Trabalho em Grupo
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Indice
1. Introdução.....................................................................................................................................5
1.1. Objectivos..................................................................................................................................5
1.1.1. Geral.......................................................................................................................................5
1.1.2. Específicos.............................................................................................................................5
1.2. Metodologias.............................................................................................................................5
2. Desenvolvimento..........................................................................................................................6
3.Discussão.....................................................................................................................................13
4. Conclusão...................................................................................................................................14
5. Referências bibliográficas..........................................................................................................15
1. Introdução
A estrutura tributária é um elemento fundamental para a sustentabilidade financeira de qualquer
país. Em Moçambique, a configuração dos impostos desempenha um papel crucial no
financiamento das atividades governamentais e no suporte ao desenvolvimento socioeconômico.
Este estudo examina a atual estrutura de impostos em Moçambique, focando nos principais
impostos cobrados, a sua implementação e os desafios enfrentados. O objetivo é fornecer uma
visão abrangente e crítica sobre como o sistema tributário moçambicano está organizado e os
seus impactos na economia do país.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Analisar a atual estrutura de impostos em Moçambique, identificando os principais
componentes, a eficiência na arrecadação e os desafios enfrentados pelo sistema tributário do
país.
1.1.2. Específicos
Identificar e descrever os principais impostos vigentes em Moçambique.
Avaliar a eficiência dos mecanismos de arrecadação tributária.
Analisar os desafios enfrentados pela administração tributária em Moçambique.
1.2. Metodologias
Para atingir os objetivos propostos, o estudo adotou uma abordagem metodológica mista,
combinando pesquisa documental e análise quantitativa. A pesquisa documental envolveu a
revisão de leis, decretos e regulamentações tributárias de Moçambique, além de relatórios
oficiais. A análise quantitativa foi realizada com base em dados estatísticos sobre arrecadação de
impostos fornecidos pela Autoridade Tributária e outras fontes oficiais. Entrevistas semi-
estruturadas com especialistas complementaram a abordagem, oferecendo insights qualitativos
sobre a eficácia e os desafios do sistema tributário.
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2. Desenvolvimento
2.1 Estrutura de Impostos em Moçambique
A estrutura tributária atual de Moçambique está estabelecida na Lei nº 15/2002, de 26 de junho,
que abrange tanto os impostos nacionais quanto os autárquicos. Os impostos nacionais são
divididos em diretos e indiretos, com os impostos diretos englobando dois tipos principais de
tributos sobre o rendimento: o IRPS e o IRPC.
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2.2.2 Incidência subjectiva
O Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRPS) em Moçambique
define como sujeitos passivos as pessoas singulares residentes no país e não residentes que
auferem rendimentos aqui. Residentes são tributados sobre todos os rendimentos, incluindo os
obtidos fora do país, enquanto não residentes são tributados apenas pelos rendimentos auferidos
em Moçambique. As obrigações incluem a declaração dos rendimentos e o pagamento do
imposto, que pode ser realizado pelo próprio contribuinte ou por um substituto fiscal, conforme
previsto no artigo 25 do CIRPS. Questões como estado civil e agregado familiar também
influenciam a tributação, conforme o artigo 18 do CIRPS 1. Assim, existindo agregado familiar, o
imposto de IRPS é devido pelo conjunto dos rendimentos das pessoas que o constituem,
considerando-se como sujeito passivo do imposto a quem incumbe a direcção do agregado
familiar. Assim, considera-se agregado familiar o aglomerado de pessoas constituído pelos
cônjuges, ex-cônjuges ou progenitores e seus dependentes, definidos para efeitos fiscais pelo n o
3, artigo 18, CIRPS.
Responsabilidade Tributária
Ao optarem por uma declaração conjunta de rendimentos, ambos os parceiros em união de facto
tornam-se igualmente responsáveis pelo cumprimento das obrigações tributárias. Isso significa
que ambos são solidariamente responsáveis por qualquer imposto devido, garantindo assim uma
responsabilidade compartilhada.
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2.3 Imposto sobre os Rendimentos das Pessoas Coletivas (IRPC)
O IRPC foi estabelecido para que as empresas fossem tributadas com base na sua contabilidade,
com exceção das pequenas empresas. Este imposto incide sobre o rendimento das pessoas
coletivas durante um período de tributação específico, independentemente da fonte ou origem dos
rendimentos, inclusive se provenientes de atividades ilícitas (artigo 1 do CIRPC). As pequenas
empresas estão excluídas do IRPC e são tributadas através de um regime simplificado, conforme
estabelecido pela Lei no 5/2009 de 12 de Janeiro.
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Sem prejuízo das regras de prevenção da dupla tributação internacional aplicáveis, sabendo que a esse
respeito há Convenções internacionais estabelecidas com Portugal, Itália, Maurícias e Emiratos Árabes
Unidos;
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b) Entidades com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direção
efectiva em território moçambicano e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos
a IRPS;
São entidades tributadas em Moçambique segundo o princípio da fonte do rendimento.
Para efeitos de tributação pelo IRPC em Moçambique, o lucro é calculado como a diferença entre
o patrimônio líquido no início e no fim do período de tributação, ajustado conforme as normas
legais. Todas as atividades comerciais, industriais ou agrícolas, incluindo serviços prestados, são
consideradas para efeitos de imposto.
Empresas e entidades com sede ou direção efetiva em Moçambique são tributadas pelo IRPC
sobre todos os seus rendimentos globais, incluindo os obtidos fora do país. Aquelas sem sede ou
direção efetiva no país são tributadas apenas pelos rendimentos obtidos dentro de Moçambique, a
menos que haja exceções previstas na lei.
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Regime de transparência fiscal consiste na imputação aos sócios dos rendimentos obtidos por
determinadas sociedades residentes em território moçambicano, independentemente de ter havido
ou não distribuição dos lucros e tem por propósito: eliminar a dupla tributação económica dos
lucros distribuídos, tributar os destinatários dos rendimentos, independentemente da forma
jurídica adoptada, tributar os sócios na proporção da matéria colectável que lhes couber
independentemente da política de distribuição de lucros da sociedade.
Incidência objectiva: imposto sobre o Valor Acrescentado incide sobre o valor das transmissões
de bens e prestações de serviços realizadas no território nacional, a título oneroso, por um sujeito
passivo agindo como tal, bem como sobre as importações de bens, conforme o n o 1, do artigo 1,
do CIVA, aprovado pela Lei no 32/2007 de 31 de Dezembro.
Transações tributáveis incluem: serviços gratuitos prestados pela empresa para necessidades
particulares do titular ou pessoal, ou para fins alheios à empresa; uso de bens da empresa para
uso próprio do titular, do pessoal, ou para fins alheios, especialmente em setores isentos, se
houve dedução total ou parcial do imposto; e, salvo prova em contrário, bens adquiridos,
importados ou produzidos que não estejam nas existências ou que tenham sido consumidos em
quantidades excessivas. A obrigação de liquidar e cobrar o imposto ocorre em qualquer transação
antes da utilização final pelo consumidor, conforme o artigo 18 do CIVA.
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No exemplo de uma empresa 3 Quando uma empresa compra computadores para oferecer
serviços, ela se torna sujeito passivo do IVA, com a obrigação de liquidar, cobrar e entregar o
imposto ao destinatário final. Ela tem o direito de repassar o imposto para o consumidor final. A
empresa é responsável por declarar e liquidar o IVA, beneficiando-se da dedução do imposto
pago na compra dos bens. Isso implica que a empresa é a única responsável pelos direitos e
obrigações relacionados ao IVA, garantindo uma gestão eficaz desse imposto.
Incidência subjectiva
O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em Moçambique abrange residentes com
estabelecimento estável no país que realizam produção, comércio ou serviços. Também inclui
pessoas, residentes ou não, que efetuam operações tributáveis, e não residentes sem
estabelecimento em Moçambique, desde que suas operações estejam ligadas a atividades
empresariais, conforme exigido pelos critérios de incidência em IRPS e IRPC. Além disso, o IVA
se aplica a importadores de bens e a indivíduos ou entidades que erroneamente mencionem o
imposto em documentos fiscais.
3
Empresa no sentido amplo, abrangendo os comerciantes em nome individual e até mesmo trabalhadores
liberais.
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3.Discussão
A estrutura tributária de Moçambique inclui o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares (IRPS), o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRPC) e o Imposto
sobre o Valor Acrescentado (IVA). Apesar de um quadro legal sólido, a eficiência na arrecadação
e administração enfrenta desafios como a informalidade econômica, evasão fiscal e limitações
tecnológicas. Embora a arrecadação de impostos tenha aumentado, persistem lacunas que
requerem abordagens para melhorar a eficiência e equidade do sistema tributário, como
modernização tecnológica, capacitação de funcionários fiscais e ampliação da base tributária.
Especialistas enfatizam a necessidade de uma reforma tributária abrangente para simplificar o
sistema, aumentar transparência e eficácia na arrecadação, e fortalecer capacidades institucionais
através de cooperação internacional e assistência técnica.
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4. Conclusão
Em síntese, a estrutura tributária de Moçambique, centrada nos impostos sobre o rendimento das
pessoas singulares (IRPS) e coletivas (IRPC), junto ao Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA), desempenha um papel vital no financiamento do governo e no apoio ao desenvolvimento
econômico. Apesar dos avanços, como legislação robusta e aumento na arrecadação, o país
enfrenta desafios persistentes como a informalidade econômica e evasão fiscal. Melhorar a
eficiência e equidade do sistema tributário através de reformas que simplifiquem processos,
fortaleçam capacidades institucionais e incorporem tecnologias modernas é fundamental para
promover um ambiente fiscal mais justo e propício ao crescimento sustentável.
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5. Referências bibliográficas
Moçambique. Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA). (2008). Disponível
em:https://www.at.gov.mz/por/Processos-Fiscais/Imposto-sobre-o-Valor-Acrescentado-
IVA
Sennholz, H. F. (2019). Monopólio bom e monopólio ruim - como são gerados e como
são mantidos. São Paulo: Apostila
Vasconcellos, M. A. S. de. (2002). Economia: micro e macro. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas.
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