Efeito Escoria
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Emerson Vinicius Silva do Nascimento1, Edilson Carvalho Brasil2, George Rodrigues da Silva1
1
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Belém – PA, E-mail: [email protected], [email protected]
2
Embrapa Amazônia Oriental, Email: [email protected]
RESUMO
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the effect of the action of the slag at different
doses and particle sizes in the production and dry matter accumulation of corn plants. The grain
sizes 100-200 and <200 associated with higher dose, 5.91 t ha-1, gave provided better results in
agronomic characters of maize plants.
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plantas de cada uma das quatros linhas (ANOVA), sendo as médias comparadas
centrais das parcelas totalizando oito plantas pelo teste de Tukey (p < 0,05).
por parcela. As plantas foram coletadas de
RESULTADOS E DISCUSSÃO
forma aleatória procurando-se amostras de
plantas normais e representativas de cada
A análise de variância revelou efeito
parcela. O corte foi feito na base das plantas,
significativo da interação granulometria
após a coleta das plantas estas foram
(Gran X Doses) na massa seca da parte aérea
acondicionadas em sacos de papéis e
(MSPA), produtividade de grãos (PG), no
colocadas para secar em estufa com
número de fileiras de grãos por espiga
circulação de ar forçado mantendo-se a
(NFGE), peso de cem grãos (PCG),
temperatura na faixa de 65 °C–70 °C. Após
comprimento de espigas (CE). Para o
atingirem o peso constante as plantas foram
rendimento de espigas por parcelas (RE)
pesadas em balança digital para obtenção da
houve significância apenas para as doses
massa seca da parte aérea (MSPA) que foi
(Tabela 1).
estimada em t.ha-1.
Com a maior dose da escória (5,98 t
A colheita foi realizada manualmente
ha-1) foram obtidos os maiores valores para
120 dias após a semeadura. A produção de
MSPA, em todas as granulometrias, que
grãos foi avaliada após a maturação
2
variaram entre 11,45t ha-1 (ABNT 20-50) a
fisiológica em área útil de 11,4 m e a massa
14,04t ha-1 (ABNT < 200). As maiores doses
de grãos foi corrigida para 13% de umidade.
da escória 3,81 e 5,98 tha-1, em interação
As espigas foram despalhadas e debulhadas
com as frações granulométricas mais finas
manualmente separando-se palha, grãos e
100-200 e <200, proporcionaram os maiores
sabugo. Depois de separadas as três partes
pesos de matéria seca da parte aérea. Nas
foram pesadas em balança digital para
granulometrias 100-200 e < 200, quando a
obtenção do peso de palha (PP), peso de
dose da escória foi igual a 3,81 t ha-1, os
sabugo (PS) e peso de grão (PG). O peso de
valores de MSPA corresponderam a 12,38 t
espiga (PE) foi a somatória dos pesos citados
-1
ha-1 e 13,35 t ha-1, enquanto que com 5,98 t
e foram estimadas em t.ha .
ha-1 de escória, os valores foram iguais a
Os dados de produtividade foram 13,31 t ha-1 e 14, 04t ha-1, respectivamente
submetidos a análise de variância (Tabela 2). Os valores encontrados de
MSPA nas frações granulométricas mais
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finas, entre 10,90 a 14,04 t ha-1estão dentro com valores que variaram de 6,21 t ha-1a
da faixa de valores alcançados por Santos et 6,72 t ha-1 nas doses 3,81 e 5,98 t ha-1
al., (2010), que variaram entre 10,7 a 16,0 t respectivamente, não apresentando
ha-1, ao avaliarem características diferenças significativas entre si (Tabela 3).
agronômicas de seis variedades de milho No geral a dose 5,98 t ha-1apresentaram
para produção de silagem. maiores produções de grãos nas frações 20-
Independente das dosagens, as maiores 50; 50-100; 100-200 e <200 que as demais
produções de grãos de milho foram obtidas doses.
na granulometria mais fina 100-200 e <200
Tabela 1. Análise de variância da massa seca da parte aérea (MSPA), produtividade de grãos
(PG), número de fileiras de grãos por espiga (NFGE), massa de cem grãos (MCG),
comprimento de espigas (CE) e rendimento de espigas por parcelas (RE) no
município de Terra Alta – PA, 2012.
FV GL QM
MSPA PG NFGE MCG CE RE
NS
Gran 3 13,93* 5,58* 10,67* 201,5 27,1* 175,0*
NS
Doses 2 15,43* 6,21* 0,69* 55,32 1,3* 72,00
Gran * Doses 6 0,57* 0,37* 0,05* 3,31NS 0,35* 13,59
Blocos 2 8,26 2,41 0,02 2,35 0,01 8,58
Residuos 22
CV% 6,48 8,68 7,1 2,14 2,9 5,3
Média 11,63 5,65 14,03 38,41 21,5 91,0
* Significativo a 5% de probabilidade, NS Não-siginificativo.
Tabela 2. Massa seca da parte aérea (t.ha-1) de plantas de milho em função de diferentes doses e
frações granulométricas de escória de siderurgia no município de Terra Alta – PA,
2012.
Frações granulométricas Doses de escória t.ha-1
(ABNT nº) 1,65 3,81 5,98
20-50 9,11cB 9,66 dB 11,45 dA
50-100 10,73bB 10,77cB 12,4 cA
100-200 10,9 abC 12,38 bB 13,31 bA
<200 11,66 aC 13,35 aB 14,04 aA
Médias seguidas por letras minúsculas na coluna e maiúscula distintas na mesma linha diferem entre si, a 5% de
probabilidade, pelo teste de Tukey (P<0,05).
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Tabela 4. Médias de número de fileiras de grãos por espiga (NFGE), em função de diferentes
doses e frações granulométricas de escória de siderurgia no município de Terra Alta –
PA, 2012.
Frações granulométricas Doses de escória t.ha-1
(ABNT nº) 1,65 3,81 5,98
20-50 12,13dB 12,33cB 12,80cA
50-100 14,03cB 14,50abA 14,43abA
100-200 14,33bB 14,73aA 14,86aA
<200 14,56aB 14,83aA 14,83aA
Médias seguidas por letras minúsculas na coluna e maiúscula distintas na mesma linha diferem entre si, a 5% de
probabilidade, pelo teste de Tukey (P<0,05).
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