Ines Pereira

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SÍNTESE

A Farsa de Inês Pereira" é uma


comédia escrita pelo dramaturgo
português Gil Vicente. Inês Pereira,
uma mulher preguiçosa que busca um
marido apenas para evitar o trabalho
doméstico. Quando um rico e
poderoso pretendente chamado Pero
Marques aparece, Inês percebe que
ele é um homem de bom coração e
decide se casar com ele, apesar de
suas origens humildes.
utilizador
Farsa de inês pereira Curso técnico restaurante\bar
De Gil vicente
 Noção de farsa:
A noção de farsa refere-se a uma forma de drama que se caracteriza por situações
absurdas, humor exagerado e personagens caricatos. Geralmente, a farsa tem a intenção
de entreter e divertir o público através de exageros, mal-entendidos e confusões. Ela muitas
vezes satiriza a sociedade, suas normas e convenções, destacando hipocrisias e absurdos.
Na literatura e no teatro, a farsa é frequentemente associada ao riso e à comédia,
proporcionando uma visão cômica da vida e dos eventos.

 Proverbio que originou esta peça


O provérbio que deu origem à peça "Farsa de Inês Pereira" é "Mais vale asno que me leve
que cavalo que me derrube". Esta peça é uma comédia escrita pelo dramaturgo português
Gil Vicente, que é considerado um dos pioneiros do teatro português e um dos maiores
dramaturgos do período do Renascimento. A peça é uma sátira social que critica as
convenções da sociedade da época e conta a história de uma mulher preguiçosa chamada
Inês Pereira, que tenta arranjar um marido para escapar ao trabalho doméstico. O provérbio
em questão é usado como um dos temas centrais da peça, refletindo a ideia de que às
vezes é preferível optar pela comodidade do que pela busca de algo melhor.
 Estrutura interna e externa da obra
 Estrutura Interna:
 Exposição:
A exposição introduz os personagens principais, especialmente Inês Pereira, sua mãe e seu
pai.
Inês Pereira é apresentada como uma mulher preguiçosa e sonhadora, descontente com o
trabalho doméstico e desejosa de encontrar um marido para escapar das tarefas diárias.
A mãe de Inês é retratada como uma figura preocupada com o futuro da filha, ansiosa para
vê-la casada.
O pai de Inês pode ser retratado como alguém que compartilha o desejo da esposa de ver a
filha casada, mas também pode ter suas próprias motivações e preocupações.
 Conflito:
O conflito principal surge da diferença de desejos entre Inês e seus pais. Enquanto Inês
deseja apenas casar-se para evitar o trabalho, seus pais podem ter expectativas mais
tradicionais para o casamento dela.
Além disso, pode haver conflitos internos de Inês, entre seus desejos pessoais e as
expectativas sociais sobre seu papel como mulher.
 Desenlace:
O desenlace da peça geralmente envolve uma resolução surpreendente e humorística dos
conflitos apresentados ao longo da história.
Inês pode ou não encontrar um marido, e a maneira como isso acontece geralmente é
inesperada e pode conter elementos de ironia.
O desenlace também pode fornecer alguma reflexão sobre os temas apresentados ao longo
da peça, como o papel da mulher na sociedade ou a natureza do casamento.
 Estrutura Externa:
 Atos e Cenas:
A peça é dividida em atos e cenas, com a exposição geralmente ocorrendo no primeiro ato.
Os atos subsequentes desenvolvem o conflito e encaminham para o desenlace.
Introdução, Desenvolvimento e Conclusão:
A introdução abrange a exposição, apresentando os personagens e o cenário.
O desenvolvimento da trama aborda o conflito, mostrando como os personagens lidam com
suas diferenças e desejos.
A conclusão é onde ocorre o desenlace, resolvendo os conflitos e encerrando a história.
 Estilo e Linguagem:
Gil Vicente utiliza um estilo satírico e humorístico, com diálogos vivos e cômicos que
contribuem para a atmosfera de farsa da peça.
A linguagem pode conter elementos de ironia e sátira social, especialmente ao lidar com
temas como casamento, trabalho doméstico e papéis de gênero.
Essa estrutura interna e externa é fundamental para a construção e o desenvolvimento da
história, garantindo uma narrativa coesa e cativante que culmina em um desfecho
memorável e humorístico.
 Caracterização das personagens
 Inês Pereira:
Inês é a protagonista da história, uma mulher preguiçosa e sonhadora.
Ela é retratada como alguém que despreza o trabalho doméstico e busca atalhos para uma
vida mais fácil, desejando apenas casar-se para escapar das responsabilidades.
Inês é ingênua em seus desejos e muitas vezes age de maneira impulsiva, o que a coloca
em situações cômicas.
 Mãe de Inês:
A mãe de Inês é uma figura materna preocupada com o futuro da filha.
Ela é retratada como uma mulher tradicional, ansiosa para ver sua filha casada e
estabelecida.
A mãe de Inês pode ser um tanto autoritária e obstinada em suas tentativas de encontrar
um marido para sua filha.
 Pai de Inês:
O pai de Inês pode variar em sua caracterização, mas geralmente é retratado como um
homem pragmático.
Ele compartilha o desejo da esposa de ver a filha casada, mas pode ser mais realista em
suas abordagens.
O pai de Inês pode ser mais tolerante com as falhas da filha e mais compreensivo com suas
escolhas.
 Brás da Mata:
Brás da Mata é um dos pretendentes de Inês e um dos personagens mais importantes na
busca por um marido para ela.
Ele é retratado como um homem vaidoso e tolo, facilmente manipulado pelas artimanhas de
Inês.
Brás da Mata representa o estereótipo do homem galanteador, mas superficial e ingênuo.
 Outros personagens secundários:
Além desses personagens principais, a peça pode incluir uma variedade de personagens
secundários que interagem com Inês ao longo da história.
Esses personagens podem incluir amigos, parentes, vizinhos ou outros pretendentes de
Inês, cada um contribuindo para a atmosfera cômica e as situações absurdas da trama.
 Noção de tempo e espaço
Na "Farsa de Inês Pereira", de Gil Vicente, a noção de tempo e espaço é representada de
forma simplificada e estilizada, de acordo com as convenções da comédia e da farsa
medieval. Aqui estão algumas características da noção de tempo e espaço na obra:
 Ambiente Rural:
A peça geralmente se passa em um ambiente rural, refletindo a vida cotidiana das pessoas
comuns na época de Gil Vicente.
O cenário pode ser simples e genérico, com poucos detalhes específicos, permitindo que a
história seja facilmente adaptada para diferentes contextos e produções.
 Tempo Linear:
A narrativa segue uma progressão linear do tempo, com os eventos ocorrendo em uma
sequência cronológica.
Não há saltos temporais significativos na peça, pois os eventos se desenrolam de maneira
direta e contínua.
 Curta Duração:
A "Farsa de Inês Pereira" é uma peça curta, com uma estrutura concisa e uma trama que se
desenrola rapidamente.
Os eventos são condensados em um espaço de tempo relativamente curto, contribuindo
para o ritmo ágil e dinâmico da obra.
 Espaço Ambíguo:
O espaço da peça pode ser ambíguo e não especificado, permitindo uma interpretação mais
ampla e uma adaptação flexível para diferentes encenações.
Embora as situações e os diálogos sugiram um ambiente rural e doméstico, o espaço físico
exato pode não ser detalhado ou crucial para a compreensão da história.
 Ambiente Doméstico:
Grande parte da ação se desenrola em torno do ambiente doméstico de Inês Pereira e sua
família.
O espaço doméstico serve como o cenário principal para as interações entre os
personagens e o desenvolvimento da trama.
Em resumo, na "Farsa de Inês Pereira", a noção de tempo e espaço é simplificada e
estilizada, enfatizando a ação rápida e o ambiente rural e doméstico. Isso contribui para a
atmosfera de comédia e farsa, permitindo que a história se concentre nos personagens e
nas situações humorísticas. Parte superior do formulário
Comprovar que o proverbio foi “colocado em pratica” por Gil Vicente

 O provérbio "Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube" é central na
peça "A Farsa de Inês Pereira" de Gil Vicente e é colocado em prática de várias
maneiras ao longo da história. Vou explicar como esse provérbio se relaciona com a
trama e as ações dos personagens:
 Inês Pereira e seus pretendentes:
O provérbio reflete a ideia de que é preferível ter um marido simples e confiável do que um
marido poderoso e problemático.
Inês, buscando evitar o trabalho doméstico, procura um marido que seja mais um "asno que
me leve", ou seja, alguém que a transporte para uma vida mais confortável, em vez de um
"cavalo que me derrube", que seria alguém de status social mais alto, mas potencialmente
problemático ou abusivo.
Isso é evidenciado nas tentativas de Inês de encontrar um marido, onde ela prefere homens
simples e fáceis de manipular, como Brás da Mata, em vez de pretendentes mais
poderosos, como Pero Marques.
Desfecho da peça:
O provérbio é confirmado no desfecho da peça, onde Inês finalmente encontra um marido
em Pero Marques, que é retratado como um homem simples e de bom coração, mais
próximo do "asno que me leve" do que do "cavalo que me derrube".
Apesar de suas qualidades simples, Pero Marques é o marido ideal para Inês,
proporcionando-lhe conforto e felicidade, em contraste com as complicações que os outros
pretendentes poderiam trazer.
Portanto, ao longo da peça, Gil Vicente coloca em prática o provérbio "Mais vale asno que
me leve que cavalo que me derrube", mostrando como as escolhas de Inês em relação aos
seus pretendentes refletem essa ideia e como isso se desenrola no desfecho da história.

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