Manejo de Situacoes de Particulares de Negligencia
Manejo de Situacoes de Particulares de Negligencia
Manejo de Situacoes de Particulares de Negligencia
2º Ano, 3º Semestre
Período: Tarde
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ENFERMAGEM EM SAÚDE MATERNO INFANTIL
2º Ano, 3º Semestre
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Indice
1.Introdução .......................................................................................................................... 1
1.1.Objectivos ....................................................................................................................... 1
1.1.1.Objectivo geral ............................................................................................................ 1
1.1.2.Objectivos específicos ................................................................................................. 1
2.Desenvolvimento ............................................................................................................... 2
2.1.Negligência ..................................................................................................................... 2
2.1.1.Características ............................................................................................................. 2
2.1.2.Exame físico ................................................................................................................ 2
2.2.História-clínica, social e familiar ................................................................................... 2
2.3.Formas de apresentação de criança negligenciada ......................................................... 4
3.Maus-tratos psicológicos ................................................................................................... 4
3.1.Tipos de maus trato ........................................................................................................ 4
3.2.Características comuns dos maus tractos psicológicos .................................................. 5
3.3.Formas de maus-tratos psicológicos: ............................................................................. 5
3.4.Anamnese ....................................................................................................................... 5
3.5.Exame físico ................................................................................................................... 7
3.6.Quadro clínico ................................................................................................................ 8
3.7.Sinais de alerta e diagnóstico de maus-tratos: ................................................................ 9
3.7.1.Quadro clínico ............................................................................................................. 9
4.Violência Doméstica ....................................................................................................... 10
5.Tipos de Violência........................................................................................................... 10
6.Metodologia..................................................................................................................... 12
7.Conclusão ........................................................................................................................ 13
8.Referências bibliográficas ............................................................................................... 14
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1.Introdução
No presente trabalho da disciplina de atenção básica, iremos abordar sobre manejo de
casos particulares de negligência e mãos tratos, violência doméstica de crianças em idade
escolar, de forma clara e concisa, negligência um dos tipos de maus-tratos mais
frequentes, e aparece muitas vezes associada a outras formas. É o acto de omissão do
responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas para o seu
desenvolvimento físico, emocional e social
Para Minayo e Souza (1998, violência domestica é qualquer acção intencional, perpetrada
por indivíduo, grupo, instituição, classes ou nações dirigida a outrem, que cause prejuízos,
danos físicos, sociais, psicológicos e (ou) espirituais.
1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo geral
1.1.2.Objectivos específicos
Definir Negligência
Descrever a História-clínica, social e familiar
Explicar o que são Maus-tratos psicológicos
Identificar os sinais de alerta e diagnóstico de maus-tratos
Conceituar a Violência Doméstica
Mencionar os tipos de Violência
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2.Desenvolvimento
2.1.Negligência
É um dos tipos de maus-tratos mais frequentes, e aparece muitas vezes associada a outras
formas. É o acto de omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as
necessidades básicas para o seu desenvolvimento físico, emocional e social.
2.1.1.Características
Para caracterizar a negligência, dois critérios são necessários:
2.1.2.Exame físico
Deve conter um exame minucioso do aspecto geral (limpeza, higiene e propriedade
das roupas);
Peles e membranas mucosas (verificar se há lesões cutâneas, hematomas, úlceras
de pressão);
Cabeça, pescoço e tronco (hematomas, lacerações, cortes);
Aparelho geniturinário, extremidades (lesões de punho e calcanhar podem sugerir
contenção);
Exame de estado mental (pode sugerir demência, e, nesse caso, merece uma
avaliação mais aprofundada).
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Explica-se ao cuidador ou acompanhante que ele também será entrevistado logo
após, pois essa é a rotina do serviço (a história do possível agressor também é
muito importante);
Explica-se ao cuidador ou acompanhante que ele também será entrevistado logo
após, pois essa é a rotina do serviço (a história do possível agressor também é
muito importante);
Não ter pressa durante a entrevista;
Procurar trabalhar aspectos de interesse ao longo da conversa, de maneira
tranquila;
Ouvir antes de examinar;
Prestar bastante atenção em traumatismo, queimaduras, aspectos nutricionais,
mudanças recentes de condição económica e social;
Não diagnosticar prematuramente o cliente como vítima de abuso ou negligência,
nem adiantar ao cuidador ou familiar um plano de intervenção até que todos os
fatos estejam esclarecidos;
Fazer contactos adicionais assim que for possível: visitando e entrevistando vizinhos,
amigos e outros familiares para obter informações adicionais;
Manter suas perguntas simples, directas, sem ameaça e sem julgamento. Evitar
confronto;
Evitar responder perguntas feitas pelos membros da família que sugerem
determinadas respostas. Elas podem revelar o que você considera importante
investigar;
Estar atento a algumas condutas tomadas por algum membro da família como, por
exemplo, considerar a criança “propenso a acidente”, “desastres”, relatar com
detalhes excessivos a causa dos ferimentos evidenciados pela vítima;
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2.3.Formas de apresentação de criança negligenciada
A criança negligenciada pode se apresentar para os profissionais de várias formas:
3.Maus-tratos psicológicos
É o tipo de violência mais difícil de detectar em sua forma isolada. Por outro lado,
costuma estar presente concomitantemente aos demais tipos de abuso. Entretanto, pode
ser:
Pode ocorrer em qualquer nível socioeconómico e, embora não haja um perfil psicológico
específico para os agressores, tem-se encontrado algumas características comuns nas
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famílias que cometem esse tipo de abuso, embora nem todas as famílias com essas
características maltratem seus filhos.
3.4.Anamnese
Devem ser observadas as seguintes situações:
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História incompatível com as lesões existentes - frequentemente, nesses casos, a
lesão é relacionada a um fato acidental ou a uma atitude da própria vítima que não
condiz com a gravidade do quadro;
Lesões incompatíveis com o estágio de desenvolvimento da criança - alegação
de que o acidente teria sido provocado por uma atitude da própria vítima, não
sendo este ato compatível com a idade e o desenvolvimento motor da vítima;
Relatos discordantes quando o responsável é entrevistado por mais de um
profissional em diferentes momentos - a adopção de estratégias como estas
possibilitam a detecção de relatos falsos. Daí a importância de uma actuação
interdisciplinar e a discussão dos casos por equipa multiprofissional;
Relatos discordantes quando se entrevistam os responsáveis separadamente -
mesmo que haja conivência dos responsáveis no acobertamento da violência,
informações relacionadas ao detalhadamente do suposto acidente não são
ventiladas quando se formula a história mentirosa;
Relatos discordantes quando se entrevista a vítima e os responsáveis
separadamente;
Supostos acidentes ocorridos de forma repetitiva e/ou com frequência acima
do esperado-geralmente relacionados à suposta hiperactividade, má índole,
desobediências etc. da criança;
Suposto acidente para o qual a procura de socorro médico ocorre muito tempo após
o evento;
Dinâmica familiar denotando falta de estrutura estável - embora não seja
patognomónico de maus tratos, é sabido que a violência contra a criança é mais
frequente nos lares onde a relação familiar é precária ou prejudicada pelos
sucessivos conflitos. Alcoolismo e uso de drogas ilícitas também aumentam a
ocorrência de maus tratos físicos na família;
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Problemas maternos relacionados à gravidez – mãe solteira, gravidez
indesejada, não comparecimento às consultas de pré-natal, tentativas frustradas de
abortamento, separação do casal etc.;
Relato dos pais sobre experiências próprias de terem sofrido alguma forma de
violência na infância.
3.5.Exame físico
Por ordem de frequência, as lesões por maus-tratos são mais comummente identificadas na
pele e nas mucosas e, em seguida, no esqueleto, no sistema nervoso central e nas
estruturas torácicas e abdominais.
3.5.1.Pele e mucosas
As lesões cutâneo - mucosas provocadas por maus-tratos podem decorrer de golpes,
lançamento contra objectos duros, queimaduras, “arrancamentos” (dentes, cabelos),
mordidas, ferimentos por arma branca ou arma de fogo etc. As lesões incluem desde
hiperemia, escoriações, equimoses e hematomas, até queimaduras de terceiro grau;
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3.5.2.Esqueleto
Fracturas múltiplas inexplicadas, em diferentes estágios de consolidação, são
típicas de maus-tratos. No entanto, são pouco frequentes.
As localizações mais comuns das fracturas são as extremidades. Em crianças
menores, os ossos longos costumam ser afectados na zona metafisária.
3.5.4.Exames complementares
Coagulograma completo - importante para o diagnóstico diferencial com
coagulopatias nas crianças que apresentam hematomas, equimoses e/ou petéquias;
Radiografias - RX completo do esqueleto deve ser feito nas suspeitas de maus-
tratos físicos em todas as crianças menores de 2 anos de idade e, em alguns casos,
até os 6 anos de idade.
3.6.Quadro clínico
Os sintomas e transtornos que aparecem nas crianças que sofrem maus-tratos psicológicos
não são específicos, podendo aparecer não só em outros tipos de maus-tratos como
também em decorrência de patologias de outras etiologias. Costuma ter consequências a
longo prazo. Podemos encontrar:
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Labilidade emocional e distúrbios de comportamento tais como agressividade,
passividade, hiperactividade
Problemas psicológicos que vão desde a baixa auto-estima, problemas no
desenvolvimento moral e dificuldades em lidar com a agressividade e a
sexualidade;
Distúrbios do controle de esfíncteres (enurese, escape fecal);
Psicose, depressão, tendências suicidas;
Sempre que existir indicação clínica e houver possibilidade, deve-se pensar num
acompanhamento psicológico, evitando problemas futuros de adequação social da
criança e do adolescente.
3.7.1.Quadro clínico
Os sintomas e transtornos que aparecem nas crianças que sofrem maus-tratos psicológicos
não são específicos, podendo aparecer não só em outros tipos de maus-tratos como
também em decorrência de patologias de outras etiologias. Costuma ter consequências a
longo prazo. Podemos encontrar:
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Labilidade emocional e distúrbios de comportamento tais como agressividade,
passividade, hiperactividade
4.Violência Doméstica
É a agressão física, verbal, emocional, psicológica e/ou sexual de uma mulher pelo seu
esposo ou parceiro (ou ex-esposo ou ex-parceiro).
Para Minayo e Souza (1998, violência domestica é qualquer acção intencional, perpetrada
por indivíduo, grupo, instituição, classes ou nações dirigida a outrem, que cause prejuízos,
danos físicos, sociais, psicológicos e (ou) espirituais.
5.Tipos de Violência
Violência física;
Violência verbal;
Violência sexual;
Violência psicológica;
Negligência.
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A Violência doméstica física resulta do emprego da força no processo de disciplinar a
criança ou adolescente por parte dos pais. É a forma mais comum de violência e várias
famílias fazem recurso a ela como uma forma de educar e acabam agredindo as crianças
no ambiente doméstico.
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6.Metodologia
No que se refere à metodologia, tratou-se de uma metodologia de índole qualitativa, sendo
que os principais instrumentos de recolha de dados foram a análise documental, ou seja,
baseou-se na consulta dos documentos normativos usados a nível da instituição de ensino,
e busca na internet.
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7.Conclusão
Feito o trabalho que se fundamentou pelo tema manejo de situações particulares de
neglicência, maus tractos, e violência doméstica, concluímos que: os maus-tratos à criança
incluem todos os tipos de maus-tratos e negligência de uma criança com menos de 18 anos
por um dos pais, cuidador ou outra pessoa em uma função de custódia (p. ex., membro do
clero, treinador, professor) que resulta em dano, potencial de dano ou ameaça de danos à
criança. Quatro tipos de maus-tratos são genericamente reconhecidos: abuso físico, abuso
sexual, abuso emocional (abuso psicológico) e negligência. As causas dos maus-tratos à
criança são variadas. O abuso e a negligência estão frequentemente associados a lesões
físicas, retardo de crescimento e desenvolvimento e problemas de saúde mental. O
diagnóstico baseia-se em história, exame físico e, às vezes, exames laboratoriais e
imagiologia diagnóstica. A conduta inclui documentação e tratamento de quaisquer lesões,
condições físicas e mentais, condições de saúde, informes obrigatórios para agências
governamentais apropriadas e, às vezes, hospitalização e/ou encaminhamento a orfanatos
para manter a criança segura.
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8.Referências bibliográficas
Manual de Atendimento Integrado às Vítimas de Violência de Género –
20/Julho/2011.
Manual de Educação para a Saúde. MISAU.2008.
Material de formação sobre atendimento integrado as vítimas de violência- Jhpiego
MINAYO, M. C. S. Violência e saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.
OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE). Relatórios diversos, 1998.
Submódulo6- Crianca Na Idade Escolar.
www.psiqweb.med.br.
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