02 Iluminação

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ILUMINAÇÃO

LÚMENS

Os lúmens (lm) são a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa. Essa característica é chamada
também de fluxo luminoso. Quanto maior o número de lúmens, maior é a emissão de luz de uma lâmpada.

Devemos ter em mente, porém, que nem sempre o maior


valor é o melhor. Os projetos apresentam demandas
diferentes, diversas alturas e tipo de uso de cada ambiente.
Além de verificarmos a quantidades de lúmens de uma
luminária, também devemos ver o ângulo de distribuição
luminosa conforme a ilustração ao lado.

Nas etiquetas das lâmpadas e luminárias LED de boa


qualidade é possível verificar a intensidade luminosa em
lúmens e o ângulo de distribuição luminosa para a escolha
da melhor solução para cada ambiente.

Em uma fábrica, por exemplo, podem existir locais de pé


direito de 4 metros, 6 metros e 12 metros. Neste caso, os
lúmens devem estar relacionados com o ângulo de
distribuição luminosa para obter uma iluminação
homogênea e eficiente, atingindo o iluminamento em LUX
com o menor consumo de energia possível.
LUX

Para cada tipo de atividade existe um nível de intensidade luminosa em LUX a ser atendido pelas normas, visando
o bem-estar e a segurança do colaborador.
Lux é a intensidade luminosa (iluminância) por unidade de área (m²). É igual à quantidade de lúmen por metro
quadrado (lx = lm/m²). A distância entre a fonte de luz e a superfície interfere na quantidade de lux obtida.
Resumindo, Lux é a quantidade de luz que chega em uma superfície.
LUX (lx) = LUMEN (lm)

NBR-5413 (Iluminância de Interiores)

Para medir a intensidade de luz em uma superfície


usamos um instrumento chamado Luxímetro. Este
instrumento mensura a quantidade de iluminamento
(Lux) em determinada superfície e deve ser calibrado
com a frequência indicada por cada fabricante.

Ao lado temos uma tabela resumida indicando a


quantidade de lux necessária para cada ambiente indo do
valor mínimo, médio e máximo.
IRC (Índice de Reprodução de Cor)

O IRC é um sistema métrico de qualidade desenvolvido no século XX após a


popularização das lâmpadas HID e fluorescentes. Esse índice é representado por
uma escala de 0 a 100, cuja função é demonstrar a capacidade de reprodução de
cores de uma determinada fonte luminosa artificial em relação à luz do sol.

A luz natural é usada como um padrão de referência e, por isso, seu IRC é 100.
Dessa forma, dizemos que quanto maior o IRC (ou seja, mais próximo de 100), mais
fiel será a reprodução de cores das superfícies, pessoas e objetos em relação à luz
do sol.

De forma geral, um Índice de Reprodução de Cores (IRC) abaixo de 80 é


considerando de baixa qualidade, igual a 80 é considerado de boa qualidade e os
índices de 90, 95 e 97 são de excelente qualidade luminosa, trazendo grandes
vantagens de acordo com o tipo de aplicação.

As lâmpadas fluorescentes, ainda muito utilizadas em residências e empresas,


apresentam um Índice de Reprodução de Cores (IRC) compreendido entre 70 e 85.
As lâmpadas de LED, por sua vez, devem apresentar um IRC mínimo de 80, de
acordo com determinações da indústria.

Produtos com menor qualidade luminosa (IRC menor que 80) podem até atingir os
níveis de lux exigidos, porém com uma iluminação deficiente em termos de
reprodução das cores do ambiente, podemos deixa-lo opaco, sem vida e até com
tons de cores azulados. Para isso precisamos saber o que é o IRC.
PRINCIPAIS INFORMAÇÕES NA EMBALAGEM DAS LÂMPADAS
ILUMINAÇÃO - A LUZ IDEAL

A iluminação ideal é aquela que busca o conforto visual e


psicológico para cada tipo de ambiente.
Espaços que demandam maior atenção e visibilidade como a
cozinha, home office, salas de aula, mesas de cirurgia, por
exemplo, o ideal são luzes brancas e estimulantes.
Salas, quartos, maternidades a luz amarela deixa o ambiente mais
acolhedor e relaxante.

No que tange à decoração os acessórios de iluminação fazem


parte do contexto. Neste caso, o bom senso deve sempre
prevalecer.
A escolha de acessórios de iluminação devem dialogar com o
estilo predominante no ambiente.
TIPOS DE LÂMPADAS

1. Lâmpadas incandescentes: Sua principal vantagem é o baixo custo e o alto índice de reprodução de cores. Já
as desvantagens são a baixa eficiência, menos de 5% da energia consumida pela lâmpada é transformada em luz,
o resto é em transformado em calor. Ela também possui um dos menores tempos de vida útil, em torno de 1000
horas. Já foram retiradas do mercado em 30 de Junho de 2016.

2. Lâmpadas halógenas: São bastante parecidas com as lâmpadas incandescentes, mas possuem material
halógeno em sua composição. Isto torna as lâmpadas mais eficientes que as lâmpadas incandescentes, com um
fluxo constante durante sua vida, que gira em torno de 2000 a 4000 horas. Outra vantagem em relação à
incandescente é que o tamanho pode ser reduzido. O índice de reprodução de cor é alto e permite dimerização
(reduzir gradativamente a intensidade da luz). Mesmo tento vida superior e maior eficiência em relação a
incandescente, hoje se trata de uma lâmpada pouco eficiente em relação a tecnologias mais atuais.

3. Lâmpadas fluorescentes: As fluorescentes aproveitaram um breve período de popularidade por consumirem


pouca energia e serem uma alternativa às anteriores. As cores dessas lâmpadas eram originalmente branco e
azul, mas fabricantes já estão variando sua produção. Em geral esse tipo de lâmpada é dividida por tamanho e
forma. Os três tipos mais comuns são:
I - Tubular: esse é o tipo mais usado, foi criado como substituto das antigas lâmpadas incandescentes, que
gastavam muita energia. Essa lâmpada utiliza reatores externos para funcionar, e é utilizada principalmente em
lugares que precisem de iluminação prolongada;
TIPOS DE LÂMPADAS

II - Compacta eletrônica: a compacta é uma “miniatura” da lâmpada


fluorescente tubular e possui o reator já integrado, o que permitiu a
substituição da incandescente em larga escala;
III - Compacta não integrada: o modelo não integrado é bem parecido com o
compacto eletrônico, porém não possui o reator integrado e necessita de
reator externo.

4. Lâmpadas de LED: O LED tem uma grande vantagem se comparado às suas


concorrentes: é o tipo de lâmpada mais econômica e com modelos variados
substituindo, praticamente, todas as demais.
No começo, a única perda era na questão do índice de reprodução de cor em
relação às incandescente e à halogena, contudo com o avanço tecnológico já
existe no mercado LED’s que emitem luz amarela.
As vantagens são muitas: deste do tamanho reduzido, alta eficiência,
durabilidade e não emissão de IR e UV. É reciclável e sua vida útil não é afetada
por ciclos de liga e desliga.
FITAS LED

Chip LED
A iluminação de fitas de LED acontece graças aos chips que são
diodos que emitem luz e existem em diferentes tipos. Os diferentes
tipo de chips LED são identificados por uma numeração de 4
dígitos, que indicam o tamanho dos componentes. Portanto,
podemos dizer que uma fita LED é SMD3528 porque tem
3.5×2.8mm. Quanto maior for o tamanho do chip, maior será a
intensidade da luz emitida por cada chip LED.
A numeração dos chips em fitas LED
dizem qual o tamanho deles.

Distância entre os chips


Além do tamanho do chip, é importante ter atenção ao número de
chips LED presentes na fita e a distância entre eles.

Por exemplo, caso você queira uma luz mais intensa e homogênea,
não adianta comprar uma fita apenas com chips LED maiores. Se
eles estão muito distantes uns dos outros, a luz pode não trazer o
efeito que você deseja.
A distância entre os chips das fitas LED é
variável e influencia diretamente no efeito da
iluminação
FITAS LED

Voltagem e Potência

As fitas de Led funcionam em 12 volts e, portanto, também podem ser instaladas em automóveis. Para instalação em residências
será necessária uma fonte driver de 12 V.

A potência que seria capacidade de iluminação pode variar. As fitas LED de entrada no mercado consomem 4,8 watts por metro.
Portanto, em um rolo de 5 metros o consumo é de 24 watts. Para as fitas RGB aquelas que mudam de cor, o modelo de entrada
consome 7,2 watts por metro (36 watts por rolo).

Existem modelos que consomem até 72 watts por rolo, e por isso contam com uma iluminação mais forte.
RELAÇÃO LUMINOSIDADE X VOLTAGEM DA LÂMPADA POR TIPO

A tabela ao lado mostra a relação de luminosidade com a


voltagem da lâmpada independente da sua cor.

Esse estudo é mais importante do que a escolha da própria


luminária tendo em vista que a lâmpada é a fonte principal da luz
artificial.
As luminárias são importantes também, contudo a sua escolha
podem amplificar ou, as vezes, reduzir essa intensidade.
TIPOS DE LUMINÁRIA E ALTURAS RELATIVAS
PAFLON
TIPOS DE LUMINÁRIAS

SPOT
SOBREPOR EMBUTIR

“tipo trilho”

“tipo trilho”
TIPOS DE LUMINÁRIAS

PAFLON
SOBREPOR EMBUTIR

Atenção:
Alguns paflons, sejam eles de embutir quanto de sobrepor, já possuem incorporados em sua estrutura lâmpada ou conjunto de
lâmpadas LED. Já outros modelos precisam adquirir, por fora, as lâmpadas. Portanto, durante o projeto luminotécnico deve-se
prestar atenção na especificação das luminárias e quantitativo de lâmpadas avulsas para não se comprar a mais.
TIPOS DE LUMINÁRIAS

PENDENTES
TIPOS DE LUMINÁRIAS

ARANDELAS
TIPOS DE LUMINÁRIAS

BALIZADORES
APARENTES EMBUTIDOS
PROJETO LUMINOTÉCNICO

O projeto luminotécnico consiste, basicamente, nas seguintes etapas:

Etapa I - Estudo e análise prévia do tipo e uso do imóvel bem como dos ambientes para que possamos
classificar (por tabela) a quantidade certa de Lumens por cômodo;

Etapa II - Após essa classificação quantificamos as lâmpadas que irão atender cada ambiente;
Nota: É importante o projeto de lay-out de mobiliário a partir desta etapa;

Etapa III - A partir da quantidade de lâmpadas necessárias para determinado ambiente é que determinamos o
tipo de luminária e os recursos e efeitos estéticos adicionais ao ambiente tais como iluminação indireta,
iluminação direcional, balizadores, etc.

Nota:
Iluminação Direta e Indireta: há também a possibilidade de usar luzes diretas e indiretas e até mesmo um
mix de ambas no mesmo ambiente. A iluminação direta é ideal para espaços que precisam de maior
iluminação, como as bancadas da cozinha, mesas de cirurgia, mesas de escritório, etc. Já a luz indireta tende a
deixar o ambiente mais aconchegante e confortável, e é indicada para ambientes que não pedem luz mais
intensa, como sala de estar e sala de TV.
PROJETO LUMINOTÉCNICO
Exemplo: Realizar um projeto luminotécnico básico do apartamento ao
lado:

Etapa I: identificar a quantidade mínima de lumens necessários por


cômodo (podemos utilizar a tabela abaixo):

Área de serviço: 4,0m² 75 lux x 4,0m².............300 lumens


Cozinha: 6,0m² 200 lux x 6,0m².............1.200 lumens
Sala de Jantar: 11,0m² 300 lux x 11,0m².........3.300 lumens
Sala de Estar: 7,0m² 100 lux x 7,0m²...........700 lumens
Varanda: 5,0m² 75 lux x 5,0m².............375 lumens
Circulação: 3,5m² 75 lux x 3,5m².............263 lumens
Quarto Solteiro: 8,5m² 200 lux x 8,5m²...........1700 lumens
Quarto Casal: 12,0m² 200 lux x 12,0m².........2.400 lumens
PROJETO LUMINOTÉCNICO
Etapa II: quantificar as lâmpadas por ambiente:
Lâmpadas LED
Área de serviço....300 lumens.................................................................................2 LED 3W
Cozinha.............1.200 lumens........................2 Spot’s 3W + 2 Fitas LED 1 metro (4,8Wx2m) Spot LED
Sala de Jantar...3.300 lumens.........4 LED de 5W + 1 cordão LED de 11 metros (4,8Wx11m) 49,2W
Sala de Estar:......700 lumens.......2 LED de 6W + 1 cordão LED de 2,5 metros (4,8Wx2,5m)
Varanda...............375 lumens.................................................................................2 LED 3W
Banheiro..............200 lumens............................................................ 2 LED 2W + 1 Spot 6W
Circulação...........263 lumens..................................................................................2 LED 2W
Quarto Solteiro..1700 lumens..................2 LED 3W + 1 cordão LED de 5 metros (4,8Wx5m) 6W
Quarto Casal....2.400 lumens............4 LED 3W + 1 cordão LED de 6,5 metros (4,8Wx6,5m)
+ 1 LED de 6W (Pendente de Cabeçeira)

4W

15,6W
30W

Nota:
Para as fitas LED estamos considerando um modelo básico que fornece 450 lumens por
24W 6W
m². Mesmo que a quantidade de lumens fornecidas pelas fitas exceda o mínimo de 72,8W
lumens necessários para os ambientes devemos levar em conta que elas estarão
embutidas em sancas de gesso. Esse embutimento, por si só, reduz a quantidade de
lumens para o ambiente.
PROJETO LUMINOTÉCNICO
Etapa III: determinar as luminárias;
Lâmpadas LED
Spot LED
MODELOS DE PROJETOS LUMINOTÉCNICO

Este projeto deu-se maior ênfase ao


projeto luminotécnico.

A planta de forros deve estar


detalhada em outra planta.

O posicionamento das lâmpadas e


luminárias está bem informado nesta
planta bem como as informações de
especificação dos produtos.
MODELOS DE PROJETOS LUMINOTÉCNICO

CORTINEIROS

Este projeto já engloba


as informações tanto do
forro quanto da
iluminação.

A legenda ao lado está


autoexplicativa e clara.

Faltou aqui as cotas de


amarração do
posicionamento das
luminárias e
detalhamento dos
cortineiros.
MODELOS DE PROJETOS LUMINOTÉCNICO

Observações:
Neste projeto deu-se maior ênfase ao
projeto luminotécnico.

A planta de forros deve estar


detalhada em outra planta.

O posicionamento das lâmpadas está


bem informado nesta planta bem
como o destaque e localização das
sancas de iluminação e cortineiros.
MODELOS DE PROJETOS LUMINOTÉCNICO

Este projeto deu ênfase à diagramação


dos forros, apenas.

O posicionamento das lâmpadas não


está informado nesta planta. Foi
detalhado, apenas, o posicionamento
das sancas de iluminação e
cortineiros.

É provável que pode haver outra


planta contendo a informação de
especificação e posicionamento das
lâmpadas e luminárias.

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