E-Book - A Documentação Pedgógica e A Avalisção Na Ed. Inf.
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PEDAGÓGICA E
AVALIAÇÃO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Adriele Seibel
O desafio da construção durante o
processo da documentação
pedagógica é desenvolver meios que
possam contribuir com a construção
do mesmo, e não transformando em
um receituário, reduzindo e
simplificando a complexidade do ato
pedagógico. A investigação de ambas
as partes precisam ser cultivadas
diariamente, tanto do professor,
procurando realizar planejamentos
atrativos, como da parte das
crianças, querendo conhecer e
entender melhor sobre o mundo que
as cerca.
O educador é indispensável em todas
as etapas do processo de ensino-
aprendizagem não só como mediador
para criar situações-problema
desafiadoras às crianças, mas também
como organizador do ambiente,
selecionador de materiais e
fomentador de diálogos que
provoquem desafios e pensamentos
sobre determinada questão.
Os espaços que tocam, a
forma que o educador irá
marcar essa criança, às
pesquisas, a escuta, os
registros, tudo isso se
completa dentro de um
círculo para que seja
possível observar as
aprendizagens das crianças
durante o período da
primeira infância.
O registro é definido como
um material de escrita,
fruto das experiências
vividas pelo professor. Ao
escrever, o professor
deixa marcas. O registro
contém aspectos objetivos
e subjetivos, ela tem um
caráter único e pessoal.
Não há uma receita, uma
forma, pois cada sujeito
possui suas
características, sua
história de vida e
peculiaridades.
Cada grupo de crianças e
professor vai criando sua
identidade, criando formas de
registrar e documentar, sem ter
uma receita de bolo, mais
construindo com os sujeitos
pertencentes àquele lugar,
colocando nessa documentação
muito de si, da maneira de olhar
e enxergar as situações
corriqueiras e cotidianas dentro
da escola, dando potência ao
fazer das crianças que ali
habitam.
O verbo “documentar”
O verbo “documentar”, no dicionário
Aurélio Buarque de Holanda, refere-se a
“provar através de documentos [...],
registrar (acontecimento, fato, episódio,
etc.) por meio de documentos,
fundamentar, juntar documentos,
registros”.
A documentação
pedagógica é uma
estratégia, um instrumento,
uma ferramenta do
educador para narrar,
comunicar e dar
visibilidade a processos de
aprendizagens. Processos
vividos por seu grupo, por
uma criança em especial,
no cotidiano da escola, pela
comunidade. São
observações, imagens,
questionamentos, registros
de situações episódios
gravados, filmados,
relatados, cenas e
experiências que
evidenciam percursos
significativos, que podem
vir a ser formativos e
transformadores para os
sujeitos da ação.
Ao documentar, o sujeito faz
escolhas, que revelam
concepções de educação e
de mundo, em especial a
imagem de criança que
norteia suas ações,
desvelando sua identidade
como educador e as
aprendizagens construídas
em seu grupo de trabalho da
escola. A documentação é
construída ao longo do
processo pedagógico,
acompanha explorações,
curiosidades e pesquisas das
crianças e do educador na
elaboração de novos
conhecimentos e
descobertas sintetizadoras
em um produto de percurso
naquele momento do
processo.
Ao documentar, ao mesmo tempo em que
o processo de construção de conhecimento
acontece, cria-se a memória viva do
percurso, que se transforma em ponto de
referência para a continuidade e
aprofundamento da pesquisa de
exploração inicial. A partir de suas
observações e registros, o educador cria
contextos de investigação para as crianças,
nutrindo as pesquisar em ação, relançando
propostas e novos desafios. A
documentação pedagógica traduz a
experiência vivida e as aprendizagens
realizadas pelo sujeito da ação.
Uma tarefa daqueles que educam é
realizar a mediação entre as crianças,
os saberes, as relações e objetos. O
educador precisa saber observar,
documentar, interpretar os processos
de aprendizagem compreendendo a
importância da escuta ativa e sensível
às experiências de meninos e meninas.
No ambiente educativo existem
diversas linguagens onde as
crianças aprendem, se
comunicam, interagem e
aprendem. Através da linguagem
sendo ela verbal ou corporal é que
a criança expressa suas vontades,
seus conhecimentos, suas
vivências, suas experiências entre
elas, o outro e o mundo a sua
volta, obtendo diversas
explorações comunicativas
percebendo as diferenças e
semelhanças, narrando e criando
significados, compreendendo e
aprendendo sobre si mesma.
No ambiente educativo existem diversas
linguagens onde as crianças aprendem,
se comunicam, interagem e aprendem.
Através da linguagem sendo ela verbal ou
corporal é que a criança expressa suas
vontades, seus conhecimentos, suas
vivências, suas experiências entre ela, o
outro e o mundo a sua volta, obtendo
diversas explorações comunicativas
percebendo as diferenças e
semelhanças, narrando e criando
significados, compreendendo e
aprendendo sobre si mesma.
Inserir um subtítulo
O conhecimento é fruto de
sucessivas recriações; todas
as vezes que um adulto fizer
por uma criança o que ela já
tenha condições de fazer
sozinha, irá privá-la de
aprender.
O educador é indispensável em
todas as etapas do processo de
ensino-aprendizagem não só como
mediador para criar situações
problema desafiadoras às crianças,
mas também como organizador do
ambiente, selecionador de materiais
e fomentador de diálogos que
provoquem desafios e pensamentos
sobre determinada questão, como
estimulador das pesquisas e do
esforço das crianças na busca e
elaboração de respostas, sendo
portanto um mediador da construção
do conhecimento em diferentes
momentos do cotidiano e um
propositor de contextos de
investigação.
O indivíduo tece sua história
enquanto ser social, faz parte de um
cultura contextualizada
historicamente, tem seu tempo e
seu espaço, precisa ser
documentada para deixar marcas,
raízes e ser compartilhada.
Partindo da premissa de que aprender
é significar, o ato de registrar
possibilita a tomada de consciência da
própria ação e serve como material
individual de reflexão, capaz de
transformar as práticas vigentes e
criar uma cultura de grupo aprendente.
Tanto o registro reflexivo quanto a
documentação são formas de
apropriação da prática pedagógica
cotidiana, que possibilitam a
construção da autoria, da memória e da
identidade de ser professor.
Mini-histórias
A comunicação por meio de
mini-histórias começou em 1985
e logo foi adotada, juntamente
com outras formas de
documentação por todas as
creches e pré-escolas
administradas pelo município de
Reggio Emilia. Tamanha difusão
ocorreu porque estava em
harmonia com uma abordagem
ao trabalho com crianças que
tentava entender mais
e investigar mais
profundamente os pontos de
vista das crianças.
As mini-histórias permanecem
eficazes ainda hoje, depois de
muitos anos, pois restauram em
nós, com interesse inalterado, a
chance de dar pequenos passos,
com ternura e solidariedade, na
direção de um planeta pouco
conhecido, ensinando-os não
apenas a capturar o que acontece
todos os dias diantes de nossos
olhos - muitas vezes míopes - mas
também ativando nos professores o
desejo de acrescentar ainda mais as
histórias. Dessa forma, podemos
criar um conjunto de
documentações que se movem pelo
espaço de diferentes ambientes e
culturas, possibilitando
interpretações e comparações
enriquecedoras.
Fotografia
Para fotografar as crianças, a
relação entre elas e o que estão
fazendo, requer-se atenção por
parte do adulto, bem como uma
abertura ao inesperado. Requer
conhecimento não apenas sobre
as crianças, mas também sobre
a linguagem da fotografia para
se poder capturar, destacar e
dar expressividade aos
acontecimentos que se
procura descrever - algo
muito diferente de uma
crônica instrutiva e
unidimensional.
Mapas mentais
A construção de mapas mentais pode
ser realizada de diversas maneiras, não
há uma regra. Estes mapas são
norteadores para o trabalho com as
crianças, eles conduzem o trabalho
pedagógico. Quando visualizamos,
conseguimos compreender em quais
caminhos seguir e direções ir. O Mapa
mental pode ser criado para um projeto,
para um assunto específico, para uma
semana especial, para um ano inteiro,
para o semestre, indicando os
interesses da turma, direcionando o
trabalho do professor.
Os mapas podem ser criados
em um grande espaço da parede
da turma, pode ser num
pequeno quadro, em um espaço
específico da sala, dentro do
caderno de planejamento, e ele
deve ser alimentado
diariamente, acrescendo os
interesses das crianças, suas
descobertas, suas vivências.
Pode conter apenas as palavras
chaves, pode ser utilizado fotos
caso o mapa tenha um tamanho
maior, pode ser exposto na sala
ou até fora da sala para que os
demais habitantes da escola
possam acompanhar o
desenvolvimento da turma.
Os mapas mentais quando
realizados são uma grande aliada
LEMBRETES
da Documentação Pedagógica,
IMPORTANTES
SOBREeles nos trazem a histórias e
A VACINA
CONTRA A COVID- do grupo de crianças,
identidade
19
sua fase de desenvolvimento,
necessidades, interesses de
cada crianças, e para isso é
necessário as observações que
são realizadas no cotidiano,
quais interpretações e teorias
têm comunicado.
A intencionalidade educativa do
que está sendo proposto e
pensado nestes mapas mentais
poderão ser relançados,
podendo justificar e respaldar as
escolhas pedagógicas das ações
docentes.
PARA INFORMAÇÕES, ENVIE UM E-MAIL
PARA NÓS EM [email protected]
Nas experiências vividas pelas
crianças e adultos haverá sempre vida
pulsante capaz de gerar
transformações. Nas miudezas do
cotidiano, nas escolhas das ações,
respeitando as singularidades de cada
um que vive ali, podendo viver de
corpo inteiro, provocando encontros,
trocas de ideias, construindo novas
aprendizagens, conseguiremos
construir uma escola para se viver
bem.
[...] buscar um fio condutor
da pesquisa que está sendo
feito em torno de um
determinado objeto para dar
continuidade, indo além das
informações iniciais. Fixar
remete a pôr em prática
descobertas e
conhecimentos construídos
em diferentes situações. Para
que isso possa acontecer, é
essencial a sistematização, a
organização e o
compartilhamento de
informações socializadas no
grupo. PROENÇA. M. Alice,
p,46. 2021.
gistros, Reflexã
Re oe
o,
çã A
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erv
lia
Obs
ção
OBSERVAÇÃO
REFLEXÃO
AVALIAÇÃO
ESCRITO POR:
ADRIELE SEIBEL
2023
WWW.MIUDEZASDOCOTIDIANO.COM.BR