RC Filo
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relativos?
De forma a conseguirmos responder a este problema devemos estar cientes
do que são os juízos de valor morais. Estes são juízos normativos que dizem
respeito à diferença entre o certo e o errado e o que devemos ou não fazer.
Discutir este problema é de grande relevância, uma vez que a forma como
iremos responder ao mesmo irá influenciar o modo como encaramos as respostas
a perguntas éticas tais como, por exemplo, “o aborto é moralmente correto?”;
“será a pena de morte moralmente incorreta?”. Para alem disso, a discussão do
problema leva-nos a enfrentar um fenómeno atual incontornável, as sociedades
multiculturais. Fazendo com que nos questionemos em relação à melhor forma de
lidar com uma sociedade cheia de diferenças culturais, religiosas e com valores
distintos.
O objetivismo é uma das respostas ao problema e a sua tese defende que
alguns juízos de valor morais são objetivos, ou seja, a sua verdade ou falsidade é
independente dos sentimentos da pessoa e da sua cultura. um objetivista pode
admitir alguns juízos como relativos ou subjetivos, uma vez que a tese não se
trata de defender que todos os juízos são objetivos, apenas alguns.
Um juízo moral é objetivamente verdadeiro se puder ser justificado com
boas razões, ou seja, razões informadas(baseadas em factos e conhecimentos) e
imparciais (sem terem em conta as pessoas envolvidas).Para os objetivistas, há
algumas verdades morais universais, por exemplo: ser racista e escravizar é
errado.
Os objetivistas salientam que defender a objetividade de alguns juízos
éticos consiste em defender que alguém pode estar objetivamente certo ou errado,
O que não implica que todas as pessoas concordem. Quem discorda de um juízo
moral verdadeiro está então objetivamente enganado. Por exemplo, há pessoas
que defendem a escravatura, segundo esta teoria, essas pessoas estão
objetivamente enganadas tal como alguém que dissesse que 2+1=5 também o
estaria.
Contudo, certos assuntos mais complexos têm controvérsias, mesmo entre
os especialistas, e não podendo garantir qual dos juízos em questão é verdadeiro.
Ainda assim um deles é verdadeiro e o outro falso, fazendo com que este seja
extremamente debatido, de forma a tentar descobrir a verdade objetiva acerca
desse assunto. Por exemplo, entre “o aborto é sempre errado” e “o aborto é
correto em certas circunstâncias” não podemos garantir qual dos juízos é
verdadeiro, porém podemos afirmar que um é objetivamente verdadeiro e o outro
objetivamente falso.
Ao contrario do subjetivismo e do relativismo, esta teoria favorece
realmente a tolerância entre pessoas de sociedades diferentes, uma vez que
permite a identificação crítica mas respeitosa de práticas inaceitáveis. O que
promove o dialogo e o debate intercultural. Sendo então uma resposta adequada
aos desafios do multiculturalismo e aos problemas que este pode trazer.
Tal como todas as teorias o objetivismo também tem críticas, sendo uma
delas a existência de enormes divergências éticas, que consiste no facto de que se
alguns juízos morais fossem objetivos seria de esperar que houvesse menos
divergências éticas do que o que realmente há. Logo nenhum juízo moral é
objetivo.
Opositores ao objetivismo criticam ainda a falta de métodos de prova. Ou
seja, ao contrário das ciências, onde as divergências tendem a ser ultrapassadas
devido a métodos científicos de prova, não existem esses métodos na ética e por
isso os desacordos éticos são intermináveis, mostrando que não há verdades
éticas objetivas e consequentemente o objetivismo não é uma boa teoria.
Concluindo, eu considero me objetivista uma vez que considero certos
valores morais universais e independentes dos sentimentos ou cultura do sujeito
(tais como: matar, torturar, escravizar, etc.). para alem disso, sinto que o
objetivismo é a teoria que melhor responde a uma sociedade atual, ou seja, a
uma sociedade multicultural, uma vez que este irá aplicar alguns juízos
normativos à sociedade, pondo todos os pertencentes desta em pé de igualdade.
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