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XX
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Porquê?
- Domínio de um vasto Império Colonial (relações comerciais com a América e o Extremo Oriente);
- Subsolo rico em carvão (hulha);
- Precoce Revolução Agrícola;
- Abertura de mentalidades e de espírito de iniciativa.
O sistema Capitalista
Desde finais do séc. XVIII - a economia foi-se desenvolvendo no âmbito do sistema capitalista que se
estabeleceu com a Revolução Industrial e foi evoluindo lentamente. Podemos distinguir duas fases nessa
evolução:
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- a fase de formação, que se caracteriza pela liberdade de economia e concorrência – Revolução
Industrial;
- a fase de declínio, na qual a concorrência se vê afectada por outros elementos – Capitalismo
Financeiro.
Princípios do Capitalismo:
- Liberdade (livre investimento e livre concorrência)
- Direito à propriedade
- Secundarização do papel do Estado
- Economia de Mercado
Por meados do séc. XIX – o contexto é favorável ao apogeu do capitalismo industrial nos chamados países
desenvolvidos:
- aparecem grandes novos mercados nacionais (unificação da Alemanha e da Itália);
- o II Império, em França, estimula o incremento industrial;
- descobrem-se minas de ouro na Califórnia e na Austrália o que vem dar um grande desafogo
monetário;
Entre 1873 e 1895 – uma sucessão de crises capitalistas vão promover a chamada “Grande Depressão” do
capitalismo industrial moderno:
• falência de indústrias,
• desemprego,
• derrocada dos preços devido a superprodução agrícola.
Sendo certo que o Capitalismo é caracterizado por crises cíclicas – as que suportaram a Grande Depressão
do séc. XIX foram muito fortes por resultarem de um ciclo económico favorável de longa duração. Além
disso, revelaram os profundos desequilíbrios do capitalismo liberal.
Porquê?
• diminuição das jazidas de ouro (diminuição da moeda e do capital disponível)
• excessivo endividamento junto da banca
• grandes dificuldades sociais (desemprego)
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Que soluções e medidas?
• Abandono do livre-câmbio
• Concentração de empresas
Quais são as novas indústrias? A Química, as ligadas à electricidade e as construções mecânicas mais
complexas.
Em suma:
Nem todos os países desenvolvidos entram ao mesmo tempo e com o mesmo ritmo na era do capitalismo
financeiro. A partir dos anos 80 e 90:
- Os EUA ultrapassam a produção industrial britânica,
- A Inglaterra continuou a ser a grande potência mercantil,
- A França manteve uma posição intermédia,
- A Itália, também se industrializou,
- A Rússia começou a dotar-se de indústrias pesadas, mas manteve-se ainda profundamente rural.
A Iª Guerra Mundial veio alterar este cenário de tendência expansionista que se verificou a partir de
1895...
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Nacionalismo – É a convicção de que as características comuns da nação têm de ser preservadas, tendo o
direito legítimo de formar ou coincidir com um estado político: autónomo, independente, soberano.
Sustenta a convicção de que os inimigos da nação têm de ser derrotados ou eliminados de forma a que a
nação se prestigie.
Este conceito difundiu-se a partir de 1830, dando origem a movimentos nacionalistas.
O período entre 1830 e 1880 foi decisivo para a emergência e afirmação dos estados - nação na Europa.
Durante estes 50 anos, o equilíbrio do poder alterou-se:
- devido ao surgimento de duas grandes potências baseadas no princípio nacional: Itália e Alemanha;
- devido às convulsões de uma terceira potência graças ao mesmo princípio: Império Austro-Húngaro;
- com a eclosão de duas revoltas nacionais dos polacos que reivindicavam a sua reconstituição em
Estado-nação.
A Belle Époque
A Belle Époque – finais do século XIX, inícios do século XX
Este curto período (pouco mais de 20 anos), foi a última etapa da hegemonia europeia sobre o mundo. A
Europa:
- congregava 44% do comércio mundial,
- monopolizava 90% da indústria,
- tinha uma força demográfica notável,
- apresentava um enorme avanço nos domínios da tecnologia, da arte e da cultura.
Esta era a era do triplo P: progresso, prosperidade e paz.
Este foi, por isso, um período de euforia e de ilusões ...
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- A consagração das Artes Cénicas: o canto, o teatro e o Cinema.
Todavia: sob uma aparente prosperidade, progresso e bem-estar, jaziam contrastes marcantes, incertezas e
conflitos. Por isso, esta também foi uma época de:
- aumento da pobreza e das desigualdades e, por isso, de revolta e conflitos sociais;
- grandes tragédias;
- escândalos e corrupção;
O Império Alemão – foi decisivo no agravamento das relações internacionais. Factores essenciais que
explicam a guerra:
- o legado de Bismarck e a sua ambição de consolidar o II Reich como uma potência europeia e
ultramarina;
- a corrida imperialista (expansionismo) e o impulso de guerra preventiva por parte da Alemanha;
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- o grande potencial militar e industrial alemão.
O período que decorreu entre 1871 e 1914 foi um tempo de adiamento… A diplomacia falhara em torno dos
Balcãs e do Império Otomano. O descontrolo da situação internacional levou à guerra:
- a Alemanha imperial (unificada), em atitude de defesa em relação à França;
- a disputa pelo domínio dos Balcãs opondo a Áustria à Rússia;
- o sistema de alianças que se tornou uma bomba, sobretudo quando a Grã-Bretanha entra num dos
blocos (sempre lutou contra a França nas guerras europeias).
.Fora da Europa:
- A China, esmagada por inúmeras concessões feitas ao Ocidente, transforma-se numa República e
expulsa os estrangeiros de Pequim.
- O Japão, já industrializado, interessado em travar a expansão russa na Manchúria e na Coreia, acaba
por lançar um ataque surpresa à frota de Nicolau II. Inicia-se a Guerra Russo-Japonesa em que se
esperava a vitória do czar e do maior exército do mundo. Todavia, a vantagem estratégica do Japão
fê-los vencer, acabando o desfecho da guerra por suscitar a Revolução de 1905 na Rússia;
- Os EUA, que nesta época se transformam na nação mais rica do mundo, em detrimento da velha
Europa, passaram também a interferir nas grandes questões internacionais, começando por ajudar a
pôr fim à guerra Russo-Japonesa e impondo-se como potência dominante.
I Guerra Mundial
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Quem foram os intervenientes directos?
Tríplice Entente Tripla Aliança
Sérvia Império Alemão
Império Russo (até 1917) Império Austro-Húngaro
França Bulgária
As fases da Guerra
A Grande Guerra – que ditará o fim da hegemonia europeia no mundo, não foi uma série continuada de
batalhas, mas conheceu 4 fases diferentes, cada qual com as suas características e situações próprias:
1914 – A Guerra das Ilusões
1915 – Impasse e Estagnação
1916-1917 – A Grande Carnificina
1917-1918 – Revolução e Paz
Nos inícios de 1915 – começou a ser claro que a vitória não se vislumbrava no horizonte. Qual a
preocupação dos dirigentes?
- proteger a sua posição política, através de alianças ou acordos tácitos com vista a prevenirem-se para
eventuais ataques ou ofensivas decisivas;
- alargar a guerra ao campo económico através do estabelecimento de bloqueios, particularmente
marítimos;
- repensar as estratégias militares, devido à expansão geográfica da guerra. Porque a ofensiva alemã tinha
claudicado, a guerra afigurava-se longa e, pior do que isso, em muitos palcos e frentes de batalha. Isto
fez acender muitos debates políticos sobre a prioridade a dar às Frentes Ocidental ou Oriental.
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- Enquanto as potências centrais geriam alianças e concessões, em Itália, um movimento popular
defendia a entrada na guerra, ao lado dos Aliados. O Tratado de Londres, garantia aos italianos
receberem, no fim da guerra, o que quisessem das regiões austríacas.
Plano Hindenburg – aproveitamento dos avanços da ciência em prol do esforço de guerra e total dirigismo
do Estado sobre a indústria bélica. Os operários receberam incentivos para aumentarem a produtividade.
Porém: os custos foram tão elevados que fizeram disparar a inflação e a crise de subsistências. – Explica, em
parte, porque os Alemães perderam a Guerra.
Desde 1 de Fevereiro de 1917 - a Alemanha intensificou a guerra submarina, o que instigou os EUA a
entrarem no conflito. Todavia, mesmo antes desta data, as relações germano-americanas já haviam sido
abaladas por duas razões de peso:
- o anterior afundamento de navios neutrais, como o Lusitania,
- o caso do telegrama Zimmermann (os serviços secretos britânicos interceptaram um telegrama,
dirigido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão ao ministro alemão no México, reforçando
a necessidade de estabelecer uma aliança com aquele país, se os EUA entrassem na guerra, com a
possibilidade de auxiliarem o México na recuperação ou reconquista dos territórios perdidos).
Perante todas estas provocações e atentados, acabou mesmo por arrastar os EUA para a guerra, com o
apoio de todo o país. Os EUA declararam guerra à Alemanha a 6 de Abril de 1917.
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A campanha submarina alemã, que visava aniquilar o poder marítimo britânico e isolar, ainda mais, a França,
— obrigando os dois países à paz — acabou por despertar o gigante americano. Na alemanha, a nível
político, sentiram-se as consequências, com a resignação do chanceler e algumas opiniões a manifestarem o
desejo de negociar a paz.
A Rússia – é que seria o primeiro país a abandonar a guerra devido às suas próprias convulsões internas.
Há muito que o regime do Czar enfrentava uma forte contestação, devido:
- ao atraso económico do país,
- à Guerra Russo-Japonesa (1904-1905),
- à Revolução de 1905 (Domingo Sangrento),
- à revolta e amotinação dos militares da frota do Mar Negro.
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Alguns fatores foram decisivos para que a Rússia abandonasse a Guerra:
1- o regresso de Lenine – vai defender a saída da Guerra e a devolução da terra aos camponeses, bem como
pão para o povo. Defendia, acima de tudo, uma Revolução Operária e Socialista que instaurasse uma
sociedade sem classes, de matriz comunista.
2- o crescente poder dos Sovietes – cada vez mais, camponeses e soldados aderiam a estes conselhos,
tomando posse de terras e casas e exigindo o fim da Guerra.
Estes factores, bem como o agravamento da situação, vão gerar uma profunda divergência entre os
dirigentes russos:
- O Governo de Kerensky – empenhado numa reforma constitucional, recusa uma paz separada para a
Rússia, que considerava humilhante;
- Os Bolcheviques (Lénine) – insistiam na retirada imediata da Rússia de modo a transformar uma guerra
externa numa luta de classes, interna. Reclamavam “poder aos sovietes” …
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A 21 de Março de 1918 – os alemães lançaram uma grande ofensiva na Frente Ocidental (Flandres e França).
Os resultados foram desastrosos para os Aliados que, ainda sem o auxílio dos americanos, só conseguiram
travar os exércitos alemães a 60 km de Paris. Ainda assim, o ataque alemão, embora pujante, não conseguira
dar a estocada final às tropas inimigas.
Em Agosto de 1918 – começou então o decisivo contra-ataque aliado, com a intervenção de tropas
americanas, canadianas e australianas. A desmoralização dos soldados alemães, que deixaram de acreditar
numa possível e tão propagandeada vitória, ia provocando rendições em massa. A desilusão espalhou-se
incontrolável ... juntamente com a falta de víveres e a epidemia de gripe.
No espaço de um ano – o decurso da guerra sofrera uma reviravolta: quando em finais de 1917, o equilíbrio
de forças parecia favorável à Alemanha e às potências centrais; quando a saída da Rússia parecia ter
enfraquecido ainda mais os exércitos Aliados; quando, finalmente, a frente italiana cedera às investidas
alemãs e austríacas em Outubro de 1917 e só, a custo, conseguiu travar os inimigos, com o auxílio de
franceses e britânicos; por meados de 1918 a situação invertera-se por completo:
- os EUA entraram na guerra, com soldados e armamento,
- a ofensiva alemã de março de 1918 não teve o resultado esperado,
- a desmoralização do exército alemão e a agitação interna no Império, agravaram ainda mais a
situação.
Do contra-ataque aliado – nasceu a Segunda Batalha do Marne que marcaria o princípio do fim da guerra. A
partir de Agosto os Aliados passam a deter o controlo definitivo, usando tácticas dos próprios alemães. Em
Setembro as tropas alemães eram arrasadas pelos aliados auxiliados pelos americanos.
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O Alto Comando alemão - foi reconhecendo que a vitória escapara e para evitar um colapso (invasões da
Boémia e da Alemanha do sul), só era viável um armistício e uma paz negociada. Mais, do que isso, era
preciso evitar o caos interno (uma revolução).
A 11 de Novembro de 1918 - foi assinado o armistício, depois das negociações iniciadas entre uma
delegação alemã e o general inglês Ferdinand Foch, numa carruagem de comboio, em Compiègne.
Principais pontos acordados: evacuação alemã dos territórios ocupados a ocidente; renúncia do Tratado de
Brest-Litovsk; retirada das tropas alemãs do Leste e entrega de material militar. A ocupação aliada da
Alemanha começou a 1 de Dezembro.
O pós-guerra
A Grande Guerra alterou tudo, até o próprio nível de “aceitação” da violência. A guerra total motivou:
- a propaganda - semeando divergências e denegrindo os inimigos. O poder utilizou este instrumento
para alienar os povos, espalhar o ódio e alimentar o conflito;
- a subversão - recorrendo ao bloqueio, à rivalidade imperialista para minar o esforço de guerra do
inimigo. À revelia da luta armada negociavam-se colónias, faziam-se acordos ...
- o recurso a alvos civis - pela primeira vez na História, não obstante os discursos políticos e militares,
os civis tornaram-se alvos legítimos das hostilidades.
Tudo isto - acabou por desencadear os extremismos da II Guerra Mundial. Mais do que a paz, que não foi
duradoura, fez-se um interregno na guerra...
A Conferêcia de Paris
Após a assinatura do Armistício a 11 de Novembro de 1918 – a luta armada chegou ao fim (tréguas), mas
ainda faltava discutir a diplomacia e o estabelecimento da paz. Os Tratados que saíram da longa e difícil
Conferência de Paris é que, — segundo a lei internacional — estabeleceram o fim da guerra e desenharam as
suas consequências.
Itália – o grande objectivo era o de alcançar os territórios que haviam sido prometidos no Tratado de
Londres de 1915.
França – o seu objectivo era o de desmantelar o Império Alemão e garantir a segurança em relação a este
vizinho.
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Inglaterra – desejava a paz, mas sob condições que favorecessem a manutenção do seu Império como
primeira potência mundial. Procurou preservar a Alemanha como parceiro comercial e, sobretudo, como
contrapeso em relação à França.
EUA – procuraram contrariar as pretensões radicais da França, insistindo na criação de um novo sistema de
relações internacionais com base na Declaração de 8 de janeiro de 1918 — os Catorze Pontos.
No geral – Wilson apelou à paz baseada na autodeterminação nacional, no fim da diplomacia secreta, bem
como na fundação de um organismo que, pela via diplomática, resolvesse os conflitos internacionais: a
Sociedade das Nações.
Os tratados de Paz
As negociações foram penosas:
A Alemanha – tentou contestar, sem resultado, as indemnizações, as perdas territoriais... exigindo um
sistema internacional que lhe reconhecesse uma posição de pleno direito.
As transformações Territoriais
Os Tratados determinaram:
- a derrota dos grandes Impérios, os quais desaparecem ou são amplamente amputados.
A Alemanha e a Rússia sofrem perdas consideráveis:
- a primeira devolve à França os territórios da Alsácia e Lorena, bem como outros territórios à Bélgica,
Dinamarca e Polónia, perdendo todas as suas colónias africanas que são repartidas pela França,
Inglaterra, Japão e África do Sul;
- a segunda perde todas as conquistas dos últimos séculos: os estados do Báltico tornam-se
independentes, bem como a Finlândia e a Polónia.
O Império Austro-Hungaro dá lugar às nacionalidades: a Áustria fica restringida a pouco mais de 85.000 km2
e totalmente proibida de se juntar à Alemanha. Surgem novos países, entre eles a Roménia que se torna um
dos grandes beneficiários da paz. Surge ainda a grande Sérvia, levando ao nascimento do reino da
Jugoslávia;
O fim do Império Otomano, reduz-se, doravante, ao planalto da Anatólia, entrada do Mar Negro. De resto,
proliferaram novos estados: Iraque, Síria, Líbano, entre outros, ainda que sob protetorado da França e da
Inglaterra (território da Palestina).
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As alterações territoriais
Por um lado – as negociações de paz e o novo mapa europeu resultaram no triunfo das nacionalidades, com
a multiplicação de estados, há muito desejados. Assistiu-se a um claro recuo do germanismo e a uma
afirmação de novos blocos étnicos como o dos eslavos.
Por outro lado – apesar do nascimento de Estados-Nação e dos progressos que se verificaram a nível
geopolítico, o respeito pelos povos e pelo direito à autodeterminação não ficou totalmente assegurado, já
que permaneceu o problema das minorias. A maior dificuldade resultava da mistura de grupos ou etnias com
língua, religião e cultura diferentes.
As transformações Políticas
O papel do Estado modifica-se – se antes ao Estado cabia a ordem, a defesa, a justiça, as relações externas,
doravante o Estado alarga a sua intervenção à economia e à sociedade – NEO-LIBERALISMO. Determina
políticas económicas, regulação salarial, regras laborais, diálogo entre organizações. Há um claro reforço do
papel do estado e do poder executivo.
A democracia estende-se às relações internacionais – é o fim da diplomacia secreta. A SDN representa a
universalização do regime parlamentar e o triunfo do direito sobre a força (pelo menos, aparentemente).
A SDN
10 de Janeiro de 1920 - é ratificada a Liga ou Sociedade das Nações, com base no seu Pacto, tinha por
objetivo imediato assegurar a paz e supervisionar a repartição das colónias alemães.
Ficou sediada em Genebra, e era liderada por 5 membros permanentes e 6 rotativos (por mandatos de 3
anos). Curiosamente:
- os EUA não a integraram, porque o congresso americano não ratificou o Tratado,
- a Alemanha apenas em 1926 foi aceite na organização e não seria por muito tempo.
Apesar da sua importância – estava condenada ao fracasso em boa parte pelas dificuldades em torno do
problema do desarmamento.
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Em suma:
Existiam demasiadas feridas em aberto – pela extensão, duração, características e ainda pelo modo como
decorreram as negociações de paz, a I Guerra Mundial produziu efeitos e mudanças irreversíveis:
- as subversões estenderam-se à economia, à sociedade, aos costumes, ideias e mentalidades,
- a profundidade das subversões dependeu:
- da intensidade da participação e do esforço de guerra,
O povo judeu – continuou a ver adiada a fundação da sua pátria, na terra prometida...
Consequências demográficas
- As perdas humanas foram elevadíssimas, com impacte diferente consoante a densidade demográfica
de cada país (a população francesa era menor que a alemã),
- Aos mortos, temos de juntar os milhões de mutilados e estropiados que viram as suas vidas
profundamente afectadas,
- A pirâmide etária ficou decepada: os mobilizados eram a maioria da população activa, entre os 20 e
os 40 anos: tal como a economia, a demografia é afectada pela difícil recuperação da natalidade,
- Multiplicaram-se as famílias desestruturadas: “viúvas de guerra”, “pupilos da nação”.
Fala-se: da geração oca...devido à sensação de envelhecimento da Europa.
As consequências Económicas
As subversões sociais
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- Surgimento de um tipo social novo: o ex-combatente – psicologicamente afectados, unidos entre si,
formam grupos de pressão
- Agravamento das assimetrias sociais: grupos beneficiados enriqueceram (fabricantes de guerra,
negociantes); grupos prejudicados empobreceram (rendeiros, desempregados, bancários,
arruinados),
- Ressurgimento de fluxos emigratórios (Ex.: forte emigração russa para Ocidente),
- Crise na habitação,
- Alteração das estruturas tradicionais: extensão do trabalho feminino,
- As mais duradouras: derrube dos valores e crenças vindas do século XIX - o optimismo e a confiança
no homem, no progresso e no futuro são fortemente abalados,
- Por outro lado, as tensões e horrores vividos e os sacrifícios impostos geram sentimentos de
desforra, de compensação e euforia → Loucos Anos 20,
- Paradoxos: euforia versus desmoralização; fervor religioso e espiritual versus ateísmo e afastamento
das Igrejas; patriotismos e nacionalismos exacerbados (regimes autoritários) versus pacifismo e anti-
militarismo (literatura e artes),
- Afirmação de novas correntes: Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo... apesar da perda de muitos
escritores e artistas.
Em suma:
O período entre 1919-1929 é de aparente recuperação e paz, marcadas por grandes contradições:
- lenta recuperação económica;
- EUA tornam-se credores da Europa e tentam evitar maiores conflitos:
Outubro de 1925 – é assinado o Pacto de Locarno – que preconizava a substituição da força pelo diálogo
entre as nações, privilegiando as soluções contratuais, como um contributo para a paz (até a Alemanha
aceitou);
Em 1928 – é celebrado o Pacto Briand-Kellog, – cujo teor era anti-militarista, contra o recurso à violência e a
favor do desarmamento. Era um pacto de não - agressão que parecia anunciar a paz por muito tempo ...
Mas ...
A Alemanha – a 9 de Novembro de 1918 – tinha sido proclamada a República de Weimar (devido à
instabilidade e recessão de Berlim). Este novo regime vai enfrentar gravíssimos problemas:
- pagamento de pesadas indemnizações de guerra;
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- aguda crise económica (esforço de guerra, perda de territórios, pauperismo, inflação). Em 1923 a
moeda alemã valia menos do que lenha ....
- agitação social: greves, manifestações, descontentamento ...
Apesar de lenta recuperação económica, resultante de um enorme esforço interno, a crise de 1929 viria a
mergulhar a Alemanha numa nova depressão económica.
Afinal: por toda a Europa avultavam novas e grandes dificuldades:
- Crise das democracias parlamentares;
- Expansão do comunismo (formação da URSS);
- Crise económica de 1929.
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