Civil VI
Civil VI
Civil VI
Curso: Direito
Disciplina: Direito de Família
Professora: Esp. Josianne Maria da S. A. Pontes
Aluno(a): Anita Alves de Oliveira
Francisco Reginaldo Moreira Lima
ATIVIDADE EM DUPLA
Maria Berenice Dias (2021, p. 467), dispõe que o casamento, além do ato de celebração,
também consiste na relação jurídica formada pelo matrimônio, que se expressa pela ideia de
comunhão de vidas, que, por sua vez, é o efeito por excelência do casamento. Segundo a
doutrinadora, o casamento deve ser entendido como um negócio jurídico bilateral que não
está afeto à teoria dos atos jurídicos, por ser regido pelo Direito das Famílias.
Paulo Lôbo (2021, p. 76), conceitua o casamento como sendo um ato jurídico negocial, em
que homem e mulher constituem família por livre manifestação de vontade, com o
reconhecimento do Estado.
Ainda que seu conceito e sua natureza jurídica sejam bastante discutidos, não se pode negar
que os indivíduos são livres para constituir casamento, porém, no que toca aos direitos e
deveres, ficam sujeitos aos efeitos jurídicos produzidos pelo vínculo conjugal, que, em sua
grande maioria, não dependem de suas vontades (DIAS, 2021, p. 470).
Segundo o Código Civil (1.687 e 1.688), os nubentes podem optar, por meio do instrumento
do pacto antenupcial, pela incomunicabilidade total de seus bens, de tal forma que o
casamento não repercutirá na esfera patrimonial dos cônjuges, podendo cada um livremente
alienar e gravar de ônus real seus bens (DIAS, 2021, p. 711). Não haverá nenhuma
comunicação entre o acervo patrimonial, nem durante o casamento ou sequer com a sua
dissolução. Este regramento diz respeito ao regime da Separação Consensual de bens.
Conforme visto, a depender do regramento adotado pelo casal, os consortes perdem a
titularidade exclusiva do seu patrimônio, de modo que, com exceção do regime da Separação
Convencional, em todos os demais, o acervo que for adquirido por qualquer dos cônjuges,
durante o matrimônio, não lhes pertencerá com exclusividade, o que se denomina de
“mancomunhão” (DIAS, 2021, p. 468).
04. Cite os deveres recíprocos dos cônjuges à luz do art. 1.566 do CC.
De acordo com o artigo 1.566 do Código Civil, ambos os cônjuges têm o dever de fidelidade
recíproca, vida em comum no domicílio conjugal, mútua assistência, sustento, guarda e
educação dos filhos e respeito e consideração mútuos.
05. Cite e comente os principais aspectos dos Regimes de bens entre os cônjuges.
Os regimes de bens entre os cônjuges são definidos no Código Civil brasileiro, e podem ser:
• Comunhão parcial de bens: é o regime legal, que se aplica aos casamentos celebrados
sem que os noivos tenham feito um pacto antenupcial. Nesse regime, todos os bens
adquiridos durante o casamento são comuns aos cônjuges, com exceção dos bens que cada
um deles possuía antes do casamento, ou que recebeu por herança ou doação.
• Comunhão universal de bens: nesse regime, todos os bens do casal, anteriores e
posteriores ao casamento, são comuns.
• Separação total de bens: nesse regime, cada cônjuge mantém a propriedade exclusiva
de seus bens, e não há comunicação entre eles, nem mesmo em relação aos bens adquiridos
durante o casamento.
• Participação final nos aquestos: nesse regime, os bens adquiridos durante o casamento
são considerados comuns, mas cada cônjuge tem o direito de retirar, ao final do casamento, a
metade do valor que ele investiu nos bens comuns.
O regime de bens escolhido pelos cônjuges no momento do casamento pode ser modificado
posteriormente, por meio de um pacto antenupcial ou de uma escritura pública
06. Como se dá a Dissolução da Sociedade e do Vínculo Conjugal? (vide art. 1.571, CC)
Conforme art. 1571 CC, a Sociedade Conjugal termina:
I - Com a morte de um dos cônjuges
II – Pela nulidade ou anulação do casamento
III – Pela separação Judicial
IV - Pelo Divórcio
Conforme o § 1º do Art. 1.571 CC estabelece que o casamento válido somente pode ser
dissolvido pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.
A presunção a que o texto se refere é a de morte presumida, prevista no artigo 7º do Código
Civil brasileiro. Este artigo estabelece que a ausência prolongada e sem notícias de uma
pessoa por dois anos implica a sua declaração de morte presumida.
Assim, se um dos cônjuges estiver ausente por dois anos ou mais, sem dar notícias, o outro
cônjuge poderá requerer a declaração de morte presumida e, consequentemente, a
dissolução do casamento.
É importante ressaltar que a morte presumida não é o mesmo que a morte real. Se o cônjuge
ausente retornar após a declaração de morte presumida, o casamento poderá ser
restabelecido, desde que não tenha havido novo casamento.
REFERÊNCIAS:
https://direitoreal.com.br/artigos/direito-de-familia-casamento-e-seus-efeitos
https://trilhante.com.br/curso/casamento-e-uniao-estavel-1/aula/efeitos-juridicos-decorrentes-
do-casamento-1
https://www.passeidireto.com/arquivo/34897771/efeitos-juridicos-e-patrimoniais-do-
casamento.