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ATENDENTE DE FARMÁCIA
MESA DIRETORA
Ficha Técnica
Ebook - Atendente de Farmácia
Autor: Renata Lima
Revisão Pedagógica e EAD: Professora Msc. Victória Corrêa Fortes
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................4
UNIDADE I.........................................................................................5
Conhecimentos Gerais sobre Farmácia............................................5
Conceito de Farmácia..........................................................................5
Conhecendo os medicamentos e suas especificidades;.................6
Diferença entre Fármaco, medicamento e droga;..........................8
Formas Farmacêuticas........................................................................9
Classe medicamentosa;......................................................................10
UNIDADE II........................................................................................14
Procedimentos e Organização de uma Farmácia............................14
Praticas Farmacêuticas em drogarias...............................................14
Armazenamento correto dos medicamentos e insumos;..............14
Organização e logística de uma Farmácia;.......................................16
Biossegurança;.....................................................................................17
Descarte de Resíduos..........................................................................18
UNIDADE III.......................................................................................22
Atendimento e postura profissional.................................................22
Qualidade no atendimento;...............................................................22
Postura profissional;...........................................................................23
Ética no ambiente de saúde;..............................................................23
Qualificações para um Atendente;....................................................24
Importância do trabalho em equipe;................................................24
UNIDADE IV.......................................................................................27
Conceitos Básicos Farmacêuticos......................................................27
Atendimento com orientações básicas ao paciente;......................27
Perigo da automedicação;..................................................................28
Uso e venda racional de medicamentos;..........................................29
Entender as prescrições médicas;.....................................................30
Vias de Administração;........................................................................37
Técnica básica de um cálculo farmacêutico;....................................44
Dispensação de medicamentos.........................................................49
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................52
REFERÊNCIAS....................................................................................53
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
INTRODUÇÃO
Atualmente ouve-se falar constantemente em um grande crescimento na
indústria e comercio farmacêutico. Observam-se esforços destas organizações
em oferecer serviços diferenciados e personalizados, garantindo a fidelidade e a
atração de clientes no mercado de consumidor, ou mesmo atraindo clientes da
concorrência. Nesse sentido, torna-se necessário que as organizações adotem
sistemas que assegurem a qualidade da prestação de serviços, profissionais
qualificados, sob pena de perderem competitividade e, consequentemente, fatia
de mercado.
Quem irá ministra o curso é nossa professora Renata Pereira Lima do Nascimento,
farmacêutica e bioquímica, formada pela Faculdade Cathedral no ano de 2012.
Já ministrou vários cursos na área da saúde pela instituição SENAC, incluindo
balconista de farmácia.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
UNIDADE I
Conceito de Farmácia
A Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar
assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e
coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos
magistrais, ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos
farmacêuticos e correlatos.
As farmácias serão classificadas segundo sua natureza como:
a) Não tarjados
Os não tarjados ou Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) apresentam
poucos efeitos colaterais ou contra-indicações, desde que usados corretamente
e sem abusos, por isso podem ser dispensados sem a prescrição médica. Os MIPs
são utilizados para o tratamento de sintomas ou males menores (resfriados, azia,
má digestão, dor de dente, etc.).
É importante ressaltar que esses produtos estão isentos de prescrição
médica, porque a instância sanitária reguladora federal considerou que suas
características de toxicidade apontam para inocuidade ou são significativamente
pequenas. Porém, a utilização deve ser feita dentro de um conceito de
automedicação responsável.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
Formas Farmacêuticas
As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração
de medicamentos a pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições
especiais, e para permitir seu melhor aproveitamento. Para uma criança, por
exemplo, é melhor engolir gotas em um pouco de água do que um comprimido.
Além disso, a forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai
ser utilizada, isto é, a porta de entrada do medicamento no corpo da pessoa, que
pode ser, por via oral, retal, intravenosa, tópica, vaginal, nasal, entre outras.
Cada via de administração é indicada para uma situação específica, e
apresenta vantagens e desvantagens. Sabemos, por exemplo, que uma injeção é
sempre incômoda e muitas vezes dolorosa. No entanto, seu efeito é mais rápido.
Lembre-se que não é apenas a forma do medicamento que é importante, a
sua via de administração também deverá ser escolhida pelo médico, no ato da
prescrição. No quadro abaixo estão relacionadas as vias de administração e as
principais formas farmacêuticas existentes.
Classe medicamentosa;
Um medicamento pode ser classificado pela função química do princípio
ativo ou pelo modo como é usado para tratar uma condição particular. Cada
droga pode ser classificada em uma ou mais classes terapêuticas.
- Medicamentos antiácidos
São medicamentos que neutralizam o ácido clorídrico, reduzindo
a acidez do suco gástrico. Esses medicamentos removem a dor e a azia - as
manifestações mais comuns de doenças do canal digestivo. Para fins médicos,
antiácidos são usados há
mais de um século. Exemplos: sonrisal, cimetidina.
- Medicamentos Antissecretores gástricos
São medicamentos que causam a inibição de secreção gástrica de forma
indireta. Temos como exemplo: omeprazol, pantoprazol, ranitidina.
- Medicamentos antiarrítmicos
Os antiarrítmicos são medicamentos utilizados no tratamento sintomático
e preventivo da deterioração da função cardíaca devido à taquicardia e ritmo
irregular. Sua função é modificar o automatismo, os períodos refratários e a
velocidade de condução das células cardíacas.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
- Medicamentos antibióticos
Os antibióticos são medicamentos de origem natural ou sintética que
inibem o crescimento ou causam a morte de bactérias. Exemplos: azitromicina,
amoxacilina, neomicina, cefalexina.
- Medicamentos anticoagulantes
Os anticoagulantes são medicamentos que impedem a formação de coágulos
no sangue, porque bloqueiam a ação de substâncias que promovem a coagulação.
- Medicamentos antieméticos
Os medicamentos antieméticos são tipos de produtos químicos que ajudam
a aliviar os sintomas de náusea ou vômito. Os medicamentos antieméticos
também podem ser usados para tratar náuseas e vômitos causados por outros
medicamentos, enjoo frequente de movimento, infecções ou gripe estomacal.
Exemplos: plasil, dramin.
- Medicamentos antifúngicos
Um antifúngico ou antimicótico é uma medicação fungicida ou fungistático
farmacêutica utilizada para tratar e prevenir micoses como pé de atleta,
dermatofitoses, candidíase, infecções sistémicas como meningite por Cryptococcus
spp e outros. Exemplos: fluconazol, tolmicol, miconazol.
- Medicamentos antivirais
São um grupo de medicamentos que combatem ou controlam doenças virais.
Exemplos: aciclovir, zovirax, tamiflu, ganciclovir.
- Medicamentos antiparasitários
São um grupo de medicamentos que combatem ou controlam doenças
parasitárias ou verminoses. Exemplos: metronidazol, albendazol, mebendazol.
- Medicamentos anti-hipertensivos
O medicamento anti-hipertensivo é definido como qualquer substância
ou procedimento usado para reduzir a pressão arterial. Assim sendo, os
medicamentos anti-hipertensivos são um grupo de drogas exclusivas para a
hipertensão. Exemplos: captopril, atensina, nifedipino, verapamil, enalapril.
- Medicamentos laxantes
São medicamentos que auxiliam no alívio da constipação. Exemplos: óleo
mineral, leite de magnésia..
- Medicamentos antidiarreicos
São medicamentos que auxiliam no controle e alívio da diarreia, diminuindo
a motilidade intestinal. Exemplos: imosec, floratil.
- Medicamentos anti-histamínicos
As Gerações dos Anti-Histamínicos. Existem dois tipos principais de anti-
histamínicos que incluem: Primeira geração: são remédios, como Hidroxizina ou
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- Medicamentos anti-inflamatórios
Os anti-inflamatórios são remédios que diminuem a produção de substância
inflamatórias no corpo, sendo normalmente indicados para o tratamento de
vários tipos de dor, como dor de garganta, cólicas menstruais ou dor de cabeça,
por exemplo, além de poderem ser usados para baixar a febre. Exemplos:
ibuprofeno, nimesulida.
- Medicamentos expectorantes
São medicações usadas no alívio da tosse, pois causam a liquefação do muco
nos brônquios facilitando a expulsão do sistema respiratório. Exemplos: fluimucil,
carbocisteína, bromelin.
- Medicamentos broncodilatadores
Os broncodilatadores são medicamentos que atuam nos brônquios,
ajudando no relaxamento e, consequentemente, auxiliando o aumento do calibre
das vias respiratórias. Com isso causam a dilatação dos brônquios, causando
melhor troca gasosa, melhorando assim a oxigenação dos tecidos. Exemplos:
aerolin, aminofilina, teofilina, atrovent, berotec.
- Medicamentos corticoides
Corticoides, como conhecemos, são uma classe de medicamentos de
ação anti-inflamatória e imunossupressora - ou seja, usada para suprimir os
mecanismos de defesa do corpo, um procedimento necessário para a realização
de transplantes e enxertos, por exemplo. Este medicamento é confeccionado a
partir de um hormônio produzido pelo nosso corpo chamado de cortisol, que
é produzido nas glândulas suprarrenais. O corticoide, portanto, é um derivado
sintético deste hormônio, com o mesmo núcleo, mas a estrutura dele é modificada
para potencializar a sua ação e função no organismo.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
- Medicamentos Hipoglicemiantes
São medicamentos usados no controle e regulação da glicemia. Exemplos:
glifage, glibenclamida, metformina, insulina regular, insulina NPH.
- Medicamentos diuréticos
Os diuréticos são medicamentos que aumentam o volume de urina produzida,
por aumentarem a excreção de água pelos rins em resposta a um aumento da
eliminação de sal ou diminuição da sua reabsorção nos túbulos renais. Exemplos:
hidrocloratiazida, furosemida.
Com tantas classes de medicamentos fica claro a importância de um
profissional acompanhando seu uso correto, este profissional da saúde é
capacitado orientar os pacientes, principalmente com o intuito de educar e
instruir sobre todos os aspectos relacionados ao medicamento, o que
colabora evitando erros de automedicação.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
UNIDADE II
Biossegurança;
De acordo com a Anvisa, a biossegurança é um conjunto de ações e medidas
que visam a prevenção, redução, controle e a eliminação de riscos em relação
às atividades profissionais que podem comprometer a saúde humana, do meio
ambiente e também dos animais.
Ou seja, a biossegurança é uma medida imprescindível nos locais de trabalho
que envolvem contato com substâncias, medicamentos e microrganismos de
risco, como é o caso das farmácias.
Sobretudo, é importante ressaltar que a biossegurança em farmácias vai para
além da saúde física dos colaboradores, mas atravessa os impactos ambientais e
suas implicações na saúde pública.
No ambiente de trabalho podem ser encontrados vários tipos de riscos
que devem ser cuidadosamente avaliados a fim de que se adotem medidas
preventivas adequadas:
- Riscos de acidentes (qualquer fator que possa afetar integridade, bem-estar
físico ou moral. Ex.: explosão);
- Riscos ergonômicos (fatores que causam desconforto ou afetam a saúde.
Ex.: atividades repetitivas e/ou monótonas);
- Riscos físicos (ruído, vibração, pressão/temperatura anormal, radiação não
ionizante, etc.);
- Riscos químicos (poeiras, fumos, névoas, gases, vapores que possam
penetrar no organismo pela pele ou por ingestão);
- Riscos biológicos (bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros agentes
causadores de doenças).
Em relação aos profissionais e colaboradores que trabalham diariamente no
setor de farmácias, a biossegurança está ligada às condições em que o profissional
está inserido.
Ou seja, as instalações, os laboratórios, os tipos de medicamentos ao qual
cada profissional está exposto e de que forma se dá a postura e o manuseio
dessas substâncias e equipamentos.
A biossegurança deve estar presente em todos os processos instituídos
nas farmácias, desde a adequação de instalações, aos cuidados no manejo de
medicamentos, a organização deles, armazenamento e exposição das substâncias
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
Descarte de Resíduos.
Os resíduos de drogarias ou farmácias podem ser interpretados como um
produto residual, não utilizável, resultante de procedimentos ou atividades
exercidas por prestadores de serviços de saúde. A Agência nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) dispõe de um plano de Gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde que apresenta como os resíduos farmacêuticos e hospitalares devem
ser tratados e classificados.
As suas classificações podem ser feitas em cinco grupos diferentes:
- Grupo A – São considerados os infectantes ou Biológicos. Contam com a
possível presença de agentes biológicos, que podem apresentar riscos de infecção.
- Grupo B – Podem ser considerados os resíduos que contém substâncias
químicas e que podem apresentar riscos à saúde ou ao meio ambiente. Contém
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
Se adequam a categoria produtos hormonais, antimicrobianos, citostáticos,
antineoplasticos, imunossupressores, digitálicos, imunomoduladores, anti-
retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias
e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos
farmacêuticos dos medicamentos controlados pela portaria MS 344/98 e suas
atualizações.
Também fazem parte do grupo resíduos saneantes, desinfetantes,
desinfestantes, reagentes para laboratório, dentre outros.
- Grupo C – São quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que
contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção
especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou
não prevista. São considerados resíduos radioativos.
- Grupo D – Resíduos comuns que não apresentam riscos biológicos, químicos
ou radiológicos. Podem ser equiparados aos resíduos domiciliares, como papel de
uso sanitário, fralda, resto alimentar, resíduos de áreas administrativas, equipo
de soro e similares.
- Grupo E – Materiais perfurantes ou escarificantes como lâminas, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, tubos capilares, utensílios de vidro quebrados e
similares.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
em geral.
É válido salientar que, para realizar o processo de forma regular e segura, é
importante a presença de uma empresa especializada e licenciada pelos órgãos
ambientais e de saúde para cumprir com segurança todo o processo.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
UNIDADE III
Qualidade no atendimento;
Postura profissional;
metas comuns, e seja almejado o mesmo resultado. Não pode haver equipes
sem objetivos e metas de desempenho. Afinal as equipes estão para melhorar a
eficácia organizacional.
Não se trata de uma novidade para aproximar pessoas e aprimorar o clima
da empresa. Embora isto deva ocorrer, não é o seu objetivo principal. As equipes
se alinham as grandes metas organizacionais, as macro-estratégias e a visão das
equipes. Mas cada uma deve construir sua própria visão, com valores e crenças
que todo compartilhem. Deve ter sua missão dentro de um escopo mais amplo,
universal, de forma a não limitar suas ações e a criatividade necessária para
inovar.
A corrente funcionalista explica muito bem a idéia de trabalhar em equipe.
Para esta corrente, cada integrante (parte) possui uma função, é todos juntos
fazem com que esse grupo (todo) funcione em harmonia. Fazendo uma analogia
com o corpo humano, cada órgão tem a sua tarefa, mas se um órgão para de
funcionar adequadamente, prejudicará a harmonia existente no corpo, ocorrendo
um desequilíbrio em todo o sistema.
Pode-se observar que para trabalhar em equipe ocorre a interdependência
entre os integrantes, sendo importante a confiança e um bom relacionamento
interpessoal. Sem competências individuais bem distribuídas, basta uma maçã
estragada para arruinar o trabalho da equipe.
Neste trabalho, é fundamental que todos os integrantes tenham ética, pois irá
garantir comportamentos de respeito e solidariedade, atribuindo qualidade aos
relacionamentos. Além disso, é preciso, que o grupo cultive a prática do diálogo
como forma de propiciar a interação de pessoas de pensamentos diferentes, a
aprendizagem coletiva, o crescimento individual e a circulação do conhecimento.
Vale ressaltar que a cooperação é um outro item de grande valor neste
trabalho. A cooperação tem que substituir a competição interna. Conflito sim, pois
provoca crescimento entre as pessoas diferentes, pela prática do melhor diálogo,
mas confronto não porque estabelece pela discussão a derrota de um para que
o outro saia vitorioso. A solidariedade e a coesão também tem um grande valor
no trabalho em equipe, pois quanto mais coeso, mais os integrantes se sentem
fortemente ligados a ele, provavelmente não violarão suas regras.
É importante ressaltar que a submissão não pode paralisar a criatividade
e a inovação, limitando o desempenho da equipe. Todo grupo é composto por
diferentes indivíduos, sendo importante estar consciente das diversas maneiras
como influenciamos e distorcemos as informações sobre o outro e o ambiente
que nos cerca. Por isso é fundamental ter a capacidade de se colocar no lugar
do outro, facilitando a compreensão das suas atitudes, dificuldades e desejos
(empatia). A equipe será mais produtiva quanto mais inteligente for, quanto
melhor tiver consciência de suas emoções e souber lidar com elas.
Qual é a importância em trabalhar em equipes?
Em primeiro lugar, elas rompem a rigidez hierárquica das empresas
baseadas em compartimentos, facilitando o processo de comunicação
interna; as equipes reúnem conhecimentos de várias áreas, aproximando
pessoas diferentes, proporcionando a todas crescimento; através do grupo, o
conhecimento flui melhor, e para que haja um bom fluxo, o conhecimento tem
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
que rolar para encontrar outro e produzir um terceiro (só assim há inovação); o
trabalho em equipe proporciona o despertar do líder que há em cada pessoa,
criando oportunidades de exercício da liderança; e por fim neste trabalho gera
comprometimento, cooperação, aprendizagem e transformação.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
UNIDADE IV
Perigo da automedicação;
A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de
alguns sintomas pode trazer conseqüências mais graves do que se imagina.
O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento
de uma doença, uma vez que sua utilização inadequada pode esconder
determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre
redobrada, pois o uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da
resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
Vias de Administração;
Conhecer as principais vias de administração de medicamentos e quando cada
uma é recomendada é uma tarefa muito importante. Isso porque a administração
correta de medicamentos promove uma melhor assistência ao paciente, causando
menos danos a sua saúde e, principalmente, garantindo o seu bem-estar.
Os medicamentos são introduzidos no corpo por diversas vias. Eles podem ser
• Aplicados nos olhos (por via ocular) ou ouvido (por via otológica)
• Inalados pelo nariz e absorvidos através das membranas nasais (via nasal)
• Aplicados sob a pele (via cutânea) para um efeito local (tópico) ou em todo
o corpo (sistêmico)
Alguns medicamentos administrados por via oral irritam o trato digestivo. Por
exemplo, a aspirina e a maioria dos outros medicamentos anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs) podem danificar o revestimento do estômago e do intestino
delgado, podendo causar úlceras ou agravar úlceras preexistentes. Outros
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
Vias injetáveis
A administração por injeção (administração parenteral) inclui as seguintes
vias:
Para a via intratecal, insere-se uma agulha entre duas vértebras na parte inferior
da coluna vertebral dentro do espaço ao redor da medula espinhal. Neste caso,
o medicamento é injetado no canal medular. Frequentemente é utilizada uma
pequena quantidade de anestésico local para tornar a zona da injeção insensível.
Essa via é utilizada quando é necessário que um medicamento produza um
efeito rápido ou local no cérebro, medula espinhal ou tecido que os envolvem
(meninges) — por exemplo, para tratar infecções nessas estruturas. Algumas
vezes, anestésicos e analgésicos (como morfina) são administrados dessa
maneira.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
Via retal
Muitos dos medicamentos que são administrados por via oral também podem
ser administrados por via retal em forma de supositório. Nesse formato, o
medicamento é misturado com uma substância cerosa, que se dissolve ou
liquefaz depois de ter sido introduzida no reto. A absorção do medicamento
é rápida, uma vez que o revestimento do reto é fino e a irrigação sanguínea é
abundante. Prescrevem-se supositórios quando alguém não pode tomar um
medicamento por via oral devido a náuseas, impossibilidade de deglutir ou
restrições alimentares, como acontece antes e depois de muitas intervenções
cirúrgicas. Os medicamentos que podem ser administrados por via retal
incluem acetaminofeno (para a febre), diazepam (para convulsões) e laxantes
(para a constipação). Medicamentos que são irritantes em forma de supositório
geralmente precisam ser administrados por injeção.
Via vaginal
Alguns medicamentos podem ser administrados a mulheres por via vaginal na
forma de solução, comprimido, creme, gel, supositório ou anel. O medicamento
é lentamente absorvido pela parede vaginal. Esta via é usada com frequência
para administrar estrogênio a mulheres durante a menopausa para aliviar
sintomas vaginais, como secura, dor e vermelhidão.
Via ocular
Os medicamentos utilizados para tratar os problemas oculares (como glaucoma,
conjuntivite e lesões) podem ser misturados com substâncias inativas para
produção de um líquido, gel ou pomada para serem aplicados no olho. Colírios
em forma líquida são de uso relativamente fácil, mas podem sair dos olhos
muito rapidamente, impedindo uma boa absorção. Fórmulas em gel e pomada
mantêm o medicamento em contato com a superfície do olho durante mais
tempo, mas podem embaçar a visão. Também estão disponíveis apresentações
sólidas para inserção ocular, que liberam o medicamento de forma contínua e
lenta, mas esses produtos podem ser de difícil aplicação e manutenção no local
exato.
Via otológica
Medicamentos usados para tratar inflamação e infecção de ouvido podem ser
aplicados diretamente nos ouvidos afetados. Gotas para ouvidos contendo
soluções ou suspensões são tipicamente aplicadas apenas no canal auricular
externo. Antes de aplicar gotas para ouvidos, as pessoas devem limpar
cuidadosamente os ouvidos com um pano úmido e secá-los. A menos que os
medicamentos sejam utilizados por um longo período ou utilizados em excesso,
uma pequena quantidade de medicamento entra na corrente sanguínea, logo,
os efeitos colaterais generalizados são ausentes ou mínimos. Os medicamentos
que podem ser administrados por via otológica incluem hidrocortisona (para
aliviar a inflamação), ciprofloxacino (para tratar infecção), e benzocaína (para
insensibilizar os ouvidos).
Via nasal
Caso um medicamento deva ser inalado e absorvido através da fina membrana
mucosa que reveste as fossas nasais, ele precisa ser transformado em pequenas
gotículas no ar (atomizado). Uma vez absorvido, o medicamento entra na
corrente sanguínea. Medicamentos administrados por essa via costumam
atuar rapidamente. Alguns deles irritam as vias nasais. Os medicamentos que
podem ser administrados por via nasal incluem nicotina (para deixar de fumar),
calcitonina (para osteoporose), sumatriptana (para enxaqueca) e corticosteroides
(para alergias).
Via inalatória
Os medicamentos administrados por inalação pela boca devem ser atomizados
em partículas menores do que os administrados por via nasal, para que seja
possível que o medicamento passe pela traqueia e entre nos pulmões. A
profundidade atingida pelo medicamento nos pulmões depende do tamanho
das gotículas. Gotículas menores alcançam maior profundidade, o que aumenta
a quantidade de medicamento absorvido. No interior dos pulmões, elas são
absorvidas e entram na corrente sanguínea.
Via cutânea
Os medicamentos aplicados na pele geralmente são utilizados por seus
efeitos locais e, assim, são mais comumente usados no tratamento de
distúrbios da pele superficiais, como psoríase, eczema, infecções de pele
(virais, bacterianas e fúngicas), prurido e pele seca. O medicamento é misturado
com substâncias inativas. Dependendo da consistência dessas substâncias
inativas, a formulação pode ser uma pomada, um creme, uma loção, uma
solução, um pó ou um gel (veja Preparados tópicos).
Via transdérmica
Alguns medicamentos são disponibilizados no corpo todo através de um
adesivo sobre a pele. Algumas vezes, esses medicamentos são misturados a
uma substância química (como o álcool) que intensifica a penetração pela pele
e entrada na corrente sanguínea sem uso de injeções. Através de um adesivo, o
medicamento pode ser administrado lentamente e de forma constante, durante
muitas horas, dias ou até mesmo mais tempo. Como resultado, os níveis do
medicamento no sangue podem ser mantidos relativamente constantes. Os
adesivos são particularmente úteis no caso de medicamentos que o organismo
elimina com rapidez, pois, se os mesmos fossem administrados de outras
formas, teriam de ser tomados frequentemente. No entanto, os adesivos podem
irritar a pele de algumas pessoas. Além disso, os adesivos são limitados pela
rapidez com que o medicamento pode atravessar a pele. Apenas medicamentos
que devem ser administrados em doses diárias relativamente baixas podem
ser administrados através de adesivos. Exemplos desses medicamentos são:
nitroglicerina (para dor torácica), escopolamina (para enjoo do movimento),
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
Dispensação de medicamentos.
A dispensação deve ser entendida como integrante do processo de atenção ao
paciente, ou seja, como uma atividade realizada por um profissional da saúde,
com foco na prevenção e promoção da saúde, tendo o medicamento como
instrumento de ação.
Neste ato, deve informar e orientar o paciente sobre o uso adequado do
medicamento. Além disso, é nesse momento que o profissional conversa com o
usuário e pode desenvolver outras ações relacionadas à saúde do paciente.
Ainda que seja um procedimento simples, a dispensação deve respeitar algumas
etapas, a fim de garantir que tudo corra da melhor maneira possível. Abaixo,
vamos descrever cada uma dessas etapas.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
1º passo: ACOLHIMENTO
O acolhimento é essencial para um bom atendimento. Segundo o Ministério da
Saúde, acolher significa “um modo de operar os processos de trabalho em saúde,
de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus
pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar
respostas mais adequadas aos usuários”.
Portanto, para acolher é necessário prestar um atendimento com resolutividade
e responsabilização. Deve demonstrar respeito e interesse por todos os pacientes
que chegam ao balcão de atendimento. Adote um tom de voz adequado e
encaminhe o paciente para um local mais tranquilo se necessário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O mercado de trabalho para atendentes de farmácia é bastante promissor.
Muitos profissionais começam suas carreiras nessas funções e chegam a ocupar
cargos de gerentes e farmacêuticos. Tudo isso dependerá apenas do seu esforço
e dedicação.
Mantenha-se atualizado sobre o mercado, estude, se dedique e a
possibilidade de desenvolver um plano de carreira será alta. Além disso, algumas
farmácias e drogarias costumam dividir os atendentes em funções como júnior,
pleno e sênior. Assim, podendo chegar até mesmo a gerência do estabelecimento.
A profissão de atendente de farmácia ou balconista está em constante crescimento
e é uma ótima oportunidade para iniciar sua vida profissional. Com esse curso,
sua dedicação e constante atualização não faltará vaga de emprego e crescimento
profissional, visto que a área da farmácia é uma das que mais cresce no Brasil.
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ATENDENTE DE FARMÁCIA
REFERÊNCIAS
Site da ANVISA: www.anvisa.gov.br Site
Site do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br
Conselho Federal de Farmácia: www.cff.org.br Brasil.
Ministério da Saúde. Coordenaçao de Controle de Infecçao Hospitalar. Guia
Básico para Farmácia Hospitalar, Brasília, 1994.
Cartilha ―O trabalho dos agentes comunitários de saúde na promoção do uso
correto de medicamentos‖ – Ministério da Saúde, 2001.
Portal Farmácia – www.portalfarmacia.com.br
SOUZA, C. Você é líder da sua vida. Rio de Janeiro : Sextame, 2007.
LOVELOCK, C. H.; WRIGHT, L. Serviços: marketing e gestão. São Paulo: Saraiva,
2002.
LUPPA, L. P. A Essência da liderança de resultados. São Paulo: Landscape, 2006.
MAXIMIANO, A. C. Administração para empreendedores .São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2006.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Guia para a boa prescrição médica. Porto
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PEPE, V.L.E.; CASTRO, C.G.S.O. A interação entre prescritores, dispensadores e
pacientes: informação compartilhada como possível benefício terapêutico. Cad.
Saúde Pública, v. 16, n. 3, p. 815-822, 2000.
SILVA, L.R.; VIEIRA, E.M. Conhecimento dos farmacêuticos sobre a legislação
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437, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Farmácia básica : manual de normas e procedimentos.
Brasília : Ministério da Saúde, 1997.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 44, de 17 de agosto
de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação
de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 ago. 2009, seção 1, p. 78.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 20, de 05 de maio
de 2011b. Estabelece os critérios para a prescrição, dispensação, controle,
embalagem e rotulagem de medicamentos à base de substâncias classificadas
como antimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 09 maio. 2011, seção 1, p. 39.
Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF nº 357, de 20 de abril de 2001.
Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia. Diário Oficial do
Estado, Brasília, DF, 27 abr. 2001, seção 1, p. 24.
Farmácia Estabelecimento de Saúde. Fascículo I. São Paulo, 2009b. (Farmácia
Estabelecimento de Saúde).
Antibióticos. Fascículo VI. São Paulo, 2011. (Farmácia Estabelecimento de Saúde).
Dispensação de medicamentos. Fascículo VIII. São Paulo, 2012. (Farmácia
Estabelecimento de Saúde).
Consulta e Prescrição Farmacêutica. Fascículo XI. São Paulo, 2016a. (Farmácia
Estabelecimento de Saúde).
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