH. ................... 139
Figura 4.7 – Arquitetura funcional hierárquica do subsistema ACDH. ............ 140
Figura 4.8 – Diagrama de propagação para função „Fornecer Tempo de Bordo‟
no nível 1. .................................................................................. 162
Figura 4.9 – Diagrama de propagação da função „Fornecer Tempo de Bordo‟ no
nível 2. ....................................................................................... 165
Figura 4.10 – Diagrama de propagação para função „Fornecer Tempo de
Bordo‟ no nível 3 ...................................................................... 167
Figura 4.11 – Diagrama de propagação da função „Fornecer Tempo de Bordo‟
reduzida. .................................................................................. 171
xiv
Figura 4.12 – Diagrama de propagação da função „Fornecer Tempo de Bordo‟
reduzida com os pseudos modos falência. .............................. 173
Figura 4.13 – Mapa de Karnaugh da assinatura espacial dos modos e pseudo
modo de falência da função „Fornecer Tempo de Bordo‟
reduzida. .................................................................................. 174
Figura 4.14 – Mapa de compatibilidade da função „Fornecer Tempo de Bordo‟
reduzida. .................................................................................. 175
Figura 4.15 – Mapa de Karnaugh para (a) MF1, (b) MF2, (c) MF3, (d) MF4 e (e)
MF1’. ....................................................................................... 176
Figura 4.16 – Diagrama de propagação de um caso da literatura.................. 178
Figura 4.17 – Decomposição do diagrama de propagação do caso da literatura:
a) subdiagrama da propagação de MF1; b) subdiagrama da
propagação de MF2; c) subdiagrama da propagação de MF3;
subdiagrama da propagação de MF4. ..................................... 179
Figura 4.18 – Diagrama de propagação do caso da literatura reduzido. ........ 181
Figura 4.19 – Mapa de Karnaugh da assinatura espacial do caso da literatura
reduzido. .................................................................................. 182
Figura 4.20 – Diagrama de propagação do caso da literatura reduzido
desambiguado. ........................................................................ 182
Figura 4.21 – Mapa de Karnaugh da assinatura espacial do caso da literatura
reduzido desambiguado. ......................................................... 183
Figura 4.22 – Mapa de compatibilidade do caso da literatura reduzido
desambiguado. ........................................................................ 184
Figura 4.23 – Mapas de Karnaugh para: (a) MF1; (b) MF2; (c) MF3; (d) MF4.
................................................................................................ 185
Figura 4.24 – Modelamento da falência de monitores como falso positivo e falso
negativo. .................................................................................. 186
Figura 5.1 – Janela principal do GTKWave com formas de onda da simulação
da função „Fornecer Tempo de Bordo‟. ...................................... 189
Figura 5.2 – Janela do Notepad++ com trecho inicial do código VHDL da
simulação da função „Fornecer Tempo de Bordo‟. ..................... 190
xv
Figura 5.3 – Sumário dos resultados corretos da diagnose da função „Fornecer
Tempo de Bordo‟ quando nenhum dos monitores apresenta
falência. ...................................................................................... 199
Figura 5.4 – Sumário dos resultados corretos da diagnose da função „Fornecer
Tempo de Bordo‟ quando um dos monitores apresenta falência.
................................................................................................... 200
Figura 5.5 – Sumário dos resultados corretos da diagnose da função „Fornecer
Tempo de Bordo‟ quando dois dos monitores apresentam falência.
................................................................................................... 201
Figura 5.6 – Sumário dos resultados corretos da diagnose do caso da literatura
quando nenhum dos monitores apresenta falência.................... 204
Figura 5.7 – Sumário dos resultados corretos da diagnose do caso da literatura
quando um dos monitores apresenta falência. .......................... 205
Figura 5.8 – Sumário dos resultados corretos da diagnose do caso da literatura
quando dois dos monitores apresentam falência. ...................... 207
Figura A.1 – Decomposição funcional da função Fornecer Comando Roteado
Temporizado. ............................................................................. 228
Figura A.2 – Decomposição funcional da função „Fornecer Comando Imediato‟.
................................................................................................... 230
Figura A.3 – Decomposição funcional da função „Fornecer Comandos
Temporizados‟............................................................................ 232
Figura A.4 – Classificação de telemetrias de acordo com a origem e o tempo de
transmissão. ............................................................................... 233
Figura A.5 – Decomposição funcional da função „Fornecer Telemetria Tempo
Real‟. .......................................................................................... 235
Figura A.6 – Decomposição funcional da função „Fornecer Telemetria
Armazenada‟. ............................................................................. 237
Figura A.7 – Decomposição funcional da função Estimar Atitude. ................. 238
Figura A.8 – Decomposição funcional da função „Propagar Órbita‟. .............. 240
Figura A.9 – Decomposição funcional da função „Comandar Atuadores‟. ...... 243
Figura A.10 – Decomposição funcional da função „Gerenciar Modos e
Transições‟. .............................................................................. 245
xvi
LISTA DE TABELAS
Pág.
Tabela 2.1 – Classificação de satélites proposta por Martin N Sweeting em
1991. ........................................................................................... 13
Tabela 2.2 – Classificação de satélites de acordo com a massa. .................... 16
Tabela 2.3 – Comparação de satélites de observação ótica da Terra de
pequeno, médio e grande porte. ................................................. 17
Tabela 2.4 – Níveis de autonomia para a execução da missão. ...................... 27
Tabela 2.5 – Níveis de autonomia para o gerenciamento de dados. ............... 27
Tabela 2.6 – Níveis de autonomia para o gerenciamento de falhas a bordo. .. 28
Tabela 2.7 – Detecção e recuperação de falhas nos níveis hierárquicos do
FDIR. ........................................................................................... 50
Tabela 2.8 – Detecção de Falências e Recuperação do Subsistema OBDH dos
Satélites CBERS ......................................................................... 71
Tabela 2.9 – Sumário do tratamento de falhas da Plataforma nas missões
CBERS. ....................................................................................... 72
Tabela 2.10 – Sumário do tratamento de falhas da Plataforma no satélite
Amazonia 1. .............................................................................. 74
Tabela 2.11 – Sumário das arquiteturas e métodos analisados nesta revisão. 75
Tabela 3.1 – Macroprocessos que Implementam os Subsistemas OBDH e
AOCS. ......................................................................................... 81
Tabela 3.2 - Modelos de tratamento de dados de falhas ................................. 86
Tabela 3.3 – Avaliação da Originalidade da Proposta.................................... 119
Tabela 4.1 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Fornecer Tempo de Bordo‟. ................... 143
Tabela 4.2 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Fornecer Comando Direto'. .................... 147
Tabela 4.3 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Fornecer Comando Roteado Imediato‟. . 149
xvii
Tabela 4.4 – Falhas Identificadas na FMEA Funcional do ACDH para as
Funções „Fornecer tempo de bordo‟, „Fornecer comando direto‟,
„Fornecer comando roteado imediato‟. ...................................... 155
Tabela 4.5 – Assinatura no domínio dos modos de falência da função „Fornecer
Tempo de Bordo‟. ...................................................................... 170
Tabela 4.6 – Assinaturas e Isolação/identificação dos modos de falência da
função „Fornecer Tempo de Bordo‟ reduzida. ........................... 172
Tabela 4.7 – Agrupamento dos dos modos de falência da função „Fornecer
Tempo de Bordo‟ reduzida em pseudos modos de falência...... 173
Tabela 4.8 – Assinaturas no domínio espacial dos modos de falência do caso
da literatura. .............................................................................. 180
Tabela 5.1 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose
por diferença de assinaturas e detecção por eventos. .............. 192
Tabela 5.2 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose
por biunivocidade e detecção por eventos. ............................... 193
Tabela 5.3 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose
por biunivocidade e verificação de precedência e detecção por
eventos...................................................................................... 193
Tabela 5.4 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose
por diferença de assinaturas aplicada após a propagação das
falências e detecção por eventos. ............................................. 194
Tabela 5.5 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose
por diferença de assinaturas e detecção por amostragem
periódica.................................................................................... 195
Tabela 5.6 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose
por biunivocidade e detecção por amostragem periódica. ........ 195
Tabela 5.7 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose
por biunivocidade e verificação de precedência e detecção por
amostragem periódica. .............................................................. 196
Tabela 5.8 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose
por diferença de assinaturas aplicada após a propagação das
falências e detecção por amostragem periódica. ...................... 196
xviii
Tabela 5.9 – Sumário dos resultados corretos da diagnose da função „Fornecer
Tempo de Bordo‟. ...................................................................... 197
Tabela 5.10 – Sumário dos tempos médios necessários para a diagnose
correta da função „Fornecer Tempo de Bordo‟ pelas lógicas
propostas. ............................................................................... 198
Tabela 5.11 – Sumário dos resultados corretos da diagnose do caso da
literatura. ................................................................................. 202
Tabela 5.12 – Sumário dos tempos médios necessários para a diagnose
correta do caso da literatura pelas lógicas propostas. ............ 203
Tabela B.1 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Fornecer Comando Roteado Temporizado‟
.................................................................................................. 247
Tabela B.2 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Fornecer Comandos Imediatos‟ ............. 248
Tabela B.3 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Fornecer Comandos Temporizados‟ ...... 249
Tabela B.4 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Fornecer Telemetria de Tempo Real‟ ..... 250
Tabela B.5 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Fornecer Telemetria Armazenada‟ ......... 251
Tabela B.6 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Estimar Atitude‟ ...................................... 252
Tabela B.7 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Propagar Órbita‟ ..................................... 253
Tabela B.8 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Comandar Atuadores‟ ............................ 257
Tabela B.9 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de
Falências da Função „Gerenciar Modos e Transições‟.............. 258
Tabela C.1 – Análise Funcional/Física dos Efeitos dos Modos de Falências da
Função „Prover Processamento‟ ............................................... 259
xix
xx
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xxi
JPL Jet Propulsion Laboratory
MECB Missão Espacial Completa Brasileira
MIRAX Monitor e Imageador de Raios X
MTL Mission Time Line
NASA National Aeronautics and Space Administration – Administração
Nacional da Aeronáutica e Espaço
OAO-C Orbiting Astronomical Observatory C Satellite
OBCP On-Board Control Procedure
OBDH On-Board Data Handling Subsystem
PMM Plataforma Multimissão – Multimission Platform
PSS Power Supply Subsystem
PUS Packet Utilization Standard
RM Gerenciamento de Redundâncias – Redundancy Management
RT Referência de Tempo
SACI Satélite de Aplicações Científicas
SCD Satélite de Coleta de Dados
SEU Single Event Upset
S/S Subsistema
TB Tempo de Bordo
TC Telecomando
TFPG Timed Failure Propagation Graph
TM Telemetria
TMarmz Telemetria Armazenada
WG Working Group
xxii
SUMÁRIO
Pág.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1
1.1 Contexto ........................................................................................................... 1
1.2 Motivações e Justificativas ............................................................................... 5
1.2.1 Tratamento Tardio de Falhas Sistêmicas ...................................................... 5
1.2.1.1 Problema ............................................................................................ 5
1.2.1.2 Motivação – Antecipação do Tratamento de Falhas Sistêmicas ........ 6
1.2.2 Baixa Autonomia Operacional ....................................................................... 6
1.2.2.1 Problema ............................................................................................ 6
1.2.2.2 Motivação – Aumento da Autonomia .................................................. 7
1.2.3 Dificuldade em Tratar Falhas de Sistemas Complexos e/ou Integrados ....... 8
1.2.3.1 Problema ............................................................................................ 8
1.2.3.2 Motivação – Tratamento de Falhas de Sistemas Complexos
e/ou Altamente Integrados ................................................................. 8
1.2.4 Impactos Negativos na Área Espacial........................................................... 9
1.2.4.1 Problema ............................................................................................ 9
1.2.4.2 Motivação – Prevenção de Impactos Negativos nas Missões ............ 9
1.3 Objetivo .......................................................................................................... 10
1.4 Originalidade, Generalidade e Utilidade ......................................................... 10
1.5 Organização do Trabalho ............................................................................... 11
2 CONCEITOS BÁSICOS E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................... 13
2.1 Classes de Satélites ....................................................................................... 13
2.2 Ciclo de Vida de uma Missão Espacial ........................................................... 17
2.3 Operação de Missões Espaciais .................................................................... 18
2.4 Subsistema ACDH .......................................................................................... 22
2.5 Autonomia ...................................................................................................... 25
2.6 Falha, Erro e Falência (“Fault, Error and Failure”) .......................................... 28
2.7 FMEA/FMECA ................................................................................................ 34
2.7.1 FMEA Funcional.......................................................................................... 37
2.7.2 Modos de Falência de uma Função ............................................................ 37
xxiii
2.8 FDIR (Fault Detection, Isolation and Recovery) ............................................. 38
2.8.1 Introdução ................................................................................................... 38
2.8.2 Detecção, Isolação, Identificação e Recuperação ...................................... 39
2.8.3 Processo de Desenvolvimento do Tratamento de Falhas (FDIR) ............... 40
2.8.4 Recursos e Mecanismos de um FDIR......................................................... 44
2.8.4.1 Redundância .................................................................................... 44
2.8.4.2 Modo Seguro de Operação .............................................................. 45
2.8.5 Estratégias de FDIR .................................................................................... 45
2.8.6 Arquiteturas de FDIR .................................................................................. 46
2.8.6.1 Arquiteturas Hierárquicas ................................................................. 46
2.8.6.2 Arquitetura com Capacidade Decisória ............................................ 50
2.8.7 Métodos de Detecção, Isolação, Identificação e Recuperação ................... 51
2.8.7.1 Métodos Baseados em Modelos ...................................................... 52
2.8.7.2 Métodos que Utilizam Redes Bayesianas ........................................ 53
2.8.7.3 Métodos que Utilizam Lógica Fuzzy ................................................. 54
2.8.7.4 Métodos Baseados em Automação Cognitiva .................................. 54
2.8.7.5 Métodos Baseados em TFPG (Timed Failure Propagation
Graph) .............................................................................................. 55
2.8.7.6 Trabalhos Desenvolvidos no INPE ................................................... 58
2.8.8 Algumas Estratégias de FDIR Utilizadas em Missões Espaciais ................ 58
2.8.8.1 Satélite Ørsted .................................................................................. 58
2.8.8.2 Satélite WISE ................................................................................... 60
2.8.8.3 Missão Cassini-Huygens .................................................................. 63
2.8.8.4 Formação de Satélites TerraSAR-X e TanDEM-X ........................... 68
2.8.8.5 Formação Autônoma de Satélites .................................................... 69
2.8.8.6 Satélites CBERS 3&4 ....................................................................... 69
2.8.8.7 PMM e o Satélite Amazonia 1 .......................................................... 72
2.8.9 Sumário das Arquiteturas e Métodos de FDIR Revistos ............................. 74
3 PROPOSTA DE ESTRATÉGIA PARA O TRATAMENTO DE FALHAS ....... 79
3.1 Conceitos de Falha, Erro e Falência usados neste Trabalho ......................... 79
3.2 Implicações do Tratamento de Falhas Sistêmicas na Fase C da Missão,
como atualmente adotado no INPE ............................................................... 80
xxiv
3.3 Abordagens para a Definição da Estratégia ................................................... 83
3.3.1 Descrição Funcional da Arquitetura do Subsistema.................................... 83
3.3.2 Descrição do Comportamento do Sistema por meio de Modelos de
Falhas ......................................................................................................... 85
3.3.3 Tratamento de Falências Funcionais .......................................................... 88
3.3.3.1 Modo de Falência „Não Realizar a Função‟ ...................................... 88
3.3.3.2 Modo de Falência „Realizar a Função Fora de Especificação‟ ......... 89
3.3.3.3 Modo de Falência „Realizar a Funcão Intermitentemente‟ ............... 89
3.3.4 Abordagem por Teoria e Análise para a Diagnose de Falências no
Domínio Espacial ........................................................................................ 91
3.3.4.1 Hipóteses para a Diagnose de Falências no Domínio Espacial ....... 93
3.3.4.2 Propagação e Diagnose no Domínio Espacial Modeladas como
Funções Direta e Inversa ................................................................. 95
3.3.5 Abordagem por Modelagem e Simulação para a Diagnose de
Falências no Domínio Espacial ................................................................. 109
3.3.5.1 Lógica para Isolação e/ou Identificação por Diferença de
Assinaturas..................................................................................... 110
3.3.5.2 Lógica para Isolação e/ou Identificação por Biunivocidade ............ 113
3.3.5.3 Lógica para Isolação e/ou Identificação por Biunivocidade e
Verificação de Precedência ............................................................ 114
3.3.5.4 Isolação e/ou Identificação nos Domínios Espacial / Temporal...... 115
3.4 Sumário da Estratégia para o Tratamento de Falhas Sistêmicas ................. 116
3.5 Avaliação da Originalidade da Proposta ....................................................... 118
4 APLICAÇÃO DA ESTRATÉGIA A UM ACDH BASEADO NA PMM DO
INPE, E A UM CASO DA LITERATURA ...................................... 123
4.1 Aplicação da Estratégia a um ACDH baseado na PMM do INPE ................. 123
4.1.1 Arquitetura Funcional do ACDH ................................................................ 123
4.1.1.1 Funções do ACDH ......................................................................... 123
4.1.1.2 Função „Fornecer Tempo de Bordo‟ ............................................... 125
4.1.1.3 Função „Fornecer Comandos‟ ........................................................ 130
4.1.1.4 Comandos Gerados em Solo ......................................................... 131
4.1.1.5 Consolidação da Arquitetura Funcional do ACDH .......................... 138
xxv
4.1.2 FMEA Funcional Hierárquica do ACDH .................................................... 141
4.1.3 Repertório de Falhas do ACDH ................................................................ 154
4.1.4 Tratamento da Função „Fornecer Tempo de Bordo‟ ................................. 155
4.1.4.1 Comportamento Cinemático do ACDH na Presença de
Falências da Função „Fornecer Tempo de Bordo‟ .......................... 156
4.1.4.2 Detecção e Diagnose ..................................................................... 168
4.1.5 Aplicação da Abordagem por Modelagem e Simulação............................ 170
4.1.6 Aplicação da Abordagem por Teoria e Análise ......................................... 171
4.2 Aplicação da Estratégia a um Caso da Literatura ......................................... 177
4.2.1 Abordagem por Modelagem e Simulação ................................................. 177
4.2.2 Abordagem por Teoria e Análise .............................................................. 180
5 VALIDAÇÃO DA ESTRATÉGIA PARA O TRATAMENTO DE FALHAS .... 187
5.1 Ambiente de Modelagem e Simulação ......................................................... 187
5.1.1 Simulador GHDL ....................................................................................... 187
5.1.2 Visualizador GTKWave ............................................................................. 188
5.1.3 Notepad++ ................................................................................................ 189
5.1.4 GNU Make ................................................................................................ 190
5.2 Principais Características do Simulador das Lógicas de Detecção e
Diagnose ..................................................................................................... 190
5.3 Resultados das Simulações ......................................................................... 191
5.3.1 Resultados da Simulação da Função „Fornecer Tempo de Bordo‟ ........... 192
5.3.2 Resultados das Simulações de um Caso da Literatura............................. 194
5.4 Análise dos Resultados das Simulações ...................................................... 197
5.4.1 Análise dos Resultados Obtidos para a Função „Fornecer Tempo de
Bordo‟........................................................................................................ 197
5.4.1.1 Nenhuma Falência de Monitor ....................................................... 198
5.4.1.2 Uma Falência de Monitor ............................................................... 200
5.4.1.3 Duas Falências de Monitor ............................................................. 201
5.4.2 Análise dos Resultados Obtidos para o Caso da Literatura ...................... 202
5.4.2.1 Nenhuma Falência de Monitor ....................................................... 203
5.4.2.2 Uma Falência de Monitor ............................................................... 204
5.4.2.3 Duas Falências de Monitor ............................................................. 206
xxvi
6 CONCLUSÕES ............................................................................................ 209
6.1 Contribuições ................................................................................................ 209
6.2 Sugestões para Trabalhos Futuros .............................................................. 210
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 213
APÊNDICE A – DECOMPOSIÇÃO FUNCIONAL DAS FUNÇÕES DO ACDH
(CONTINUAÇÃO) ......................................................................... 227
A.1 Comandos Gerados em Solo (Continuação) .................................................... 227
A.1.1 Função „Fornecer Comandos Roteados Temporizados‟ ................................ 227
A.2 Comandos Gerados em Bordo ......................................................................... 228
A.2.1 Função „Fornecer Comandos Imediatos‟ ....................................................... 228
A.2.2 Função „Fornecer Comandos Temporizados‟ ................................................ 230
A.3 Função „Fornecer Telemetrias‟ ......................................................................... 232
A.3.1 Classificação das Telemetrias e Caracterização dos seus Modos de
Falência ....................................................................................................... 232
A.3.2 Função „Fornecer Telemetrias de Tempo Real‟ ............................................. 233
A.3.3 Função „Fornecer Telemetrias Armazenadas‟ ............................................... 235
A.4 Função „Estimar Atitude‟ ................................................................................... 237
A.5 Função „Propagar Órbita‟ .................................................................................. 239
A.6 Função „Comandar Atuadores‟ ......................................................................... 242
A.7 Função „Gerenciar Modos e Transições‟........................................................... 243
APÊNDICE B – FMEA FUNCIONAL HIERÁRQUICA DO ACDH
(CONTINUAÇÃO) ......................................................................... 247
APENDICE C – FMEA FUNCIONAL/FÍSICA DA FUNÇÃO „PROVER
PROCESSAMENTO‟ .................................................................... 259
xxvii
xxviii
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contexto
Desde então, mais e mais tarefas têm sido progressivamente transferidas para
o Segmento Espacial, e a necessidade de operações autônomas avançadas
em espaçonaves vem aumentando significativamente. Esta necessidade não
se restringe às missões interplanetárias, onde a autonomia é um requisito
essencial, mas está também presente em missões em órbita do planeta, como
as de observação da Terra, em vista do interesse crescente na redução dos
custos operacionais dessas missões (GESSNER et al., 2004).
1
As estratégias (arquiteturas + métodos) de FDIR variam fortemente com os
tipos e cenários das missões e os benefícios esperados com relação aos
requisitos de custo, desempenho e disponibilidade.
2
As estratégias de FDIR mais recentes são usualmente baseadas numa
arquitetura hierárquica multicamada e distribuída, onde cada nível realiza sua
própria detecção, isolação/identificação e recuperação de falhas de acordo com
métodos específicos. Se não for possível a recuperação da falha no nível em
que a mesma ocorreu, a responsabilidade passa para o nível imediatamente
acima e, assim, sucessivamente (SCHWAB et al., 2012). A Figura 1.2
apresenta um exemplo de organização das camadas hierárquicas de um FDIR.
3
processos aplicativos que incluem as aplicações específicas de FDIR. Estes e
outros casos são tratados com mais detalhes na Seção 2.6.
4
1.2 Motivações e Justificativas
1.2.1.1 Problema
O tratamento das falhas sistêmicas nas missões brasileiras tem, como regra
geral, seu início na fase C da missão (definição detalhada do projeto). O
conceito de ciclo de vida de uma missão espacial e suas fases é tratado com
mais detalhes na seção 2.2 deste trabalho. O tratamento de falhas na fase C
impõe restrições no estabelecimento de estratégias para a missão. As
estratégias propostas nesta fase para o tratamento de falhas sistêmicas têm
como principal recurso o uso de réplicas dos equipamentos. A adição
generalizada de redundâncias pode, em função de seu custo, não ser a melhor
5
estratégia ou mesmo não ser uma solução viável para satélites de pequeno e
médio porte.
1.2.2.1 Problema
6
do sistema. De acordo com a norma ECSS-E-ST-70-11C (2008) os níveis de
autonomia das missões CBERS podem ser classificados como E2 (capacidade
de execução a bordo de operações definidas pelo Segmento Solo) para a
execução da missão, D1 (capacidade de armazenagem a bordo de dados
essenciais da missão após uma falência ou uma indisponibilidade do Segmento
Solo) para o gerenciamento de dados da missão, e F1 (capacidade de
estabelecer configuração segura após falência do Segmento Espacial) para o
gerenciamento de falhas a bordo. A classificação dos níveis de autonomia de
uma missão espacial é tratada com mais detalhes na seção 2.5 deste trabalho.
7
(2012) “a operação baseada em objetivos apresenta-se como uma evolução do
paradigma de operação vigente, com potencial para suprir as demandas
operacionais de futuras missões. Mais do que isso, o conceito de operações
baseadas em objetivos abre caminho para operações total ou parcialmente
autônomas do segmento espacial”.
De acordo com Gessner et al. (2004); Olive (2010); Vander et al. (2012), o
gerenciamento de falhas é essencial para o aumento dos níveis de autonomia
e sua implementação deve ser compatível com os níveis adotados para a
missão.
1.2.3.1 Problema
8
complexidade do sistema e feito com que o sucesso da missão dependa de
resposta adequada às anomalias decorrentes de mudanças inesperadas no
ambiente e às falhas nos seus componentes e subsistemas. Morgan (2005)
observa ainda que à medida que uma espaçonave torna-se mais complexa, a
diagnose da falha e a recuperação do sistema torna-se uma tarefa mais difícil e
demorada para ser realizada.
1.2.4.1 Problema
9
A perda do satélite SACI-1 em 1999, por exemplo, teve forte repercussão
negativa, eclipsando o sucesso do satélite CBERS-1 (os dois satélites foram
colocados em órbita pelo mesmo veículo lançador). Na época o assunto foi
amplamente explorado pela mídia e até por programas humorísticos. A matéria
“O vexame do SACI”, publicada no dia 27/10/1999, na Edição 1.621 da revista
VEJA (http://veja.abril.com.br/) é um exemplo de como o assunto foi tratado.
1.3 Objetivo
10
compara com a proposta do trabalho. As tabelas atualizadas são
apresentadas na seção 2.8.9 (Tabela 2.11 – Sumário das arquiteturas e
métodos analisados nesta revisão) e na seção 3.5 (Tabela 3.3 –
Avaliação da originalidade da proposta).
11
No Capítulo 5, Validação da Estratégia para o Tratamento de Falhas,
apresentam-se os resultados da simulação de lógicas de diagnose propostas
aplicadas à função „Fornecer Tempo de Bordo‟ do ACDH da PMM e a um caso
da literatura.
12
2 CONCEITOS BÁSICOS E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
13
O The Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory (JHU/APL), por
exemplo, agrupa as naves espaciais de acordo com a Figura 2.3 (ROGERS et
al, 2014). O JHU/APL classifica os satélites entre 200 kg e 1000 kg como
satélites pequenos ou minissatélites.
Figura 2.1 – Classificação das naves espaciais pelo JHU/APL de acordo com sua
massa (sem combustível).
Outras classificações podem ainda ser encontradas como, por exemplo, Capó-
Lugo e Bainum (2011); Encyclopedia of Science (2015); Weeden (2010);
Wikipedia (2015).
14
Figura 2.2 – Classificação das naves espaciais pelo SSTP de acordo com sua massa
(sem propelente).
De acordo com NASA (2014), “Naves espaciais pequenas tem-se tornado mais
atraentes devido a custos de desenvolvimento mais baixos e a menores
tempos de fornecimento. Existe uma relação natural de compromisso entre
tamanho e funcionalidade de uma nave, mas o avanço nas tecnologias de
miniaturização e integração tem diminuído o escopo desse balanço. A
integração efetiva de componentes individuais pode aumentar
substancialmente a funcionalidade e a densidade do sistema reduzindo sua
massa e volume”.
15
como interferência entre os requisitos de calibração, tamanho, temperatura e
potência.
16
na PMM, uma vez que o mesmo representa a primeira implementação do
conceito de Plataforma Multimissão no Brasil.
O ciclo de vida de uma missão espacial é dividido em sete fases por agências
como a NASA e a ESA as quais são caracterizadas por revisões e pontos de
17
decisão. Embora as fases recebam denominações diversas por parte das
agências, a alocação de atividades por fases é relativamente semelhante.
NASA (2016) classifica as fases do ciclo de vida da missão como descrito a
seguir.
Fase F: Encerramento.
Fase A: Viabilidade;
Fase E: Utilização;
Fase F: Descarte.
18
fornecimento dos produtos e serviços da missão, recuperar de contingências a
bordo, executar a manutenção de rotina e gerenciar os recursos de bordo a fim
de maximizar o fornecimento dos produtos e serviços e a vida útil da missão.
Para este tipo de missão, o Segmento Solo conta com uma rede de estações
terrenas.
19
Manter o desempenho das cargas úteis;
Para este tipo de missão, o Segmento Solo conta normalmente com uma única
estação terrena, uma vez que o satélite está permanentemente visível.
Para este tipo de missão, o Segmento Solo conta com uma rede específica de
estações terrenas para missões interplanetárias.
20
FCPs (Flight Control Procedures) e Sequências de Comandos – MTLs (Mission
Time Line). Os FCPs são executados passo a passo pelo Segmento Solo e
consistem do envio de Telecomandos para a espaçonave e a verificação das
Telemetrias recebidas em solo. Os MTLs são sequências de Telecomandos
temporizados enviados de solo e executados pelo software de bordo quando o
tempo requerido é atingido.
21
Figura 2.3 – Operação tradicional de uma nave espacial com FCPs e MTLs; e a
operação usando OBCPs.
22
Figura 2.4 – Exemplo de Arquitetura Federada.
23
Em torno do ano 2000, a indústria espacial europeia disponibiliza
equipamentos tais como: 1) Unidade de Gerenciamento da Espaçonave –
produzido pela RUAG Space AB (www.ruag.com/space), antiga Saab Ericsson
Space; 2) Sistema Integrado para o Gerenciamento de Espaçonave –
produzido pela Thales Alenia Space (www.thalesaleniaspace.com), antiga
Laben S.p.A; e 3) Equipamento Integrado de Controle e Dados – produzido
pela Airbus Defence and Space (http://www.airbus.com/defence.html), antiga
Astrium Space, com recursos para a integração das funções de supervisão de
bordo e controle de atitude e órbita.
No início dos anos dois mil, o INPE adota a integração das funções de
supervisão de bordo e controle de atitude e órbita na plataforma PMM. No
INPE, as funções integradas são alocadas no subsistema Controle de Atitude e
Tratamento de Dados (Atittude Control and Data Handling – ACDH).
24
Figura 2.6 – Arquitetura tradicional do sistema com o subsistema OBDH e o
subsistema AOCS.
2.5 Autonomia
De acordo com Everett (2011), há pelo menos três razões para a introdução de
autonomia no segmento espacial: reduzir os custos de operação, executar
25
funções críticas da missão quando o segmento solo não estiver disponível,
proteger a espaçonave de eventos inesperados ou falhas.
26
Tabela 2.4 – Níveis de autonomia para a execução da missão.
27
Tabela 2.6 – Níveis de autonomia para o gerenciamento de falhas a bordo.
28
Face ao quadro descrito acima, neste trabalho os termos fault, error e
failure em Inglês são, respectivamente, considerados equivalentes à
falha, erro e falência em Português. Embora não seja usual a utilização do
termo falência no contexto de tratamento de falhas, o termo vem sendo
proposto e adotado pelo professor Marcelo Lopes de Oliveira e Souza e seus
orientados, em analogia com a terminologia usada em medicina, como um
equivalente apropriado para o termo failure.
29
A Figura 2.8 mostra os mecanismos de criação/ativação, propagação e
manifestação em encadeamentos de falhas, erros e falências de acordo com
Avizienis et al. (2004) aos quais os autores se referem como patologia da
falência.
Uma falha está ativa quando produz um erro. Uma falha é ativada quando uma
entrada é aplicada a um componente fazendo com que uma falha dormente
torne-se ativa.
30
Os mecanismos descritos possibilitam o encadeamento de falhas, erros e
falências por meio das relações de causalidade indicada pelas setas na Figura
2.9.
O exemplo a seguir (AVIZIENIS et al., 2004) mostra a relação entre falha, erro
e falência. Um curto-circuito no interior de um circuito integrado é uma falência
(com respeito à função do circuito). A consequência (uma conexão presa em 0
ou 1, a modificação da função do circuito, etc.) é uma falha que permanecerá
latente enquanto não for ativada. Após sua ativação (acessando o componente
e expondo a falha por meio de uma configuração apropriada de entrada) a
falha torna-se ativa e produz um erro o qual provavelmente se propagará e
criará outros erros. Se e quando o(s) erro(s) propagado(s) afetar(em) o serviço
fornecido (no conteúdo da informação e/ou no tempo de fornecimento), ocorre
uma falência.
31
Ainda na Computação e Comunicação Digitais, Lala e Harper (1994) abordam
a presença das falhas de modo comum, apresentam uma classificação das
mesmas e propõem formas para o seu tratamento.
32
como uma causa interna da falência. Falhas e falências são, portanto,
conectadas por uma relação de causa e efeito.
33
2.7 FMEA/FMECA
34
na sua criticidade, ou seja, na probabilidade de ocorrência da falência
multiplicado pela severidade do efeito dessa falência.
35
Figura 2.11 – Representação gráfica da integração de FMEAs de diferentes níveis hierárquicos.
36
2.7.1 FMEA Funcional
FMEAs funcionais e FMEAs mistas, i.e. FMEA que misturam o funcional com o
físico são empregadas nas fases iniciais dos projetos quando as informações
sobre os componentes físicos ainda não estão disponíveis ou estão
parcialmente disponíveis. A ECSS‐Q‐ST‐30‐02C (ECSS, 2009), por exemplo,
recomenda que a FMEA/FMECA de sistemas complexos deve inicialmente ser
realizada utilizando uma abordagem funcional a qual deve ser seguida por uma
FMEA/FMECA física assim que informações sobre os principais blocos estejam
disponíveis.
Denson (2010) define seis possíveis modos de falência para uma função:
Outros autores como, por exemplo, Burge (2010) adotam apenas cinco modos
de falência para as funções, excluindo o item f („Realizar a função de forma
degradada‟). Outras abordagens são, no entanto, encontradas na literatura.
Marshall (2011/2012), por exemplo, adota cinco modos de falência mas
37
substitui o modo „Realizar a função mais do que é necessário‟ por „Realizar a
função fora de especificação‟.
Burge (2010) afirma que nem todos os modos de falência são aplicáveis para
uma função específica. Assim, a aplicação dos modos de falência deve ser
contextualizada e sua aplicabilidade decidida em função do que faz a função,
de quais são suas saídas e entradas típicas. Burge (2010) ressalta ainda que
para uma dada função é necessário indicar qual é o significado exato dos seus
modos de falência, ou seja, o significado de cada modo deve também ser
contextualizado considerando o que faz a função analisada, suas entradas e
saídas.
2.8.1 Introdução
38
O FDIR provê para o segmento espacial a capacidade de detecção,
isolação/identificação e recuperação de falhas que podem comprometer a
operação nominal da missão.
39
Figura 2.12 – Sumário das definições de FDI, FDD e FDIR.
40
b) Fase de Definição: Compreendem as análises, avaliações e projeto do
FDIR no nível sistema e subsistema. Da mesma forma que em a), esta
fase pode ser correlacionada à Fase B (Definição Preliminar) e Fase C
(Definição Detalhada), de acordo com as definições estabelecidas no
documento ECSS (2009);
41
De acordo com NASA (2012), além das ferramentas mencionadas, outras
ferramentas e técnicas são também utilizadas tanto na identificação das falhas
como na avaliação das mesmas e de seus tratamentos, tais como: PRA
(Probabilistic Risk Assessment), FEPP (Failure Effects Propagation Paths),
Hazard Analysis, Event Sequence Diagrams / Event Tree Analysis, Failure
Containment Region (FCR) Analysis, Failure Response Analysis, Failure
Detection and Isolation Analysis, Failure Prognostics Analysis.
42
Figura 2.14 – Processo de gerenciamento de falhas como parte do processo de engenharia de sistemas.
43
2.8.4 Recursos e Mecanismos de um FDIR
2.8.4.1 Redundância
44
detectar e potencialmente recuperar de certos tipos de falência. A redundância
temporal consiste na repetição de uma função quando ocorrer falência na sua
primeira execução (NASA, 2012).
Suprimento de energia;
Altitude da órbita.
45
2.8.6 Arquiteturas de FDIR
46
c) Programáticas: a arquitetura hierárquica permite compatibilizar os
diferentes níveis hierárquicos com a organização do projeto.
De acordo com Gessner et al. (2004), a decomposição funcional tem por base
os seguintes critérios:
47
alarmes como entradas. Como o nível mais alto da hierarquia (nível 4) não tem
nenhuma instância imediatamente superior, o que é especificamente
verdadeiro para as missões interplanetárias, as funcionalidades deste nível são
normalmente implementadas com redundância “a quente”, ou seja, são
implementadas por meio de duas ou mais réplicas que executam
simultaneamente as mesmas funções. No nível 2 e no nível 3, as funções de
FDIR são implementadas por software o que faz com que possam ser
facilmente modificadas pelo Segmento Solo. Já no nível hierárquico mais alto
(nível 4), as funções de FDIR são, em geral, implementadas por hardware.
Estas funções geram os comandos para reconfigurar o sistema.
48
Figura 2.16 – Exemplo de hierarquia de FDIR para um satélite hipotético.
Falências maiores do sistema
Nível 4
Falências na comunicação
Tratado pelo
Falências na abertura de painéis
Segmento Solo
Etc.
Nível 3 Alarmes gerados pelo HW
Tratado pela Unidade Múltiplos alarmes gerados pelo EDAC
de Reconfiguração Falências na potência da espaçonave
(HW) do Computador Etc.
Nível 2 Mau funcionamento do sistema
Tratado pelo SW do Inconsistências no cálculo da atitude
Sistema da Falências na potência da espaçonave
Espaçonave Etc.
Mau funcionamento dos subsistemas
Nível 1
Falências de equipamentos do subsistema
Tratado pelo SW do
Falências na comunicação interna do subsistema
Subsistema
Etc.
Mau funcionamento Mau funcionamento Mau funcionamento do
interno da unidade interno da unidade barramento de dados
Nível 0 Falências Falências que Falências
Tratado Internamente recuperáveis requerem recuperação recuperáveis por meio
pela Unidade internamente como a imediata como proteção de repetições da
do EDAC ou similares contra curto circuito comunicação
Etc. Etc. Etc.
49
Tabela 2.7 – Detecção e recuperação de falhas nos níveis hierárquicos do FDIR.
Nível
Impacto Detecção da Falha Recuperação do Sistema
Falha/Falência
Verificação local interna da
Repetição local de comando da
Nenhum impacto no unidade; verificação do dado
Nível 0 unidade, reinicialização da
desempenho do sistema transmitido; verificação da
unidade, recarga
consistência.
Chaveamento por meio do
Verificação dos limites de
Desempenho degradado subsistema para unidade
Nível 1 parâmetros da unidade,
do subsistema redundante, repetição de
verificação da plausibilidade
comando, recarga
Vários alarmes provenientes
Nível 2 da verificação de consistência Chaveamento para redundâncias
Perda de desempenho
de unidades do nível 0 no nível da plataforma, repetição
do subsistema
de comando
Nível 3 Falhas nas unidades de FDIR
Vários alarmes do nível 2 e 3, Comutação do modo operacional
Perda de desempenho alarmes de hardware e.g. para o modo de segurança,
Nível 4 do sistema; interrupção Sol/Terra fora do campo do intervenção do Segmento Solo
da missão sensor, propulsor preso em para recuperação do sistema e
aberto retorno ao modo nominal
50
Figura 2.17 – Arquitetura com capacidade decisória.
51
fora de tolerância. Métodos avançados têm, no entanto, sido aplicados no
ambiente espacial ou encontram-se em estudo e desenvolvimento visando sua
utilização no espaço. Entre outros, podem ser mencionados os métodos
baseados em modelos, métodos baseados em dados, métodos baseados em
Lógica Fuzzy e métodos baseados em Redes Bayesianas, e até o filtro de
Kalman.
52
diagnose de sua causa usando algoritmos adaptados da diagnose baseada em
modelos. Quando a configuração corrente deixa de satisfazer os objetivos da
configuração ativa, o componente Reconfiguração de Modo do controlador
Livingstone pode identificar um conjunto com custo mínimo de procedimentos
de controle que configure a sonda de forma a satisfazer os objetivos.
53
Observation Satellite), similar a um satélite pequeno de observação da Terra,
com um subsistema de controle de atitude composto por sensores autônomos
de estrelas, GPS, magnetômetros, magnetotorques e rodas de reação.
54
Shafer (D-S-E) e Automação Cognitiva. A análise conclui que a Automação
Cognitiva é o método mais promissor resultando na proposição, em Wander e
Fostner (2013), de um estudo aplicando esta metodologia ao subsistema de
potência de uma nave interplanetária.
onde:
nós V = F ∪ D;
55
EM : E → 2M é um mapa que associa toda seta em E a um conjunto de
modos em M (é suposto que EM(e) ≠ ∅ para toda seta e ∈ E);
56
Mahadevan et al. (2010) propõem a sua utilização na diagnose de sistemas
hierárquicos complexos. Já Abdelwahed et al. (2009) investigam a utilização do
TFPG para o prognóstico de falências e discrepâncias e Troiano et al. (2012)
propõem a sua extensão de forma a incorporar a recuperação ao modelo.
Bittner et al. (2017) utilizam o TFPG no projeto de sistemas críticos para a
modelagem da propagação de falências e suporte a avaliação e
implementação das funções para detecção, isolação e recuperação.
57
2.8.7.6 Trabalhos Desenvolvidos no INPE
58
O ACS é responsável pelo controle e pela estimação de atitude, validação dos
dados dos sensores, gerenciamento dos comandos operacionais,
monitoramento das informações e tratamento das falhas.
59
2. Efeitos finais são classificados de acordo com sua severidade para
seleção daqueles que serão tratados pelo Supervisor;
60
missão como, por exemplo, o hidrogênio para resfriamento da ótica e do
detector.
Para garantir que as falhas mais críticas são consideradas e que as mitigações
conseguem uma redução real do risco, é implantado um processo para
compilar o repertório de falhas da missão o mais abrangente possível. Para a
produção do repertório é utilizada uma combinação da Análise da Árvore de
Falhas (FTA) e da Análise dos Modos de Falência, seus Efeitos e Criticidade
(FMECA).
61
objetivo de criar uma análise completa e consistente de todas as falhas
possíveis e de suas interações com o sistema. Para ampliar o repertório de
falhas, é ainda utilizado o conhecimento proveniente da experiência com os
equipamentos e a arquitetura herdada de outras missões. A Figura 2.20
apresenta o fluxo de trabalho para definição do repertório de falhas.
A partir dos resultados das análises é gerada uma matriz de falhas com
aproximadamente 600 falhas onde, a cada falha, foi associado um risco para
os objetivos de alto nível da missão com base na probabilidade da falha ocorrer
e no impacto da falha no sucesso da missão resultando numa classificação
com quatro níveis de criticidade. As falhas são ainda avaliadas tendo em vista
o tempo máximo em que a resposta deve ser executada antes que o
desempenho do sistema seja impactado.
62
O resultado é um sistema com algumas redundâncias funcionais e de hardware
e mecanismos de tolerância a falhas que proporcionam a redução de risco
mais econômica possível. A proteção contra falhas é distribuída pelo sistema.
No nível baixo, funções de hardware provêem alguma proteção em condições
risco. O software de proteção contra falhas é implantado primariamente no
computador principal do satélite. Uma unidade de processamento
independente monitora a saúde da unidade principal e é capaz de manter o
apontamento e a segurança térmica em caso de falha que impacte o software
de bordo.
63
Data Subsystem (CDS) e Controle da Atitude e da Articulação - Attitude and
Articulation Control Subsystem (AACS).
64
Figura 2.21 – Alocação de responsabilidades para proteção contra falhas na Cassini.
65
Conforme Brown e Donaldson (1994), o CFP segue a abordagem de
monitoramento e resposta. Quando ocorre uma falha o sistema detecta uma
violação na sua funcionalidade que resulta na geração de um erro. Estes erros
são detectados de forma distribuída pelos componentes hardware e software
do sistema. Dado que os subsistemas são projetados usando decomposição
funcional, cada função é relevante para um ou mais dos serviços do CDS.
Como o erro é mapeado na designação do serviço que é afetado e o serviço é
mapeado na sua criticidade durante uma fase específica da missão, a resposta
a um erro será ajustada apropriadamente durante a missão.
66
Figura 2.22 – Diagrama de blocos da arquitetura do AACS FP.
67
2.8.8.4 Formação de Satélites TerraSAR-X e TanDEM-X
O FDIR individual dos satélites tem por base uma concepção multicamadas,
hierárquica e distribuída na qual cada camada realiza sua própria detecção,
isolação e recuperação de falências. Se a recuperação da falência não puder
ser realizada na camada em que foi detectada é gerado um relatório do evento
e a camada imediatamente superior se encarregará das ações para
recuperação.
68
De acordo com Schwab et al. (2012), a hierarquia das aplicações mostrada na
Figura 1.3 assegura um roteamento eficiente e transparente dos pacotes de
telecomandos e telemetrias e o tratamento eficiente de falências no tempo mais
curto e no nível mais baixo possível. A aplicação Controle do Sistema (System
Control), aplicação de nível mais alto a bordo do satélite, é responsável pelo
FDIR global assim como pela distribuição de comandos e envio de telemetrias
do/para o Segmento Solo (MOS – Mission Operation Segment). As aplicações
Bus Controle AOCS provêem todos os serviços e funções necessários para a
plataforma e o satélite como um todo. A aplicação Gerenciamento da Carga Útil
(Payload Manager) provê funções de suporte, inclusive FDIR, para a Carga
Útil, composta por aplicações adicionais distribuídas em diferentes unidades de
hardware. O FDIR interno de cada aplicação é constituído por um conjunto
configurável de serviços com base na ECSS-E-70-41A – Packet Utilization
Standard (PUS).
69
parcialmente realizada pelo Segmento Espacial cabendo o restante ao
Segmento Solo. Já as falhas relativas às Cargas Úteis, são totalmente tratadas
pelo Segmento Solo.
70
Tabela 2.8 – Detecção de Falências e Recuperação do Subsistema OBDH dos
Satélites CBERS
CBERS
Item Falências
Detecção Recuperação
Em bordo: reset, comutação
Perda da capacidade de para hardware redundante; Em
1 Em bordo: Watch Dog.
processamento solo: carregamento de nova
versão do software.
Abaixo de determinado tempo não será detectado; Acima será
Processamento
2 detectado e recuperado como no item 1 (Perda da capacidade de
intermitente
processamento).
Em solo: comutação para
hardware redundante;
3 Erro no processamento; Em solo: Telemetria.
carregamento de nova versão
do software.
Perda de canal de Em solo: comutação para
4 Em solo: Telemetria.
comunicação; hardware redundante.
Abaixo de determinado tempo não será detectado; Acima será
Canal de comunicação
5 detectado e recuperado como no item 4 (Perda canal de
intermitente;
comunicação).
Erro no canal de Em solo: comutação para
6 Em solo: Telemetria.
comunicação; hardware redundante
Em bordo: verificação de Em bordo: interrupção da
consistência do tempo do atualização do relógio de bordo
Perda da referência de
7 GPS com relação ao relógio a partir do GPS; Em solo:
tempo
de bordo; Em solo: comutação para GPS
Telemetria. redundante.
Abaixo de determinado tempo não será detectado; Acima será
Referência de tempo
8 detectado e recuperado como no item 7 (Perda da referência de
intermitente
tempo).
Em bordo: verificação de
Em bordo: interrupção da
consistência do tempo do
atualização do relógio de bordo
Erro na referência de GPS com relação ao relógio
9 a partir do GPS; Em solo:
tempo de bordo (erro >20ms); Em
comutação para GPS
solo: Telemetria (erro
redundante.
<20ms).
71
Tabela 2.9 – Sumário do tratamento de falhas da Plataforma nas missões CBERS.
Nível Segmento
Solo Espacial
Equipamento X X
OBDH e AOCS X X
Subsistema
Outros subsistemas X
Sistema X
72
Tratamento de Dados – ACDH (Figura 2.23), o satélite Amazonia-1 mantém a
arquitetura tradicional (Figura 2.6) com um subsistema de Controle de Atitude e
Órbita (AOCS) e um subsistema de Tratamento de Dados (OBDH).
Assim como nos satélites CBERS, o tratamento de falhas das Cargas Úteis do
satélite Amazonia 1 é realizado pelo Segmento Solo. O tratamento de falhas da
Plataforma é dividido entre o Segmento Solo e o Segmento Espacial.
73
operação em caso de falha simples. A Tabela 2.10 sumariza como se dá o
tratamento de falhas na Plataforma do satélite Amazonia 1.
Nível Segmento
Solo Espacial
Equipamento X X
Sistema X X
74
Tabela 2.11 – Sumário das arquiteturas e métodos analisados nesta revisão.
Métricas /
Arquitetura Análises e Aplicação (Massa,
Referência Métodos Repertório
Proposta Modelamentos Ano Lançamento)
Falhas
Detecção: Verificação da variação e taxa
dos sinais dos sensores;
(continua)
75
Tabela 2.11 – Continuação.
Métricas /
Arquitetura Análises e Aplicação (Massa,
Referência Métodos Repertório
Proposta Modelamentos Ano Lançamento)
Falhas
Simulação
Detecção: Fuzzy Inductive Reasoning
Os cenários de validação
MATLAB- são os subsistemas
Identificação/Isolação: Possibilistic
SIMULINK Electrical Power Subsystem
Reasoning
Guiotto, A (2003) (modelamento e e Attitude Control Subsystem
linguagem de do satélite GOCE.
Recuperação: State Variable Transition +
programação)
MADM (Multiple Attribute Decision
O protótipo do SMART-FDIR
Making Under Uncertainty)
é executado em ambiente
com o sistema operacional
Windows 2000
(continua)
76
Tabela 2.11 – Continuação.
Métricas /
Arquitetura Análises e Aplicação (Massa,
Referência Métodos Repertório
Proposta Modelamentos Ano Lançamento)
Falhas
Nível de
missão/plataforma/c
Rice, E.B.; Lev-Tov, arga útil: FTA
WISE (750 kg, 2009)
J. (2008)
Níveis inferiores:
FMECA
(continua)
77
Tabela 2.11 – Conclusão.
Métricas /
Arquitetura Análises e Aplicação (Massa,
Referência Métodos Repertório
Proposta Modelamentos Ano Lançamento)
Falhas
Stellar
Reference Units
Slonski, J. P. (2015)
(SRUs) CCD Cassini (1.925 kg,1997)
Meakin, P. C. (2008)
temperature
(Meakin);
Simulação do Subsistema de
Wander, A.; Förstner, potência de nave
Hierárquica Cognitive automation
R. (2013) interplanetária em órbita de
Mercúrio
78
3 PROPOSTA DE ESTRATÉGIA PARA O TRATAMENTO DE FALHAS
Neste trabalho não é adotado o conceito de erro como elo causal entre falha e
falência uma vez que, para a abordagem funcional (Seção 3.3.1) adotada nesta
tese para o tratamento de falhas, a sua utilização não se mostrou útil. Neste
trabalho, as falhas são consideradas as causas das falências, conforme mostra
a Figura 3.1. A latência de uma falha é definida como o intervalo de tempo
entre a ocorrência da falha e o aparecimento da falência.
Uma falência ocorre quando o desempenho de uma função não está conforme
a especificação. Uma falência pode se manifestar de modos diferentes, os
modos de falência. Um modo de falência pode ser causado por mais de uma
falha e produzir efeitos (também referidos neste trabalho como discrepâncias),
os quais podem se propagar no sistema. A Figura 3.2 resume estes conceitos.
79
3.2 Implicações do Tratamento de Falhas Sistêmicas na Fase C da
Missão, como atualmente adotado no INPE
A Tabela 3.1 mostra que o tratamento das falhas sistêmicas nas missões
brasileiras tem, como regra geral, seu início na fase C das missões. Na fase B,
a definição da arquitetura do sistema contempla basicamente o atendimento
dos requisitos de confiabilidade estabelecidos para a missão em face de
possíveis falências de equipamentos.
80
Tabela 3.1 – Macroprocessos que Implementam os Subsistemas OBDH e AOCS.
- Requisitos da Missão;
Engenharia de Sistemas
Macroprocessos
Documentos de
- Requisitos do satélite;
Entrada dos
- Especificar os subsistemas e
equipamentos, incluindo os seus - Fabricação dos equipamentos dos
FDIRs; subsistemas;
- Especificar os testes dos subsistemas - Testes dos equipamentos e dos
e equipamentos; subsistemas, incluindo seus FDIRs.
- Gerar documentos de fabricação.
Engenharia de Subsistemas
Documentos de
Entrada dos Ma
croprocessos
81
O tratamento de falhas na fase C impõe restrições na definição de estratégias
para missão. Nesta fase, a arquitetura física do satélite já está estabelecida e
os subsistemas e equipamentos já foram especificados e, ou estão sendo
adquiridos, ou estão em desenvolvimento.
82
Do exposto, pode-se concluir que o início do tratamento de falhas sistêmicas
na fase C tem as seguintes implicações:
83
A síntese é o processo de definição do produto em termos de elementos físicos
e de software que resulta na sua arquitetura física. Cada componente da
arquitetura física deve atender ao menos um (ou parte de um) requisito
funcional. Em projetos modulares os componentes da arquitetura física
realizam uma única função independente, tem pontos únicos de entrada e de
saída e são testáveis separadamente. Assim, no caso de um projeto modular,
cada módulo da arquitetura funcional é mapeado em um módulo da arquitetura
física.
84
falhas, assim como os modos de falência e seus efeitos, sejam associados às
funções.
85
Tabela 3.2 - Modelos de tratamento de dados de falhas
Modelo Características
86
As vantagens da utilização de modelos de falhas e, em especial, do TFPG,
para o modelamento do comportamento prevalentemente temporal de sistemas
complexos na presença de falhas são discutidas em detalhes em Misra (1994),
onde:
nós V = F ∪ D;
87
Figura 3.4 – Integração FMEA e TFPG em uma Arquitetura Hierárquica.
O modo de falência “não realizar a função” ocorre quando nenhuma das saídas
é fornecida de forma aceitável.
88
3.3.3.2 Modo de Falência „Realizar a Função Fora de Especificação‟
89
Syed et al. (2013) consideram as falhas intermitentes como sintomas da
degradação de um sistema. Neste caso, a duração da intermitência aumenta e
o intervalo de ocorrência da intermitência diminui à medida que a degradação
aumenta, ou seja, as falhas intermitentes tendem a falhas permanentes ao
longo do tempo.
Neste trabalho, considera-se que uma mesma falência pode ocorrer tanto de
forma permanente como de forma intermitente e que, uma falência quando
ocorre de modo intermitente, provoca os mesmos efeitos provocados quando
ocorre de modo permanente. Assim, a descrição do comportamento do sistema
por meio de FMEA e TFPG não depende do modo de falência ativo.
90
Figura 3.5 – Causas dos modos de falência localizadas em regiões que podem ser
tratadas de forma independente.
Figura 3.6 – Causas dos modos de falência intermitente e dos modos de falência
permanente localizadas na mesma região.
91
monitorados por monitores (M). O conjunto de Efeitos Monitorados (EM)
gerados por um MF constitui a manifestação (ou assinatura) espacial do MF a
qual é representada neste trabalho pelo vetor ( ⃗ ). Os monitores fornecem
informações sobre o estado de um efeito. Por razões como dificuldades de
acesso, de implementação, de prazo e custo, nem sempre o monitoramento do
efeito é viável.
92
manifestações podem ser usadas de forma isolada ou combinada na diagnose,
i.e., na isolação e/ou identificação da sua causa.
93
Hipótese 5: Existem p Monitores M, 1 ≤ p ≤ k, modelados como “0” ou
“1”;
94
Hipótese 9: Os monitores podem apresentar falências ou mesmo, uma
cadeia causal completa;
⃗ i = f(MFi)) (3.2)
95
As saídas ⃗ 1, ⃗ 2, . . . ⃗ n representam os n conjuntos de assinaturas
gerados pelos m modos de falência;
n≥m (3.3)
n ≥ 2m – 1 (3.4)
96
Nem sempre, no entanto, existe uma função inversa. Um exemplo é a situação
em que a assinatura apresenta ambiguidades. A menos que a assinatura seja
desambiguada, não é possível definir-se a função inversa. Só há a isolação.
Figura 3.11 – Analogia entre função bijetora e propagação dos modos de falência.
97
Figura 3.12 – Analogia entre função sobrejetora e propagação dos modos de falência
caracterizando a ambiguidade de assinaturas.
98
Processo geral de desambiguação: é a redução ou até a eliminação das
ambiguidades, pelos passos: 1) modelagem da propagação dos modos de
falência conforme Hipóteses 1 a 10; 2) identificação das ambiguidades
existentes; 3) introdução de elementos lógicos (espaciais, temporais,
informacionais, etc.) sem ambiguidades ou com ambiguidades distintas das já
existentes; 4) compatibilização dos mapas de Karnaugh da lógica direta; 5)
construção dos mapas de compatibilidade da lógica inversa; 6) construção dos
mapas de Karnaugh da lógica inversa; 7) otimização destes.
99
Figura 3.14 – (a) Efeito monitorado EM causado pela propagação mutuamente
exclusiva de MF1 e MF2. (b) Mapa de Karnaugh para o efeito E.
⃗ 2 =1.
E1M1 e por E2M2 e a assinatura produzida por MF1, ⃗ 1 = (1 0), passa a ser
Figura 3.15 – (a) Adição do efeito monitorado E2M2 independente de MF1. (b) Mapa de
Karnaugh para os efeitos E1 e E2.
100
Passo 6: Os mapas de Karnaugh da Figura 3.16 (b) e (c) são construídos a
partir do mapa de compatibilidade da Figura 3.16 (a).
Passo 7: As lógicas inversa otimizadas para MF1 e MF2 são geradas a partir
dos mapas de Karnaugh da Figura 3.16 (b) e (c), conforme mostra as
expressões (3.6) e (3.7).
MF2 = E2 (3.7)
101
Figura 3.17 – (a) Efeito monitorado EM causado pela propagação inclusiva de MF1 e
MF2; (b) Mapa de Karnaugh para o efeito E.
102
Figura 3.18 – (a) Adição do efeito monitorado E1M1 independente de MF2.e de E2M2
independente de MF1; (b) Mapa de Karnaugh para os efeitos E1, E2 e
E3.
Passo 7: As lógicas inversa otimizadas para MF1 e MF2 são geradas a partir
dos mapas de Karnaugh da Figura 3.19 (b) e (c), conforme mostra as
expressões (3.8) e (3.9).
MF1 = E1 (3.8)
MF2 = E2 (3.9)
103
Figura 3.19 – (a) Mapa de compatibilidade da função OU inclusivo desambiguada. (b)
Mapa de Karnaugh de MF1. (c) Mapa de Karnaugh de MF2.
2c) Porta E:
Figura 3.20 – (a) Efeito monitorado EM causado pela propagação conjuntiva de MF1 e
MF2; (b) Mapa de Karnaugh para o efeito E.
104
Nesse caso, a assinatura produzida por MF1 quando MF2 está inativo, ⃗ 1 = 0, é
igual à assinatura produzida por MF2 quando MF1 está inativo, ⃗ 2 =0, que é
igual à assinatura produzida conjuntamente por MF1 e MF2, quando ambos
estão inativos, ⃗ 3 =0.
Figura 3.21 – (a) Adição do efeito monitorado E1M1 independente de MF2 e de E2M2
independente de MF1; (b) Mapa de Karnaugh para os efeitos E1, E2 e
E3.
105
Passo 6: Os mapas de Karnaugh da Figura 3.22 (b) e (c) são construídos a
partir do mapa de compatibilidade da Figura 3.22 (a).
Passo 7: As lógicas inversa otimizadas para MF1 e MF2 são geradas a partir
dos mapas de Karnaugh da Figura 3.22 (b) e (c), conforme mostra as
expressões (3.10) e (3.11).
MF1 = E1 (3.10)
MF2 = E2 (3.11)
106
2d) Portas de múltiplas entradas:
Figura 3.23 – Analogia entre função injetora e a propagação dos modos de falência.
107
A analogia entre a propagação dos modos de falência e os tipos de função
contribui também para uma melhor compreensão dos efeitos provocados pela
falência de um monitor.
108
Figura 3.25 – Analogia entre função bijetora e o monitoramento de efeitos: (a) quando
a falência do monitor causa ambiguidade na assinatura; ou (b) quando a
falência do monitor causa assinatura que não faz parte da imagem da
função direta.
A diagnose pode ser realizada quando ocorre um evento, ou seja, quando uma
discrepância é detectada. A diagnose pode também ser aplicada de forma
temporal (periodicamente ou aleatoriamente) ou ainda por uma combinação de
evento e tempo.
109
Nas seções 3.3.5.1, 3.3.5.2 e 3.3.5.3 são propostas lógicas que,
respectivamente, realizam a diagnose por diferença de assinaturas, por
biunivocidade e por biunivocidade e verificação de precedência. Embora sejam
a princípio, acionadas por eventos, essas lógicas podem ser adaptadas para
serem acionadas temporalmente.
110
Figura 3.26 – Fluxograma básico de lógica acionada por evento para isolação e/ou
identificação por diferença de assinaturas.
111
Figura 3.27 – Fluxograma básico de lógica acionada temporalmente para isolação e/ou
identificação por diferença de assinaturas.
112
Figura 3.28 – Fluxograma básico de lógica que combina acionamento por evento e
acionamento temporal para isolação e/ou identificação por diferença
de assinaturas após a propagação dos modos de falência.
Esta lógica identifica o modo de falência ativo procurando por uma assinatura
biunívoca. Para tanto, após a ocorrência de uma discrepância, compara a
assinatura observada com a assinatura prevista para os modos de falência e
descarta os modos de falência cujas assinaturas não contêm a discrepância.
Um fluxograma para realização dessa lógica é mostrado na Figura 3.29.
113
Figura 3.29 – Fluxograma básico para isolação e/ou identificação com critério de
biunivocidade.
114
Figura 3.30 – Fluxograma básico para isolação e/ou identificação com critério de
biunivocidade e verificação de precedência.
115
seções anteriores. A Figura 3.31 apresenta um fluxograma básico para
isolação e/ou identificação combinando os domínios espacial e temporal.
116
5) O comportamento do sistema na presença de falhas funcionais é
descrito por meio de um TFPG (BITTNER et al., 2017);
117
informação; iii) a ocorrência de um único modo de falência, algumas
discrepâncias são monitoradas, dois dos sensores não funcionam
corretamente, a inexistência de ruídos ou de incertezas no tempo e na
informação; iv) a ocorrência de mais de um modo de falência, algumas
discrepâncias são monitoradas, um dos sensores não funciona
corretamente, a inexistência de ruídos ou de incertezas no tempo e na
informação;
118
Tabela 3.3 – Avaliação da Originalidade da Proposta
Falha;
Avizienis et al. (2004) Erro (estado); Falha > Erro > Falência
Falência (evento)
Falha (estado);
IFAC (2017) Falha > Falência
Falência (evento)
(continua)
119
Tabela 3.3 – Continuação
(continua)
120
Tabela 3.3 – Continuação
Identificação
Repertório de Assinatura das Propagação Lógica Isolação e
Referências das Falhas do Lógica Detecção Lógica Recuperação
Falhas Falências de Falências Identificação
Repertório
ECSS (2012)
IFAC (2017)
Temporal, espacial
Misra (1994)
(TFPG)
Gessner et al. (2004) FMECA
Temporal, espacial Temporal, espacial
Codetta-Raiteri et al.
(Redes Bayesianas (Redes Bayesianas
(2015)
Dinâmicas) Dinâmicas)
Informacional (State
Informacional Informacional
Variable Transition e
Guiotto et al. (2003) (Fuzzy Inductive (Possibilistic
Multi-criteria Decision
Reasoning) Reasoning)
Making)
Composto por
FMECA, FTA,
Rice et al. (2008) aproximadamente
Experiência
600 falhas
Lista as
Temporal, espacial
Ofsthun et al. (2007) discrepâncias Utiliza TFPG
(TFPG)
monitoradas
(continua)
121
Tabela 3.3 – Conclusão
Identificação
Repertório de Assinatura das Propagação Lógica Isolação e
Referências das Falhas do Lógica Detecção Lógica Recuperação
Falhas Falências de Falências Identificação
Repertório
Alana et al. (2012) FMEA, FTA
Exemplo
FMEA, FTA, menciona
Bittner et al. (2014) Utiliza TFPG
HAZARD possíveis falhas e
discrepâncias
Exemplo
menciona Temporal, espacial Temporal, espacial
Troiano, et al. (2012) FMECA, FTA Utiliza TFPG
possíveis falhas e (TFPG) (TFPG)
discrepâncias
Compatibilidade
dos mapas e
Composto por
FMEA Assinaturas
Falhas Informacional e
Esta Tese funcional X TFPG Espacial,
funcionais do Temporal
hierárquico (generalizável para
ACDH
temporal e
informacional)
122
4 APLICAÇÃO DA ESTRATÉGIA A UM ACDH BASEADO NA PMM DO
INPE, E A UM CASO DA LITERATURA
Fornecer Comandos;
Fornecer Telemetrias;
Estimar Atitude;
Propagar Órbita;
123
Comandar Atuadores;
Tratar Falhas.
Embora não tenha sido explicitada como função nos documentos mencionados
acima, o tratamento de falhas sistêmicas está implícito nas especificações do
subsistema ACDH, tanto no documento da PMM como no do satélite Amazônia
1. Não é, no entanto, objetivo deste trabalho tratar a subfunção „Tratar Falhas
Sistêmicas‟, de forma a evitar a recorrência representada pelo tratamento de
falhas da função „Tratar Falhas‟.
Embora a decomposição funcional possa ser continuada até atingir o nível mais
baixo que se deseje analisar, a decomposição é realizada até o nível 4, pois ao
exercitar o modelo de decomposição, verificou-se que os níveis inferiores não
são relevantes para este trabalho uma vez que a maior parte das subfunções
de nível 3 são decompostas nas subfunções „Prover Processamento‟ e „Prover
Comunicação‟ no nível 4.
124
As subfunções „Prover Processamento‟ e „Prover Comunicação‟ são abstrações
com o objetivo de ocultar informações desnecessárias (COLBURN et al., 2007)
relativas aos recursos para execução das funções de nível superior, assim
como dos recursos para troca de informações entre as próprias funções do
ACDH e, entre as funções do ACDH e as funções externas. O processo de
síntese da arquitetura física pode produzir subfunções „Prover Processamento‟
e „Prover Comunicação‟ com características diferentes para cada uma das
funções do subsistema.
1) Descrição da função
125
O TB é usado pelas funções do ACDH Fornecer Comando Temporizado,
Fornecer Telemetria de Tempo Real, Fornecer Telemetria Armazenada e
Propagar Órbita, as quais são descritas nas seções seguintes.
3) Decomposição Funcional
126
Subfunção Prover Comunicação.
4) Entradas da função
5) Saídas da função
127
O TB pode ser fornecido para os subsistemas e cargas úteis de duas
formas: a) horário atualizado (dado); b) horário atualizado (dado) mais o
sinal de sincronização. Da mesma forma que no item anterior, para
simplificação da análise, neste trabalho é tratada a forma descrita no
item a.
No nível 2,
o TB não é gerado;
128
o TB não é distribuído;
o RT não é adquirida;
No nível 3,
129
4.1.1.3 Função „Fornecer Comandos‟
130
Figura 4.3 – Classificação de comandos de acordo com sua origem, forma de
distribuição e tempo de atuação.
1) Descrição da função
2) Decomposição Funcional
131
Subfunção „Distribuir Comando Direto‟
132
Figura 4.4 – Decomposição funcional da função „Fornecer Comando Direto‟.
3) Entradas da função
4) Saídas da função
Comandos Diretos;
133
não especificado, fornece pulso com amplitude não especificada,
fornece pulso com duração não especificada).
No nível 2,
No nível 3,
134
o Telecomando é decoficado intermitentemente.
1) Descrição da função
2) Decomposição Funcional
135
A subfunção „Demodular Telecomando‟ demodula os telecomandos
extraindo quadros de dados.
3) Entradas da função
4) Saídas da função
136
Comandos Roteados Imediatos;
No nível 2,
137
o Telecomando é recebido fora da especificação;
No nível 3,
138
Figura 4.6 – Decomposição das funções do subsistema ACDH.
139
Figura 4.7 – Arquitetura funcional hierárquica do subsistema ACDH.
140
4.1.2 FMEA Funcional Hierárquica do ACDH
141
Tabela B.1 – Função „Fornecer Comando Roteado Temporizado‟;
142
Tabela 4.1 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Fornecer Tempo de Bordo‟.
Método de
Fase da Provisão
Iden Detecção da Fa Reco
Fun Modo de Missão/ Severi para Obser
tifica Nível Causa da Falência Efeitos da Falência lência/ menda
ção Falência Modo de dade Compen vações
ção Sintomas ções
Operação sação
Observáveis
Efemérides desatualizadas;
Recarga e
Comandos temporizados
execução
não executados; Telemetria
do OBSW;
Não LEOP e armazenada com tempo
fornece Não distribui TB; fases desatualizado; Telemetria de Catas Telemetria,
1 Redundân
tempo de Não gera TB; operaciona tempo real com tempo trófica OBSW
cia física
bordo is; desatualizado; Dados
auxiliares com erro; Atitude
Redundar
estimada com erro; Não gera
função
imagem;
Efemérides atualizadas
Forne intermitentemente;
cer tem Comandos temporizados
2
po de executados
Bordo intermitentemente;
Fornece Telemetria armazenada com Recarga e
tempo de Gera TB tempo atualizado execução
bordo de intermitente; Idem intermitentemente; Catas Telemetria, do OBSW;
2
forma Distribui TB acima; Telemetria de tempo real trófica OBSW
intermitent intermitente; com tempo atualizado Redundân
e intermitentemente; Dados cia física
auxiliares sem erro
intermitentemente; Atitude
estimada sem erro
intermitentemente; Gera
imagem intermitentemente.
(continua)
143
Tabela 4.1 – Continuação
Método de
Fase da Provisão
Iden Detecção da Fa Reco
Fun Modo de Missão/ Severi para Obser
tifica Nível Causa da Falência Efeitos da Falência lência/ menda
ção Falência Modo de dade Compen vações
ção Sintomas ções
Operação sação
Observáveis
Efemérides com erro;
Comandos temporizados Recarga e
Gera TB fora da não executados no tempo execução
Fornece
especificação; especificado; Telemetria do OBSW;
Forne tempo de
Distribui TB fora da armazenada com erro no
cer tem bordo fora Idem Catas Telemetria,
3 2 especificação; Não tempo; Telemetria de tempo Redundân
po de da acima; trófica OBSW
adquire RT; Adquire real com erro no tempo; cia física
Bordo especificaç
RT fora da Dados auxiliares com erro;
ão
especificação; Atitude estimada com erro; Redundar
Gera imagem de local não função
especificado.
Não Não processa; Não Idem Fornece TB fora da
4
adquiri RT comunica; acima; especificação;
Processa
Adquirir Adquiri RT Fornece TB fora da
intermitentemente; Idem
5 Refe intermitent especificação
Comunica acima;
rência e intermitentemente (*);
intermitentemente;
de
Adquire RT Processa fora da
3 Tempo
fora da especificação; Idem Fornece TB fora da
6
especificaç Comunica fora da acima; especificação;
ão especificação;
Gerar Não gera Idem
7 Não processa; Não fornece TB;
Tempo TB acima;
de Gera TB in Processa Idem Fornece TB
8
Bordo termitente intermitentemente acima; intermitentemente;
(continua)
144
Tabela 4.1 – Continuação
Método de
Fase da Provisão
Iden Detecção da Fa Reco
Fun Modo de Missão/ Severi para Obser
tifica Nível Causa da Falência Efeitos da Falência lência/ menda
ção Falência Modo de dade Compen vações
ção Sintomas ções
Operação sação
Observáveis
Gerar Gera TB
Tempo fora Processa fora da Idem Fornece TB fora
9
de especificaç especificação; acima; especificação;
Bordo ão
Não Não processa; Não Idem
10 Não fornece TB;
distribui TB comunica; acima;
Distribui Processa
3 Distribu
TB intermitentemente; Idem Fornece TB
11 ir
intermitent Comunica acima; intermitentemente;
Tempo
e intermitentemente;
de
Distribui Processa fora da
Bordo
TB fora da especificação; Idem Fornece TB fora da
12
especificaç Comunica fora da acima; especificação;
ão; especificação;
Não Idem Não adquire RT; Não gera
13 (**)
processa acima; TB; Não distribui TB;
Processa Adquire RT intermitente;
Prover Idem
14 intermitent (**) Gera TB intermitente;
Proces acima;
4 e Distribui TB intermitente;
sament
Processa
o
fora de Idem Adquire RT fde; Gera TB
15 (**)
especificaç acima; fde; Distribui TB fde;
ão
(continua)
145
Tabela 4.1 – Conclusão
Método de
Fase da Provisão
Iden Detecção da Fa Reco
Fun Modo de Missão/ Severi para Obser
tifica Nível Causa da Falência Efeitos da Falência lência/ menda
ção Falência Modo de dade Compen vações
ção Sintomas ções
Operação sação
Observáveis
Não Idem Não adquire RT; Não
16 (**)
comunica acima; distribui TB;
Comunica
Idem Adquire RT intermitente;
17 Prover intermitent (**)
acima; Distribui TB intermitente;
4 Comuni emente
cação Comunica
fora de Idem Adquire RT fde; Distribui TB
18 (**)
especificaç acima; fde;
ão
(*) Os modos de falência „Fornecer Tempo de Bordo Fora da Especificação‟ ou „Fornecer Tempo de Bordo Intermitentemente‟ não são tratados
neste trabalho.
(**) Conforme a Seção 4.1.1.1, as causas das falências das subfunções „Prover Processamento‟ e „Prover Comunicação‟ não são
determinadas.
146
Tabela 4.2 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Fornecer Comando Direto'.
Fase da Método de
Provisão
Ident Missão/ Detecção da Reco
Modo de Efeitos da Severi para Obser
ifica Nível Função Causa da Falência Modo de Falência/ menda
Falência Falência dade Compen vações
ção Opera Sintomas ções
sação
ção Observáveis
Perda da capacidade de
recepção de LEOP e
Não fornece Perda da
telecomando; Perda da fases Catas Redundân
1 comando comandabilidade do Telemetria
capacidade de operacio trófica cia física
direto satélite;
distribuição de comando nais;
direto.
Fornece
Recepção intermitente de
Fornecer comando Perda/atraso na
telecomando; Idem Catas Redundân
2 2 Coman direto comandabilidade do Telemetria
Distribuição intermitente acima trófica cia física
do Direto intermitente satélite;
de comando direto.
mente
Recepção de
Fornece telecomando fora de
Perda da
comando especificação; Idem Catas Redundân
3 comandabilidade do Telemetria
direto fora do Distribuição fora de acima trófica cia física
satélite;
especificado especificação de
comando direto.
Não recebe Nâo demodula
Idem Não fornece
4 telecomando telecomando; Não
acima comando direto
direto decodifica telecomando.
Demodulação
Recebe intermitentemente de
Fornece comando
telecomando telecomando; Idem
5 Receber direto
direto Decodificação acima
Teleco intermitentemente
3 intermitente intermitentemente de
mando
telecomando.
Direto
Demodulação de
Recebe telecomando fora de
Fornece comando
telecomando especificação; Idem
6 direto fora de
direto fora de Decodificação acima
especificação
especificação detelecomando fora de
especificação.
(continua)
147
Tabela 4.2 – Conclusão
Fase da Método de
Provisão
Ident Missão/ Detecção da Reco
Modo de Efeitos da Severi para Obser
ifica Nível Função Causa da Falência Modo de Falência/ menda
Falência Falência dade Compens vações
ção Opera Sintomas ções
ação
ção Observáveis
Não distribui
Idem Não fornece
7 comando (*) acima comando direto
direto
Distribui
Fornece comando
Distribuir comando Idem
8
3 Coman direto inter (*) acima
direto de forma
intermitente
do Direto mitente
Distribui
Fornece comando
comando Idem
9
direto fora da (*) acima
direto fora de
especificação
especificação
Não demodula Idem Não recebe
10
telecomando (*) acima telecomando direto
Demodula
Recebe
telecomando Idem
11 Demodu
intermitente (*) acima
telecomando direto
lar Tele intermitente
mente
comando
Demodula Recebe
telecomando Idem telecomando direto
12
fora da (*) acima fora de
especificação especificação
4
Não decodifica Idem Não recebe
13
telecomando (*) acima telecomando direto
Decodifica
Recebe
telecomando Idem
14 Decodifi
intermitente (*) acima
telecomando direto
car Tele intermitente
mente
comando
Decodifica Recebe
telecomando Idem telecomando direto
15
fora da (*) acima fora de
especificação especificação
(*) Conforme a seção 4.1.1.1, as causas das falências das subfunções do nível hierárquico mais baixo da decomposição funcional são
consideradas componentes atômicos da arquitetura funcional e não são decompostas nem são determinadas as causas de suas falências.
148
Tabela 4.3 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Fornecer Comando Roteado Imediato‟.
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Detecção da Recom
Modo de Sever para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência Falência/ enda
Falência idade Compensa ções
ção Opera Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Perda da capacidade
Não Redundânci
de recepção de LEOP e
fornece Perda da a física
telecomando; Perda fases Catas
1 comandos comandabilidade do Telemetria Recarga e
da capacidade de operacio trófica
roteados satélite execução do
distribuição de nais;
imediatos; OBSW;
Comando Roteado.
Fornece Recepção
comandos intermitente de Redundân
Fornecer roteados telecomando; Perda/Atraso na cia física
Idem Catas
2 Coman imediatos Distribuição comandabilidade do Telemetria Recarga e
acima trófica
dos Ro de forma intermitente de satélite execução do
2 intermiten Comando Roteado OBSW;
teados
Imedia te; Imediato;
tos
Fornece Recepção de
comandos telecomando fora de Redundânci
roteados especificação; Perda da a física
Idem Catas
3 imediatos Distribuição de comandabilidade do Telemetria Recarga e
acima trófica
fora de Comando Roteado satélite execução do
especifica Imediato fora de OBSW;
ção especificação;
(continua)
149
Tabela 4.3 – Continuação
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Detecção da Recom
Modo de Sever para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência Falência/ enda
Falência idade Compensa ções
ção Opera Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Demodulação
Recebe
Receber intermitentemente de
telecoman Fornece comando
Teleco telecomando; Idem
5 mando do direto roteado imediato
Decodificação acima
Direto intermiten intermitentemente
intermitentemente de
te
telecomando.
3
Recebe Demodulação de
telecoman telecomando fora de
Fornece comando
do direto especificação; Idem
6 roteado imediato fora
fora de Decodificação acima
de especificação
especifica detelecomando fora
ção de especificação.
Distribuir Não
Coman distribui Não processa; Não
7 Idem Não fornece comando
do Rotea comando
comunica; acima roteado imediato
do Ime roteado
diato imediato
(continua)
150
Tabela 4.3 – Continuação
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Detecção da Recom
Modo de Sever para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência Falência/ enda
Falência idade Compensa ções
ção Opera Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Distribui
comando Processa
Fornece comando
roteado intermitentemente; Idem
8 roteado imediato de
imediato Comunica acima
forma intermitente
Distribuir inter intermitentemente;
Coman mitente
3 do Rotea Distribui
do Ime comando
diato Processa fora da
roteado Fornece comando
especificação; Idem
9 imediato roteado imediato fora
Comunica fora da acima
fora da de especificação
especificação;
especifica
ção
Não
demodula Idem Não recebe
10
telecoman (*) acima telecomando direto
do
Demodula
telecoman Recebe telecomando
Demodu Idem
11 4 lar Tele
do (*) acima direto intermitente
intermiten
comando
temente
Demodula
telecoman Recebe telecomando
Idem
12 do fora da (*) acima
direto fora de
especifica especificação
ção
(continua)
151
Tabela 4.3 – Continuação
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Detecção da Recom
Modo de Sever para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência Falência/ enda
Falência idade Compensa ções
ção Opera Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Não
decodifica Idem Não recebe
13
telecoman (*) acima telecomando direto
do
Decodifica
telecoman Recebe telecomando
Decodifi Idem
14
car Tele
do (*) acima direto intermitente
intermiten
comando
temente
Decodifica
telecoman Recebe telecomando
Idem
15
4
do fora da (*) acima
direto fora de
especifica especificação
ção
Não Idem Não distribui comando
16 (*)
processa acima roteado imediato
Processa Distribui comando
Idem
17 Prover intermiten (*) roteado imediato inter
acima
Processa te mitente
mento Processa
Distribui comando
fora de Idem
18 (*) roteado imediato fora
especifica acima
da especificação
ção
(continua)
152
Tabela 4.3 – Conclusão
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Detecção da Recom
Modo de Sever para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência Falência/ enda
Falência idade Compensa ções
ção Opera Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Não Idem Não distribui comando
19 (*)
comunica acima roteado imediato
Comunica Distribui comando
Idem
20 Prover intermiten (*) roteado imediato inter
acima
4 Comuni temente mitente
cação Comunica
Distribui comando
fora de Idem
21 (*) roteado imediato fora
especifica acima
da especificação
ção
(*) Conforme a seção 4.1.1.1, as causas das falências das subfunções do nível hierárquico mais baixo da decomposição funcional, são
consideradas componentes atômicos da arquitetura funcional e não são decompostas nem são determinadas as causas de suas falências.
153
4.1.3 Repertório de Falhas do ACDH
154
Tabela 4.4 – Falhas Identificadas na FMEA Funcional do ACDH para as Funções
„Fornecer tempo de bordo‟, „Fornecer comando direto‟, „Fornecer
comando roteado imediato‟.
Modos de
Efeitos
Funções Falência
Item Falhas Causados
Afetadas Causados
pela Falha
pela Falha
1 Não distribui TB 1 1 7
2 Não gera TB 1 1 7
3 Gera TB intermitente 1 1 7
4 Distribui TB intermitente 1 1 7
5 Gera TB fora da especificação 1 1 7
6 Distribui TB fora da especificação 1 1 7
7 Não adquire RT 1 1 7
8 Adquire RT fora da especificação 1 1 7
9 Não processa 3 3 2
10 Não comunica 2 2 2
11 Processa intermitentemente 3 3 1
12 Comunica intermitentemente 2 2 1
13 Processa fora da especificação 3 3 1
14 Comunica fora da especificação 2 2 1
15 Perda da capacidade de recepção de telecomando 2 2 1
16 Perda da capacidade de distribuição de comando
1 1 1
direto
17 Recepção intermitente de telecomando 2 2 2
18 Distribuição intermitente de comando direto 1 1 2
19 Recepção de telecomando fora de especificação 2 2 1
20 Distribuição fora de especificação de comando direto 1 1 1
21 Nâo demodula telecomando 1 1 1
22 Não decodifica telecomando 1 1 1
23 Demodulação intermitentemente de telecomando 1 1 1
24 Decodificação intermitentemente de telecomando 1 1 1
25 Demodulação de telecomando fora de especificação 1 1 1
26 Decodificação detelecomando fora de especificação 1 1 1
27 Perda da capacidade de distribuição de Comando
1 1 1
Roteado Imediato
28 Distribuição intermitente de Comando Roteado
1 1 1
Imediato
29 Distribuição de Comando Roteado Imediato fora de
1 1 1
especificação
155
a missão. Numa missão de imageamento, a falência da função„Fornecer
Tempo de Bordo‟ pode ter impacto no produto da missão. O não fornecimento
ou o fornecimento do tempo fora da especificação para a função „Propagar
Órbita‟ resulta em erro no cálculo dos elementos orbitais que se propagam para
os dados auxiliares, uma vez que tanto o tempo como os elementos orbitais
fazem parte dos dados auxiliares. Como os dados auxiliares são gravados na
imagem e utilizados para sua recuperação em solo, a falência no fornecimento
do tempo de bordo inviabiliza o fornecimento das imagens pela missão.
156
Modos de Falência
157
Efeitos
Efemérides desatualizadas;
158
As discrepâncias são representadas no grafo como nós disjuntivos exclusivos,
uma vez que é suposto a ocorrência de apenas modos simples de falência.
159
Também as discrepâncias „Não gera imagem‟, „Gera imagem de local não
especificado‟ e „Imagem com erro nos dados auxiliares‟ não são monitoráveis.
Para o monitoramento, seriam necessários monitores com capacidade para
abrir e examinar as imagens.
160
A definição dos tempos de propagação têm como referência os satélites
Amazônia-1 e CBERS-3 e 4 com base em informações fornecidas pela equipe
de desenvolvimento desses satélites.
161
Figura 4.8 – Diagrama de propagação para função „Fornecer Tempo de Bordo‟ no
nível 1.
Modos de Falência
162
Os modos de falência identificados no nível 3 da Tabela 4.1 são importados
diretamente para o TFPG:
Adquire RT intermitente;
Gera TB intermitentemente;
Distribui TB intermitentemente.
Efeitos
163
Definição dos Monitores
164
Figura 4.9 – Diagrama de propagação da função „Fornecer Tempo de Bordo‟ no nível
2.
Modos de Falência
Não processa;
Processa intermitente;
Não comunica;
Comunica intermitentemente;
165
Efeitos
166
A definição dos tempos de propagação tem como referência os satélites
Amazonia-1 e CBERS-3 e 4 com base em informações fornecidas pela equipe
de desenvolvimento desses satélites.
167
4.1.4.2 Detecção e Diagnose
Escolha do Domínio
168
existir pelo menos 8 assinaturas biunívocamente associadas aos 8 MFs
(Teorema 1).
169
Tabela 4.5 – Assinatura no domínio dos modos de falência da função „Fornecer Tempo
de Bordo‟.
Assinaturas no Domínio
Modos de Falência Espacial
(Vetor ⃗⃗)
170
4.1.6 Aplicação da Abordagem por Teoria e Análise
171
Não propaga órbita (MF6).
Assinaturas no
Domínio Espacial Modos de Falência Isolados/Identificados
(Vetor ⃗⃗)
172
Figura 4.12. Este agrupamento possibilita uma aplicação recursiva dessa
abordagem.
Tabela 4.7 – Agrupamento dos dos modos de falência da função „Fornecer Tempo de
Bordo‟ reduzida em pseudos modos de falência.
Pseudo Modos
Modos de Falência Agrupados
de Falência
Se não pudermos tolerá-la, então, sendo ela do tipo “OU inclusivo”, para
desambiguá-los, precisa-se de, pelo menos, mais 2 monitores, o M16 e o
M110, já que o terceiro, o M17, é necessário a para as identificações da Tabela
4.6. Assim, para identificar o modo de falência ativo é necessário acrescentar a
bordo ao menos quatro monitores com essa finalidade específica: M14, M15,
M16 e M110, ao M17.
173
011) em outras assinaturas válidas (p.ex.: 001) ou inválidas (p.ex.: 111),
gerando ambiguidade, dependente da diferença entre o observado e o previsto.
Figura 4.13 – Mapa de Karnaugh da assinatura espacial dos modos e pseudo modo de
falência da função „Fornecer Tempo de Bordo‟ reduzida.
174
Passo 6: Os mapas de Karnaugh de MF1, MF2, MF3, MF4 e MF1’, em função
de M14, M15, e M17 são gerados a partir do mapa de compatibilidade (Figura
4.14) e mostrados na Figura 4.15. As células hachuradas referem-se aos
modos de falência simultâneos.
175
Figura 4.15 – Mapa de Karnaugh para (a) MF1, (b) MF2, (c) MF3, (d) MF4 e (e) MF1’.
Passo 7: As lógicas inversa otimizadas para MF1, MF2, MF3, MF4 e MF1’ são
geradas a partir dos mapas de Karnaugh (Figura 4.15), conforme as
expressões (4.2), (4.3), (4.4), (4.5) e (4.6).
MF ’ = M17 (4.6)
176
4.2 Aplicação da Estratégia a um Caso da Literatura
177
Figura 4.16 – Diagrama de propagação de um caso da literatura.
⃗ = (D1M1 D2M2 D3M3 D4M4 D5M5 D6M6 D7M7 D8M8 D9M9 (4.7)
D10M10 D11M11)
178
Figura 4.17 – Decomposição do diagrama de propagação do caso da literatura: a)
subdiagrama da propagação de MF1; b) subdiagrama da propagação
de MF2; c) subdiagrama da propagação de MF3; subdiagrama da
propagação de MF4.
179
Tabela 4.8 – Assinaturas no domínio espacial dos modos de falência do caso da
literatura.
MF1 (1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1)
MF2 (0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1)
MF3 (0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1)
MF4 (0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1)
As três lógicas propostas na seção 3.3.5.1 para isolar e/ou identificar o modo
de falência ativo a partir da ocorrência de eventos, ou seja, diagnose com
critério de diferença de assinaturas, diagnose com critério de biunivocidade e
diagnose com critério de biunivocidade e verificação de precedência mais as
três lógicas propostas na seção 3.3.5.2 para realizar a diagnose por
amostragem temporal, ou seja, amostragem no tempo máximo de propagação
das falências, amostragem periódica e amostragem no tempo de propagação
das discrepâncias são aplicadas ao do caso da literatura. Os resultados da
simulação da aplicação dessas lógicas são apresentados e analisados no
Capítulo 5.
180
Figura 4.18 – Diagrama de propagação do caso da literatura reduzido.
181
Figura 4.19 – Mapa de Karnaugh da assinatura espacial do caso da literatura reduzido.
182
Figura 4.21 – Mapa de Karnaugh da assinatura espacial do caso da literatura reduzido
desambiguado.
183
Figura 4.22 – Mapa de compatibilidade do caso da literatura reduzido desambiguado.
Passo 7: As lógicas inversa otimizadas para MF1, MF2, MF3 e MF4 são
geradas a partir dos mapas de Karnaugh (Figura 4.23), conforme as
expressões (4.8), (4.9), (4.10) e (4.11).
MF1 = D1 (4.8)
MF2 = D7 (4.9)
MF3 = D4 (4.10)
MF4 = D5 (4.11)
184
Figura 4.23 – Mapas de Karnaugh para: (a) MF1; (b) MF2; (c) MF3; (d) MF4.
185
Figura 4.24 – Modelamento da falência de monitores como falso positivo e falso
negativo.
186
5 VALIDAÇÃO DA ESTRATÉGIA PARA O TRATAMENTO DE FALHAS
Todas as ferramentas são softwares livres, que podem ser utilizados sob as
condições GNU GPL v2 (GNU General Public License version 2).
187
O GHDL traduz arquivos VHDL para código de máquina sem o uso de uma
linguagem intermediária tal como o C ou o C++. Dessa forma, o código
compilado pode ser mais rápido e o tempo de análise pode ser menor que os
obtidos com o uso de um compilador que utiliza uma linguagem intermediária.
188
Figura 5.1 – Janela principal do GTKWave com formas de onda da simulação da
função „Fornecer Tempo de Bordo‟.
5.1.3 Notepad++
189
Figura 5.2 – Janela do Notepad++ com trecho inicial do código VHDL da simulação da
função „Fornecer Tempo de Bordo‟.
190
Definir os tempos de propagação ou escolher aleatoriamente o tempo no
intervalo de propagação;
191
Quando é admitida a falência de um ou dois monitores, o(s) monitor(es)
falido(s) e o(s) seu(s) modo(s) de falência são escolhidos aleatoriamente. As
falências dos monitores se manifestam, no entanto, sempre no início da
simulação.
Tabela 5.1 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose por
diferença de assinaturas e detecção por eventos.
Identificações
Identificações
Identificadas
Identificaçõs
Assinaturas
Falência de
Ambiguas
Incorretas
Monitores
Diferença
Corretas
Máximo
Mínimo
Tempo
Tempo
Tempo
Médio
entre
(seg)
(seg)
(seg)
Não
0 0 1000 0 0 0 9 2 3
0 1 1000 0 0 0 9 2 3
0 2 0 1000 0 0 - - -
1 0 397 0 25 578 9 0 3
1 1 397 25 0 578 9 0 3
1 2 74 923 0 3 9 2 5
2 0 176 0 186 638 9 0 2
2 1 209 63 98 630 9 0 2
2 2 74 923 0 3 9 2 4
192
Tabela 5.2 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose por
biunivocidade e detecção por eventos.
Identificações
Identificações
Identificadas
Identificaçõs
Assinaturas
Falência de
Ambiguas
Incorretas
Monitores
Diferença
Corretas
Máximo
Mínimo
Tempo
Tempo
Tempo
Médio
entre
(seg)
(seg)
(seg)
Não
0 0 269 731 0 0 2 2 2
0 1 269 731 0 0 9 2 5
0 2 0 1000 0 0 - - -
1 0 186 367 241 206 9 0 2
1 1 188 737 0 75 9 0 3
1 2 74 923 0 3 9 2 5
2 0 150 243 317 290 9 0 2
2 1 152 628 10 210 9 0 3
2 2 74 923 0 3 9 2 4
Tabela 5.3 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose por
biunivocidade e verificação de precedência e detecção por eventos.
Identificações
Identificações
Identificadas
Identificaçõs
Assinaturas
Falência de
Ambiguas
Incorretas
Monitores
Diferença
Corretas
Máximo
Mínimo
Tempo
Tempo
Tempo
Médio
entre
(seg)
(seg)
(seg)
Não
0 0 269 731 0 0 2 2 2
0 1 269 731 0 0 9 2 5
0 2 0 1000 0 0 - - -
1 0 186 367 241 206 9 0 2
1 1 188 737 0 75 9 0 3
1 2 74 923 0 3 9 2 5
2 0 150 243 317 290 9 0 2
2 1 152 628 10 210 9 0 3
2 2 74 923 0 3 9 2 4
193
Tabela 5.4 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose por
diferença de assinaturas aplicada após a propagação das falências e
detecção por eventos.
Identificações
Identificações
Identificadas
Identificaçõs
Assinaturas
Falência de
Ambiguas
Incorretas
Monitores
Diferença
Corretas
Máximo
Mínimo
Tempo
Tempo
Tempo
Médio
entre
(seg)
(seg)
(seg)
Não
0 0 1000 0 0 0 18 10 11
0 1 1000 0 0 0 18 10 11
0 2 0 1000 0 0 - - -
1 0 444 0 496 60 18 10 11
1 1 515 425 0 60 18 10 11
1 2 71 869 0 60 10 10 10
2 0 224 0 650 126 18 10 11
2 1 284 449 141 126 18 10 10
2 2 70 864 0 66 10 10 10
194
Tabela 5.5 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose por
diferença de assinaturas e detecção por amostragem periódica.
Identificações
Identificações
Identificadas
Identificaçõs
Assinaturas
Falência de
Ambiguas
Incorretas
Monitores
Diferença
Corretas
Máximo
Mínimo
Tempo
Tempo
Tempo
Médio
entre
(seg)
(seg)
(seg)
Não
0 0 1000 0 0 0 18 7 12
0 1 1000 0 0 0 16 6 10
0 2 1000 0 0 0 15 5 8
1 0 464 0 536 0 19 6 11
1 1 999 0 0 1 18 5 11
1 2 888 13 0 99 17 1 9
2 0 248 0 752 0 18 5 11
2 1 718 0 261 21 18 1 11
2 2 850 23 0 127 18 1 9
Tabela 5.6 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose por
biunivocidade e detecção por amostragem periódica.
Identificações
Identificações
Identificadas
Identificaçõs
Assinaturas
Falência de
Ambiguas
Incorretas
Monitores
Diferença
Corretas
Máximo
Mínimo
Tempo
Tempo
Tempo
Médio
entre
(seg)
(seg)
(seg)
Não
0 0 743 257 0 0 6 2 3
0 1 507 493 0 0 12 4 6
0 2 263 737 0 0 14 6 10
1 0 541 190 55 214 11 1 3
1 1 510 490 0 0 14 3 6
1 2 253 747 0 0 14 5 9
2 0 400 153 161 286 12 1 3
2 1 477 449 14 60 13 1 6
2 2 227 773 0 0 14 4 8
195
Tabela 5.7 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose por
biunivocidade e verificação de precedência e detecção por
amostragem periódica.
Identificações
Identificações
Identificadas
Identificaçõs
Assinaturas
Falência de
Ambiguas
Incorretas
Monitores
Diferença
Corretas
Máximo
Mínimo
Tempo
Tempo
Tempo
Médio
entre
(seg)
(seg)
(seg)
Não
0 0 1000 0 0 0 7 2 4
0 1 1000 0 0 0 12 3 7
0 2 1000 0 0 0 15 5 9
1 0 674 0 184 142 14 1 4
1 1 779 24 61 136 14 1 6
1 2 727 53 44 176 15 1 8
2 0 471 0 351 178 13 1 5
2 1 628 30 126 216 13 1 6
2 2 595 74 78 253 15 1 8
Tabela 5.8 – Resultados das simulações da lógica proposta para a diagnose por
diferença de assinaturas aplicada após a propagação das falências e
detecção por amostragem periódica.
Identificações
Identificações
Identificadas
Identificaçõs
Assinaturas
Falência de
Ambiguas
Incorretas
Monitores
Diferença
Corretas
Máximo
Mínimo
Tempo
Tempo
Tempo
Médio
entre
(seg)
(seg)
(seg)
Não
0 0 1000 0 0 0 23 22 23
0 1 1000 0 0 0 23 22 23
0 2 1000 0 0 0 23 22 23
1 0 464 0 536 0 23 22 23
1 1 1000 0 0 0 23 22 23
1 2 936 64 0 0 23 22 23
2 0 248 0 752 0 23 22 23
2 1 728 0 263 9 23 22 23
2 2 910 90 0 0 23 22 23
196
5.4 Análise dos Resultados das Simulações
Com base nos resultados apresentados na seção 5.3.1, a Tabela 5.9 apresenta
um sumário da porcentagem de identificações corretas realizadas pelas lógicas
de diagnose simuladas. Na Tabela 5.10 é apresentado um sumário dos tempos
médios para as identificações corretas.
Tabela 5.9 – Sumário dos resultados corretos da diagnose da função „Fornecer Tempo
de Bordo‟.
Condições da Identificações Corretas
Simulação (%)
Assinatura após
Biunivocidade e
Diferença entre
Quantidade de
Biunivocidade
Verificação de
Diagnose por
Diagnose por
Diagnose por
Diagnose por
Diferença de
Diferença de
Precedência
Propagação
Assinaturas
Assinaturas
Monitores
Valor da
Falidos
197
Tabela 5.10 – Sumário dos tempos médios necessários para a diagnose correta da
função „Fornecer Tempo de Bordo‟ pelas lógicas propostas.
Condições da Tempo Médio para Identificações Corretas
Simulação (seg)
Assinatura após
Biunivocidade e
Diferença entre
Quantidade de
Biunivocidade
Verificação de
Diagnose por
Diagnose por
Diagnose por
Diagnose por
Diferença de
Diferença de
Precedência
Propagação
Assinaturas
Assinaturas
Monitores
Valor da
Falidos
0 0 11 3 2 2
0 1 11 3 5 5
0 2 - - - -
1 0 11 2 2
1 1 11 3 3 3
1 2 10 5 5 5
2 0 11 2 2 2
2 1 10 2 3 3
2 2 10 4 4 4
198
comportamento é explicado pelo fato de que para uma diferença de 2 entre as
assinaturas dos modos de falência (Tabela 4.5) e a assinatura observada
sempre haverá no mínimo dois candidatos a modo de falência ativo.
Figura 5.3 – Sumário dos resultados corretos da diagnose da função „Fornecer Tempo
de Bordo‟ quando nenhum dos monitores apresenta falência.
120
100
80
Dif. ass. 0
60
Dif. ass. 1
40 Dif. ass. 2
20
0
Após Diferença de Biunivocidade Biunivocidade
propagação assinaturas e precedência
199
5.4.1.2 Uma Falência de Monitor
Figura 5.4 – Sumário dos resultados corretos da diagnose da função „Fornecer Tempo
de Bordo‟ quando um dos monitores apresenta falência.
60
50
40
Dif. ass. 0
30
Dif. ass. 1
20 Dif. ass. 2
10
0
Após Diferença de Biunivocidade e Biunivocidade
propagação assinaturas precedência
Da mesma forma que ocorre para nenhuma falência de monitor, a diagnose por
biunivocidade e a diagnose por biunivocidade e precedência para uma falência
200
de monitor identificam corretamente o mesmo número de modos de falência
devido à inexistência de discrepâncias precedentes na assinatura.
Figura 5.5 – Sumário dos resultados corretos da diagnose da função „Fornecer Tempo
de Bordo‟ quando dois dos monitores apresentam falência.
30
25
20
Dif. ass. 0
15
Dif. ass. 1
10 Dif. ass. 2
0
Após Diferença de Biunivocidade e Biunivocidade
propagação assinaturas precedência
201
Da mesma forma que ocorre para nenhuma falência de monitor, a diagnose por
biunivocidade e a diagnose por biunivocidade e precedência para uma falência
de monitor identificam corretamente o mesmo número de modos de falência
devido à inexistência de discrepâncias precedentes na assinatura.
Biunivocidade e
Diferença entre
Quantidade de
Biunivocidade
Verificação de
Diagnose por
Diagnose por
Diagnose por
Diagnose por
Diferença de
Diferença de
Precedência
Propagação
Assinaturas
Assinaturas
Monitores
Valor da
Falidos
202
Tabela 5.12 – Sumário dos tempos médios necessários para a diagnose correta do
caso da literatura pelas lógicas propostas.
Condições da Tempo Médio para Identificações Corretas
Simulação (seg)
Assinatura após
Biunivocidade e
Diferença entre
Quantidade de
Biunivocidade
Verificação de
Diagnose por
Diagnose por
Diagnose por
Diagnose por
Diferença de
Diferença de
Precedência
Propagação
Assinaturas
Assinaturas
Monitores
Valor da
Falidos
0 0 23 12 3 4
0 1 23 10 6 7
0 2 23 8 10 9
1 0 23 11 3 4
1 1 23 11 6 6
1 2 23 9 9 8
2 0 23 11 3 5
2 1 23 11 6 6
2 2 23 9 8 8
203
também aumenta a probabilidade de uma assinatura observada estar contida
em mais de uma assinatura prevista, aumentando a probabilidade de
ambiguidade na diagnose. Os resultados da simulação da diagnose por
biunivocidade apresentados na Tabela 5.6 confirmam que todos os modos de
falência que não foram identificados corretamente por biunivocidade foram
considerados ambiguos.
120,0
100,0
80,0
Dif. ass. 0
60,0
Dif. ass. 1
40,0 Dif. ass. 2
20,0
0,0
Após Diferença de Biunivocidade Biunivocidade
propagação assinaturas e precedência
204
biunivocidade e precedência deve-se a essas lógicas poderem realizar a
identificação sem que sejam examinados todos os elementos da assinatura, ou
seja, o monitor falido pode não ser examinado. O aumento de identificações
corretas na diagnose por biunivocidade e precedência é ainda maior (67,4%
contra 54,1%) devido à verificação de precedência permitir a eliminação de
parte das ambiguidades.
120,0
100,0
80,0
Dif. ass. 0
60,0
Dif. ass. 1
40,0 Dif. ass. 2
20,0
0,0
Após Diferença de Biunivocidade Biunivocidade
propagação assinaturas e precedência
205
Para diferença entre assinaturas 2, a porcentagem de identificações corretas
diminui quando comparado com as porcentagens atingidas para diferença entre
assinaturas 1. O comportamento das lógicas é, no entanto, semelhante ao
comportamento para diferença de 1.
206
Figura 5.8 – Sumário dos resultados corretos da diagnose do caso da literatura
quando dois dos monitores apresentam falência.
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
Dif. ass. 0
50,0
40,0 Dif. ass. 1
207
208
6 CONCLUSÕES
A estratégia foi aplicada em um ACDH típico, que tem como referência o ACDH
em desenvolvimento para a PMM e o satélite Amazônia. A arquitetura funcional
do subsistema, definida com base nos documentos disponíveis, foi decomposta
em doze funções e cada uma dessas funções foi decomposta em dois níveis
funcionais. A estratégia foi aplicada na função „Fornecer tempo de bordo‟
considerando os modos de falência „Não fornece tempo de bordo‟ e „Fornece
tempo de bordo fora de especificação‟. Algumas lógicas inversas para detecção
e diagnose com base na assinatura espacial dos modos de falência foram
propostas e simuladas em diferentes condições para avaliação de seu
desempenho.
6.1 Contribuições
209
2) Proposta de uma abordagem funcional que pode ser aplicada nas fases
iniciais de desenvolvimento, antecipando o tratamento de falhas
sistêmicas da missão e permitindo a adoção de soluções que melhoram
o FDIR, o que pode, de acordo com a literatura, aumentar a autonomia e
facilitar o tratamento de falhas em sistemas complexos/altamente
integrados.
iii) O acionamento das lógicas de diagnose por eventos e/ou por tempo;
210
i) Ocorrência de um único modo de falência, discrepâncias
parcialmente monitoradas, ausência de falência de sensores,
inexistência de ruídos ou de incertezas no tempo e na
informação;
211
212
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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214
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iarticle_query?2006ESASP.606E..36B&defaultprint=YES&page_ind=0&filetype
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223
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224
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DEBRIS MITIGATION WORKSHOP, 2010, Beijing, China. Proceedings...
Disponível em: http://swfound.org/media/99980/Weeden-Smallsat_STM.pdf.
Acesso em: 02 set. 2015.
225
226
APÊNDICE A – DECOMPOSIÇÃO FUNCIONAL DAS FUNÇÕES DO ACDH
(CONTINUAÇÃO)
2) Decomposição Funcional
a) Nível 3:
b) Nível 4:
227
Figura A.1 – Decomposição funcional da função Fornecer Comando Roteado
Temporizado.
3) Entradas da função
Tempo de Bordo.
4) Saídas da função
2) Decomposição Funcional
228
A função Fornecer Comandos Imediatos é decomposta em dois níveis
funcionais:
a) Nível 3:
b) Nível 4:
229
Figura A.2 – Decomposição funcional da função „Fornecer Comando Imediato‟.
3) Entradas da função
Dados de Bordo;
4) Saídas da função
Comandos Imediatos.
2) Decomposição Funcional
230
A função Fornecer Comandos Temporizados é decomposta em dois níveis
funcionais:
a) Nível 3:
b) Nível 4:
231
Figura A.3 – Decomposição funcional da função „Fornecer Comandos Temporizados‟.
3) Entradas da função
Dados de Bordo;
Tempo de Bordo.
4) Saídas da função
Comandos Temporizados.
232
As telemetrias podem ser classificadas de acordo com a sua origem (Direta ou
Roteada) e o tempo em que são distribuídas (Tempo Real ou Armazenada),
conforme sumarizado na Figura A.4. As telemetrias diretas são fornecidas por
módulo dedicado que adquire os dados e o tempo de bordo e, imediatamente,
formata e envia para o transponder de serviço. As telemetrias roteadas são
fornecidas por meio do computador de bordo. Neste caso, as telemetrias
podem ser adquiridas e enviadas imediatamente para o transponder de serviço
(neste caso são denominadas telemetrias de tempo real) ou podem ser
adquiridas e armazenadas (neste caso são denominadas telemetrias
armazenadas) para serem enviadas posteriormente para o Segmento Solo.
As Telemetrias Diretas não são tratadas neste trabalho, pois com exceção dos
satélites da série SCD, as demais missões brasileiras ou com participação do
Brasil não possuem esta funcionalidade.
1) Descrição da função
233
2) Decomposição Funcional
234
Figura A.5 – Decomposição funcional da função „Fornecer Telemetria Tempo Real‟.
3) Entradas da função
Dados de Bordo;
Tempo de Bordo.
4) Saídas da função
1) Descrição da função
2) Decomposição Funcional
235
A função Fornecer Telemetrias Armazenadas é decomposta em dois níveis
funcionais:
a) Nível 3:
b) Nível 4:
236
Figura A.6 – Decomposição funcional da função „Fornecer Telemetria Armazenada‟.
3) Entradas da função
Dados de Bordo;
Tempo de Bordo.
4) Saídas da função
1) Descrição da função
2) Decomposição Funcional
237
a) Nível 3:
b) Nível 4:
3) Entradas da função
Elementos orbitais;
238
Dados de sensores
4) Saídas da função
Quaternion;
1) Descrição da função
2) Decomposição Funcional
239
Figura A.8 – Decomposição funcional da função „Propagar Órbita‟.
3) Entradas da função
Telecomando TLE;
Tempo de Bordo.
4) Saídas da função
Efemérides.
240
A órbita é propagada de forma intermitente quando a órbita não é
propagada a intervalos randômicos de tempo;
o TB não é adquirido;
No nível 3,
241
o Comunicação não é provida.
1) Descrição da função
2) Decomposição Funcional
a) Nível 3:
b) Nível 4:
242
A Figura A.9 apresenta o diagrama da decomposição funcional da função
Comandar Atuadores.
3) Entradas da função
4) Saídas da função
1) Descrição da função
243
sensores e da atitude estimada (quaternion) fornecida pela função „Estimar
Atitude‟.
2) Decomposição Funcional
a) Nível 3:
b) Nível 4:
244
Figura A.10 – Decomposição funcional da função „Gerenciar Modos e Transições‟.
3) Entradas da função
Dados de sensores;
Atitude estimada.
4) Saídas da função
Torques de controle.
245
246
APÊNDICE B – FMEA FUNCIONAL HIERÁRQUICA DO ACDH (CONTINUAÇÃO)
Tabela B.1 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Fornecer Comando Roteado Temporizado‟
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Perda da capacidade
de recepção de
Não Redundân
telecomando; Perda
fornece LEOP e cia física
da capacidade de Perda da
comandos fases Catas Recarga e
1 verificação do tempo comandabilidade do Telemetria
roteados operacio trófica execução do
de bordo; Perda da satélite
temporiza nais; OBSW;
capacidade de
dos;
distribuição de
Comando Roteado;
Fornece Recepção
Fornecer comandos intermitente de Redundân
Coman roteados telecomando; cia física
Atraso na
dos temporizad Verificação Idem Catas Recarga e
2 2 comandabilidade do Telemetria
Roteados os de intermitente do tempo acima trófica execução do
satélite
Tempori forma de bordo; Distribuição OBSW;
zado intermiten intermitente de
te; Comando Roteado;
Recepção de
Fornece telecomando fora de
Redundân
comandos especificação;
cia física
roteados Verificação fora de Perda da
Idem Catas Recarga e
3 temporiza especificação do comandabilidade do Telemetria
acima trófica execução do
dos fora de tempo de bordo; satélite
OBSW;
especifica Distribuição de
ção Comando Roteado
fora de especificação;
247
Tabela B.2 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Fornecer Comandos Imediatos‟
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Não adquire dados
de bordo; Perda da
Não capacidade de LEOP e Recarga e
Perda da execução do
fornece geração de comando fases Catas
1 comandabilidade do Telemetria OBSW;
comandos imediato; Perda da operacio trófica
satélite Redundân
imediatos; capacidade de nais; cia física
distribuição de
comando imediato;
Adquire dados de
Fornece
bordo intermitente; Recarga e
Fornecer comandos
Geração de comando Atraso na execução do
Coman imediatos Idem Catas
2 imediato intermitente; comandabilidade do Telemetria OBSW;
2 dos de forma acima trófica
Distribuição de satélite Redundân
Imedia intermiten cia física
comando imediato
tos te;
intermitente;
Adquire dados de
bordo fora de
Fornece
especificação; Recarga e
comandos
Geração de comando Perda da execução do
imediatos Idem Catas
3 imediato fora de comandabilidade do Telemetria OBSW;
fora de acima trófica
especificação; satélite Redundân
especifica cia física
Distribuição de
ção
comando imediato
fora de especificação;
248
Tabela B.3 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Fornecer Comandos Temporizados‟
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Não adquire dados de
bordo; Perda da
capacidade de geração
Não de comando Recarga e
LEOP e
fornece temporizado; Perda da Perda da execução do
1 fases Catas
comandos capacidade de comandabilidade do Telemetria OBSW;
operacio trófica
temporiza verificação do tempo satélite Redundân
nais;
dos; de bordo; Perda da cia física
capacidade de
distribuição de
comando temporizado;
Adquire dados de
bordo intermitente;
Fornece
Geração de comando
comandos Recarga e
Fornecer temporizado
temporizad Atraso na execução do
2 Coman intermitente; Idem Catas
2 os de comandabilidade do Telemetria OBSW;
dos Verificação intermitente acima trófica
forma satélite Redundân
Tempori do tempo de bordo;
intermiten cia física
zados Distribuição de
te;
comando temporizado
intermitente;
Adquire dados de
bordo fora de
especificação; Geração
Fornece de comando
Recarga e
comandos temporizado fora de
Perda da execução do
3 temporizad especificação; Idem Catas
comandabilidade do Telemetria OBSW;
os fora de Verificação fora de acima trófica
satélite Redundân
especifica especificação do tempo
cia física
ção de bordo; Distribuição
de comando
temporizado fora de
especificação;
249
Tabela B.4 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Fornecer Telemetria de Tempo Real‟
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Não Recarga e
Não formata TM LEOP e
fornece Perda da execução do
tempo real; Não fases Catas Ausência de
1 telemetrias observabilidade do OBSW;
transmite TM tempo operacio trófica Telemetria
de tempo satélite; Redundân
real; nais; cia física
real;
Fornece Transmite TM tempo
telemetrias real Redundân
Perda ou atraso na
de tempo intermitentemente; Idem Catas Telemetria cia física;
2 Fornecer observabilidade do
real Formata TM tempo acima trófica intermitente Redundân
Teleme satélite
intermiten real cia temporal
2 trias de
temente intermitentemente.
Tempo
Real Não adquire dados
de bordo; Não
Fornece
adquire TB; Adquire Recarga e
telemetrias
DB fora Perda da execução do
de tempo Idem Catas
3 especificação; observabilidade do Telemetria OBSW;
real fora acima trófica
Adquire TB fora satélite Redundân
especifica cia física
especificação;
ção
Formata TM_treal
fora especificação
250
Tabela B.5 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Fornecer Telemetria Armazenada‟
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Não adquire dados
de bordo; Não
Não adquire tempo de Recarga e
LEOP e
fornece bordo; Não formata Perda da execução do
fases Catas Ausência de
1 telemetrias TM armazenada; Não observabilidade do OBSW;
operacio trófica Telemetria
armazena armazena TM satélite Redundân
nais cia física
das; armazenada; Não
transmite TM
armazenada;
Transmiti TM
Fornece armazenada
Fornecer telemetrias intermitentemente;
Redundân
Telemetri armazenad Formata TM Perda ou atraso na
Idem Catas Telemetria cia física;
2 2 as as de armazenada observabilidade do
acima trófica intermitente Redundân
Armazen forma intermitentemente; satélite
adas cia temporal
intermiten Armazena TM
te armazenada
intermitentemente.
Não adquire dados
de bordo; Não
Fornece
adquire tempo de Recarga e
telemetrias
bordo; Formata TM Perda da execução do
armazenad Idem Catas
3 armazenada observabilidade do Telemetria OBSW;
as fora de acima trófica
parcialmente; satélite Redundân
especifica cia física
Armazena TM
ção
armazenada
parcialmente;
251
Tabela B.6 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Estimar Atitude‟
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
LEOP e Recarga e
Não estima fases Catas execução do
1 Não calcula atitude Perda da atitude Telemetria OBSW;
atitude operacio trófica
Redundân
nais cia física
Estimar Recarga e
atitude Calcula atitude Idem Perda intermitente da Catas execução do
2 Telemetria OBSW;
intermiten intermitentemente acima atitude trófica
Redundân
temente cia física
Estimar Não adquire
2
Atitude efemérides; Não
adquire dados dos
Estimar sensores; Adquire Recarga e
atitude fora efemérides fora da execução do
Idem Atitude fora da Catas
3 de especificação; Telemetria OBSW;
acima especificação trófica
especifica Adquire dados dos Redundân
ção sensores fora da cia física
especificação;
Calcula atitude fora
da especificação.
252
Tabela B.7 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Propagar Órbita‟
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Efemerides Recarga e
Não TB não é adquirido; desatualizadas; Dados execução do
Idem Catas
1 propagar Propagação orbital auxiliares com erro; Telemetria OBSW;
acima trófica
órbita não é calculada. Atitude estimada com Redundân
erro; Não gera imagem; cia física
Efemérides atualizadas
intermitentemente;
TB é adquirido de Recarga e
Propagar Dados auxiliares sem
forma intermitente; execução do
órbita Idem erro intermitentemente; Catas
2 Propagação orbital é Telemetria OBSW;
Propagar intermiten acima Atitude estimada sem trófica
2 calculada de forma Redundân
Órbita temente erro intermitentemente; cia física
intermitente.
Gera imagem
intermitentemente.
TB é adquirido fora
Efemérides com erro;
Propagar da especificação; Recarga e
Dados auxiliares com
órbita fora Propagação orbital é execução do
Idem erro; Atitude estimada Catas
3 de calculada fora da Telemetria OBSW;
acima com erro; Gera imagem trófica
especifica especificação; Redundân
de local não cia física
ção TLE é recebido fora
especificado.
da especificação.
TB não é Não processa; Não Idem
4 Não propagar órbita
adquirido; comunica; acima
Adquirir TB é
Processa
3 Tempo adquirido
intermitentemente; Idem Propagar órbita
5 de Bordo de forma
Comunica acima intermitentemente
intermiten
intermitentemente;
te;
(continua)
253
Tabela B.7 – Continuação
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
TB é
Processa fora da
Adquirir adquirido
especificação; Idem Propagar órbita fora de
6 Tempo fora da
Comunica fora da acima especificação
de Bordo especifica
especificação;
ção;
TLE não é Não processa; Não Idem Propagar órbita fora de
7
recebido comunica; acima especificação
TLE é Processa
recebido intermitentemente; Idem
8 (**)
intermiten Comunica acima
Receber temente intermitentemente;
TLE
TLE é
Processa fora da
recebido
3 especificação; Idem Propagar órbita fora de
9 fora da
Comunica fora da acima especificação
especifica
especificação;
ção
Propagaçã
o orbital Idem
10 Não processa; Não propagar órbita
não é acima
Calcular calculada.
Propaga Propagaçã
ção o orbital é
Orbital calculada Processa Idem Propagar órbita
11
de forma intermitentemente; acima intermitentemente
intermiten
te.
(continua)
254
Tabela B.7 – Continuação
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Propagaçã
Calcular o orbital é
Propaga calculada Processa fora da Idem Propagar órbita fora de
12 3
ção fora da especificação; acima especificação
Orbital especifica
ção;
TB não é adquirido;
Não Idem TLE não é recebido;
13 (*)
processa acima Propagação orbital não
é calculada.
TB é adquirido de
forma intermitente; TLE
Processa é recebido
Idem
14 intermiten (*) intermitentemente;
Prover acima
4 te Propagação orbital é
Processa
calculada de forma
mento
intermitente.
TB é adquirido fora da
Processa especificação; TLE é
fora de Idem recebido fora da
15 (*) especificação;
especifica acima
Propagação orbital é
ção calculada fora da
especificação;
(continua)
255
Tabela B.7 – Conclusão
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Não Idem TB não é adquirido;
16 (*)
comunica acima TLE não é recebido;
Comunica TB é adquirido de
Idem forma intermitente; TLE
17 Prover intermiten (*)
acima é recebido
4 Comuni temente intermitentemente;
cação Comunica TB é adquirido fora da
fora de Idem especificação; TLE é
18 (*)
especifica acima recebido fora da
ção especificação;
(*) Conforme seção 4.1.1.1, as causas das falências das subfunções do nível hierárquico mais baixo da decomposição funcional, são
consideradas componentes atômicos da arquitetura funcional e não são decompostas nem é determinada as causas de suas falências.
(**) Este efeito implica ocorrência de falência dupla, ou seja, propagar órbita fora de especificação intermitentemente.
256
Tabela B.8 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Comandar Atuadores‟
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
LEOP e Recarga e
Não execução do
fases Catas
1 comanda Perda da atitude Telemetria OBSW;
operacio trófica
atuadores Redundân
nais cia física
Comanda Recarga e
Coman execução do
dar atuadores Idem Perda intermitente da Catas
2 2 Telemetria OBSW;
Atuado intermiten acima atitude trófica
Redundân
res temente cia física
Comanda Recarga e
atuadores execução do
Idem Atitude fora da Catas
3 fora de Telemetria OBSW;
acima especificação trófica
especifica Redundân
ção cia física
257
Tabela B.9 – Análise Funcional Hierárquica dos Efeitos dos Modos de Falências da Função „Gerenciar Modos e Transições‟
Fase da Método de
Provisão
Iden Missão/ Seve Detecção da Reco
Modo de para Observa
tifica Nível Função Causa da Falência Modo de Efeitos da Falência rida Falência/ menda
Falência Compensa ções
ção Opera de Sintomas ções
ção
ção Observáveis
Recarga e
Não LEOP e
Catas execução do
1 gerencia fases Perda da atitude Telemetria OBSW;
modos e operacio trófica
Redundân
transições nais
cia física
Gerencia Recarga e
Geren
intermiten Idem Perda intermitente da Catas execução do
2 ciar
2 temente Telemetria OBSW;
Modos e acima atitude trófica
modos e Redundân
Transi
transições cia física
ções
Gerencia
Recarga e
fora de
Idem Atitude fora da Catas execução do
3 especifica
Telemetria OBSW;
ção modos acima especificação trófica
Redundân
e
cia física
transições
258
APENDICE C – FMEA FUNCIONAL/FÍSICA DA FUNÇÃO „PROVER PROCESSAMENTO‟
Na elaboração desta FMEA são utilizados o modelo de tabela e os critérios básicos estabelecidos pela norma ECSS‐Q‐ST‐30‐02C
(2009). As colunas Método de Detecção da Falência/Sintomas Observáveis, Provisão para Compensação, Recomendações e
Observações são preenchidas considerando as soluções adotadas no âmbito das missões com participação brasileira para
servirem como referência para este trabalho. A coluna Severidade é preenchida de acordo com os critérios estabelecidos na
norma ECSS‐Q‐ST‐30‐02C (2009).
Tabela C.1 – Análise Funcional/Física dos Efeitos dos Modos de Falência da Função „Prover Processamento‟
Método de
Fase da Efeitos da Falência Provisão
Iden Seve Detecção da Reco
Modo de Causa da Missão/ para Observa
tifica Nível Função rida Falência/ menda
Falência Falência Modo de a) Efeito Local b) Compensa ções
ção de Sintomas ções
Operação Efeito Final ção
Observáveis
Local: Não executa software
(continua)
259
Tabela C.1 – Conclusão
Método de
Fase da Efeitos da Falência Provisão
Iden Seve Detecção da Reco
Modo de Causa da Missão/ para Observa
tifica Nível Função rida Falência/ menda
Falência Falência Modo de a) Efeito Local Compensa ções
ção de Sintomas ções
Operação b) Efeito Final ção
Observáveis
Local: Executa software de
forma intermitente
260
261