TCC de Karol

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE


CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

BRUNA PEREIRA DA CRUZ


LAYANNE GABRIELLE AUXILIADORA ALVES GOMES

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA

GOIÂNIA
2020
BRUNA PEREIRA DA CRUZ
LAYANNE GABRIELLE AUXILIADORA ALVES GOMES

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado,


na qualidade de artigo científico, à
coordenação do curso de Fonoaudiologia, da
Escola de Ciências Sociais e da Saúde, da
Pontifícia Universidade Católica de Goiás,
como requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Fonoaudiologia.
Orientadora: Profª. Ma. Maria Carolina Lacerda.

GOIÂNIA
2020
1

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Bruna Pereira da Cruz1. Layanne Gabrielle Auxiliadora Alves Gomes2. Maria


Carolina Lacerda3

RESUMO
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma desordem do neurodesenvolvimento,
marcada por alteração na díade: sociocomunicativo e comportamento com interesses restritos. Os
comprometimentos na linguagem são caracterizados por dificuldades nos aspectos pragmáticos,
semânticos, paralinguísticos, sintático, fonético e fonológico. Objetivo: Identificar na literatura as
principais intervenções fonoaudiológicas em crianças com transtorno do espectro autista. Métodos:
Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa da literatura, os critérios definidos para inclusão
foram: publicações datadas de 2010a 2020 com relação direta com o assunto pesquisado, foram
selecionados nove artigos relacionados ao tema. Resultados: Conforme as leituras de títulos foram
selecionados 11 artigos nas bases de dados Capes e 50 nas bases de dados do Google Acadêmico.
Seguida por leitura minuciosa dos artigos e baseando-se nos critérios de inclusão foram selecionados
4 e 5 artigos de ambas bases bibliográficas respectivamente, totalizando 9 artigos para fazer parte do
presente estudo. Alguns artigos foram publicados em mais de uma revista ou base de dados.
Discussão: É notório que a intervenções fonoaudiológica nas terapias diretas envolvendo recursos
manuais e digitais, podem ser eficazes no desenvolvimento da criança com TEA e sua associação
com a intervenção indiretas possibilita uma evolução no desenvolvimento das mesmas. Além das
relações vantajosas com a terapia lúdica. Conclusões: Parte das pesquisas evidenciadas
demonstraram que a associação da terapia lúdica com o fonoaudiólogo assumindo papel de
interlocutor, proporciona uma intervenção satisfatória que possibilitam evolução considerável no
desenvolvimento do sujeito com TEA.

Descritores: Autismo. Fonoaudiologia. Reabilitação e fonoterapia.

ABSTRACT
Introduction: Autistic Spectrum Disorder (ASD) is a neurodevelopmental disorder, marked by
changes in the dyad: socio-communicative and behavior with restricted interests. Language
impairments are characterized by difficulties in pragmatic, semantic, paralinguistic, syntactic, phonetic
and phonological aspects. Objective: Identify in the literature the main speech therapy interventions in
children with autism spectrum disorder. Methods: This is an integrative literature review of the
literature, the criteria defined for inclusion were: publications dated from 2010 to 2020 with a direct
relationship with the researched subject, nine articles related to the theme were selected. Results:
According to the reading of titles, 11 articles were selected in the Capes databases and 50 in the
Google Scholar databases. Followed by thorough reading of the articles and based on the inclusion
criteria, 4 and 5 articles were selected from both bibliographic bases respectively, totaling 9 articles to
be part of the present study. Some articles have been published in more than one magazine or
database. Discussion: It is well known that speech therapy interventions in direct therapies involving
manual and digital resources, can be effective in the development of children with ASD and their
association with indirect intervention allows an evolution in their development. In addition to the
advantageous relationships with play therapy. Conclusions: Part of the evidenced researches
demonstrated that the association of ludic therapy with the speech therapist assuming the role of
interlocutor, it provides a satisfactory intervention that enables considerable evolution in the
development of the subject with ASD.

1
Graduanda de Fonoaudiologia na Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia, Goiás. Brasil;
2
Graduanda de Fonoaudiologia na Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia, Goiás. Brasil;
3
Docente no curso de Fonoaudiologia na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás.
2

Key words: Autism. Speech therapy. Rehabilitation and speech therapy.

INTRODUÇÃO

De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth


Edition (DSM – V) o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma desordem do
neurodesenvolvimento, marcada por alteração na díade: sociocomunicativo e
comportamental. E engloba também déficits no funcionamento cerebral da criança
em desenvolvimento, acarretando como consequência atraso na fala, na
aprendizagem e na obtenção de seus gestos motores (SOARES et al., 2015).
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), na Classificação
Internacional das Doenças (CID-10), o TEA é um transtorno invasivo do
desenvolvimento caracterizado por apresentar comprometimentos nas respostas,
evidenciando como sintomas mais específicos presentes desde do início da infância
criando prejuízos na vida diária, como atraso na linguagem, pouca compreensão no
discurso, uso de linguagem literal, ecolalia, e pouca ou nenhuma intenção de
socialização (OMS, 2000). A nova classificação engloba distúrbios anteriormente
definidos como autismo infantil, transtorno invasivo do desenvolvimento não-
específico, transtorno desintegrativo da infância e transtorno de Asperger (MERGL e
AZONI, 2015).
A principal discussão quando se aborda sobre o TEA, é descobrir se a
incidência e prevalência mundial tem aumentado estatisticamente. Como citado em
Christensen et al. (2016) atualmente em países desenvolvidos mundialmente, é
estimada uma população em torno de 1,5% de autistas. De acordo com a OMS, em
2010 0,76% das crianças do mundo estavam dentro espectro, tal estimativa foi
baseada em pesquisas de países que representam apenas 16% da população
infantil global. Recentemente estudos apontam que a Coréia do Sul, entre 2005 –
2009, era o país de maior prevalência mundial, com 2,64%, para crianças de 7 a 12
anos (KIM et al., 2011).
Segundo XU, et al (2018) esse dado foi atualizado para o Estados Unidos da
América (EUA), entre os anos de 2014 e 2016, no qual 2,47% das crianças e
adolescentes tendem ao espectro. Dados epidemiológicos mundiais estimam que a
cada 88 nascidos vivos 1 apresenta TEA, acometendo em maior frequência o sexo
masculino (BARBOSA e FERNANDES, 2009)
3

Ferreira (2008), relata que no Brasil há uma carência de pesquisas que


explorem a epidemiologia no TEA, entretanto no ano de 2006 em Santa Catarina
houve prevalência de 1,31 autistas para cada 10.000 indivíduos. Segundo Barbosa e
Fernandes (2010) foi prevista uma estimativa para 2010 de 500 mil pessoas com
autismo em todo território brasileiro. No parâmetro de incidência do sexo o TEA é 4
vezes mais frequente nos homens (APA, 2013).
Diversas definições sobre o autismo são abordadas na literatura, com sua
etiologia podendo ser advinda de fatores genéticos, síndrome provocada ao
transcorrer no período pré-natal ou fatores ambientais, gerando um enigma que
dificulta o diagnóstico precoce, caracterizando-se por um distúrbio multifatorial
(CUNHA, 2010; CAMPOS, 2019).
Isaías (2019) cita que mesmo havendo um conhecimento já concebido sobre
as bases genéticas, poucos são os estudos a respeito da fisiopatologia e etiologia do
TEA, ocasionando falta de consonância. Acredita-se que a hereditariedade em
conjunto com intercorrências pré, peri e pós-natal podem ser indicativos para a
manifestação do TEA. É valido notar que existem diversos fatores patológicos que
possam provocar a manifestação do transtorno (REGO, 2012).
Diante do exposto e das alterações que o TEA provoca torna-se
indispensável a atuação multidisciplinar para o desenvolvimento desses indivíduos,
dentre os profissionais que integram a equipe destaca-se o fonoaudiólogo que irá
intervir diretamente (com as inabilidades e habilidades da criança) e indiretamente
(com o meio em que a criança está inserida) nas habilidades de comunicação e
socialização. A intervenção fonoaudiológica tem como finalidade proporcionar para a
criança autonomia e utilizar a linguagem funcionalmente para interação com o meio
em que vive (RESSURREIÇÃO, 2014).
Assunção (2019), relata que a atuação do fonoaudiólogo no processo de
desenvolvimento da linguagem do TEA é essencial, por ser uma das áreas com
comprometimentos importantes, marcado por atrasos ou ausências dos parâmetros
de expansão de linguagem, portanto, é a habilidade que recebe maior destaque para
atuação fonoaudiológica. Os comprometimentos nessa habilidade são
caracterizados por dificuldades nos aspectos pragmáticos, semânticos,
paralinguísticos, sintático, fonético e fonológico. Dentre essas alterações algumas
são dispostas respectivamente como dificuldades em: iniciar e manter interação,
4

interpretar o discurso do interlocutor, contato visual, balbucio, compreensão,


vocabulário expressivo e receptivo, linguagem metafórica, inversão pronominal,
estrutura frasal, prosódia, comunicação, linguagem estereotipada (ecolalia muitas
vezes sem intenção comunicativa) (OMS, 2007; RAPOPORT, 1996; SAAD e
GOLDFELD, 2009; MENDOZA e MUÑOZ, 2005; LANDA, 2007; CAMPELO, et al,
2009; DELFRATE et al., 2009; GAUDERER, 1993).
Conforme a apresentação clínica da criança, o fonoaudiólogo intervém no
desenvolvimento da linguagem, a qual é essencial para as interações sociais.
Proporcionando dessa forma a promoção da comunicação, de maneira ampla e
efetiva, contribuindo então na habilitação e amenização dos déficits que o indivíduo
apresenta para sua inserção no meio social. É fundamental que o fonoaudiólogo
tenha um olhar individualizado e clínico para as necessidades do sujeito
(BAGAROLLO e PANHOCA, 2010; SAAD e GOLDFELD, 2009).
A terapia fonoaudiológica é ampla que engloba desde orientações aos
responsáveis a intervenções diretas e indiretas individuais ou em grupo
(ASSUNÇÃO, 2019). Ao atuar com situações do cotidiano, o profissional busca
valorizar toda atitude comunicativa levando em consideração toda a forma de
comunicação, priorizando o desenvolvimento da linguagem (LIMA et al., 2010).
O fonoaudiólogo irá intervir em situações do cotidiano por meio de quadros
de rotina diária, abordando algumas circunstâncias e utilizando delas para falar o
nome e as funções dos objetos e partes do corpo, como usar o banheiro, tomar
banho, cumprimentar as pessoas, esperar sua vez para falar, despedir-se, alimentar-
se e vestir-se; estimulando assim habilidades comunicação verbal e não verbal.
(VIEIRA e BALDIM, 2017; BRITO, 2017)
De acordo com Fernandes (1997) e Fernandes (2003) os atos comunicativos
são divididos em: verbais, que compreende 75% dos fonemas da língua; vocais, que
engloba as outras emissões e gestuais com movimentos corporais e faciais.
Geralmente a comunicação gestual é a mais utilizada por crianças autistas, seguida
de verbal com poucas vocalizações.
Conforme a área de atuação da fonoaudiologia especificamente a linguagem
e as características alteradas do TEA, o presente estudo tem como objetivo
identificar na literatura as principais intervenções fonoaudiológicas em crianças com
transtorno do espectro autista.
5

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa da literatura. Para o


presente estudo foram realizadas pesquisas de dados bibliográficos nas seguintes
bases: Portal de Periódicos CAPES e Google Acadêmico. Os descritores utilizados
foram selecionados via os Descritores em Saúde (DeCS) e consistem em: autismo,
fonoaudiologia, reabilitação e fonoterapia.
Foram definidos como critérios de inclusão, artigos que abordassem os
descritores utilizados pelas pesquisadoras sendo esses voltados para as áreas de
fonoaudiologia e publicações datadas de 2010 a 2020. Após realização da leitura
minuciosa dos títulos e resumos descartaram-se artigos que não relacionavam com
o contexto da presente pesquisa, assim como periódicos anteriores a 2010 e que
não tratasse sobre o assunto pesquisado e que não fossem artigos científico
empírico.

RESULTADOS

Conforme as leituras de títulos foram selecionados 11 artigos nas bases de


dados CAPES e 50 nas bases de dados do Google Acadêmico. Seguida por leitura
minuciosa dos artigos e baseando-se nos critérios de inclusão foram selecionados 4
e 5 artigos de ambas bases bibliográficas respectivamente, totalizando 9 artigos
para fazer parte do presente estudo. Alguns artigos foram publicados em mais de
uma revista ou base de dados.
Os resultados abordam uma análise minuciosa dos artigos que discorram
sobre as intervenções fonoaudiológicas de linguagem no TEA. Diante da leitura
cautelosa, os estudos foram comparados e na presença de repetição dois foram
descartados, restando nove artigos para efetivação do presente resultado.
A tabela 01 contempla a relação dos artigos, autores, título e ano dos
estudos selecionados.
Tabela 1 – Levantamento da pesquisa com relação à base de dados, autores, título e ano.

N° Autores Título Ano

Fatores intervenientes na terapia fonoaudiologia de


1 AMATO et al. 2011
crianças autistas.
6

Autismo e linguagem: discussões à luz da teoria da


2 BARROS, I. B. R. 2011
enunciação
Orientação a mães de crianças do espectro
3 FERNANDES et al. 2011
autístico a respeito da comunicação e linguagem.
Recursos de informática na terapia fonoaudiologia
4 FERNANDES et al. 2010
de crianças do espectro autístico.
Recursos Linguísticos Prosódicos como
5 LIMA et al. Facilitadores do Desenvolvimento da Linguagem 2010
na Clínica Fonoaudiologia do Autismo.
MARTINS e Intervenção fonoaudiológica em curto prazo para
6 2013
FERNANDES crianças com distúrbios do espectro do autismo
Terapia de linguagem de irmãos com transtornos
7 MISQUIATTI e BRITO 2010
invasivos do desenvolvimento: estudo longitudinal.
O jogo simbólico na intervenção fonoaudiológica
8 PEDRUZZI e ALMEIDA 2018
de crianças com transtorno do espectro autístico.
A eficácia da intervenção terapêutica
TAMANAHA; CHIARI;
9 fonoaudiológica nos distúrbios do espectro do 2015
PERISSINOTO
autismo.
Fonte: Elaboração das autoras, 2020.

A tabela 02, apresenta os objetivos, métodos e resultados de cada artigo


escolhido.

Tabela 2 – Resumo dos achados das publicações sobre Intervenção fonoaudiologia no Transtorno do
Espectro Autista.

N° Objetivo Métodos Resultados


1 Demonstrar três anos do Trata-se de um relato de Diante do estudo observaram que
processo de terapia de experiência vivenciada por todas as crianças tiveram
linguagem de três fonoaudiólogas em três crianças progressos importantes em suas
crianças com autistas que foram atendidas no manifestações. Melhorando
diagnóstico de autismo, ambulatório uma vez por semana aspectos de comunicação e
que apresentam por três anos. As ações interação social.
diferentes características desenvolvidas envolveram:
de desenvolvimento e avaliação fonoaudiológica,
respostas ao tratamento. gerenciamento, intervenção
fonoaudiológica e orientações
familiares.

2 Criar uma perspectiva O estudo consiste em análise da Foi verificado que é fundamental
de sujeito e espaço para linguagem de uma criança autista no trato do fonoaudiólogo com
subjetividades, através de 7 anos, relacionando uma crianças autistas assumir o papel
da linguistica da abordagem de intervenção à de interlocutor, que visa auxiliar na
enunciação. linguística da enunciação. construção dos marcos
enunciativos da linguagem.
3 Observar de que forma a O estudo foi realizado com 26 A análise individualizada mostra
orientação díade foram realizadas 10 100% dos sujeitos apresentaram
fonoaudiológica às mães sessões, sendo 5 para orientações progresso em pelo menos uma das
de crianças autistas e 5 para intervenções. As áreas (linguagem, perfil
podem ajudar na orientações às mães foram feitas comunicativo, desempenho sócio-
percepção e no em períodos de 30 minutos. comunicativo).
desempenho de seus Foram utilizadas filmagens das
filhos crianças durante terapia
7

fonoaudiologia.

4 Analisar o benefício do O estudo foi realizado com 23 Verificou-se 100% dos pacientes
uso de computadores e crianças. Utilizou-se dois obtiveram pelo menos um
programas específicos computadores com programas indicador de progresso no Perfil
na terapia pedagógicos e jogos CD-ROM, Funcional da Comunicação. No
fonoaudiológica de protocolos de registros, filmadoras desempenho Sócio Cognitivo, não
crianças digitais, mídias (DVD). houve progresso.
autistas.
5 Verificar como os Trata-se de um estudo Os resultados demonstraram que o
recursos linguísticos qualiquantativo, composta por recurso prosódico mais utilizado na
prosódicos podem ser duas díades (fonoaudióloga e díade 1 e 2 foi o alongamento
facilitadores no criança autista). Na faixa etária de vocálico.
desenvolvimento da 8 e 12 anos. Foram utilizados
linguagem do autista. videogravações, com sessões
transcritas posteriormente. Foram
selecionados os recursos
linguísticos prosódicos.
6 Averiguar através de O estudo foi composto por 21 Os resultados mostraram que o G1
dois períodos curtos de crianças, com idade entre 2 a 12 apresentou desempenho
intervenção, prováveis anos, diagnosticadas com TEA. semelhante para os dois ciclos. O
mudanças no Perfil Foram realizadas 12 sessões para grupo G2 apresentou maior
Funcional da cada grupo. Grupo 1 (G1) com 10 desempenho positivo com a
Comunicação (PFC) e crianças e Grupo 2 (G2) com 11 mãe/responsável em comparação
no Desempenho Sócio- crianças. As sessões eram ao software.
Cognitivo (DSC) de filmadas em15 min no início e fim
crianças com TEA. do ciclo de terapia. Foram 6
sessões de terapias na presença
de mãe/cuidador e 6 sessões com
software educacional (Baby
Speak). A ordem da dinâmica de
intervenção ocorreu inversa em
ambos os grupos.
7 Relatar o processo de Trata-se de um estudo longitudinal Ao final dos 4 anos as crianças
intervenção ao longo de 4 anos de intervenção, foram reavaliadas e apresentaram
fonoaudiológica de dois entre 2 irmãos de respectivamente no caso 1 6,2 atos comunicativos
irmãos; um com 9 e 11 anos de idade, com (meio gestual e aumento dos vocal
diagnóstico de autismo e diagnóstico concluídos. Realizou- e verbal, nomeação, jogo,
outro com se anamnese fonoaudiológica, exclamativa, pedido de objeto,
transtorno invasivo do avaliação multidisciplinar pedido de ação, pedido de rotina
desenvolvimento, sem fonoaudiológica clínica e terapia de social, protesto, Jogo
outra especificação linguagem. Para identificação Compartilhado e Comentários) por
(TID-SOE), foram divididos em caso 1: autismo minuto, uso predominante do meio
e caso 2: TID-SOE gestual e aumento dos meios vocal
e verbal. No caso 2 8,0 atos
comunicativos (meio verbal
e das funções comunicativas,
pedido de informação, pedido de
ação, pedido de rotina social,
comentários e narrativa) por
minuto.
8 Averiguar o jogo Trata-se de um estudo qualitativo Observou-se que a maioria dos
simbólico na intervenção observacional transversal, profissionais não possuía curso
fonoaudiológica em desenvolvidas no período de complementar para atuação com
crianças diagnosticadas agosto a setembro de 2016. TEA. Apenas F3 e F4 com
8

com Transtorno do Participaram do mesmo 5 formação relacionada ao


Espectro Autístico. fonoaudiólogos com faixa etária de autismo: TEACCH, ABA,
25 a 40 anos, que atuam com PECS e Integração Sensorial.
crianças autista de seis a 12 anos, No jogo simbólico foi relatado por
responderam um questionário F1, F2 e F5 sempre haver
estruturado. estimulação desde o início da
terapia. Já para F3 tenta introduzir,
porém acha necessário abordagem
mais objetiva. Para F4 a inclusão
ocorre somente em alguns
momentos.
9 Examinar a eficácia da Trata-se de um realizado por 12 Notou-se evolução nos resultados
intervenção meses. Composto por 11 crianças do GT em todas as avalições,
fonoaudiológica diretas autistas com retardo mental de destacando-se ACV e Avaliação da
(habilidades e grau leve à moderado do sexo Interação nos 3 tempos, quando
inabilidades da criança) masculino de 4 a 10 anos. Para a comparado ao GO. Entretanto
e indiretas (família, intervenção os indivíduos foram apesar de, ABC apresentar uma
escola, etc.) em divididos em dois grupos. Foram maior diferença apenas nos
indivíduos com TEA. utilizados os instrumentos: Autism, tempos 1 e 2, demostrou um
Behavior Checklist (ABC), padrão evolutivo no desempenho
Avaliação do Comportamento melhor do que do GO.
Vocal (ACV) e Avaliação da
Interação.

Fonte: Elaboração das autoras, 2020.

De acordo com a análise do artigo 1, a intervenção fonoaudiológica foi


realizada por um período de três anos (2007 a 2009) com três crianças
diagnosticadas com TEA, de características distintas e recebiam atendimento em
sistema ambulatorial uma vez por semana em esquema individual. A presente
pesquisa é um relato de experiência que contemplou com melhorias em habilidades
funcionais da comunicação apesar das diferenças nos níveis de dificuldades e
empenho familiar de cada criança.
A menina de seis anos demostrou maior desempenho nas atividades de
atenção compartilhada, jogo simbólico e aumento na comunicação interpessoal. O
menino de oito anos passou a empenhar-se em jogos compartilhados, diálogos e
trocas interpessoais, iniciando turnos comunicativos, recursos para o discurso de
forma adequada e utiliza como apoio comunicação não verbal. O menino de 4 anos
tem preferência por terapias o qual o computador esteja envolvido, porém é flexível
para atividades de interação que sejam atrativas, a utilização dos gestos como apoio
ocorreu consistentemente, com habilidades sintáticas adequadas, mas com
narrativas inadequadas.
O artigo 2 é um estudo que aborda a análise de linguagem de uma criança
autista de sete anos sobre a perspectiva da linguistica da enunciação, com
finalidade de detectar marcos de linguagem no sujeito linguístico o qual utilize da
9

enunciação no ato de fala. Os autores observaram que no momento em que o


fonoaudiólogo se coloca na posição de interlocutor do autista, a criança assume o
papel de locutora do discurso com intuito de interromper as vocalizações, balbucios
e ecolalias e constituir linguagem através das marcas enunciativa eu/tu e o nome
próprio para se referir a criança, tomando posse da própria identidade.
O estudo 3 traz uma pesquisa com 26 díades (mães e criança) com faixa
etária média das mães de 38 anos e 1 mês e crianças de 8 anos e 2 meses. Foram
realizadas 10 sessões, sendo 5 para orientações e 5 para intervenções. As
orientações às mães foram realizadas em períodos de 30 minutos. O artigo abordou
sobre a necessidade de uma intervenção dirigida com a criança autista em conjunto
com a família, pois acredita-se que essa intervenção pode interferir no processo de
desenvolvimento de comunicação e linguagem e, como as mães renovam o olhar
em relação ao desempenho de seus filhos. Os resultados demostraram como
algumas mães apresentaram maior facilidade em pontuar pontos fracos e
desagradáveis da criança, mas em contrapartida observaram a melhora na atenção
compartilhada. Por outro lado, o perfil funcional da comunicação, linguagem e
desempenho sócio-cognitivo observou-se no estudo que 100% dos sujeitos
apresentaram progressos em ao menos uma das áreas.
O artigo 4 demostrou a importância do uso de computadores e programas
digitais como recurso na terapia fonoaudiológica em crianças autistas. O estudo foi
realizado com 23 crianças de três a doze anos. Utilizou-se dois computadores com
programas pedagógicos e jogos CD-ROM, protocolos de registros, filmadoras
digitais e mídias (DVD). Os resultados são divididos em dois: qualitativos,
evidenciando pouco interesse dos pacientes pelo computador, no que diz respeito a
proposta dos terapeutas. Porém, essa estratégia só foi eficaz a partir da interlocução
produtiva do fonoaudiólogo com o recurso e a criança, possibilitando aumento de
contato ocular em 7,7%, verbalizações 15,4% e inciativa de comunicação 19%. Nos
dados quantitativos, foi observado 100% de progresso em ao menos uma das áreas
do Perfil Funcional da Comunicação: aumento no número e proporção de atos
comunicativos por minutos, funções mais interpessoais, uso do meio comunicativo e
vocal, diminuição no uso do meio comunicativo gestual. No desempenho Sócio-
Cognitivo, não houve progresso.
10

Conforme o artigo 5, os autores analisaram através de duas díades,


fonoaudióloga e criança autista, sendo esta última entre 8 e 12 anos, como
desenvolver a linguagem do TEA através de recursos linguísticos prosódicos, com o
alongamentos vocálicos, entoação, ritmo e altura da voz. Os resultados
demonstraram que o recurso prosódico mais utilizado na díade 1 e 2 foi o
alongamento vocálico. Seguidos na díade 1 pela entoação ascendente ou
descendente servindo de suporte para acesso ao significado, alteração da altura da
voz elevando pronomes e alteração no ritmo. Já na díade 2, tem seu seguimento na
alteração da altura da voz com função de enfatizar e destacar a fala, entoação
ascendente ou descendente com intuito de orientar e facilitar a compreensão e
alteração no ritmo.
A pesquisa do artigo 6 tem por objetivo averiguar mudanças no perfil
funcional da comunicação e no desempenho sócio-cognitivo de crianças autistas em
dois curtos períodos de intervenção fonoaudiológica. Participaram do estudo 21
crianças autistas com idades entre dois e doze anos. Foram realizadas 12 sessões
para cada grupo: G1 com dez e G2 com onze crianças. A terapia contou com seis
sessões com responsáveis e seis sessões com intervenções utilizando software
educacional (Baby Speak). A ordem da dinâmica de intervenção ocorreu de forma
inversa para ambos os grupos. Os resultados demostraram que o G1 apresentou
indicadores positivos para os dois ciclos, com desempenho maior na presença do
responsável 80%. O grupo G2 apresentou melhor performance positiva apenas com
a presença do responsável 63,63%. Através da análise, o estudo nos leva a
compreender que o software não é um recurso suficiente para o desenvolvimento
das habilidades sociais e comunicativa do paciente com autismo, sendo necessário
o trabalho em conjunto com a interação da terapeuta e família em um espaço de
tempo maior.
O artigo 7 analisou dois irmãos do sexo masculino, um de nove anos autista
e o outro de onze anos com transtorno invasivo do desenvolvimento, sem outra
especificação (TID-SOE). Durante quatro anos de intervenção fonoaudiológica,
essas idades se referem ao último ano do estudo realizado. Foram feitas anamnese
fonoaudiológica, avaliação multidisciplinar e fonoaudiológica clínica, terapia de
linguagem e orientação à família a respeito da alta fonoaudiológica. Para
identificação, foram divididos em caso 1: autismo e caso 2: TID-SOE. No início da
11

terapia a criança do caso 1 tinha 4 anos e apresentava ecolalia tardia e imediata,


comportamentos agressivos, uso convencional do objeto, exploratória e solicitação
de objetos. O caso 2 iniciou-se com 7 anos, o qual apresentou dificuldades de
compreensão oral, interação social, ecolalia tardia de frases, emissão de vocábulos
isolados, uso convencional dos objetos, pouca criatividade no brincar, hiperatividade
e déficit de atenção. Ao final dos 4 (quatro) anos de intervenção as crianças foram
reavaliadas, no caso 1, 6,2 atos comunicativos por minuto, uso predominante do
meio gestual e aumento dos meios vocal e verbal, maior variedade de funções
comunicativas (nomeação, jogo, exclamativa, pedido de objeto, pedido de ação,
pedido de rotina social, protesto, jogo compartilhado e comentários). No caso 2 8
atos comunicativos por minuto, uso predominante do meio verbal e das funções
comunicativas, pedido de informação, pedido de ação, pedido de rotina social,
comentários e narrativa.
No artigo 8 os autores buscaram averiguar diversas propostas de
intervenção fonoaudiológica no jogo simbólico em crianças diagnosticadas com
Transtorno do Espectro Autístico. O estudo foi realizado em um período de dois
meses (agosto a setembro) em 2016, com cinco fonoaudiólogos, sendo quatro do
sexo masculino e um feminino, com faixa etária de 25 a 40 anos denominados de F1
a F5, que atuam com crianças entre seis e doze anos, em duas instituições
diferentes. No qual possuem de dois a nove anos de profissão, os profissionais
responderam a um questionário estruturado. Nos resultados observou-se que
apenas F3 e F4 tem formação relacionada ao autismo: TEACCH, ABA, PECS e
Integração Sensorial e os demais atuam de maneira generalizada.
Diante das queixas aportadas pelos profissionais evidenciou-se não falar,
estereotipias, falta de contato visual e falta de interação com outras crianças. Dessa
forma F1 utiliza de estimulo visual, auditivo e sensorial, F2 faz uso de estimulação
de atividades sensoriais e pistas visuais, com jogos educativos, desenhos e
materiais coloridos, F3 emprega brinquedos e materiais confeccionados para
estimulação de linguagem comportamento e fala, F4 estimula o contato visual e
sentar por reforço positivo, F5 impulsiona a linguagem não verbal, através de
quebra-cabeça e brinquedos que representam objetos do cotidiano, tais como
utensílios domésticos. No jogo simbólico foi relatado por F1, F2 e F5 que a
estimulação é realizada desde do início da terapia, o mesmo no estudo foi o recurso
12

mais utilizado. Já para F3 tenta introduzir, porém acha necessário abordagem mais
objetiva. Para F4 a inclusão ocorre somente em alguns momentos.
De acordo com o artigo 9 os autores buscaram analisar resultados
satisfatórios na intervenção fonoaudiológica diretas (habilidades e inabilidades da
criança) e indiretas (família, escola, etc.) em indivíduos com TEA. É composta por
onze meninos de quatro a dez anos de idade, com TEA e retardo mental de leve à
moderado. O estudo foi realizado por um período de doze meses, no qual foram
atendidos pela equipe multidisciplinar e os instrumentos utilizados para composição
da análise de dados foram: Autism Behavior Checklist (ABC), Avaliação do
Comportamento Vocal (ACV) e Avaliação da Interação.
As crianças foram divididas aleatoriamente em dois grupos com seis no
Grupo Terapia (GT) recebendo terapia diretas e indiretas, cinco no Grupo
Orientação (GO) com intervenção indireta. A mensuração do processo evolutivo e
diagnóstico de ambos os grupos foram realizados em três momentos: Tempo 0 –
Inicio da intervenção, Tempo 1 – após seis meses e Tempo 2 ao fim dos doze
meses. Nos primeiros seis meses o GT apresentou extensão e velocidade no
processo evolutivo mais evidente quando comparado ao GO. Houve evolução nos
resultados do GT em todas as avalições, destacando-se ACV e Avaliação da
Interação nos 3 tempos, quando comparado ao GO. Entretanto apesar de, ABC
apresentar uma maior diferença apenas nos tempos 1 e 2, demostrou um padrão
evolutivo no desempenho melhor do que do GO.
A tabela 03, demonstra as intervenções fonoaudiológicas no TEA com
relação as habilidades de comportamento, comunicação e socialização, que mais
prevaleceram nos artigos estudados no que diz respeito aos objetivos e estratégias
utilizadas nos estudos.

Tabela 3 – Quadro sobre Intervenções fonoaudiologia no Transtorno do Espectro Autista.

Habilidades Objetivo Estratégias


Aumentar o interesse por outros Brinquedos de miniatura atividade seriada e
objetos. imitação diferida;
Jogo simbólico, quebra-cabeça, atividades
Estabelecer atenção
relacionadas ao cotidiano, com iniciativa do
compartilhada
Comportamento terapeuta.
Varia de acordo com a demanda de
Engajamento interesse (elemento favorito e: quebra-
cabeça).
Gerar pequenas mudanças na rotina do dia-
Mudar rotinas comportamentais
a-dia que podem proporcionar resultados
13

duradouros para auxiliar na imprevisibilidade


cotidiana.
Uso de software educacional “Baby Speak”
Melhorar comportamento
como instrumento para auxiliar na terapia,
inadequado (birra, manha)
em conjunto com a presença do responsável
pela criança
Melhorar dialogo Fantoche
Feedback auditivo e visual, para reformular a
Melhorar precisão articulatória
emissão
Sistematizar comunicação por Emissões com precisão
meio verbal
Melhorar as produções
Jogo compartilhado
comunicativas com o interlocutor
O terapeuta assume o lugar de interlocutor e
Orientar a troca de turno no
marca as falas das crianças pelo pronome
dialogo
Comunicação TU e o NOME PROPRIO da criança.
Utilizar ecolalia imediata atribuindo
Construir cadeia dialógica significado para esses recortes, como base
para o diálogo terapeuta e paciente.

Gerar pequenas mudanças na rotina


Mudar rotinas comunicativas
doméstica que favoreçam a comunicação
Utilizar jogos virtuais infantis pedagógicos
Melhorar e ampliar a atenção e como foco mediador no processo
produções orais. interacional. No qual o terapeuta, mantem-se
no papel de interlocutor produtivo.
Chamar o paciente pelo nome, utilizar de
entonação e frases curtas e simples. Utilizar
Aumentar atenção e
o recurso de alongamento vocálico em
compreensão
conjunto com a entonação no discurso

Proporcionar significado e Utilizar entonação em sua fala, para orientar


enfatizar o discurso o interlocutor e variações de altura vocal.
Atribuir significados por intermédio da
Desenvolver funções terapeuta aos objetos e as emissões da
Comunicação comunicativas e interativas criança autista. Incentivando a produção
verbal e exploração da criança, durante a
interação.
Utilização de fotos de pessoas e objetos
conhecidos pela criança para comunicação
Adequar comunicação verbal e
alternativa, brinquedos, livros, objetos de
não verbal.
interesse das crianças, quebra-cabeça e
objetos de vida diária
Estabelecimento de vínculo com a terapeuta.
Estabelecer trocas interativas
Despedir-se com beijinho. Recursos de
com a terapeuta
alongamento vocálico e entonação.
Instalar trocas de turno Fantoche
Manter atenção para o
Manutenção do contato visual
interlocutor
Socialização Ampliar habilidades de interação Utilização de brinquedos, livros, objetos de
social (manutenção do contato interesse das crianças e atividades de
visual, atenção compartilhada, contato física (cócegas). Fotos de pessoas e
engajamento nas relações objetos conhecidos pela criança para
interpessoais e contato visual). comunicação alternativa, brinquedos, livros,
objetos de interesse das crianças. Jogos
virtuais infantis pedagógicos como foco
14

mediador no processo interacional. No qual o


terapeuta, mantem-se no papel de
interlocutor produtivo. Orientação aos pais
propondo uma atenção direcionada a alguns
elementos comunicativos da criança
(atenção, intenção comunicativa e atividade
conjunta).
Beneficiar relações Utilizar a presença de terceiros (crianças,
interpessoais terapeutas estagiários, pais) dentro do
contexto da terapia.
Fonte: CRUZ; GOMES; LACERDA, 2020

A tabela 3 é um compilado de todos os assuntos estudados a respeito da


díade sociocomunicativa e comportamental. Possui o intuito de refinar os achados
das intervenções encontradas nos artigos para nortear e facilitar a compreensão.
Dessa forma dividiu-se a díade didaticamente em comportamento, comunicação e
socialização, os quais são aspectos comprometidos no autista, e traz consigo os
objetivos e estratégias encontrados para a terapia fonoaudiológica.

DISCUSSÃO

As pesquisadoras enfrentaram dificuldades na elaboração da pesquisa devido


à escassez de estudos relacionados ao assunto abordado. O que demonstra uma
necessidade grande que pesquisas desse cunho sejam realizadas com maior
frequência no campo da fonoaudiologia.
Os resultados observados apontam que a intervenção fonoaudiológica nas
habilidades de comportamento, comunicação e socialização, englobam estratégias
facilitadoras com o intuito de promover uma ampliação no desenvolvimento desses
aspectos que no TEA podem estar comprometidos.
Perante a análise de artigos verificou-se apenas um estudo que abordou
brevemente os modelos estruturados de intervenção fonoaudiológica mais utilizados
com autista, sendo eles ABA, TEACCH, PECs e integração sensorial. Demostrando
um maior número de artigos publicados relacionado a fonoterapia que não compõe
modelos sistematizados.
15

O objetivo do presente artigo foi identificar intervenções fonoaudiológicas


eficazes nas áreas de comprometimento do TEA. Foi possível observar que em
todos os artigos pesquisados foram encontrados uma diversidade de estratégias,
sendo agrupadas pelas pesquisadoras conforme demonstrado anteriormente, no
qual elencaram-se jogo simbólico, o brincar, os recursos digitais e prosódicos.
Observou-se no estudo que as intervenções diretas envolvendo recursos
manuais e digitais como computador, programas e jogos educativos, miniaturas,
quebra-cabeça, fantoches entre outros, podem ser eficazes no desenvolvimento da
criança com TEA apenas servindo como objeto mediador entre o terapeuta e a
criança, no qual o contrário não possibilita evolução para a criança. De acordo com
Delfrate et al. (2009), a interação é fundamental para desenvolvimento da
linguagem, devido a troca dialógica e a partir desse momento, que a interação
sujeito e terapeuta é fortalecida.
O brincar é um elemento chave no contexto da fonoterapia de linguagem em
crianças, visto que possibilita o desenvolvimento e a inserção da criança na língua,
dessa forma é um elemento que deve estar na intervenção (SIQUEIRA, 2012).
Fortuna (2011), reitera que as atividades lúdicas permitirão o reconhecimento e
trocas com o outro, no qual esse contexto lúdico fornece situações sem o peso de
punições, possibilitando que a criança se sinta confortável e consequentemente o
aprendizado é facilitado.
De acordo com a literatura, observa-se que a fonoterapia lúdica com
crianças dentro ou fora do espectro, viabiliza uma relação vantajosa entre os
envolvidos, visto que as técnicas mecanicistas não favorecem a relação
interpessoal. Vygotsky afirma que o papel da linguagem está atrelado com o
processo histórico-social, uma vez que a aquisição de conhecimento se dá pela
interação e trocas do sujeito com o meio, através da mediação (SIQUEIRA, 2012;
RABELLO e PASSOS, 2011).
De acordo com o presente artigo foi evidenciado que a intervenção indireta
(orientação e capacitação familiar) associado à intervenção fonoaudiológica direta,
propiciam uma evolução maior no desenvolvimento da criança com TEA. Visto que a
relação afetiva, proximidade e engajamento dos familiares com a criança, fornecem
uma ferramenta importante para o auxílio no desenvolvimento da comunicação.
16

Segundo Sugawara (2019), essas orientações familiares devem ser


específicas, relacionadas ao processo de desenvolvimento de comunicação e
linguagem, com enfoque a cada perfil individual de habilidades e dificuldades de
cada díade mãe-criança. A literatura demostra que essa orientação e capacitação
pode ser dividia em duas partes, a primeira diz respeito a busca do conhecimento
pelos pais e a segunda, os pais repassam as informações aprendidas aos demais
membros da família e colocam-se em pratica as informações obtidas (HANON e
HANON, 2017).
No trato de crianças com TEA as orientações familiares podem ser
acompanhadas de estratégias especificas, como inúmeros modelos e programas de
intervenção para a estimulação no meio em que a mesma vive. Dentre esses,
destacam-se o programa Hanen, que é direcionado aos pais de autistas,
contemplando informações para capacitação a respeito do desenvolvimento da
comunicação do autista.
O modelo educacional que envolve Comunicação Social, Regulação
Emocional e Apoio Transacional (SCERTS), é uma abordagem multidisciplinar, no
qual os pais são primordiais no processo de estimulação, pois acredita-se que a
aprendizagem ocorre no cotidiano e no contexto social. Outro modelo utilizado é o
Denver de Intervenção Precoce que pode ser aplicado em crianças com TEA de
faixa etária entre 1 a 5 anos, o mesmo envolve os pais para replicação do modelo
em outros contextos, como em casa (SUSSMAN, 2018; PRIZANT et al., 2014;
SMITH et al., 2008).
A literatura propõe que a socialização percorre pela comunicação e presença
ou ausência de trocas verbais. Perante o exposto, dentro da equipe multidisciplinar a
terapia fonoaudiológica é essencial, com finalidade de se evoluir o comportamento,
comunicação e, consequentemente, interação social (BASTOS et al., 2020).

CONCLUSÃO

No decorrer do trabalho foi constatado que por meio de intervenções diretas


e indiretas há uma maior evolução nos marcos de desenvolvimento de tais crianças,
no qual é extremamente importante capacitar e orientar os pais para visualizarem e
auxiliarem o mesmo em sua totalidade, além das limitações. Assim valida-se que a
17

formação parental é essencial na processo terapêutico da criança com TEA, de


modo à favorecer o envolvimento familiar. Importante salientar que os pais não
serão terapeutas dos filhos, mas terão o entendimento da melhor forma possível
para que ele seja um estimulador do mesmo no comportamento, linguagem e
socialização.
Constatou-se que grande parte das pesquisas evidenciadas demonstraram
que a associação da terapia lúdica com o fonoaudiólogo assumindo papel de
interlocutor, utilizando os recursos como objeto de mediação, proporciona uma
intervenção satisfatória que possibilitam evolução considerável no desenvolvimento
do sujeito com TEA.
Há diversas metodologias estruturadas para o uso com o autista, entretanto,
no estudo foi observado que as intervenções encontradas não condiziam com
métodos e modelos estruturados já existente para terapia com TEA, como por
exemplo TEACCH, PECs, ABA e Hanen, contrariando a expectativa das
pesquisadoras. Notou-se que nas publicações selecionadas para a pesquisa os
fonoaudiólogos não utilizam dessas metodologias disponíveis, no qual justifica-se os
resultados menores para tais modelos. Desse modo destaca-se a importância do
profissional associar dessas técnicas estruturadas e não estruturadas com intuito de
priorizar o desenvolvimento desse indivíduo.
Perante o exposto, verificou-se que há números reduzidos de artigos e
similaridades de abordagens nas intervenções com TEA direcionadas aos aspectos
da díade sociocomunicativa e comportamental. A partir daí, é importante mais
publicações da fonoaudiologia nessa área demostrando a intervenção
fonoaudiológica no TEA e seus benefícios.

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