049 História Da África Povos Africanos

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EEMTI ROMEU DE CASTRO MENEZES

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS – HISTÓRIA


PROF.: RAFAEL BRUNO ALBUQUERQUE

HISTÓRIA DA ÁFRICA
POVOS AFRICANOS
A integração entre o Brasil e o continente
africano representa uma das mais extraordinárias
etapas de formação da nossa nação. O
deslocamento de aproximadamente 4 milhões de
africanos para o exercício do trabalho escravo nas
mais variadas atividades econômicas do Brasil
assegurou a profunda integração entre os dois lados
do Atlântico. Cabe destacar que esse singular contato
foi impactante na configuração do povo brasileiro, visto
que, além do exercício da mão de obra, os africanos
introduziram elementos culturais, sociais e
religiosos que permanecem ativos em nossa nação.
POVOS AFRICANOS
Mesmo com todos esses laços, é surpreendente
notar o profundo desconhecimento de
parcelas da sociedade brasileira acerca da
história africana e a relativa indiferença quanto aos
elementos históricos e contemporâneos daquela
importante parcela do globo. A reprodução
dos preconceitos que transformaram milhões
em cativos se reafirma na indisposição de
melhor compreender os traços culturais e
históricos da sociedade africana.
DIVERSIDADE

A África não pode ser compreendida como una, afinal,


há grandes variações de língua e de religião, bem
como diversidade de povos e de espaços
geográficos. As próprias transformações sofridas
pelos povos africanos, quando do contato com
outras regiões do planeta, geraram uma
reconfiguração das estruturas internas desse continente.
Os complexos elementos que formam essa
sociedade são, na contemporaneidade, objetos de
estudo de amplas pesquisas, nos mais variados setores.
DIVERSIDADE

As diferenças entre as diversas regiões africanas


também podem ser percebidas através da
geografi a do continente, que permite delimitar
duas regiões profundamente distintas: a África
Setentrional e a Subsaariana. Entre esses espaços,
forma-se uma faixa limítrofe conhecida pelo nome
de Sahel, ou borda do deserto, que cruza a África da
costa do Atlântico até o Mar Vermelho.
DIVERSIDADE

A África Setentrional abriga sete países que


apresentam traços semelhantes aos dos povos do
Oriente Médio, devido à ocupação árabe na região, a
partir do século
VII. Com o clima desértico e a predominância da
religião islâmica, esse território se mostra isolado do
centro-sul da África pelo gigantesco Deserto do Saara,
que ocupa um terço do território continental.
DIVERSIDADE

Já a África Subsaariana, parte mais extensa


do continente, concentra a maior parte da
população negra daquela região. Está presente
nesse território grande parte dos problemas sociais
da África, oriundos da instabilidade política, da
precariedade econômica, dos baixos investimentos
tecnológicos para a superação das barreiras
impostas pela geografia inóspita de algumas
áreas e do histórico de exploração do
continente a partir do período moderno.
DIVERSIDADE

Atualmente, apesar de disputas políticas e


militares, pode-se afirmar que a África é
composta de 53 países, distribuídos em uma área
de 30,2 milhões de quilômetros quadrados de
extensão que comporta 986,6 milhões de
habitantes, com uma taxa de crescimento
demográfico de 2,3% ao ano, conforme o Fundo de
População das Nações Unidas.
DIVERSIDADE

Sua economia se distancia dos padrões existentes


em o u t r o s c o n t i n e n t e s , r e s p o n d e n
d o p o r , aproximadamente, apenas 2,3% do
PIB mundial. A ênfase econômica nos setores
primários, como a extração do petróleo e a
agricultura
não c o n fi de
g u rexportação,
am de
p o s s i b i l i d a d e s investimentos g ran de s dos
na
empreendidos região,
por apesar
nações como França,
Inglaterra, EUA e China. esforços
DIVERSIDADE

Apesar da redução dos conflitos, quando comparada


às últimas décadas do século passado, a região ainda
registra diversos problemas políticos atrelados
às rivalidades tribais, além de conflitos de
fronteiras e guerras movidas por temáticas
religiosas. Essa lamentável situação leva
mais da metade da população da África
Subsaariana a viver abaixo da linha de pobreza,
com rendimentos inferiores a 1 dólar por dia. A
disseminação de doenças mundialmente conhecidas,
é responsável pela morte de milhares de pessoas
todos os dias na região.
FORMAÇÃO
DO POVO
AFRICANO
FORMAÇÃO

A diversidade étnica da África é um dos


aspectos mais extraordinários do continente. O
reflexo desse cenário é uma riqueza cultural que
se reafirma e se integra de maneira intensa,
apesar do lado perverso dos conflitos diretamente
conectados a essa profunda variação
populacional. Entre os vários povos africanos,
destacam-se:
FORMAÇÃO
Bantos: Predominantes na região sul da
África, representam o grupo mais numeroso do
continente, apesar de ser possível dividi-los em
centenas de subgrupos. Possuem a mesma
estrutura linguística e ocupam, nos dias de hoje,
dezenas de países da África.
Pigmeus: Caracterizados por apresentarem pele
negra e pequena estatura, os pigmeus se concentram
na região da África Equatorial. Dedicam-se às
atividades de coleta e de caça, apresentando
uma estrutura socioeconômica primitiva.
FORMAÇÃO
Sudaneses: Dedicados à agricultura, os
sudaneses habitam as savanas localizadas entre
a região do Atlântico até o vale do Rio Nilo.
Chegaram a apresentar um elevado estágio de
civilização no contexto das Grandes Navegações.
Como os bantos, os sudaneses contribuíram para a
dinâmica econômica da América Portuguesa e do
Brasil Império na condição de mão de obra forçada.
Nilotas: Habitam a região sul do Rio Nilo e
são caracterizados por apresentarem pele negra e
elevada estatura.
FORMAÇÃO

Berberes: Conjunto de povos que vivem no Norte


da África e que falam as línguas berberes.
Convertidos ao islamismo a partir do século VIII,
essa população se insere nas mais variadas
etnias que caracterizam o norte do continente.
FORMAÇÃO
O contato desses povos com os europeus
ocorreu desde a Antiguidade, principalmente no
norte da África. Porém, foi somente a partir
das Grandes Navegações do século XV, período
marcado pelo esforço luso de empreender o périplo
africano, que as duas civilizações se integraram de
modo intenso. O advento das práticas mercantis
e o condenável comércio de escravos representam
a base para essa a s s o c i a ç ã o de c o n t i n e n t e s ,
pr o v o c a n d o o deslocamento de milhões de
nativos para as áreas coloniais fundadas na região
da América.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
ALVES, Alexandre [et. al]. Conexões com a História.
Das origens do homem à conquista do Novo Mundo. São
Paulo: Moderna, 2010.

FANTAGUSSI, Alexandre [et.al]. História. São Paulo:


Bernoulli, 2013.

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