Trabalho Psicologia Social
Trabalho Psicologia Social
Trabalho Psicologia Social
PSICOLOGIA SOCIAL:
LAR ESCOLA DA CRIANÇA DE MARINGÁ
MARINGÁ - PR
2019
DANIELA LONARDONI ALVES
FERNANDA LETICIA NASATO
JESSICA CAROLINE DE OLIVEIRA SOUZA
KATLYN ISABELA DOS SANTOS ALVES
PALOMA BEZERRA MACHADO
RAFAELA CHRISTI ANE MANO DE ASSIS
VITTOR HUGO SANTOS
PSICOLOGIA SOCIAL:
LAR ESCOLA DA CRIANÇA DE MARINGÁ
MARINGÁ - PR
2019
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO..................................................................................................................
2 – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO.......................................................
3 – CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DA INSTITUIÇÃO.....................................................
4 – OBJETIVOS INSTITUCIONAIS.....................................................................................
5 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................
6 – ENTREVISTA E DESCRIÇÃO DO TRABALHO DO PSICÓLOGO SOCIAL NO LAR
ESCOLA DA CRIANÇA DE MARINGÁ..............................................................................
7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................
REFERÊNCIAS........................................................................................................................
1 – INTRODUÇÃO
2.2 – Endereço:
Rua Martin Afonso, 1441, Jardim Novo Horizonte, Maringá, Paraná
O Lar Escola da Criança de Maringá, conta com ajuda de vários recursos para manter
a instituição ativa. Dentre desses recursos existem as parcerias públicas junto com a Prefeitura
de Maringá, as parcerias privadas que englobam algumas empresas e grupos da cidade, e os
recursos próprios, que são as arrecadações e promoções que o LECM promove para ajudar
nas despesas da instituição.
Dentre as parcerias públicas estão, o Serviço de convivência e fortalecimento de
vínculos (SCFV) em que a prefeitura anualmente abre vagas para destinação de recursos para
as instituições da cidade através de um edital. Onde o LECM apresenta um projeto
especificando como será usado todo recurso que repassado pela prefeitura para instituição. O
LECM deve usar o dinheiro desse recurso conforme o projeto apresentado pela instituição,
prestando contas trimestralmente à prefeitura. O Projeto Aprendizagem, que segue o mesmo
padrão do SCFV, porém, os recursos são usados para os jovens aprendizes que são
financiados pela prefeitura. O Fundo para Infância e Adolescência (FIA), que é um fundo
composto pela destinação de parte do imposto de renda devido por pessoas físicas ou
jurídicas, além de doações voluntárias e de recursos públicos, e são repassados para as
instituições cadastradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
(CMDCA).
Já as parcerias privadas são, o Nota Paraná onde as notas fiscais sem CPF são doadas
para a instituição, através de vários pontos de arrecadação deixados em supermercados,
farmácias e outros estabelecimentos na cidade. O Coca cola – FEMSA, é uma parceria entre o
LECM e a Coca-Cola de Maringá, onde a empresa patrocina o projeto Protagonismos em
Movimento, no qual uma quantidade de adolescentes frequentam o LECM uma vez por
semana, para se prepararem para o mercado de trabalho. O Bazar da Receita Federal, feito a
cada cinco anos no LECM, em que a arrecadação dos recursos fica direto com a instituição. E
o Grupo de voluntarias amigas, onde um grupo de senhorinhas vão até o LECM toda terça-
feira para produzir toalhas de mesa e artesanatos para que no fim do mês, aconteça um bingo
aberto para a comunidade e assim a arrecadação de recursos para a instituição.
Por fim, os recursos próprios, que são as promoções, eventos e projetos que a
instituição promove para a arrecadação financeira sem vínculo com outras entidades, assim
todo o dinheiro arrecadado entra diretamente para o LECM. Sendo eles, o Projeto acreditando
no futuro, em que as pessoas da comunidade se comprometem em ajudar o LECM com uma
quantia de dinheiro mensal durante um determinado tempo. O Projeto bazar do LECM no
qual as doações da comunidade são vendidas em bazar feito pela instituição. O Projeto
tecendo cidadania, que são as vendas de roupas feitas através do curso de Corte e Costura que
é dado dentro LECM. As doações pessoa física e jurídica, feitas diretamente ao LECM. A
receita com horta onde o LECM vende as verduras que produzem em sua horta para a
comunidade. E eventos, como almoços, bingos, churrascadas que a instituição promove para
arrecadação de recursos.
O Lar Escola da Criança de Maringá foi fundado pelo Clube da Amizade de Maringá
em 04 outubro de 1959, iniciando suas atividades em 10 de maio de 1963. Na época,
destinava-se a abrigar crianças abandonadas e órfãs em regime de internato. Em 14 de março
de 1973, a administração do Lar Escola foi confiada às Irmãs Murialdinas de São José, que
têm como carisma específico o atendimento às crianças, adolescentes e jovens. Em 1990, com
a criação da Lei n.º 8.069 de 13 de julho, Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA – tanto
o Regimento Interno como o Estatuto da Organização são modificados projetando um
atendimento mais qualificado de acordo com as novas diretrizes.
5 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Marx (1988), o meio de trabalho é uma coisa ou um conjunto de coisas que o
homem interpõe entre ele e o objeto do seu trabalho, como condutor da sua ação. No caso, o
psicólogo que atua no meio assistencial usará diversos meios e objetos para atender e sanar a
demanda de seu território, sendo uma ponte que liga o usuário aos seus direitos. Em suas
atribuições dentro da unidade estão:
1. Acolhimento;
2. Realizar escuta qualificada com intuito de compreender a dinâmica da família e
principais necessidades;
3. Encaminhamentos para SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos)
a crianças, adolescentes e idosos, que tem como objetivo:
5. Liberação de vale-transporte;
6. Realiza procedimentos de recurso do Programa Bolsa Família;
7. Participa ativamente de reuniões de rede para discussão de casos;
8. Realiza grupos dentro da unidade com os usuários para orientação ou realização de
projetos. Os grupos podem ter públicos variados de acordo com a demanda da
unidade, geralmente são realizados com gestantes, idosos, pessoas em situações de
risco e famílias do PAIF, podendo ser feito com outros públicos de acordo com a
demanda. Seu principal objetivo é orientar e abordar questões referentes à autonomia
pessoal, programas de políticas públicas ou palestras de temas variados de acordo com
o público-alvo;
9. Realiza visita domiciliar para acompanhamento das famílias;
10. Encaminhamento para unidades terapêuticas;
11. Desenvolver atividades socioeducativas;
12. Encaminhamentos para cursos oferecidos pelo município/estado.
5.3.1 – Instituições Sociais de atendimento a crianças e adolescentes
Sendo assim, conseguimos entender que uma Instituição Social se trabalha junto com
o campo psicossocial, dirigindo-se ao atendimento de necessidades sociais e pessoais de
coletivos e de indivíduos, sobretudo quando realizado no âmbito público, sendo ela com
pessoas idosas, moradores de rua ou crianças abandonadas. Essas Instituições podem ser de
caráter particular, religioso ou em unidade com a prefeitura da cidade em que ela atua.
Dentre essas instituições existem aquelas que realizam o atendimento a crianças e
adolescentes oferecendo atividades no período do contra turno escolar. Em Maringá, por
exemplo, temos o Lar Escola, e as Creches Menino Jesus e Vó Dita. Esse modelo de
instituição oferece atividades de aprendizagem profissional, reforço nos estudos e até mesmo
encaminhamento para estágios em grandes empresas de Maringá, para as crianças e
adolescentes que são atendidas por elas. Desta forma, crianças as quais os pais trabalham um
dia inteiro e não tem onde deixá-las, ou até mesmo crianças de família em situação de
vulnerabilidade social ou baixa renda, tem a oportunidade de aprender novas atividades,
estarem em um local seguro e assim visarem um futuro melhor.
O psicólogo social atuante em instituições que seguem o modelo citado nessa pesquisa
– o Lar Escola da Criança de Maringá – deve evitar o uso do reducionismo para a realização
do seu trabalho e intervenção, a “realidade psíquica” se produz no contexto sócio histórico,
político, ideológico e cultural mais amplo da produção coletiva da vida social.
Segundo Vasconcelos (2008), os processos grupais e institucionais, as relações e a
cultura de gênero, as formas de interação com o meio ambiente, bem como os processos
coletivos e culturais mais amplos da sociedade mesmo políticos, são “inteiramente
atravessados por processos subjetivos e psicológicos, e o desvelamento desses processos é
fundamental para qualquer perspectiva emancipatória” (VASCONCELOS, 2008, p.144).
O psicólogo social tem como finalidade promover melhoras ao sujeito em relação a
seus direitos e deveres, valorizando seus aspectos saudáveis, junto a família e comunidade. O
método adotado pelo psicólogo visa a orientação social do indivíduo tanto em comunidade,
convívio social e familiar. Baseia-se no acolhimento do indivíduo e na escuta, tendo por
objetivo a melhor compreensão, conceitualização e a intervenção nos processos de melhoria
do estado psicológico geral dos indivíduos.
A atuação do psicólogo em instituições sociais como o Lar Escola, tem como
característica “manter o foco na fala do grupo, apoiar os participantes que se sentem
desconfortáveis, mediar conflitos e promover sentimentos positivos” (BECHELLI; SANTOS,
2005, p.96) que venham a auxiliar em seus processos interpessoais através de seus
comportamentos e reações, facilitando a tomada de decisão e certo controle sobre os medos e
ansiedades que porventura possam surgir na dinâmica grupal.
A atividade do psicólogo nessa área requer comprometimento e está relacionado com
os métodos. Assume-se o papel de acolhimento das crianças e do adolescente, junto a família,
realizando-se entrevistas com ambos para observar e entender o caso em que está inserido tal
indivíduo. A partir disso é montado um cronograma, convidando a criança a participar de
atividades sociais dentro da instituição relacionada, como na biblioteca, ou em sala de
informática para que jovens e adolescentes da comunidade realizassem pesquisas, atividades
educativas e acadêmicas, visando a interação social entre eles e a melhora da sua pisco
higiene. Dentro dessas atividades também são proporcionadas atividades lúdicas,
brincadeiras, recursos audiovisuais e rodas de conversa, em busca de proporcionar interação
do grupo.
6 – ENTREVISTA E DESCRIÇÃO DO TRABALHO DO PSICÓLOGO SOCIAL NO
LAR ESCOLA DA CRIANÇA DE MARINGÁ
1
O Serviço de Convivência e Fortalecimento dos Vínculos (SCFV) complementa o trabalho social com famílias
ofertado pelo Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF), e, pelo Serviço de Proteção e
Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI) da Proteção Social Básica do Sistema Único de
Assistência Social (SUAS). <http://mds.gov.br/acesso-a-informacao/mds-pra-voce/carta-de-servicos/gestor/
assistencia-social/basica-4>. Acesso em: 04 nov 19.
As atividades propostas pela psicóloga entrevistada são dinâmicas e brincadeiras
lúdicas em grupos, onde ela busca associa-las a questões de valores sociais, como os direitos
que eles possuem, como por exemplo, nos serviços públicos, nas escolas, no acesso ao lazer e
cultura, e quais são os seus deveres em contrapartida.
Para organizar suas atividades, a psicóloga segue os eixos obrigatórios do SCFV, que
são:
1. Infância, adolescência e cultura;
2. Infância, adolescência e saúde;
3. Infância, adolescência e direitos humanos e sócio culturais.
BECHELLI, Luiz Paulo de C.; SANTOS, Manuel Antonio dos. O terapeuta na psicoterapia
de grupo. Rev. Latino-Am. Enfermagem v. 13 nº 2. Ribeirão Preto mar./abr. 2005.
BOCK, Ana Mercês. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo:
Saraiva S. A, 2009.
BOTARELLI, Adalberto. O psicólogo nas políticas de proteção social: uma análise dos
sentidos e da práxis. Tese de doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São
Paulo, 2008.
LANE, Silvia. Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1984.
MARX, Karl. O Capital. Vol. 2. 3ª edição, São Paulo, Nova Cultural, 1988.