Apostila Escola de Oração-1 - 240424 - 095413

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Andrew Murray diz: “Embora, a princípio, oração pareça algo tão simples que até a mais débil

criança pode fazer, também é, ao mesmo, o trabalho mais sublime e santo que o homem pode
realizar. A verdadeira oração se apropria da força de Deus”.
INTRODUÇÃO. QUAL É A ORAÇÃO DA SUA VIDA?
Os discípulos perceberam a intima relação que havia entre a extraordinária vida pública de Jesus e sua vida secreta
de oração, por isso, pediram para que lhes ensinasse a orar. Lucas 11:1 "Senhor, ensina-nos a orar como também João
ensinou aos seus discípulos”. João Batista tinha uma oração, Jesus também tinha uma oração. O que significa ter uma
oração? Propomos que você não apenas faça orações, mas tenha uma oração. O que isso significa? Toda oração pode ser
vista como uma proposição. Pode ser vista como a ação de colocar algo diante dos seus olhos. A declaração daquilo em que
estão seus olhos, pensamento, coração e desejo. Uma oração nada mais é do que a declaração daquilo que te move, daquilo
que como fogo te coloca em movimento todos os dias. Não se tratava de um método de orar e falar com Deus, queriam saber
em que seus pensamentos e intentos do coração estavam focados, o que estava vendo e qual era seu objetivo. Por isso
falavam que João Batista tinha uma oração, sabiam em que seus pensamentos e coração estavam focados. Jesus estava
continuamente voltado para o Pai e a realidade do seu Reino sempre eterno.

Para descobrir seu verdadeiro eu, olhe para aquilo em que gasta tempo pensando quando ninguém está olhando, quando não há nada forçando você
a pensar em alguma coisa em particular. Em ocasiões assim, seus pensamentos se voltam para Deus? Talvez você queira ser visto como uma pessoa
humilde, sem grandes pretensões, mas será que toma a iniciativa de confessar seus pecados a Deus? Quer ser visto como alguém feliz, positivo,
mas será que costuma agradecer a Deus por tudo o que tem e louvá-lo pelo que ele é? Talvez fale muito em como sua fé é “uma bênção” e no
quanto você “ama de verdade ao Senhor”, mas se não costuma orar, será que tudo isso é mesmo verdade? Se não for feliz, humilde e fiel em
particular diante de Deus, o que quiser dar a impressão de ser por fora não corresponderá ao que você de fato é. Timothy Keller.

ASPECTO TEOLÓGICO REVELACIONAL.


A teologia fornece a base essencial para entender por que e como oramos. Hans Urs von Balthasar ensinou que “A
oração contemplativa [...] não pode nem deve ser uma autocontemplação, mas [sim] o voltar de olhos e ouvidos reverentes
para [...] o Não-eu, ou seja, a Palavra de Deus”. A oração permeou o ministério de todos os profetas do Antigo Testamento.
Pode ter sido a via comum pela qual a própria Palavra de Deus chegou até eles. Embora o termo “oração” não seja usado na
narrativa de Adão e Eva, a comunicação entre Deus e estas duas pessoas, criadas à sua imagem, é clara e evidente. As
palavras de Deus, no entanto, não fracassam em seus propósitos, porque, para Deus, falar e agir são a mesma coisa. O Deus
da Bíblia é um Deus que “pela própria natureza age por meio da fala”. Em João 14 a 17 Jesus se refere à sua vida no contexto
da divindade antes de vir à terra, quando fala da “glória que eu tinha com [o Pai] antes que o mundo existisse” (João 17.5) e
das “palavras” que recebera do Pai (João 17.8). Dentro da Trindade, desde a eternidade, existe comunicação por meio de
palavras — o Pai fala com o Filho, o Filho fala com o Pai, e o Pai e o Filho falam com o Espírito.2 Em João 17, temos um
vislumbre desse falar na oração de Jesus a seu Pai. Trata se de um discurso divino.
Gênesis 1.3: “‘Haja luz’, e houve luz”. Deus falou, depois foi e fez o que disse que faria? Não, a própria palavra dita
por ele gerou a luz. Ao rebatizar Abrão de Abraão — “pai de uma multidão” — a palavra transformou um casal idoso em
pessoas biológica e espiritualmente capazes de se tornarem os progenitores de uma raça inteira (Gênesis 17.5). O salmo 29
é do início ao fim um hino de louvor ao poder da voz de Deus. O falar e o agir de Deus se equiparam. Para Deus, falar e agir
são a mesma coisa. O Deus da Bíblia é um Deus que “pela própria natureza age por meio da fala”. Deus age por meio de suas
palavras, a Palavra é “viva e ativa” (Hebreus 4.12). Estudos têm mostrado que a habilidade das crianças de entender e de se
comunicar é profundamente afetada pelo número de palavras e amplitude do vocabulário com os quais têm contato quando
bebês e até os três anos. Eugene Peterson explica que falamos apenas à medida que falaram conosco. Esse princípio teológico
significa que nossas orações devem brotar da imersão nas Escrituras. Devemos “imergir no mar” da linguagem de Deus. E só
sabemos como devemos orar apreendendo nosso vocabulário com a Bíblia. “A linguagem nos é transmitida; nós só a
aprendemos à medida que nos dirigem a palavra. Toda fala é em resposta. Alguém disse algo a nós antes que falássemos.”
Oramos em resposta ao próprio Deus. Edmund P. Clowney escreveu: “A Bíblia não apresenta a arte da oração; ela apresenta
o Deus da oração”. A Palavra de Deus criou dentro de Davi o desejo, a energia e a força para orar. O princípio é este: Deus
nos fala em sua Palavra e nós respondemos em oração, passando a participar da conversa divina, em comunhão com Deus (2
Samuel 7:27).
JESUS ORAVA AS ESCRITURAS
Jesus e orava as escrituras nos momentos mais decisivos da vida. Antes de falar com Deus é necessário que nosso
coração deseje estar com Deus, aqui propomos o caminho da meditação, de falar com o seu coração sobre amar a Deus, até
que essas palavras vibrem dentro, como experimentar a doçura do mel, o calor do fogo, sentir o perfume da flor, o prazer da
presença de Deus. Temos curiosidade quanto ao fim de todas as coisas, mas não temos disciplina para procurar saber como
começaram. A chave para uma vida relevante de oração está na consciência que tudo que tem valor e significado começa em
Deus. Nada que não tenha começado em Deus pode permanecer.

O discipulado é o chamado de Jesus a Jesus. O discipulado ensina a orar com Jesus e como Jesus.
Orar está relacionado a ouvir e observar produzindo fé e esperança.
Jesus sempre orava por ser essa sua natureza da relação com Deus, e não por causa de alguma necessidade como homem.
A devoção é um ato decidido de vontade. São Tomas de Aquino.
Um ato iluminado pela consciência da soberania de Deus.

ASPECTO RELACIONAL:
Os Tesouros Secretos do Quarto Silencioso

Disse Jesus: E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças,
para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu
quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

Timothy Keller ensina que: “O teste infalível da integridade espiritual, diz Jesus, é sua vida de oração privada. Aqueles
que vivem de fato um relacionamento com Deus como Pai, no entanto, internamente haverá de querer orar e, portanto, orarão
ainda que nada ao redor os pressione nesse sentido. Buscarão orar mesmo em tempos de aridez espiritual, quando não houver
qualquer retribuição social ou empírica”.

EXPRESSÕES DE ORAÇÃO
HIPOCRISIA RELIGIOSA IGNORANCIA NATURAL RELACIONAMENTO PESSOAL
Orar para ser visto pelos homens. A Orar ao deus desconhecido. Como ato Antes de ensinar como orar, Jesus revela o
recompensa está no reconhecimento da penitencioso usa-se muitas palavras lugar da oração. O lugar íntimo da relação
aparência de Espiritualidade. Dinâmica de repetidas, vazias e vãs, por falta de pessoal com Deus Pai. Dinâmica de oração
oração religiosa baseada na preservação da entendimento. Dinâmica de oração pagã cristã baseada na relação, onde a
imagem, desprovida de verdade e riqueza baseada no esforço pessoal, crendo que pelo recompensa é a presença de Deus, creia de
espiritual. muito fazer ou falar, Deus é obrigado a ouvir verdade e riqueza espiritual. O “quarto”
e atender. significa câmara secreta onde se guarda
tesouros.

Você está em companhia de alguém e ele é único. Deus é a única pessoa de quem você nada pode esconder. Diante dele,
inevitavelmente você se enxergará sob uma nova luz sem igual. A oração, portanto, leva a um autoconhecimento impossível de
alcançar de outro modo. Tim Keller define oração como: “Orar é dar continuidade a uma conversa que Deus iniciou por meio de sua
Palavra e graça, e que com o tempo vai se transformando num completo encontro com ele”. Timothy Keller

UMA ESPRESSÃO PESSOAL E COLETIVA


NO TEU QUARTO COM TEU PAI PAI NOSSO
Oração pessoal que celebra a relação com Deus Pai como filhos, Declaração coletiva baseada na relação pessoal. Intercessão pela
pela fé em Jesus, através do testemunho e conselho do Espírito vinda do Reino que reconcilia todas as coisas com sua vontade, e pela
(Efésios 2:18, 3:12). preservação do testemunho cristão.

Mateus 7:11 “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas
aos que lhes pedirem?” Quando orar limita-se aos resultados de perguntas e respostas, ainda não se experimentou a beleza de orar
desfrutando ser inteiro na relação de amor com Deus. Darlan Oliveira
A base da nossa espiritualidade está fundamentada sobre aquilo que é edificado em nosso
relacionamento pessoal com Deus. Muitos autores usam o exemplo do Iceberg para ilustrar esse fato,
uma vez que, normalmente apenas 10% da sua massa emerge à superfície, enquanto 90% do seu
volume permanecem submersos. O que torna esses icebergs um perigo em navegação, não é aquilo
que se pode ver, mas a grandeza e força do que não vemos. O que dava a Jesus força e estrutura para
se manter firme em sua missão e cumprir o propósito do seu chamado?

Lucas 5:16 Ele, se retirava para lugares solitários e orava.


Lucas 6:12 Retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.
Mateus 26:42 Tornando a retirar-se, orou de novo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice, faça-se a tua vontade.
João 6:15 Sabendo, Jesus do intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte.

Com base no testemunho de Jesus, o “Quarto Secreto” representa a disposição do coração para ouvir e não apenas
um lugar com ausência de barulho. O Silêncio do quarto secreto consiste em ficar quietos o tempo suficiente para ouvir tudo
o que Deus tem a dizer e sabermos o que fazer. Esse modelo faz da oração um meio de comunicação, onde duas pessoas se
expressam livremente. A partir dessa relação estaremos estabelecendo a base de uma Vida Frutífera.
Timothy Keller completa dizendo que: “Conhecer melhor o Deus da Bíblia não é coisa que se consiga sozinho. Envolve
a comunhão da igreja, a participação na adoração comunitária, a devoção privada, assim como a instrução na Bíblia e a
meditação em silêncio. E no centro das várias maneiras de conhecer a Deus está a oração tanto pública quanto privada. A
profundidade da oração privada e a da oração pública crescem juntas”.

A REVELAÇÃO DO CARÁTER PATERNO DE DEUS


Embora Deus tenha sido chamado de Pai no Antigo Testamento apenas em algumas ocasiões, quando a Trindade se
torna explícita no Novo Testamento, o caráter de sua paternidade também se destaca e fica mais claro. O Pai envia o Filho
para nos salvar de nossos pecados a fim de que possamos nos tornar filhos e filhas adotivos de Deus (Efésios 1.3-10). Ao
nascermos de novo pela fé em Cristo, recebemos o direito de sermos seus filhos e de chamá-lo de pai (João 1.12,13). Só
podemos confiar que Deus de fato é nosso pai se chegarmos a ele pela mediação de Cristo, em nome de Jesus. Então, o
Espírito coloca em nós a vida de Deus propriamente dita — a “semelhança familiar”, a natureza de Deus. Ser filho de Deus
significa acesso. Sabemos que Deus nos ouve e observa com atenção. O Deus do Universo se “lembra” de você (Salmo 8.4).
Em Efésios 2.18, Paulo disse que nosso acesso a Deus Pai acontece “por meio dele [Cristo Jesus]” e “no mesmo Espírito”. O
Espírito nos leva a “clamar” — do termo grego krazdo, que quer dizer um brado alto e intenso, e que costuma ser usado no
Antigo Testamento para designar a oração fervorosa, como em “Abba, Pai” (Romanos 8:14-16). O Espírito Santo nos dá uma
fé confiante que se transforma naturalmente em oração.

ORAÇÃO BASEADA EM RELACIONAMENTO OU DESEMPENHO?


O verdadeiro valor da oração não está no desempenho de quem ora, mas na relação, com quem você ora. Quando
orar limita-se aos resultados de perguntas e respostas, ainda não se experimentou a beleza de orar desfrutando ser inteiro
na relação de amor com Deus.

Lucas 3:21 "E quando Jesus também tinha sido batizado e estava orando, os céus se abriram”
Lucas 3:22 “Tu és o meu Filho amado. Em Você me comprazo”
João 5:19 O Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; tudo quanto faz, o Filho faz igualmente.
João 8:28 "sabereis que EU SOU e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou”.
João 10:30 “Eu e o Pai somos um”, disse Jesus aos judeus no Pórtico de Salomão.
Marcos 6:31 “Os doze retornaram de uma missão, Jesus os instruiu: “Vinde repousar um pouco, à parte.”
A HORA CHEGOU
Quando Jesus é questionado sobre qual é o lugar certo e como deve ser feita a adoração, Ele declara que “Deus é
Espírito’. O que isso significa? Que Deus não pode ser limitado pelo tempo e espaço, porque em sua infinita perfeição é o
mesmo sempre e em todo lugar, por isso a partir dele mesmo, naquela “Hora”, o fator essencial, ou seja, a natureza da relação
com Deus, assume primazia sobre o fator operacional e metodológico, a relação de oração e adoração não estaria mais
restrita a um lugar ou forma, devido a sua real importância espiritual. A vida de oração operacional baseada no lugar ou na
forma, não tem poder para afetar todo o ser, em todas as áreas vida cotidiana, tornando-se ineficiente por causa da
incoerência e desarmonia que há entre o que se ora e o que se vive. Jesus é a “hora que já chegou”, porque por meio da sua
obra de resgate e redenção, libertando-nos do poder do pecado e da morte, nos imergiu na verdadeira realidade espiritual
por meio do Espírito Santo de Deus que nos foi outorgado como garantia da herança dos santos em plena realidade de glória.

CONSCIÊNCIA DO VAZIO DA PRESENÇA


Jó 23.3: “Ah, se eu soubesse onde encontrá-lo!”

A primeira coisa que descobrimos ao tentar orar é nosso vazio espiritual. Estamos tão acostumados a ser vazios que
não reconhecemos essa condição como tal até que tentemos orar. Esse primeiro passo é importante para alcançarmos
comunhão com Deus, mas é um passo que nos deixa desorientados. Timothy Keller descreve essa consciência como: “quando
nos sentamos para orar, a reorientação que acontece diante da face de Deus revela a pequenez dos nossos sentimentos num
instante. Todas as nossas justificativas caem por terra, aos pedaços. É a clareza revigorante de uma nova perspectiva”. No
princípio, os sentimentos de miséria e de ausência costumam dominar, mas as melhores orientações para essa fase insistem
em que não desistamos, mas, sim, que resistamos e oremos de modo disciplinado, até passarmos do dever ao prazer,

REINO E COMUNHÃO: A RELAÇÃO DO DEVER E O PRAZER.


Tim Keller em seu livro sobre oração ensina que: “A oração, é reverência e intimidade, luta e realidade. Tais coisas não acontecerão toda
vez que orarmos, mas cada uma delas deve ser um componente importante de nossa oração no decorrer da vida”.

DELEITE COMTEMPLATIVO DA COMUNHÃO DEVER DE ORAR PELO REINO DE DEUS


Oração “centrada na comunhão” Oração “centrada na Obediência”
Oração como meio de experimentar o amor de Deus e a união Oração como súplica a Deus para que traga o seu reino é considerada um
com ele. O objetivo supremo da oração é a comunhão pessoal embate em que não há um senso claro da presença imediata de Deus. O
com Deus. objetivo é a “obediência à vontade de Deus, não a contemplação do seu ser”.

Salmos 27, 63, 84, 131 e os salmos 146 a 150, retratam a Há experiências da ausência de Deus da oração como luta. Salmos 10, 13, 39,
comunhão com Deus por meio da oração e adoração. Em 42, 43 e 88. O salmo 10: por que Deus “permanece longe” e “se esconde” em
Salmos 27.4, Davi “contempla a beleza do SENHOR”. Salmos tempos de dificuldade. De repente clama: “Levanta-te, Senhor; levanta tua
63.1-3 declara: “Ó Deus [...] minha alma tem sede de ti; [...] Eu mão, ó Deus. Não te esqueças dos necessitados” (v. 12). Ao mesmo tempo
te vi no santuário e contemplei teu poder e tua glória. Porque fala: “Mas tu, ó Deus, vê sim o sofrimento e a dor. A oração termina com o
teu amor é melhor que a vida, eu te louvarei”. Esse é o desfrute salmista curvando-se diante da sabedoria de Deus, embora ainda clame
da oração centrada na comunhão ferozmente por justiça na terra. Esse é o embate da oração centrada no reino.

A Bíblia nos oferece base teológica tanto para a oração “centrada na comunhão” quanto para a “centrada no reino”.

O Breve Catecismo de Westminster afirma que nosso propósito é “glorificar a Deus e dele desfrutar para sempre”.
Nessa frase tão conhecida vemos refletidas tanto a oração centrada no reino quanto a centrada na comunhão. A oração,
portanto, é reverência e intimidade, luta e realidade.
Tais coisas não acontecerão toda vez que orarmos, mas cada uma delas deve ser um componente importante de
nossa oração no decorrer da vida. O livro de J. I. Packer e Carolyn Nystrom sobre a oração tem um subtítulo que resume tudo
isso muito bem. Orar é ir “do dever ao deleite”. Essa é a jornada da oração.
Jonathan Edwards na obra “Afeições religiosas” fala obre a relação do espírito fervoroso com o coração fortemente
comprometido com a religião: “Sede fervorosos no espírito. Servi ao Senhor” (Romanos 12.11); “Ó Israel, o que é que o
SENHOR, teu Deus, exige de ti agora, exceto que temas o SENHOR, teu Deus, que andes em todos os seus caminhos e ames
e sirvas o SENHOR, teu Deus, de todo o coração e de toda a alma?” (Deuteronômio 10.12); e “Ouve, ó Israel: O SENHOR,
nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as
tuas forças” (Deuteronômio 6.4,5). Esse compromisso vigoroso e cheio de fervor do coração com a religião é o fruto da
verdadeira circuncisão do coração, ou a regeneração verdadeira (Deuteronômio 30.6).
Timothy Keller conclui dizendo que: “A oração é a principal maneira de experimentarmos profunda transformação —
a reordenação dos nossos afetos. A oração é o modo pelo qual Deus nos concede muitas das coisas inimagináveis que tem
para nós. É a maneira de conhecermos a Deus, o caminho para, enfim, tratá-lo como Deus. A oração nada mais é que a chave
para tudo o que necessitamos fazer e ser na vida”.

ASPECTO SACERDOTAL (COMUNHÃO E NATUREZA DO MINISTRO)


Sacerdotes são ministros de Deus. (Natureza Sacerdotal)

O homem original é um homem específico, criado segundo a imagem e semelhança de Deus (Imago Dei) antes da
fundação do mundo e escolhido Nele para estar em um lugar específico chamado diante Dele (Coran Deo) a fim de cumprir
como ministro sacerdotal a missão específica do Reino de Deus (Gênesis 2:15), de nomear a criação e governar sujeitando
todas as coisas para a glória de Deus (Missio Dei). A Palavra para sacerdócio é “Kohen” e significa um ministro oficiante,
ministros de Deus (Isaias 61:6), constituídos nas coisas concernentes a Deus (Hebreus 5:1). Sacerdotes são ministros
governantes. Assim como o homem foi criado para ver espiritualmente. Sua vocação é sacerdotal. Seu cultivo é seu culto.
No princípio Criou Deus os céus e a terra. O mundo foi criado por Ele, e a partir “Dele”. O mundo de Deus o revela
(Romanos 1:20). Ao criar o homem sua vida veio do sopro de Deus, é vida criada de Deus. Portanto, vida é de Deus, o sopro
do todo poderoso deu vida (Jó 33:4). “Se Deus pensasse apenas em si mesmo e para si recolhesse o seu espírito e o seu
sopro, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó” (Jó 34:15). A vida do homem é de Deus, a terra é de
Deus, o cultivar da terra é seu serviço a Deus. Deus plantou um jardim e dedicou a terra ao homem (Gênesis 2:8), que deveria
cultivar e guardar (Gênesis 2:15). Portanto, seu cultivo é seu culto, seu culto sua vida, sua vida expressa seu Deus. A vida é
de Deus e tudo que faz é para Deus. Por isso, somos para o louvor da sua glória (Efésios 1:6 e 12). Aqui encontramos a razão
de ser e existir. “Dele, por meio dele, e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória eternamente” (Romanos 11:36). Negar
esse princípio é negar viver, é adoecer. Por isso, a estrutura original do sacerdócio está fundamentada no princípio da
dedicação da vida. Sacerdócio é a natureza do homem totalmente consagrado a Deus.
Mas o homem se tornou sacerdote por causa do pecado ou foi criado sacerdote desde o princípio? Vamos pensar
juntos. Se o Reino de Deus é Eterno, sem início, nem fim, existe antes e além do homem e toda a terra: O sacerdócio é eterno
ou criado? Se natureza desse Reino é Sacerdotal, ele sempre foi sacerdotal ou se tornou sacerdotal? Lembre-se que Arão e
seus filhos receberam o sacerdócio por Estatuto Perpétuo, ou seja, uma constituição, ordenação de natureza perpétua, decreto
específico a respeito de uma realidade eterna. Isso significa que o sacerdócio não foi criado a partir do homem, muito menos
por causa do pecado, porque o homem foi criado para o sacerdócio, foi redimido do pecado pelo sacerdócio de Jesus, para
voltar a ministrar seu sacerdócio ao Senhor. Observe que, no céu há uma estrutura sacerdotal com anjos, tronos, canções,
declarações, incenso, coroas e prostração diante de Deus. Se a oração sacerdotal é para que seja na terra como no céu, a
estrutura original do homem, desde o princípio, é sacerdotal. A estrutura celestial é sacerdotal, e em Cristo trazemos em nós
a imagem do que é celestial, espiritual e eterno.
Outra pergunta importante: Se o sacerdócio não foi criado por causa do pecado humano, e se o homem desde o
princípio foi criado para o sacerdócio, o homem em condição de pecado, separado da relação com Deus deixou de ser
sacerdotal? O homem deixou de ser ministro? Se a natureza do homem é sacerdotal, ele jamais deixara de ser sacerdote, por
isso, Paulo explica que o homem trocou a glória de Deus, a verdade pela mentira, adorando e servindo coisas criadas ao invés
do Criador de todas as coisas a quem pertence a Glória para sempre (Romanos 1:23). O sacerdócio não foi criado por causa
do pecado, mas o homem foi criado para o sacerdócio. Está na estrutura original do homem a visão espiritual (Profético),
adorar e prestar culto, como seu serviço espiritual (Sacerdócio) e o poder e autoridade para o exercício vocacional sacerdotal
como ministro governante responsável por cultivar e guardar, multiplicar, encher ocupando todos os espaços, sujeitar e
dominar com justiça sobre todas as coisas orquestrando louvor a glória do seu nome por toda a terra (Apostólico). O sacerdócio
promove autoridade espiritual. Ministrar diante de Deus lhe dá autoridade para guardar a terra, manter a salvo o propósito
de Deus. O homem foi criado para dominar, mas domina à medida que serve, que nomeia, que cultiva, que se envolve com
seu sacerdócio (Mateus 23:11). O Reino de Deus é constituído de sacerdotes ministros governantes. Sacerdotes ministram
diante de Deus e tem autoridade para governar sobre a criação segundo a ordem de Deus. Pensar reino sem considerar o
sacerdócio, é o mesmo que considerar a possibilidade do Reino que estamos pregando não ser o Reino de Deus. Quando o
Pai marca um povo, dá a eles uma identidade coletiva, nomeia-os Reino de sacerdotes. O Reino de Deus é constituído gente
sacerdotal. Isso é explicito, específico, definitivo e inegociável.

ASPECTO POSICIONAL (REINO E AUTORIDADE DO MINISTÉRIO)


Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, QUE ESTÁS NOS CÉUS, santificado seja o teu nome...Mateus 6.9
Santificado Seja o teu Nome. Glorioso é Nome Daquele cujo Reino é Eterno

Nunca se falou tanto sabre o Reino de Deus como nos últimos dias, mas nunca se correu tanto o risco de se banalizar
o Reino na terra tornando-o muito diferente de como é nos céus. Para que seja Seu Reino na Terra como nos céus, tenho que
reconhecer sua natureza celestial e distingui-lo. O Reino de Deus é distinto, elevado, específico, único, absoluto e soberano.
Jesus em sua oração sacerdotal invoca pelo Reino do Pai que está nos céus, para que venha na terra como no céu. Também
afirma que seu reino não é deste mundo. Conhecer essa realidade lhe dava condições de fazer distinção entre Reino de Deus
e qualquer outro poder ou domínio. Ele faz distinção do Reino de Deus e o domínios criados pelos homens no mundo das
sombras, baseado nos poderes que atuam sobre a terra. O Reino de Deus é Eterno, de todos os séculos, subsiste por todas
as gerações, não passará e jamais será destruído. Deus estabeleceu o seu trono nos céus, e como rei domina sobre tudo o
que existe. Ele é antes do princípio dos céus e da terra e transcende o tempo e espaço criado. O reino, e o domínio, e a
majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e
todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. Daniel 7.26-27

Salmo 22:28 Ao SENHOR pertence o reino: Deus governa as nações”.


Salmo 103:19 Estabeleceu seu trono nos céus, e como rei domina sobre tudo o que existe.
Salmo 24:1 “Ao Senhor pertence o mundo e os que nele habitam”.
Salmo 89:11 “Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste”.
Isaias 40:10 “O Eterno vem com poder! Com seu braço forte ele governa”.
Salmo 145:13 Teu reino é o de todos os séculos, teu domínio subsiste por todas gerações”.

Através da oração o planejamento eterno é compreendido, o movimento de Deus é viabilizado, tudo o que cremos
tem expressão e o que esperamos é gerado (Processo Gestacional). A oração se torna o meio pelo qual nos envolvemos com
tudo o que Deus realizando e não mais apenas buscamos respaldo para aquilo que já planejamos. Trata-se de uma prática
responsável, onde mais importante do que fazer uma nova oração é saber o que fazer com cada resposta de oração concedida,
pois toda oração verdadeira exigirá de nós uma nova ação concreta e não mais apenas uma reação emocional. A partir do
testemunho de Jesus vemos a oração se tornando o meio pelo qual aprendemos a decidir corretamente, uma vez que ela tem
o poder de trazer a nós a perspectiva de Deus para cada questão elementar da vida integral.
Clama a mim, e responder-te-ei, e
anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes. Jeremias 33:3

ORAÇÃO ESCATOLÓGICA NOVA PERSPECTIVA NOVA ATUAÇÃO NA TERRA


CLAMA A MIM E RESPONDEREI FALAREI SOBRE O QUE NÃO SABE CADA RESPOSTA UMA NOVA PORTA

A prática da oração se torna uma realidade reveladora, um meio pelo qual alcançamos clareza e certeza de propósitos,
através dela passamos a enxergar a partir da perspectiva de Deus. Cada oração vive a expectativa de uma resposta e cada
resposta de oração deve ser entendida como uma “Porta” que Deus abre primeiramente para mostrar aquilo que tenciona
realizar a seguir, em segundo lugar para mostrar que nenhuma resposta é o fim em si mesma, não encerra o assunto pelo
qual oramos, mas sim amplia nossa compreensão, nos surpreendendo com algo que ainda não sabíamos, algo que sempre
exigirá de nós uma nova ação. A oração deve representar para nós o meio pelo qual vivemos um relacionamento eterno e
somos transformados continuamente, o meio pelo qual uma nova “Porta de fé” se abre diante de nós.

ORAÇÃO DE REINO

VENHA O TEU REINO BURCAR EM PRIMEIRO LUGAR TEU REINO


A oração que expressa a verdadeira expectativa de um Governo de Deus Busca-se esse governo pelo sujeitar inteiramente e continuamente
sobre todas as áreas da vida nossas vidas a Ele assumindo nossa posição.

A oração se torna importante para fazer a conexão entre o pedir para VIR
Para que de fato esse governo esteja em nós e atue através de nós

A oração feita com propósitos vence o egocentrismo religioso que continuamente questiona a falta de respostas,
sendo que na maioria das vezes, nossas vontades pré-concebidas nos impedem de reconhece-las, (Não consideramos uma
resposta de oração aquilo que é contrário ao que queríamos ouvir). Jesus sempre orava com objetivo de conhecer como
continuar cooperando com o cumprimento do propósito global de Deus e sua missão específica, por isso, os momentos
decisivos de sua jornada são respaldados por sua “Prática de Oração”.
A oração tomou a prioridade sobre o comer: João 4:31-32
A oração tomou a prioridade sobre os negócios: João 4:31-32
Durante a primeira excursão do ministério: Marcos 1:35; Lucas 5:16
Antes de escolher aos discípulos: Lucas 6:12-13
Antes/depois de alimentar os 5.000: Mateus 14:19,23; Marcos 6:41,46; João 6:11,14-15.
Ao alimentar os 4.000: Mateus 15:36; Marcos 8:6,7
Antes da confissão de Pedro: Lucas 9:18
Antes da transfiguração: Lucas 9:28,29
Ao retorno dos setenta: Mateus 11:25; Lucas 10:21
À tumba de Lázaro: João 11:41-42
Na bênção das crianças: Mateus 19:13
À vinda de certos gregos: João 12:27-28
Sobre o dar do Espírito Santo: João 14:16
No caminho a Emaús: Lucas 24:30-31
Antes de Sua ascensão: Lucas 24:50-53
Antes de Sua maior prova: Mateus 26:26-27; Marcos 14:22-23; Lucas 22:17-19
Se temos dificuldade em entender a Vontade de Deus talvez ainda estejamos envolvidos com a Nossa Vontade. A
dúvida é a prova dessa mentalidade dúbia, a ansiedade é a prova da passividade angustiante de uma mente dividida, a
inconstância de fé e obras é o sinal de que precisamos tomar uma posição.

PERSPECTIVA PROFÉTICA: NA TERRA COMO NO CÉU


Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora. Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante
de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas. Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado
muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do
anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do
altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas
prepararam-se para tocar. Apocalipse 8.1-6

Nesse texto acima vemos sendo entregue a Deus “muito incenso”, que representa “as orações de todos os santos”,
que sobem como um aroma à presença de Deus, mostrando o quanto esse princípio da oração movimenta a eternidade em
favor da terra. Olhando para esse princípio através de uma perspectiva sacerdotal, vemos que representa mais que uma
prática devocional, porque é o meio pelo qual cooperamos com o cumprimento da vontade de Deus, aderindo a cada uma das
suas respostas que ressoam dentro de nós como “Trovões, vozes, relâmpagos e terremotos”, manifestações são semelhantes
a voz de Deus falando com Moisés no Monte Sinai em Êxodo 19.16 e 20.18.

TROVÕES, VOZES, RELÂMPAGOS E TERREMOTOS


Apocalipse 4.5 Apocalipse 6.1 Apocalipse 10.3-4 Apocalipse 11.19 Apocalipse 16.17

Ao redor do trono, há Vi quando o Cordeiro Pôs o pé direito sobre o mar Abriu-se, então, o Então, derramou o sétimo anjo
também vinte e quatro abriu um dos sete selos e e o esquerdo, sobre a santuário de Deus, a sua taça pelo ar, e saiu
tronos, e assentados ouvi um dos quatro seres terra,e bradou em grande que se acha no céu, e grande voz do santuário, do
neles, vinte e quatro viventes dizendo, como voz, como ruge um leão, e, foi vista a arca da lado do trono, dizendo: Feito
anciãos vestidos de se fosse voz de trovão: quando bradou, desferiram Aliança no seu está! E sobrevieram
branco, em cujas cabeças Vem! Vi, então, e eis um os sete trovões as suas santuário, e relâmpagos, vozes e trovões, e
estão coroas de ouro. Do cavalo branco e o seu próprias vozes. Logo que sobrevieram ocorreu grande terremoto,
trono saem relâmpagos, cavaleiro com um arco; e falaram os sete trovões, eu relâmpagos, vozes, como nunca houve igual desde
vozes e trovões, e, diante foi-lhe dada uma coroa; e ia escrever, mas ouvi uma trovões, terremoto e que há gente sobre a terra; tal
do trono, ardem sete ele saiu vencendo e para voz do céu, dizendo: Guarda grande saraivada. foi o terremoto, forte e
tochas de fogo, que são os vencer. em segredo as coisas que grande.
sete Espíritos de Deus. os sete trovões falaram e
não as escrevas.

INCENSO:ORAÇÃO DOS SANTOS


Oração é a comunicação perfeita entre criatura e criador, num desejo de conhecer e deixar-se conhecer.
Êxodo 30; 34. O incenso é formado por três elementos: Estoraque, Ônica e Gálbano
“... E taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.” Ap.5.8.

1º ESTORAQUE 2º ÔNICA 3º GÁLBANO

Gota que se desprende de um arbusto Molusco das profundezas dos mares (Partes Extraído de um arbusto triturado (Resina
espontaneamente: (Resina aromática). fibrosas de algumas conchas): medicinal. erva umbelífera. Ex: Erva doce)
A oração é uma conversa com Deus, com A verdadeira oração é aquela que brota do A oração brota do coração contrito. Que se
declarações que brotam espontaneamente. íntimo, compartilhando com Deus o que está reconhece pequeno diante da glória e
Não é necessário cerimônias para falar com no profundo da alma, dividindo com Ele agradecido por toda providência. Nesse lugar
Deus, é necessário ser verdadeiro e pensamentos, anseios, angustias, ansiedades de oração encontra alento, refrigério e cura
espontâneo e desejo para alma.
ASPECTO MOTIVACIONAL
O que causa disputas e lutas entre vocês? Não são seus desejos guerreando em seu interior? Vocês desejam coisas que não têm,
matam e invejam, mas não conseguem obtê-las. Então vocês lutam e disputam. O motivo pelo qual vocês não têm é que não oram.
Ou vocês oram e não recebem, por orarem com a motivação errada: o desejo de saciar os seus desejos. Tiago 4.1-3

Esse “Aspecto Motivacional” fala de assumirmos que podemos pedir a Deus “Coisas boas” pelos “Motivos errados”,
comprometendo a eficácia da oração. Tiago fala de uma guerra motivacional em nosso homem interior, de coisas que
desejamos contra as coisas que temos. Diante disso: ou abandonamos a oração em prol do que desejamos ou nos dedicamos
à campanhas de oração para alcançar o que desejamos, que nem sempre é o que precisamos, ou aquilo que Deus espera que
busquemos. Tiago segue dizendo que em toda situação devemos orar declarando que a oração do justo é poderosa e eficaz.
Porém entre a oração e a sua eficácia, trata do concerto pessoal, fala de homens que se posicionam corretamente, o homem
justo tem um coração reto que em Deus encontrou sua posição e todas as coisas sendo acrescentadas (Tiago 5.13)

ESPAÇO PARA DEUS DENTRE TODAS AS COISAS DA VIDA


Henry Nouwen em seu livro “Espaço para Deus” compartilha que: A vida espiritual só pode ser real quando é vivida
no meio das dores e alegrias do aqui e agora. Uma das características mais óbvias das nossas vidas diárias é que estamos
atarefados. Na nossa vida os dias são cheios de coisas para fazer, e embora sejamos muito atarefados, também temos um
sentimento persistente de que nunca realmente cumprimos nossas obrigações. Estar atarefado tornou-se um símbolo de
status. "Todas estas coisas" estão sempre exigindo nossa atenção. Levam-nos tão longe de casa que no fim nos esquecemos
do nosso verdadeiro endereço, isto é, o lugar onde podemos ser encontrados. Jesus reage a esta condição de estar cheio
porém não realizado, muito atarefado porém desligado, em todo lugar porém nunca em casa. Ele nos quer levar ao lugar onde
pertencemos. Mas seu chamado para viver uma vida espiritual só pode ser ouvido quando queremos honestamente confessar
nossa existência desabrigada e preocupada e reconhecer seu efeito fragmentador em nossa vida diária. Só então um desejo
por nosso verdadeiro lar pode ser desenvolvido. É a respeito deste desejo que Jesus fala quando diz: "Não vos preocupeis...
buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e todas estas cousas vos serão acrescentadas" É importante que compreendamos
que Jesus não quer de forma alguma que deixemos nosso mundo de muitas facetas. Antes, quer que vivamos nele, mas
firmemente arraigados no centro de todas as coisas. Jesus não fala sobre uma mudança de atividades, uma mudança de
contatos, ou até uma mudança de ritmo. Ele fala sobre uma mudança de coração. Esta mudança de coração faz todas as
coisas diferentes, até mesmo quando todas as coisas parecem permanecer as mesmas. Este é o significado de: "Buscai, pois.
em primeiro lugar, o seu reino ... e todas estas coisas serão acrescentadas". O mais importante é onde estão nossos corações.
Quando nos preocupamos, temos nossos corações no lugar errado. Jesus pede que coloquemos nossos corações no centro,
onde todas as outras coisas irão se encaixar. Não há muita dúvida de que a vida de Jesus foi uma vida muito atarefada.
Contudo, Jesus estava interessado numa coisa somente: fazer a vontade do seu Pai. Nada nos Evangelhos é tão marcante
como a obediência resoluta de Jesus a seu Pai. O centro da sua vida é este relacionamento de obediência com o Pai. Sua
obediência significa uma atenção total e destemida a seu Pai amoroso. Entre o Pai e o Filho há somente amor. Veio para nos
elevar à participação na comunidade de amor com o Paí.

Mateus 9:38 Orar ao Pai por trabalhadores para sua seara.


Mateus 10:1 Registro de Jesus escolhendo seus discípulos.
Lucas 6:12 "Antes de escolher os doze, ele passou a noite inteira sozinho no monte deserto".
Mateus 14:13 (Morte de João Batista) Jesus “retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte”
Mateus 26:36-46 “Se preparava para entregar-se, orando na solitude do jardim do Getsêmani”.
Lucas 22:44 “Estando em agonia, orava mais intensamente e seu suor se tornou como gotas de sangue sobre a terra
Lucas 23, 34.46 "Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem. Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.”
PEDIR. BUSCAR. BATER
“Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e
àquele que bate, a porta será aberta.” (Mateus 7.7-8).

PEDIR BUSCAR BATER


É simplesmente apresentar uma demanda a Cento e Vinte homens e mulheres buscaram É a oração que é persistente. É ilustrada na
Deus. Para receber, a condição é pedir: o cumprimento da promessa do Espírito parábola que Jesus disse em Lucas 11:5-10.
“Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não Santo e “continuaram” buscando até que a
têm, porque não pedem” (Tiago 4:2). resposta viesse (Atos 1-2).

O primeiro nível de relacionamento Buscai, é o nível de relacionamento com Batei: Podemos experimentar
desenvolvido com Deus através da oração é Deus através da oração, no qual um nível de oração que nos faz desejar e
pedir. entendemos que só revelar nossos desejos, ultrapassar limites. (o que no caso seria a
angústias, inquietações não é suficiente. Intercessão!)
“TEM MAIS...”

Nesse nível todos se exercitam. Precisamos ouvir Podemos e devemos orar


Desde pequenos aprendemos a pedir. o que Ele tem a dizer sobre tudo isso. por coisas que parecem impossíveis a nós,
Crianças aprendem logo dizer: Dá! Mas Jesus deixa claro que há mais a até porque o que for possível deve ser feito
Fazemos questão de dar tudo que pedem. experimentar, um terceiro nível: por nós.

Rheinard Bonnker “oração é o oxigênio da corrente sanguínea da fé.”.


Quando agimos em oração, o céu reage a nosso favor.

ANTES DE TUDO
John Owen, teólogo inglês do século 17, escreveu uma advertência a ministros populares e bem-sucedidos: O ministro pode encher os
bancos da igreja, a lista de membros, a boca do público, mas aquilo que ele é quando está de joelhos diante do Deus todo poderoso, em
secreto, isso é o que ele é e mais nada.
Paulo em 1 Timóteo 2:1 orienta seu discípulo Timóteo a “antes de tudo”, antes de qualquer pensamento, palavra ou
ação, praticar “todo tipo de oração”. O que fazemos antes de tudo é MAIS importante. Antes de todos os nossos
compromissos, preocupações, programações, apresentamos suplicas para que nada venha dividir nosso coração, mente,
entendimento e força, para que nada dívida o amor por Ele, assim ser e estar inteiro, estar presente, diante do Deus que é
presente. Para ouvir precisamos estar prontos para ouvir. Quando se diz “Toda oração” pode estar falando que através de
todos os tipos de oração e súplica. Quando pensamos nesses vários tipos podemos alistar Suplicas, Oração, intercessão e
ações de graça.

QUATRO NÍVEIS DA ORAÇÃO


Terminologia Bíblica para Oração

TIPOS DE ORAÇÃO
1 Timóteo 2:1 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações,
intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens...

SUPLICAS ORAÇÕES INTERCESSÕES AÇÕES DE GRAÇA


DEESIS PROSEUCHE ENTEUXIS EUCHARISTIA
Pedir com desespero, Oferecer orações ou Encontro de entrevista, questionar (Se Ser grato, agradecido. (Louvor)
petição com fervor. palavras a alguém que está aplica em favor de todos os homens) Atitudes que nos tornem
perto em benefício de algo Agradáveis e Agradecidos.
‘ATHAR em direção a um objetivo e ENTUGCHANO Algo Aceitável e Beneficente
Orar, rogar, suplicar pleitear propósito Iluminar, afetar, encontrar uma 1 Coríntios 14.16
Isaque Suplicou | Gênesis 25:21 82 vezes no Novo pessoa, fazer intercessões por
Moises Cessa as pragas | Êxodo Testamento alguém (Em favor de todos os Santos)
8.29

TACHINNAH TAPHILLAH PALAL TOWDAH


Súplica de favor Davi tem uma prática de Orar, intervir, interpor-se, mediar, Confissão, dar louvor a Deus,
Davi ora com súplica | Salmo 6.9 Oração 2 Samuel 7:27 | julgar. Abraão Intervém para Deus ação de graças em cânticos,
Salomão faz súplicas 1 Reis 8.38 | Salmo 17.1| Salmo 35.13 | curar Gênesis 20:17 hino de louvor em coro ou
8.45 Salmo 39.12 | 42:18 | 54:2| procissão ou linha ou
55:1... Moisés em Favor do povo companhia, oferta de gratidão.
RINNAH Números 11.2 Levítico 7.12-15
Grito retumbante, súplica em Salomão em oração de
proclamação, Júbilo Consagração 1 Reis 8:28 | Samuel Intercede Josué 7:19 Filho meu, dá glória
1 Reis 8:28 Atenta, pois, para a 8.38 | 8.45| 8.54 | 9.3 1 Samuel 7.5 | 12.23 | ao SENHOR, e a ele rende
oração de teu servo e para a sua Salomão Intercede pelo pecado do louvores... (Ações de Graça e
súplica, ó SENHOR, meu Deus, para Sacerdotes oram a Deus povo 1 Reis 8.33 | 8.42 | Confissão)
ouvires o clamor e a oração que faz, abençoando o povo.
hoje... 2 Crônicas 30.27 Quando o povo sai a guerra 2 Crônicas 29.31| A
Minha casa será chamada 1 Reis 8.44 congregação trouxe sacrifícios e
QEZZA’AQ casa de oração para todos ofertas de ações de graças e
Gritar, clamar por Socorro, os povos. Isaias 56.7 Rei Ezequias e Profeta Isaias todos os que estavam de
proclamar Rei Ezequias e Profeta 2 Crônicas 32.20 coração disposto trouxeram
Isaias Intercedem e Clamam. | 2 ‘AMAR holocaustos. Ações de Graça e
Crônicas 32.20 Dizer, falar ao coração, Intercessão de Manassés Consagração
responder, pensar, 2 Crônicas 33.13
QARA’ intencionar, ser chamado YADAH
clamar, gritar, proclamar, ler em Isaias 12.1 Esdras Intercede confessando Atirar (flechas), dar graças,
alta voz, emitir som salto, invocar, Orarás naquele dia. pecados e muitos se uniram a ele louvar, Agradecer, confessar o
convidar, Rendo-me quando clamo, (Intercessão mobiliza) Esdras 10.1 nome de Deus. Isaias 12.1 |
e ouve minha oração | Salmo 4.1 Graças te dou
Perto está se todos que o invocam. Neemias ouve e chorou, lamentou,
Salmo 145 .18 jejuou e intercedeu. | Neemias 1.4
|
SÚPLICA E INTERCESSÃO
Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem (Intercessão) neste lugar; ouve no céu,
lugar da tua habitação; ouve e perdoa. 1 Reis 8.30

ORAÇÃO COM SÚPLICA E CLAMOR


Atenta, pois, para a oração de teu servo e para a sua súplica, ó SENHOR, meu Deus,
para ouvires o clamor e a oração que faz o teu servo diante de ti. 2 Crônicas 6.19

Com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito e


para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos. Efésios 6.18-20

SÚPLICAS
Uma das maiores dificuldades para desenvolver a prática da oração é a dificuldade de concentração. O silêncio torna-
se desconfortável por causa da agitação interior, são tantos pensamentos que nos ocupam e preocupam, falando ao mesmo
tempo dentro que não sabemos como ouvir Deus. Por isso, Paulo começa falando sobre suplicar. Paulo tem como ponto de
partida oração como súplicas, com objetivo de apresentar as preocupações diante dele, para não nos encontrar ansiosos por
coisa alguma, dividindo mente e coração, pensamento e vontade, desestabilizando nossos passos pelo cansaço e sobrecarga.
O termo Oração fala de orações dirigidas a Deus, falando a respeito de Deus. Esses tipos de oração funcionam juntas,
porém, veremos separadamente por questão didática. Por exemplo: “Orações e Súplicas” funcionam juntas, porém, “Súplica”
significa pedir com fervor por uma necessidade. As suplicas nos mantém diante dele, nos guarda em paz, estabilidade integral,
nos faz encontrar descanso em sua vontade, nos faz ser resposta a sua iniciativa por comunhão (Onde estás? Construam para
mim um tabernáculo para que habite no meio de vós).
Suplica é o auto enfrentamento, não tem nada a ver com a tentativa frustrante de tentar silenciar momentaneamente
vozes e sentimentos perturbadores, mas sim, identifica-los, dar nomes as vozes, sentimentos e pensamentos, seja ansiedade,
medo, preocupação, angustia, aflição, ira, ressentimento, amargura, rejeição, desânimo, não importa, sua função não é julgar-
se, mas identificar toda interferência na sua concentração. Suplicar é falar a verdade sobre você para Deus, não importa o
quão estranha, desconectada ou confusa pareça. Suplicar é o pedido de ajuda, de socorro. A palavra usada para a "súplica"
de Moisés diante de Deus, tem o sentido de tornar-se fraco, aflito triste (Êxodo 32:11). Suplicar é o tornar-se vulnerável a
Deus. Suplicar é dividir com Deus, é aliviar o peso, é não sentir mais sozinho, é manter nossas necessidades sempre diante
dele, para não ficarmos ansiosos, dividindo mente e coração, pensamento e vontade, tornando-se inteiro em Deus e para
Deus. Jesus ensina que não devemos ficar ansiosos por causa das necessidades cotidianas da vida (Mateus 6:25-28).
O que fazer? Paulo escrevendo aos Filipenses 4:6 ensina: Não andeis ansiosos de coisa alguma; EM TUDO, porém,
sejam conhecidas, DIANTE DE DEUS, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus,
que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. A medida que todas as nossas
necessidades estão diante Dele, encontramos paz, estabilidade, equilíbrio, vitalidade interior. A suplica tem um papel
importante para que tenhamos uma experiência de ouvir a voz de Deus em oração. Antes de tudo, de todos compromissos,
preocupações, programações, sigamos apresentando nossas suplicas diante de Deus para que nada dívida nosso amor por
Ele, para que permaneçamos em sua presença e Ele nos tenha inteiros perante Ele, prontos para ouvir...

Ao SENHOR ergo a minha voz e clamo, com a minha voz suplico ao SENHOR.
Derramo perante ele a minha queixa, à sua presença exponho a minha tribulação" Salmo 142:1.

Mateus 6:25-34. Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao
que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Qual de vós, por ansioso que esteja,
pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Portanto, não vos inquieteis,
dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois
vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao
dia o seu próprio mal
FALEI ATÉ QUE ...
Salmo 73:16. Quando tentei entender tudo isso, achei muito difícil para mim, até que entrei no santuário de Deus, e
então compreendi o destino dos ímpios. Quando o meu coração estava amargurado e no íntimo eu sentia inveja, agi como
insensato e ignorante; minha atitude para contigo era a de um animal irracional. Contudo, sempre estou contigo; tomas a
minha mão direita e me susténs.

CONFISSÃO
Mateus 10:32 Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus;
Lucas 12:8 Todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus;
1 João 4:15 Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus

HOMOU LOGOS

PESSOAS UNIDAS AÇÃO


Raiz de HAMA A Palavra como um Verbo. Expressão de um
Ao mesmo tempo, de uma vez ou junto conceito ou ideia.

CONCORDANCIA TOTAL
Estar Unido com Cristo em palavra e ação fazer como e junto com Ele.
AÇÃO | POSIÇÃO | EXPRESSÃO

Os dois significados de “confissão” representados no Novo Testamento representa “aquilo que é reconhecido ou
confessado” (Romanos 10.9 — no caso, “confessar Jesus”). O outro sentido de “confissão” em 1 João 1.9 (Se confessarmos
os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça). “Assim, aquele bode
levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e o homem enviará o bode ao deserto” (Levítico 16.21,22).
Confissão de Davi (Salmos 51.3,4).

DA SÚPLICA PARA A ORAÇÃO...


Paulo fala da importância da pratica de toda oração e suplica para o fortalecimento na força do seu poder (Efésios
6:10-17). Sabemos que a suplica tem um papel importante para a experiência de oração, porque medida que suplicamos nos
tornamos inteiros para Deus. A suplica deve te levar a um próximo nível. É possível praticar suplicas sem nunca estar presente
o bastante para ouvir o Pai e ter uma experiência mais profunda de oração. Por intermédio de Cristo, a oração se transforma
no que o reformador escocês John Knox chamou de “uma conversa sincera e próxima com Deus”, e no que João Calvino
chamou de “conversa íntima” dos crentes com Deus, ou, em outra parte, “comunhão dos homens com Deus” — uma interação
comunicativa de mão dupla.54 “Pois por meio dele [Cristo] temos acesso ao Pai pelo mesmo Espírito” (Efésios 2.18)

DESCOBRINDO O AMBIENTE DA ORAÇÃO


Antes de ter uma oração, Jesus fala de encontrar o lugar da oração no Pai, o lugar onde você passa a ter uma oração.
Quando a porta se fecha, quando nada mais nos divide, o Pai nos tem por inteiro, encontramos esse lugar. Já não estamos
falando apenas dos nossos interesses, agora Ele tem nossa atenção, estamos interessados em ouvir e ver a respeito dos seus
planos, caminhos, seu Reino e sua justiça. Nesse momento conferimos nosso desejo com a sua vontade, o que estamos
envolvidos com o que Ele está fazendo. Nesse lugar silencioso temos a experiência com a sua voz. De repente nos vemos
entre pensamentos que falam dentro de nós, sobre quem Ele É, como Ele se move, o que está fazendo, seu desejo, as causas
de tudo que está acontecendo, de repente estamos diante de uma nova fonte de informações que não teríamos condições de
alcançar sozinhos. Nos vemos envolvidos por algo muito maior do que nós mesmos. Nesse momento nosso pensamento e
coração se envolvem totalmente com as demandas do Pai, passamos a orar sem cessar.
Por isso, Jesus tinha uma oração, porque sua mente e coração estavam continuamente voltados para aquilo que o
Pai falava com Ele. Quando Ele nos tem totalmente encontramos lucidez espiritual para ver tudo com mais claridade, por uma
nova perspectiva, entramos em concordância com sua palavra que encontra lugar em nós. Entramos em oração quando
permanecemos nele o bastante para nos sincronizar a frequência da sua presença e remir o tempo. É quando Ele tem nossa
presença e sua palavra está em nós (João 15). Nesse momento encontramos lucidez espiritual para pedir em concordância
com o que ouvimos a oração do justo, porque não se trata mais de uma suplica pessoal, mas da oração baseada nas suas
palavras pelo cumprimento da sua vontade. Por isso, Jesus afirma que se estivermos nele e suas palavras em nós poderemos
pedir qualquer coisa. Está falando de orarmos em tempo oportuno em favor de causas específicas. Em oração, somos levados
a olhar por uma perspectiva mais abrangente, é como se conseguíssemos ver, por um instante, parte daquilo que Ele está
vendo e como Ele vê.

ORANDO COM JESUS: A PRÁTICA DA ORAÇÃO


Jesus Cristo ensinou seus discípulos a orar, curou pessoas com orações, denunciou a corrupção da adoração no
templo (o qual deveria ser uma “casa de oração”) ensinou que demônios são expulsos por meio de oração. Orava de forma
frequente e regular com clamor e lágrimas fervorosos (Hebreus 5.7), às vezes a noite inteira. Enquanto orava, o Espírito Santo
desceu sobre ele e o ungiu (Lucas 3.21,22) e, enquanto orava, foi transfigurado com a glória divina (Lucas 9.29). Enfrentou
seu maior momento de aflição em oração. Nós o ouvimos orando pelos discípulos e pela igreja na noite antes de morrer (João
17.1-26) e depois, rogando a Deus em agonia no jardim do Getsêmani. Por fim, morreu orando.

JESUS ENSINA COMO ORAR ATRAVÉS DO EXEMPLO


Mateus 14:23 “Após multiplicação; despediu discípulos e as multidões e “subiu ao monte a fim de orar sozinho.”
Lucas 5:16 Depois de curar um leproso. "Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava".
Lucas 6:12-13 “E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.
Marcos 1:32-35 levantando-se de manhã, muito cedo, ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
Hebreus 5:7 “Durante seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e suplicas, em clamor e com lágrimas, àquele que o podia
salvar da morte, tendo sendo ouvido por causa da sua reverente submissão”.

ORANDO COM A IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO


Logo após a morte de seu Senhor, os discípulos se prepararam para o futuro estando juntos “constantemente em
oração” (At 1.14). Todas as reuniões da igreja são “dedicadas [...] à oração” (At 2.42; 11.5; 12.5,12). O poder do Espírito desce
aos primeiros cristãos em resposta a orações poderosas, e líderes são escolhidos e constituídos somente com oração. Espera-
se que todos os cristãos tenham uma vida de oração regular, fiel, dedicada e fervorosa. No livro de Atos, a oração é um dos
principais sinais de que o Espírito entrou no coração de alguém pela fé em Cristo. O Espírito nos dá a confiança e o desejo de
orar a Deus e capacita-nos a orar mesmo quando não sabemos o que dizer. Os cristãos aprendem que a oração deve dominar
seus dias inteiros e sua vida toda — eles devem orar “sem cessar” (1Ts 5.17).

ORAÇÃO COMO UMA PRÁTICA TRANSFORMADORA


Se reconhecermos nossos pecados, então, por ser digno de confiança e justo,
ele nos perdoará e purificará de toda a injustiça. 1 João 1.9

RECONHECENDO ARREPENDIMENTO CONFISSÃO PERDÃO PIRIFICAÇÃO SANTIFICADO


O PECADO SEJA SEU NOME

Daniel 9:20 Falava eu ainda, e orava, e confessava o meu pecado e o pecado do meu povo de Israel,
e lançava a minha súplica perante a face do SENHOR, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus.
A partir dessa prática transformadora poderemos “Santificar o Nome de Deus”, a partir da oração o conhecemos, o
vemos e nos vemos. A partir desse conhecimento somos iluminados e convencidos de situações que precisam ser resolvidas,
e por sua bondade e misericórdia encontramos o arrependimento que nos leva a “Confissão” que é declarar abertamente e
falar livremente com Ele sobre todas as áreas da nossa vida. A grande questão é se estamos dispostos a ver o que será
revelado de Deus e da falta de Deus em nós, se estamos dispostos a ouvir coisas que não gostamos de falar, por exemplo:
Deus pode estar querendo nos mostrar o quanto ainda temos:

Espiritualidade altiva (Suposta posição espiritual superior aos outros e desejo de aumentar nosso próprio valor diante dos outros)
Hipocrisia Religiosa (Reconhecer que não somos pessoas tão maduras e espirituais quanto fazemos as pessoas pensarem que somos | Fingimento)
Motivações duvidosas (Nossas razões que parecem ser para glória dele estão envolvidas auto-satisfação, auto-realização e outros autos)
Expressões de Orgulho (Sentimento sutil de promoção pessoal que escraviza pela necessidade de reconhecimento)
Julgamento Carnal (Conhecer as pessoas segundo a carne fazendo do falso discernimento base de julgamento)

Aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos,
e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males. 1 Pedro 3.12

INTERCESSÃO
Devemos antes de tudo, antes de todos os compromissos, antes de todas as preocupações, antes de todas as
programações, antes de toda liturgia de oração, praticarmos essa abrangência dinâmica de oração. Antes de tudo, apresentar
diante Dele toda nossa ansiedade, orar por todos, justos em tudo, desejando sempre a salvação de todos, pelo conhecimento
de toda a verdade de Cristo que se deu em resgate de todos.
Intercessão é a expressão do nosso compromisso com sua vontade revelada na oração. É quando gememos junto com
seu Espírito em favor de todos os homens e em nome de todos os santos. A intercessão é quando nos envolvemos com o que
ouvimos na experiência de oração. Intercessão é quando já não estamos mais tratando dos nossos interesses e necessidades
pessoais, mas nos envolvemos com a obra de Deus, desejamos que todos encontrem salvação pelo pleno conhecimento da
verdade. “Longe de mim”, disse o profeta Samuel a seu povo, “acontecer de eu pecar contra o SENHOR deixando de interceder
por vocês” (1Samuel 12,23). Segundo os textos de Efésios 1, Filipenses 1, Colossenses 1 e Efésios 3, Paulo costumava orar
assim por aqueles a quem amava: “Peço sempre que [...] vocês venham a conhecê-lo melhor, ter “os olhos do [...] coração [...]
iluminados” (Efésios 1.18). O coração é onde ficam guardados os compromissos mais importantes, os afetos mais profundos
e as esperanças mais básicas que governam sentimentos, pensamentos e comportamentos. Ter olhos do coração iluminados
pela verdade significa permitir que ela nos penetre e de nós se apodere em profundidade, a ponto de nos transformar por
inteiro como pessoa. Em Efésios 3.18, Paulo afirma desejar que o Espírito lhes dê “poder [...] para compreender” todos os
benefícios passados, presentes e futuros que receberam ao crer em Cristo. Paulo vê esse conhecimento mais profundo de
Deus como algo mais importante para receber do que a transformação das circunstâncias. Portanto, conhecer melhor a Deus
é do que necessitamos acima de tudo, se pretendemos enfrentar a vida sejam quais forem as circunstâncias. O apóstolo não
vê a oração como um simples modo de obter coisas de Deus, mas como uma maneira de obter mais do próprio Deus.

NÍVEIS DE INTERCESSÃO
Quando Paulo exorta seu discípulo a prática de intercessões, existem no contexto a intercessão abençoadora e a
intercessão mediadora. Paulo fala de um nível de intercessão a favor de todos os homens (1 Timóteo 2:1) e intercessão cujo
o único mediador é Cristo (1 Timóteo 2:5). Segundo Paulo, o único que pode se identificar com o homem pecador ao ponto de
se apresentar diante de Deus tornando-se justificador mediador é Jesus. Nenhum homem tem estrutura para se apresentar
diante de Deus identificando-se com pecados dos homens, cidade, estado ou nação. Intercedemos por todos os homens
abençoado no sentido de pedir a Deus que as pessoas, cidade e nação chegue ao pleno conhecimento da verdade, podemos
interceder para que se arrependam e sejam reconciliados com Deus, uma vez que Deus deseja que sejam salvos. O nível de
intercessão por todos os homens nos faz pedir diante de Deus a favor de todos, abençoando-os com paz e justiça.
Não só podemos, mas devemos nos importar ao ponto de interceder em favor de todos, para que cheguem ao pleno
conhecimento da verdade. O nível de intercessão mediadora implica identificação de natureza. Falar em nome de alguém,
tem a ver com alguém que legalmente possamos representar diante de Deus, por isso Abraão intercede pelos justos de
Sodoma e Gomorra, Moisés pelo povo de Israel. Entender esse princípio nos lembra do compromisso de orar pela nossa
família, a família de Deus, a igreja de Jesus, como reparadores de brechas, ocupando espaços e reposicionando pessoas.

JESUS É O ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS


Quando se trata da intercessão por identificação com o pecador, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens,
somente Ele é capaz de levar sobre si todos os pecados, não temos condições de assumir essa mediação entre pecadores e
Deus, de intercedermos por identificação pelo pecado, a fim de que sejam salvos, somente Cristo fez isso. Romanos 8. O
Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do
Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos. Intercessão não é para meninos, mas para
filhos amadurecidos, para “huios”.

Isaias 53.3 “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem
os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as
nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de nós todos”.

Romanos 8:34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e
também intercede por nós. A palavra para “intercede” é a junção da preposição primária “en” que tem a denotação de posição com
verbo “tugchano” que em sua raiz significa atingir alguém atirando uma lança, ou seja, alcançar ou encontrar alguém ou que se
apresenta sem ser solicitado, por aquele que arrisca ser. A questão é: Por quem Jesus intercede? Por nós. E diante de quem? Diante
de Deus Pai. Portanto, se estamos com Cristo, como devemos interceder? Exatamente como Ele.

Hebreus 7:25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

Hebreus 8:6. Cristo é o mediador da nova aliança, através de quem Deus e as pessoas são reconciliados. Portanto, há um só Deus e
um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem. 1 Timóteo 2:5

INTERCESSÃO POR TODOS OS HOMENS


A palavra grega para intercessão é enteuxis que significa aproximar para conversar; e a palavra profética no grego é
propheteia que significa declarar a mente e conselho de Deus; juntado os dos significados temos uma conversa íntima onde
vemos e a forma de como Deus está pensando e declaramos esses pensamentos e também obtemos o seu conselho de como
devemos conduzir a intercessão ou a oração.
INTERCESSÃO PELOS JUSTOS
Intercessão no Antigo Testamento aparece muitas vezes e traz alguns significados importantes como “interpor-se,
no sentido de se colocar entre duas pessoas” e “colidir com violência, colocando-se entre”. Por isso, Abraão antes da
destruição de Sodoma e Gomorra, representa o meio legal pelo qual o decreto viria ou não se cumprir. Amós 3.6-7 que diz:
“Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade, sem que o Senhor o tenha
feito? “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”.
A partir do momento que Abraão entende o que Deus está prestes a fazer, se coloca como intercessor (Gênesis 18.20-
21). Abraão permanece na presença do Senhor, “Face a Face” com Deus (Gênesis 18.22), e em segundo lugar, se coloca diante
de Deus em nome dos justos. “E, aproximando-se a ele, disse: Destruirás o justo com o ímpio?” Reconhecendo sua fragilidade,
comparando-se ao pó e a cinza se posiciona com insistência diante de Deus em favor dos justos, nos mostrando um terceiro
fator importante: Se houvessem justos na cidade, por amor a eles, seria poupada (Gênesis 18.26). Porque Devemos buscar o
Reino e sua justiça? (Mateus 6.33). Deus pode poupar uma cidade por amor aos justos, porém, não haviam justos na cidade
a não ser Ló, que foi orientado a fugir, refugiando-se em Zoar, pequena cidade que acabou sendo poupada por causa de Ló.
Nada foi feito enquanto o tratado com o intercessor Abraão fosse cumprido (Gênesis 18.22).
Segundo Derek Prince, em seus cálculos, Sodoma era uma cidade grande para aquela época, com uma população
não inferior a 10.000 habitantes e por amor a dez pessoas justas no meio de 10.000, Deus estava pronto para poupar a cidade.
Seguindo essa linha de raciocínio chegamos a uma pessoa em cada mil. Essa pode representar uma proporção bíblica?
Existem outros textos que mostram isso como uma possibilidade, por exemplo, Jó 33.23: “Se com ele, pois, houver um anjo,
um intérprete, um entre mil, para declarar ao homem o que lhe é justo”, e Eclesiastes 7.28 semelhantemente afirma: “Causa
que a minha alma ainda busca, mas não a achei: um homem entre mil”. O que isso pode significar para nós hoje? Observando
o desenvolvimento histórico e profético da igreja, Deus não trata diretamente com o ímpio, mas trata direto com seus filhos,
por isso passou antes por Abraão, porque a partir dos seus santos, leva a frente seus decretos. Se os Justos se levantam, a
cidade é salva, porém, Abraão não intercede pela cidade, mas pelos justos. A partir desse diálogo entre Abraão e o Senhor,
choveu enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra.
Derek Prince completa seu pensamento falando a respeito da diferença entre juízo e perseguição por causa da justiça.
Jesus deixa muito claro, que os justos hão de experimentar perseguição, porém, o juízo por causa do pecado vem sobre os
ímpios pela instrumentalidade de Deus, com base nisso, afirmamos que enquanto, a perseguição vem sobre os justos por
causa de justiça, através dos ímpios, a justiça de Deus se manifesta na terra através dos justos. Nesse sentido cremos que
podemos entender Hebreus 11.7 diz: “Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam
e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro
da justiça que vem da fé”. Ainda 2 Crônicas 7.14 que diz: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar,
e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua
terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar”.
Nosso Pai está nos céus, seu Reino é Eterno, a terra se tornou um dia sem forma e vazia, o homem foi feito da terra
que voltou a se corromper com o pecado, mas os céus sempre serão o lugar do cumprimento da sua boa, perfeita e agradável
vontade (Romanos 12). Começamos a orar de fato quando somos inconformados o bastante para desejar que essa boa,
perfeita e agradável vontade comece a se cumprir em nós e em todas as coisas, para que seja na terra como nos céus.

INTERCESSÃO É INTERVENÇÃO
Ocupação intercessora. Intercessão não tem a ver apenas com um tipo de Ocupação intercessora. Intercessão não
tem a ver apenas com um tipo de oração que fazemos, mas com a posição que assumimos mediante o que vemos e ouvimos.
Abraão antes da destruição de Sodoma e Gomorra, representa o cumprimento de um princípio aplicado, onde Abraão
representa o meio legal pelo qual esse decreto viria se cumprir. Intercessão é intervenção. É vencer distrações para ver além
de si mesmo. Ir além do olhar, é ver e importar-se. Ao invés de julgar, identificar-se.
Atos 9-10-16: E havia em Damasco um certo discípulo chamado Ananias. E disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui,
Senhor. E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem chamado Saulo; pois eis que ele
está orando; e numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver. E respondeu Ananias:
Senhor, de muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui tem poder dos principais dos sacerdotes
para prender a todos os que invocam o teu nome. Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome
diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome

NÃO JULGUE. SE IDENTIFIQUE...


Neemias, que significa “Deus consola”, recebe a visita de parentes que vinham de Jerusalém, e é informado da
situação do seu povo “Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria
e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas” (Neemias 1.3). Neemias estava numa
posição privilegiada, era bem-sucedido em tudo o que estava envolvido, "até que". Até que foi inteirado da real condição do
seu povo. As notícias a respeito da realidade dos seus irmãos afetam profundamente Neemias, ao ponto de ele parar tudo o
que estava fazendo para derramar lágrimas e se lamentar como alguém que está de luto. Um restaurador deve conhecer as
medidas do propósito original, alguém que veja além do seu tempo, além de si mesmo. Precisamos de pessoas que tenham
consciência da realidade atual da restauração e da necessidade de promover continuidade. A forma como Neemias “agiu” é
resultado da forma como “reagiu” as notícias que recebeu. Precisamos transmitir essas notícias sobre as condições do povo
da casa e do propósito, que existe muito antes de nós e vai muito além do que podemos alcançar. Essas notícias devem
despertar a consciência e trazer rompimento com um espírito coletivo alienado, egoísta e religioso que consome tempo,
energia, recursos e foco, distanciando-nos cada vez mais do que o Espírito está falando e fazendo nesses últimos dias. Uma
ação intercessora pela restauração da casa, do povo e seu propósito depende do nosso nível de identificação.

REPARADORES DE BRECHAS
Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse;
mas a ninguém achei. Por isso, eu derramei sobre eles a minha indignação, com o fogo do meu furor os consumi; fiz cair-lhes sobre a cabeça
o castigo do seu procedimento, diz o SENHOR Deus. Ezequiel 22:23

A Brecha é uma abertura, é um lugar que não está sendo ocupado, um espaço que deve ser preenchido, uma situação
que pode causar dano e precisa a ser reparada, é uma circunstância oportuna, uma oportunidade para intervir. A brecha é
uma rachadura a ser reparada, uma ferida aberta a ser curada, uma lacuna a ser preenchida. Quantas vezes vemos algo a ser
feito, mas ninguém se apresenta para reparar. Existem brechas a serem reparadas, espaços a serem ocupados, feridas a
serem curadas e Deus procura por um homem atentos para ganhar territórios e espaços orando.Uma brecha nos muros, revela
a fraqueza de uma cidade, e intercessores reparadores das brechas são aqueles que olham para além da proteção das suas
próprias casas, para que toda a cidade seja mantida em segurança. (Minha casa permanece em ruínas). Reparar os pontos
fracos da vida de uma comunidade, da igreja e da sua relevância em uma cidade.

Para preservar uma nação chamou Noé;


Abraão. Gênesis 18.22-33. Intercedeu pelos justos da cidade.
Para libertar o seu povo chamou Moises;
Moisés Intercedeu pelo povo de Deus. Êxodo 32.9-14; Deuteronômio 9.18.
Para guerrear chamou Gideão;
Para livrar Israel chamou Ester;
para reinar achou Davi,
Abgail. 1 Samuel 25.1-34. Intercedeu por seu marido e família diante de Davi.
Neemias. Neemias 1.4-11. Intercedeu pela cidade de Jerusalém
Para restaurar a nação chamou Neemias...
O QUE APRENDEMOS COM A ÚLTIMA ORAÇÃO DE JESUS?
Nas horas que antecederam sua prisão, seu julgamento e sua execução, Jesus reuniu seus discípulos a fim de ensinar
as últimas lições, lembrar verdades e encorajá-los a confiar e a obedecer nas horas difíceis que estavam por vir. No capítulo
16 eles ouviram que o Espírito de Deus viria como Ajudador e Consolador deles. “Tende bom ânimo”, Cristo concluiu, “eu
venci o mundo.” Essa oração revela a comunhão do Filho com o Pai, contudo, também marca uma transição, isto é, o final do
ministério terreno de Jesus e o início de seu ministério como intercessor em favor de todos os santos. Como assim?
Hebreus 7:25 fala primeiro que Cristo tem o seu sacerdócio imutável, e por isso, pode salvar totalmente os que por
ele se chegam a Deus, e o mesmo Cristo que vive para sempre interceder por eles. “É por eles que eu rogo; não rogo pelo
mundo, mas por aqueles que me deste’ (João 17:9). Essa intercessão pela comunidade dos discípulos é uma chave para
despertar um reavivamento e expansão missionária como cumprimento da profecia de Jesus que aponta a pregação do
evangelho do Reino à todas as nações como testemunho e sinal do fim (Mateus 24).
Jesus está intercedendo pelos que haveriam de crer, está intercedendo pela igreja una, santa, católica e apostólica,
pela igreja universal, espiritual e atemporal encarnada na vida da igreja em cada uma das suas muitas localidades. Jesus
não apenas intercede por todos os santos, como também para que todos estejam unidos nele, para tenham plena satisfação
nele, para que permaneçam quando perseguidos por causa do seu nome, para que não sejam tirados do mundo, mas livres
do mal que há no mundo, para que sejam santificados pela palavra da verdade, e para que sejam enviados ao mundo, para
que o mundo afim de cumprirem a grande comissão. Imagine o que pode acontecer com a igreja se todos nós nos unirmos
nesse nível de intercessão pela igreja. Jesus está à direita de Deus intercedendo por nós (Romanos 8:34), está intercedendo
pelo que? Para que os santos saibam que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito de serem como Ele (Romanos 8:28). Nesse contexto Paulo explica que não sabemos
como orar e o Espírito Santo nos eleva ao nível de intercessão de Cristo para que se cumpra a vontade de Deus. Da mesma
forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com
gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos
santos de acordo com a vontade de Deus (Romanos 8:26-27 NVI). Quando Paulo exorta seu discípulo a prática de intercessões,
existem no contexto da carta pelo menos dois níveis de intercessão, a intercessão abençoadora e a intercessão mediadora.
Paulo fala de um nível de intercessão a favor de todos os homens (1 Timóteo 2:1) e uma intercessão cujo o único
mediador é Cristo: "há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5). Segundo
a instrução de Paulo, o único que pode se identificar com o homem pecador ao ponto de se apresentar diante de Deus em
nome de todos os pecadores, tornando-se justificador mediador, reconciliando o homem com Deus é Jesus. Nenhum homem
tem estrutura para se apresentar diante de Deus pedindo perdão pelos pecados dos homens, de uma cidade, estado ou nação.
Nossa intercessão por todos os homens abençoado no sentido de pedir a Deus que essas pessoas, cidade e nação chegue ao
pleno conhecimento da verdade, podemos interceder para que se arrependam e sejam reconciliados com Deus, uma vez que
ele deseja que todos sejam salvos. O nível de intercessão que podemos fazer por todos os homens, é a intercessão que nos
faz pedir diante de Deus a favor de todos, abençoando-os com paz e justiça, para que cheguem ao pleno conhecimento da
verdade. O nível de intercessão mediadora implica identificação de natureza. Falar em nome de alguém, tem a ver com alguém
que legalmente possamos representar diante de Deus, por isso Abraão intercede pelos justos de Sodoma e Gomorra, Moisés
pelo povo de Israel. Entender esse princípio nos lembra do compromisso de orar pela nossa família, a família de Deus, a igreja
de Jesus, como reparadores de brechas, ocupando espaços, reposicionando e dividindo força com seus irmãos. Interceder
pelo Espírito, juntamente com Cristo por todos os santos para que cumpram toda a vontade de Deus.

ENTRANDO EM ACÕES DE GRAÇA


A ação de graças é um reconhecimento público ou celebração da bondade divina, uma expressão de gratidão. A
ligação entre a ação de graças e a oração fica bem clara em Filipenses 4.6: “As vossas petições sejam em tudo conhecidas
diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graça”. Ações de Graça mantem nossa sobriedade espiritual, nos mantém
na compreensão da sua vontade (Efésios 5). Estamos falando de atitude de gratidão e louvor por tudo que o Pai já fez, tudo
que mostrou que está fazendo e vai fazer. Ação de graças é o testemunho da antecipação, é o Reino Presente, anunciando o
Reino Vindouro para manifestação do Reino Eterno. Somos para o louvor da sua Glória. Não apenas darmos louvor a Ele por
algo, mas somos para o louvor da sua glória”. Tem a ver com nossa essência, a maneira de ser e existir. Nosso culto produz
cultura. O problema é que não vemos mais a devoção a partir da integralidade da vida. Quando não estou diante Dele não sei
fazer a leitura correta das coisas e o seu louvor já não está mais nos meus lábios.

SACRIFÍCIO DE LOUVOR
1 Samuel 15:22 diz: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que
o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros”. Romanos 12:2 diz: “Rogo-vos, pois, irmãos,
pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional e não
vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus”.

Paulo fala de nos oferecermos integralmente como sacrifício vivo, santo e agradável e aceitável a Deus, esse é o
Culto racional. O termo culto aparece como “latréia”, no sentido de serviço a Deus e racional (“lógicos”), que significa
entendimento, de acordo com a palavra (Logos). Efésios 5 diz: “Tornai-vos, pois, imitadores de Deus, como filhos amados, e
andai em amor, assim como Cristo também vos amou e se entregou por nós a Deus como oferta e sacrifício de odor suave.
Hebreus 13.15 diz “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que
confessam o seu nome”. Por meio de Jesus, oferecemos continuamente, sacrifícios de louvor. 1 Pedro 2.5 fala ainda sobre
oferecemos a Deus sacrifícios espirituais, sacrifícios não mais cerimoniais, mas um serviço contínuo. Confessar vem de
homologar, ser um com a palavra. João 17.4 deixa bem claro o que isso significa: “Eu te glorifiquei na terra, consumando a
obra que me confiaste para fazer”. O termo glorificar fala de louvar, exaltar, tornar o valor do seu Nome manifesto e conhecido
através de uma ação prática de obediência. Glorificar seu nome na terra tem a ver com cumprir, executar completamente,
levar até o fim o que nos tem sido proposto, acrescentar o que ainda está faltando a fim de tornar-se algo completo. Essa
dinâmica de louvor como verdadeiro “estilo de vida” nos conecta com Deus, através da oferta da nossas vidas, de uma vida
sacrificial que vida evidenciar toda sua bondade, justiça e verdade.

1 Pedro 2:2 diz: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos,
como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus
por intermédio de Jesus Cristo”.

Salmo 150:1 Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai- o no firmamento, obra do seu poder. Louvai- o pelos seus poderosos feitos; louvai- o
consoante a sua muita grandeza. Louvai- o ao som da trombeta; louvai- o com saltério e com harpa. Louvai- o com adufes e danças; louvai- o com
instrumentos de cordas e com flautas. Louvai- o com címbalos sonoros; louvai- o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao SENHOR.

Êxodo 8.1: “Assim diz o Senhor: Deixa ir o meu povo, para que me sirva (‘abad)”. A proposta de tirar o povo do Egito era que servissem em
submissão, dentro do princípio de um Reino de Sacerdotes (Êxodo 19.5-6) que futuramente oferecessem sacrifícios de comunhão para que o Senhor
pudesse habitar no meio deles (Êxodo 25.8).

ORAR SEM CESSAR


Paulo encoraja a “orar em todo o tempo no Espírito” e a “orar sem cessar’ (1 Tessalonicenses 5.17). Jesus também
nos convida a “vigiar e orar” (Marcos 13.33, 37). A mente pode dar atenção a somente uma coisa de cada vez. Efésios 4:25
- Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Irai- vos
e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.
ESPIRITUALIDADE INTELIGENTE
ALEGRIA GLORIFICADA PARA ALÉM DAS PALAVRAS
Espiritualidade inteligente significa um encontro com Deus que envolve não só os afetos do coração, mas também
as convicções da mente. O homem espiritual é o único que tem a capacidade de discernir todas as coisas espiritualmente,
porque essa espiritualidade inteligente é integrada e integral, ela não se separa de outros elementos do todo da vida em
sociedade, do mundo ou das pessoas, pelo contrário essa espiritualidade inteligente é capaz de discernir, diferenciar, de
entender, de compreender espiritualmente todas as coisas. Essa espiritualidade não é alienada do que as pessoas chamam
de realidade, porque desenvolve um tipo de inteligência diferenciada que potencializa a sua capacidade de aprendizado,
potencializa a sua capacidade de resolução de problemas. Nós podemos aprender a viver completos e contentes com
contentamento em qualquer tipo de situação? Tendo ou não tendo? Paulo fala, aprendi a viver contente em todo e qualquer
situação, por quê? Porque tinha uma espiritualidade capaz de aprender, de trazer resoluções práticas. Então a espiritualidade
é extremamente importante, ela é uma exigência de Deus pra homens que entendem a sua natureza sacerdotal, como
ministros governantes de Deus sobre a terra. Existem estudos pedagógicos que falam sobre vários tipos de inteligência,
tratando a espiritualidade como se fosse um tipo de inteligência. Contudo, entendemos a espiritualidade não apenas como
um tipo de inteligência, mas sim, como se a inteligência como um todo fosse espiritual, uma vez que a sabedoria é espiritual
e o entendimento é espiritual.

LEGITIMIDADE ESPIRITUAL ESCATOLÓGICA


O texto mais antigo das escrituras, pode ser mais atual do que imaginamos. Diante das tribulações finais, Deus dará
testemunho de homens legítimos na terra. Assim como nos dias de Jó, homens legítimos serão provados em tudo, serão
conhecidos e o conhecerão como nunca antes. Em meio acusações nas regiões espirituais, os filhos são conhecidos na terra.
Legitimidade espiritual transcende a aprovação de homens, é o testemunho do próprio Deus. Filhos legítimos não procuram
reconhecimento, simplesmente conhecem e são reconhecidos. Legitimidade espiritual não tem a ver apenas com o que
fazemos, mas com Deus dar vida, expressão, forma e crescimento ao que fazemos. Legítimos conhecem e são conhecidos de
Deus. Os Legítimos não chamam Senhor, Senhor, nem apenas fazem coisas em seu nome. Deus os conhece. São chamados
pelo nome. Legítimos romperam com todo tipo de ilegalidade, são homens de pacto. O que pode remover ilegitimidade é a
legitimidade. Apenas legítimos podem legislar espiritualmente. O que é legitimo permanece.

ORAR SEM CESSAR


A oração nos mantém na posição, diante do trono do Pai por meio da obra intercessora do Filho. O Espírito tem uma
via para transitar no nosso meio quando oramos, por isso Paulo no encoraja a “com toda oração e súplica, orando em todo
tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos (Efésios 6:18). Com a prática, não
temos uma visão turva dos acontecimentos, temos que desenvolver o hábito de nos antecipar, não somente no fato de
sabermos antes do que se vai ocorrer, mas de nos fazer saber como agir quando as situações conturbadoras se apresentam.
Isso cria em nós uma preparação para o acontecimento, uma clareza de ação. Quase sempre entramos em pânico quando
deveríamos orar; e desfalecemos quando deveríamos “ter fé”. Livre-se do impossível e experimente o sobrenatural, livre-se
também da pressa de acordo com Isaías 40.31a Deus promete renovar os que esperam”.

Salmo 112:3 diz: Não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no Senhor. Certa vez Tommy Tenney disse:
“Sigamos o exemplo de Davi em I Samuel 30, onde, em meio a uma situação de caos e desespero, reservou um momento para
oração. Temos que desenvolver em nós a “consciência do poder” mais do que “consciência do problema”.
NATUREZA PROFÉTICA
A profecia sempre foi uma rica parte da herança do povo de Deus em todas as épocas. Jesus se eleva supremo como
Profeta, Sacerdote e Rei. A profecia esteve em uso durante toda a história da Igreja, sendo mais usada em algumas épocas
do que em outras. Sem dúvida, a profecia é um dom e um ministério que devemos encorajar ao máximo em nossas igrejas.
Muitos dos conceitos errados sobre profecia se devem à falta de conhecimento e de entendimento sobre o que é profecia,
como ela funciona e a forma como devemos liberá-la na igreja local.
Temos razões para crer que esse homem era um ser iluminado por causa da presença gloriosa do próprio Filho de
Deus, a “Palavra Personificada” presente em todos processos de expansão do homem e da criação. Por isso cremos que o
homem em sua estrutura original, é naturalmente profético, ou seja, totalmente capaz de ver, ouvir e se comunicar
espiritualmente com Deus. A partir desta perspectiva, cremos que o homem original era naturalmente iluminado. Quando
Deus fala diretamente com Moisés durante quarenta dias e quarenta noites, a narrativa conta que pessoas temiam olhar
porque seu rosto resplandecia. Paulo confirma esse fato escrevendo aos coríntios. Os evangelistas descrevem Cristo
transfigurado em glória diante dos discípulos resplandecia de brancura. A expressão glória está relacionada com luz, brilho,
esplender e majestade.

ESTRUTURA ORIGINAL
Porque em Cristo, Filho do Deus Vivo, por quem todas as coisas foram criadas, está a vida e a luz para todos os
homens. Ele é a fonte de inspiração e conhecimento porque suas palavras são espírito e vida. A questão é: O que o homem
fez com a glória de Deus? Onde está sua fonte de iluminação? Segundo a explicação de Paulo, o homem trocou a Glória de
Deus, e tudo que trocamos perdemos. Fascinado por sua capacidade, passou a amar, adorar e servir coisas criadas ao invés
do Criador de todas as coisas. A partir do momento acreditando ter uma glória própria surpreendeu-se com a sua própria
escuridão, porque a resplandecer humano é reflexo da presença divina. Tornou-se alguém navegando em um oceano sem
Farol, referência de destino, missão e propósito.
SEUS OLHOS SE ABRIRAM NA ESCURIDÃO.
Quando o homem se proclama sábio perde sua fonte de iluminação em Deus. Sabemos que não existe possibilidade
de ver sem luz. Por isso, quando a narrativa de Gênesis fala que “seus olhos se abrem”, não quer dizer que ali começaram a
ver, mas que sua capacidade de compreensão se tornou limitada. Segundo Paulo esse homem que anda por vista, guiado
apenas por aquilo que seus olhos podem alcançar, pelo que está perto, circunstância e não mais por fidelidade ao proposito
que transcende momento ou circunstância. O homem sem iluminação divina é incapaz de compreender seu chamado e
vocação. Para Paulo toda sabedoria é dada por Deus e a partir dessa sabedoria os olhos do nosso coração são iluminados. É
como se Deus declarasse mais uma vez dentro de nós: “haja luz”.

TODOS PODEM PROFETIZAR


Quando Paulo fala sobre todos poderem profetizar, talvez não esteja falando apenas sobre um dom especial para
alguns, mas sobre a realidade espiritual de todos, que agora podem ver, ouvir e comunicar espiritualmente. Essa verdade é o
que distingue o Vivo Deus criador e todos os ídolos criados, porque deuses criados nascem mortos, são ídolos mudos porque
não podem se expressar, porque não possuem vontade. Mas eles não possuem vida e não podem se expressar, porque
existem? Para satisfazer a vontade daqueles que os criaram. Toda criação existe para o propósito do seu criador. Ao inverter
a ordem criador e criatura, o homem rebela-se como criatura e usurpa o direito de criador.

ÍDOLOS MUDOS, POVO SEM VOZ...


Que relação pode existir entre as palavras de Paulo, dizendo que: “outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-
vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados” (2 Coríntios 12:2). Com as palavras do salmista: "Têm boca e não falam; têm
olhos e não veem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som
nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam” (Salmo 115:5)?
Pensadores têm procurado explicar essa relação antagônica do ídolo mudo, com um povo sem voz. Se Jesus garantiu que
seus discípulos não deveriam se preocupar com o que haveriam de dizer porque o Espírito Santo falaria por eles (Mateus
10:10), o que justificaria um povo chamado cristão sem voz e relevância publica no seu testemunho? Isso pode significar que
a ausência de ídolos de barro em muitos altares protestantes, não garante a ausência da idolatria em muitos dos corações
protestantes. Segundo as palavras de Paulo, em uma comunidade cristã todos podem profetizar, ouvir e falar espiritualmente
(1 Coríntios 14:26). Se alguém não ouve espiritualmente, não tem o que falar, logo não tem expressão espiritual.

TRANSPORTE DAS TREVAS PARA LUZ...


Reencontramos clareza posicional, compreendemos nosso chamado original, pertencimento com Cristo e clareza de
destino e herança com todos os santos. Esse homem recriado está de novo “em Cristo” e anda por fé e fidelidade ao propósito,
foi chamado das trevas para luz, e como filho da luz volta a andar em todas bondade, justiça e verdade. Paulo fala sobre o
abrir os olhos dos homens convertendo-os das trevas para a luz, recebendo remissão de pecado e herança, posição espiritual
e clareza de destino. Apóstolo Paulo explica que: “Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2 Coríntios 4:6). Escrevendo aos irmãos em Éfeso,
explica que antes éramos trevas, mas agora somos luz no Senhor, que andam como filhos da luz (Efésios 5:8). Pedro ensinou
que Deus nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1Pedro2:9). Paulo que, quando alguém se converte, o véu é
removido, sua incapacidade de ver é removida pelo Espírito, para que possa ver a realidade, isso significa que o homem de
coração obscurecido tem um problema sério de percepção da realidade. Se o homem é incapaz de ver claramente a realidade,
sua percepção de vazio pode estar limitada. Quando os olhos do coração são iluminados, a percepção de Deus, e de todas as
coisas muda completamente.

FÉ VISIONÁRIA
Uma das características do ser nova criatura é ver todas as coisas de uma maneira nova, por uma nova perspectiva
(2 Coríntios 5:7). Para todo homem recriado tudo de fez novo, porque tem uma nova maneira de ver todas as coisas. Andar
por fé e não por vista é encontrar na fé uma nova maneira de ver tudo (2 Coríntios 5:7 e 17). Se um renascido não anda por
vista, mas por fé, entendemos que a fé proporciona uma maneira de ver. A partir da fé que vê não perdemos toda uma vida
para tentar entender a fé, mas pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus (Hebreus 11:3). Estamos
falando de uma fé perceptiva que vê as estruturas originais da criação.
O ESPÍRITO DE PROFECIA.
Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente
inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade, 17 pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra
e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. 18 Ora,
esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo. 19 Temos, assim, tanto mais confirmada a
palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a
estrela da alva nasça em vosso coração, 20 sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de
particular elucidação; 21 porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos]
falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:16-21).

O espírito de profecia é a inspiração que Deus dá ao homem por meio de seu Espírito Sagrado. Os profetas recebiam
suas mensagens do Senhor: Os profetas falavam movidos pelo Espírito Santo designando a ação divina no processo da
inspiração profética.
E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas
filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Joel 2:28
E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os
meus juízos, e os observeis. Ezequiel 36:27
Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu
espírito e vos farei saber as minhas palavras. Provérbios 1:23
A mensagem profética jamais foi produzida pela mente ou perspicácia do profeta, pois este falava somente o que o
Espírito Santo desejava que falasse. Isto, porém, não anulava a individualidade e personalidade do mesmo, como afirma a
teoria do ditado mecânico; antes, porém, privava-o de erros. A forma pela qual recebia a mensagem nem sempre está
relatada. Alguns ouviam a voz do Senhor, como por exemplo Oseias e Jeremias, enquanto outros como Amós, Ezequiel e
Daniel, tinham visões. Os livros proféticos frequentemente mencionam a atividade de Deus na transmissão da palavra
profética, a saber:

• “A mão do Senhor estava sobre o profeta” (Isaias 8.11; Ezequiel 1.3; 3.14).
• “O Espírito do Senhor caiu sobre o profeta” (Ezequiel 11.5).
• “A palavra do Senhor veio sobre o profeta” (Joel 1.1; Jonas 1.1; Miquéias 1.1).
• “O profeta tomava conselho com o Senhor; não raras vezes, via e ouvia a palavra profética” (Jeremias 23.18).
• “Deus falou pelos profetas” (Hebreus 1.1).
• “O Espírito de Cristo neles estava” (1 Pedro 1.11).

TESTEMUNHO DE JESUS É O ESPÍRITO DA PROFECIA.


Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram
face a face; 2 para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da
forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, 3 em quem todos os tesouros
da sabedoria e do conhecimento estão ocultos. 4 Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes. 5 Pois,
embora ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco, alegrando-me e verificando a vossa boa ordem e a
firmeza da vossa fé em Cristo (Colossenses 2:1-5). Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais
contristados por várias provações, 7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro
perecível, mesmo apurado pôr fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; 8 a quem, não havendo
visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, 9 obtendo o fim da vossa
fé: a salvação da vossa alma. 10 Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram
acerca da graça a vós outros destinada, 11 investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas,
indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo
e sobre as glórias que os seguiriam. 12 A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as
coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho,
coisas essas que anjos anelam perscrutar. 1 Pedro 1:6-12
Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 2 nestes últimos dias, nos
falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. 3 Ele, que é o resplendor da
glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação
dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, 4 tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais
excelente nome do que eles (Hebreus 1:1-4).
O testemunho de Jesus é o padrão validador da inspiração (espirito) da profecia. O servo de Deus recebe o espírito da
profecia (Inspiração) e testemunha (Encarnar mensagem) ensinando o povo a andar na verdade. Jesus cheio do Espírito de
Deus, ensinou os seus discípulos para viverem pela verdade. Os seus discípulos guardavam os mandamentos de Deus e
tinham o testemunho de Jesus. Apocalipse 12.17: João disse: “porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”.
Quando Jesus ensinava seus discípulos era um navi (Profeta.Hebraico) poderoso, guiando as pessoas para a salvação
que vem de Deus, quando Jesus falava, a inspiração não vinha dele, mas diretamente de Deus: “…As palavras que eu vos
digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras…” João 14:10. Em Apocalipse 12:17
ainda fala sobre: “os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus o Ungido”. Portanto, se o espírito
da profecia (Inspiração do Espírito), é validada pelo testemunho de Jesus, o testemunho de Jesus está baseado nos
mandamentos que revelam o caráter de Deus. Portanto, toda profecia deve ter como padrão validador da inspiração do Espírito
Santo, o Testemunho de Jesus de acordo com as palavras de Deus.
• Salmos 119 :129. Maravilhosos são os teus testemunhos; portanto, a minha alma os guarda.
• Salmos 119:167A minha alma tem observado os teus testemunhos; amo-os excessivamente.
• Êxodo 25:16 Depois porás na arca o testemunho, que eu te darei. “
• Êxodo 26:34…arca do testemunho…”
• Salmos 78:56 Contudo tentaram e provocaram o Deus Altíssimo, e não guardaram os seus testemunhos.
• Isaías 8:20 À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.
• Êxodo 31:18 Deu a Moisés, quando acabou de falar no monte Sinai, as duas tábuas do testemunho, escritas pelo dedo de Deus.
• Êxodo 16:34 Como o Senhor tinha ordenado a Moisés, assim Arão o pôs diante do testemunho, para ser guardado.
• Êxodo 25:16 E porás na arca o testemunho, que eu te darei.
• Êxodo 30:6 E porás o altar diante do véu que está junto à arca do testemunho onde eu virei a ti.
• Salmos 19:7 A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples.
• Salmos 78:5 Estabeleceu um testemunho em Jacó, instituiu a lei em Israel, ordenou aos nossos pais que as ensinassem a seus filhos;
• Isaias 8:16 Ata o testemunho, sela a lei entre os meus discípulos.
• Isaias 8:20 A Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva.

CHAMADO PROFÉTICO
O sinal preponderante que valida o profeta e sua profecia era a chamada de Deus. Muitos profetas tinham consciência
de sua chamada e não raras vezes registravam-na (Amós 7.5, Isaias 6; Jeremias1; Ezequiel 3), às vezes, contra a sua própria
vontade, como por exemplo, o profeta Jeremias (Jeremias 20.7-18). Profecia é um dom do Espírito Santo. Ele não depende
das pessoas. O Espírito Santo dá dom segundo o Seu querer. Qualquer pessoa pode ser usada no dom profético, desde que
seja nascida de novo, cheia do Espírito Santo, disposta e aberta para se mover no sobrenatural.

Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na igreja,
primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois,
dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos
mestres? Ou, operadores de milagres? Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos?
Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. 1 Coríntios 12:27-31
DOM PROFÉTICO
Profecia é um dom do Espírito Santo. Ele não depende das pessoas. O Espírito Santo dá dom segundo o Seu querer.
Qualquer pessoa pode ser usada no dom profético, desde que seja nascida de novo, cheia do Espírito Santo, disposta e
aberta para se mover no sobrenatural.

Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis. Pois quem fala em outra
língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala
aos homens, edificando, exortando e consolando. O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza
edifica a igreja. Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem
profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação. Agora, porém,
irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou
de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem
sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara? Pois também se a trombeta der
som incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se
entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar. Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo; nenhum
deles, contudo, sem sentido. Se eu, pois, ignorar a significação da voz, serei estrangeiro para aquele que fala; e ele,
estrangeiro para mim. Assim, também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da igreja.
Pelo que, o que fala em outra língua deve orar para que a possa interpretar. Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito
ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente. E, se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o
amém depois da tua ação de graças? Visto que não entende o que dizes; porque tu, de fato, dás bem as graças, mas o outro
não é edificado. Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós. Contudo, prefiro falar na igreja
cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua. 1 Coríntios 14:1-19

PROFETIZE SEGUNDO A MEDIDA DA FÉ


A revelação profética é progressiva. Romanos 12:6. Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi
dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé;

Romanos 12.3 | Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além
do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.

Romanos 10.17 | E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.

SEGUE O AMOR.
Paulo fala sobre buscar os dons espirituais, porém nem sempre atentamos para o caminho de operação dos dons.
“Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais” (1 Coríntios 14:1). Paulo está propondo seguir o caminho do amor,
porque o caminho do amor nos levará sempre ao outro. Perseguindo o amor encontramos o próximo. Porque não temos
fluência dos dons? Porque os dons são para a edificação do outro e não para afirmação ou reconhecimento pessoal.
Experimente parar para prestar atenção nas pessoas, então verá o poder da compaixão. O amor compassivo comprometido
em edificar o outro despertará palavras e virtudes em você. Quando um dom espiritual atua, é como se Deus se movesse
através de você para edificar o outro. Quando o poder da compaixão atua, é como se você, tomado de confiança, movesse
Deus a favor da necessidade do outro. Seja qual maneira de atuar, todas elas sempre acontecerão no caminho do amor.

EDIFICAR, EXORTAR E CONSOLAR


Nós servimos a um Deus maravilhoso que tem prazer em expressar Seu coração e revelar Seus pensamentos. Esses
pensamentos jamais contradizem as Escrituras, a qual é útil para o nosso ensino, correção, repreensão e exortação. Esses
três elementos da profecia, encontrados em 1 Coríntios 14.3, são o resultado ou produto final necessário de uma profecia,
como também o conteúdo estabelecido dentro de uma palavra de revelação. Parte do propósito da profecia é fortalecer os
vínculos entre Deus e Seu povo. A palavra edificar (fortalecer e construir) ocorre sete vezes somente neste capítulo de 1
Coríntios. O dom de profecia edifica, exorta e consola (Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e
consolando. 1 Coríntios 14:3).
DISCERNIMENTO ESPIRITUAL
O Espírito falará em sonhos, visões e palavras proféticas, mas muito do que será revelado vira de fato com nossa
capacidade de perceber corretamente. Jesus percebia “em seu Espírito” o pensamento dos homens. Discernir é conhecer
segundo o espírito e não segundo o homem (2 Coríntios 5), que seria o engano da sua mente, nossa visão da vida precisa ser
purificada de cogitações humanas (Mateus 16. Exemplo de Pedro). No discernimento divino não há julgamento, pois o
discernimento espiritual é a graça de ver espiritualmente, ver como Deus vê. É o dom do Espírito para perceber o que está no
espírito. Em I Coríntios 2:14-15 fala – Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem
loucura, e não pode entendê-las, por que elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele
de ninguém é discernido.

A PROFECIA PASSA PELO FILTRO DO CORAÇÃO.


Profecia não torna algumas pessoas melhores do que as outras; não existe hierarquia estrutural dentro do dom. Não
existe crentes superiores ou inferiores. Aqueles cristãos que realizam façanhas nos dons sobrenaturais, ou que têm imensas
responsabilidades dentro do Reino, construíram essa influência sobre uma sólida base de humildade e dependência de Deus.
Esse nível de unção carrega consigo uma profunda sensibilidade para com a pessoa do Espírito Santo. Um dos grandes
problemas na esfera da profecia hoje é a falta de humildade diante de Deus; a ausência de sensibilidade para com o Espírito
Santo e a falta de compaixão para com as pessoas. Além disso, somos humanos, sujeitos a dores, desilusões, mágoas,
sonhos, aspirações, anseios e desejos. Tudo isso pode conspirar contra nós e colorir a mensagem profética, dando-lhe um
tom diferente do que Deus tencionava. É possível que uma pessoa frustrada fale profeticamente transmitindo seus próprios
pensamentos e opiniões misturados àquilo que Deus realmente está falando sobre a situação. Como podemos pronunciar
uma mensagem profética pura que glorifica ao Senhor, livre das misturas do nosso próprio coração e das influências do
inimigo? Então, temos de adicionar o elemento da fé à equação, porque às vezes teremos de trabalhar sem ter plena certeza;
teremos de profetizar até onde nossa fé permitir. Se profetizarmos em humildade e cometermos um erro, o Senhor nos dará
graça para enfrentar a questão e acertar as coisas. Os erros são inevitáveis enquanto aprendemos a nos mover no
sobrenatural. Por isso a Bíblia é tão clara em 1 Tessalonicenses 5.19-21: “Não apaguem o Espírito. Não tratem com desprezo
as profecias, mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda forma de mal”.

JULGAR AS PROFECIAS
Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem. 30 Se, porém, vier revelação a outrem que
esteja assentado, cale-se o primeiro. 31 Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem
consolados. 32 Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas; 33 porque Deus não é de confusão, e sim de paz.
Como em todas as igrejas dos santos (1 Coríntios 14:29-33). A própria Escritura claramente admoesta certas pessoas a não
desprezar as profecias, mas sim examinar tudo cuidadosamente e reter o que é bom, depois de ponderar (1 Tessalonicenses
5.20,21). Devemos sempre julgar a profecia e não o profeta, pois o espírito do profeta está sujeito ao profeta (1Coríntios
14:32). Este aspecto, relacionado a profecia têm sido alvo de ensino distorcido e muitas vezes confuso. Vidas têm caído em
idolatria por não fazerem nada sem buscar uma palavra de profecia.

DESENVOLVENDO O DOM PROFÉTICO.


As palavras proféticas têm forças de impacto diferentes, de acordo com a situação, circunstâncias, nível de fé e
entendimento do receptor; e também da habilidade, experiência, entendimento e relacionamento do transmissor com o
Espírito Santo. Um relacionamento forte com Deus, puro e cheio de propósito, arraigado numa vida de oração, estudo e
meditação das Escrituras, sempre será mais produtivo do que uma familiaridade casual nessas áreas.

1. PRÁTICA DA ORAÇÃO
Oração e profecia são elementos inseparáveis, em termos do seu processo de comunicação; ambas envolvem ouvir antes de
falar. Sempre que você estiver orando, não importa o que esteja pedindo, adquira o hábito de ouvir com atenção.

2. PRÁTICA DA MEDITAÇÃO
Depois da oração, creio que a meditação é muito importante. Pessoas que se movem por pressão muitas vezes se envolvem
numa ginástica mental em vez de ouvir a voz de Deus no espírito.
3. PRÁTICA DA SOLITUDE
Às vezes a voz do Senhor é como um sussurro (1 Reis 19). A voz de Deus é tão delicada que temos de nos calar para ouvi-la;
por isso é importante aprendermos a nos aquietar. Temos de aquietar os ruídos dentro de nós mesmos. A quietude é um
elemento muito importante para o profeta.

4. PRÁTICA DA LEITURA BÍBLICA.


A Bíblia pode ser de grande auxílio na profecia. Muitas vezes eu profetizo usando um texto bíblico. A Bíblia salta em nosso
coração e mente e subitamente o espírito profético começa a se mover.

COMO A MENSAGEM PROFÉTICA PODE CHEGAR ATÉ NÓS.


1. Visões. Há as visões ordinárias, que empregam objetos do dia-a-dia que estão ao nosso redor, ou até mesmo
empregam nosso próprio entendimento para falar profeticamente; a exemplo de Jeremias 1.11,12. Às vezes, a
visão ou figura que temos podem empregar nosso próprio conhecimento humano. Às vezes podemos ter figuras
em movimento – como numa tela de cinema. Às vezes podemos ver palavras sobre as pessoas. Uma ou duas
palavras. Então, podemos aquietar nosso espírito, ir a Deus e perguntar o que ele deseja dizer. Deus pode nos
dar uma mensagem profética

Em Atos 10, Pedro teve uma visão profética: A reação de Pedro foi dizer: “De modo nenhum, Senhor! Jamais comi algo impuro
ou imundo!”. A palavra de Deus veio a ele poderosamente: “Não chame impuro ao que Deus purificou”. A mesma visão se
repetiu três vezes e Pedro ficou totalmente confuso. O que significava aquilo? Ele não teve nenhuma interpretação no
momento; no entanto, enquanto meditava, o Espírito Santo lhe disse: “Simão, três homens estão procurando por você.
Portanto, levante-se e desça. Não hesite em ir com eles, pois eu os enviei”.

2. Sonhos. Às vezes podemos ter sonhos, isso significa que alguns dos seus sonhos podem ter um significado
profundo (Números 12.6). Deus falou com Faraó num sonho que só José conseguiu interpretar; o mesmo
aconteceu com o rei Nabucodonosor, cujo sonho somente Daniel conseguiu interpretar. José teve um sonho com
Maria; o anjo lhe disse: “Case-se com essa garota!”. Para ele, o sonho representou uma mudança de ideia,
porque antes ele estava em dúvidas (Mateus 1). Os assim chamados “três reis magos” foram advertidos num
sonho para não retornarem a Herodes. Sonhos muito práticos. Mais tarde, José teve outro sonho no qual recebeu
uma ordem: “Pegue o menino e vá para o Egito”. Se você costuma ter sonhos, precisa anotá-los, meditar sobre o
significado e depois compartilhar. Abra para comentários e oração. A mensagem do sonho pode ser para você
mesmo ou para outra pessoa. O sonho pode ou não ter um significado.

3. Impressões. A profecia pode vir por meio de impressões. Uma convicção interior – forte ou leve – sobre algo.
Temos de aprender a ler os sinais. Muitas pessoas começam a orar por outros e então percebem que o que estão
orando é de fato uma mensagem profética. Assim, mudam de oração para profecia no meio do percurso.

4. A profecia pode vir a nós de várias maneiras diferentes e é bom não ficar limitados a uma só maneira; nosso
coração e espírito devem estar abertos para tudo aquilo que Deus desejar fazer.

PROFECIA, PALAVRA DE CONHECIMENTO E PALAVRA DE SABEDORIA


Há a palavra de conhecimento, o dom da profecia e a palavra de sabedoria. A palavra de conhecimento abre a
questão; a palavra de profecia fala sobre o coração de Deus; a palavra de sabedoria encerra nos dizendo como devemos
responder a Deus. A primeira coisa que recebemos pode bem ser uma palavra de conhecimento e não a profecia em si. Deus
está nos dando informações sobre a vida da pessoa ou sobre sua situação. Ele está dizendo: “Eis o que está acontecendo e
eu quero que você compreenda”. Ele está dando ao profeta um contexto no qual falar. Pode ser que Deus esteja nos mostrando
algo sobre a situação ou sobre a vida do indivíduo. Precisamos nos aperfeiçoar na arte de acalmar nosso espírito e orar:
“Obrigado, Pai. Estou entendendo a situação dessa pessoa. Agora, à luz disso, o que tu queres dizer a ela?”. Toda profecia
pode ser dividida em três partes. Há a palavra de conhecimento, que pode abrir uma situação; a palavra de profecia que fala
à situação e a palavra de sabedoria, que vem e diz: “Eis o que você deve fazer com respeito a isso”
DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO
A palavra de conhecimento, nesse caso, é um diagnóstico. O Senhor nos revela a situação como ela se encontra
naquele momento. No entanto, a palavra profética que pronunciamos pode se relacionar ao que o Espírito Santo irá fazer
naquele momento e no futuro. Isso é prognóstico. Em termos simples, o diagnóstico identifica o que é, enquanto o prognóstico
indica o que virá! O contexto sempre determina aquilo que Deus deseja falar. Ver o horizonte é uma coisa, mas a questão é:
“Senhor, como fazemos para chegar lá, partindo daqui?”. É neste ponto que o profeta se torna um construtor, trabalhando
com o apóstolo, com o pastor e com o mestre para criar passos que movimentem a igreja do real onde se encontra para o
ideal onde Deus realmente deseja levá-la.

A INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO.
Muitas vezes, pessoas podem ser excelentes no recebimento de revelações, mas não são boas na interpretação. É
neste ponto que precisamos trabalhar em equipe na igreja. Quando o ministério profético funciona em equipe e vinculado ao
ministério pastoral, há uma brilhante combinação. Se não tivermos a interpretação de uma mensagem em particular,
precisamos orar e crer que ela virá. A revelação, a interpretação e a aplicação podem ser dadas por três pessoas diferentes.
Lembremos que antes Deus falou pelos profetas, porém, agora fala pelo seu Filho, e sendo assim, por meio de todos que
“estão Nele”. Quando lemos que todos podem profetizar, devemos entender esse todos, de forma corporativa e dinâmica de
forma que o testemunho de Jesus seja manifesto. Com muita frequência, na aplicação nós buscamos uma palavra de
sabedoria: “Senhor, o que devemos fazer agora?”. Com a aplicação, eu sempre desejo me certificar sobre quem mais deve
ouvir a mensagem profética. Eu sempre tento encorajar as pessoas, dizendo: “Você deve procurar seus líderes ou um irmão
maduro e compartilhar com eles o que recebeu”; alguém mais deve ouvir a profecia e anotá-la. Por isso eu gosto que as
profecias sejam registradas.

A PRIVATIZAÇÃO DA PROFECIA E AS CIAS PROFÉTICAS


O mundo pós-moderno é fragmentado, individualista e privatizado, por isso, busca a profecia pessoal, quando não os
profetas particulares, mas em Cristo todos podem profetizar, por meio do ministério do Espírito, todos podem ser lembrados
e lembrar a as pessoas das palavras de Deus a respeito do seu povo e seu Testemunho a todas as nações. O novo homem
em Cristo é naturalmente profético, porque não segue aos ídolos mudos como noutro tempo, pois agora pode ouvir
espiritualmente, ver espiritualmente e se comunicar espiritualmente. Profetas (plural) chegaram a Antioquia, vindos de
Jerusalém (Atos 11.27; 13.1). “Judas e Silas, que eram profetas, encorajaram e fortaleceram os irmãos com muitas palavras”
(At 15.32). O texto não diz se as “muitas palavras” foram individuais ou corporativas – ou ambas! Contudo, Paulo orienta que:
“Tratando de profetas [plural], falem dois ou três...” (1 Coríntios 14.29).

ATITUDE DE JULGAMENTO E NEGATIVISMO.


É importante evitar o negativismo e a atitude de julgamento. Se temos qualquer tendência para transmitir palavras
duras, há algo errado com o nosso espírito. Se tivermos facilidade para transmitir palavras negativas, então não temos
entendimento da graça e da bondade de Deus. Sempre há uma tensão entre o ideal e o real. Ao entrar em cena, o profeta
sempre olha para o horizonte. Ele verá o ideal. É para onde Deus está nos levando. É o que Ele está fazendo em nossa vida.

UNIDOS PELA PROFECIA


Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os
habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. Estes homens não estão embriagados,
como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia. Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E
acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas
derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra:
sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia
do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Atos 2:14-21
E toda a multidão silenciou, passando a ouvir a Barnabé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios Deus
fizera por meio deles entre os gentios. Depois que eles terminaram, falou Tiago, dizendo: Irmãos, atentai nas minhas palavras:
expôs Simão como Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome.
Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo
caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e também todos
os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos. Pelo
que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se
abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do
sangue. Porque Moisés tem, em cada cidade, desde tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos os
sábados. Atos 15:12-21

MINISTÉRIO PROFÉTICO
Abraão foi a primeira pessoa a quem a Escritura chama de profeta (Gênesis 20.7 cf. Salmos 105.15). A
normatização veio posteriormente através da vida e pessoa de Moisés, que passou a constituir padrão de comparação para
todos os profetas futuros (Deuteronômio 18.15-19; 34.10).

NATUREZA PACTUAL E GERACIONAL DO MINISTÉRIO PROFÉTICO.


• As profecias tem origem e fundamento da Aliança de Deus com seu povo.
• Os elementos centrais da lei e dos ensinamentos é a Aliança.
• Verdadeiros Profetas falam de acordo com as Palavras de Deus.
• Linguagem Apocalíptica não restringe a profecia a uma geração específica.

Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido,
não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá? Eis que para abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar.
(Números 23:19-20). Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.
Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto
eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com
a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhes
inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao
seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois
perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei. Jeremias 31:31-34

ATOS PROFÉTICOS
Estes atos, também chamados de oráculos por ação (atos simbólicos), eram um auxílio visual, associado a eficácia
da palavra entre os hebreus. O texto de 2 Reis 13.14s., ilustra eficazmente a relação exata em que o símbolo estava em
relação à palavra, e em que ambos estavam em relação aos acontecimentos. A palavra corporificada no símbolo é
extremamente eficaz e impossível que deixe de ser cumprida; realizará exatamente aquilo que o símbolo declarava.

ISAÍAS JEREMIAS OSEIAS EZEQUIEL AÍAS

Andou três anos É recomendado a É orientado para casar- Cercou uma cidade em Ao rasgar sua roupa em
descalço e nu por sinal descer à casa do oleiro se com uma mulher miniatura (Ezequiel 4.1- doze pedaços, e
e prodígio sobre a (Jeremias 18) a fim de prostituta (Oséias 1.2), 3); escavou através do entregar dez a
Etiópia (Isaias 20.3). receber a mensagem para que sua vida fosse muro da casa (Ezequiel Jeroboão (1 Reis
de Deus. uma viva pregação da 21.1). 11.29).
infidelidade do povo e
do amor do Senhor.
OFÍCIO PROFÉTICO
Sabendo que todo cristão cheio do Espírito pode profetizar, temos de reconhecer também que nem todos os que o
fazem são profetas. O movimento através do ministério profético até a função de um profeta exige considerável treinamento,
experiência e desenvolvimento – o que leva muitos anos. Em média, é preciso cerca de quinze anos para se formar um profeta,
dependendo do treino, discipulado e supervisão que o indivíduo recebe no processo. O ofício profético organizado em Israel
remonta aos dias do profeta Samuel. Foi ele quem deu origem ao ofício de profeta como uma ordem ou classe organizada.
Nesse sentido, ele é “o primeiro dos profetas” – distinção que as Escrituras neotestamentárias reconhecem perfeitamente:
“E todos os profetas desde Samuel, todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias” (Atos 3.24 cf. 13.20;
Hebreus 11.32).

ESCOLA DE PROFETAS
As escolas de profetas foram fundadas a partir dos dias de Samuel e não anteriormente. A primeira menção dessa
classe organizada é a escola por ele fundada, que ficava em Ramá (1 Samuel 19.20). Essas escolas eram centros de vida
religiosa, onde se buscava a comunhão com Deus mediante a oração e meditação. É evidente que estudavam as profecias,
inquirindo sobre o tempo de seu cumprimento (1 Pedro 1.10-12), além de recordarem os grandes feitos de Deus no passado.
Através dessas escolas, cresceu em Israel uma ordem profética reconhecida (2 Reis 2.3,5). Na Bíblia há muitas menções de
grupos organizados de profetas, todos trabalhando juntos. Na época de Samuel havia escolas de profetas (1Samuel 10.5-10;
19.20). No tempo de Elias, um homem chamado Obadias (mordomo do rei Acabe) escondeu cem profetas numa caverna (1
Reis 18.4).Há muitas referências aos filhos dos profetas em Betel e Jericó, que pareciam ser dois dos principais centros de
atividade profética (2 Reis 2.3-7).

PROFETAS ORAIS PROFETAS DA ESCRITORES PROFETAS CÚLTICOS


Gade (1 Sm 22.5);
Natã (2 Sm 12.1); São aqueles que se preocuparam em Para os profetas cúlticos a profecia
Ido (2 Cr 9.29); registrar por escrito suas exortações, estava moldada numa forma litúrgica. 2
Aías (1 Rs 11.29); admoestações, consolações e previsões Crônicas 20 pressupõe que estavam
Semaías (1 Rs 12.22); futuras. Os profetas da Escrita eram ligados ao santuário, trabalhando
Elias (1 Rs 17.1); também profetas Orais. Destacamos juntamente com o sacerdote, incumbidos
Azarias (2 Cr 15.1); como profetas da Escrita: Isaías, do aspecto sacrifical (2 Crônicas 29.21-
Eliseu (2 Rs 4.8,9); Jeremias, Ezequiel e Daniel, entre outros. 24). Jaaziel era um levita, oficial do culto,
dotado de uma capacidade profética (2
Crônica 20.14).

PSEUDOPROFETAS
Eram combatidos aqueles que se preocupavam em agradar ou em ser popular, dizendo aquilo que o povo gostava de
ouvir (Oséias 4.5; Isaias 3.1-3; 9.14s; 28.7s; Jeremias 5.31; 6.13; 8.10; 23). Jeremias capítulo 23, descreve o falso profeta
como: Imoral e que não reprova a imoralidade de outros (23.10-14). Aquele que prega uma paz artificial fabricada pelos
homens (v. 17). Alguém que profetiza sem ter ouvido e visto a palavra do Senhor, isto é, sem ter tomado conselho e ordem da
parte de Deus (vs. 18-21). Aquele que se esforça por criar suas próprias profecias (Ezequiel 13.2,3). Especialmente aquelas
que os falsos profetas alimentavam com suas mensagens, as quais, resumidamente, diziam: “paz, paz...” quando na verdade
“não há paz” (Jeremias 6.14; 8.11; 14.13; 23.17).

1) COMPROMISSO ESCRITURAL (Isaías 8:19 e 20)


Essa é a norma básica para avaliar o profeta. Se ele não magnificar as Escrituras e não levar o povo (a igreja) a
corrigir seus caminhos, não reprovar os pecados e não instruir pelas Escrituras, então este suposto profeta não é
verdadeiro.
2) CUMPRIMENTO PROFÉTICO (Jeremias 28:9; 18:7-10)
Geralmente a obra do profeta se divide entre porções que ensinam e porções que predizem. As predições devem
ser conferidas em seu cumprimento. Levando em conta o fenômeno da profecia condicional (ver o livro de Jonas
como prova de profecia condicional).

3) VIDA E OBRAS (Mateus 7:15-20)


“Pelos seus frutos o conhecereis”. Jesus nos apresenta esse critério em tom de advertência contra os falsos
profetas. Precisamos examinar as pretensões de piedade do profeta (Caráter) e reconhecê-los pelos seus frutos
(Ensinos).

4) EXALTAÇÃO DE CRISTO (1 João 4:1-3)


Um profeta moderno necessitará exaltar a Cristo como o Filho de Deus e como Senhor e Salvador totalmente capaz.

5) ACOMPANHAMENTO E DISCIPULADO.
O profeta faz parte do ministério de edificação. Se por exemplo, formos profetizar em nosso local de trabalho, o
mínimo que podemos fazer é estar disponíveis para conversar e aconselhar.

CONSELHO DE JEZABEL
Não podemos perder tempo, saúde emocional e vitalidade espiritual projetando decepções pessoais na vida e obra
daqueles que estão a nossa volta. Lembre-se do exemplo de Acabe e Jezabel (1 Reis 21). Quando não conseguimos o que
queremos, onde queremos e de quem queremos, corremos o risco de nos deixar ser consolados pelo conselho de Jezabel,
que se aproveita da nossa amargura para excitar a usurpação de direitos, usa de espiritualidade manipuladora e testemunho
caluniador para justificar o desrespeitar limites dados a cada um (Vinha de Nabote). Esse conselho é sofismático porque faz
do seu engano sua verdade. Atentemos ao conselho do Espírito e ao testemunho de Cristo, que nossas mentes e corações
estejam guardados Nele. Procuremos pela humildade para repensar o conceito que temos sobre nós mesmos e mansidão
para não resistir as dificuldades de recomeçar sempre que necessário, sempre a partir da medida que nos foi confiada.
• 1Reis 16:31 Filha de Etibaal, sacerdote das trevas
• 1Reis 18:4 – Odiava os profetas, que mantinham-se escondidos (1Rs 18:3 e v. 13);
• 1Reis 18:19 – Era idólatra, liberava palavra de morte aos profetas de Deus (1 Rs 19:2);
• 1Reis 21:8-15 – Vinha de Nabote. Jezabel mentia, enganava, era maligna, homicida, curtia uma feitiçaria (manipulação);
• 1 Reis 21:7 – Usava de malícia, insubmissão e autoritarismo; (o modelo de Deus: Rom 13 – Mt 8:5-10 – Hb 13:17)
• 1Reis 21:25 – Um de seus alvos era contaminar a liderança (controlar);
• 2 Reis 9:30 – Sensualidade, sedução.

Apocalipse 2:20-22 – “Mas tenho contra ti que toleras a Jezabel, mulher que se diz profetisa. Com o seu ensino ela engana
os meus servos, seduzindo-os a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas aos ídolos”.

A SEMENTE DE UMA NOVA GERAÇÃO SACERDOTAL E PROFÉTICA.


Samuel, nascido na esterilidade de Ana (Graça), dedicado ao sacerdócio, foi o profeta que ingiro Davi como Rei, como
testemunho messiânico. Um novo tempo é inaugurado com o nascimento de João, filho da estéril Isabel, de linhagem
sacerdotal, profeta que batizou o Messias e o apontou como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Esse paradigma
sacerdotal profético messiânico para se apresentar nos últimos dias, como cenário da volta do Messias, filho de Davi, Rei do
Reino de Deus.
1 Samuel 1.10 “Ana com amargura de alma orou ao Senhor e chorou abundantemente. E fez um voto, dizendo: Senhor dos exércitos, se
benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serve não te esqueceres, e lhe deres um filho
varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha...”.

EGITO DESERTO TERRA DA PROMESSA

Doze Juízes (Excluindo Abimeleque) Sete apostasias e sete livramentos


Mostra a situação confusa de Israel, não mais no Egito ou deserto, mas na própria
terra da promessa.
Suscitou o Senhor juízes, que os livraram da mão dos que os pilharam. Contudo, não obedeceram aos seus juízes;
antes, se prostituíram após outros deuses e os adoraram. Depressa se desviaram do caminho por onde andaram seus pais na
obediência dos mandamentos do Senhor; e não fizeram como eles. Quando o Senhor lhes suscitava juízes, o Senhor era com
o juiz e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias daquele juiz; porquanto o Senhor se compadecia deles ante os
seus gemidos, por causa dos que os apertavam e oprimiam. Sucedia, porém, que, falecendo o juiz, reincidiam e se tornavam
piores do que seus pais, seguindo após outros deuses, servindo-os e adorando-os eles; nada deixavam das suas obras, nem
da obstinação dos seus caminhos (Juízes 2.16-19). O ato profético no meio da intercessão profética, é feito como o ato de um
profeta, uma ação ou declaração espiritual usando os elementos, ações ou símbolos naturais. Na palavra de Deus percebemos
o uso de sal, óleo, vinho, estacas para marcar territórios e outros símbolos. Os valores dos símbolos são importantes. Tem
simbologia que estava encarnada em alguns profetas. Um exemplo é quebrar um vaso que traz o significado de
quebrantamento. Atos proféticos são atos de obediência.

CONTEXTO DE ESTERILIDADE RELIGIOSA


Elcana, tinha duas mulheres, Ana que significa “graça” e outra Penina ou Fenena (Pedra preciosa), esta situação era
devido à impossibilidade de Ana ter filhos. Esta realidade, embora contrária à proposta de Deus para o casamento (Gênesis
2.24 e Mateus 19.8), era permitida no caso do primeiro casamento não ter produzido filhos (Deuteronômio 21.15-17) e no caso
do casamento levirato (Deuteronômio 25.5-10), contudo, é visível a dor e sofrimento que essa situação de humilhação trazia
ao coração de Ana (1 Samuel 1.6-7). Ana estava inserida num contexto de apostasia religiosa, um sacerdócio que é tratado
como aquele em que “a palavra do Senhor era mui rara; as visões não eram frequentes”. O homem que exerceu o sacerdócio
(40 anos) foi Eli, que segundo o relato bíblico, era acostumado ao seu ofício sacerdotal, de idade avançada, gordo, cego, e
que permanecia encostado nas estruturas do templo. Isso é o que a religiosidade faz conosco.

• 1 Samuel 4.15 diz “que tinha noventa e oito anos e seus olhos tinham cegado, e já não podia ver”
• 1 Samuel 4.18 diz que “era já homem velho e pesado”,
• 1 Samuel 3.2 diz que durante a noite permanecia no seu lugar “costumado”
• 1 Samuel 1.9 durante o dia ficava assentado numa cadeira junto a um pilar do templo do Senhor.

Dentro desse contexto de improdutividade pela apostasia, ouve-se um choro por fertilidade, o clamor da “Graça”, e a
coragem de um pacto que gerou a Samuel, que significa “Deus ouve”. Samuel sacerdote por natureza de linhagem familiar e
profeta por vocação divina representou mais do que a resposta de Deus a oração de uma mulher estéril, porque através de
Samuel Deus traz restauração profética, voltando a falar de tal maneira através de Samuel ao ponto de nenhuma de suas
palavras deixar cair por terra (1 Samuel 3.19 diz: “Crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas
palavras deixou cair em terra). Samuel é humilde para ouvir e crescer diante de Deus e dos homens, servindo Eli (1 Samuel
3.19). A partir do Sacerdote e Profeta Samuel, Davi é ungido pela primeira vez e reinado Dravídico é inaugurado. Davi, da
tribo de Judá, se torna linguagem do Messias que viria para estabelecer anunciar o Reino de Deus, como filho de Davi.
1 Samuel 1.28 “Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor,
por todos os dias que viver, pois do Senhor o pedi. E eles adoraram ali ao Senhor...”

1Samuel 2.21 “Abençoou, pois o Senhor a Ana, e ela concebeu e teve três filhos e duas filhas,
e o jovem Samuel crescia diante do Senhor...”

Antes do que chamamos de período Inter bíblico de quatrocentos anos de silêncio, Malaquias traz detalhes que
mostram um sacerdócio corrompido (Malaquias 1.10/2.2/2.8). Segundo relato de Lucas, o sacerdote Zacarias, servia como de
costume, no seu turno (Lucas 1.9). A esposa de Zacarias chamada Isabel que significa “Deus é minha aliança”, à semelhança
de Ana (Graça), também era estéril (Lucas 1.25, Lucas 1.36-37).
Em Lucas 1.13 diz: “Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho,
a quem darás o nome de João. Em ti haverá prazer e alegria, e muitos se regozijarão com o seu nascimento. Pois ele será
grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno. E converterá
muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração
dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado”.
VOZ PROFÉTICA DAQUELE QUE CLAMA...
João Batista, antes de ser uma voz, conhecido como a voz daquele que clama, foi para o deserto afim de ouvir,
encontrar-se com a palavra. Segundo a narrativa do Evangelho escrito por João, “no princípio a vida estava nele e a vida era
a luz dos homens”, isso significa que Jesus é vida e luz, logo, a vida e luz são inseparáveis, portanto, separar-se da vida é
morte, perder a vida é perder a luz, é pura escuridão. Aqui nasce o problema do homem de percepção da realidade. O homem
sem luz é homem sem percepção da realidade. Por isso, o homem tem acesso a redenção em Cristo Jesus, por meio da
iluminação.

DEUS HOMEM CRIAÇÃO


Homem como ser espiritual Homem ser social Homem ser cultural
Mandato Espiritual Mandato Social Mandato Cultural
Realidade espiritual Linhagem familiar Exercício vocacional
Ser profético. Ser sacerdotal. Ser governante
Visão Espiritual Serviço Espiritual Autoridade Espiritual
Provisão Proteção Posição
Reconexão Espiritual Reconexão Geracional Reconexão Territorial Cultural
Voltar-se a Deus Converter o coração dos pais aos Filhos A terra não ferida com Maldição

RECONCILIAÇÃO TRIDIMENSIONAL
Lucas 1:17. Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo,
já do ventre materno. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. E irá adiante do Senhor no espírito e
poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar
para o Senhor um povo preparado.

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