Eletrica Industrial Inversor e Soft Start

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Inversor de Frequência e Soft Starter

INVERSOR DE FREQUÊNCIA
• O avanço da Eletrônica de Potência permitiu o
desenvolvimento de conversores de frequência com
dispositivos de estado sólido.

• Inicialmente com tiristores e


atualmente estamos na
fase dos transistores, mais
especificamente IGBT, onde
sua denominação é transistor
bipolar de porta isolada.
• Presente em quase todos os tipos de máquinas que
demandam controle de velocidade dos motores.
FINALIDADE DO INVERSOR DE
FREQUÊNCIA

• Controlar velocidade de motores trifásicos de rotor


gaiola.

• Proteção do motor e da instalação elétrica, impedindo


que circulem correntes acima dos limites estabelecidos.

• Permite o controle de velocidade e torque do motor.


PRINCÍPIO GERAIS DO INVERSOR DE
FREQUÊNCIA

• Dado á equação observa-se que variando á frequência


eu tenho uma variação do campo girante,
consequentemente do rotor também.
• São várias as alternativas de partida de um motor de
indução, a partir da rede de alimentação:

→ Partida direta;

→ Partida estrela-triângulo;

→ Partida eletrônica (Soft-starter);

→ Frenagem por injeção de corrente CC.

• Em todos esses casos a frequência de alimentação foi a


da rede, isto é, 60 Hz.
• Se considerarmos como exemplo um motor de 4 pólos,
com escorregamento nominal (s = 0,0278) teremos:

• Se pudéssemos dispor de um dispositivo que permita


variar a frequência da tensão de alimentação poderíamos
variar diretamente no motor a sua velocidade de rotação.
• Estrutura básica de um inversor divida em blocos:
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO
INVERSOR DE FREQUÊNCIA

• O controle da tensão e da frequência de saída permite o


controle da velocidade e do torque do motor.

• Possui uma IHM para que possamos fazer a


programação dos parâmetros de funcionamento.

• Recebe da rede alimentação trifásica, em alguns casos


bifásica.

• O princípio de funcionamento do inversor se baseia em


três etapas.
1° ETAPA

• Transforma a tensão alternada em tensão contínua, por


meio dos retificadores.
• Consiste em uma ponte retificadora trifásica onde, seis
diodos retificam a tensão trifásica da rede R, S e T,
proporcionando uma saída contínua, porém com uma
certa ondulação de ripple.
2° ETAPA

• Capacitores filtram a tensão contínua, tornando-a


praticamente invariável (pura).
• Pós retificado a tensão DC resultante é filtrada, a fim de
ser finalmente utilizada pela seção inversora.

• O conjunto de filtros no barramento DC tem o objetivo


de suavizar as ondulações geradas pelo circuito
retificador. Os capacitores minimizam as ondulações da
tensão, enquanto que indutores minimizam as ondulações
da corrente.
3° ETAPA

• É feita a inversão da tensão, de contínua para alternada,


por meio do chaveamento (liga e desliga de transistor
IGBT).
• Uma vez retificado e filtrado o sinal deverá ser
novamente convertido em alternado, esta função é
atribuída a um conjunto de IGBT’s (transistor bipolar de
porta isolada).

• Os IGBT’s devem ser protegidos por


tensão inversa, essa proteção é feita
com diodos ligado em paralelo.
• Para que a saída seja o mais próximo possível de um
sinal senoidal, a lógica de controle precisa distribuir os
pulsos de disparos pelos 6 IGBT’s, de forma que cada
transistor conduza por 120°.
→ Modulando a Frequência:

• A velocidade de chaveamento dos transistores permite


modular a frequência.

• Se o chaveamento for rápido, o tempo para completar o


ciclo será menor, o que aumenta a frequência.

• Se o
chaveamento for
mais lento, o
tempo para o
ciclo será maior,
o que reduz a
frequência.
→ Controle de Torque

• Uma das maneiras de manter o torque nominal do


motor é mantendo a proporção tensão-frequência para
altas e baixas velocidades.
• Se um motor é projetado para operar em 240V 60Hz, a
tensão aplicada deve ser reduzida para 120V quando a
frequência é reduzida para 30Hz, mantendo essa razão
constante o torque se manterá constante.

• Se desejarmos um alto torque, em baixa velocidade, a


razão V/F deverá ser maior que o equipamento fornecer.

• Se a necessidade for alta velocidade com pouco torque


a razão V/F deverá ser menor.
→ PWM - Modulação por Largura de Pulso

• O PWM consiste na comparação de dois sinais de


tensão, um de baixa frequência (referência), e outro de
alta frequência (portadora), resultando em um sinal de
saída alternado com frequência e largura de pulso
variável.

• Referência: Imagem da tensão de saída desejada.

• Portadora: Normalmente triangular com frequência


superior á frequência da referência.

• Comparador: Compara o sinal de referência com o sinal


da portadora.
• A largura do pulso na saída do modulador varia de
acordo com a amplitude do sinal de referência.

• Quanto mais a referência se aproxima do pico, mais


largo fica o pulso.
• Se alternarmos a frequência da referência, alteramos a
frequência da saída modulada.
• Quanto mais senoidal for a corrente de saída do PWM,
maior será a redução de pulsações de torque e perdas.
TIPOS DE INVERSORES

• Existem no mercado dois tipos de inversores de


frequência o escalar e o vetorial, a estrutura física é
basicamente igual, a diferença está na maneira em que o
torque é controlado.

→ Inversor Escalar: A base de controle do torque é a


relação tensão frequência V/F.

• São empregados em tarefas simples, como controle da


partida e da parada e a manutenção da velocidade em um
valor constante.
• Não dispõe de nenhum sensor instalado no eixo do
motor para verificar se está girando e qual sua
velocidade.

• Sistema malha aberta.

• Podemos deduzir assim que o controle escalar em


inversores de frequência é utilizado em aplicações que
não requerem elevada dinâmica (grandes acelerações e
frenagens), nem elevada precisão e nem controle de
torque.
→ Inversor Vetorial: Não obedece a relação tensão
corrente fixada pelo operador. Um controle é realizado
para alterar automaticamente a razão V/F, afim de
compensar necessidades de torque que fatalmente
ocorrerão em rotações baixas ou elevadas.

• São fixados no eixo do motor sensores (encoder), que


fará a leitura da velocidade e enviará ao inversor que
comparará com um parâmetro, fazendo o mesmo
interferir ou não na relação V/F.
• Vantagens:

- Elevada precisão de regulação de velocidade;

- Alta performance dinâmica;

- Controle de torque linear para aplicações de posição ou


de tração;

- Operação suave em baixa velocidade e sem oscilações


de torque, mesmo com variação de carga.
• A corrente que circula no bobinado estatórico de um
motor de indução pode ser separada em duas
componentes:

- Id, ou corrente de magnetização (produtora de FLUXO)

- Iq ou o corrente produtora de TORQUE

• O torque produzido no motor é o produto entre essas


duas variáveis.

• A qualidade com a qual estas componentes são


identificadas e controladas define o nível de desempenho
do inversor.
• Este tipo de controle requer microprocessadores muito
potentes que realizam milhares de operações
matemáticas por segundo.

• Para resolver esta equação é necessário conhecer ou


calcular os seguinte parâmetros do motor:

- Resistência do estator
- Resistência do rotor
- Indutância do estator
- Indutância do rotor
- Indutância de magnetização
• O controle vetorial representa, sem dúvida, um avanço
tecnológico significativo, aliando as performances
dinâmicas de um acionamento CC e as vantagens de um
motor CA.
INVERSOR DE FREQUÊNCIA CFW-10
• Bloco Diagrama do Inversor de Frequência CFW-10
• Conexões do Sinal de Controle
PARAMETRIZAÇÃO DE INVERSORES DE
FREQUÊNCIA

• A parametrização é de grande importância para um bom


funcionamento do equipamento.

• Antes de parametrizar um inversor de frequência, é


necessário conhecer os parâmetros disponíveis e quais
deles serão utilizados para sua aplicação.

• A disposição desses parâmetros varia de fabricantes


para fabricante.
TIPOS DE PARÂMETROS

• Parâmetro de acesso.

• Parâmetros de visualização ou leitura.

• Parâmetros de regulação.

• Parâmetros de configuração.

• Parâmetros do motor.
PARÂMETROS DE ACESSO

• Impedem a alteração dos demais parâmetros, isso é


feito para evitar que pessoas não autorizadas efetuem
mudança na programação.
PARÂMETROS DE LEITURA

• O usuário consegue ler os valores de diversas


grandezas físicas relacionadas ao motor e ao inversor.

• Não requer a liberação da senha, não interferem no


funcionamento.
PARÂMETROS DE REGULAÇÃO

• Permite ajuste dos seguintes recursos.

→ tempo de aceleração e desaceleração

→ frequência de JOG

→ referência multivelocidade

→ frequência mínima e máxima

→ tensão máxima de saída

→ Corrente de sobrecarga e máxima de saída


PARÂMETROS DO MOTOR

• São inseridos no inversor de modo que ele opere dentro


de suas especificações.

• Os dados mais comuns são:

→ Tensão

→ Corrente

→ Velocidade

→ Frequência e Potência
PARÂMETROS DE CONFIGURAÇÃO

• Permite ajuste dos seguintes recursos.

→ tipo de controle

→ ajuste de fábrica

→ tipo de acionamento

→ função das entradas

→ função das saídas

→ frenagem
• Mensagens no Display
EXERCÍCIOS:

1) Qual finalidade do inversor de frequência.

2) Comente as partes básicas que compõe a estrutura básica de


um inversor de frequência.

3) Sobre as etapas de funcionamento de um inversor de


frequência comente sobre:

a) Primeira etapa
b) Segunda etapa
c) Terceira etapa
d) Modulando a frequência
e) Controle de torque
f) Como se da a modulação por largura de pulso e o controle
de tensão e frequência.
4) Em relação aos tipos de inversores comente sobre
(funcionamento, características, aplicação):

a) Controle Escalar
b) Controle Vetorial

5) Dado a figura abaixo, determine a função dos terminais:

6) Quais são os tipos de parâmetros encontrados no inversor de


frequência?

7) Comente sobre o acionamento 02 da página 36 do manual


CFW-10, obs. detalhe o funcionamento.
7) Explique de forma detalhada sobre os parâmetros abaixo:

a) P00
b) P05
c) P100
d) P101
e) P124
d) P133
e) P156
f) P202
g) P221
h) P230
i) P235
j) P263
k) P277

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