Efeito Escoria

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Revista de Agricultura v.90, n.1, p.

77 - 86, 2015

EFEITO DA ESCÓRIA EM DIFERENTES DOSES E FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS


NA PRODUTIVIDADE E ACÚMULO DE MATÉRIA SECA DE MILHO

Emerson Vinicius Silva do Nascimento1, Edilson Carvalho Brasil2, George Rodrigues da Silva1

1
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Belém – PA, E-mail: [email protected], [email protected]
2
Embrapa Amazônia Oriental, Email: [email protected]

RESUMO

O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da ação da escória de siderurgia em diferentes


doses e granulometrias na produção e no acúmulo de massa seca de plantas de milho. As
granulometrias 100 – 200 e <200 associados a maior dose 5,91 t ha-1proporcionaram melhores
resultados nos caracteres agronômicos de plantas de milho.

Palavras-chave: Corretivo, matéria seca, produtividade, silicato, Zea mays

EFFECT OF DIFFERENT DOSE SLAG AND GRAIN SIZE FRACTIONS IN THE


PRODUCTIVITY AND ACCUMULATION OF CORN DRY MATTER

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the effect of the action of the slag at different
doses and particle sizes in the production and dry matter accumulation of corn plants. The grain
sizes 100-200 and <200 associated with higher dose, 5.91 t ha-1, gave provided better results in
agronomic characters of maize plants.

Keywords: Corrective, dry matter, productivity, silicate, Zea mays

INTRODUÇÃO (IBGE, 2013). Ao milho deve-se ao aumento


da produção de animais que dele se
O milho (Zea mays L.) é considerado
alimentam, como aves e suínos, sendo cerca
uma das principais espécies de cereais
de 70% de sua produção mundial destinada a
utilizadas no mundo. Foram cultivados no
esse fim (EMBRAPA, 2006). É fonte
Brasil no ano de 2012 cerca de 15,3 milhões
principalmente de carboidratos e lipídeos,
de hectares, os quais contribuíram para a
sendo considerado um alimento energético,
produção de 80,5 milhões de toneladas

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PRODUTIVIDADE E ACÚMULO DE MATÉRIA SECA DE MILHO

muito consumido na zona rural do Brasil, Latossolos caracterizados pela elevada


também utilizado em uma ampla variedade acidez e baixa saturação por bases
de pratos (NAVES et al., 2004). O milho (VELOSO et al., 2001).
assume importância ainda maior na No Brasil, as rochas carbonatadas
contextualização da agricultura familiar, moídas, genericamente denominadas
sendo um dos pilares do cultivo de calcárias, são os materiais
subsistência e da alimentação das famílias, predominantemente empregados na
fortalecendo a economia solidária. agricultura como corretivo da acidez do solo.
A área cultivada com milho no estado Entretanto, existem materiais corretivos
do Pará não pode ser considerada expressiva, alternativos, sendo o mais promissor as
se forem levadas em conta as condições de escórias de siderurgias (PRADO et al.,
solo, topografia e clima para 2001), que apesar de estarem disponíveis no
desenvolvimento da cultura. No estado do mercado brasileiro, têm sido pouco
Pará a área cultivada com milho em 2011, comercializadas para uso na agricultura
foi de 210.634 ha e uma produção da ordem (QUAGGIO, 2000). Segundo Korndörfer et
de 541.128 t e um rendimento médio de al. (2004), a aplicação de escórias silicatadas
2.570 kg ha-1, números esses considerados de cálcio e magnésio (CaSiO3 e MgSiO3)
baixos se comparados à média brasileira que promove benefícios ao solo. Esses silicatos
foi de 4.210 kg ha-1 e as médias obtidas pelas estão associados ao aumento na
principais regiões produtoras, sul, sudeste e disponibilidade de Si, elevação do pH e
centro-oeste do país que foram de 5.405 kg aumento do Ca e Mg trocável do solo,
ha-1, 4.995 kg ha-1 e 4.485 kg ha-1 indiretamente propiciando incremento na
respectivamente (IBGE, 2011). disponibilidade de fósforo e podendo, ainda,
A baixa produtividade do milho no atuar na redução da toxidade de Fe, Mn e Al
estado do Pará pode estar relacionada ao para as plantas (PRADO et al., 2002).
baixo nível tecnológico empregado na A maioria das pesquisas desenvolvidas
produção, tais como uso de cultivares não no Brasil com escória avaliou,
melhoradas, baixo uso de defensivos predominantemente, seu efeito corretivo e
agrícolas e, principalmente, o uso de como fonte de alguns nutrientes presentes na
adubação inadequada e a cultura ser sua composição. Assim, pesquisas realizadas
implantada em sua grande maioria em nas culturas de cana-de-açúcar (PRADO &

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FERNANDES, 2001) e maracujá (PRADO O solo foi classificado como Latossolo


& NATALE, 2004), procuraram verificar a Amarelo distrófico, textura média
resposta de sua aplicação dentro de cada (EMBRAPA, 2006), Antes da instalação do
cultura proporcionando aumentos experimento foram coletadas amostras na
significativos nos valores de pH, Ca, Mg e Si camada superficial (0-20 cm), para
e redução na acidez potencial (H+Al) e caracterização química e física do solo. As
consequentemente melhorias em seu análises foram realizadas segundo
desenvolvimento e suas produções. metodologia da Embrapa (1997),
Com isso objetivou-se com este apresentando as seguintes características
trabalho avaliar o efeito de diferentes doses químicas e físicas: pH em água (1:2,5) = 4,9;
escória de siderúrgicas em diferentes Ca (cmolc dm-3) = 0,6; Mg (cmolc dm-3) =
granulometrias nas características 0,3; K (cmolc dm-3) = 0,06; H + Al (cmolc
agronômicas da cultura do milho. dm-3) = 4,38; P (mg dm-3) = 2,0; CTC a pH
7 = 5,34; V% = 17,09. Argila (g kg-1) = 149;
MATERIAL E MÉTODOS
Areia (g kg-1) = 736 e Silte (g kg-1) = 115.
O trabalho foi conduzido no Campo Utilizou- se um delineamento
Experimental da Embrapa Amazônia experimental em blocos casualizados, em
Oriental, localizado no município de Terra esquema fatorial 4x3, sendo quatro frações
Alta no Estado do Pará, distante cerca de granulométricas da escória (material retido
100 km de Belém, no km 33 da Rodovia entre as peneiras ABNT 20-50, 50-100, 100-
Castanhal/Curuçá, que faz parte da 200 e <200), três doses da escória
Microrregião do Salgado nas seguintes equivalentes a 1,65; 3,8l e 5,98 t ha-1,
coordenadas geográficas, Latitude necessárias para elevar a saturação por bases
01º01'7,72" Sul e Longitude 47º53'29,19" inicial do solo para 40, 70 e 100%,
Oeste. Essa área está sob a influência respectivamente, em três blocos, totalizando
climática do tipo Am, da classificação de 36 parcelas com dimensões de 28 m2 (5,6m
Köppen, caracterizado por apresentar um x5,0m). Para definir as doses de escória, foi
índice pluviométrico elevado, com total adotado o método de saturação por bases
anual de 2.000mm aproximadamente e (RAIJ et al., 2001) a partir dos dados obtidos
temperatura média de 26 ºC. de análise química inicial do solo. A escória
utilizada foi coletada em vazamentos de um

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alto forno da Usina Siderúrgica do Pará 90 kg ha-1de P2O5, na recomendação máxima


(USIPAR), localizada no município de sugerida no estado do Pará (CRAVO et al.,
Barcarena, Estado do Pará. O resíduo passou 2010) na forma de superfosfato simples e 40
pelo processo de secagem e posterior kg ha-1de FTE BR-12, aplicados a lanço em
moagem em um triturador. Depois de área total junto com os tratamentos.
triturada a escória passou pelo processo de A parcela experimental tinha 5,6 m ×
peneiramento utilizando as peneiras 0,850 5,0 m, com oito linhas de milho, espaçadas
mm (ABNT Nº 20), 0,300 mm (ABNT Nº em 0,8 m, tendo cinco plantas por metro
50), 0,150 mm (ABNT Nº 100) e 0,075 mm linear. As sementes de milho (Zea mays L.
(ABNT Nº 200), obtendo-se as quatro cv. BRS 1030, híbrido simples, ciclo
granulometrias usadas no experimento. precoce) foram semeadas em janeiro de
Foi retirada uma amostra do resíduo 2010.Efetuou-se também adubação de 90 kg
cuja análise em Laboratório apresentou as ha-1de N e 60 kg ha-1 de K2O. A adubação
seguintes características químicas: CaO (dag foi parcelada em duas vezes aos 15 e 45 dias
kg-1) = 24,85; MgO (dag kg-1) = 12,49; PN após a emergência do milho. No primeiro
(%) = 75; PRNT (%) = 74; Si (mg kg-1) = parcelamento, aplicaram-se 50 kg ha-1 de N e
6,34; Cd (mg kg-1) 10,5; Cr (mg kg-1) = 42,1; 30 kg ha-1 de K2O, na forma de sulfato de
Ni (mg kg-1) = 40,0 e Pb (mg kg-1) = 24,1. A amônio e cloreto de potássio,
metodologia empregada na realização das respectivamente, em sulcos na linha de
análises de corretivo agrícola, na qual se plantio, enquanto no segundo parcelamento
inclui a escória, segue o protocolo do MAPA foram aplicados 40 kg ha-1 de N e 30 kg ha-1
(2007). A escória apresentou resultados de K2O na forma de ureia e cloreto de
dentro dos limites máximos de potássio, respectivamente, em cobertura na
contaminantes admitidos em corretivos de linha de plantio. Utilizou-se o parcelamento
acidez (MAPA, 2006). do nitrogênio e potássio devido a elevada
Os corretivos foram aplicados precipitação pluviométrica na região,
manualmente a lanço em cada parcela no reduzindo a perda desses nutrientes devido a
mês de dezembro de 2009, colocando-se fácil volatilização dos mesmos.
metade das quantidades estimadas antes da Após a floração efetuou-se a colheita
aração e a outra metade, antes da gradagem. de plantas de milho para a determinação da
Todas as parcelas receberam o equivalente a massa seca da parte aérea, coletando-se duas

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plantas de cada uma das quatros linhas (ANOVA), sendo as médias comparadas
centrais das parcelas totalizando oito plantas pelo teste de Tukey (p < 0,05).
por parcela. As plantas foram coletadas de
RESULTADOS E DISCUSSÃO
forma aleatória procurando-se amostras de
plantas normais e representativas de cada
A análise de variância revelou efeito
parcela. O corte foi feito na base das plantas,
significativo da interação granulometria
após a coleta das plantas estas foram
(Gran X Doses) na massa seca da parte aérea
acondicionadas em sacos de papéis e
(MSPA), produtividade de grãos (PG), no
colocadas para secar em estufa com
número de fileiras de grãos por espiga
circulação de ar forçado mantendo-se a
(NFGE), peso de cem grãos (PCG),
temperatura na faixa de 65 °C–70 °C. Após
comprimento de espigas (CE). Para o
atingirem o peso constante as plantas foram
rendimento de espigas por parcelas (RE)
pesadas em balança digital para obtenção da
houve significância apenas para as doses
massa seca da parte aérea (MSPA) que foi
(Tabela 1).
estimada em t.ha-1.
Com a maior dose da escória (5,98 t
A colheita foi realizada manualmente
ha-1) foram obtidos os maiores valores para
120 dias após a semeadura. A produção de
MSPA, em todas as granulometrias, que
grãos foi avaliada após a maturação
2
variaram entre 11,45t ha-1 (ABNT 20-50) a
fisiológica em área útil de 11,4 m e a massa
14,04t ha-1 (ABNT < 200). As maiores doses
de grãos foi corrigida para 13% de umidade.
da escória 3,81 e 5,98 tha-1, em interação
As espigas foram despalhadas e debulhadas
com as frações granulométricas mais finas
manualmente separando-se palha, grãos e
100-200 e <200, proporcionaram os maiores
sabugo. Depois de separadas as três partes
pesos de matéria seca da parte aérea. Nas
foram pesadas em balança digital para
granulometrias 100-200 e < 200, quando a
obtenção do peso de palha (PP), peso de
dose da escória foi igual a 3,81 t ha-1, os
sabugo (PS) e peso de grão (PG). O peso de
valores de MSPA corresponderam a 12,38 t
espiga (PE) foi a somatória dos pesos citados
-1
ha-1 e 13,35 t ha-1, enquanto que com 5,98 t
e foram estimadas em t.ha .
ha-1 de escória, os valores foram iguais a
Os dados de produtividade foram 13,31 t ha-1 e 14, 04t ha-1, respectivamente
submetidos a análise de variância (Tabela 2). Os valores encontrados de
MSPA nas frações granulométricas mais

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finas, entre 10,90 a 14,04 t ha-1estão dentro com valores que variaram de 6,21 t ha-1a
da faixa de valores alcançados por Santos et 6,72 t ha-1 nas doses 3,81 e 5,98 t ha-1
al., (2010), que variaram entre 10,7 a 16,0 t respectivamente, não apresentando
ha-1, ao avaliarem características diferenças significativas entre si (Tabela 3).
agronômicas de seis variedades de milho No geral a dose 5,98 t ha-1apresentaram
para produção de silagem. maiores produções de grãos nas frações 20-
Independente das dosagens, as maiores 50; 50-100; 100-200 e <200 que as demais
produções de grãos de milho foram obtidas doses.
na granulometria mais fina 100-200 e <200
Tabela 1. Análise de variância da massa seca da parte aérea (MSPA), produtividade de grãos
(PG), número de fileiras de grãos por espiga (NFGE), massa de cem grãos (MCG),
comprimento de espigas (CE) e rendimento de espigas por parcelas (RE) no
município de Terra Alta – PA, 2012.
FV GL QM
MSPA PG NFGE MCG CE RE
NS
Gran 3 13,93* 5,58* 10,67* 201,5 27,1* 175,0*
NS
Doses 2 15,43* 6,21* 0,69* 55,32 1,3* 72,00
Gran * Doses 6 0,57* 0,37* 0,05* 3,31NS 0,35* 13,59
Blocos 2 8,26 2,41 0,02 2,35 0,01 8,58
Residuos 22
CV% 6,48 8,68 7,1 2,14 2,9 5,3
Média 11,63 5,65 14,03 38,41 21,5 91,0
* Significativo a 5% de probabilidade, NS Não-siginificativo.

Tabela 2. Massa seca da parte aérea (t.ha-1) de plantas de milho em função de diferentes doses e
frações granulométricas de escória de siderurgia no município de Terra Alta – PA,
2012.
Frações granulométricas Doses de escória t.ha-1
(ABNT nº) 1,65 3,81 5,98
20-50 9,11cB 9,66 dB 11,45 dA
50-100 10,73bB 10,77cB 12,4 cA
100-200 10,9 abC 12,38 bB 13,31 bA
<200 11,66 aC 13,35 aB 14,04 aA
Médias seguidas por letras minúsculas na coluna e maiúscula distintas na mesma linha diferem entre si, a 5% de
probabilidade, pelo teste de Tukey (P<0,05).

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Tabela 3. Produtividade de grãos de plantas de milho em função de diferentes doses e frações


granulométricas de escória de siderurgia no município de Terra Alta – PA, 2012.
Frações Doses de escória t.ha-1
granulométricas
(ABNT nº) 1,65 3,81 5,98
20-50 3,77cB 4,18cB 5,88bA
50-100 4,82bB 5,32bB 6,35aA
100-200 5,53aB 6,21aA 6,70aA
<200 5,80aB 6,57aA 6,72aA
Médias seguidas por letras minúsculas na coluna e maiúsculadistintas na mesma linha diferem entre si, a 5% de
probabilidade, pelo teste de Tukey (P<0,05).

Os valores de produção de grãos melhores resultados foram obtidos na


encontrados em função da interação doses e interação das granulometrias mais finas da
granulometrias100-200 e <200 da escória escoria, 100-200 e <200 com as maiores
variaram entre 5,53 a 6,72 t ha-1 e estão doses 3,81 e 5,98 t.ha-1, o qual variaram de
dentro da média de produção de milho do 14,73 a 14,83. Observou-se (Tabela 5) que
município de Paragominas – PA, de 5,34 t em todas as dosagens os maiores
ha-1 principal polo graneleiro do Estado do comprimentos de espigas foram obtidos
Pará no qual utilizam o calcário como quando foi aplicada a escória nas
principal fonte de corretivo de acidez, obtida granulometrias <200, variando de 22,8 cm
no ano de 2010 (SAGRI, 2010), e dos na dosagem de 1,65 t.ha-1, 23,16 cm na
valores conseguidos por Câmara (2007) que, dosagem de 3,81 t.ha-1 e 23,4 cm na
estudando rendimento de grãos verdes e dosagem de 5,98 t.ha-1. Esses resultados
secos de cultivares de milho, obteve valores foram superiores aos obtidos por Stacciarini
da ordem de 4,2 a 6,31 t ha-1. Os referidos et al., (2010) que, avaliando caracteres
valores encontram-se acima da média do agronômicos na cultura do milho em
estado do Pará que foi de 2,57 t ha-1 no ano diferentes densidades, obtiveram valores
de 2011 (IBGE, 2011) e muito superiores variando de 16,57 a 18,22 cm. Observou-se
aos alcançados no município de Terra Alta – (Figura 1) que houve diferença significativa
PA, que foram de 0,6 t ha-1, obtida no ano de entre as frações granulométricas sendo que
2010 (SAGRI, 2010). os rendimentos de espigas foram maiores nas
Para o número de fileiras de grãos por frações mais finas 50-100, 100-200 e <200,
espiga (NFGE), observou-se que os não havendo diferenças entre elas.

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Tabela 4. Médias de número de fileiras de grãos por espiga (NFGE), em função de diferentes
doses e frações granulométricas de escória de siderurgia no município de Terra Alta –
PA, 2012.
Frações granulométricas Doses de escória t.ha-1
(ABNT nº) 1,65 3,81 5,98
20-50 12,13dB 12,33cB 12,80cA
50-100 14,03cB 14,50abA 14,43abA
100-200 14,33bB 14,73aA 14,86aA
<200 14,56aB 14,83aA 14,83aA
Médias seguidas por letras minúsculas na coluna e maiúscula distintas na mesma linha diferem entre si, a 5% de
probabilidade, pelo teste de Tukey (P<0,05).

Tabela 5. Comprimento de espigas em função de diferentes doses e frações granulométricas de


escória de siderurgia no município
mu de Terra Alta – PA, 2012.
Frações granulométricas Doses de escória t.ha-1
(ABNT nº) 1,65 3,81 5,98
20-50 18,3 cA 18,2 dA 18,4 dA
50-100 21,2 bB 21,5 cAB 21,7 cA
100-200 22,6 aB 22,7 bAB 23,0 bA
<200 22,8 aC 23,16 aB 23,4 aA
Médias seguidas por letras minúsculas na coluna e maiúscula distintas na mesma linha diferem entre si, a 5% de
probabilidade, pelo teste de Tukey (P<0,05).
0,05).

Figura 1. Rendimento de espigas por parcelas em função de diferentes frações granulométricas


de escória no município de Terra Alta – PA, 2012.

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CONCLUSÕES IBGE, Produção Agrícola Municipal. 2011


disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Pro
A aplicação da escória de siderurgia ducão_Agricola/Producao_Agricola_Muni
cipal_[anual]/2011/tabelas_pdf/tabela01.p
nas granulometrias 100 – 200 e <200
df. Acesso em 4 de jan. 2013.
associadas à maior dose 5,91 t ha-1 IBGE, Produção Agrícola Municipal 2011,
proporcionaram melhores resultados nos disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Pro
ducao_Agricola/Producao_A gricola_Mu
caracteres agronômicos de plantas de milho. nicipal_[anual]/2011/tabelas_pdf/tabela0
02.pdf. Acesso em 4 de jan. 2013.
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na disponibilidade de fósforo de um entre linhas e aumento da densidade


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