CA II A02 - Lajes Maciças - Introdução e Cargas Permanentes

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UNIVERSIDADE CEUMA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


CAMPUS RENASCENÇA

"O DISCENTE declara-se ciente de que qualquer


tipo de filmagem e/ou forma de reprodução do
material de vídeo disponibilizado nas aulas remotas
ou em EAD, através de exibição pública ou não,
parcial ou total, independentemente da intenção de
auferir lucro, o sujeitará às sanções civis e
criminais cabíveis, sem prejuízo do dever de
indenizar a (o) CONTRATADA (O) por todos os
danos e prejuízos causados."
São Luís – MA | 2024.1
UNIVERSIDADE CEUMA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
CAMPUS RENASCENÇA

CONCRETO ARMADO II
Prof. Me. Felipe Ferreira | [email protected]

São Luís – MA | 2024.1


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 LAJES MACIÇAS:
Introdução e Cargas Permanentes
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1.INTRODUÇÃO
As lajes, sob o ponto de vista estrutural, são placas de
concreto, com superfície plana, em que a espessura é a menor
da dimensão em relação as demais, e com ações normais em
seu plano (item 14.4.2 – ABNT NBR 6118: 2014)

Lajes maciças bidirecionais apoiada em pilares.

Lajes Maciças
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1.INTRODUÇÃO
Os elementos que apresentam-se como elementos de
superfície, podem receber as seguintes denominações:
 Placa: ações normais ao seu plano;
 Casca: superfície não plana;
 Chapas: ações contidas no seu plano.

Estruturas laminares.
Lajes Maciças
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1.INTRODUÇÃO
As lajes maciças são estruturas moldadas 𝑖𝑛 𝑙𝑜𝑐𝑜, apoiadas em
vigas ou pilares.
As lajes maciças possuem vantagens em relação as pré-
moldadas:
 Melhor aproveitamento das vigas;
 Facilidade na colocação das tubulações.

Lajes maciças apoiadas em vigas e em pilares. Lajes Maciças


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1.INTRODUÇÃO
As lajes maciças, com relação as ações horizontais,
comportam-se como diafragmas rígidos ou chapas,
compatibilizando o deslocamento dos pilares em cada piso
(contraventando-os).

Lajes maciças consideradas como diagramas rígidos Lajes Maciças


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2.CLASSIFICAÇÃO
As lajes maciças podem ser armadas em uma ou duas
direções. A forma de definir tal condição se dará pela relação
entre maior vão 𝑙𝑦 e o menor vão 𝑙𝑥 .
𝑙𝑦
Se 𝜆 = 𝑙 ≤ 2, então a laje é bidirecional. Caso contrário, ou
𝑥
seja, 𝜆 > 2, então a laje é unidirecional, armada na menor
direção.

Laje maciça bidirecional. Lajes Maciças


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2.CLASSIFICAÇÃO
Quando apresenta curvatura em uma só direção, a laje se
comporta semelhante a uma viga de base larga e pouca altura.
Quando apresentam duas curvaturas ortogonais se
comportam como placa.

Curvaturas das lajes. Lajes Maciças


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2.CLASSIFICAÇÃO

Lajes Maciças
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2.CLASSIFICAÇÃO
A laje poderá ser armada em uma direção, independente das
dimensões, caso a carga seja conduzida para apenas uma
direção, ou seja, duas bordas paralelas livres ou três bordas
livres.

Laje maciça unidirecionais (FILHO, 2014). Lajes Maciças


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2.CLASSIFICAÇÃO
Com relação a vinculação poderão ser: apoiada (borda
continuamente suportada), livre (borda sem vinculação)e
engastada (presença de laje adjacente).

Vinculação de laje maciça (FILHO, 2014). Lajes Maciças


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2.CLASSIFICAÇÃO
Uma laje que apresente uma diferença de 2 cm a mais, com
relação a laje adjacente, deve apoiar na laje de menor inércia.

Diferença de espessuras de lajes maciças adjacentes (FILHO, 2014) Lajes Maciças


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2.CLASSIFICAÇÃO
Lajes rebaixadas deverão apresentar suas bordas apoiadas, a
não ser que possui 3 bordas livres. A laje adjacente a laje
rebaixada deverá apresentar borda em comum apoiada.

Lajes rebaixadas (FILHO, 2014). Lajes Maciças


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2.CLASSIFICAÇÃO
Para uma análise mais didática, serão convencionados
algumas características para a representação das restrições
nas bordas das lajes maciças.

Convenções utilizadas nas bordas das lajes. Lajes Maciças


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2.CLASSIFICAÇÃO
Alguns casos para lajes contíguas devem ser analisadas:
Lajes no mesmo nível.

Lajes em níveis diferentes.

Lajes Maciças
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2.CLASSIFICAÇÃO
Alguns casos para lajes contíguas devem ser analisadas:
Lajes com inércias diferentes.

Lajes com vãos muito diferentes.

Lajes Maciças
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2.CLASSIFICAÇÃO
Alguns casos para lajes contíguas devem ser analisadas:
Condição de apoio parcial da laje.

Posteriormente deverá ser feita a compatibilização dos


esforços de engastamento.

Lajes Maciças
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2.CLASSIFICAÇÃO
Exemplo:

Lajes Maciças
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2.CLASSIFICAÇÃO
Exemplo:

Lajes Maciças
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2.DISPOSIÇÕES CONTRUTIVAS
Com relação aos vãos efetivos, quando os apoios puderem ser
considerados suficientemente rígidos, quanto a translação
vertical, calcula-se:

Vão efetivo das lajes.


Lajes Maciças
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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)
As cargas podem ser: permanentes ou acidentais.
Os valores característicos das cargas permanentes estão
ligados ao peso específico dos materiais. Eles podem ser
obtidos na NBR6120/𝟐𝟎𝟏𝟗. Há a presença do carregamento
acidental.

Norma usada para cálculo de ações.


Lajes Maciças
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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)

Peso específicos normativos. Lajes Maciças


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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)

Carga acidental normativos. Lajes Maciças


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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)
Cargas Permanentes
1. Peso Próprio da laje:
 É calculado por um elemento de área unitário.

𝑃𝑙𝑎𝑗𝑒 = 𝛾𝐶𝐴 ∙ ℎ𝑙𝑎𝑗𝑒 (𝑘𝑁/𝑚2 )

Elemento de laje com área unitária.


Lajes Maciças
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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)
Cargas Permanentes
2. Revestimentos:
 Inclui o peso próprio dos elementos na face superior e inferior
da laje.
𝑃𝑟𝑒𝑣 = 𝛾𝑟𝑒𝑣 ∙ ℎ𝑟𝑒𝑣 (𝑘𝑁/𝑚2 )

Piso e revestimento inferior da laje. Lajes Maciças


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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)
Cargas Permanentes
3. Enchimentos:
 Ocorrem em lajes rebaixadas. Basta conhecer a altura do
enchimento.
𝑃𝑒𝑛𝑐 = 𝛾𝑒𝑛𝑐 ∙ ℎ𝑒𝑛𝑐 (𝑘𝑁/𝑚2 )

Enchimento em laje rebaixada. Lajes Maciças


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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)
Cargas Permanentes
4. Alvenarias:
 Depende das dimensões, tipo de tijolo, argamassa de
assentamento e reboco. O modo como a carga é considerada
depende da direção de armação da laje.

Alvenarias sobre lajes. Lajes Maciças


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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)
Cargas Permanentes
4. Alvenarias:

Lajes Maciças
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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)
Cargas Permanentes
4. Alvenarias - unidirecionais:
 Deve-se considerar dois casos: 1) Parede paralela ao vão
maior. A parede é considerada com uma carga concentrada.

Carga concentrada decorrente da parede.


Lajes Maciças
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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)
Cargas Permanentes
4. Alvenarias - unidirecionais:
 Deve-se considerar dois casos: 2) Parede paralela ao vão
menor. Necessidade de reforçar uma faixa nas proximidades
da parede.

Faixa de reforço para lajes unidirecionais.


Lajes Maciças
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3.CÁLCULO DAS AÇÕES (CARGAS)
Cargas Permanentes
4. Alvenarias - bidirecionais:
 Poderá ser distribuído pela área da laje..

Faixa de reforço para lajes unidirecionais.


Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Determinar o carregamento em uma laje de edifício
comercial. A laje terá de 𝟏𝟎 𝒄𝒎 de espessura, contra-piso
(argamassa de cimento e areia) de 𝟏 𝒄𝒎 , acabamento
superior com tacos e acabamento inferior com forro
de gesso com 1 cm de espessura.

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Determinar o carregamento em uma laje de edifício
comercial. A laje terá de 𝟏𝟎 𝒄𝒎 de espessura, contra-piso
(argamassa de cimento e areia) de 𝟏 𝒄𝒎 , acabamento
superior com tacos e acabamento inferior com forro
de gesso com 1 cm de espessura.
Dados:
𝛾𝑐𝑜𝑛.𝑎𝑟𝑚. = 25 𝑘𝑁/𝑚3
𝛾𝑐𝑜𝑛𝑡.𝑝𝑖𝑠𝑜 = 21 𝑘𝑁/𝑚3
𝛾𝑔𝑒𝑠𝑠𝑜 = 12,5 𝑘𝑁/𝑚3
𝑔𝑡𝑎𝑐𝑜 = 0,65 𝑘𝑁/𝑚2
ℎ𝑐𝑜𝑛𝑐.𝑎𝑟𝑚. = 10 𝑐𝑚
ℎ𝑐𝑜𝑛𝑡.𝑝𝑖𝑠𝑜. = 1 𝑐𝑚
ℎ𝑔𝑒𝑠𝑠𝑜 = 1 𝑐𝑚
𝑔𝑒𝑑𝑓.𝑐𝑜𝑛 = 2,5 𝑘𝑁/𝑚2

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 SOL.:
 CARGA PERMANENTE
Peso Próprio da laje
25 𝑘𝑁/𝑚3 0,10 𝑚 = 2,5 𝑘𝑁/𝑚2
Contrapiso
21 𝑘𝑁/𝑚3 0,01 𝑚 = 0,21 𝑘𝑁/𝑚2
Gesso
12,5 𝑘𝑁/𝑚3 0,01 𝑚 ≅ 0, 13 𝑘𝑁/𝑚2
Tacos
0,65 𝑘𝑁/𝑚2
Total permanente
𝑔𝑘 = 3,49 𝑘𝑁/𝑚2 ≅ 3,50 𝑘𝑁/𝑚2

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 SOL.:
 CARGA ACIDENTAL
Edifício comercial
𝑞𝑘 = 2,50 𝑘𝑁/𝑚2

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Determinar a carga das paredes atuantes na laje abaixo
representada. A altura das paredes corresponde a 2,7 𝑚 e
são constituídas de tijolo furado de 10 𝑐𝑚, reboco de
1,5 𝑐𝑚 em cada face.

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Determinar a carga das paredes atuantes na laje abaixo
representada. A altura das paredes corresponde a 2,7 𝑚 e
são constituídas de tijolo furado de 10 𝑐𝑚, reboco de
1,5 𝑐𝑚 em cada face.
Dados:
𝛾𝑡𝑖𝑗. = 12 𝑘𝑁/𝑚3
𝛾𝑟𝑒𝑏 = 20 𝑘𝑁/𝑚3
𝑒𝑡𝑖𝑗 = 10 𝑐𝑚
𝑒𝑟𝑒𝑏 = 1,5 𝑐𝑚
𝑙𝑝𝑎𝑟 = 2,5 + 2,2 = 4,7 𝑚
ℎ𝑝𝑎𝑟 = 2,7 𝑚
𝑙𝑥 = 3,5 𝑚
𝑙𝑦 = 6,0 𝑚

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Sol.:
Geometria da laje:
𝑙𝑦 6
𝜆= = = 1,71 ≤ 2 → 𝐵𝑖𝑑𝑖𝑟𝑒𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑙𝑥 3,5
Peso por metro quadrado de parede
𝑃𝑝𝑎𝑟 = 𝛾𝑡𝑖𝑗 ∙ 𝑒𝑡𝑖𝑗 + 2𝛾𝑟𝑒𝑏 ∙ 𝑒𝑟𝑒𝑏
𝑃𝑝𝑎𝑟 = 12𝑘𝑁/𝑚3 0,10 𝑚 + 2 20 𝑘𝑁/𝑚3 0,0015 𝑚 = 1,80 𝑘𝑁/𝑚2

Carga uniformemente distribuída na laje


𝑃𝑝𝑎𝑟 ∙ 𝑙𝑝𝑎𝑟 ∙ ℎ𝑝𝑎𝑟
𝑔𝑝𝑎𝑟 =
𝑙 𝑥 ∙ 𝑙𝑦
(1,80 𝑘𝑁/𝑚2 )(4,7 𝑚)(2,7 𝑚)
𝑔𝑝𝑎𝑟 = = 1,09 𝑘𝑁/𝑚2
(3,50 𝑚)(6 𝑚)

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Determinar a carga das paredes atuantes nas lajes abaixo
representadas. A altura das paredes corresponde a 2,7 𝑚
e são constituídas de tijolo furado de 12 𝑐𝑚, reboco de
1,5 𝑐𝑚 em cada face.

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Determinar a carga das paredes atuantes na laje abaixo
representada. A altura das paredes corresponde a 2,7 𝑚 e
são constituídas de tijolo furado de 10 𝑐𝑚, reboco de
1,5 𝑐𝑚 em cada face.
Dados:
𝛾𝑡𝑖𝑗. = 12 𝑘𝑁/𝑚3
𝛾𝑟𝑒𝑏 = 20 𝑘𝑁/𝑚3
𝑒𝑡𝑖𝑗 = 12 𝑐𝑚
𝑒𝑟𝑒𝑏 = 1,5 𝑐𝑚
𝑙𝑝𝑎𝑟,1 = 2,2 𝑚
𝑙𝑝𝑎𝑟,2 = 1,7 𝑚
ℎ𝑝𝑎𝑟,1 = ℎ𝑝𝑎𝑟,2 = 2,7 𝑚
𝑙𝑥,1 = 𝑙𝑥,2 = 2,4 𝑚
𝑙𝑦,1 = 𝑙𝑦,2 = 6,0 𝑚

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Sol.:
Geometria da laje:
𝑙𝑦 6
𝜆= = = 2,5 ≥ 2 → 𝑈𝑛𝑖𝑑𝑖𝑟𝑒𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑙𝑥 2,4
Peso por metro quadrado de parede
𝑃𝑝𝑎𝑟 = 𝛾𝑡𝑖𝑗 ∙ 𝑒𝑡𝑖𝑗 + 2𝛾𝑟𝑒𝑏 ∙ 𝑒𝑟𝑒𝑏
𝑃𝑝𝑎𝑟 = 12𝑘𝑁/𝑚3 0,12 𝑚 + 2 20 𝑘𝑁/𝑚3 0,0015 𝑚 = 2,04 𝑘𝑁/𝑚2

Lage 𝐿1 – peso por metro de parede


𝑔𝑝𝑎𝑟 = 𝑃𝑝𝑎𝑟 ∙ ℎ𝑝𝑎𝑟
𝑔𝑝𝑎𝑟 = (2,04 𝑘𝑁/𝑚2 ) ∙ (2,70 𝑚)
𝑔𝑝𝑎𝑟 = 5,51 𝑘𝑁/𝑚

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Sol.:
Lage 𝐿2 – peso por metro quadrado de parede
𝑃𝑝𝑎𝑟 ∙ 𝑙𝑝𝑎𝑟 ∙ ℎ𝑝𝑎𝑟
𝑔𝑝𝑎𝑟 =
𝑙
𝑙𝑥 ∙ 𝑥
2
3
(2,04 𝑘𝑁/𝑚 )(1,70 𝑚)(2,70 𝑚)
𝑔𝑝𝑎𝑟 = = 3,25 𝑘𝑁/𝑚2
2,40 𝑚
(2,40 𝑚)( )
2

Lajes Maciças
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4.EXERCÍCIOS
 Sol.:
Carregamentos

Lajes Maciças
45
4.EXERCÍCIOS

Lajes Maciças

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