Ines Pereira
Ines Pereira
Ines Pereira
O provérbio "Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube" é central na
peça "A Farsa de Inês Pereira" de Gil Vicente e é colocado em prática de várias
maneiras ao longo da história. Vou explicar como esse provérbio se relaciona com a
trama e as ações dos personagens:
Inês Pereira e seus pretendentes:
O provérbio reflete a ideia de que é preferível ter um marido simples e confiável do que um
marido poderoso e problemático.
Inês, buscando evitar o trabalho doméstico, procura um marido que seja mais um "asno que
me leve", ou seja, alguém que a transporte para uma vida mais confortável, em vez de um
"cavalo que me derrube", que seria alguém de status social mais alto, mas potencialmente
problemático ou abusivo.
Isso é evidenciado nas tentativas de Inês de encontrar um marido, onde ela prefere homens
simples e fáceis de manipular, como Brás da Mata, em vez de pretendentes mais
poderosos, como Pero Marques.
Desfecho da peça:
O provérbio é confirmado no desfecho da peça, onde Inês finalmente encontra um marido
em Pero Marques, que é retratado como um homem simples e de bom coração, mais
próximo do "asno que me leve" do que do "cavalo que me derrube".
Apesar de suas qualidades simples, Pero Marques é o marido ideal para Inês,
proporcionando-lhe conforto e felicidade, em contraste com as complicações que os outros
pretendentes poderiam trazer.
Portanto, ao longo da peça, Gil Vicente coloca em prática o provérbio "Mais vale asno que
me leve que cavalo que me derrube", mostrando como as escolhas de Inês em relação aos
seus pretendentes refletem essa ideia e como isso se desenrola no desfecho da história.