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28/05/2024, 19:07 Paris – Wikipédia, a enciclopédia livre

Paris
Paris (pronúncia em francês: ​[paʁi] ( escutar ⓘ )) é a
capital e a mais populosa cidade da França, com uma Paris
população estimada em 2020 de 2 148 271 habitantes
em uma área de 105 quilômetros quadrados.[1] Desde
o século XVII, Paris é um dos principais centros de
finanças, diplomacia, comércio, moda, ciência e artes
da Europa. A cidade de Paris é o centro e sede de
governo da região administrativa de Ilha de França,
que tem uma população estimada em 2020 de
12 278 210 habitantes, ou cerca de 18% da população
Panorama de Paris visto da Torre
da França.[1] Em 2017, a região de Paris teve um PIB Montparnasse, com a Torre Eiffel, o Campo
de 709 bilhões de euros.[2] De acordo com a Pesquisa de Marte e La Défense
de Custo de Vida da Economist Intelligence Unit em
2018, Paris era a segunda cidade mais cara do
mundo, atrás apenas da Singapura e à frente de
Zurique, Hong Kong, Oslo e Genebra.[3]

Abrangendo numerosos monumentos e por conta de


seu considerável papel político e econômico, Paris é Notre-Dame Sacré Cœur Panteão
também uma importante cidade na história do
mundo.[4] Sua posição numa encruzilhada entre os
itinerários comerciais terrestres e fluviais no coração
de uma rica região agrícola a tornou uma das
principais cidades francesas ao longo do século X,
beneficiada com palácios reais, ricas abadias e uma Arco do Triunfo Palais Garnier

catedral.[5] Ao longo do século XII, tornou-se um dos


primeiros focos europeus do ensino e da arte.[6] A
importância econômica e política de Paris foi
reforçada quando os Reis de França e a corte
fixaram-se na cidade.[7][5] Assim, Paris se converteu
em uma das mais importantes cidades de todo o Louvre
mundo ocidental, na capital da maior potência
política europeia (século XVII), no centro cultural da Símbolos
Europa (século XVIII) e na capital da arte e do lazer
(século XIX).[5]

Paris é a capital econômica e comercial da França,


onde os negócios da Bolsa e das finanças se
concentram. A densidade da sua rede ferroviária, Bandeira
rodoviária e da sua estrutura aeroportuária — um Brasão de armas
hub da rede aérea francesa e europeia — fazem-na
um ponto de convergência para os transportes Lema Fluctuat nec
internacionais. A cidade abriga dois aeroportos mergitur

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internacionais: o Aeroporto de Paris-Charles de "É sacudida pelas


Gaulle, o segundo aeroporto mais movimentado da ondas, mas não
afunda"
Europa, e o Aeroporto de Paris-Orly.[8][9]
Inaugurado em 1900, o metrô da cidade, o Gentílico parisiense
Metropolitano de Paris, atende 5,23 milhões de Localização
passageiros diariamente;[10] é o segundo sistema de
metrô mais movimentado da Europa, superado pelo
metrô de Moscou.[11] A Gare du Nord é a 24.ª estação
ferroviária mais movimentada do mundo, porém a Paris
primeira localizada fora do Japão, com 262 milhões
de passageiros em 2015.[12][13]

Em 2018, Paris recebeu 16,8 milhões de turistas,


sendo a oitava cidade mais visitada do mundo
naquele ano, assim como a segunda cidade da
Europa, depois de Londres.[14] O clube de futebol
Paris Saint-Germain e o clube de rugby Stade
Français estão sediados em Paris. O Stade de France,
com 81 mil lugares, construído para a Copa do
Mundo FIFA de 1998, está localizado ao norte da
cidade, na comuna vizinha de Saint-Denis.[15] Paris
organiza anualmente o torneio Grand Slam de tênis.
Sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 1900 e 1924,
devendo sediar o de 2024.[16] Paris também foi a
cidade-sede das Copas do Mundo FIFA de 1938 e
1998, a Copa do Mundo de Rugby Union de 2007 e o
Campeonato Europeu de Futebol de 1960, 1984 e
2016.[17] A competição de ciclismo de estrada Tour
de France finaliza-se em Paris em todo mês de Wikimedia | © OpenStreetMap
julho.[18]
Mapa de Paris

Etimologia Coordenadas 48° 51' 24" N


2° 21' 03" E (http://tool
Paris deve seu nome aos Parísios, um povo gaulês s.wmflabs.org/geohac
k/geohack.php?pagen
que habitava a região antes da chegada dos
ame=Paris&params=4
romanos.[19] Após conquistá-los, os romanos 8_51_24_N_2_21_03
rebatizaram seu assentamento como "Lutécia dos _E_scale:500000)
Parísios" (em latim: Lutetia Parisiorum). Ao longo
País França
do século IX, essa denominação, aos poucos, deu
lugar ao nome atual.[20] Os Parísios também Região Île-de-France
emprestaram seu nome a algumas outras vilas da Região metropolitana Paris
região, tais como Villeparisis, Cormeilles-en-Parisis, Arrondissement Paris
e Fontenay-en-Parisis.[21]
Cantão 20 cantões
Paris é frequentemente chamada de "cidade das Administração
luzes" (La Ville Lumière),[22] tanto por conta de seu
Prefeita Anne Hidalgo (PS)
papel de liderança durante a Era do Iluminismo
quanto mais literalmente porque Paris foi uma das Características geográficas
primeiras grandes cidades europeias a usar a
Área total 105,40 km²
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iluminação pública a gás em grande escala em seus População total 2 148 271 hab.
bulevares e monumentos. Em 1829, luzes de gás • População metropolitana 12 532 901
foram instaladas na Place du Carrousel, Rue de Rivoli
e Place Vendôme. Em 1857, as grandes avenidas Sítio www.paris.fr (htt
p://www.paris.fr)
foram acesas.[23] Na década de 1860, as avenidas e
ruas de Paris eram iluminadas por 56 mil lâmpadas
de gás.[24]

História

Origens
Os parísios, uma subtribo dos Sênones celtas, habitavam a
área atualmente compreendida como Paris por volta de
meados do século III a.C..[25][26] Uma das principais rotas
comerciais norte-sul da região atravessava o Sena na Ilha da
Cidade; este local de encontro de rotas comerciais tornou-se
gradualmente um importante centro comercial.[27] Os Parísios
Moedas de ouro cunhadas pelos
negociaram com muitas cidades fluviais (algumas tão distantes
parísios (século I a.C.)
quanto a Península Ibérica) e cunharam suas próprias moedas
para esse propósito.[28]

Os romanos conquistaram a Bacia de Paris em 52 a.C. e


começaram seu assentamento na margem esquerda de
Paris.[29] A cidade romana era originalmente chamada de
Lutécia ou Lutécia dos Parísios (em latim: Lutetia
Parisiorum). Tornou-se uma cidade próspera com um fórum,
termas, templos, teatros e um anfiteatro.[30]
Modelo do fórum de Lutécia
No final do Império Romano do Ocidente, a cidade era
conhecida como Parísio, um nome latino que mais tarde se tornaria Paris em francês.[31] O
cristianismo foi introduzido em meados do século III por São Dionísio, o primeiro bispo de Paris:
segundo a lenda, quando Dionísio se recusou a renunciar à sua fé diante dos ocupantes romanos,
foi decapitado na colina que ficou conhecida como Monte do Martírio (Mons Martyrum), mais
tarde Montmartre, de onde andou sem sua cabeça para o norte da cidade; o local onde caiu e foi
enterrado se tornou um importante santuário religioso, a Basílica de São Dionísio, onde muitos
reis franceses estão enterrados.[32]

Clóvis, o primeiro rei da Dinastia merovíngia, fez da cidade sua capital a partir de 508. Quando o
domínio franco da Gália começou, houve uma imigração gradual dos francos para Paris e nasceram
os dialetos francófonos parisienses. A fortificação da Ilha da Cidade não conseguiu evitar o saque
pelos viquingues em 845, mas a importância estratégica de Paris—com suas pontes que impediam
a passagem de navios—foi estabelecida por uma defesa bem-sucedida no cerco de Paris (885-86),
pelo qual o então conde de Paris, Eudo de França, foi eleito rei da Frância Ocidental.[33] Da

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dinastia capetiana iniciada com a eleição de 987 de Hugo Capeto, conde de Paris e duque dos
francos, como rei de uma Frância unificada, Paris gradualmente se tornou a maior e mais próspera
cidade da França.[32]

Idade Média a Luís XIV


No final do século XII, Paris havia se tornado a capital política,
econômica, religiosa e cultural da França.[34] O Palais de la
Cité, a residência real, ficava no extremo oeste da Ilha da
Cidade.[35] Em 1163, durante o reinado de Luís VII, Maurício
de Sully, bispo de Paris, empreendeu a construção da Catedral
de Notre Dame na extremidade oriental da cidade.[36]

Depois que o pântano entre o rio Sena e o seu mais lento "braço
O Palais de la Cité e a Sainte-
morto" ao norte foi preenchido por volta do século X,[37] o
Chapelle, vistos da margem
centro cultural de Paris começou a se mudar para a margem esquerda, no livro Les très riches
direita. Em 1137, um novo mercado da cidade (hoje Les Halles heures du duc de Berry (mês de
de Paris) substituiu os dois menores na Ilha da Cidade e na junho de 1410)
Place de la Grève (Hotel de Ville).[38]

No final do século XII, Filipe II de França estendeu a fortaleza do Louvre para defender a cidade
contra invasões de rios do oeste, deu à cidade suas primeiras muralhas entre 1190 e 1215,
reconstruiu suas pontes para ambos os lados da ilha central e pavimentou suas principais vias.[39]
Em 1190, Filipe II transformou a antiga escola catedral de Paris no que se tornaria a Universidade
de Paris e atrairia estudantes de toda a Europa.[40][34]

Com 200 mil habitantes em 1328, Paris, à época já capital da França, era a cidade mais populosa
da Europa. Londres, em comparação, tinha 80 mil em 1300.[41] Durante a Guerra dos Cem Anos,
Paris foi ocupada pelas forças da Borgonha, aliada da Inglaterra, a partir de 1418, antes de ser
ocupada pelos ingleses quando Henrique V de Inglaterra entrou na capital francesa em 1420;[42]
apesar de um esforço em 1429 por Joana d'Arc para libertar a cidade,[43] esta permaneceu sob
ocupação inglesa até ser libertada por Carlos VII em 1436.[44]

Nas Guerras religiosas na França do final do século XVI, Paris


era uma fortaleza da Liga Católica, responsável por organizar o
Massacre da noite de São Bartolomeu em 24 de agosto de 1572,
no qual milhares de protestantes franceses foram
mortos.[45][46] Os conflitos terminaram quando o pretendente
ao trono Henrique IV, depois de se converter ao catolicismo e
conseguir entrar na cidade em 1594, reivindicou a coroa
francesa. Henrique fez várias melhorias na capital durante seu
reinado: concluiu a construção da primeira ponte descoberta e
revestida de calçada de Paris, a Pont Neuf, construiu uma
O Hôtel de Sens, um dos muitos extensão do Louvre, conectando-o ao Palácio das Tulherias, e
prédios remanescentes da Idade criou a primeira praça residencial de Paris, a Place Royale,
Média em Paris agora Place des Vosges. Apesar dos esforços de Henrique para
melhorar a circulação da cidade, a estreiteza das ruas de Paris
foi um fator que contribuiu para seu assassinato perto do
mercado Les Halles em 1610.[47]

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Durante o século XVII, o Cardeal de Richelieu, ministro-chefe de Luís XIII, estava determinado a
fazer de Paris a cidade mais bonita da Europa. Construiu cinco novas pontes, uma nova capela para
o Colégio de Sorbonne e um palácio para si, o Cardeal Palais, que legou a Luís XIII. Após a morte
de Richelieu em 1642, o palácio foi renomeado para Palais-Royal.[48]

Devido às revoltas parisienses durante a guerra civil de Fronda, Luís XIV mudou sua corte para um
novo palácio, Versalhes, em 1682. Embora não fosse mais a capital da França, as artes e as ciências
da cidade floresceram com a Comédie-Française, a Academia de Pintura e a Academia Francesa de
Ciências. Para demonstrar que a cidade estava a salvo de ataques, o rei demoliu as muralhas da
cidade e as substituiu por bulevares arborizados que se tornariam os atuais Grands
Boulevards.[49] Outras marcas de seu reinado foram o Collège des Quatre-Nations, o Place
Vendôme, o Place des Victoires e o Hôtel des Invalides.[50]

Séculos XVIII e XIX


A população de Paris cresceu de cerca de 400 mil habitantes em 1640 para 650 mil em 1780.[51]
Uma nova avenida, a Champs-Élysées, estendeu a cidade a oeste de Étoile,[52] enquanto o bairro
Faubourg Saint-Antoine, no leste da cidade e habitado pela classe trabalhadora, ficava cada vez
mais lotado de trabalhadores pobres que migravam de outras regiões da França.[53]

Paris foi o centro de uma explosão de atividades filosófica e


científica conhecida como Era do Iluminismo. Diderot e
d'Alembert publicaram sua Encyclopédie em 1751, e os Irmãos
Montgolfier lançaram o primeiro voo tripulado em um balão de
ar quente em 1783, dos jardins do Castelo de la Muette. Paris
era a capital financeira da Europa continental, o principal
centro europeu de publicação de livros, de moda e de
fabricação de móveis finos e artigos de luxo.[54]
A tomada da Bastilha em 14 de
No verão de 1789, Paris se tornou o palco central da Revolução
julho de 1789, por Jean-Pierre
Francesa. Em 14 de julho, uma multidão apreendeu o arsenal Houël
de Invalides, adquirindo milhares de armas, e invadiu a
Bastilha, um símbolo da autoridade real. A primeira Comuna
de Paris independente, ou conselho da cidade, reuniu-se no Hôtel de Ville e, em 15 de julho, elegeu
um prefeito, o astrônomo Jean Sylvain Bailly.[55]

Luís XVI e a família real foram trazidos para Paris e feitos prisioneiros no Palácio das Tulherias.
Em 1793, quando a revolução se tornou cada vez mais radical, o rei, a rainha e o prefeito foram
guilhotinados (executados) no Reino do Terror, juntamente com mais de 16 mil pessoas em toda a
França.[56] A propriedade da aristocracia e da igreja foi nacionalizada, e as igrejas da cidade foram
fechadas, vendidas ou demolidas.[57] Uma sucessão de facções revolucionárias governou Paris até
9 de novembro de 1799, quando Napoleão Bonaparte tomou o poder como primeiro cônsul.[58]

A população de Paris havia diminuído 100 mil habitantes durante a Revolução, mas entre 1799 e
1815 aumentou em 160 mil novos residentes, chegando a 660 mil.[59] Napoleão substituiu o
governo eleito de Paris por um prefeito que reportava apenas a si próprio. Também passou a
erguer monumentos para a glorificação militar, incluindo o Arco do Triunfo, e melhorou a
infraestrutura negligenciada da cidade com novas fontes, o Canal de l'Ourcq, o Cemitério do Père-
Lachaise e a primeira ponte metálica da cidade, a Pont des Arts.[59]

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Durante a Restauração, as pontes e praças de Paris foram


devolvidas aos seus nomes pré-Revolução, mas a Revolução de
Julho de 1830 em Paris trouxe um monarca constitucional,
Luís Filipe I, ao poder. A primeira linha ferroviária para Paris
foi inaugurada em 1837, iniciando um novo período de
migração maciça das províncias para a cidade.[59] Luís Filipe
foi derrubado por uma revolta popular nas ruas de Paris em
1848. Seu sucessor, Napoleão III, e o recém-nomeado prefeito
do Sena, Georges-Eugène Haussmann, lançaram um
O mercado de flores, a Torre do gigantesco projeto de obras públicas para construir novas
Relógio, a Pont au Change e a Pont
avenidas, uma nova casa de ópera, um mercado central, novos
Neuf, por Giuseppe Canella, em
1832
aquedutos, canos de esgoto e parques, incluindo o Bois de
Boulogne e o Bois de Vincennes.[60] Em 1860, Napoleão III
também anexou as cidades vizinhas e criou oito novos
arrondissements, expandindo Paris aos seus limites atuais.[60]

Durante a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), Paris foi sitiada pelo exército prussiano. Após
meses de bloqueio, fome e bombardeio pelos prussianos, a cidade foi forçada a se render em 28 de
janeiro de 1871. Em 28 de março, um governo revolucionário chamado Comuna de Paris tomou o
poder em Paris. A Comuna manteve o poder por dois meses, até que foi severamente reprimida
pelo exército francês durante a "Semana Sangrenta", no final de maio de 1871.[61]

No final do século XIX, Paris sediou duas grandes exposições


internacionais: a Exposição Universal de 1889, realizada para marcar
o centenário da Revolução Francesa e apresentar a nova Torre Eiffel; e
a Exposição Universal de 1900, que deu a Paris a Ponte Alexandre III,
o Grand Palais, o Petit Palais e a primeira linha do Metropolitano de
Paris.[62] Na mesma época, Paris tornou-se o laboratório do
naturalismo (Émile Zola) e do simbolismo (Charles Baudelaire e Paul
Verlaine), assim como do impressionismo na arte (Courbet, Manet,
Monet e Renoir).[63]

Séculos XX e XXI A Torre Eiffel, em


Em 1901, a população de Paris havia crescido para 2 715 000.[64]
No construção em novembro
de 1888, surpreendeu os
início do século, artistas de todo o mundo, incluindo Pablo Picasso,
parisienses – e o mundo –
Modigliani e Henri Matisse, fizeram de Paris sua casa. Foi o berço do com sua modernidade
fauvismo, cubismo e da arte abstrata,[65][66] e autores como Marcel
Proust estavam explorando novas abordagens para a literatura.[67]

Durante a Primeira Guerra Mundial, Paris às vezes se encontrou na linha de frente do conflito;
entre 600 a 1 000 táxis de Paris tiveram um pequeno papel, mas altamente importante do ponto de
vista simbólico, ao transportarem 6 mil soldados para a linha de frente na Primeira Batalha do
Marne. A cidade também foi bombardeada por zepelins e por armas de longo alcance alemãs.[68]
Nos anos após a guerra, conhecidos como Les Années Folles, Paris continuou sendo uma meca
para escritores, músicos e artistas de todo o mundo, incluindo Ernest Hemingway, Igor Stravinsky,
James Joyce, Josephine Baker, Allen Ginsberg[69] e o surrealista Salvador Dalí.[70]

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Nos anos seguintes à Conferência de Paz de Paris, a cidade abrigou um número crescente de
estudantes e ativistas de colônias francesas e outros países asiáticos e africanos, que mais tarde se
tornaram líderes de seus países de origem, como Ho Chi Minh, Zhou Enlai e Léopold Sédar
Senghor.[71]

Na Segunda Guerra Mundial, após a derrota aliada na Batalha


da França, Paris caiu para a Alemanha Nazista e esteve sob
ocupação durante quatro anos. Em 14 de junho de 1940, o
exército alemão marchou para a capital francesa, que foi
declarada como uma "cidade aberta".[72] De 16 a 17 de julho de
1942, seguindo ordens alemãs, a polícia e os gendarmes
franceses prenderam 12 884 judeus, incluindo 4 115 crianças, e
os confinaram durante cinco dias no Rafle du Vélodrome
O general Charles de Gaulle nos d'Hiver, de onde foram transportados de trem para o campo de
Champs-Élysées comemorando a concentração de Auschwitz; nenhuma das crianças
libertação de Paris, em 26 de voltou.[73][74] Quando os Aliados estavam se aproximando da
agosto de 1944 cidade em agosto de 1944, Adolf Hitler ordenou que o general
Dietrich von Choltitz, governador militar de Paris, destruísse-a
e derrubasse a Torre Eiffel. Von Choltitz desobedeceu a
ordem. [75][76] Em 25 de agosto de 1944, a cidade foi libertada pela 2.ª Divisão Blindada Francesa e
pela 4.ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos. O general Charles de Gaulle liderou
uma enorme e emotiva multidão pelos Campos Elísios em direção à Notre Dame de Paris e
proferiu um inflamado discurso do Hôtel de Ville.[77]

Nas décadas de 1950 e 1960, Paris se tornou uma frente da Guerra de Independência Argelina; em
agosto de 1961, a FLN, pró-independência, atacou e matou 11 policiais de Paris, levando à
imposição de um toque de recolher aos muçulmanos da Argélia (que na época eram cidadãos
franceses). Em 17 de outubro de 1961, uma manifestação não autorizada, mas pacífica, de argelinos
contra o toque de recolher levou a violentos confrontos entre a polícia e manifestantes, nos quais
pelo menos 40 pessoas foram mortas, incluindo algumas jogadas no Sena. A anti-independência
Organisation Armée Secrète, por sua vez, realizou uma série de atentados em Paris ao longo de
1961 e 1962.[78][79]

Em maio de 1968, estudantes ocuparam a Sorbonne e colocaram barricadas no Quartier Latin.


Milhares de trabalhadores parisienses de colarinho azul se juntaram aos estudantes, e o
movimento se transformou em uma greve geral de duas semanas. Os eventos de maio de 1968 no
país resultaram na divisão da Universidade de Paris em 13 campi independentes.[80] Em 1975, a
Assembleia Nacional mudou o status de Paris para o de outras cidades francesas e, em 25 de março
de 1977, Jacques Chirac se tornou o primeiro prefeito eleito da cidade desde 1793.[81] A população
de Paris caiu de 2 850 000 em 1954 para 2 152 000 em 1990, quando famílias da classe média se
mudaram para os subúrbios.[82] Uma rede ferroviária suburbana, o RER, foi construída para
complementar o metrô, e a via expressa Périphérique que circunda a cidade foi concluída em
1973.[83]

A maioria dos presidentes do pós-guerra, período conhecido como Quinta República, buscaram
deixar suas marcas em Paris; Georges Pompidou iniciou o Centre Georges Pompidou (1977), Valéry
Giscard d'Estaing deu início ao Musée d'Orsay (1986); President François Mitterrand, no poder

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por 14 anos, construiu a Ópera da Bastilha (1985–1989), o novo


local da Biblioteca Nacional da França (1996), o Arche de la
Défense (1985–1989), e a pirâmide do Louvre, com seu pátio
subterrâneo (1983–1989); Jacques Chirac (2006), o Museu do
Quai Branly.[84]

Entre julho e outubro de 1995, uma série de bombardeios


realizados pelo Grupo Islâmico Armado da Argélia causou 8
Em 2015, cerca de 1,5 milhão de
mortes e mais de 200 feridos.[85] O atentado mais mortífero pessoas participaram da Marcha
ocorreu na estação de metro de Saint-Michel-Notre Dame, em pela República em Paris
25 de julho daquele, onde foram registradas as 8 mortes.[86]

No início do século XXI, a população de Paris começou a aumentar lentamente novamente, à


medida que mais jovens se mudaram para a cidade; em 2012 atingiu cerca de 2,2 milhões de
habitantes.[87] Em 2001, Bertrand Delanoë se tornou o primeiro prefeito socialista. Em 2007, em
um esforço para reduzir o tráfego de carros na cidade, Delanoë lançou o Vélib', um sistema de
aluguel de bicicletas para o uso de moradores e visitantes.[88]

Em 7 de janeiro de 2015, dois extremistas muçulmanos franceses atacaram a sede do Charlie


Hebdo em Paris e mataram treze pessoas, em um ataque reivindicado pela Al-Qaeda na Península
Arábica[89] e em 9 de janeiro, um terceiro terrorista, que alegou ser parte do Estado Islâmico do
Iraque e do Levante (ISIS), matou quatro reféns durante um ataque a um supermercado judeu em
Porte de Vincennes.[90] Em 11 de janeiro, cerca de 1,5 milhão de pessoas marcharam em Paris em
uma demonstração de solidariedade contra o terrorismo e em apoio à liberdade de expressão.[91]
Em 13 de novembro do mesmo ano, uma série de ataques terroristas coordenados em Paris e
Saint-Denis foram reivindicados pelo ISIS e causaram a mais de mais de 100 pessoas.[92]

Geografia
Paris está localizada no norte da França central, ao norte do rio
Sena, que inclui duas ilhas, a Île Saint-Louis e a Île de la Cité,
que formam a parte mais antiga da cidade. A foz do rio no
Canal da Mancha (La Manche) fica a 375 km a jusante da
cidade. A cidade está espalhada amplamente nas duas margens
do rio.[93] No geral, Paris é relativamente plana e o ponto mais
baixo fica 35 m acima do nível do mar. A cidade tem várias
colinas proeminentes, a mais alta das quais é Montmartre, a
130 m.[94]
Imagem de satélite de Paris
Excluindo os parques periféricos de Bois de Boulogne e Bois de
Vincennes, Paris cobre uma área oval medindo cerca de 87 km²
de área, cercada pelo anel viário de 35 km, o Boulevard Périphérique.[95] A última grande anexação
de territórios periféricos da cidade em 1860 não apenas lhe deu sua forma moderna, mas também
criou os 20 arrondissements em espiral no sentido horário (bairros municipais). Da área de 1 860
km de 78 km², os limites da cidade foram expandidos marginalmente para 86,9 km² na década de
1920. Em 1929, os parques florestais de Bois de Boulogne e Bois de Vincennes foram oficialmente
anexados à cidade, elevando sua área a cerca de 105 km².[96] A área metropolitana da cidade tem 2
300 km².[93]
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Dum e doutro lado do rio, o relevo apresenta várias formações isoladas de gipsita que formam
pequenas colinas.[97] Na margem direita: Montmartre (131 metros de altitude), com ponto
culminante no Cimetière du Calvaire;[98] Belleville (128,5 metros), com ponto culminante na Rue
du Télégraphe; Ménilmontant (108 metros); Buttes-Chaumont (103 metros); Passy (71 metros); e
Chaillot (67 metros). Sobre a margem esquerda: Montparnasse (66 metros); Butte-aux-Cailles (63
metros); e Montagne Sainte-Geneviève (61 metros). A cidade de Paris com 105 km² ocupa o 113º
lugar dentre as comunas da França metropolitana em área. Por outro lado, a unidade urbana de
Paris, como se diz da própria cidade mais a sua aglomeração urbana periférica, cobre uma
superfície de 2 723 km² reunindo 9 644 507 habitantes repartidos, em 1999, dentre 396 comunas
da Île-de-France.[99]

Hidrografia
O Sena corta a cidade formando um arco, entrando pelo
sudeste e saindo pelo sudoeste. Mais de trinta pontes permitem
a travessia do curso fluvial, que é igualmente atravessado por
dois outros cursos d'água: o Bièvre, que vem do sul de Paris,
hoje em dia inteiramente subterrâneo; e o canal Saint-Martin,
inaugurado em 1825, com comprimento de 4,5 quilómetros.
Este canal é parcialmente subterrâneo desde a rue du
Faubourg-du-Temple até a Bastille e constitui a parte terminal Imagem aérea do rio Sena em Paris
do canal de l'Ourcq, de 108 quilómetros de comprimento, que
entra na cidade pelo nordeste. O canal Saint-Martin alimenta a
bacia de Villette, passa sob a Place de la Bastille antes de se juntar ao Sena num curso acima da île
Saint-Louis, após o porto do Arsenal. Um canal dele se divide na bacia de Villette na direção de
Saint-Denis, o canal Saint-Denis, de 4,5 quilómetros de comprimento, aberto em 1821. O canal
Saint-Denis deságua no Sena rio abaixo, evitando cortar a cidade.[100]

Geologia
A Bacia parisiense forma um grande conjunto de estratos sedimentares sucessivos. É um dos
primeiros lugares que serviram de objeto duma carta geológica, inspirando homens como Georges
Cuvier que firmaram as bases de numerosas teorias em geologia tais como a paleontologia e a
anatomia comparada.[101] Constituída há 41 milhões de anos, trata-se uma bacia marinha
epicontinental em repouso sobre um maciço datando do Paleozoico, nomeadamente, o Maciço de
Vosges, o Maciço Central e o Maciço Armoricano. Com a formação dos Alpes, a bacia se deformou
mas continuou aberta para o Canal da Mancha e para o Oceano Atlântico. Assim se prefiguraram
as futuras bacias fluviais do Loire e do Sena. Ao final do Oligoceno, a bacia parisiense se torna
continental.[101]

Em 1911, Paul Lemoine mostra que a bacia é composta de estratos dispostos em depressões
concêntricas.[102][103] Mais tarde, os estudos se aprofundaram na coleta de dados sísmicos;
perfurações e poços permitiram desenhar cartas sísmicas precisas. Estes mesmos confirmam a
disposição dos estratos em depressões concêntricas mas com objetos complexos, como as falhas.
As formações do relevo parisiense se situam nos estratos do Mesozoico e do Paleogeno (era
terciária) e foram elaboradas pela erosão. O primeiro estrato datando da era terciária é constituído
de aluviões do Sena de época moderna. Os depósitos mais antigos são de areia e de argila datando
do estágio do Ypresiano presentes no 16º arrondissement de Auteuil até Trocadéro. Mas o estágio
mais conhecido é o Lutetiano, rico em gipsita e em calcário.[104]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris 9/57
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O subsolo parisiense se caracteriza pela presença de numerosas


pedreiras de calcário, gipsita e pedra de mó. Algumas foram
usadas como catacumbas e formam o ossário do conselho, do
qual uma parte está aberta ao público. O calcário foi explorado
até o século XIV sobre a margem esquerda, da Place d'Italie até
Vaugirard. Hoje em dia, a sua extração está deslocada mais
para o Oise, em Saint-Maximin por exemplo.[105] A exploração
da gipsita era muito ativa em Montmartre e em Bagneux. A
hidrogeologia é muito influenciada pela urbanização. O Rio
Bièvre, pequeno afluente do Sena que um dia modelou toda a Mapa topográfico e hidrográfico de
margem esquerda, foi coberto no século XIX por razões Paris
higiênicas. Numerosos riachos subterrâneos estão presentes no
subsolo parisiense, como os de Auteuil, os quais fornecem uma
fonte de água subterrânea para a cidade. O riacho albienne é o mais conhecido da região e tem sido
explorado por Paris desde 1841 pelos poços artesianos de Grenelle.[106]

Parques
Hoje, Paris possui mais de 421 parques e jardins municipais,
cobrindo mais de três mil hectares e contendo mais de 250 mil
árvores.[107] Dois dos jardins mais antigos e famosos de Paris
são o Jardim das Tulherias (criado em 1564 para o Palácio das
Tulherias e refeito por André Le Nôtre entre 1664 e 1672)[108] e
o Jardim de Luxemburgo, para o Palácio de Luxemburgo,
construído para Maria de Médici em 1612, que hoje abriga o
Bosque de Vincennes, o maior Senado.[109] O Jardin des plantes foi o primeiro jardim
parque de Paris botânico de Paris, criado em 1626 pelo médico de Luís XIII,
Guy de La Brosse, para o cultivo de plantas medicinais.[110]

Entre 1853 e 1870, o imperador Napoleão III e o primeiro diretor de parques e jardins da cidade,
Jean-Charles Alphand, criaram os Bois de Boulogne, Bois de Vincennes, Parc Montsouris e Parc
des Buttes-Chaumont, localizados nos quatro pontos cardeais pela cidade, bem como muitos
parques, praças e jardins menores nos bairros de Paris.[111] Desde 1977, a cidade criou 166 novos
parques, principalmente o Parc de la Villette (1987), Parc André Citroën (1992), Parc de Bercy
(1997) e Parc Clichy-Batignolles (2007).[112] Um dos mais novos parques, a Promenade des Berges
de la Seine (2013), construída em uma antiga rodovia na margem esquerda do Sena, entre a Ponte
de l'Alma e o Musée d'Orsay, possui jardins flutuantes e oferece vistas dos marcos da cidade.
Corridas semanais ocorrem no Bois de Boulogne e no Parc Montsouris.[113][114]

Meio ambiente e clima


Como todas as grandes metrópoles do planeta, Paris sofre as consequências ambientais ligadas à
escalada da sua população e da sua atividade económica.[115] Paris é a capital de maior densidade
populacional da Europa. Os espaços verdes são poucos e de baixa biodiversidade, apesar dos
parques e jardins que tem sido criados no curso das duas últimas décadas a fim de paliar essa
carência.[116] A poluição atmosférica e a poluição sonora constituem problemas de saúde pública;
por esse motivo, criaram-se redes de monitoramento de poluição. Para melhorar a qualidade do ar,
a cidade decidiu proibir automóveis com matrícula anterior a outubro de 1997 de circular nos
finais de semana.[117]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris 10/57
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Entrando no domínio das anedotas, Paris possui uma


reputação pouco gloriosa em matéria de dejetos caninos. Esses
dejetos são considerados como a causa primária da sujeira da
cidade pelos habitantes.[118] Um estudo do Institut
d'aménagement et d'urbanisme (IAU) publicado em 2019
sublinha que os preços da habitação levam os modestos a
abandonar Paris e a instalar-se em departamentos vizinhos,
como Seine-Saint-Denis, o que tende a provocar uma
Outono na avenue Raphaël
"gentrificação" da capital e uma pauperização dos
departamentos vizinhos.[119]

Paris tem um clima de tipo oceânico de transição: a influência oceânica é preponderante sobre a
influência continental e se traduz em verões relativamente frios (18 °C em média) e invernos
amenos (6 °C em média). Há chuvas frequentes em todas as estações e um tempo difícil de prever,
mas a influência continental faz com que as chuvas sejam bem mais fracas (641 milímetros) do que
na costa, independentemente das temperaturas, seja no coração do inverno ou no mais estafante
verão. O desenvolvimento urbano provoca uma alta da temperatura assim como uma baixa do
número de dias encobertos.[120]

Dados climatológicos para Paris

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano

Temperatura
máxima 16,1 21,4 25,7 30,2 34,8 37,6 40,4 39,5 36,2 28,4 21 17,1 40,4
recorde (°C)

Temperatura
máxima 7,2 8,3 12,2 15,6 19,6 22,7 25,2 25 21,1 16,3 10,8 7,5 16
média (°C)

Temperatura
5 5,6 8,8 11,5 15,3 18,3 20,5 20,4 16,9 13 8,3 5,5 12,4
média (°C)

Temperatura
mínima 2,7 2,8 5,3 7,3 10,9 13,8 15,8 15,7 12,7 9,6 5,8 3,4 8,9
média (°C)
Temperatura
mínima −14,6 −14,7 −9,1 −3,5 −0,1 3,1 6 6,3 1,8 −3,1 −14 −23,9 −23,9
recorde (°C)

Precipitação
51 41,2 47,6 51,8 63,2 49,6 62,3 52,7 47,6 61,5 51,1 57,8 637,4
(mm)
Dias com
9,9 9 10,6 9,3 9,8 8,4 8,1 7,7 7,8 9,6 10 10,9 111,1
precipitação

Horas de
62,5 79,2 128,9 166 193,8 202,1 212,2 212,1 167,9 117,8 67,7 51,4 1 661,6
sol

Fonte: Météo-France (médias climatológicas de 1981 a 2010).[121]

Demografia
A estimativa oficial da população da cidade de Paris era de 2 206 488 habitantes em 1 de janeiro de
2019, de acordo com o INSEE, o órgão oficial de estatística do país. O resultado é um declínio de
59 648 em relação a 2015.[122] Em 2017, Paris era a cidade mais densamente habitada da Europa,

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com 20 909 habitantes por quilômetro quadrado.[123] A


queda populacional foi atribuída em parte a uma menor
taxa de natalidade, à saída de moradores de classe média
e à possível perda de moradias na cidade por conta dos
aluguéis destinados ao turismo.[124][125]

Paris é o quarto maior município da União Europeia,


depois de Berlim, Madri e Roma. O Eurostat, a agência de Crescimento populacional de Paris
estatísticas da UE, põem Paris (com 6,5 milhões de
pessoas) em segundo lugar, atrás de Londres (8 milhões)
e à frente de Berlim (3,5 milhões), segundo projeções de
2012.[126]

A população atual de Paris é inferior ao seu pico histórico


de 2,9 milhões em 1921.[127] As principais razões foram
um declínio significativo no tamanho das famílias e uma
migração dramática de moradores para os subúrbios
entre 1962 e 1975.[128] Os fatores para a migração Mapa da densidade populacional dos
incluíram desindustrialização, aluguéis caros, a arrondissements (distritos) parisienses em
gentrificação de muitos bairros, a transformação do janeiro de 2017. Quanto mais escuro, mais
habitantes por km² a área possui
espaço em escritórios e uma maior riqueza entre as
famílias trabalhadoras.[129] A perda populacional cessou
temporariamente no início do século XXI; a estimativa de julho de 2004 mostrou um aumento
populacional pela primeira vez desde 1954, e a população atingiu 2 234 000 em 2009, antes de
novamente diminuir um pouco em 2017.[130]

Paris é o centro de uma área construída que se estende muito além de seus limites: comumente
chamada de aglomeração parisiense e estatisticamente como uma unidade urbana, a população da
aglomeração parisiense em 2019, de 10 960 000, a tornou a maior área urbana da União
Europeia.[131][132] Em 2015, a Área Metropolitana de Paris possuía 12 532 901 habitantes, o que
representava um quinto da população da França.[133]

Desigualdade social
A alta contínua dos preços imobiliários explica a substituição progressiva das populações modestas
ou intermediárias por uma nova classe mais abastada. Constata-se tal processo de gentrificação em
numerosas outras metrópoles como Londres ou Nova Iorque. Em Paris, essa evolução vulgarizou o
termo bobos (a partir de burguês-boêmio, termo ambíguo porém muito usado ao qual os
sociólogos raramente fazem referência) antes de provocar uma mutação social de bairros ainda
recentemente considerados como populares, tais como o 10º arrondissement ou certas comunas
suburbanas próximas (e.g., Montreuil em Seine-Saint-Denis). Paris é a 12ª cidade francesa de mais
de 20 mil habitantes em proporção de pessoas submetidas ao imposto solidário sobre a fortuna
(ISF, um imposto sobre fortunas superiores a 790 mil euros), isto é, há 34,5 famílias contribuintes
fiscais para cada 1 000 habitantes. 73 362 contribuintes declaravam um patrimônio médio de
1 961 667 euros em 2006. O 16º arrondissement encabeça a lista em número de contribuintes,
somando 17 356 contribuintes.[134]

Mas se Paris tem uma imagem de "cidades dos ricos", com uma proporção de classes sociais
elevadas do que alhures, a sociologia do intramuros permanece uma realidade de contrastes. Deve-
se primeiro ressaltar que, segundo o índice de paridade de poder de compra (PPC), as receitas reais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris 12/57
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dos parisienses são muito inferiores às suas receitas nominais:


de facto, o custo de vida no intramuros (a começar pelo de
moradia) é particularmente elevado, e os mesmos produtos
custam geralmente mais caro em Paris que no interior. Além
disso, as estatísticas de receitas médias frequentemente
iludem o observador (como o ressaltou Joseph Stiglitz) pois
qualquer receita muito alta (em jargão estatístico, outlier)
pode aumentar exponencialmente a receita média da maioria
da população. No caso parisiense, o limiar dos 10% de receitas
mais altas (o 9º decil) explica em grande parte o alto nível de
"receitas médias" da capital: a receita média desse limiar é de
As famílias abastadas vivem
50 961 euros anuais.[135] É por essa mesma razão que a receita
essencialmente a oeste da cidade, mensal mediana dos parisienses é muito inferior à receita
enquanto que, no nordeste, há a média.[135]
concentração das populações mais
pobres e de origem imigrante As diferenças sociais são tradicionalmente marcadas entre os
habitantes do oeste de Paris (essencialmente abastados) e os
do leste. Assim, a receita média declarada no 7º
arrondissement, a mais elevada, era de 31 521 euros por
contribuinte em 2001, isto é, mais do dobro da do 19º
arrondissement que não passa de 13 759 euros, valor próximo
da mediana das receitas de Seine-Saint-Denis de 13 155 euros.
Uma pequena favela (bidonville) na Os 6º, 7º, 8º e 16º arrondissements são classificados ao nível
Pont des Poissonniers, no 18.º das dez comunas de Île-de-France em receita média mais
arrondissement elevada, enquanto que os 10º, 18º, 19º e 20º arrondissements
estão ao nível das comunas mais pobres de Île-de-France.[136]
Nota-se enfim fortíssimas disparidades de receita no seio mesmo de todos arrondissements: a
razão inter-decil (os 10% das receitas mais elevadas sobre os 10% das receitas mais baixas) menos
significante é de 6,7 no 12º arrondissement, contra 13,0 no 2º arrondissement (que apresenta a
mais forte dispersão de receitas).[135] Numa perspectiva ampliada, Paris se classifica entre os
departamentos da França metropolitana onde as famílias mais pobres têm as menores receitas
(81º lugar[135]), e apresenta uma razão interdecil de 10,5 o que a torna o departamento francês com
as maiores disparidades sociais.[135]

Religião
Os dados do censo francês não contêm informações sobre
afiliação religiosa.[137] De acordo com uma pesquisa realizada
em 2011 pela IFOP, uma organização francesa de pesquisa de
opinião pública, 61% dos residentes da região de Paris (Ilha de
França) se identificaram como católicos romanos, apesar de
46% deles serem não praticantes. Na mesma pesquisa, 7% dos
residentes se identificaram como muçulmanos, 4% como
protestantes, 2% como judeus e 25% como sem religião. Basílica de Sacré Cœur
Segundo o INSEE, entre 4 e 5 milhões de residentes franceses
nasceram ou tiveram pelo menos um dos pais nascidos em um
país predominantemente muçulmano, principalmente na Argélia, no Marrocos e na Tunísia. Uma
pesquisa do IFOP em 2008 relatou que, dos imigrantes desses países predominantemente
muçulmanos, 25% iam à mesquita regularmente; 41% praticavam a religião e 34% eram não
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris 13/57
28/05/2024, 19:07 Paris – Wikipédia, a enciclopédia livre

praticantes.[138][139]Em 2012 e 2013, estimou-se que havia quase 500 mil muçulmanos na cidade
de Paris, 1,5 milhão de muçulmanos na região da Ilha de França e 4 a 5 milhões de muçulmanos na
França.[140][141] A população judaica da região de Paris foi estimada em 2014 em 282 mil, a maior
concentração de judeus no mundo fora de Israel e dos Estados Unidos.[142]

Imigração
De acordo com o censo francês de 2012, 586 163 moradores da cidade de Paris (26,2% do total), e
2 782 834 da região de Paris (Ilha de França) (23,4%), nasceram fora da região metropolitana da
França.[143] Haviam nascido na França Ultramarina 26 700 residentes da cidade e 210 159 da
região, sendo mais de dois terços dos quais nas Antilhas francesas. Este grupo não é considerado
imigrante pois possuem nacionalidade francesa.[143]

Nasceram em países estrangeiros, mas obtiveram cidadania francesa ao nascer, 103 648 habitantes
da cidade e 412 114 da região.[143] Tal grupo abrange muitos cristãos e judeus no norte da África
que se mudaram para a França e Paris após a independência dos países que nasceram. O grupo
restante, de pessoas nascidas em países estrangeiros sem cidadania francesa ao nascer, são aquelas
definidas como imigrantes pela lei francesa. Segundo o censo de 2012, 135 853 residentes da
cidade de Paris eram imigrantes da Europa, 112 369 eram do Magrebe, 70 852 da África
Subsaariana e Egito, 5 059 da Turquia, 91 297 da Ásia (fora da Turquia), 38 858 das Américas e
1 365 do Pacífico Sul.[144]

Na região de Paris, 590 504 moradores eram imigrantes da Europa, 627 078 do Magrebe, 435 339
da África Subsaariana e Egito, 69 338 da Turquia, 322 330 da Ásia (fora da Turquia), 113 363 das
Américas e 2 261 do Pacífico Sul.[145] Em 2012, havia 8 810 cidadãos britânicos e 10 019 norte-
americanos morando na cidade de Paris (Ville de Paris) e 20 466 britânicos e 16 408 norte-
americanos morando em toda a região de Paris (Île-de-France).[146][147]

Habitação
As ruas residenciais mais caras de Paris em 2018, em preço
médio por metro quadrado, foram a Avenue Montaigne (no 8º
arrondissement), ao preço de 22 372 euros por metro
quadrado, a Place Dauphine (1º arrondissement; 20 373 euros)
e a Rue de Furstemberg (6º arrondissement; 18 839
euros).[148] O número total de residências na cidade em 2011
era de 1 356 074, acima do registrado em 2006, de 1 334 815.
Destas, 1 165 541 (85,9%) eram residências "principais", 91 835
A Rue de Rivoli, em 2013 (6,8%) residências secundárias e 7,3% estavam vazias (abaixo
dos 9,2% em 2006).[149]

Em relação ao ano de construção, 62% das edificações datavam de 1949 ou antes disso, 20% foram
construídos entre 1949 e 1974 e apenas 18% após essa data.[150] Dois terços das 1,3 milhão de
residências da cidade eram estúdios e apartamentos de dois quartos. Paris tinha uma média de 1,9
pessoas por residência, um número que permanece constante desde a década de 1980, mas é
menor que a média de 2,33 pessoas por residência da Ilha de França. Ademais, a maior parte da
população pagava aluguel.[150]

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Na noite de 8 a 9 de fevereiro de 2019, durante um período de clima frio, uma ONG de Paris
realizou sua contagem anual de moradores de rua em toda a cidade. Ao todo, a organização
contabilizou 3 641 pessoas mendigos, dos quais 12% eram mulheres. Mais da metade estava
desabrigada há mais de um ano. Moravam nas ruas ou parques 2 871 pessoas, 298 nas estações de
trem e metrô e 756 em outras formas de abrigo temporário. O número total representou um
aumento de 588 pessoas desde 2018.[151]

Subúrbios
Além da adição do Bois de Boulogne, do Bois de Vincennes e do
heliporto de Paris no século XX, os limites administrativos de
Paris permanecem inalterados desde 1860. Um departamento
administrativo maior do Sena governava Paris e seus subúrbios
desde a sua criação em 1790, mas a crescente população
suburbana dificultou sua manutenção como entidade única. Tal
problema foi "resolvido" quando o Distrito da região de Paris
foi reorganizado em vários novos departamentos desde 1968:
Paris tornou-se um departamento em si, e a administração de
seus subúrbios foi dividida entre os três novos departamentos Mapa do projeto Grand Paris
Express, que pretende conectar as
ao seu redor. O distrito da região de Paris foi renomeado para
cidades da Grande Paris através do
"Ilha de França" em 1977, mas esse nome abreviado de "região sistema de metrô
de Paris" ainda é comumente usado atualmente para descrever
a Ilha de França e como uma vaga referência a toda a
aglomeração de Paris.[152] Em janeiro de 2016, os antigos esforços para unir Paris e seus subúrbios
foram reforçados com a criação da Metrópole da Grande Paris.[153]

A desconexão de Paris com seus subúrbios e sua falta de transporte suburbano tornaram-se
bastante evidentes com o crescimento da aglomeração de Paris. Paul Delouvrier prometeu resolver
o desacordo dos subúrbios de Paris quando se tornou chefe da região em 1961:[154] dois de seus
projetos mais ambiciosos para a região foram a construção de cinco "villes nouvelles" ("novas
cidades") suburbanas[155] e a rede de trens urbanos RER.[156] Muitos outros distritos residenciais
suburbanos (grandes conjuntos) foram construídos entre as décadas de 1960 e 1970 para fornecer
uma solução de baixo custo a uma população em rápida expansão.[157] A princípio tais distritos
eram socialmente variados,[158] mas poucos moradores possuíam suas casas (a economia crescente
os tornou acessíveis à classe média somente a partir da década de 1970).[159]

Ademais, a sociologia urbana da aglomeração de Paris é basicamente a mesma do século XIX: suas
classes afortunadas estão situadas no oeste e sudoeste, e as classes média-baixa estão no norte e
leste. As áreas restantes são em sua maioria ocupadas por habitantes da classe média, rodeados
por "ilhas" populacionais de pessoas mais afortunadas que estão ali localizadas devido a motivos
históricos, nomeadamente Saint-Maur-des-Fossés ao leste e Enghien-les-Bains ao norte de
Paris.[160]

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Panorama de Paris, visto da Torre Eiffel, em uma visão completa de 360 graus

Administração

Governo municipal
Durante quase toda a sua longa história, exceto por alguns
breves períodos, Paris foi governada diretamente por
representantes do rei, imperador ou presidente da França. A
cidade não recebeu autonomia municipal pela Assembleia
Nacional até 1974.[161] Abolido em 1871, o cargo de prefeito foi
restabelecido em 1977, com a eleição de Jacques Chirac.[162] O
prefeito de Paris é eleito indiretamente; os eleitores de cada um
dos 20 arrondissements da cidade elegem membros para o
Conselho de Paris (Conseil de Paris), que posteriormente elege
Mapa com os arrondissements de o prefeito.[163] A atual prefeita é Anne Hidalgo, do Partido
Paris
Socialista, eleita em 5 de abril de 2014.[164]

O Conselho de Paris é composto por 163 membros, com cada


distrito alocando um número de assentos dependendo do tamanho de sua população, sendo um
mínimo de 10 membros para cada um dos distritos menos populosos (1º a 9º) a 34 membros para
os mais populosos (15º). Os conselheiros são eleitos usando a representação proporcional em lista
fechada em um sistema de dois turnos.[163] As listas de partidos que obtiverem maioria absoluta no
primeiro turno - ou pelo menos uma pluralidade no segundo turno - ganham automaticamente
metade dos assentos de um distrito.[163]

A metade restante dos assentos do Conselho é distribuída


proporcionalmente a todas as listas que ganharam pelo menos
5% dos votos, usando o método das médias mais altas. Desta
forma, há a garantia de que o partido ou coalizão vencedora
sempre conquiste a maioria dos assentos, mesmo que não
ganhe a maioria absoluta dos votos.[163]

Cada um dos 20 arrondissements de Paris tem sua própria


prefeitura e um conselho eleito diretamente (conseil
O Hôtel de Ville, ou prefeitura, está
d'arrondissement), que, por sua vez, elege um prefeito do
no mesmo local desde 1357
arrondissements.[165] O conselho de cada arrondissements é
composto por membros do Conselho de Paris e também
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membros que servem apenas no conselho do arrondissements. O número de vice-prefeitos em


cada arrondissements varia de acordo com sua população. Há um total de 20 prefeitos e 120 vice-
prefeitos.[161]

O orçamento da cidade para 2018 foi de 9,4 bilhões de euros, com um déficit de 5,7 bilhões de
euros. Destes, 7,8 bilhões de euros foram destinados à administração da cidade (despesas
operacionais) e 1,6 bilhões de euros para investimentos. O número de funcionários públicos
municipais aumentou de 40 300 em 1990 para 52 mil em 2019; os gastos com pessoal em 2018
totalizaram 2,4 bilhões de euros.[166]

Metrópole da Grande Paris


A Metrópole da Grande Paris foi formalmente criada em 1 de
janeiro de 2016.[153] É uma estrutura administrativa de
cooperação entre a cidade de Paris e seus subúrbios mais
próximos. Além da cidade de Paris, abrange comunas dos três
departamentos dos subúrbios (Altos do Sena, Seine-Saint-
Denis e Vale do Marne), sete comunas nos subúrbios, incluindo
Argenteuil em Val-d'Oise e Paray-Vieille-Poste em Essonne,
que foram adicionados para incluir os principais aeroportos de
Paris. A Metrópole cobre uma área de 814 quilômetro Mapa da Metrópole da Grande Paris
quadrados (314 milha quadradas) e tem uma população de e suas 131 comunas na região de
6,945 milhões de pessoas.[167][168] Île-de-France

A nova estrutura é administrada por um Conselho


Metropolitano formado por 210 membros, não eleitos diretamente, mas escolhidos pelos conselhos
das comunas. Suas competências básicas incluem planejamento urbano, habitação e proteção do
meio ambiente.[153][168] Embora a Metrópole tenha uma população de quase sete milhões de
pessoas e represente 25% do PIB da França, possui um orçamento muito pequeno: apenas 65
milhões de euros.[169]

Governo nacional
Como capital da França, Paris é a sede do governo nacional do
país. Os chefes do Executivo possuem residências oficiais, que
também são utilizadas como local de trabalho. O presidente da
República Francesa reside no Palácio do Eliseu, localizado no
8.º arrondissement,[170] enquanto o primeiro-ministro fica no
Hôtel Matignon, no 7.º arrondissement.[171][172] Os ministérios
O Palácio do Eliseu, residência
do governo estão localizados em várias partes da cidade;
oficial do presidente da França
muitos estão localizados no 7º arrondissement, perto do Hôtel
Matignon.[173]

As duas casas do Parlamento francês estão localizadas na margem esquerda. A câmara alta, o
Senado, reúne-se no Palácio do Luxemburgo, no 6º arrondissement, enquanto a câmara baixa
mais importante, a Assembleia Nacional, tem sua sede no Palácio Bourbon, no 7º
arrondissement.[174] O presidente do Senado, o segundo cargo público mais elevado
hierarquicamente (sendo o presidente da República o único superior), reside no "Petit
Luxembourg", um palácio anexo menor do Palácio do Luxemburgo.[175]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris 17/57
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Os tribunais de mais alta instância da França estão localizados


em Paris. A Corte de Cassação, o tribunal superior nas matérias
criminais e civis, está localizado no Palácio da Justiça, na Île de
la Cité,[176][177] enquanto o Conseil d'État, que presta assessoria
jurídica ao executivo e atua como o mais alto tribunal da ordem
administrativa, julgando litígios contra órgãos públicos, está
localizado no Palais Royal, no 1º arrondissement.[178] O
Conselho Constitucional, um órgão consultivo com autoridade
O Palais Royal, sede do Conseil
máxima sobre a constitucionalidade de leis e decretos
d'État
governamentais, também se reúne na ala Montpensier do
Palais Royal.[179]

Paris e sua região ainda abrigam a sede de várias organizações internacionais, incluindo a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO),[180] a
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),[181] a Câmara de
Comércio Internacional,[182] a Agência Espacial Europeia,[183] a Agência Internacional de
Energia[184] e o Bureau Internacional de Exposições.[185]

Força policial
A segurança de Paris é principalmente de responsabilidade da
Prefeitura de Polícia de Paris, uma subdivisão do Ministério do
Interior. Tem como atribuições supervisionar as unidades da
Polícia Nacional que patrulham a cidade e os três
departamentos vizinhos. Também é responsável por fornecer
serviços de emergência, incluindo o Corpo de Bombeiros de
Paris.[186]
Policiais de Paris, em 2006
A Prefeitura de Polícia da cidade conta com 34 mil
policiais.[187] A polícia nacional possui sua própria unidade
especial para controle de distúrbios, multidões e segurança de prédios públicos, denominada
Compagnies Républicaines de Sécurité (CRS), uma unidade formada em 1944 logo após a
libertação da França.[188] Ademais, a polícia é apoiada pela Gendarmaria Nacional, um ramo das
Forças Armadas francesas, embora suas operações policiais agora sejam supervisionadas pelo
Ministério do Interior.[189]

De acordo com relatório da embaixada norte-americana na França, os índices de criminalidade em


Paris são "semelhantes ao da maioria das grandes cidades" e "os crimes violentos são
relativamente raros no centro da cidade." O relatório prosseguiu afirmando que a violência política
é "relativamente incomum. Grandes manifestações em Paris são geralmente gerenciadas por uma
forte presença policial, mas esses eventos podem se tornar perigosos e devem ser evitados".[190]

Relações exteriores
Paris tem uma cidade-gémea e cidades parceiras:[191]

Cidade-irmã

Roma, Itália, (1956)[192]

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Cidades parceiras

Erevan, Pequim, Santiago,


Argel, Argélia, Armênia, (1998) China, (1997) Chile, (1997)
(2003)
Genebra, Porto Alegre, São Paulo,
Amã, Jordânia,
(1987)
Suíça, (2002) Brasil, (2001)[192] Brasil, (2004)
Jacarta, Praga, Seul, Coreia
Atenas, do Sul, (1991)
Indonésia, (1995) República Checa,
Grécia, (2000)
Quioto, Japão, (1997) Sófia,
Beirute, Bulgária, (1998)
(1958) Quebec,
Líbano, (1992)
Lisboa, Canadá, (2003) Sydney,
Berlim,
Portugal, (1998) Rabat, Austrália, (1998)
Alemanha, (1987)
Londres, Marrocos, (2004) Tbilisi,
Buenos Aires, Geórgia, (1997)
Reino Unido, Riade, Arábia
Argentina, (1999)
(2001) Saudita, (1997) Tóquio, Japão,
Cairo, Egito, (1982)
Madrid, São
(1985)
Espanha, (2000) Petersburgo, Tunes,
Casablanca, Rússia, (1997) Tunísia, (2004)
Cidade do
Marrocos (2004)
México, México, Sana, Iêmen, Varsóvia,
Chicago, (1999) (1987) Polônia, (1999)
Estados Unidos,
Montreal, São Washington,
(1996)
Canadá, (2006) Francisco, DC, Estados
Copenhaga, Estados Unidos, Unidos, (2000)
Moscou,
Dinamarca, (2005) (1996)
Rússia, (1992)

Outro

Whitwell, Rutland, Reino Unido afirma ser geminada com Paris.[193][194]

Economia
Paris, como o resto da Île-de-France mas de maneira ainda mais
marcada, é mais rica e mais terceirizada que a média francesa. A
aglomeração parisiense é todavia claramente menos especializada
economicamente que outros grandes centros econômicos mundiais,
notadamente Londres, sua grande rival na Europa, que é
particularmente dinâmica no setor financeiro. Todavia, segundo Éric
Le Boucher, a Île-de-France conhece um declínio econômico e perdas
de emprego: "nenhuma região-capital do mundo perde tantos
empregos como Paris, obscurecida por seu passado brilhante, mal-
governada, fragmentada em seus egoísmos, anêmica, sem haver se
inscrito resolutamente na competição mundial entre as metrópoles do
século XXI.[195] Sede da Euronext Paris

Ao se tratar da rivalidade entre Paris e Londres, John Ross,


conselheiro econômico do prefeito de Londres, estima em 2008 no The Economist que Paris
perdeu há muito tempo a competição econômica com Londres: "Nós não nos consideramos como
em competição com Paris, nós já ganhamos esse combate. Nós nos medimos contra Nova
Iorque[196]". Essa afirmação é testemunha da agudeza da rivalidade entre as grandes metrópoles
mundiais e especialmente entre Londres e Paris, assim como das disputas de comunicação que
rodeiam essa concorrência para atrair para atrair as perspectivas de investimentos associados. The

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Economist ajunta que Londres ultrapassa desde então Paris em quase todos os grandes
indicadores econômicos. Todavia, Paris dispõe de um número maior de grupos do Fortune 500 que
na cidade tem suas sedes,[197] a Île-de-France se impõe como a primeira região europeia, à frente
da Grande Londres, em número de empregos criados pelas implantações internacionais em
2007[198] e pôr fim a capital francesa emite a cada ano mais patentes que a capital inglesa e dispõe
de uma maior proporção de pesquisadores na sua mão-de-obra.[199] Neste momento, o PIB por
paridade do poder de compra da aglomeração parisiense, estimada em 460 mil
milhõesPE/bilhõesPB de dólares, é comparável, ou até mesmo superior ao de Londres.[200]

Paris continua sendo de longe o departamento que agrupa mais


empregos na região com cerca de 1 650 600 em 2004, ou seja, 31% dos
empregos privados da região, à frente de Hauts-de-Seine com 848 200
empregos (16%).[201] Os salários parisienses (19 euros por hora por
ano, em 2002) são ligeiramente superiores à média regional (18,2
euros) e largamente superiores à média nacional (13,1 euros).
Entretanto, essa diferença se explica essencialmente pela forte sobre-
representação dos quadros gerenciais que constituem 25% dos
assalariados. A cidade se caracteriza sobretudo por sua forte
desigualdade social: os 10% dos assalariados mais bem pagos ganha
quatro vezes mais que os 10% menos bem pagos, o que está um pouco
Loja de departamento
Galeries Lafayette
acima da média regional (3,7), mas é bastante superior à disparidade
decorada para o natal constatada no resto da França (2,6). Semelhantemente, as
desigualdades geográficas aparecem no próprio seio da cidade: o
salário horário médio oferecido no 8° arrondissement (24,2 euros) é
superior em 82% ao do 20° arrondissement (13,3 euros). Contrariamente, as disparidades salariais
homem-mulher que ocupam idênticas posições profissionais não passa de 6% em Paris contra 10%
no resto da França.[202]

Em La Défense está a maior parte das sedes de grandes empresas e dos empregos de alto nível.
Duas zonas são dignas de nota: o centro de Paris e o bairro de La Défense,[203] nos subúrbios do
oeste. O bairro de negócios no centro de Paris se estende sobre um perímetro bastante grande em
torno da casa de ópera e da estação de Saint-Lazare.[204] Este bairro conserva um papel
importante mas os preços imobiliários dos seus escritórios são muito elevados e a área que pode
ser ocupada é limitada pelas regras de urbanismo. Entre 1994 e 2005, o seu número de empregos
privados claramente diminuiu em benefício dos subúrbios vizinhos no oeste[205] principalmente
La Défense.

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Panorama de La Défense, em Paris, o maior centro financeiro da Europa[206]

Turismo
Em 2018, medido pelo Índice de Destino de Cidades Globais da
MasterCard, Paris era o segundo destino aéreo mais movimentado do
mundo, com 19,10 milhões de visitantes, atrás de Bangcoc (22,78
milhões), mas à frente de Londres (19,09 milhões).[207] De acordo
com a Convenção de Paris e o Bureau de Visitantes, 393 008
trabalhadores na Grande Paris, ou 12,4% da força de trabalho total,
estão envolvidos em setores relacionados ao turismo, como hotéis,
restauração, transporte e lazer.[208]

A principal atração turística da cidade era a Catedral de Notre Dame,


que recebeu cerca de 12 milhões de visitantes em 2018, mas agora está
fechada para reforma após o incêndio de 15 de abril de 2019 e não se
Fotografia aérea do Hôtel
espera que seja reaberta por vários anos. O segundo foi a Basilique du des Invalides e do rio Sena
Sacré-Coeur em Montmartre, com um número estimado de 11 milhões ao fundo
de visitantes, seguido pelo Museu do Louvre (10,1 milhões de
visitantes); Centre Pompidou (3,5 milhões de visitantes); Museu
d'Orsay (3,3 milhões); Museu Nacional de História Natural da França (2,4 milhões de visitantes);
Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (2 milhões de visitantes); Arco do Triunfo (1,7
milhão de visitantes) e Sainte-Chapelle (1,3 milhão de visitantes).[209]

O centro de Paris contém os monumentos mais visitados da cidade, incluindo a Catedral de Notre
Dame (agora fechada para restauração) e o Louvre, bem como a Sainte-Chapelle; Les Invalides,
onde está localizado o túmulo de Napoleão, e a Torre Eiffel estão localizadas na margem esquerda,
a sudoeste do centro. O Panthéon e as Catacumbas de Paris também estão localizados na margem
esquerda do Sena. As margens do principal rio da cidade, da Pont de Sully a Pont d'Iéna, estão
listadas como Patrimônio Mundial pela UNESCO desde 1991.[210] Vários outros marcos muito
visitados estão localizados nos subúrbios da cidade; a Basílica de Saint-Denis, em Seine-Saint-
Denis, é o berço do estilo gótico da arquitetura e da necrópole real dos reis e rainhas franceses.[211]
A região de Paris abriga três outros locais do patrimônio da UNESCO: o Palácio de Versalhes, a
oeste,[212] o Palácio de Fontainebleau, ao sul,[213] e o local de feiras medievais de Provins, a
leste.[214] Na região também está localizada a Disneyland Paris, em Marne-la-Vallée, a 32
quilômetros a leste do centro de Paris e que recebeu 9,8 milhões de visitantes em 2018.[215]

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Paris é famosa por seus grandes hotéis. O Hotel Meurice, aberto para viajantes britânicos em 1817,
foi um dos primeiros hotéis de luxo em Paris.[216] A chegada das ferrovias e a Exposição Universal
de 1855 trouxeram a primeira inundação de turistas e os primeiros grandes hotéis modernos; o
Hôtel du Louvre (agora um mercado de antiguidades) em 1855; o Grand Hotel (agora o
InterContinental Paris Le Grand Hotel) em 1862; e o Hôtel Continental em 1878. O Hôtel Ritz na
Place Vendôme foi inaugurado em 1898, seguido pelo Hôtel Crillon em um edifício do século XVIII
na Place de la Concorde em 1909; o Hotel Bristol na Rue du Faubourg-Saint-Honoré em 1925; e o
Hotel George V em 1928.[217]

Panorama da Disneyland Resort Paris (também conhecida como Eurodisney)

Infraestrutura

Educação
Paris é o departamento com a maior proporção de pessoas altamente
educadas. Em 2009, cerca de 40% dos parisienses possuíam diploma
de nível superior, a maior proporção na França,[218] enquanto 13%
não possuem diploma, a terceira menor porcentagem na França. A
educação em Paris e na região de Île-de-France emprega
aproximadamente 330 mil pessoas, 170 000 das quais são professores
ensinando aproximadamente 2,9 milhões de crianças e estudantes em
cerca de 9 mil escolas e instituições de ensino fundamental, médio e
superior.[219]

A Universidade de Paris, fundada no século XII, é frequentemente


chamada de Sorbonne por causa de uma de suas faculdades medievais
A capela da Sorbonne na originais. Foi dividido em treze universidades autônomas em 1970,
Universidade de Paris após as manifestações estudantis em 1968. Atualmente, muitos dos
campi estão no Quartier Latin, onde a antiga universidade estava
localizada, enquanto outros estão espalhados pela cidade e pelos
subúrbios.[220]

A região de Paris abriga a maior concentração francesa das grandes écoles - 55 centros
especializados de ensino superior fora da estrutura da universidade pública. As prestigiadas
universidades públicas são geralmente consideradas grandes instituições. A maioria das grandes
écoles foi transferida para os subúrbios de Paris nas décadas de 1960 e 1970, em novos campi
muito maiores que os antigos campi da movimentada cidade de Paris, embora a École Normale

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Supérieure tenha permanecido na rue d'Ulm no 5º arrondissement.[221] Há um grande número de


escolas de engenharia, lideradas pelo ParisTech que compreende várias faculdades, como a École
Polytechnique, a École des Mines, a AgroParisTech, a Télécom Paris, a Arts et Métiers e a École des
Ponts et Chaussées. Existem também muitas escolas de negócios, incluindo HEC, INSEAD, ESSEC
e ESCP. A escola administrativa, como a Escola Nacional de Administração, foi transferida para
Estrasburgo, a escola de ciências políticas Sciences-Po ainda está localizada no 7º arrondissement
de Paris e a mais prestigiada universidade de economia e finanças, Paris-Dauphine, está localizada
no 16º de Paris. O departamento CELSA da escola parisiense de jornalismo da Sorbonne
Université está localizado em Neuilly-sur-Seine.[222]

Nos anos 2010 e 2020 ocorreu a fusão de universidades. A Universidade Paris-Descartes e a


Universidade Paris-Diderot tornaram-se a Universidade Paris Cité[223], a Universidade Paris-
Sorbonne e a Universidade Pierre e Marie Curie tornaram-se a Universidade Sorbonne[224], e a
Universidade Cergy-Pontoise tornou-se a Universidade CY Cergy Paris. A Universidade Paris
Sciences et Lettres foi criada em 2010 a partir de 11 escolas e universidades constituintes.[225] A
Universidade Paris-Saclay foi fundada em 2019 a partir da Universidade Paris-Sul e da fusão de
quatro grandes écoles técnicas, bem como de vários institutos tecnológicos, escolas de engenharia
e centros de pesquisa. Em 2019, cinco grandes écoles de engenharia (École polytechnique, ENSTA,
ENSAE, Télécom Paris e Telecom SudParis) agruparam-se no Institut Polytechnique de Paris.[226]

Saúde
Os serviços de saúde e serviços médicos de emergência na
cidade de Paris e nos seus subúrbios são fornecidos pela
Assistance Publique – Hôpitaux de Paris (AP-HP), um sistema
público que emprega mais de 90 mil pessoas (incluindo
profissionais, pessoal de apoio e administradores) em 44
hospitais.[228] É o maior sistema hospitalar da Europa,
fornecendo assistência médica, ensino, pesquisa, prevenção,
educação e serviços médicos de emergência em 52 ramos da
medicina. Os hospitais recebem mais de 5,8 milhões de visitas Hôtel-Dieu de Paris, o mais antigo
anuais de pacientes.[228] hospital da cidade[227]

Um dos hospitais mais notáveis é o Hôtel-Dieu, fundado em


651, o hospital mais antigo da cidade,[227] embora o edifício atual seja o produto de uma
reconstrução de 1877. Outros hospitais incluem o Hospital Pitié-Salpêtrière (um dos maiores da
Europa), o Instituto Curie, o Hôpital Lariboisière e o Hospital Americano de Paris.[228]

Eletricidade
A eletricidade é fornecida a Paris através de uma rede periférica alimentada por várias fontes. Até
2012, cerca de 50% da eletricidade gerada na Ilha de França vem de usinas de cogeração
localizadas próximas aos limites externos da região; outras fontes de energia incluem a Usina
Nuclear de Nogent (35%), incineração de lixo (9% - com usinas de cogeração, estas também
fornecem a cidade no calor), gás metano (5%), hidráulica (1%), energia solar (0,1%) e uma

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quantidade insignificante de energia eólica (0,034 GWh).[229] Um quarto do aquecimento urbano


da cidade é proveniente de uma fábrica em Saint-Ouen-sur-Seine, queimando uma mistura 50/50
de carvão e 140 mil toneladas de pellet de madeira vindas dos Estados Unidos por ano.[230]

Mídia
Paris e seus subúrbios próximos abrigam inúmeros jornais, revistas e publicações, como Le
Monde, Le Figaro, Libération, Le Nouvel Observateur, Le Canard enchaîné, La Croix, Pariscope,
Le Parisien (em Saint-Ouen), Les Échos, Paris Match (Neuilly-sur-Seine), Réseaux & Télécoms,
Reuters e L'Officiel des Spectacles.[231] Os dois jornais de maior prestígio da França, Le Monde e
Le Figaro, são as peças centrais da indústria editorial parisiense.[232] A Agence France-Presse
(AFP) é a agência de notícias mais antiga da França e uma das mais antigas do mundo, operando
continuamente. A AFP, como é abreviada coloquialmente, mantém sua sede em Paris, como desde
1835.[233] France 24 é um canal de notícias de televisão pertencente e operado pelo governo
francês e está sediado em Paris.[234] Outra agência de notícias é a France Diplomatie, de
propriedade e operada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, e refere-se apenas a notícias e
ocorrências diplomáticas.[235]

A rede mais vista em França, a TF1, fica nas proximidades de Boulogne-Billancourt. France 2,
France 3, Canal+, France 5, M6 (Neuilly-sur-Seine), Arte, D8, W9, TFX, NRJ 12, La Chaîne
parlementaire, France 4, BFM TV e Gulli são outras estações localizadas nos arredores da
capital.[236] A Radio France, emissora pública de rádio da França e seus diversos canais, está
sediada no 16º arrondissement de Paris. A Rádio França Internacional, outra emissora pública
também está sediada na cidade.[237] Paris também possui a sede da La Poste, a transportadora
postal nacional da França.[238]

Transportes
Paris é um importante centro de transporte ferroviário, rodoviário e aéreo. A Île-de-France
Mobilités (IDFM), anteriormente o Syndicat des transports d'Île-de-France (STIF) e antes disso
Syndicat des transports parisiens (STP), supervisiona a rede de trânsito na região.[239] O sindicato
coordena o transporte público e o contrata para o RATP (que opera 347 linhas de ônibus, o metrô,
oito linhas de bondes e seções do RER), o SNCF (que opera trilhos suburbanos, uma linha de
bondes e as demais seções do RER) e o consórcio Optile de operadores privados que gerenciam 1
176 linhas de ônibus.[240]

Desde a inauguração de sua primeira linha em 1900, a rede do metrô de Paris cresceu e se tornou o
sistema de transporte local mais usado da cidade; hoje, transporta cerca de 5,23 milhões de
passageiros diariamente[241] através de 16 linhas, 303 estações (385 paradas) e 220 km de trilhos.
Sobreposta a isso está uma 'rede expressa regional', a RER, cujas cinco linhas (A, B, C, D e E), 257
paradas e 587 km de trilhos conectam Paris a partes mais distantes da cidade.[242] Mais de 26,5
bilhões de euros serão investidos nos próximos 15 anos para estender a rede metrô aos
subúrbios,[242] com destaque para o projeto Grand Paris Express. Além disso, a região de Paris é
servida por uma rede ferroviária de nove linhas de tramway.[243] Atualmente, cinco novas linhas
ferroviárias leves estão em vários estágios de desenvolvimento.[244]

Paris é um importante centro de transporte aéreo internacional, com o quinto sistema


aeroportuário mais movimentado do mundo. A cidade é servida por três aeroportos internacionais
comerciais: Paris-Charles de Gaulle, Paris-Orly e Beauvais-Tillé. Juntos, esses três aeroportos

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registraram tráfego de 96,5 milhões de passageiros em


2014.[245] Há também um aeroporto de aviação geral, Paris-Le
Bourget, historicamente o aeroporto parisiense mais antigo e
mais próximo do centro da cidade, que agora é usado apenas
para voos comerciais particulares e shows aéreos. O aeroporto
de Orly, localizado nos subúrbios do sul de Paris, substituiu o
Le Bourget como o principal aeroporto de Paris entre as
décadas de 1950 e 1980.[246] O aeroporto Charles de Gaulle,
O metrô de Paris é o mais
movimentado da União Europeia
localizado na periferia dos subúrbios ao norte de Paris, foi
aberto ao tráfego comercial em 1974 e se tornou o aeroporto
parisiense mais movimentado em 1993.[247] Para o ano de
2017, foi o quinto aeroporto mais movimentado do mundo por
tráfego internacional e é o centro da transportadora aérea
francesa, a Air France.[242]

A cidade também é o centro mais importante da rede de


rodovias nacionais e é cercada por três rodovias orbitais: a
Thalys na estação Gare du Nord
Périphérique,[95] que segue o caminho aproximado das
fortificações do século XIX ao redor de Paris, a rodovia A86
nos subúrbios e, finalmente, a autoestrada Francilienne nos
subúrbios. Paris possui uma extensa rede de estradas com
mais de 2 mil quilômetros de autoestradas e rodovias.[248]

A municipalidade promove uma política de transporte coletivo


e de ciclismo. Assim, a cidade dispõe desde o fim dos anos
1990 de uma rede de ciclovias que aumenta constantemente.
Aeroporto de Paris-Charles de Pelo fim de 2006, há 371 quilômetros de vias alternativas em
Gaulle, um dos mais movimentados Paris, incluindo as faixas e pistas de ciclismo assim como os
do mundo
corredores de ônibus estendidos.[249][250] Seguindo o exemplo
de Rennes e Lyon, a Prefeitura de Paris lança em 15 de julho de
2007 um sistema de aluguel de bicicletas, batizado Vélib', a rede de compartilhamento de bicicletas
mais densa da Europa, tendo 20 mil bicicletas pelo fim de 2007, 1 400 estações de aluguel em
Paris, gerida por JCDecaux.[251] A cidade conta além disso com 15 500 táxis lançados em
2007.[252]

Água e saneamento
Paris em sua história inicial tinha apenas os rios Sena e Bièvre
para o abastecimento de água. Desde 1809, o Canal de l'Ourcq
forneceu a Paris água de rios menos poluídos para o nordeste
da capital.[253] Desde 1857, o engenheiro civil Eugène
Belgrand, sob Napoleão III, supervisionou a construção de uma
série de novos aquedutos que traziam água de locais por toda a
cidade para vários reservatórios construídos no topo dos Vista do Sena, a Île de la Cité e um
pontos mais altos da capital.[254] bateau-mouche

A partir de então, o novo sistema de reservatórios tornou-se a


principal fonte de água potável de Paris, e os restos do antigo sistema, bombeados para níveis mais
baixos dos mesmos reservatórios, passaram a ser usados para a limpeza das ruas de Paris. Este

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sistema ainda é uma parte importante da moderna rede de abastecimento de água de Paris.
Atualmente, Paris tem mais de 2 400 km de passagens subterrâneas dedicadas à evacuação dos
resíduos líquidos de Paris.[255]

Planejamento urbano
A maioria dos governantes franceses desde a Idade Média fez questão
de deixar sua marca em uma cidade que, ao contrário de muitas outras
capitais do mundo, nunca foi destruída por uma catástrofe ou guerra.
Ao modernizar sua infraestrutura ao longo dos séculos, Paris
preservou até sua história mais antiga em seu mapa urbano.[256]

A Paris moderna deve muito de seu plano do centro e harmonia


arquitetônica a Napoleão III e seu prefeito do Sena, o Barão
Haussmann, que entre 1853 e 1870 reconstruíram o centro da cidade,
criaram as amplas avenidas e praças do centro da cidade onde as
Vista do Boulevard avenidas se cruzavam, impuseram fachadas padrão ao longo das
Haussmann avenidas, exigiram que as fachadas fossem construídas com a distinta
"pedra de Paris" (que possuem a cor cinza-creme), e construíram os
principais parques ao redor do centro da cidade.[257] A grande
população residencial do centro da cidade também a torna muito diferente da maioria das outras
grandes cidades ocidentais.[258]

As leis que regem o urbanismo de Paris permanecem sob rigoroso controle desde o início do século
XVII, particularmente no que diz respeito ao alinhamento rua-frente, altura e distribuição de
edifícios. Em modificações recentes, uma limitação imposta entre 1974 e 2010 às alturas das
construções, de 37 metros (120 pé), foi aumentada para 50 m (160 pé) em áreas centrais e
180 metros (590 pé) em alguns dos bairros periféricos da cidade. No entanto, para alguns dos
bairros mais centrais, leis ainda mais antigas sobre altura de edifícios permanecem em
vigor.[259][260][261]

A Tour Montparnasse, com 210 metros (690 pé), era o edifício mais alto de Paris e da França até
1973, mas foi ultrapassada com a reconstrução da Tour First em 2011.[262][263]

Existem desde muito tempo atrás regras estritas de urbanismo, em particular, limites à altura dos
imóveis. Atualmente, novos prédios com mais de 37 metros não são autorizados senão sob título
excepcional. Em numerosos bairros, o limite de altura é ainda mais estrito.[264] Paris contava com
6 088 vias públicas ou privadas em 1997. Dentre as mais notáveis, pode-se citar a Avenue Foch
(16º arrondissement), a mais larga avenida de Paris com 120 metros, enquanto a Avenue de Selves
(8º arrondissement) é a avenida mais curta com 110 metros de comprimento. A rua mais longa de
Paris é a Rue de Vaugirard (6º e 15º arrondissements) com 4 360 metros. A Rue des Degrés (2º
arrondissement) é a rua mais curta, com somente 5,75 metros, enquanto a Rue du Chat-qui-Pêche
(5º arrondissement) é oficialmente a mais estreita com uma largura mínima de 1,80 metro (porém,
algumas fontes mencionam o Sentier des Merisiers, no 12º arrondissement, que mede menos de
um metro, ou ainda a Passage de la Duée no 20º arrondissement, que, se bem que seu lado direito
haja sido destruído e ladeado por uma paliçada, mede somente 80 cm de largura). Por fim, a via
mais inclinada é a Rue Gasnier-Guy (20º arrondissement) com uma inclinação de 17%.[265]

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Vista panorâmica de Paris, do topo do Arco do Triunfo

Cultura

Arquitetura
Os monumentos mais célebres de Paris datam de
Margens do Rio Sena em
épocas diversas, se encontrando com frequência
Paris ★
no centro ou nas margens do Sena. Os cais do
Sena que ficam entre a Pont de Sully au Pont de Património Mundial da UNESCO
Bir-Hakeim constituem uma das mais belas
paisagens fluviais urbanas e fazem parte do
patrimônio mundial da UNESCO. Ali se
encontram, a leste e a oeste: a Notre-Dame, o
Louvre, os Invalides, a Ponte Alexandre III, o
Grand Palais, o Museu do Quai Branly, a Torre
Eiffel e o Trocadéro. Vários monumentos de estilo
clássico igualmente deixam sua marca no centro
de Paris. A capela da Sorbonne no coração do
Quartier Latin, foi erguida no início do século Critérios i, ii, iv
XVII. O Louvre, residência da realeza, foi Referência 600 en (http://whc.unesco.org/e
embelezado no século XVII e retocado muitas n/list/600) fr (http://whc.unesco.o
vezes mais desde então. O Hôtel des Invalides, rg/fr/list/600) es (http://whc.unesc
com seu famoso domo dourado, foi erigido no fim o.org/es/list/600)
do século XVII nos subúrbios da cidade por Luís Países França
XIV, que estava ansioso por oferecer um hospital Coordenadas 48°52′0″N,2°19′59″E
para soldados feridos. O monumento abriga Histórico de inscrição
desde 15 de dezembro de 1840 as cinzas de
Inscrição 1991
Napoleão Bonaparte e também sua sepultura
desde 2 de abril de 1861.[266]
★ Nome usado na lista do Património
O patrimônio do século XIX é muito abundante
Mundial (http://whc.unesco.org/es/list/600)
em Paris, a saber, o Arco do Triunfo, os passeios
cobertos, o Palácio Garnier (construído desde o
fim do Segundo Império até o início da Terceira
República e que abriga a Ópera de Paris) e a Torre Eiffel (construção "provisória" erguida por
Gustave Eiffel para a Exposição Universal de 1889, mas que nunca chegou a ser desmantelada). A
torre virou o emblema de Paris, visível da maioria dos bairros da cidade e até mesmo dos subúrbios
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próximos. Ao longo do século XX, os melhores arquitetos semearam as ruas de Paris com suas
realizações: Guimard, Charles Plumet[267] e Jules Lavirotte, verdadeiras referências da Art
nouveau na França, seguidos pelas realizações de Robert Mallet-Stevens, Michel Roux-Spitz,
Dudok, Henri Sauvage, Le Corbusier,[268] Auguste Perret, entre outros, durante o período entre-
guerras.[269]

A arquitetura contemporânea é representada em Paris pelo Centro Georges Pompidou, edifício dos
anos 1970 que abriga o Museu Nacional de Arte Moderna[270] assim como a Biblioteca Pública de
Informação.[271] Não menos importantes as realizações idealizadas pelo presidente François
Mitterrand: a Biblioteca Nacional da França,[272] a Ópera Bastille e, provavelmente a mais célebre,
a Pirâmide do Louvre, obra do arquiteto Ieoh Ming Pei erigida no pátio principal do Louvre.[273]
Mais recentemente, o Museu do Quai Branly, ou Museu das Artes e Civilizações de África, Ásia,
Oceania e Américas desenhado por Jean Nouvel e inaugurado em 2006, veio enriquecer ainda
mais a diversidade arquitetural e cultural da capital.[274]

Cemitérios
Durante a era romana, o principal cemitério da cidade estava
localizado nos arredores do assentamento da margem
esquerda, mas isso mudou com a ascensão do cristianismo
católico, onde quase todas as igrejas do centro da cidade
tinham cemitérios adjacentes para serem usados ​por suas
paróquias. Com o crescimento de Paris, muitos deles,
particularmente o maior cemitério da cidade, o Cemitério dos
Santos Inocentes (Cimetière des Innocents), estavam cheios, As Catacumbas de Paris guardam
criando condições bastante insalubres para a capital. Quando os restos mortais de mais de 6
milhões de pessoas
os enterros da cidade foram proibidos a partir de 1786, o
conteúdo de todos os cemitérios paroquiais de Paris foi
transferido para uma seção renovada das minas de pedra da cidade, fora do portão "Porte d'Enfer",
hoje a praça Denfert-Rochereau no 14º arrondissement.[275][276] O processo de mover ossos da
Cimetière des Innocents para as Catacumbas de Paris ocorreu entre 1786 e 1814.[277]

Após uma tentativa de criação de vários cemitérios suburbanos menores, o prefeito Nicholas
Frochot, sob Napoleão Bonaparte, forneceu uma solução mais definitiva na criação de três
cemitérios parisienses maciços fora dos limites da cidade.[278] Aberto a partir de 1804, estes foram
os cemitérios de Père Lachaise, Montmartre, Montparnasse e, mais tarde, Passy; esses cemitérios
tornaram-se parte do centro da cidade mais uma vez quando Paris anexou todas as comunas
vizinhas ao interior de seu anel de fortificações suburbanas em 1860. Novos cemitérios suburbanos
foram criados no início do século XX: o maior deles são o Cimetière parisien de Saint-Ouen, o
Cimetière parisien de Pantin (também conhecido como Cimetier Parisien de Pantin-Bobigny), o
Cimetier Parisien d'Ivry e o Cimetier Parisien de Bagneux.[279]

Museus
Paris e a região Île-de-France possuem a maior oferta museográfica da França. Há não menos de
100 museus em Paris intramuros aos quais se deve ajuntar os mais de 110 museus da região. Mas
além dos grandes números, é sobretudo na diversidade das coleções que a riqueza se sobressai. O
museu mais antigo, de maior área e de maior coleção é o Museu do Louvre. Com um recorde de
frequentação de 9,6 milhões de visitantes em 2019, o Louvre é de longe o museu de arte mais

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visitado do mundo.[280] Outros de renome mundial são o


Museu Nacional de Arte Moderna (dentro do Centro Georges
Pompidou)[270] e o Museu de Orsay, consagrado
essencialmente ao impressionismo. Na proximidade de Paris,
o Palácio de Versalhes, edificado pelo Rei-Sol e residência dos
reis da França ao longo dos séculos XVII e XVIII, atrai
igualmente milhões de visitantes ao ano. O palácio e o parque
de Versalhes são classificados na lista dos patrimônios
Museu do Louvre, o mais visitado
mundiais da UNESCO desde 1979.[281]
do mundo[280]

Os museus estão sob diversos estatutos administrativos: os


mais célebres são museus nacionais, isto é, pertencentes ao
Estado francês. Outros dependem de ministérios, como o
Museu do Exército (no Hôtel des Invalides) e o Museu
Aeroespacial (no Aeroporto de Le Bourget) que pertencem ao
Ministério da Defesa.[282] Pode-se também citar o Panteão,
onde repousam os "grandes homens" da nação francesa, como
Interior do Museu de Orsay
Victor Hugo, Voltaire, Jean Moulin, Jean Jaurès e Marie Curie.
Outros museus pertencem ao Institut de France ou ainda a
particulares. O município de Paris possui e gerencia por si próprio quatorze museus e sítios, dos
quais os mais célebres são o Museu Carnavalet, consagrado à história de Paris, perto da antiga casa
de Victor Hugo ou ainda as catacumbas. Também não há falta de exposições temáticas.[283]

Paris abriga um dos maiores museus de ciência da Europa, a Cité des Sciences et de l'Industrie, em
La Villette. O Museu Nacional de História Natural, localizado perto do Jardim das Plantas de Paris,
é famoso por seus artefatos de dinossauros, coleções de minerais e sua Galeria da Evolução. A
história militar da França, desde a Idade Média até a Segunda Guerra Mundial, é vividamente
apresentada por exposições no Musée de l'Armée em Les Invalides, perto do túmulo de Napoleão.
Além dos museus nacionais, administrados pelo Ministério da Cultura, a cidade de Paris opera 14
museus, incluindo o Museu Carnavalet sobre a história de Paris, o Museu de Arte Moderna da
Paris, o Palais de Tokyo, a Maison de Victor Hugo, a Maison de Balzac e as Catacumbas de
Paris.[284]

Bibliotecas
A Biblioteca Nacional da França (BnF) opera bibliotecas
públicas em Paris, entre elas a Biblioteca François Mitterrand,
Biblioteca Richelieu, Louvois, Biblioteca Opéra e Biblioteca
Arsenal.[285] Existem três bibliotecas públicas no 4º
arrondissement. A Biblioteca Forney, no distrito de Marais, é
dedicada às artes decorativas; a Biblioteca do Arsenal ocupa
um antigo prédio militar e possui uma grande coleção de
literatura francesa; e a Bibliothèque historique de la ville de Sala de leitura da Biblioteca de
Paris, também em Le Marais, contém o serviço de pesquisa Sainte-Geneviève
histórica de Paris. A Biblioteca de Sainte-Geneviève fica no 5º
arrondissement; projetada por Henri Labrouste e construída
em meados do século XIX, contém uma rara divisão de livros e manuscritos.[286] A Bibliothèque
Mazarine, no 6º arrondissement, é a biblioteca pública mais antiga da França. A Médiathèque
Musicale Mahler, no 8º arrondissement, foi inaugurada em 1986 e contém coleções relacionadas à

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música. A Biblioteca François Mitterrand (apelidada de Très Grande Bibliothèque) no 13º


arrondissement foi concluída em 1994 para um projeto de Dominique Perrault e contém quatro
torres de vidro.[286]

Existem várias bibliotecas e arquivos acadêmicos em Paris. A Biblioteca Sorbonne, no 5º


arrondissement, é a maior biblioteca universitária de Paris. Além da localização da Sorbonne,
existem filiais em Malesherbes, Clignancourt-Championnet, Instituto de Arte e Arquitetura
Michelet, Serpente-Maison de la Recherche e Institut des Etudes Ibériques.[287] Outras bibliotecas
acadêmicas incluem a Biblioteca Farmacêutica da Interuniversidade, a Biblioteca da Universidade
Leonardo da Vinci, a Biblioteca da Escola de Minas de Paris e a Biblioteca da Universidade de
Paris.[288]

Óperas, teatros e salas de espetáculo


As maiores casas de ópera de Paris são a Opéra Garnier do
século XIX (histórica Ópera Nacional de Paris) e a moderna
Ópera da Bastilha; a primeira tende a balés e óperas mais
clássicos, enquanto a segunda fornece um repertório misto de
clássico e moderno.[289] Em meados do século XIX, havia três
outras casas de ópera ativas e concorrentes: a Ópera-Comique
(que ainda existe), o Théâtre-Italien e o Théâtre Lyrique (que
nos tempos modernos mudou seu perfil e nome para Théâtre A Ópera Garnier
de la Ville).[290] A Philharmonie de Paris, a moderna sala de
concertos sinfônicos de Paris, foi inaugurada em janeiro de
2015.[291]

O teatro tradicionalmente ocupa um grande lugar na cultura parisiense, e muitos de seus atores
mais populares hoje também são estrelas da televisão francesa. O mais antigo e famoso teatro de
Paris é a Comédie-Française, fundada em 1680. Dirigida pelo governo da França, apresenta
principalmente clássicos franceses na Salle Richelieu no Palais-Royal, na 2 rue de Richelieu, ao
lado do Louvre.[292] Outros teatros famosos incluem o Odéon-Théâtre de l'Europe, ao lado dos
Jardins de Luxemburgo, também uma instituição estatal e um marco teatral; o Théâtre Mogador e
o Théâtre de la Gaîté-Montparnasse.[293]

Cinema
A indústria cinematográfica nasceu em Paris quando Auguste e Louis Lumière projetaram o
primeiro filme para um público pagante no Grand Café em 28 de dezembro de 1895.[294] Muitas
das salas de concerto/dança de Paris foram transformadas em cinemas quando esse tipo de mídia
se tornou popular a partir dos anos 1930. Mais tarde, a maioria dos maiores cinemas foi dividida
em várias salas menores. A maior sala de cinema de Paris hoje está no teatro Grand Rex, com 2
700 lugares.[295]

Grandes cinemas multiplex foram construídos desde os anos 1990. O UGC Ciné Cité Les Halles
com 27 telas, a MK2 Bibliothèque com 20 telas e o UGC Ciné Cité Bercy com 18 telas estão entre as
maiores.[296]

Os parisienses tendem a compartilhar as mesmas tendências de cinema que muitas das cidades
globais do mundo, com os cinemas dominados principalmente pelo entretenimento gerado por
Hollywood. O cinema francês chega em segundo lugar, com grandes diretores (réalisateurs), como
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Claude Lelouch, Jean-Luc Godard e Luc Besson, e o gênero mais popular, com o diretor Claude
Zidi como exemplo. Os filmes europeus e asiáticos também são amplamente exibidos e
apreciados.[297] Em 2 de fevereiro de 2000, Philippe Binant realizou a primeira projeção de
cinema digital na Europa, com a tecnologia DLP CINEMA desenvolvida pela Texas Instruments,
em Paris.[298]

Moda
Desde o século XIX, Paris tem sido uma capital internacional da
moda, particularmente no domínio da alta costura (roupas feitas à
mão sob encomenda para clientes particulares).[299] É o lar de
algumas das maiores casas de moda do mundo, incluindo Dior e
Chanel, além de muitos outros estilistas conhecidos e mais
contemporâneos, como Karl Lagerfeld, Jean-Paul Gaultier, Yves Saint
Laurent, Givenchy e Christian Lacroix. A Paris Fashion Week,
realizada em janeiro e julho no Carrousel du Louvre, entre outras
localidades renomadas da cidade, é um dos quatro principais eventos
do calendário internacional de moda. As outras capitais da moda do
mundo, Milão, Londres e Nova York também recebem semanas de
moda.[300][301] Além disso, Paris também é o lar da maior empresa de
cosméticos do mundo: a L'Oréal, além de três dos cinco maiores Magdalena Frackowiak na
fabricantes mundiais de acessórios de moda de luxo: Louis Vuitton, Paris Fashion Week de
Hermès e Cartier.[302] 2011

Culinária
Desde o final do século XVIII, Paris é famosa por seus restaurantes e alta-cozinha, com comida
meticulosamente preparada e artisticamente apresentada. Um restaurante de luxo, o La Taverne
Anglaise, inaugurado em 1786 nas arcadas do Palais-Royal por Antoine Beauvilliers, apresentava
uma elegante sala de jantar, um extenso menu, toalhas de linho, uma grande lista de vinhos e
garçons bem treinados; o local tornou-se um modelo para futuros restaurantes de Paris. O
restaurante Le Grand Véfour no Palais-Royal data do mesmo período.[303] Os famosos
restaurantes parisienses do século XIX, incluindo o Café de Paris, o Rocher de Cancale, o Café
Anglais, a Maison Dorée e o Café Riche, estavam localizados principalmente perto dos teatros do
Boulevard des Italiens, tendo sido imortalizados nos romances de Balzac e Émile Zola. Vários dos
restaurantes mais conhecidos de Paris apareceram hoje durante o Belle Epoque, incluindo Maxim's
na Rue Royale, Ledoyen nos jardins dos Champs-Élysées e o Tour d'Argent no Quai de la
Tournelle.[304]

Atualmente, devido à população cosmopolita de Paris, toda culinária regional francesa e quase
toda culinária internacional podem ser encontradas na cidade, que possui mais de 9 mil
restaurantes.[305] O Guia Michelin é um guia padrão de restaurantes franceses desde 1900,
concedendo seu prêmio mais alto, três estrelas, aos melhores restaurantes da França. Em 2018,
dos 27 restaurantes Michelin três estrelas na França, dez estão localizados em Paris. Isso inclui os
dois restaurantes que servem cozinha francesa clássica, como o L'Ambroisie na Place des Vosges, e
os que servem menus não tradicionais, como o L'Astrance, que combina culinária francesa e
asiática. Vários dos chefs mais famosos da França, como Alain Ducasse, têm restaurantes de três
estrelas em Paris.[306]

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Além dos restaurantes clássicos, Paris tem vários outros tipos


de restaurantes tradicionais. O café chegou a Paris no século
XVII, quando a bebida foi trazida da Turquia e, no século
XVIII, os cafés parisienses eram centros da vida política e
cultural da cidade. O Café Procope, na margem esquerda, data
desse período. No século XX, os cafés da Margem Esquerda,
especialmente o Café de la Rotonde e Le Dôme, em
Montparnasse, Café de Flore e Les Deux Magots, no Boulevard
O café Les Deux Magots, um café
parisiense célebre de Saint-
Saint Germain, todos ainda em atividade, eram importantes
Germain-des-Prés pontos de encontro de pintores, escritores e filósofos.[304] Um
bistrô é um tipo de local para comer vagamente definido como
um restaurante de bairro, com uma decoração e preços
modestos, uma clientela regular e uma atmosfera agradável. Diz-se que seu nome veio em 1814 dos
soldados russos que ocuparam a cidade; "bistrô" significa "rapidamente" em russo e queriam que
suas refeições fossem servidas rapidamente para que pudessem voltar ao acampamento. Bistrôs de
verdade são cada vez mais raros em Paris, devido ao aumento dos custos, à concorrência de
restaurantes étnicos mais baratos e aos diferentes hábitos alimentares dos clientes parisienses.[307]
Uma brasserie era originalmente uma taberna localizada ao lado de uma cervejaria, que servia
cerveja e comida a qualquer hora. Começando com a Exposição Universal de 1867; tornou-se um
tipo popular de restaurante que apresentava cerveja e outras bebidas servidas por mulheres jovens
com roupas nacionais associadas à bebida, como roupas alemãs específicas para cerveja. Agora as
brasseries, como cafés, servem comida e bebida durante todo o dia.[308]

Festividades
O caráter festivo da cidade é marcado desde 2002 pelas operações de
Paris Plages, organizadas entre julho e agosto, e que consiste em
transformar uma parte dos cais do Sena em praias com cadeiras-de-
praia e atividades diversas.[309] Também há a Nuit Blanche, que
permite ao público assistir gratuitamente a diferentes expressões da
arte contemporânea através da cidade durante a noite do primeiro
sábado para o primeiro domingo de outubro.[310]

Paris acolhe ao longo de todo o ano várias festividades: ao fim de


janeiro, as ruas do 13º arrondissement se animam com as celebrações
do ano novo chinês; o cortejo tradicional do Carnaval de Paris desfila
no mês de fevereiro; ao fim de fevereiro, ocorre o Salão Internacional Membro da Guarda
da Agricultura;[311] em março, vê-se o Salão do Livro;[312] ao fim de Republicana no Dia da
abril ou início de maio, a Feira de Paris relembra as grandes multidões Bastilha
dos tempos medievais.[313]

O dia 14 de julho é a ocasião do tradicional desfile militar em Champs-Élysées e dos fogos-de-


artifício lançados dos jardins do Trocadéro.[314]

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Outubro é o mês do Paris Motor Show nos anos pares, alternando com o mundial de duas-rodas
nos anos ímpares. No mesmo mês, há a Feira Internacional de Arte Contemporânea (FIAC).[315]
No segundo sábado de outubro, o bairro Montmartre se reata com seu passado vitícola na Festa da
Colheita de Montmartre.[316] Uma das mais antigas manifestações de arte em Paris é a Bienal de
Paris, fundada em 1959 por André Malraux.[317]

Esportes
Os clubes esportivos mais populares de Paris são o clube de
futebol Paris Saint-Germain F.C. e os clubes da união de rugby
Stade Français e Racing 92, o último dos quais está localizado
nos arredores da cidade. O Stade de France, com 80 mil
lugares, construído para a Copa do Mundo FIFA de 1998, está
localizado ao norte de Paris, na comuna de Saint-Denis.[318] É
Stade de France usado para futebol, rugby union e atletismo, hospedando a
Seleção Francesa de Futebol para amistosos e eliminatórias
para grandes torneios, anualmente organiza os jogos em casa
da Seleção Francesa de Rugby Union no campeonato das Seis
Nações e hospeda vários jogos importantes da equipe de rugby
do Stade Français. Além do Paris Saint-Germain F.C., a cidade
possui vários outros clubes de futebol profissional e amador:
Paris FC, Red Star, entre outros.[319]
Tour de France 2010, Champs
Élysées Paris sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 1900 e 1924 e
sediará os Jogos Olímpicos de Verão de 2024 e os Jogos
Paraolímpicos de 2024. A cidade também sediou as finais da
Copa do Mundo FIFA de 1938 (no Stade Olympique de Colombes), bem como a Copa do Mundo
FIFA de 1998 e a final da Copa do Mundo de Rugby de 2007 (ambas no Stade de France). Duas
finais da Liga dos Campeões da UEFA no século atual também foram disputadas no Stade de
France: as edições de 2000 e 2006.[320] Mais recentemente, Paris foi anfitriã do UEFA Euro 2016,
tanto no Parc des Princes, na cidade propriamente dita quanto no Stade de France, e este último
sediou a partida de abertura e a final.[321]

A etapa final das corridas de bicicleta mais famosas do mundo, o Tour de France, sempre termina
em Paris. Desde 1975, a corrida terminou nos Champs-Elysées.[322] O tênis é outro esporte popular
em Paris e em toda a França; o Aberto da França, realizado todos os anos na argila vermelha do
Centro Nacional de Tênis de Roland Garros, é um dos quatro eventos de Grand Slam da turnê
mundial de tênis profissional.[323]

Ver também
Grande Paris
Geografia da França

Referências
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