FICHAMENTO - Civilização Material Economia
FICHAMENTO - Civilização Material Economia
FICHAMENTO - Civilização Material Economia
XV- XVIII
A economia Europeia no século XV é ainda colocada como algo amplamente frágil, porém
uma ruptura ainda pode não ser tão desesperador já que o reparo era menos complicado, visto que
maior parte desses comércios eram pequenos. Então, esse mercado-economia se mostra muito
consistente até mesmo a protestos “mesmo que há muito barulho em cena, o jogo lucrativo corre
nos bastidores” pag. 77. Assim chamadas as “Estados-cidades” econômicas.
Veneza mesmo não tendo um território vasto acaba por crescer, sobrevive e cresce por
questões de ignorância, as cidade modernas tiram proveitos dos atrasos dos outros, Veneza é
impensável sem o Império Bizantino e posteriormente o Império Turco. Mesmo o Estado
conseguindo seu maior súdito e espaço terreno, ainda demora para crescer.
Outro fato muito importante e dito como maior reconquista no texto de Braudel é a relação
interna, tanto na questão de crescimento das cidades fora dos muros bem como suas conexões. O
que antes medievais e cercadas por muralhas, com uma população bem pequena (300 almas) e
coberta por seus privilégios, agora se apresenta numa expansão comercial em direção aos pântanos
e matas do interior dessa Europa. Além disso, o Estado com sua lentidão ainda não consegue
instituir forças contra essa expansão.
A Europa, que antes apesar de crescer economicamente ela faz isso num sentido mais
interno e agrícola, porém a partir do início do século XI começa a fazer comércio de forma indireta
muito por conta dos produtos excedentes, as aldeias agora crescem mais ainda como centro
comercial e artesanal. Uma grande “ruptura” nesse estado econômico, algo além de suas fronteiras
que ganha muita força durante o século XIII e que para Braudel o processo se mostra semelhante a
América europeia onde há a criação de estradas e a necessidade de trocas criam muitas cidades
escalas. Em meio a isso, a passagem para o clássico Renascimento do século XV é visto de
maneiras e em esferas econômicas diferentes para vários autores, onde é ressaltado a questão da
expansão da produção agrícola, demografia ou o contato com Bizâncio e ao Islã, entre outras.
- Economia-mundo e Bipolaridade
A característica de unificação da Europa desde o sul da Itália até o norte dos Países Baixos é
essencial nesse processo. Assim, todas essas explicações podem ser levadas em conta na construção
econômica e da passagem moderna, além do mais “em conjunto todas essas características parecem
favorecer umas as outras”- A questão de Rüsen talvez possa ser mais evidenciada sobre suas
dimensões - Então todo esse conjunto permite a expansão desse mercado e suas estruturas de serem
criadas e desenvolvidas, e que ajuda a crescer polos (cidades) com esse intuito, onde se destacam
dois polos longínquos que guardam suas especificidades (Norte e Sul), mas que ambos auxiliam no
“renascimento” econômico europeu de maneira geral, porém de forma gradual sempre.
A questão da temporalidade nesse crescimento se acentua a partir do século XI mas que cria
amarras mais sólidas por volta do século XIII onde o norte e sul começam a crescer, ainda que de
maneira diferentes, mais concomitantemente entre si. Desse modo, criam-se dois polos com
ligações aos mares, no sul todo o mediterrâneo e ao norte com o mar báltico. “O que é verdade para
o Norte nunca o é, termo a termo, para o Sul, e vice-versa” pag. 82
Por volta do século IX e X tudo se decidiu, onde o Norte se viu ter menos resistência na
construção do seu comércio, maior triunfo. Enquanto isso, o Sul por conta de Bizâncio e do Islã no
mediterrâneo teve seu afloramento, onde seu maior ponto ficou no industrial. Dois pontos que se
complementam e que no século XIII viria a acontecer por meio de rotas terrestres (norte-sul) o
encontro das feiras de Champagne. Assim, durante algum tempo por conta do mediterrâneo,
presença do “velho mundo” o Sul se mostrou como maior entres os dois centros, porém, a posterior
por volta do século XVI o pendulo se foca mais no Norte em razão de Amsterdam entre outros.
Por acordos com príncipes com a força e violência de soldados foi fundado em 1158 na
cidade de Lubeck o grande ponto comercial marítimo de Hansa. Anteriormente havia outros pontos
próximos mas nenhum chega tão próximo quanto Hansa e suas dimensões. Um dos fatores que
permite o exito marítimo é a mudança em suas navegações e seus barcos “naus” que suportam mais
espaço para transportar a carga como sal e outros produtos. E o ponto onde era localizado Lubeck
era referencia para outros mercadores, além da sua proximidade com as minas de sal-gema.
Apesar de um dos polos mais importantes na economia-mundo, ela não contava com uma
unidade de instituição presente, então era feito uma organização na base da vontade conjunta,
muitas pessoas com ideias parecidas, trabalhavam pelo mesmo propósito. Porém, isso tudo acaba
por gerar uma situação frágil dada a instabilidade política por assim dizer. E nas trocas com os
noruegueses cria-se uma dependência de trigo (privilégios), pois a Noruega tem baixa produção
agrícola e que cede aos lubeckenses outros produtos como carne, bacalhau, madeira e gorduras.
Ainda pensando sobre os privilégios, Hansa consegue contra a Inglaterra e contra Bruges benefícios
a partir de dependências, porém, isso são marcas de decadência, onde nem mesmo Hansa pode
escapar da crise do
século XIV.
- O outro polo da Europa: as cidades italianas