Resolucao Tecnica Cbmrs N 22 2023

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS N.º 22


SILOS E ARMAZÉNS GRANELEIROS
2023

Estabelece as medidas de segurança contra incêndio e


explosão e o procedimento administrativo das edificações e
áreas de risco de incêndio classificadas quanto à ocupação
no grupo “M”, divisão “M-5”: Silos e Armazéns Graneleiros,
conforme Lei Complementar n.º 14.376, de 26 de dezembro
de 2013, e suas alterações, e Decreto Estadual n.º 51.803,
de 10 de setembro de 2014, e suas alterações.

O COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO RIO


GRANDE DO SUL, no uso de suas atribuições legais e considerando o disposto na
Lei Complementar n.º 14.376, de 26 de dezembro de 2013, e suas alterações, e
Decreto Estadual n.º 51.803, de 10 de setembro de 2014 e suas alterações,

RESOLVE:

Art. 1° - Aprovar a Resolução Técnica CBMRS n.º 22 – Silos e Armazéns


Graneleiros, que fixa as medidas de segurança contra incêndio e explosão e o
procedimento administrativo das edificações e áreas de risco de incêndio classificadas
quanto à ocupação no grupo “M”, divisão “M-5”: Silos e Armazéns Graneleiros,
conforme Lei Complementar n.º 14.376, de 26 de dezembro de 2013, e suas
alterações, e Decreto Estadual n.º 51.803, de 10 de setembro de 2014, e suas
alterações.
Art. 2º - Esta Resolução Técnica entrará em vigor 30 dias após sua publicação,
revogando as disposições em contrário, em especial a Resolução Técnica CBMRS n.º
22, de 06 de abril de 2017.

Quartel em Porto Alegre, 28 de setembro de 2023

EDUARDO ESTÊVAM CAMARGO RODRIGUES – Cel QOEM


Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do RS
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS N.º 22


SILOS E ARMAZÉNS GRANELEIROS
2023

SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Aplicação
3. Referências Normativas
4. Definições
5. Das Medidas de Segurança Contra Incêndio
6. Procedimentos Administrativos
7. Disposições Finais

ANEXOS
A. Medidas de segurança contra incêndio exigidas de acordo com o tipo de
unidade armazenadora
B. Dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio
C. Laudo técnico de segurança estrutural em incêndio para silos e armazéns
graneleiros
D. Laudo de CMR para silos e armazéns graneleiros
E. Laudo de isolamento de riscos para silos e armazéns graneleiros

Publicada no Diário Oficial do Estado n.º 189, de 29 de setembro de 2023.


Resolução Técnica CBMRS n.º 22 3
Silos e Armazéns Graneleiros – 2023

1. OBJETIVO 3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Estabelecer as medidas de segurança contra 3.1 Para a compreensão desta Resolução


incêndio e explosão nas ocupações classificadas Técnica é necessário consultar as seguintes
quanto à ocupação no grupo “M”, divisão “M-5”: normas, levando em consideração todas as suas
Silos e Armazéns Graneleiros, atendendo ao atualizações e outras que vierem a substituí-las:
previsto na Lei Complementar n.º 14.376, de 26
de dezembro de 2013, e suas alterações, e no 3.1.1 Lei Complementar n.º 14.376, de 26 de
Decreto Estadual n.º 51.803, 10 de setembro de dezembro de 2013, e suas alterações;
2014, e suas alterações.
3.1.2 Decreto Estadual n.º 51.803, de 10 de
setembro de 2014, e suas alterações;
2. APLICAÇÃO
3.1.3 ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de
2.1 Esta Resolução Técnica do Corpo de baixa tensão;
Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul -
RTCBMRS aplica-se às unidades de 3.1.4 ABNT NBR 5419 – Proteção de estruturas
armazenamento de produtos agrícolas (cereais e contra descargas atmosféricas – Parte 1, Parte 2,
seus derivados, sementes oleaginosas, Parte 3 e Parte 4;
sementes agrícolas, farinhas, insumos entre
outros produtos), denominados comumente 3.1.5 ABNT NBR 10897 – Sistema de Proteção
como silos ou armazéns graneleiros e contra Incêndio por chuveiros automáticos –
classificadas quanto à ocupação no grupo “M”, Requisitos;
divisão “M-5”, predominantes ou subsidiárias.
3.1.6 ABNT NBR 13714 - Sistemas de hidrantes
2.2 Para fins de aplicação desta Resolução e de mangotinhos para combate a incêndio;
Técnica, na definição das tipologias das
unidades armazenadoras serão adotados os 3.1.7 ABNT NBR 15662 – Sistemas de
conceitos da Lei do Sistema Nacional de prevenção e proteção contra explosão -
Certificação de Unidades Armazenadoras - Gerenciamento de riscos de explosões;
Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras
da Conab, instituída pela Instrução Normativa n.º 3.1.8 ABNT NBR 16385 – Sistemas de
29, de 8 de junho de 2011, do Ministério da prevenção e proteção contra explosão -
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Fabricação, processamento e manuseio de
partículas sólidas combustíveis - Requisitos;
2.3 Esta Resolução Técnica não se aplica:
3.1.9 ABNT NBR 16893 - Sistemas de alívio de
a) aos silos do tipo granjeiro que possuam deflagrações;
finalidade de armazenamento de ração animal,
que estejam ou não acopladas às unidades 3.1.10 ABNT NBR 16913 - Proteção contra
criadoras de animais de qualquer espécie, e aos incêndio de transportadores de correia utilizando
silos utilizados por propriedade de agricultura sistemas de chuveiros automáticos – Requisitos;
familiar, ambos com capacidade de até 50
3.1.11 ABNT NBR 16978 - Sistema de prevenção
toneladas; de deflagração;
b) aos armazéns de depósito de insumos e 3.1.12 ABNT NBR 16981 - Proteção contra
produtos em sacaria ou não graneleiros, os quais incêndio em áreas de armazenamento em geral
deverão ser enquadrados como depósitos por meio de sistema de chuveiros automáticos –
convencionais (grupo “J”); Requisitos;

c) aos depósitos de defensivos agrícolas e 3.1.13 ABNT NBR 17066 - Silos metálicos de
fertilizantes que devem ser enquadrados como chapas corrugadas;
depósitos convencionais (grupo “J”).
3.1.14 ABNT NBR IEC 60079-14 - Atmosferas
2.4 Esta RTCBMRS não isenta o cumprimento de explosivas - Parte 14: Projeto, seleção e
normas e regulamentos de segurança emanados montagem de instalações elétricas;
por outros órgãos competentes, sendo de inteira
responsabilidade do proprietário, responsável 3.1.15 ABNT NBR IEC 60079-10-2 - Atmosferas
pelo uso e do responsável técnico, a correta explosivas - Parte 10-2: Classificação de áreas -
implantação dos demais requisitos. Atmosferas de poeiras explosivas;
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Silos e Armazéns Graneleiros – 2023

3.1.16 ABNT NBR IEC 60079-17 – Atmosferas 3.1.32 Instrução Técnica (IT) do Corpo de
explosivas – Parte 17: Inspeção e manutenção Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São
de instalações elétricas; Paulo n.º 27 - Armazenamento em Silos, 2019;

3.1.17 ABNT NBR IEC 60079-19 – Atmosferas 3.1.33 Norma de Procedimento Técnico (NPT)
explosivas – Parte 19: Reparo, revisão e do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná n.º 027
recuperação de equipamentos elétricos; - Unidades de Armazenamento e/ou
Beneficiamento de Produtos Agrícolas e
3.1.18 ABNT IEC TS 60079-32-1 - Atmosferas Insumos, 2020;
explosivas – Parte 32-1: Riscos eletrostáticos –
Orientações; 3.1.34 Norma Técnica (NT) do Corpo de
Bombeiros Militar do Mato Grosso n.º 44 -
3.1.19 ABNT NBR ISO 80079 – Atmosferas Unidades de Armazenamento e Beneficiamento
explosivas - Parte 36 – Equipamentos não de Produtos Agrícolas e Insumos, 2020;
elétricos para atmosferas explosivas – Métodos
e Requisitos básicos;
3.1.35 Norma Técnica (NT) do Corpo de
Bombeiros Militar de Goiás n.º 24 -
3.1.20 NFPA n.º 15 – Standard for Water Spray
Fixed Systems for Fire Protection; Armazenamento em Silos – Unidades
Armazenadoras de Cereais, Oleaginosas e
Subprodutos a Granel, 2014.
3.1.21 NFPA n.º 61 – Standard for the Prevention
of Fires and Dust Explosions in Agricultural and
Food Products Facilities; 3.2 Outras normas técnicas poderão ser
utilizadas de forma complementar para o correto
3.1.22 NFPA n.º 68 - Standard on Explosion projeto e execução das medidas de segurança
Protection by Deflagration Venting; contra incêndio previstas nesta RTCBMRS.

3.1.23 NFPA n.º 69 – Standard on Explosion 3.3 Em caso de eventual conflito entre as normas
Prevention Systems; de referência, deverá ser adotada aquela que for
mais atual e específica, prevalecendo sempre os
3.1.24 NFPA n.º 654 – Standard for the requisitos mínimos estabelecidos nesta
Prevention of Fire and Dust Explosions from RTCBMRS.
the Manufacturing;

3.1.25 NFPA nº 13, Standard for the installation 4. DEFINIÇÕES


of sprinkler systems;
4.1 Para os efeitos desta RTCBMRS, aplicam-se
3.1.26 DIN Report 140 Design of silos for dust as definições constantes Lei Complementar n.º
Explosion; 14.376, de 26 de dezembro de 2013, e sua
regulamentação, e as definições constantes nos
3.1.27 Norma Regulamentadora (NR) do itens 4.1.1 a 4.1.40:
Ministério do Trabalho n.º 10 - Segurança em
instalações e serviços em eletricidade; 4.1.1 Áreas de apoio das unidades de
armazenamento: guaritas, escritórios,
3.1.28 Norma Regulamentadora (NR) do plataformas de pesagem, almoxarifados,
Ministério do Trabalho n.º 12 – refeitórios, alojamentos, casa de ferramentas,
Segurança no trabalho em máquinas e equip oficinas, garagens, moradias, tendas, depósitos
amentos; de agrotóxicos, depósitos de lenha, tanques de
combustíveis, subestações elétricas (exceto
3.1.29 Norma Regulamentadora (NR) do subestação transformadora abaixadora) ou
Ministério do Trabalho n.º outras edificações presentes nas unidades de
33 – Trabalho em espaço confinado; armazenamento que não estejam envolvidas
diretamente no manejo dos produtos agrícolas;
3.1.30 Norma Regulamentadora (NR) do
Ministério do Trabalho n.º 35 – Trabalho em
4.1.2 Área de armazenamento: edificações e/ou
altura;
estruturas compostas por silos e/ou armazéns
3.1.31 Instrução Normativa n.º 29, de 08 de junho graneleiros destinados ao armazenamento dos
de 2011, Ministério da Agricultura – Governo produtos agrícolas nas unidades armazenadoras;
Federal;
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4.1.3 Área classificada (poeira combustível): 4.1.9 Ciclone antifagulhas: câmara localizada
área na qual a poeira combustível está presente entre a fornalha e o secador, cuja finalidade é de
na forma de uma nuvem ou camada, ou pode-se impedir a passagem de fagulhas para o interior
esperar que esteja presente, em quantidades tais do secador;
que requeiram precauções específicas para a
fabricação, instalação, inspeção, manutenção, 4.1.10 Balança de fluxo contínuo:
recuperação e utilização de equipamentos equipamento de pesagem por bateladas
elétricos, de instrumentação, automação, automáticas e intermitentes, constituída por três
telecomunicações e mecânicos. Áreas câmaras: silo pulmão, silo balança e silo
classificadas com a presença de poeiras receptor;
combustíveis são divididas em zonas, com base
na frequência e duração da ocorrência da 4.1.11 Elevadores de produtos agrícolas:
atmosfera explosiva de poeira combustível. O equipamentos utilizados para o transporte no
potencial de formação de uma nuvem de poeira plano vertical, elevando os produtos agrícolas de
combustível a partir de uma camada de poeira um nível inferior a outro mais elevado através de
também necessita ser considerado; componentes fixados em correntes ou correias;

4.1.4 Área não classificada (poeira 4.1.12 Espaço confinado: qualquer área ou
combustível): área na qual não se espera que a ambiente que atenda simultaneamente aos
poeira combustível, na forma de uma nuvem ou seguintes requisitos:
camada, esteja presente em quantidades tais a) não ser projetado para ocupação humana
que requeiram precauções específicas para a contínua;
fabricação, instalação, inspeção, manutenção, b) possui meios limitadas de entrada e saída; e
recuperação e utilização de equipamentos c) em que exista ou possa existir atmosfera
elétricos, de instrumentação, automação, perigosa.
telecomunicações e mecânicos;
Nota 1: Considera-se atmosfera perigosa aquela
em que estejam presentes uma das seguintes
4.1.5 Área técnica em silos e armazéns condições:
graneleiros: área na qual se espera a a) deficiência ou enriquecimento de oxigênio;
permanência humana apenas para manutenção b) presença de contaminantes com potencial de
de equipamentos ou operações de curto prazo causar danos à saúde do trabalhador; ou
como topo de elevadores de caçamba, topo de c) seja caracterizada como atmosfera explosiva.
silos, plataformas acopladas a máquinas e
equipamentos, plataformas acopladas a Nota 2: Os espaços não destinados à ocupação
carregador/descarregador de navio, casa de humana, com meios limitados de entrada e
máquinas em geral, salas para equipamentos de saída, utilizados para armazenagem de material
comando elétrico ou mecânicos sem supervisão com potencial para engolfar ou afogar o
direta, e demais locais destinados a abrigar trabalhador são caracterizados como espaços
sistemas automatizados para operação de confinados.
máquinas;
4.1.13 Esteira transportadora (transportador
4.1.6 Armazém graneleiro: estrutura de correia): equipamentos que realizam o
armazenadora horizontal destinada ao transporte de materiais a granel, na posição
armazenamento de produtos agrícolas e seus horizontal e/ou inclinada, através de uma correia
derivados a granel; contínua que desloca-se sobre roletes. Podem
ser reversíveis (permitem descarregar o material
4.1.7 Armazém graneleiro inflável: estrutura em dois sentidos opostos, invertendo o sentido
inflável, devidamente dimensionadas e de movimento) e também duplas (permitem o
estruturadas, sustentadas pela diferença de transporte de material tanto pelo lado de carga
pressão de ar entre o meio interno e o meio como pelo lado de retorno, individual ou
externo, com o auxílio de ventiladores elétricos simultaneamente).
e/ou a combustão;
4.1.13.1 Os transportadores de correia podem se
4.1.8 Armazém não graneleiro: estrutura apresentar nas seguintes tipologias:
armazenadora horizontal destinada ao
armazenamento de insumos, produtos agrícolas a) transportador de correias aberto:
e seus derivados ensacados; transportador sem cobertura externa ou
encapsulamento em estrutura;
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Silos e Armazéns Graneleiros – 2023

b) transportador de correias externo: produção (agroecológico ou convencional),


transportador construído em áreas externas, classificam-se em três tipos:
exposto a intempéries;
a) biológicos: compreendem produtos de
c) transportador de correias externo cativo: origem animal ou vegetal. Exemplos: restos de
transportador externo construído totalmente culturas (palhas, ramos, folhas) ou estercos
dentro da propriedade. Exemplo: usados como adubos, sementes e mudas,
Transportadores de biomassa ligando o pátio até extratos de plantas (caldas à base de vegetais),
uma caldeira; fertilizantes orgânicos líquidos, adubos verdes,
micro-organismos encontrados no ambiente
d) transportador de correias externo de longa natural, algas e outros produtos de origem
distância: transportador de correia externo que marinha, resíduos industriais do abate de
transfere materiais por longas distâncias. animais;
Exemplo: Transportadores que transportam
grãos desde uma unidade para um terminal b) químicos ou minerais: compreendem tanto
portuário; substâncias provenientes de rochas, quanto
aquelas produzidas artificialmente pela indústria.
e) transportador de correias interno: São eles: termofosfatos, caldas bordalesa e
transportador instalado dentro de edificações ou sulfocálcica, poeiras de rochas, micronutrientes,
estruturas de suporte (galerias fechadas ou calcários (para calagem), agrotóxicos,
semiabertas); fertilizantes altamente solúveis (usados na
agricultura convencional), fertilizantes de baixa
f) transportador de correias parcialmente solubilidade (aceitos pelas correntes
enclausurado: transportador com aberturas agroecológicas) e aqueles à base de NPK
contínuas ao longo do fundo ou das laterais; (nitrogênio, fósforo e potássio);

g) transportador de correias totalmente c) mecânicos: compreendem máquinas,


enclausurado: transportador sem aberturas equipamentos agrícolas e seus componentes.
contínuas ao longo das laterais ou do fundo; Exemplos: tratores e seus implementos (arados,
adubadoras, roçadeiras, pulverizadores, etc.),
Nota: Transportadores em galerias subterrâneas armadilhas para insetos, plásticos para cobertura
ou transportadores tubulares e transportadores de canteiros, equipamento de irrigação;
com aberturas eventuais como portas ou bocas
de visita, são considerados totalmente 4.1.18 Grão: são as sementes de um cereal (ex.:
enclausurados. milho, arroz, trigo, cevada etc.) que podem ser
transformadas em farinhas. Para efeitos desta
4.1.14 Filtro de Mangas: equipamento RTCBMRS, as sementes de outras plantas não
destinado à coleta de ar impuro através de coifas, cereais (ex.: soja), que também produzem óleo,
dutos, mangotes ou tubulações realizando o podem ser entendidas como grãos;
processo de filtragem pela passagem do ar
forçado através de mangas construídas de 4.1.19 Máquina de limpeza: máquina
tecido, não tecido ou material cerâmico, que específica utilizada para a limpeza dos produtos
retém as partículas de poeira. Geralmente, agrícolas, efetuando a remoção de impurezas
possuem sistema de limpeza por jatos de ar através do método de aspiração e/ou com o uso
comprimido (pulse-jet) ou por ciclo reverso. São de peneiras.
equipamentos que necessitam de limpeza
periódica e devem ser mantidos sempre limpos e 4.1.19.1 As máquinas de limpeza podem ser
em condições de uso; classificadas, em relação a sua posição de
instalação, em pré-limpeza, quando instalada
4.1.15 Fitossanitários: produtos utilizados para antes do secador, e pós-limpeza ou limpeza,
combate de pragas ou para aumento da quando instalada após o secador.
produtividade agrícola;
4.1.20 Moega: local para descarga de produtos
4.1.16 Fornalha: equipamento destinado à agrícolas a granel que fluem por gravidade a um
queima de combustíveis para a formação do transportador vertical (elevador) ou horizontal
calor necessário ao processo de secagem de (redler, rosca ou correia transportadora);
grãos no interior dos secadores;
4.1.21 Moega supressora de poeira:
4.1.17 Insumos agrícolas: os insumos equipamento utilizado na descarga de produtos
agrícolas, independentemente do sistema de particulados de baixa umidade, sendo instalada
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logo abaixo do ponto de descarga do produto. umidade desejada. O calor necessário para este
Seu formato aliado ao peso do produto suprimem processo é comumente oriundo de sistemas de
as partículas do material, eliminando quase que aquecimento do ar (fornalhas a lenha,
totalmente o ar contido no produto cuja descarga queimadores de gás e trocadores de calor).
é efetuada pela abertura inferior da moega o que Possuem um sistema de movimentação do ar
ocasiona a eliminação da dispersão dos realizado através de ventiladores e possuem um
particulados leves; sistema de transporte dos produtos agrícolas
(elevadores, roscas transportadoras ou esteiras
4.1.22 Passarela técnica: construção elevada, transportadoras);
que comporta sistemas mecânicos de transporte
(transportador de correia, redler, ou outro 4.1.31 Silo: são construções destinadas ao
equipamento), com acesso de pessoal para armazenamento e conservação de grãos secos,
operação e manutenção destes sistemas; sementes oleaginosas, sementes agrícolas,
cereais e seus derivados, açúcar, farinhas, entre
4.1.23 Plataforma de descarga (tombador outros produtos. Podem ser horizontais ou
agrícola): equipamento utilizado para descarga verticais e construídos de diversos materiais
dos produtos agrícolas, comumente hidráulico como: chapas metálicas, concreto, alvenaria,
que báscula o veículo transportador. O madeira e plástico (silo bolsa). Podem possuir
tombamento pode ser no sentido longitudinal ou diversas formas: torre cilíndrica ou poligonal, e
lateral; podem ser do tipo de superfície ou trincheira,
com fundo plano ou cônico, podendo ainda ser
4.1.24 Produtos agrícolas: cereais, grãos, dotados ou não de janelas de inspeção superior
sementes oleaginosas, sementes agrícolas, e/ou lateral a depender da sua função: pulmão ou
farinhas, açúcares, entre outros produtos estocagem de grãos;
análogos;
4.1.32 Silo pulmão (silo de espera): silo de
4.1.25 Poço de instalação: passagem apoio destinado ao armazenamento provisório
essencialmente vertical deixada numa edificação durante a recepção ou expedição dos produtos
com finalidade específica de facilitar a instalação agrícolas;
de serviços tais como Sistemas de extração de
poeira, ventilação, tubulações hidráulico-
4.1.33 Silos ventiláveis: estrutura de
sanitárias, eletrodutos, cabos, elevadores de
armazenamento de grãos destinados a
caçamba, elevadores, monta-cargas e outros;
sementes, localizados no interior das unidades
de beneficiamento de sementes;
4.1.26 Poeiras: são partículas com diâmetro
entre 1 a 100 µm (micrômetro). São produzidas
geralmente pelo rompimento mecânico de 4.1.34 Sistema de proteção contra explosão:
partícula inorgânica ou orgânica, seja pelo composição arranjada de dispositivos para
simples manuseio de materiais ou em detectar automaticamente o princípio de uma
consequência do processo de moagem, explosão e iniciar a atuação do sistema de
trituração, peneiramento e outros; supressão ou outros dispositivos para limitar os
efeitos destrutivos de uma explosão;
4.1.27 Poeira agrícola: qualquer material
agrícola sólido, finamente dividido em partículas 4.1.35 Sistema de supressão de explosão:
orgânicas menores que 420 µm (micrômetros) de arranjo composto de dispositivos para detectar
diâmetro; automaticamente o princípio de uma explosão e
iniciar a atuação da supressão;
4.1.28 Registro do silo: peça situada
geralmente na base do silo, por onde se faz a 4.1.36 Transportador horizontal de corrente
retirada por drenagem dos grãos armazenados (redler): equipamento de transporte de arraste
no seu interior; projetado e fabricado para alta resistência ao
desgaste e abrasão. O equipamento consiste em
4.1.29 Rosca helicoidal (TRUA) ou Rosca sem uma calha aberta ou fechada por onde o produto
fim: equipamento destinado ao transporte de é transportado (arrastado) por meio de uma ou
produtos agrícolas contendo um helicóide sem mais correntes propulsora(s) dotada(s) de
fim; taliscas arrastadoras. Geralmente, trabalha com
a corrente de arraste imersa no produto
4.1.30 Secador: equipamento utilizado para
transportado, carregando altas camadas de
secagem dos produtos agrícolas, os quais
produto;
permanecem em seu interior até obterem a
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Silos e Armazéns Graneleiros – 2023

4.1.37 Túnel de serviço: construção abaixo do suprimento de ar adequado para sistema de


nível do solo ou não, que comporta Sistemas pressurização ou ventilação;
mecânicos de transporte (transportador de
correia, redler, ou outro equipamento), com 4.1.40 Ventilador ou exaustor: equipamento
acesso de pessoal para operação e manutenção que faz a movimentação de ar forçado
destes sistemas; (insuflação ou aspiração).

4.1.38 Unidade armazenadora: edificações,


estruturas, instalações e equipamentos que tem 5. DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA
como finalidades o recebimento de grãos e INCÊNDIO
assemelhados, sua conservação,
armazenamento e distribuição, estando 5.1 Para as edificações e áreas de risco de
envolvidas diretamente no manejo dos produtos incêndio classificadas quanto à ocupação no
agrícolas. As unidades armazenadoras grupo “M”, divisão “M-5”, silos e/ou armazéns
classificam-se em: graneleiros, a construir ou existente, as medidas
de segurança contra incêndio necessárias, de
4.1.38.1 Unidade armazenadora "em nível de acordo com o tipo de unidade armazenadora,
fazenda": unidade armazenadora localizada em estando incluídas todas as etapas de
propriedade rural, com capacidade estática e armazenagem dos grãos, tais como, o
estrutura dimensionada para atender ao próprio recebimento, a limpeza, a secagem, a
produtor; armazenagem e a expedição dos grãos,
encontram-se previstas na Tabela 1 do Anexo
4.1.38.2 Unidade armazenadora coletora: “A” desta RTCBMRS.
unidade armazenadora localizada na zona rural
(inclusive nas propriedades rurais) ou urbana, 5.1.1 Para os armazéns graneleiros infláveis, as
com características operacionais próprias, medidas de segurança contra incêndios e os
dotada de equipamentos para processamento de requisitos técnicos mínimos de segurança
limpeza, secagem e armazenagem com encontram-se dispostos no item B.23 do Anexo
capacidade operacional compatível com a “B”.
demanda local. Em geral, são unidades
armazenadoras que recebem produtos 5.2 Os requisitos técnicos mínimos para o projeto
diretamente das lavouras para prestação de e a execução de cada medida de segurança
serviços para vários produtores. Entretanto, nas contra incêndio prevista no Anexo “A”,
unidades armazenadoras que recebem produtos encontram-se dispostos no Anexo “B” desta
in natura limpos e secos, fibras ou RTCBMRS.
industrializados, os sistemas de limpeza e
secagem não são obrigatórios; 5.3 Para o primeiro licenciamento à luz da Lei
Complementar n.º 14.376/2013, as unidades
4.1.38.3 Unidade armazenadora intermediária: armazenadoras construídas antes do dia 07 de
unidade armazenadora localizada em ponto abril de 2017, ou seja, antes da publicação da
estratégico de modo a facilitar a recepção e o Resolução Técnica CBMRS n.º 22/2017, que
escoamento dos produtos provenientes das possuírem inviabilidade técnica para a instalação
unidades armazenadoras coletoras. Permite a ou adequação de alguma medida de segurança
concentração de grandes estoques em locais contra incêndio obrigatória, poderão apresentar
destinados a facilitar o processo de laudo de inviabilidade técnica e propor a adoção
comercialização, industrialização ou exportação; de medidas mitigatórias compensatórias para
análise e aprovação do CBMRS.
4.1.38.4 Unidade armazenadora terminal:
unidade armazenadora localizada junto aos 5.3.1 Excluem-se da inviabilidade técnica as
grandes centros consumidores ou nos portos, medidas de segurança contra incêndio de
dotada de condições para a rápida recepção e o controle de poeira e controle de fontes de
rápido escoamento do produto, caracterizada ignição.
como unidade armazenadora de alta
rotatividade; 5.3.2 O Laudo de inviabilidade técnica deverá ser
encaminhado através do Sistema Online de
4.1.39 Veneziana de tomada de ar: dispositivo Licenciamento do CBMRS, acompanhado da
localizado em local fora do risco de respectiva Anotação de Responsabilidade
contaminação por fumaça proveniente do Técnica – ART ou Registro de Responsabilidade
incêndio e por partículas que proporcionam o Técnica - RRT do responsável técnico pelo
laudo.
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Silos e Armazéns Graneleiros – 2023

6. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS habilitado, conforme o PPCI aprovado e o Projeto


de Prevenção e Proteção Contra Incêndio -
6.1 As edificações e áreas de risco de incêndio PrPCI.
classificadas quanto à ocupação no grupo “M”,
divisão “M-5”, silos e/ou armazéns graneleiros, 6.1.4 O proprietário/responsável pelo uso da
deverão ter a segurança contra incêndio unidade armazenadora deverá providenciar a
licenciada através do Plano de Prevenção e limpeza e manutenção das medidas de
Proteção Contra Incêndio - PPCI na forma segurança contra incêndio, de forma a mantê-las
completa, seguindo o processo administrativo em perfeito estado de funcionamento,
previsto nas Resoluções Técnicas do CBMRS. comunicando imediatamente o responsável
técnico sobre qualquer alteração.
6.1.1 São de inteira responsabilidade do(s)
responsável(is) técnico(s) o projeto e execução
do PPCI, os quais deverão observar os requisitos 6.1.5 Os demais procedimentos administrativos e
responsabilidades do responsável(is) técnico(s),
técnicos mínimos de segurança previstos nesta
RTCBMRS, durante o projeto e a execução: proprietário e responsável pelo uso encontram-
se previstos nas Resoluções Técnicas do
CBMRS que tratam sobre a tramitação do PPCI.
a) das medidas de segurança contra incêndio de:
segurança estrutural em incêndio, controle de
materiais de revestimento, iluminação de 6.1.5.1 Caso mais de um profissional se
emergência de aclaramento, sistema de responsabilize pelo projeto e/ou execução do
proteção contra descargas atmosféricas, plano PPCI, deverão ser anexadas ao processo as
respectivas ART/RRT, com a descrição das
de limpeza e manutenção, controle de poeiras,
controle de temperatura, plano de emergência, atividades nas quais os profissionais se
sistema de abafamento para secadores de grãos, responsabilizarão.
detecção de incêndio, chuveiros automáticos e
sistema de resfriamento, bem como os 6.2 Cabe ao responsável técnico pelo projeto do
PPCI, em conjunto com o
equipamentos, instalações elétricas,
instrumentação, poeiras combustíveis e proprietário/responsável pelo uso, classificar
classificação de áreas; corretamente o tipo de unidade armazenadora a
ser licenciada pelo CBMRS, conforme item 2.2
desta RTCBMRS.
b) das exigências construtivas das unidades
armazenadoras previstas nesta RTCBMRS; 6.2.1 Para utilizar a unidade armazenadora com
finalidade/classificação diferente daquela
c) dos riscos específicos. aprovada no PPCI, antes deverá ser
encaminhado novo processo para aprovação do
6.1.1.1 As medidas de segurança contra incêndio CBMRS, considerando os requisitos da nova
e as exigências construtivas, previstas nas tipologia a ser utilizada, conforme item 2.2 desta
alíneas “a” e “b” do item 6.1.1 desta RTCBMRS, RTCBMRS.
quando obrigatórias, deverão ser assinaladas
nos campos específicos previstos no PPCI e não 6.3 Para as edificações e áreas de risco de
deverão ser representadas na planta de incêndio existentes e/ou já licenciadas à luz da
localização, planta baixa, corte ou na Lei Complementar n.º 14.376/2013, também
representação da fachada do PPCI. deverá ser observado o disposto na Resolução
Técnica CBMRS n.º 05, Parte 07, e suas
6.1.1.2 Os riscos específicos e suas medidas de alterações.
segurança contra incêndio deverão ser
representados em planta baixa, conforme as 6.3.1 Para as unidades armazenadoras
diretrizes estabelecidas na Resolução Técnica licenciadas à luz da Lei Complementar n.º
CBMRS n.º 05, Parte 01. 14.376/2013, serão permitidas ampliações das
áreas de armazenamento (silos e armazéns
6.1.2 As demais medidas de segurança contra graneleiros), sem que as edificações e estruturas
incêndio deverão ser previstas no PPCI, já licenciadas passem a ser consideradas novas,
seguindo o procedimento administrativo previsto independentemente de isolamento de risco,
na Resolução Técnica CBMRS n.º 05, Parte 01. devendo o PPCI ser encaminhado para
aprovação do CBMRS, através do Sistema
Online de Licenciamento do CBMRS, com a
6.1.3 As medidas de segurança contra incêndio inclusão das novas áreas de armazenamento.
deverão ser executadas por profissional
Resolução Técnica CBMRS n.º 22 10
Silos e Armazéns Graneleiros – 2023

6.3.1.1 As novas áreas de armazenamento


deverão cumprir os requisitos previstos nesta
RTCBMRS, não podendo apresentar
inviabilidade técnica.

6.3.1.2 O disposto no item 6.3.1 se aplica apenas


às áreas de armazenamento (silos e armazéns
graneleiros), independentemente de área
construída. As demais áreas da unidade
armazenadora não estão contempladas.

6.4 Os armazéns graneleiros infláveis provisórios


poderão licenciar a segurança contra incêndio
através de PPCI de construção provisória,
conforme Resolução Técnica CBMRS n.º 05,
Parte 4B, quanto aos procedimentos
administrativos, e o item B.23 do Anexo “B”,
desta RTCBMRS para previsão das medidas de
segurança contra incêndio.

7. DISPOSIÇÕES FINAIS

7.1 As exigências constantes nesta Resolução


Técnica são os requisitos mínimos de segurança
contra incêndio a serem adotados nas unidades
armazenadoras, podendo o responsável técnico,
mediante avaliação técnica, determinar a adoção
de medidas de segurança complementares para
mitigação dos riscos, conforme as peculiaridades
de cada unidade armazenadora.

7.2 As unidades armazenadoras e suas áreas de


apoio que já protocolaram PPCI à luz da Lei
Complementar n.º 14.376/2014, e sua
regulamentação, estão dispensadas de cumprir
os requisitos desta RTCBMRS, no tocante às
medidas de segurança contra incêndio, devendo
atender o disposto na legislação vigente à época
do protocolo do PPCI para a primeira análise.

7.3 A critério do proprietário, responsável pelo


uso e do responsável técnico, poderá ser
encaminhado novo PPCI para análise e
aprovação do CBMRS, atendendo os requisitos
desta RTCBMRS.

7.4 Aplicam-se, no que couber, as demais


Resoluções Técnicas, Instruções Normativas e
Portarias expedidas pelo CBMRS às unidades
armazenadoras.
ANEXO A
Medidas mínimas de segurança contra incêndio exigidas
de acordo com o tipo de unidade armazenadora

Divisão M-5 – Silos e armazéns graneleiros


Medidas de segurança Tipos de unidade armazenadora
contra incêndio (conforme item 2.2 desta RTCBMRS)
Intermediária e
Fazenda Coletora
Terminal
Acesso de viaturas
X X X
na edificação
Segurança estrutural
X X X
em incêndio
Controle dos materiais
X X X
de revestimento
Extintores de incêndio X X X
Saídas de emergência X X X
Sinalização de emergência X X X
Iluminação de emergência X X X
Brigada de incêndio
X X X
(treinamento de pessoal)
SPDA X X X
Plano de limpeza
X X X
e manutenção
Sistema de alívio de explosão X X X
Controle de poeiras X X X
Controle de temperatura
X X X
e Fontes de ignição
Plano de emergência X X X
Sistema de abafamento para
X1 X1 X1
secadores de grãos
Hidrantes de incêndio X2 X2 X2
Alarme de incêndio X2 X2 X2
Detecção de incêndio X2 X2 X2
Chuveiros automáticos
X2 X2 X2
e Sistema de resfriamento
Notas Específicas:
1. Somente se houver secador de grãos com ar aquecido.
2. Conforme Anexo “B” desta RTCBMRS.

Notas Gerais:
a. O projeto e a execução das medidas de segurança contra incêndio deverão atender às diretrizes
estabelecidas no Anexo “B” desta RTCBMRS;
b. De forma complementar, deverão ser observados os requisitos gerais de segurança previstos nos itens
B.21 e B.22, independentemente do tipo de unidade armazenadora.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.1 INTRODUÇÃO

O projeto e a execução das medidas de segurança contra incêndio para a proteção das
unidades armazenadoras, conforme Anexo “A” desta Resolução Técnica do Corpo de
Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul – RTCBMRS, deverão atender às diretrizes
previstas nos itens B.2 a B.20. De forma complementar, também deverão ser observados
os requisitos gerais de segurança contra incêndio previstos nos itens B.21 e B.22,
independentemente do tipo de unidade armazenadora. Para os armazéns graneleiros
infláveis deverão ser observados os requisitos de segurança previstos no item B.23.

B.2 ACESSO DE VIATURAS NA EDIFICAÇÃO

B.2.1 Deverão existir portão e vias de acesso para as viaturas de combate a incêndio,
os quais deverão ser dimensionados conforme a Instrução Técnica n.º 06 do Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo - CBPMESP, até a publicação de
RTCBMRS específica.

B.2.2 As vias deverão garantir a aproximação das viaturas a qualquer edificação ou


estrutura da unidade armazenadora a uma distância máxima de 60 m.

B.2.2.1 Para as unidades armazenadoras tipo fazenda e coletora, cuja área total
construída seja igual ou inferior a 750 m², desconsiderando a área de armazenamento
(silos e armazéns graneleiros), que se utilizarem do sistema de hidrantes previsto no
item B.17.2.1 desta RTCBMRS, a distância estabelecida no item B.2.2 deverá ser
reduzida para no máximo 15 m das edificações ou estruturas.

B.3 SEGURANÇA ESTRUTURAL EM INCÊNDIO

B.3.1 As estruturas das unidades de armazenamento, incluindo as estruturas de


recebimento e secagem, deverão possuir Tempo Requerido de Resistência ao Fogo –
TRRF de, no mínimo, 30 minutos, conforme Instrução Técnica n.º 08 do CBPMESP, até
a publicação de RTCBMRS específica.

B.3.1.1 Estão dispensadas do disposto no item B.3.1 as estruturas de suporte de


equipamentos, tais como elevadores e transportadores de grãos.

B.3.2 O TRRF mínimo exigido deverá ser atestado mediante laudo técnico de segurança
estrutural em incêndio, conforme modelo previsto no Anexo “C” desta RTCBMRS,
acompanhada pela respectiva ART/RRT do responsável técnico pela execução do PPCI.

B.3.3 As unidades armazenadoras comprovadamente existentes anteriormente a 07 de


abril de 2017, poderão manter as suas características construtivas originais.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.4 CONTROLE DOS MATERIAIS DE REVESTIMENTO

B.4.1 Os materiais empregados na construção das unidades armazenadoras deverão


possuir classe de reação ao fogo I (incombustível), conforme Instrução Técnica n.º 10 do
CBPMESP, até a publicação de RTCBMRS específica.

B.4.1.1 Os silos para armazenamento de sementes poderão ser construídos em


madeira, desde que estes elementos apresentem classe de reação ao fogo II-A ou III-A.

B.4.2 As classes de reação ao fogo deverão ser atestadas mediante laudo técnico de
controle de materiais de revestimento, conforme modelo previsto no Anexo “D” desta
RTCBMRS, acompanhada pela respectiva ART/RRT do responsável técnico pela
execução do PPCI.

B.5 EXTINTORES DE INCÊNDIO

B.5.1 Os extintores de incêndio deverão atender aos requisitos da Resolução Técnica


CBMRS n.º 14.

B.5.1.1 Os extintores de incêndio poderão ser agrupados em forma de bateria, no


mínimo, em dois pontos de cada pavimento. Uma bateria não poderá distar a mais de 5
m do acesso principal do pavimento e a distância máxima a ser percorrida não poderá
ser superior a 60 m.

B.5.2 Os extintores de incêndio não deverão ser instalados em locais confinados,


devendo, neste caso, serem agrupados na forma de bateria junto aos acessos externos
a estes locais.

B.5.3 É facultativo (não obrigatório) o dimensionamento e a instalação de extintores de


incêndio no interior das áreas de armazenamento (silos e armazéns graneleiros).

B.5.3.1 Para os silos e armazéns graneleiros (na área de armazenamento) que


possuírem motor(es) elétrico(s) interno(s) e/ou externo(s), deverá(ão) ser previsto(s)
extintor(es) de incêndio com capacidade extintora adequada ao risco, instalado(s) a uma
distância máxima de 15 m deste(s) motor(es).

B.5.4 Os armazéns graneleiros deverão possuir, no mínimo:


a) 01 extintor de incêndio sobre rodas de água pressurizada, com capacidade extintora
mínima de 10-A e capacidade nominal de 75 litros; ou
b) uma bateria contendo 06 extintores de incêndio portáteis, devendo cada extintor
possuir uma capacidade extintora mínima de 2-A e capacidade nominal de 10 litros.

B.5.4.1 O(s) extintor(es) de incêndio previsto(s) no item B.5.4 deverá(ão) ser instalado(s)
afastado(s) a, no máximo, 5 m do acesso principal do armazém graneleiro.

B.5.4.2 O(s) extintor(es) de incêndio previsto(s) no item B.5.4 é (são) facultativo(s) (não
obrigatório), caso o armazém graneleiro (área de armazenamento) seja protegido por
sistema de hidrantes de incêndio, conforme item B.16.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

6. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

B.6.1 Escadas para acesso aos silos

B.6.1.1 Os silos verticais deverão possuir escada do lado externo que permita o acesso
à janela de inspeção exigida no item B.6.3, podendo esta ser do tipo “caracol” que
circunde a lateral do silo, sendo vedada a instalação de escada do tipo marinheiro para
silos com diâmetro superior a 10 m.

B.6.1.1.1 O disposto no item B.6.1.1 não se aplica aos “silos pulmão” e outros que por
suas características estruturais e de funcionamento sejam estanques e não permitam a
entrada de pessoas para a realização de manutenção ou qualquer outro procedimento.

B.6.1.1.2 Os silos comprovadamente construídos antes do dia 07 de abril de 2017, com


acesso externo por escada do tipo marinheiro, poderão mantê-la desde que sejam
instalados dispositivos fixos de içamento no topo do silo, de tal forma que permita o
resgate de vítimas com uso de macas através das janelas de inspeção do silo.

B.6.1.1.3 O disposto no item B.6.1.1 não se aplica às janelas de inspeção laterais, nos
casos em que o silo seja dotado de janela no teto que cumpra os requisitos do item B.5.3.

B.6.1.2 Nos casos em que a unidade armazenadora seja constituída de silos verticais
em linha (bateria) poderá ser adotada uma escada a cada 2 (dois) silos, desde que haja
passarela de interligação entre eles com a mesma largura da escada caracol, nunca
inferior a 0,60 m.

B.6.1.2.1 Alternativamente, quando houver passarela interligando todos os silos com a


mesma largura da escada, nunca inferior a 0,60 m, poderá ser instalada apenas uma
escada tipo caracol a cada 100 m de passarela, tomando a medida entre centros dos
silos, não sendo permitida a presença de escada marinheiro, alçapão ou solução de
continuidade ao longo da passarela, desde a escada caracol até a janela de inspeção do
teto. Os demais silos da bateria deverão ser dotados de escada do tipo marinheiro, para
serem usadas como rota alternativa em caso de fuga.

B.6.1.3 As escadas de acesso às áreas técnicas, topo de silos, janelas de inspeção ou


túneis de serviço deverão atender a norma NR-12 do Ministério do Trabalho.

B.6.1.4 As escadas externas fixadas junto à parede do silo e que estiverem afastadas a
mais de 0,15 m da estrutura, deverão possuir chapa metálica resistente e adequada à
vedação do vão ou guarda-corpo em ambos os lados da escada, a fim de evitar quedas.

B.6.2 Guarda-corpos e corrimãos

B.6.2.1 É obrigatória a adoção de guarda-corpos e corrimãos:


a) nas escadas e rampas técnicas, nas plataformas dos elevadores de grãos, junto ao
bocal de alimentação do silo e locais de circulação de pessoas localizadas em áreas
técnicas com desnível igual ou superior a 1 m, devendo ser cumpridos os requisitos da
norma NR-12 do Ministério do Trabalho.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

b) nas escadas, rampas e locais de circulação de pessoas com desnível superior a 0,55
m, não enquadradas na alínea “a” do item B.6.2.1, deverão atender os requisitos da
Resolução Técnica CBMRS n.º 11, Parte 01.

B.6.2.2 Os guarda-corpos e corrimãos deverão ser construídos com materiais e


revestimentos resistentes a intempéries e corrosão.

B.6.2.3 Os guarda-corpos e corrimãos não poderão possuir aberturas, saliências,


reentrâncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas ou
equipamentos.

B.6.3 Acesso ao interior dos silos e moegas

B.6.3.1 Nos silos com diâmetro igual ou superior a 10 m, deverá ser prevista uma janela
de inspeção e resgate na parte superior do silo, a qual deverá possuir área mínima de
1,20 m², sendo que uma das dimensões deve possuir, mínimo, 1 m.

B.6.3.1.1 Junto às janelas de inspeção do teto, deverá ser prevista uma plataforma
externa com dimensões mínimas de 2 m x 1 m (dois metros por um metro), para trabalho
de resgate e colocação dos equipamentos de salvamento, de modo a garantir que o
resgatista não fique suspenso em vão aberto.

B.6.3.2 Nos silos com diâmetro inferior a 10 m, a abertura de que trata o item B.6.3.1
poderá ser reduzida para 0,80 m.

B.6.3.2.1 Alternativamente, nos silos com diâmetro inferior a 10 m, a abertura de que


tratam os itens B.6.3.1 e B.6.3.2 poderá ser dispensada, desde que haja ao menos uma
janela de inspeção lateral, com diâmetro mínimo de 0,60 m, e plataforma externa junto a
abertura, para o trabalho de resgate e colocação dos equipamentos de salvamento, de
acordo com o item B.6.3.2.2.

B.6.3.2.2 Nos silos com diâmetro inferior a 10 m, a plataforma de que trata o item
B.6.3.1.1, poderá possuir dimensões compatíveis com a estrutura do silo e menores do
que 2 m x 1 m (dois metros por um metro), devendo ser submetido à avaliação do
CBMRS, o qual poderá solicitar alterações e/ou complementações de forma a possibilitar
os serviços de resgate.

B.6.3.2.2.1 Em silos com diâmetro inferior a 7 m, soluções técnicas alternativas poderão


ser adotadas pelo responsável técnico pelo projeto do PPCI, em substituição à
plataforma prevista no item B.6.3.1.1 e B.6.3.2.2.

B.6.3.3 Nos silos com janela de inspeção no teto deverá ser prevista estrutura, fixa ou
móvel, que permita o ancoramento dos equipamentos de resgate com resistência mínima
de 5 kN. Esta estrutura deverá possuir pontos de ancoragem (argolas) situados a uma
altura de, no mínimo, 2 m acima do nível da janela de inspeção. Quando adotado o
sistema móvel, empregando um dispositivo para atender silos diversos, as bases
deverão ser instaladas permanentemente em cada silo, para permitir a segura e rápida
instalação da estrutura de ancoramento.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.6.3.4 No interior dos silos deverão ser previstos pontos de ancoragem com resistência
mínima de 5 kN, dispostos, no máximo, a cada 4 m no plano vertical, contados a partir
do fundo até o teto do silo, passando obrigatoriamente pelas janelas de inspeção lateral,
se houver. No plano horizontal, os pontos de ancoragem deverão ser dispostos na
parede da estrutura, no máximo, a cada 15 m. Esta estrutura de ancoragem será utilizada
para a fixação de cabo-guia nas atividades rotineiras e servirá de ancoragem para
atividades de resgate.

B.6.3.4.1 Os pontos de ancoragem de que trata o item B.6.3.4 poderão ser substituídos
por viga contínua do tipo “monotrilho”. A viga deverá ser disposta de maneira a permitir
o acoplamento de dispositivo de deslocamento horizontal que contemple toda a
circunferência interna da estrutura.

B.6.3.4.2 Poderá ser apresentado proposta de sistema de ancoragem alternativo,


inclusive ao previsto no item B.6.3.4, para análise e aprovação do CBMRS, através do
Formulário de Atendimento e Consulta Técnica – FACT, que ficará vinculado ao PPCI,
sendo de inteira responsabilidade do(s) responsável(is) técnico(s) pelo projeto e
execução do PPCI a correta especificação, dimensionamento e execução do sistema de
ancoragem alternativo, garantindo sua à eficiência e segurança para a execução dos
trabalhos rotineiros e atividades de resgate.

B.6.3.5 Os silos pulmão e outros que por suas características estruturais e de


funcionamento sejam estanques e não permitam a entrada de pessoas para a realização
de manutenção ou qualquer outro procedimento, estão dispensados dos requisitos
previstos no item B.6.3 desta RTCBMRS.

B.6.3.6 Nas moegas deverão ser previstos pontos de ancoragem junto à sua grelha
superior, podendo ser utilizado sistema com a fixação de cabos de aço com resistência
comprovada aos esforços que estarão sujeitos ou outro sistema de comprovada eficácia
e que permitam a locomoção humana em seu interior, mesmo sobre a massa de grãos,
sob inteira responsabilidade dos responsável(is) técnico(s) pelo projeto e execução do
PPCI.

B.6.3.7 O projeto e a execução do sistema de ancoragem deverá atender os requisitos


da norma ABNT NBR 16325 e ABNT NBR ISO 2408 ou outras normas que venham a
substituí-las.

B.6.4 Acessos à base dos elevadores de produtos agrícolas e túneis de serviço

B.6.4.1 Os túneis de serviço devem possuir no mínimo dois acessos em posições


opostas.

B.6.4.1.1 O poço de acesso ao pé do elevador pode ser considerado como um dos


acessos ao túnel requerido em B.6.4.1.

B.6.4.1.2 Ao menos um dos acessos ao túnel deve ser provido de escada que permita o
transporte e manobra de macas com pessoas, devendo possuir largura mínima de 0,80
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

m e atender aos requisitos da norma NR-12 do Ministério do Trabalho. Os demais


acessos podem ser por escada do tipo marinheiro.

B.6.4.1.2.1 Se adotado acesso por escada marinheiro, esta deverá atender aos
requisitos da norma NR-12 do Ministério do Trabalho, não podendo a gaiola de proteção
da escada impedir ou dificultar o serviço de resgate, devendo o acesso possuir alçapão,
com vão mínimo livre de 0,80 x 0,80 m, e sistema, móvel (tripé, monopé, etc.) ou fixo,
para içamento de macas, e providos de cabo-guia para o uso do trava-quedas.

B.6.4.1.3 O acesso à base do poço de elevadores isolados (que não se comunicam com
o túnel) deve possuir escada em conformidade com o item B.6.4.1.2 ou,
alternativamente, possuir escada marinheiro e alçapão em conformidade com o item
B.6.4.1.2.1.

B.6.4.2 Internamente, na área de circulação, os túneis de serviço deverão possuir:


a) altura mínima livre de 2 m, devendo esta altura ser ampliada caso necessite instalar
estruturas/equipamentos no teto ao longo do corredor de circulação, de forma que seja
garantida a altura livre de 2 m em qualquer situação;
b) largura mínima livre de 0,80 m.

B.6.4.2.1 A largura mínima da área de circulação, dada em B.6.4.2, pode ser considerada
em apenas um dos lados do transportador (entre o transportador e a parede, por
exemplo), ou entre transportadores, quando houver mais de um transportador instalado.
Caso houver telas de proteção instaladas ao longo do transportador, estas não poderão
comprometer a largura mínima da área de circulação.

B.6.4.2.2 Admite-se excluir do cálculo da largura mínima, dada em B.6.4.2, o dispositivo


de parada de emergência, assim como seu atuador (cabo ou botão), desde que este não
se projete mais que 10 cm, de cada lado, sobre a área de circulação, ou 15 cm quando
instalado em um único lado.

B.6.4.2.3 Nos túneis construídos antes do dia 07 de abril de 2017, a largura mínima livre,
dada em B.6.4.2, poderá ser de, no mínimo, 0,60 m, ficando dispensado de atender à
altura mínima de 2 m, prevista em B.6.4.2.

B.6.5 Larguras mínimas e distâncias máximas a serem percorridas (rotas de fuga)

B.6.5.1 A largura mínima das saídas de emergência deverá ser de 1,10 m, exceto para
os locais em que são permitidas larguras menores, conforme estabelecido nesta
RTCBMRS.

B.6.5.1.1 Para fins de dimensionamento das saídas de emergência poderá ser


considerada a quantidade máxima de pessoas previstas para a operação e manutenção
da atividade nos turnos de trabalho, devendo constar em planta baixa do PPCI a
população máxima simultânea para cada área da edificação ou área de risco de incêndio.

B.6.5.1.2 Nas passarelas técnicas de suporte para transportadores de grãos, deverá ser
mantida uma largura mínima de circulação de 0,80 m, livre de obstáculos. Caso existam
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

telas de proteção instaladas ao longo da circulação, estas não poderão reduzir a largura
mínima estabelecida.

B.6.5.1.2.1 Na largura mínima prevista no item B.6.5.1.2, admite-se a presença de


dispositivo de parada de emergência, assim como seu atuador (cabo ou botão), desde
que este não se projete a mais do que 0,10 m, de cada lado, sobre a área de circulação,
ou 0,15 m quando instalado em um único lado.

B.6.5.2 A distância máxima a ser percorrida no interior dos armazéns graneleiros, até
atingir um local seguro, conforme Resolução Técnica CBMRS n.º 11, Parte 01, não
deverá ultrapassar 140 m.

B.6.5.2.1 Os armazéns graneleiros com comprimento em planta superior a 140 m,


deverão possuir, no mínimo, duas saídas de emergência situadas em lados opostos,
com corredor comum de acesso a ambas, seja para acesso aos túneis como para acesso
ao depósito de grãos.

B.6.5.3 A distância máxima a ser percorrida no interior dos túneis de serviço até atingir
uma escada de saída do túnel não poderá ultrapassar 100 m, devendo haver, no mínimo,
dois pontos de saída do túnel situados em posições opostas, nas extremidades. O
acesso aos túneis de serviço deverá ser restrito e supervisionado.

B.6.5.4 O poço de acesso ao pé do elevador de produtos agrícolas poderá ser


considerado como uma das saídas do túnel, devendo ser observado os requisitos do
item B.6.4.1.2 ou B.6.4.1.2.1.

B.6.5.5 A distância a percorrer em áreas técnicas destinadas exclusivamente a suportar


equipamentos, sem permanência humana, com acesso restrito e supervisionado, apenas
para a realização de manutenções esporádicas tais como: passarelas técnicas de
manutenção de transportadores de correia, redler e roscas, plataformas dos motores de
elevadores de caneco, plataformas de acesso a filtros de manga, plataformas de acesso
a máquinas de limpeza, secadores e demais equipamentos, estão isentas de distância a
percorrer desde que devidamente sinalizadas e bloqueadas ao acesso normal de rotina,
devendo somente ser acessadas por permissão de trabalho específica e após análise
de risco pelos responsáveis pela segurança do trabalho.

B.6.6 Demais áreas da unidade armazenadora e áreas de apoio

B.6.6.1 As demais áreas da unidade armazenadora, incluindo suas áreas de apoio, não
especificados no item B.6 desta RTCBMRS, deverão atender os requisitos da Resolução
Técnica CBMRS n.º 11 – Parte 01, quanto às saídas de emergência.

B.6.6.2 Nas áreas técnicas, constituídas por espaços construídos, destinadas


exclusivamente a abrigar equipamentos, sem permanência humana, com acesso restrito
e supervisionado, apenas para a realização de manutenções esporádicas, as exigências
previstas na Resolução Técnica CBMRS n.º 11, Parte 01, são facultativas (não
obrigatórias), desde que a distância máxima a percorrer até um local seguro não
ultrapasse 140 m.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.7 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

B.7.1 A sinalização de emergência deverá estar de acordo com a Resolução Técnica


CBMRS n.º 12.

B.7.2 Caso seja utilizada iluminação de balizamento em áreas classificadas, estes


equipamentos deverão possuir tipos de proteção “Ex” compatíveis com a classificação
da área do local onde estão instalados, devendo atender os requisitos de seleção,
montagem e inspeções iniciais detalhadas da norma ABNT NBR IEC 60079-14.

B.7.3 No interior das áreas de armazenamento (silos e armazéns graneleiros), locais


confinados ou com acesso restrito e supervisionado, a sinalização de emergência é
facultativa (não obrigatória), ficando à cargo do(s) responsável(is) técnico(s) do PPCI,
em conjunto com o proprietário/responsável pelo uso.

B.7.4 Recomenda-se que os acessos, guarda-corpos e corrimãos, plataformas, escadas,


rampas e pontos de ancoragem localizados nos silos, armazéns graneleiros, moegas,
elevadores e túneis de serviço com acesso de pessoas sejam pintados na cor amarela,
a fim de facilitar a sua localização e uso.

B.8 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

B.8.1 O sistema de iluminação de emergência deverá estar de acordo com a norma


ABNT NBR 10898, até a publicação de RTCBMRS específica.

B.8.2 O sistema de iluminação de emergência instalado em área classificada deve ser


especificado, projetado, instalado e inspecionado de acordo com os requisitos da norma
ABNT NBR IEC 60079-14. Os equipamentos elétricos e eletrônicos do sistema de
iluminação de emergência, como luminárias, baterias e botoeiras de acionamento devem
possuir tipos de proteção “Ex” adequados para a classificação de áreas do local da
instalação (Zona 20, 21 ou 22), de acordo com os requisitos da Norma ABNT NBR IEC
60079-14.

B.8.3 O sistema de iluminação de emergência deverá ser instalado nas rotas de fuga
dos locais cobertos que possuam a presença de pessoas.

B.8.3.1 No interior das áreas de armazenamento (silos e armazéns graneleiros), locais


confinados ou com acesso restrito e supervisionado, a iluminação de emergência é
facultativa (não obrigatória), ficando à cargo do(s) responsável(is) técnico(s) do PPCI,
em conjunto com o proprietário/responsável pelo uso.

B.9 BRIGADA DE INCÊNDIO (TREINAMENTO DE PESSOAL)

B.9.1 A brigada de incêndio deverá atender os requisitos da Resolução Técnica CBMRS


n.º 15.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.9.2 O treinamento deverá prever técnicas de uso dos extintores de incêndio e do


sistema de hidrantes, de modo a minimizar a geração de nuvem de poeira durante a
descarga do jato.

B.10 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA)

B.10.1 O Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) deverá atender


a norma ABNT NBR 5419.

B.10.2 O responsável técnico pelo projeto do PPCI, poderá avaliar a necessidade ou não
da instalação do SPDA, conforme os requisitos técnicos da norma ABNT NBR 5419 e as
características da unidade armazenadora.

B.11 PLANO DE LIMPEZA E MANUTENÇÃO

B.11.1 As unidades armazenadoras deverão possuir plano de limpeza e manutenção de


acordo com a norma ABNT NBR 16385 e a norma ABNT NBR IEC 60079-10-2. Os
procedimentos de limpeza e manutenção deverão ser formalizados e fazerem parte dos
procedimentos operacionais de rotina a fim garantir que os níveis de poeiras
combustíveis acumuladas em paredes, pisos e superfícies horizontais, como
equipamentos, dutos, tubulações, exaustores, lajes, vigas e tetos falsos e outras
superfícies, (como o interior de compartimentos elétricos fechados), não excedam os
limites de segurança.

B.11.2 O plano de manutenção e limpeza deverá ser elaborado pelo(s) responsável(is)


técnico(s) pelo projeto e execução do PPCI, em conjunto com o proprietário/responsável
pelo uso.

B.12 SISTEMA DE ALÍVIO DE EXPLOSÃO

B.12.1 Nos locais onde existe risco de explosão, de acordo com a classificação de áreas
e a análise de riscos, deverá ser previsto um plano de controle e a implementação de
dispositivos de alívio de explosão de acordo com as normas técnicas vigentes, sob inteira
responsabilidade dos responsável(is) técnico(s) pelo projeto e execução do PPCI.

B.12.2 Todos os equipamentos, dutos, túneis, silos, coletores de poeira e outras


instalações onde a poeira possa ficar confinada, devem ser dotados de sistema de alívio
de explosão, devidamente dimensionados de acordo com as normas técnicas vigentes.

B.12.3 Os silos deverão ser construídos conforme as normas técnicas vigentes,


considerando um cenário de deflagração de poeira em seu interior.

B.12.3.1 Para atender o disposto no item B.12.3, a união da estrutura da cobertura em


relação ao costado poderá ser fragilizada de maneira que permita a separação neste
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

ponto em caso de explosão em seu interior e/ou poderá ser adotado sistema de alívio de
explosão, especificado e dimensionado pelo(s) responsável(is) técnico(s) pelo projeto e
execução do PPCI, sob inteira responsabilidade destes.

B.13 CONTROLE DE POEIRAS

B.13.1 Quando a ocorrência de nuvem ou acúmulo em camada de poeira não puderem


ser evitadas, a poeira deverá ser coletada em todos os pontos de produção de partículas
dentro da unidade armazenadora, principalmente na admissão ou descarga de
transportadores de correias, redler ou chute, ao longo dos túneis, balanças de fluxo,
elevadores e máquinas de limpeza, podendo ser efetuado por sistemas fixos ou móveis,
com base em procedimento padrão de limpeza, de modo a garantir concentrações
menores que os limites inferiores de explosividade (LIE) e a não permitir acúmulo de
poeira em camadas.

B.13.2 A poeira coletada deverá ser armazenada fora do local de risco, salvo quando
utilizados filtros pontuais que dispensam tubulações para o transporte das partículas
captadas. Quando empregado silo armazenador de poeiras, este deve ser equipado com
dispositivo corta-fogo (damper ou similar) no duto de conexão e provido de dispositivo
de alívio de explosão.

B.13.3 A poeira poderá retornar ao processo caso a mesma seja coletada e filtrada
através de filtro cartucho ou filtro de manga devidamente dimensionados.

B.13.4 Quando o despoeiramento ao longo dos túneis for feito através de filtros de
manga, suas coifas de coleta de poeira deverão ser dispostas próximas às áreas de
transferência e descarga do silo, por ser o local de maior produção de poeira.

B.13.5 Exceto no interior dos silos, os locais enclausurados deverão ser providos de
exaustores e/ou ventiladores, fixos ou móveis, especificados de acordo com a planta de
classificação de áreas, com acionamento manual ou automático, devidamente
dimensionados para contribuir na retirada de poeira e gases e garantir a renovação do
ar.

B.13.6 O sistema de exaustão para controle de poeira deverá garantir circulação de ar


suficiente para que não haja concentração de poeira em desacordo com os limites de
segurança, de acordo com os requisitos estabelecidos pela classificação de áreas e a
norma NR-33 do Ministério do Trabalho, sendo o correto dimensionamento e execução
de inteira responsabilidade do proprietário/responsável pelo uso e do(s) respectivo(s)
responsável(is) técnico(s).

B.13.7 Os equipamentos destinados à exaustão dos ambientes deverão ser submetidos


a manutenção constante, não sendo permitida a movimentação dos grãos sem que os
mesmos estejam em funcionamento. A ligação dos equipamentos de transporte e dos
exaustores devem ser dependentes entre si, de tal forma que não seja possível a
movimentação dos produtos sem o acionamento dos exaustores.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.14. CONTROLE DE TEMPERATURA E FONTES DE IGNIÇÃO

B.14.1 Os secadores de grãos deverão ser dotados de sensores que indiquem ao


operador a temperatura de entrada do ar aquecido, bem como a temperatura do ar em
sua exaustão. Os mesmos deverão estar acoplados a dispositivos de alarme de tal forma
que os operadores sejam avisados sempre que a temperatura de secagem e/ou a
temperatura de exaustão ultrapassarem o limite de segurança estabelecido para
operação.

B.14.2 Os locais destinados ao armazenamento de grãos deverão possuir sistema de


monitoramento de temperatura em toda sua extensão. A quantidade e a localização dos
sensores de temperatura deverão estar de acordo com a recomendação do fabricante
do sistema.

B.14.3 Os transportadores verticais e horizontais deverão ser dotados de sensores de


temperatura nos mancais (roletados ou não) dos conjuntos motores e motrizes que
movimentam o sistema. Caso os sensores detectem elevação anormal da temperatura
do mancal, devem desligar automaticamente os motores.

B.14.4 O sistema deve ser constantemente monitorado e automatizado, de forma a emitir


alerta caso a temperatura, em qualquer ponto do local supervisionado, ultrapasse os
limites de segurança pré-estabelecidos.

B.14.4.1 Locais que possuem temperatura elevada, ou grande oscilação térmica, que
inviabilize a utilização dos sensores de temperatura, soluções alternativas poderão ser
adotadas pelo(s) responsável(is) técnico(s) pelo projeto e execução do PPCI, sendo de
inteira responsabilidade deste(s) a especificação, o dimensionamento e correta
instalação.

B.14.5 Em áreas classificadas deverá haver controle de fontes de ignição, cujos


equipamentos e sistemas elétricos, de instrumentação, automação, telecomunicações e
mecânicos devem ser projetados, selecionados, montados e inspecionados de acordo
com os requisitos das normas ABNT NBR IEC 60079-14, ABNT NBR ISO 80079-36 e
ABNT NBR 16978.

B.14.6 Os dutos coletores de pó do sistema de filtro de manga dispostos ao longo dos


túneis deverão ser providos de sistema de segurança que minimize o risco de um
incêndio ou deflagração de poeira, restando a cargo do(s) responsável(is) técnico(s) pelo
projeto e execução do PPCI a especificação técnica da solução, sendo de inteira
responsabilidade deste(s) a especificação, o dimensionamento e correta instalação.

B.14.7 A especificação e correta instalação do sistema de controle de temperatura e de


fontes de ignição é de inteira responsabilidade do(s) responsável(is) técnico(s) pelo
projeto e execução do PPCI.

B.14.8 As máquinas acionadas por motor de combustão interna que são utilizadas e
operadas no interior de silos ou de armazéns graneleiros, incluindo tratores, caminhões,
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

retroescavadeiras ou empilhadeiras, devem possuir características específicas contra o


risco de geração de fontes de ignição e de exposição de partes quentes, como os tubos
de descarga de gases quentes, ao acúmulo de camadas ou de nuvens de poeiras
combustíveis.

B.14.8.1 Devem haver procedimentos de operação e instruções de trabalho específicas


que assegurem que a presença, utilização e operação destas máquinas não
representam fontes de ignição em áreas classificadas contendo poeiras combustíveis.

B.14.8.2 Nos casos em que não sejam comercialmente disponíveis máquinas industriais
movidas a motor de combustão interna com certificação, com base nas Normas da Série
ABNT NBR ISO 80079, pode ser permitida a elaboração de documentação de avaliação
de risco, na qual sejam especificadas as características construtivas e as formas de
prevenção de explosão aplicadas às máquinas que estiverem sendo utilizadas.

B.14.8.3 Os procedimentos de operação, inspeção e manutenção preventiva de


máquinas de combustão interna utilizadas no interior de silos ou armazéns graneleiros
devem assegurar que estas máquinas não representam fontes de ignição durante todo
o tempo em que permaneçam operando em áreas classificadas.

B.15 PLANO DE EMERGÊNCIA

B.15.1 O plano de emergência deverá cumprir os requisitos das normas ABNT NBR
15219, ABNT NBR 16385 e NR-33 do Ministério do Trabalho.

B.15.2 No plano de emergência deverão ser previstas ações em casos de soterramento


e resgate de pessoas em espaços confinados e de armazenagem.

B.16 SISTEMA DE ABAFAMENTO PARA SECADORES DE GRÃOS

B.16.1 Os secadores de grãos deverão possuir dispositivos para o fechamento total e


efetivo das entradas de ar, de forma que possibilitem a extinção das chamas nos
produtos agrícolas presentes em seu interior através do método de abafamento,
podendo ser empregada a injeção de gases inertes adequados para a redução do nível
de oxigênio (comburente). Esses dispositivos deverão fazer cessar as fontes de ar que
adentram ao equipamento até que seja feita a retirada do material e deverão ser
posicionados do lado de fora dos secadores para conferência de sua funcionalidade.

B.16.2 Soluções tecnológicas e construtivas alternativas ao sistema de abafamento


previsto no item B.16.1 poderão ser utilizadas, sendo de inteira responsabilidade do
responsável(is) técnico(s) pelo projeto e execução do PPCI, a garantia da eficiência e
funcionamento do sistema alternativo.

B.16.3 Caso haja a impossibilidade técnica de serem atendidos os itens B.16.1 e B.16.2,
deverá ser previsto nos secadores um sistema de resfriamento, conforme item B.20.2
desta RTCBMRS.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.17 HIDRANTES DE INCÊNDIO

B.17.1 O sistema de hidrante para a proteção das unidades armazenadoras deverá


atender os requisitos da norma ABNT NBR 13714, e as exigências previstas nesta
RTCBMRS, prevalecendo os requisitos desta última em caso de conflito.

B.17.1.1 Nas áreas que abrigam os silos e armazéns graneleiros (área de


armazenamento) a proteção por hidrantes de incêndio é facultativa (não obrigatória).

B.17.1.2 Nas áreas dos túneis e nas áreas confinadas, quando dotadas de sistema de
chuveiros automáticos/resfriamento, a proteção por hidrantes de incêndio é facultativa
(não obrigatória).

B.17.2 O sistema de hidrantes para a proteção das unidades armazenadoras deverá ser
do tipo 2, conforme norma ABNT NBR 13714, com a reserva técnica de incêndio de
acordo com o item B.17.8.

B.17.2.1 Para as unidades armazenadoras tipo fazenda e coletora, cuja área total
construída seja igual ou inferior a 750 m², desconsiderando a área de armazenamento
(silos e armazéns graneleiros), o sistema de hidrante de incêndio poderá ser composto
apenas pela reserva técnica de incêndio, sistema de bombeamento, com acionamento
manual e/ou automático e vazão mínima de 600 l/min, e um ponto de hidrante de coluna
com tomada simples e conexão storz de 2.½ pol, sem os equipamentos, projetado e
executado de acordo com a norma ABNT NBR 13714 e os requisitos desta RTCBMRS,
em local seguro e afastado, no máximo, 10 m da via de acesso de viaturas, para ser
utilizado pelo Corpo de Bombeiros.

B.17.2.2 Para as áreas administrativas poderá ser empregado o sistema de hidrantes


tipo 1, conforme norma ABNT NBR 13714, podendo ser utilizada a mesma reserva
técnica de incêndio e o mesmo sistema de bombeamento da unidade de
armazenamento, desde que a pressão e a vazão sejam ajustadas para atender as áreas
protegidas pelo sistema de hidrantes tipo 1.

B.17.2.3 Para áreas de armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis deverá


ser observada as exigências da norma ABNT NBR 17505, não sendo aplicável os
requisitos desta RTCBMRS.

B.17.2.3.1 O sistema de bombeamento, a tubulação hidráulica e a reserva técnica de


incêndio do sistema de hidrantes para áreas de armazenamento de líquidos inflamáveis
e combustíveis poderão ser compartilhados com o sistema de hidrantes de incêndio das
unidades armazenadoras, desde que haja o dimensionamento para operação simultânea
dos sistemas, e sejam somados os volumes exigidos para cada sistema.

B.17.3 A proteção da área de moega, secadores, elevadores, área de máquinas e dos


túneis de serviço de qualquer natureza deverá ser realizada através de hidrantes
instalados externamente à unidade de armazenamento, devendo serem
complementados com hidrantes internos, caso não seja possível atender à distância
máxima de cobertura prevista no item B.17.4.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.17.3.1 Não deverão ser instalados pontos de hidrantes de incêndio no interior dos
túneis de serviço de qualquer natureza.

B.17.3.2 Para os túneis de serviço de qualquer natureza com comprimento superior a


100 m, bem como nos túneis que não forem totalmente cobertos pelo sistema de
hidrantes, a proteção por hidrantes de incêndio deverá ser substituída por sistema de
chuveiros automáticos/resfriamento, conforme item B.20.

B.17.3.3 Nas áreas de apoio é admitida a instalação de hidrantes de incêndio no interior


e/ou exterior das edificações.

B.17.3.3.1 As áreas de apoio isoladas, conforme Resolução Técnica CBMRS n.º 04,
deverão possuir sistema de hidrante de incêndio quando exigido em virtude da sua
ocupação, área construída e altura, devendo ser considerada a ocupação, para fins de
dimensionamento do hidrante de incêndio, como predominante em qualquer situação.

B.17.4 A distância máxima de cobertura de um hidrante, considerando o caminhamento


real das mangueiras de incêndio, será de:
a) 30 m, para os hidrantes instalados no interior de edificações e/ou áreas de risco de
incêndio;
b) 60 m, para os hidrantes instalados no exterior de edificações e/ou áreas de risco de
incêndio, devendo o hidrante de incêndio distar, no mínimo, 15 m ou 1,5 vez a altura da
parede externa da edificação e/ou estrutura a ser protegida, incluindo os silos e
armazéns graneleiros próximos.

B.17.4.1 Havendo limitações físicas no terreno que impeça o cumprimento do


afastamento mínimo previsto na alínea “b” do item B.17.4, os hidrantes de incêndio
deverão ser instalados o mais afastado possível da parede externa da edificação e/ou
estrutura próximas, de preferência em lados opostos e próximos às suas extremidades,
de forma a minimizar o risco de comprometimento dos hidrantes de incêndio em caso de
colapso da edificação/estrutura.

B.17.5 A canalização do sistema de hidrantes de incêndio, eventualmente instalada na


área destinada aos silos (área de armazenamento), deverá ser subterrânea, de forma
que ocorrendo o colapso da estrutura de armazenamento, a rede hidráulica não seja
comprometida.

B.17.5.1 O(s) responsável(is) técnico(s) pelo projeto e execução do PPCI poderão adotar
soluções técnicas alternativas à instalação subterrânea da rede de hidrantes, desde que
mitigados os riscos de comprometimento da rede em caso de colapso da estrutura do
silo, sendo de inteira responsabilidade destes.

B.17.6 É dispensada a instalação de sistema de hidrantes de incêndio no interior de silos


e armazéns graneleiros (local de armazenagem).

B.17.7 A reserva técnica de incêndio deverá estar afastada do sistema de armazenagem


de grãos, no mínimo, 1,5 vez a altura da parede externa da edificação e/ou estrutura a
ser protegida, incluindo os silos e armazéns graneleiros próximos.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.17.7.1 Havendo limitações físicas no terreno que impeça o cumprimento do


afastamento mínimo previsto no item B.17.7, a reserva técnica de incêndio deverá ser
instalada o mais afastada possível da parede externa da edificação ou estrutura próxima
ou ser construída de forma subterrânea.

B.17.8 A reserva técnica de incêndio deverá possuir a capacidade mínima de:


a) 36.000 litros de água, para a unidade armazenadora de nível fazenda e coletora;
b) 54.000 litros de água, para as unidades armazenadoras intermediária e terminal.

B.17.9 A casa de bombas de incêndio deverá estar afastada, no mínimo, 1,5 vez a altura
da parede externa da edificação e/ou estrutura a ser protegida, incluindo os silos e
armazéns graneleiros próximos.

B.17.9.1 Havendo limitações físicas no terreno que impeça o cumprimento do


afastamento mínimo previsto no item B.17.9, a casa de bombas de incêndio deverá ser
instalada o mais afastada possível da parede externa da edificação ou estrutura próxima.

B.18. ALARME DE INCÊNDIO

B.18.1 O sistema de alarme de incêndio deverá ser instalado de acordo com a norma
ABNT NBR 17240, em toda a unidade armazenadora e nas suas áreas de apoio.

B.18.1.1 É dispensada a instalação de acionadores manuais de alarme de incêndio em


locais confinados, no topo e interior de silos e armazéns graneleiros (na área de
armazenamento), incluindo suas plataformas e escadas, nos túneis de serviço e nos
locais sem acesso de pessoas, ou cujo acesso seja restrito e supervisionado para a
realização de manutenção esporádica.

B.18.1.2 Deverá ser projetado e executado, junto aos acessos externos do túnel de
serviço, acionadores manuais do alarme de incêndio.

B.18.1.3 As áreas de apoio deverão possuir sistema de alarme de incêndio quando


exigido em virtude da sua ocupação, área construída e altura, devendo ser considerada
a ocupação, para fins de dimensionamento do sistema de alarme de incêndio, como
predominante em qualquer situação.

B.18.2 Caso seja empregado sistema de alarme de incêndio com tecnologia de


transmissão por ondas de rádio, deverá ser observada também a norma ABNT NBR ISO
7240, Parte 25.

B.18.3 O sistema de alarme de incêndio instalado em áreas classificadas deverá possuir


proteção adequada contra ignição e explosão e ser projetado e executado de acordo
com os requisitos da norma ABNT NBR IEC 60079-14.
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

B.19. DETECÇÃO DE INCÊNDIO

B.19.1 As áreas de apoio deverão possuir sistema de detecção de incêndio quando


exigido em virtude da sua ocupação, área construída e altura, devendo ser considerada
a ocupação, para fins de dimensionamento do sistema de detecção de incêndio, como
predominante em qualquer situação.

B.19.2 Recomenda-se a instalação de sistema de detectores de incêndio ao longo dos


túneis de serviço e nos locais confinados.

B.19.3 O sistema de detecção de incêndio instalado em áreas classificadas deverá


possuir proteção adequada contra ignição e explosão e ser projetado e executado de
acordo com os requisitos da norma ABNT NBR IEC 60079-14.

B.20. CHUVEIROS AUTOMÁTICOS E SISTEMA DE RESFRIAMENTO

B.20.1 Chuveiros Automáticos

B.20.1.1 Para as unidades armazenadora de açúcar, com exceção as que usam sistema
de transporte de açúcar seco a granel utilizando ar comprimido, deve ser previsto sistema
de chuveiros automáticos do tipo dilúvio nas correias transportadoras e nos elevadores
de caneca, de acordo com os requisitos da norma ABNT NBR 16913.

B.20.1.1.1 Fica dispensado a instalação do sistema previsto no item B.20.1.1 nas


correias transportadoras nos casos em que houver sistema de umedecimento do açúcar.

B.20.1.2 O acionamento do sistema previsto no item B.20.1.1 poderá ser automático e/ou
manual.

B.20.1.3 O sistema de bombeamento, a tubulação hidráulica e a reserva técnica de


incêndio do sistema de chuveiros automáticos poderão ser compartilhados com o
sistema de hidrantes de incêndio, desde que haja o dimensionamento para operação
simultânea dos sistemas e sejam somados os volumes exigidos para cada sistema.

B.20.2 Sistema de Resfriamento

B.20.2.1 Deverá haver proteção por sistema de resfriamento:


a) no interior dos túneis de serviço, com comprimento superior a 100 m;
b) no interior dos transportadores de correias totalmente enclausurados;
c) demais locais da unidade armazenadora, a critério do responsável técnico pelo projeto
do PPCI.

B.20.2.2 O sistema de resfriamento deverá ser:


a) do tipo água nebulizada (Water Spray), conforme norma NFPA 15, para os túneis de
serviço de qualquer natureza;
b) do tipo dilúvio, por meio de chuveiros automáticos, conforme norma ABNT NBR
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

16913, para transportador de correias totalmente enclausurado e nos túneis de serviço


em substituição ao sistema tipo água nebulizada (Water Spray).

B.20.2.3 O sistema de resfriamento de que trata o item B.20.2.2 poderá possuir


acionamento automático e/ou manual.

B.20.2.4 O sistema de bombeamento, a tubulação hidráulica e a reserva técnica de


incêndio do sistema de chuveiros automáticos/resfriamento poderão ser compartilhados
com o sistema de hidrantes de incêndio, desde que haja o dimensionamento para
operação simultânea dos sistemas e sejam somados os volumes exigidos para cada
sistema.

B.21 EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

B.21.1 Nas áreas classificadas, determinadas de acordo com os requisitos da norma


ABNT NBR IEC 60079-10-2, os equipamentos e instalações elétricas, de
instrumentação, automação e de telecomunicações deverão ser devidamente
selecionados, instalados e inspecionados, de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-14.

B.21.2 Os equipamentos e as instalações elétricas, de instrumentação, automação e de


telecomunicações situadas em áreas classificadas devem ser submetidas aos
procedimentos de manutenção e inspeções iniciais e periódicas especificadas na norma
ABNT NBR IEC 60079-17.

B.21.3 Os equipamentos elétricos, de automação ou telecomunicações instalados ou


utilizados em áreas classificadas devem ser reparados, revisados ou recuperados de
acordo com os requisitos da norma ABNT NBR IEC 60079-19.

B.21.3.1 Os profissionais envolvidos com instalações elétricas, de instrumentação, de


automação ou de telecomunicações em atmosferas explosivas devem atender aos
requisitos aplicáveis de treinamento e competências pessoais especificados nas Normas
da Série ABNT NBR IEC 60079 – Partes 10-2, 14, 17 ou 19.

B.21.4 Devem ser implantados procedimentos operacionais e instruções de trabalho


para que seja mitigada a geração de eletricidade estática, bem como não haja acúmulo
de cargas eletrostáticas em máquinas e equipamentos, por meio da instalação de
condutores de aterramento ou de equipotencialização, de acordo com a norma ABNT
NBR 16385, ABNT NBR IEC 60079-14 e IEC TS 60079-32-1.

B.21.5 As correias de transporte dos grãos das unidades armazenadoras construídas a


partir do dia 07 de abril de 2017, devem ser do tipo que evite a geração e o acúmulo de
cargas eletrostáticas, devendo seguir os preceitos da ABNT NBR IEC TS 60079-32-1
sobre correias transportadoras e materiais antiestáticos.

B.21.5.1 As unidades armazenadoras construídas antes do dia 07 de abril de 2017, que


necessitarem trocar as correias de transporte dos grãos, deverão fazê-la pelo tipo que
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

evite a geração e o acúmulo de cargas eletrostáticas, devendo seguir os preceitos da


ABNT NBR IEC TS 60079-32-1 sobre correias transportadoras e materiais antiestáticos.

B.22 DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE AS ESTRUTURAS DAS UNIDADES


ARMAZENADORAS

B.22.1 A cobertura do silo e dos armazéns graneleiros deverão ser dotados de vedação
contra água.

B.22.2 Os silos e armazéns graneleiros deverão ser dotados de respiro na cobertura, ou


outro meio tecnológico aplicável, para propiciar a saída dos gases aquecidos e do pó,
devendo ser projetado e construído para evitar a entrada de água.

B.22.3 Os silos destinados à armazenagem de grãos deverão ser dotados de sistema


de aeração para evitar a degradação dos grãos, que pode gerar vapores
inflamáveis/combustíveis e/ou interferir nas características de fluidez/fluxo do produto,
prejudicando a descarga do produto armazenado, gerando riscos estruturais e de
engolfamento. A frequência de operação e o meio de aeração empregado deve ser
adequado à aplicação.

B.22.4 Os secadores de grãos que utilizem combustível sólido deverão possuir solução
construtiva que reduza o risco de fagulhas no secador.

B.22.5 Os transportadores verticais e horizontais deverão ser dotados de sensores


automáticos de movimento que desligam automaticamente os motores ao ser detectado
o escorregamento da correia ou corrente.

B.22.6 Nas unidades armazenadoras tipo coletora, intermediária e terminal deverá ser
previsto sistema de medição do nível do silo em tempo real, fornecendo a geometria da
superfície para o monitoramento do acúmulo nas paredes ou qualquer irregularidade
superficial do conteúdo armazenado, bem como sistema de medição da umidade no
interior do silo, a fim de detectar eventuais falhas na secagem e acúmulo de umidade,
que poderão contribuir para o colapso (tombamento) do silo por assimetria na distribuição
de peso. Os sensores de nível e umidade também têm por objetivo minimizar a
necessidade de acesso de pessoas no interior do silo para a realização de medições,
manutenções e limpeza, contribuindo para evitar o risco de engolfamento.

B.22.6.1 De forma alternativa ao disposto no item B.22.6, poderão ser adotados outros
métodos de verificação do nível do silo e do teor de umidade dos grãos a serem
armazenados. O método deverá ser estabelecido considerando, entre outros, as
características do produto e do local de armazenamento, de forma a minimizar a
necessidade de acesso de pessoas no interior do silo para a realização de medições,
manutenções e limpeza, contribuindo para evitar o risco de engolfamento.

B.22.6.2 O disposto no item B.22.6 é facultativo (não obrigatório) nos silos pulmão e
outros que por suas características estruturais e de funcionamento sejam estanques e
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

não permitam a entrada de pessoas para a realização de manutenção ou qualquer outro


procedimento.

B.22.7 As unidades armazenadoras devem possuir classificação de áreas, de acordo


com a norma NBR IEC 60079-10-2.

B.22.8 Quando as concentrações de poeiras forem desconhecidas, os locais de risco


deverão ser avaliados por responsável técnico com uso de detector de partículas em
suspensão (poeira) em tempo real. Estas concentrações de poeira nunca poderão ser
superiores ao estabelecido pela NFPA 61, conforme o tipo de cultura (produto agrícola)
presente no local.

B.22.9 As centrais de Gás Liquefeito de Petróleo - GLP deverão atender a norma ABNT
NBR 13523 e ABNT NBR 15358.

B.22.10 As áreas de armazenamento de GLP deverão atender a norma ABNT NBR


15514.

B.22.11 O armazenamento e manuseio de líquidos inflamáveis e/ou combustíveis


deverão atender a norma ABNT NBR 17505.

B.22.12 As áreas de apoio deverão estar isoladas das estruturas que recebem,
movimentam, beneficiam e armazenam os produtos, conforme Resolução Técnica
CBMRS n.º 04, e atestadas mediante laudo técnico de isolamento de riscos, conforme
modelo previsto no Anexo “E” desta RTCBMRS, acompanhada pela respectiva ART/RRT
do responsável técnico pela execução do PPCI.

B.22.13 Os depósitos com área superior a 200 m² de lenha devem distar, no mínimo, 15
m das edificações/estruturas da unidade armazenadora e áreas de apoio e serem
atestadas mediante laudo técnico de isolamento de riscos, conforme modelo previsto no
Anexo “E” desta RTCBMRS, acompanhada pela respectiva ART/RRT do responsável
técnico pela execução do PPCI.

B.22.13.1 Havendo limitações físicas no terreno que impeça o cumprimento do


afastamento mínimo previsto no item B.22.13, o depósito de lenha deverá ser instalado
o mais afastado possível da parede externa da edificação ou estrutura próxima.

B.23 ARMAZÉNS GRANELEIROS INFLÁVEIS

B.23.1 Será permitido o armazenamento de grãos em armazéns infláveis que


apresentem as seguintes características construtivas:
a) eclusas de acesso com portas manuais ou automáticas construídas em estrutura
metálica;
b) estrutura autoportante com TRRF mínimo de 60 min, atestada mediante laudo técnico
de segurança estrutural em incêndio, conforme RTCBMRS, acompanhada pela
respectiva ART/RRT do responsável técnico pela execução do PPCI;
ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


_________________________________________________________________

c) lona com propriedade auto extinguível e classe de reação ao fogo I-A, II-A e/ou III-A,
atestado mediante laudo técnico de controle de materiais de revestimento, conforme
RTCBMRS, acompanhada pela respectiva ART/RRT do responsável técnico pela
execução do PPCI;
d) aberturas na parte superior que proporcionem a renovação do ar interno e a saída dos
gases e do pó;
e) estejam afastados a no mínimo 15 m de qualquer outra estrutura.

B.23.2 Deve haver ao menos uma saída de emergência, de preferência em posição


central, que deverá servir como ampla via de acesso ao próprio armazém, possibilitando
a entrada, se necessário, de maquinário pesado para retirada emergencial de material,
com medidas mínimas do acesso de 4,5 m de altura e 4,0 m de largura.

B.23.3 A distância máxima a percorrer dentro da estrutura deverá ser de, no máximo,
100 m.

B.23.4 É obrigatória a presença de insufladores reservas (stand-by) e grupo gerador de


energia para atender aos casos de falha física ou mecânica e/ou falta de energia.

B.23.5 Em havendo pane total de energia elétrica e/ou mecânica nos insufladores, a
estrutura inflável em lona deverá permanecer suficientemente inflada por, no mínimo, 10
minutos, possibilitando eventual escape de seu interior pela(s) saída(s) de emergência.

B.23.6 Cada armazém graneleiro inflável deverá ser protegido por extintores de incêndio
próprios, os quais deverão atender os seguintes requisitos:
a) serem dispostos em bateria, afastados a, no máximo, 5 m do seu acesso principal;
b) a bateria deverá ser composta por, no mínimo, 01 extintor de incêndio sobre rodas,
de água pressurizada, com capacidade extintora mínima de 10-A e capacidade nominal
de 75 litros e 02 extintores de incêndio portáteis, com capacidade extintora mínima de 2-
A:20-B:C;
c) a instalação dos extintores de incêndio deverá atender a Resolução Técnica CBMRS
n.º 14.

B.23.6.1 O extintor de incêndio sobre rodas previsto na alínea “b” do item B.23.6 poderá
ser substituído por 06 extintores de incêndio portáteis de água pressurizada, com
capacidade extintora mínima de 2-A e capacidade nominal de 10 litros cada.

B.23.7 As sinalizações da rota de fuga e a iluminação de emergência poderão ser


instaladas somente nos acessos do armazém e deverão atender os requisitos previstos
nos itens B.7 e B.8 desta RTCBMRS.

B.23.8 As instalações elétricas deverão atender o item B.21 desta RTCBMRS.


ANEXO C

LAUDO TÉCNICO DE SEGURANÇA ESTRUTURAL EM INCÊNDIO PARA SILOS E ARMAZÉNS


PPCI N.º __________
1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO DE INCÊNDIO

Razão Social:

Nome Fantasia:

CNPJ:

Logradouro:

Nº: Complemento: Bairro:

Município: CEP:

2. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO OU RESPONSÁVEL PELO USO DA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO DE


INCÊNDIO

Nome do Proprietário:

CPF: Telefone: E-mail:

Nome do responsável pelo uso:

CPF: Telefone: E-mail:

3. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO LAUDO TÉCNICO

Nome: N.º ART/RRT:

CPF: Telefone: E-mail:

Formação profissional: Nº CREA/CAU:

4. OBJETIVO

O presente Laudo Técnico tem o objetivo de descrever as condições de segurança estrutural em incêndio da edificação
identificada no Capítulo 1 deste Laudo Técnico, atestando sua conformidade com a legislação, Resoluções Técnicas e normas
técnicas vigentes de segurança contra incêndio e pânico.

5. FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA

O Laudo Técnico de segurança estrutural em incêndio está tecnicamente fundamentado na Lei Complementar n.º
14.376/2013, e suas alterações, e na RTCBMRS n.º 22, e suas alterações.
ANEXO C

6. TEMPO DE RESISTÊNCIA AO FOGO (TRF) DA EDIFICAÇÃO/ESTRUTURA

De acordo com a fundamentação descrita no Capítulo 5 do presente Laudo Técnico, ao analisar a estrutura e/ou o projeto da
edificação identificada no presente Laudo Técnico, utilizando os métodos e técnicas pertinentes, determina-se que o Tempo
de Resistência ao Fogo geral da edificação para fins de segurança estrutural em incêndio é de ______________ minutos.

7. CONCLUSÃO

Em análise às presentes informações e aos respectivos documentos técnicos comprobatórios, conclui-se que a edificação
identificada no Capítulo 1 do presente Laudo Técnico cumpre rigorosamente a legislação, RTCBMRS e normas técnicas
vigentes, oferecendo segurança aos usuários quanto à segurança estrutural em incêndio, estando de acordo com a eficiência
e objetivos previstos nas normativas elencadas.

8. VALIDADE DO LAUDO TÉCNICO

As informações prestadas no presente Laudo Técnico são verdadeiras e seus dados não foram alterados além dos itens
editáveis. Os relatórios técnicos, laudos de ensaios, memórias de cálculo, projetos e especificações técnicas de produto, entre
outros documentos comprobatórios da segurança estrutural em situação de incêndio da edificação foram entregues ao
proprietário/responsável pelo uso, identificado no Capítulo 2, o qual assina a plena ciência neste mesmo Laudo Técnico. O
presente Laudo Técnico tem validade enquanto permanecerem inalterados os materiais analisados e forem adequados às
condições de uso e manutenção das estruturas.

______________, RS, ____ de ______________ de ________

__________________________________________ ____________________________
Proprietário e/ou responsável pelo uso Responsável Técnico pelo Laudo
da edificação ou área de risco de incêndio
ANEXO D

LAUDO TÉCNICO DE CONTROLE DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO PARA SILOS E ARMAZÉNS


PPCI N.º __________
1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO DE INCÊNDIO

Razão Social:

Nome Fantasia:

CNPJ:

Logradouro:

Nº: Complemento: Bairro:

Município: CEP:

2. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO OU RESPONSÁVEL PELO USO DA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO DE


INCÊNDIO

Nome do Proprietário:

CPF: Telefone: E-mail:

Nome do responsável pelo uso:

CPF: Telefone: E-mail:

3. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO LAUDO TÉCNICO

Nome: N.º ART/RRT:

CPF: Telefone: E-mail:

Formação profissional: Nº CREA/CAU:

4. OBJETIVO

O presente Laudo Técnico tem o objetivo de descrever as características de reação ao fogo dos materiais de revestimento
aplicados na edificação identificada no Capítulo 1, atestando sua conformidade com as Resoluções Técnicas e normas
técnicas vigentes de segurança contra incêndio e pânico.

5. FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA

O Laudo Técnico de Controle dos Materiais Revestimento está tecnicamente fundamentado na Lei Complementar n.º
14.376/2013, e suas alterações, e na RTCBMRS n.º 22, e suas alterações, que determina as classificações e condições
exigidas para aplicação dos materiais de revestimento e os respectivos locais. As classes de reação ao fogo dos materiais
utilizados correspondem ao método de classificação da Instrução Técnica (IT) n.º 10, do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar
do Estado de São Paulo (CBPMESP).
ANEXO D

6. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DE REVESTIMENTO APLICADOS NA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO DE


INCÊNDIO

Tabela 1 - Classe dos materiais de revestimento aplicados

Local de aplicação dos materiais de Classes de reação ao fogo dos materiais de revestimento
revestimento aplicados

Silos e armazéns em geral [ ] Não se aplica

Silos e armazéns destinados à sementes [ ] Não se aplica

7. CONCLUSÃO

Em análise às presentes informações e aos respectivos documentos técnicos comprobatórios, conclui-se que os materiais de
revestimento aplicados na edificação identificada no Capítulo 1 do presente Laudo Técnico cumprem rigorosamente a
legislação, RTCBMRS e normas técnicas vigentes, oferecendo segurança aos usuários desta de acordo com a eficiência
prevista nas normativas elencadas.

8. VALIDADE DO LAUDO TÉCNICO

As informações prestadas no presente Laudo Técnico são verdadeiras e seus dados não foram alterados além dos itens
editáveis. Os relatórios técnicos, laudos de ensaios, especificações técnicas de produto, entre outros documentos
comprobatórios da classificação dos materiais de revestimento e a correta aplicação destes na edificação foram entregues ao
proprietário/responsável pelo uso, identificado no Capítulo 2, o qual assina a plena ciência neste mesmo Laudo Técnico. O
presente Laudo Técnico tem validade enquanto permanecerem inalterados os materiais e as condições de aplicação descritas.

______________, RS, ____ de ______________ de ________

__________________________________________ ____________________________
Proprietário e/ou responsável pelo uso Responsável Técnico pelo Laudo
da edificação ou área de risco de incêndio
ANEXO E

LAUDO TÉCNICO DE ISOLAMENTO DE RISCOS PARA SILOS E ARMAZÉNS


PPCI N.º __________

1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO DE INCÊNDIO

Razão Social:

Nome Fantasia:

CNPJ:

Logradouro:

Nº: Complemento: Bairro:

Município: CEP:

2. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO OU RESPONSÁVEL PELO USO DA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO DE


INCÊNDIO

Nome do Proprietário:

CPF: Telefone: E-mail:

Nome do responsável pelo uso:

CPF: Telefone: E-mail:

3. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO LAUDO TÉCNICO

Nome: N.º ART/RRT:

CPF: Telefone: E-mail:

Formação profissional: Nº CREA/CAU:

4. OBJETIVO

O presente Laudo Técnico tem o objetivo de descrever as condições de isolamento de risco da ocupação identificada no
Capítulo 1, atestando sua conformidade com a legislação, Resoluções Técnicas e normas técnicas vigentes de segurança
contra incêndio e pânico.

5. FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA

O presente Laudo Técnico de isolamento de riscos está tecnicamente fundamentado na Lei Complementar n.º 14.376/2013, e
suas alterações, na Resolução Técnica n.º 22, e suas alterações, e nas regulamentações e normas técnicas correlatas.
ANEXO E

6. ANÁLISE E DESCRIÇÃO DO ISOLAMENTO DE RISCOS

De acordo com a fundamentação descrita no Capítulo 5 do presente Laudo Técnico e com as características da edificação,
informo que foi utilizado o afastamento entre edificações como medida de isolamento de risco, conforme discriminado a seguir:

[ ] Afastamento de _________ metros entre depósitos com área superior a 200 m² de lenha e demais edificações.

[ ] Afastamento de ________ metros entre as áreas de apoio em relação às estruturas que recebem, movimentam, beneficiam
e armazenam os produtos.

7. CONCLUSÃO

Em análise às presentes informações e aos respectivos documentos técnicos comprobatórios, conclui-se que a edificação
identificada no Capítulo 1 do presente Laudo Técnico cumpre rigorosamente a legislação, regulamentação e normas técnicas
vigentes, oferecendo segurança aos usuários quanto ao afastamento entre edificações, estando de acordo com a eficiência e
objetivos previstos nas normativas elencadas.

8. VALIDADE DO LAUDO TÉCNICO

As informações prestadas no presente Laudo Técnico são verdadeiras e seus dados não foram alterados além dos itens
editáveis. Os relatórios técnicos e projetos, entre outros documentos comprobatórios do isolamento de riscos especificado
foram entregues ao proprietário/responsável pelo uso, identificado no Capítulo 2, o qual assina a plena ciência neste mesmo
Laudo Técnico. O presente Laudo Técnico tem validade enquanto permanecerem inalteradas os afastamentos informados.

______________, RS, ____ de ______________ de ________

__________________________________________ ____________________________
Proprietário e/ou responsável pelo uso Responsável Técnico pelo Laudo
da edificação ou área de risco de incêndio

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