Petição Inicial
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1. DOS FATOS
Ocorre que, até a presente data, ou seja, passados 36 (trinta e seis meses) da
assinatura dos contratos, a empresa Ré não cumpriu com a sua obrigação, porquanto não
entregou a posse do imóvel aos Autores.
Não obstante, soma-se o fato de ingresso de Ação Civil Pública pelo Ministério
Público do Rio Grande do Sul autuada sob o n. 5001193-11.2021.821.0020 com pedido de
condenação de obrigação de não fazer consistente em não realizar vendas, promessas de vendas,
reservas ou quaisquer negócios jurídicos que manifestem intenção de vender ou realizar lotes, cotas
ou frações ideais de lotes do empreendimento em questão (loteamento denominado Parque das
Missões), bem como à obrigação de não fazer consistente em não realizar publicidade do referido
empreendimento, até que haja a devida aprovação do projeto pelo município e registro (do
parcelamento e dos lotes) no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca, sem prejuízo de obriga-
ções de não fazer consistentes em não receber prestações, vencidas e vincendas, previstas nos
contratos já celebrados e relativas a lotes/frações ideais/cotas do parcelamento, bem como não
realizar quaisquer tipos de cobranças dos moradores do local objeto do parcelamento do solo e da
regularização fundiária nas propriedades dos requeridos, enquanto o empreendimento não for
aprovado e registrado.
É inconteste que ao devedor assiste o direito de solver suas dívidas, sendo para
tanto, amparado pelo ordenamento jurídico, que propugna, justamente, pelo adimplemento das
obrigações, conforme se pode facilmente verificar mediante disposições do Código Civil, adiante
descritas:
Sabe-se que a simples venda dos lotes impõe responsabilidade aos vendedores
pela irregularidade do loteamento, porquanto firmados os contratos em flagrante de- sacordo com a
legislação aplicável, qual seja, a Lei 6.766/79, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano.
(...)
(...)
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
Isto posto, requer seja deferida a tutela provisória de urgência para fins de
determinar a suspensão dos pagamentos diretamente ao loteador, permitindo-se a realização
de depósito em juízo do valor correspondente as parcelas até o cumprimento da obrigação pelo
réu.
5. DO DEPÓSITO:
Será depositado o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), correspondente aos dois
reforços anuais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais cada), vencíveis no dia 30/05/2024, dando
quitação as referidas parcelas do contrato firmado entre as partes.
6. DOS PEDIDOS:
Termos em que,
Pede deferimento.