Competencias Modulo 1 Nivel3

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Nível 3 - Intervenção

Autores: Vagna Lima1


Marcigleide Soares2
Jacqueline Moraes3
Karine Pinheiro de Souza4
Coordenadoria Estadual de Formação Docente e Educação à
Distância - CODED/CED

A escola é um espaço de convivência e sociabilidade, por isso a


estratégia deste nível é mobilizar competências digitais por meio de
experiências, projetos e intervenções pedagógicas mediadas pelas TICs. Neste
nível, desejamos que as/os professoras/es possam refletir sobre suas práticas
pedagógicas em quatro (4) módulos.
No módulo 1, a/o professora/or irá conhecer sobre a Educação Aberta,
a qual pressupõe o compartilhamento de informações utilizando materiais
criados por estudantes e/ou professoras/es a partir do uso de softwares de
código aberto para fins educacionais, assim, presume-se uma cultura de
colaboração muito marcada por estudos desenvolvidos pelo grupo da Open
University que, atualmente, desenvolve estudos com Pesquisas e Inovações
Responsáveis - RRI (OKADA, 2016).

1
Doutora em Educação (2017) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), realizou Estágio
Científico Avançado de Doutoramento pelo Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior
(PDSE-CAPES) ( UMINHO/PT). Professora da educação básica na rede pública estadual do
Ceará com experiência no ensino superior. Coordenadora CODED/CED.
2
Pós-graduada em Controladoria e Auditoria Contábil pelo Instituto de Apoio a
Desenvolvimento da Universidade Estadual Vale do Acaraú (IADE). Orientadora da Célula de
Produção de Material Didático e Soluções Tecnológicas para Educação a Distância (CEPED)
da CODED/CED.
3
Professora da Rede Estadual de Ensino do Ceará. Assessora técnico-pedagógica
(CODED/CED). Doutora em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP). Link
lattes:http://lattes.cnpq.br/7786087686410028.
4
Professora da Rede Estadual de Ensino do Ceará. Assistente técnico-pedagógica
(CODED/CED). Pós-doutora (UAVEIRO/PT). Doutora em Ciências da Educação e especialista
em Tecnologia Educativa ( UMINHO/PT). Link lattes:http://lattes.cnpq.br/8284202817095095.
“O RRI é designado como uma nova
estratégia didática para desenvolvimento do
pensamento crítico com a aplicação das
tecnologias digitais”.

Nesse processo, buscamos a Base do RRI - o qual se refere ao


envolvimento de todas/os as/os agentes nas decisões, desde a sociedade civil,
as comunidades de educação e pesquisa, as empresas e indústrias, aos
decisores políticos. Isto é, RRI:

[...] se refere ao processo transparente e interativo


pelo qual os cidadãos e os inovadores ajudam uns aos
outros, compartilhando seus conteúdos e suas opiniões
éticas sobre produtos inovadores ou métodos de
inovação, particularmente sobre seus riscos potenciais e
seus benefícios” (OKADA, 2016, p. 9).

No módulo 2, os estudos continuam sobre a aprendizagem como um


ato social, conhecimento de algumas estratégias didáticas que pressupõem o
desenvolvimento de projetos interventivos. No referido módulo, apresentamos
algumas referências sobre a aprendizagem como ato social (MORAES e
SOUZA, 2021), como também o desenvolvimento de competências pode ser
relacionado ao compartilhamento e comunicação, ao planejamento do trabalho
em grupo, à aprendizagem cooperativa, dentre outras estratégias didáticas que
mobilizem as práticas sociais com as TICs, o “coempreender” (SOUZA, 2014),
com o princípio de nortear projetos que envolvam a participação democrática,
mobilizando professoras/es e alunas/os na resolução de problemas com o uso
das tecnologias digitais.
No módulo 3, apresentamos o conceito de cidadania, ética na internet
e tempos de fake news. Neste módulo, são expostos alguns materiais para
auxiliar na discussão sobre a cidadania, além de debates sociais sobre a ética
e o fenômeno das fake news, com dicas para identificar e denunciar as notícias
falsas, exercendo nosso papel como formadoras/es de cidadãs/cidadãos
críticas/os.
Abordamos o conceito de
cidadania como “princípios gerais
e abstratos que se impõem como
um corpo de direitos concretos
individualizados” (SANTOS, 2007,
p.19).

Assim, buscamos a reflexão sobre a mesma, no sentido de


corresponsabilização, levando em consideração a liberdade e a igualdade, bem
como, os direitos e deveres dos indivíduos na sociedade como um todo,
inclusive no contexto virtual.

Dessa forma, entendemos que é papel da


educação promover o pleno desenvolvimento da/o
educanda/o e o exercício da cidadania, sendo assim,
compete à escola proporcionar espaços e momentos
de reflexão sobre as formas de uso dessas TICs e seus
impactos na vida da/o estudante como partícipe da
dinâmica do tecido social.

Portanto, discutimos o colocar-se no lugar do outro como valor de


justiça, pois essa ação/reflexão é um princípio ético de convivência, mas, para
que isso ocorra, é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que
conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido,
virtude e vício. (CHAUÍ, 2002).
No módulo 4, fechamos com o desafio da escrita de um memorial da
trajetória formativa para mobilizar a meta reflexão da sua formação. As/Os
professoras/es são convidadas/os a reconstruir suas estratégias pedagógicas,
suas experimentações emergentes, seus projetos de intervenção.
Devem, portanto, comentar a aquisição de
competências que desenvolveram e, também, os desafios que
tiveram durante o período formativo de construção do seu
portfólio, abordando as estratégias didáticas que
implementaram ou pretendem implementar, além de
contextualizar as suas ações de acordo com as leituras feitas.

Com esse exercício, esperamos que as/os cursistas tornem-se cada


vez mais conscientes de suas ações; tenham uma aproximação analítica das
suas práticas profissionais; aprofundem-se na compreensão do significado das
ações e possibilitem-se decisões e iniciativas de melhoria para, com isso,
iniciar um novo ciclo de atuação profissional (ZABALZA, 2005).
as situações por nós vividas constituem-se normalmente como pontos
de partida para a reflexão (...) as narrativas serão tanto mais ricas
quanto mais elementos significativos se registrarem (...) por isso, o
desenvolvimento do espírito crítico faz-se no diálogo, no confronto de
idéias e de práticas, na capacidade de se ouvir a si próprio [e o outro]
e de se autocriticar (ALARCÃO, 2004, p.32).

REFERÊNCIAS
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 3ª
edição. São Paulo: Cortez, 2004.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2002.

MORAES; SOUZA. Aprendizagem é um Ato Social. In: Itinerários


Competências Digitais para Docência. SEDUC, 2021.

OKADA, Alexandra. Responsible research and innovation in science


education report. Milton Keynes: The Open University – UK, 2016.

SANTOS, M. O espaço do cidadão. 7ª ed. São Paulo: Editora da Universidade


de São Paulo, 2007, p. 169.

SOUZA, Karine Pinheiro de. Tecnologias da Informação e Comunicação e


Empreendedorismo: os novos paradigmas e aprendizagens de jovens
empreendedores e as suas inovações tecnológicas. 2014. 659f. Tese
(Doutorado em Ciências da Educação) - Universidade do Minho, Braga,
Portugal, 2014.
GLOSSÁRIO

EDUCAÇÃO ABERTA
Open education
• Popularizou-se a partir da década de 1970.
Uso variado. Normalmente, refere-se a um conjunto de práticas educativas. É
utilizado na educação infantil e de adultos; formal e informal; presencial ou a
distância. Termo contemporaneamente utilizado pelo movimento de recursos
educacionais abertos, mas não exclusivo ao mesmo.

APRENDIZAGEM ABERTA
Open learning
• Popularizou-se a partir da década de 1970, principalmente com o advento da
Open University do Reino Unido (OU UK)
A aprendizagem aberta é caracterizada pelo amplo acesso do estudante a
materiais e tecnologias; opções de escolha em relação aos conteúdos e
metodologias; e grande abertura a diversos públicos em diferentes locais,
culturas e contextos (Okada, 2008; Willinsky, 2006).

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