Ensaio Filosófico
Ensaio Filosófico
Ensaio Filosófico
Neste ensaio iremos nos focar na seguinte questão: Deve impor-se limites à
sociedade de informação? Muito se tem discutido sobre a sociedade de informação, um dos
maiores problemas da filosofia, sendo por isso importante entender o impacto da mesma
no nosso quotidiano.
Para iniciarmos a resposta a esta questão, necessitamos entender o conceito
principal, ou seja, o que significa sociedade de informação.
A comunidade onde estamos integrados tem o nome de sociedade de informação por ser
um ecossistema composto pelas inovações tecnológicas, inovações estas que permitem
uma melhor divulgação das informações. As inovações tecnológicas a que nos referimos
estão relacionadas principalmente com as tecnologias de informação e comunicação, como
por exemplo as redes sociais. Este conceito está ligado à mudança de uma sociedade
industrial para uma sociedade pós-industrial, ou da informação e teve origem nos anos 80,
com a evolução da era industrial, quando iniciaram os grandes avanços nas tecnologias. Na
atualidade, a informação é de fácil acesso e corresponde a algo extremamente útil para a
nossa evolução e visto isso, com o passar dos anos o Homem tem vindo a desenvolver meios
e ferramentas para atingir um grande fim, uma comunicação cada vez melhor, e assim
melhorar a sua condição de vida.
Com este ensaio queremos demonstrar o impacto desta sociedade no nosso
quotidiano através das redes sociais. As redes sociais são um grande marco de evolução,
porque com elas a relação entre todo o mundo é cada vez maior. A nosso ver é
imprescindível e totalmente correto impor limites à sociedade de informação, mais
especificamente, às redes sociais, devido ao facto de que o uso ilimitado destas pode vir a
ser extremamente prejudicial e até mesmo regredir a evolução do ser humano, visto que
estas geram conflitos baseados em informações não verídicas.
O primeiro argumento que pretendemos apresentar é o combate à desinformação,
sendo este um problema constante, pois há cada vez mais jovens que deixam de se
interessar por jornais ou notícias e começam a interessar-se por algo mais interativo, como
as redes sociais. Portanto, achar que as redes sociais são uma boa forma de nos
informarmos porque contêm uma elevada quantidade de informações é uma ideia
totalmente errada dado que quantidade não significa qualidade. Por outras palavras, a
propagação de informações incorretas, fake News e teorias conspiratórias, que qualquer
pessoa com capacidades tecnológicas poderá ter escrito, faz com que a sociedade não
progridae, logo está a ser propagada muita informação, mas com pouca importância ou até
informação totalmente incorreta. É o caso das fake News, teorias conspiratórias e outras
falsas informações que têm impactos muito negativos na sociedade e na tomada de
decisões pessoais e sociais e assim geram-se, por exemplo, polémicas que são baseadas em
informações não verídicas. Analisando assim, podemos ver que impor limites à sociedade de
informação pode ser crucial para combater a disseminação da desinformação.
O segundo argumento está relacionado com a proteção da nossa privacidade,
porque, tal como se pode ver com o avanço das sociedades de informação, as nossas
informações pessoais estão cada vez mais desprotegidas. Nas redes sociais, por exemplo,
colocamos os nossos dados pessoais como, data de nascimento, número de telemóvel,
email, morada, identificamos pessoas relacionadas com a nossa família, entre outros. No
fundo o que queremos dizer é que, com o avanço das sociedades de informação , a nossa
privacidade está cada vez mais exposta a cybercrimes dado que uma pessoa com
conhecimentos a nível tecnológico elevado, consegue retirar as nossas informações pessoais
e manipulá-las da maneira que desejar. Ou seja, impor limites pode garantir que as nossas
informações pessoais não sejam utilizadas de maneira inadequada, estando mais protegidas
e ao mesmo tempo deixando-nos mais protegidos.
A primeira objeção à tese que estamos aqui a defender associada a este tema é a
censura e restrição da liberdade de expressão, pois com a imposição de limites à sociedade
de informação corremos o risco de censuramos e de restringirmos a liberdade de expressão.
Podemos observar que é muito importante equilibrarmos a proteção contra abusos com os
princípios fundamentais de vivermos em uma democracia.
Na nossa opinião, não é necessário, para impor limites à sociedade de informação,
censurar nem restringir a liberdade de expressão, pois quando nos referimos a limites
estamos a falar de reduzir algumas capacidades relacionadas, por exemplo, com as redes
sociais, tais como as fake News, polémicas, as informações de carácter duvidoso, os
cybercrimes, os discursos de ódio entre outros, aumentando de tal forma a nossa segurança
e contribuindo de uma forma negativa para o nosso desenvolvimento.
Outra objeção ligada ao nosso tema é a responsabilidade individual que propõe que
em vez de impormos limites às sociedades de informação, devemos incentivar a
responsabilidade individual na utilização da informação, pois promover a literacia digital e
conscientização sobre os impactos das ações individuais pode ser uma abordagem mais
sustentável.
No nosso ponto de vista achamos mais sustentável a imposição de limites, pois,
mesmo com conscientização e literacia digital, o mundo da sociedade de informação
continua a ser muito inseguro dado que nada nos garante que todas as pessoas cumpram o
que a literacia lhes aconselha cumprir, pois vivemos numa democracia onde, como o nome
o diz, todos temos liberdade de fazer o que quisermos desde que esteja dentro das leis do
nosso país.
Diante do exposto podemos concluir que, a necessidade de impor limites à
sociedade de informação gera um debate de caráter muito complexo.
Embora haja argumentos sólidos a favor de combater a desinformação exposta nas
redes sociais , nas limitações para proteger a privacidade, e garantir a possibilidade de ter
um acesso justo às informações expostas nas redes sociais , vai haver sempre algo que
contradiga de facto o nosso objetivo central, tal como a restrição à liberdade de expressão e
a inibição da inovação e progresso da tecnologia. Não há uma forma 100% fiável que
garanta que a sociedade, tendo literacia digital e maior consciência com este tema, gera
menos problemas dos que há hoje em dia pois, como todos sabemos, vivemos numa
democracia onde não podemos obrigar ninguém a cumprir um nível de consciência nem de
literacia a nível digital.
Webgrafia:
- Sapo, Costuma partilhar tudo nas redes sociais? É melhor ter cuidado. 03.07.2018
Disponível em: Costuma partilhar tudo nas redes sociais? É melhor ter cuidado
(sapo.pt) Acesso em: 23.12.2023.
Destaco, antes de mais, como aspeto positivo o facto de terem cumprido a tarefa que
vos havia sido solicitada e a orientação que deram à vossa reflexão. No entanto, talvez
tenha sentido falta, em alguns momentos, de um discurso mais pessoal e algumas
afirmações apresentadas deveriam ter sido acompanhadas, ao longo do texto, das
fontes que as sustentam.
D2 - Bom.
D3 - Suficiente(+).
D4 - Bom(+).