Relátorio 2 - Espelhos e Lentes

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Espelhos e Lentes

Mateus Lima Mendes; Lucas do Nascimento Costa; Diovanne George; Davi Cerqueira de Carvalho
Departamento de Física – Centro de Ciências da Natureza – UFPI
e-mail: [email protected]

1-Resumo.
O experimento teve base no estudo de instrumentos simples de propagação da luz que são as lentes
e os espelhos. Foi estudado como a luz incide e se comporta ante estes instrumentos onde procurou-se
comprovar a teoria pela medida e cálculo do foco “f” de diferentes formas comparando os resultados
tanto dos focos medidos pela distância do objeto e imagem ao espelho e lente respectivamente
tendendo ao infinito (f = 10,25 ± 0,5 cm, f = 10,48 ± 0,5 cm), quanto pela medida gradual da distância
do objeto e distância da imagem ao espelho e lente respectivamente (f = 10,36 ± 0,5 cm, f = 10,41 ±
0,5), bem como, pela medida e cálculo do aumento linear “m” do espelho e lente comparando o
aumento linear calculado pela razão entre a distância do objeto e imagem para espelho e lente
respectivamente (m = 0,71 ± 0,5, m = 1,18 ± 0,5) o aumento linear calculado pela razão entre a altura
do objeto e altura da imagem para espelho e lente respectivamente (m = 0,703 ± 0,05, m = 7,8 ± 0,05),
tendo como objetivo mostrar a veracidade da teoria enquanto ao experimento.
Palavras chaves: Espelho, Lente, Foco, Imagem.

2-Introdução 4 incide sobre o vértice V e se reflete


simetricamente em relação ao eixo ótico.
Em ótica geométrica, os objetos mais A figura 1.2 mostra um esquema dos
simples para se estudar a propagação dos raios principais raios de luz que se refletem em um
de luz são os espelhos. Existem dois tipos de espelho convexo. O raio 1 é o raio paralelo
espelhos: o plano, na qual a superfície refletido que parece vir do foco. O raio 2 é o
espelhada é um plano e não existe aberrações que incide sobre o foco F e se reflete
visuais, e o esférico, onde a superfície paralelamente ao eixo.
espelhada é uma casca esférica. Dentre os
espelhos esféricos ainda há dois tipos: o
espelho côncavo e o espelho convexo. O
espelho côncavo é possui seu lado refletor na
parte interna da casca esférica e o espelho
convexo é aquele que possui o seu lado refletor
na parte externa.
Figura 1.2 Principais raios de luz refletidos num espelho
convexo.

Os raios 3 e 4 possuem respectivamente as


mesmas trajetórias que os raios refletidos num
espelho côncavo.

A equação que rege as relações entre a


Figura 1.1 Principais raios de luz em um espelho côncavo distância objeto p, distância imagem q e o raio
de curvatura C do espelho esférico é a equação
Na figura 1.1 temos um esquema dos espelhos
localizando os raios principais de luz num
espelho côncavo. O raio 1 é o raio paralelo ao
eixo que reflete passando por um ponto F
chamado foco. O raio 2 é o raio que passa pelo (1)
foco F e se reflete paralelamente ao eixo. O
raio 3 passa pelo centro C da curvatura esférica Quando fazemos a distância do objeto p
intercepta a superfície perpendicularmente e se tender ao infinito obtemos a distância focal f
reflete voltando pelo caminho original. O raio que corresponde a:

1
distância focal e o raio de curvatura, medir
a ampliação para determinada combinação
de distâncias objeto-imagem, verificar as
(2) características da formação de imagens com
O aumento lateral de um objeto de altura y espelho côncavo, imagem virtual formada
cuja imagem tem altura y’ se relaciona com a por um espelho convexo, verificar as
distância objeto p e distância imagem da propriedades de lentes, verificar as
seguinte forma: características da formação de imagens com
lente convergente, imagem virtual formada
por uma lente divergente.

(3) 3-Procedimento Experimental

Outro objeto óptico interessando para a Na primeira parte do experimento foi


ótica geométrica são as lentes delgadas. Uma determinada a distância focal do espelho
lente delgada tem duas superfícies refratoras através de uma simples medição onde
com raios de curvatura R1 e R2 e com sinais consideramos que 𝑝 ´ = 𝑑𝑖 com 𝑝 = 𝑑𝑜 ≅
definidos pelas seguintes regras de superfícies ∞. Primeiramente montou-se o espelho e o
refratoras: meio anteparo sobre o trilho, em seguida
1. Luz incidente da esquerda para a
foi usado o lado côncavo do espelho para
direita.
2. Distâncias objeto positivas à esquerda
focalizar a imagem de um objeto brilhante
do vértice V; distâncias imagem distante, (tal como uma janela ou uma
positivas à direita de V; valores lâmpada) através do meio-anteparo.
negativos correspondem a imagem e Ajustou-se a posição do espelho de modo a
objeto virtuais. obter a projeção de uma imagem nítida no
3. Raio de curvatura positivo para meio anteparo, depois todos os integrantes
superfície convexa, negativo para realizaram uma medida da distância 𝑑𝑖
superfície côncava. (distância entre o espelho e a pantalha) e
4. Distâncias verticais positivas acima do para finalizar a primeira parte foram
eixo. organizados os valores de di numa tabela e
No relatório foi adotado R=f(foco), p=d 0,
foi calculado o valor médio, encerrando
q=di y’=i, y=o.
As equações que regem as lentes delgadas
assim a primeira parte. Na segunda parte
são as mesmas que regem a equação dos do experimento foram montados o espelho,
espelhos que são dadas por (1), (2) e (3). o meio anteparo e a fonte de luz sobre o
A figura 1.3 mostra os vários tipos de lente trilho, após isso foi usado o lado côncavo
delgada. (a) é a lente biconvexa, (b) é a plano- do espelho para focalizar a imagem de um
convexa e (c) é menisco positivo, (d) é a lente objeto brilhante distante, (tal como uma
bicôncava, (e) é a lente plano-côncava e (f) é a janela ou uma lâmpada) através do meio-
menisco-negativo. As lentes (a), (b), (c) são anteparo, depois deslizou-se a metade da
lentes convergentes e as lentes (d), (e), (f) são tela para uma posição onde uma imagem
divergentes. clara do objeto seta cruzada é formada. Foi
ajustada a posição do espelho de modo a
obter a projeção de uma imagem nítida no
meio-anteparo. Foi dada uma atenção na
revisão dos cálculos para ver aonde iria se
formar a imagem. Foi medido o tamanho
do objeto (o); a distância da imagem (𝑑𝑖 )
e a distância do objeto (𝑑𝑜 ). Foram
Figura 1.3 Os vários tipos de lente e suas geometrias. anotadas as medidas na tabela. Todos os
integrantes realizaram uma medida de cada
Os objetivos desta prática consistem em uma das grandezas. Com o espelho a 25
medir a distância focal de um espelho e de cm da fonte de luz e uma imagem clara
uma lente, verificar a relação entre
formada no meio-anteparo, mediu-se o
2
tamanho do objeto e da imagem. Para quando o valor de d0(distância do objeto em
medir o tamanho da imagem, foi mantido relação à lente) tende ao infinito o valor do
um pequeno pedaço de papel contra a foco(f) tende a ser o valor de di(distância entre
metade da tela e marcou-se dois pontos o espelho e a pantalha), logo é possível
assumir que o valor de diM=f1=10,25cm.
opostos sobre o papel seguindo o padrão da
Tabela 4.1.1 mostra valores de di coletado
seta cruzada. Pelo menos metade do padrão experimentalmente.
não foi visível na tela, foi então pedido aos
colegas que girassem um pouco o espelho
para trazer mais a imagem em exibição.
Retirou-se o papel e foi medida a distância
entre os pontos. Mediu-se também o
tamanho do objeto entre os pontos
correspondentes diretamente na fonte de
luz, finalizando assim a segunda parte. Na Tabela 4.1.1: valore coletados da parte 1 em
centímetros, onde diM é a média dos valores de di
terceira parte do experimento foi 4.2 Distância focal em um espelho
determinada a distância focal de uma lente Após a montagem do espelho concavo,
considerando que de 𝑝 = 𝑑𝑖 com 𝑝 ´ = 𝑑𝑜 anteparo e da fonte sobre o trilho é coletado os
≅ ∞. Montou-se a lente e o meio anteparo dados para a construção da Tabela4.2.1
sobre o trilho como mostra a Figura 3-1.
Ajuste a posição da lente para focalizar a
imagem de um objeto brilhante distante,
(tal como uma janela ou uma lâmpada)
através do meio-anteparo. Ajustou-se a
posição da lente de modo a obter a
projeção de uma imagem nítida no
anteparo e para finalizar a prática, todos os
integrantes realizaram uma medida da
distância 𝑑𝑖 (distância entre a lente e a
pantalha). Organizaram os valores numa
tabela e calcularam o valor médio.
Arranjo Experimental da parte 3

Tabela 4.2.1:Dados, em centímetros, referente à parte 2

Ao analisar a tabela 4.2.1 e fazendo a média


dos focos (F) é obtido um valor de f2=10,36cm
que por sua vez ao ser comparado com o foco
da parte 1 (10,25) é obtido um erro percentual
de 1%. Calculando, usando valores
correspondentes a d0=25,0, o aumento
linear(m) da imagem, é obtido pela equação (3)
m1=0,71, e pela equação (3) tem-se m2=-
(Figura 3-1) 0,703. m1 e m2 se aproximam em uma
igualdade quando comparados em modulo e
4-Resultados e Discussão que por sua vez o sinal negativo de m2 está
Após realizar os procedimentos experimentais relacionado, por convenção, que a imagem é
devidos foram coletados os dados da prática. invertida. Além de ser invertida a imagem
4.1 Distância focal em um espelho também é real pois é formada pelo cruzamento
Para essa parte, utilizando o lado concavo do de raios refletido.
espelho e adotando uma distância muito grande Para via de análise e discussão é montado um
de d0(3.2m), uma vez que pela equação (1) gráfico de 1/d0 versus 1/d1
3
4.4 Formação de imagens com lente
Após a montagem da lente convergente,
anteparo e da fonte sobre o trilho é coletado os
dados para a construção da Tabela4.4.1

Figura 4.2.1:grafico1 de 1/d0 por 1/di com linear fit em


vermelho tocando o eixo x e y

Com o ajuste linear feito no gráfico 1 é


coletado as interseções em cada eixo e
montado a tabela 4.2.2 Tabela 4.4.1:Dados, em centímetros, referente à parte 4

Analisando a Tabela 4.4.1 e fazendo a


medias dos focos(f) é obtido um valor de
f5=10,41cm que quando comparado com os
valores dos focos da parte 1 e 3 é obtido erros
de 1,56% e 0,66% respectivamente.
Usando os valores correspondente à 100 cm
na tabela, é calculado a ampliação(m), pela
equação (3) tem-se m1=1,18 e pela equação (3)
Tabela 4.2.2: dados do foco calculados a partir das é obtido m2=-7,8. Por convenção a imagem é
interseções dos eixos real a ponto que m2<0
Para via de análise e discussão é montado
Com o valor do foco médio das interseções
um gráfico de 1/d0 versus 1/d1
f3=10,15cm é concluído três valores do foco
que por sua vez estão com valores bem
próximos, o que confirma a veracidade do
experimento.

4.3 Distância focal em um lente


Utilizando uma lente e adotando uma
distância muito grande de d0, é coletado os
valores de di, que representa o valor do foco(F)
quando d0 tende ao infinito (equação), logo é
assumido diM=f4=10,48. A Tabela 4.3.1
mostra esses valores coletado e a média deles.

Figura 4.41:grafico21 de 1/d0 por 1/di com linear fit em


vermelho tocando o eixo x e y
Com o ajuste linear feito no gráfico 1 é
coletado as interseções em cada eixo e
Tabela 4.3.1: valore coletados da parte 3 em
centímetros, onde diM é a média dos valores de di montado a tabela 4.4.2

4
consistência aceitável proveniente de erros por
parte dos operadores.
6-Referencias
[1] Apostila de Física experimental I- elaborada
pela Profa. Maria Leticia Vega – 2015
[2] NUSSENZVEIG, H.M; Curso de Física Básica
vol4, Ótica, Relatividade, Física Quântica; 5ª ed,
Edgard Blucher, São Paulo, 2013.
[3] FREEDMAN, R. A. Fisica.12. Ed.
Tabela 4.4.2: dados do foco calculados a partir das
interseções dos eixos Pearson,2003 V4

Com o valor médio do foco f6=9,66cm é


obtido um erro de 5,75% quando comparado
com o valor da primeira parte, um erro
considerado de valor alto que por sua vez pode
ser explicado por erros dos observadores e
erros de cálculos

5-Conclusão
Conclui-se que o experimento mostrou-se
compatível com a teoria onde ao comparar o
foco medido na primeira parte do experimento
com a distância do objeto “do” ao espelho
tendendo ao infinito e o foco medido na
segunda parte do experimento, obteve-se um
erro porcentual de 1% sendo bem próximo do
aceitável e ao comparar o valor do foco
medido na terceira parte com a distância do
objeto à lente “do” tendendo ao infinito e a
medida do foco da quarta parte, obteve-se um
erro porcentual de 0,7% o que mostra uma
maior veracidade na medida. Calculou-se
também o aumento linear pela equação (3)
tanto pela razão da distância p (objeto/espelho)
e q (imagem/espelho), quanto pela razão entre
a altura do objeto y e altura da imagem y’ onde
m1 = (0,71 ± 0,5) e m2 = (0,703±0,05) tendo
proximidade considerável e esperada pela
teoria. Realizou-se o mesmo para a lente onde
o aumento linear pela equação (3) tanto pela
razão da distância p (objeto/lente) e q
(imagem/lente), quanto pela razão entre a
altura do objeto y e altura da imagem y’ onde
m1 = (1,18±0,5) e m2 = (7,8±0,05), neste caso
não obteve-se muita proximidade entre os
valores fruto de erros na medida pelos
operadores. Finalmente, quanto a veracidade
das medidas do foco do espelho e o foco da
primeira parte obteve-se 0,98% de erro
porcentual mostrando consistência nas medidas
enquanto o foco médio da lente e o foco da
primeira parte obteve-se um erro porcentual de
5,75% mostrando que a medida não teve uma
5

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