TCC - Cairo FINAL - Revisão
TCC - Cairo FINAL - Revisão
TCC - Cairo FINAL - Revisão
JOÃO PESSOA
2024
CAIRO FEITOSA DE CARVALHO
JOÃO PESSOA
2024
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, não poderia deixar de agradecer a Deus, o qual foi fundamental para
todo este percurso de aprendizagem. Nos momentos em que mais precisei, Sua luz foi guia em
meu caminho e uma fonte de força e inspiração durante toda a minha vida.
À minha família, pelo apoio incondicional, incentivo e compreensão. Nunca houve um
momento sequer em que eles não me apoiaram, não importando quais fossem os desafios. A
vivência acadêmica foi longa, e todos os dias eles estavam ali de alguma forma, tentando me
entender, me aconselhar e me ajudar no que fosse possível.
À minha querida namorada, que veio para somar em minha vida, enchendo meus dias
de felicidade mesmo nos momentos mais desafiadores. Durante esse período, ela se mostrou
uma ouvinte atenta e uma conselheira dedicada, sempre presente para me apoiar da melhor
maneira possível. Sua presença constante foi meu refúgio, sempre pronta para estar ao meu
lado quando eu precisava. Sou imensamente grato por tê-la em minha vida.
Aos meus amigos, agradeço por cada momento de descontração e companhia que
compartilhamos. Vocês foram fundamentais em tornar os desafios mais leves, sempre me
proporcionando momentos de alegria e diversão.
Expresso o meu sincero agradecimento à professora e orientadora Cibelle Guimarães
pela sua dedicação, profissionalismo e principalmente pela disponibilidade na execução desta
monografia, sendo assim primordiais para realização deste projeto. Sua orientação foi
essencial para execução deste trabalho e sou extremamente grato por toda sua ajuda e apoio
ao longo do caminho.
À empresa em que trabalho, expresso imensa gratidão por proporcionar um ambiente
propício para conciliar estudo e trabalho, e por todo o aprendizado que adquiri ao longo da
minha trajetória profissional.
Também expresso minha gratidão aos professores Aline Remígio e Clovis Dias, por
concordarem em integrar a banca avaliadora.
Por fim, mas não menos relevante, agradeço à Universidade Federal da Paraíba
(UFPB), à qual estendo os agradecimentos aos professores que contribuíram para minha
jornada acadêmica, proporcionando oportunidades de aprendizado, mantendo padrões de
excelência e disponibilizando recursos que enriqueceram minha formação.
A todos vocês, meu profundo agradecimento. Este trabalho é também fruto do apoio e
contribuição de cada um de vocês. Muito obrigado!
RESUMO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................12
1.1 Problemática..................................................................................................................13
1.2 Justificativa....................................................................................................................13
1.3 Objetivos.........................................................................................................................14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................15
2.1 Orçamentação..............................................................................................................1
5
2.2 Etapas da orçamentação...............................................................................................17
2.2.1 Condições de contorno....................................................................................................17
2.2.1.1 Projeto...........................................................................................................................17
2.2.1.2 Edital.............................................................................................................................18
2.2.1.3 Vistoria..........................................................................................................................18
2.2.2 Composição de custos.....................................................................................................19
2.2.2.1 Identificação dos serviços.............................................................................................19
2.2.2.2 Levantamento quantitativo.........................................................................................19
2.2.2.3 Discriminação dos custos diretos..................................................................................20
2.2.2.4 Discriminação dos custos indiretos...............................................................................21
2.2.3 Fechamento do orçamento...............................................................................................21
2.2.3.1 Impostos........................................................................................................................22
2.2.3.2 Lucratividade e lucro....................................................................................................22
2.2.3.3 Cálculo do BDI.............................................................................................................23
2.3 Graus de orçamentação.................................................................................................24
2.3.1 Estimativa de custo..........................................................................................................24
2.3.2 Orçamento preliminar......................................................................................................25
2.3.3 Orçamento analítico.........................................................................................................25
2.4 Curva ABC.....................................................................................................................26
2.5 O Contrato e modelos de contratações em empresa da construção civil..................27
2.5.1 Contrato de construção por empreitada (preço global ou preço unitário).......................27
2.5.2 Preço de custo e administração........................................................................................28
2.6 Monitoramento e Controle...........................................................................................29
3 METODOLOGIA..........................................................................................................31
3.1 Caracterização do objeto............................................................................................32
3.2 Projetos e serviços.......................................................................................................33
3.3 Orçamentação..............................................................................................................3
4
3.3.1 Orçamento empresa.........................................................................................................34
3.3.2 Orçamento SINAPI/ORSE/CPOS...................................................................................35
3.3.3 Comparativo entre orçamentos........................................................................................35
3.3.4 Aditivo.............................................................................................................................36
3.3.5 Levantamento de custos reais..........................................................................................36
3.3.6 Análise geral....................................................................................................................36
4 RESULTADOS..............................................................................................................37
4.1 Projetos e serviços.......................................................................................................37
4.2 Orçamento empresa e orçamento
SINAPI/ORSE/CPOS........................................39
4.2.1 BDI da empresa...............................................................................................................42
4.2.2 Curva ABC dos serviços..................................................................................................44
4.3 Comparativo entre os orçamentos.............................................................................46
4.4 Serviços extras presentes na obra (aditivos).............................................................47
4.5 Levantamento de custos reais....................................................................................49
4.6 Análise dos resultados.................................................................................................54
4.6.1 Implantação do canteiro de obras/administração.............................................................54
4.6.2 Paredes e painéis..............................................................................................................55
4.6.3 Revestimentos..................................................................................................................56
4.6.4 Instalação hidrossanitária e gás.......................................................................................57
4.6.5 Instalação elétrica............................................................................................................58
4.6.6 Pintura..............................................................................................................................59
4.6.7 Impermeabilização...........................................................................................................60
4.6.8 Diversos...........................................................................................................................61
4.6.9 Esquadrias........................................................................................................................62
5 CONCLUSÃO................................................................................................................64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................66
Anexo A - Planilha orçamentária detalhada da empresa..........................................................70
Anexo B - Planilha orçamentária detalhada do SINAPI/ORSE/CPOS....................................72
Anexo C – Planilha orçamentária detalhada de aditivos da empresa.......................................74
Anexo D – Planilha orçamentária detalhada final da empresa.................................................77
Anexo E- Cronograma físico financeiro de serviços de mão de obra própria..........................80
13
1 INTRODUÇÃO
1.1 Problemática
1.2 Justificativa
1.3 Objetivos
Geral:
O presente estudo tem como objetivo analisar as variáveis envolvidas no
processo de orçamentação e levantamento de custos de uma obra de reforma de área
comum em um edifício de alto padrão, situado em João Pessoa, Paraíba. Busca-se
identificar as etapas fundamentais responsáveis por eventuais discrepâncias que
possam surgir entre os custos estimados inicialmente e os custos reais incorridos ao
longo da execução da obra.
Específicos:
- Investigar as etapas do processo de orçamentação de uma obra de reforma de
área comum em um edifício de alto padrão em João Pessoa, Paraíba;
- Analisar as variáveis consideradas durante o levantamento de custos para a
16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Orçamentação
Em resumo, como explicado por Tisaka (2006), existe uma ligação entre o
custo da obra e as limitações financeiras dos clientes. Essa ligação pode definir os
prazos e que tipos de materiais serão usados durante a execução. Numa visão
simplista, o orçamento é a junção de uma série e materiais e preços buscando uma
estimativa do custo geral de uma obra.
Por fim, complementa ainda Mattos (2006) que um dos fatores primordiais
para um resultado lucrativo e o sucesso do construtor é uma orçamentação eficiente.
Quando o orçamento é malfeito, fatalmente ocorrem imperfeições e possíveis
frustrações de custo e prazo. Aliás, geralmente erra-se para menos, mas errar para
mais tampouco é bom.
Segundo Jesus e Barros (2008), estão destacados no fluxograma da figura 1 as
etapas fundamentais para a elaboração de orçamentos, sendo assim um processo
cíclico e essencial para o planejamento financeiro de obras da construção civil.
2.2.1.1 Projeto
2.2.1.2 Edital
2.2.1.3 Vistoria
É possível identificar outras variáveis por meio de visitas técnicas ao local que
será objeto do orçamento, permitindo uma avaliação mais abrangente do ambiente na
totalidade. Isso pode ser feito tanto em terrenos, no caso de obras novas, quanto em
edifícios, no caso de obras de reforma. Dias (2001) afirma que a realização da visita
20
De acordo com Tisaka (2006) apud Jesus e Barros (2008), após a identificação
dos serviços incluídos no escopo da obra, juntamente com suas especificações
técnicas, é necessário listá-los de acordo com a ordem lógica estabelecida no
planejamento operacional, antes de proceder ao levantamento dos quantitativos de
serviço.
“O custo total de uma obra é fruto do custo orçado para cada um dos serviços
21
De acordo com Felix et al. (2011) apud Kern et al. (2004) apud Silva et al.
(2020) os custos diretos são determinados pelos projetos por meio da especificação
dos materiais e suas respectivas quantidades de uso. Além disso, são
significativamente impactados pelo processo de produção devido aos métodos
construtivos empregados, que determinam a utilização de equipamentos especiais e os
quantitativos de mão-de-obra necessários para a realização do projeto até o produto
22
final.
Para Tisaka (2006), é possível apresentar alguns tópicos referentes à
discriminação dos custos diretos:
Os quantitativos de todos os serviços e seus respectivos custos são obtidos por meio da
composição de custos unitários;
O custo relacionado à preparação do canteiro de obras, incluindo sua mobilização e
desmobilização, também é contemplado na análise orçamentária;
Já no que diz respeito aos custos unitários para mão-de-obra, Jesus e Barros
(2008) destacam que:
Os custos unitários correspondem ao salário-base por hora do operário, de acordo com sua
função, somado aos encargos sociais e trabalhistas. O salário-base é obtido junto ao
sindicato das empresas da construção civil da região, sendo reajustado anualmente.
Por sua vez, os encargos sociais e trabalhistas são formados por todos os impostos
incidentes sobre a folha de pagamento salarial (Jesus; Barros, 2008, p. 10).
Véras (2020) explica que o BDI pode ser compreendido como um percentual
adicionado aos custos diretos de uma obra ou serviço, abrangendo todas as despesas
indiretas da administração central. Essas despesas incluem gastos com aluguel da
sede, almoxarifado e oficina central, salários e benefícios de todo o pessoal
administrativo e técnico, pró-labore dos diretores, materiais de escritório e limpeza,
consumo de energia, telefone e água, além dos tributos e do lucro.
Em outras palavras, Silva et al. (2020) explicam que a Taxa Benefício e
Despesas Indiretas (BDI) é uma despesa indireta que afeta os custos diretos e indiretos
de uma obra. Dentro dela, podem estar inclusos impostos, custos de comercialização,
risco da obra e o lucro obtido. O preço de venda de um empreendimento é
determinado pelo custo somado ao BDI.
Na Tabela 2, um exemplo prático ilustra o cálculo do BDI, detalhando os
componentes que influenciam os custos indiretos em projetos de engenharia,
destacando sua importância na gestão eficaz de custos e na viabilidade financeira:
ISS 3,62%
PIS 0,65%
Taxa de BDI 20,01%
Fonte: adaptado de TCU (2013).
2.3 Graus de orçamentação
Véras (2020) descreve a estimativa de custo como uma avaliação dos custos da
obra, obtida através da análise de dados preliminares de um conceito de projeto em
relação à área a ser construída. Isso envolve a aplicação de um valor médio por metro
quadrado para determinadas opções de estrutura e acabamento, utilizando fontes como
revistas especializadas ou outras formas de avaliação sintética baseadas em
experiências de obras similares.
Segundo Silva et al. (2020), o orçamento por estimativa de custo é
caracterizado como uma abordagem simplista, podendo ser elaborado com base em
experiências anteriores ou utilizando indicadores do setor da construção. Esse método
proporciona uma estimativa aproximada dos custos da obra. Silva et al. (2020),
complementam ainda que:
Na construção civil, o indicador mais confiável e usado para esse tipo de estimativa é o
Índice de Custo Unitário Básico – CUB. Esse indicador surgiu através da Lei
Federal nº 4.591 de 16 de dezembro de 1964, a qual obrigava os sindicatos estaduais
da construção civil a divulgar mensalmente a estimativa de custos unitários (Silva et
al., 2020, p. 9).
27
do preço proposto. Nesse tipo de orçamento, utiliza-se uma metodologia que considera
todos os recursos e variáveis envolvidos. No processo de orçamento analítico, o
projeto é subdividido em atividades e, para cada uma delas, realiza-se uma
decomposição detalhada dos serviços. Em seguida, é feita a composição unitária de
cada serviço, multiplicada pelo seu respectivo quantitativo, para se obter o custo
direto. Após isso, são adicionados os custos indiretos relacionados à montagem do
canteiro de obras, equipe técnica, administração central e lucro, resultando no preço
final de venda.
Em resumo, segundo Formoso et al. (1986 apud Jesus; Barros, 2008), "o
orçamento detalhado de uma obra resulta da decomposição da obra nos seus diversos
serviços (custos diretos) e nos trabalhos de apoio para realização da construção (custos
indiretos)”.
Para Portugal (2017), o contrato por preço de custo e administração pode ser
entendido da seguinte forma:
O contratante reembolsa o contratado por todos os valores de compras realizadas, de mão
de obra e de equipamentos empregados, aplicando sobre esses valores uma taxa fixa
pelo montante do projeto. Ocorrem riscos similares ao modelo de contrato por preço
unitário. Todavia, os riscos sobre a variabilidade dos preços são assumidos
integralmente pelo contratante” (Portugal, 2017, p. 32).
A gestão de uma obra permite uma avaliação correta das etapas de execução,
analisando prazo de entrega, tecnologias e equipamentos empregados, produtividade e,
a cada passo, a avaliação do impacto no custo orçado, fazendo com que os gastos não
saiam de controle (Redação do Fórum da Construção, Instituto Brasileiro de
Desenvolvimento da Arquitetura).
Segundo Nakamura (2014) fazem parte do escopo de gerenciamento:
- a elaboração do planejamento físico financeiro da obra;
- a programação de aquisição de materiais e contratação de serviços, incluindo
cronograma de suprimentos;
- o planejamento operacional e logístico da obra, incluindo o planejamento
canteiro;
- o controle e o acompanhamento das atividades executadas (gestão de mão de
obra e de segurança);
- a retroalimentação do planejamento físico financeiro. (Nakamura, 2014, p. 1)
Atualmente, mais do que nunca, planejar é garantir de certa maneira a
perpetuidade da empresa pela capacidade que os gerentes ganham de dar respostas
rápidas e certeiras por meio do monitoramento da evolução do empreendimento e do
eventual redirecionamento estratégico (Mattos, 2010, p. 23).
Goldman (2004) destaca que o planejamento está intimamente ligado à
execução da obra. Ele menciona que o setor de planejamento tem o papel de auxiliar e
otimizar a realização dos serviços, identificando e buscando solucionar as dificuldades
encontradas, controlando os gastos nas etapas construtivas futuras, administrando o
cronograma físico-financeiro e gerenciando a produtividade da obra.
De acordo com Gerosa et al. (2003), a colaboração no desenvolvimento de um
projeto envolve coordenar informações para promover a comunicação, coordenação e
32
cooperação entre os membros da equipe. Isso resulta em uma visão global do trabalho
para os envolvidos, favorecendo um entendimento compartilhado sobre o progresso
das tarefas ou do projeto como um todo.
O gerenciamento das comunicações do projeto discrimina os processos
necessários para assegurar a geração, captura, distribuição, armazenamento e pronta
apresentação das informações do trabalho para que sejam feitas de forma adequada e
no tempo certo (Silva, 2011).
Uma maneira de monitoramento e controle é a adoção de livro de ordem, ou
como é comumente conhecido, diário de obra. Segundo o IBEC – Instituto Brasileiro
de Engenharia de Custos (2019), “o diário de obras é uma ferramenta muito
importante, tanto para o sucesso e segurança de um empreendimento, quanto para uma
empresa ou construtor. Ele é um registro das informações de ocorrência diária mais
relevantes em uma obra. Dessa forma, proporciona maior organização, controle de
imprevistos, possibilidade de prevenção e avaliação das equipes”.
Além disso, Portugal (2017) relata ainda sobre a obrigatoriedade desse tipo de
monitoramento:
“A nomenclatura oficialmente definida recentemente através da resolução número 1024 de
21 de agosto de 2009 do CONFEA, que dispôs sobre a obrigatoriedade de adoção do
livro de ordem nas obras. Essa resolução, através de seu artigo 12º, decide ainda que
o uso do livro de ordem deve ter sido implantado através dos CREAs em todo o
território nacional até 1º de janeiro de 2011” (Portugal, 2017, p. 104).
3 METODOLOGIA
uma análise comparativa do valor global orçado pela empresa e o orçamento feito por
meio dos padrões de banco de dados consolidados da construção civil, tais como o
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos Índices da Construção Civil, Sistema de
Orçamento de Obras de Sergipe e Companhia Paulista de Obras e Serviços. Além
disso, realizou-se uma análise da viabilidade desse orçamento em comparação com os
custos reais incorridos ao longo de toda a execução da obra.
As etapas desse trabalho podem ser observadas no fluxograma da figura 3:
orçamentação.
3.3 Orçamentação
única variável ajustada na planilha foi em relação aos custos unitários. Isso foi
essencial para assegurar a precisão e a fidedignidade da análise de viabilidade
temporal do orçamento, mantendo-se a uniformidade nos critérios de avaliação.
3.3.4 Aditivo
Para permitir uma comparação precisa entre o valor estimado inicialmente com
base nos projetos e o custo real da obra, foi necessário incorporar um aditivo para
serviços extras não previstos no projeto inicial, mas que foram posteriormente
adicionados e executados. Esses serviços adicionais, comuns durante o processo de
construção, podem surgir devido a descobertas durante a execução, alterações nas
especificações do cliente ou outros imprevistos, sendo fundamental considerá-los para
uma avaliação abrangente da viabilidade financeira do projeto.
O estudo iniciou-se com uma análise comparativa entre dois métodos distintos
de orçamentação na construção civil. O primeiro método adotou custos unitários
desenvolvidos pela empresa, baseados em experiências anteriores e obras previamente
executadas. Em contraste, o segundo método utilizou referências preestabelecidas,
como SINAPI, ORSE e CPOS, reconhecidas no mercado.
Posteriormente, o orçamento da empresa foi confrontado com os custos reais
medidos durante a execução de uma obra específica. Essa comparação direta teve
como objetivo avaliar a precisão e a confiabilidade dos métodos de orçamentação,
identificando eventuais discrepâncias entre os valores estimados e os custos
efetivamente incorridos.
4 RESULTADOS
Figura 4 – Vista em planta do projeto de forro de gesso em uma das salas do salão de jogos/academia
41
mesmo BDI que a empresa usa para o orçamento das tabelas de preços do SINAPI,
ORSE e CPOS. Posteriormente, será explicado detalhadamente o cálculo de BDI
adotado pela empresa.
Preço Total
Item Di scri mi nação
(com BDI)
Preço Total
Item Di scri mi nação
(com BDI)
4 IMPOSTOS 13,15%
IRPJ 2,50%
CSLL 1,00%
PIS 0,65%
COFINS (VARIÁVEL) 4,00%
ISS 5,00%
6 RISCOS 0,00%
ao valor global da obra, dessa forma, o BDI que deveria ser usado pela empresa seria,
teoricamente, seria um BDI de 74,26%.
Anteriormente, foram esclarecidos os impostos incidentes sobre o valor global
do orçamento, ou seja, da obra como um todo. No que tange aos impostos incidentes
sobre a mão de obra, verifica-se uma alíquota de 8% para o FGTS (Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço), 25,8% para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social),
além de seguro acidente e vale-transporte, respectivamente representando 3% e 6%,
totalizando 42,80%. Se expresso em valores monetários, para a obra em questão, os
gastos com mão de obra própria da empresa somaram R$ 22.482,83, logo incidindo os
impostos sobre esse valor, tem-se uma redução de lucro de R$ 10.297,14, totalizando
um custo de mão de obra própria da empresa igual a R$ 32.105,48. Porém, a firma
optou por embutir os valores de impostos incidentes sobre a mão de obra já nos custos
unitários.
Ademais, em uma perspectiva geral, pode-se notar então que, na tentativa de
compensar despesas e aumentar o lucro da empresa, foi aplicado um alto BDI sobre as
planilhas. Assim podendo comprometer a atratividade da execução do projeto para
potenciais clientes, atrapalhando a competitividade da empresa no mercado. Além
disso, pode sinalizar uma possível ineficiência na gestão de custos, o que pode
prejudicar a saúde financeira geral.
Destaca-se ainda que, desde fevereiro até os dias atuais, a empresa não
atualizou os preços, alterando apenas o BDI na tentativa de compensação da variação
de custos de mercado.
comparativo entre os resultados obtidos por meio dos valores de custos unitários
adotados pela empresa e os custos unitários adotados pelas fontes conhecidas e
inseridas no mercado da construção civil (tabela 10).
simplesmente a empresa acaba tendo custos maiores de material e mão de obra para
executar os serviços, o que não deveria acontecer, pois o serviço se encontra na
categoria A, da curva ABC, sendo extremamente importante o barateio para execução.
Ademais, serviços como: canteiro de obras, instalação hidrossanitária,
instalação elétrica, pintura e diversos, tiveram redução no seu preço no comparativo
entre orçamento da empresa e orçamento do SINAPI, ORSE e CPOS, porém, como
destacado na análise da CUB/m², a construção civil sofreu redução mínima dos preços
de material e mão de obra (tópico 4.2), dessa forma, constata-se que a empresa cobra
mais caro que os valores de mercado pelos serviços descritos. Todavia, o impacto no
valor global, para esses serviços, representa pouco em termos gerais.
E por fim, serviços como: paredes e painéis e impermeabilização sofreram
aumento no longo prazo, sendo necessário a empresa se atentar a esses valores, que
caso estivessem em escalas maiores, representariam pontos de prejuízo para execução
da obra.
Diante disso, os serviços de revestimento acabaram representando um preço
maior em 25,35% dos valores cobrados pela empresa, os de instalações
hidrossanitárias 40,25% maiores, e por fim, o serviço de impermeabilização subiu
31,95%.
contratual, embora este não tenha abrangido todos os serviços adicionais executados
além do escopo previsto no orçamento analítico. O aditivo foi direcionado
principalmente para os serviços mais onerosos, especialmente aqueles derivados das
modificações no projeto. Essa medida visava mitigar parte do prejuízo financeiro
decorrente das mudanças durante a execução da obra.
Ademais, embora a implementação do aditivo tenha proporcionado uma certa
mitigação dos danos financeiros, o que inicialmente estava planejado para ser
concluído em 4 meses acabou demandando 7 meses para sua conclusão.
No total, o orçamento do aditivo representou R$ 93.264,73, observando-se um
aumento significativo em três serviços que já exerciam impacto no valor global do
orçamento: revestimento, impermeabilização e pintura. O montante representado pelos
aditivos nestas atividades é de R$ 21.323,71 para revestimentos, R$ 25.511,81 para
impermeabilização e R$ 10.190,60 para pintura. Além disso, novos serviços foram
evidenciados, como é o caso das paredes e painéis, os quais apresentaram um
acréscimo de R$ 9.632,19 no valor global, graças aos aditivos.
Em termos de porcentagem, os serviços de paredes e painéis subiram 110,25%
do que eram antes de aditivados, os de instalações hidrossanitárias/gás 339,53% e por
fim, o serviço de impermeabilização subiu 370,12%, este último, como estudado no
tópico 4.3, era cobrado de forma mais barata pela empresa, se comparado as tabelas
estudadas no SINAPI/ORSE/CPOS, dessa forma, com o aumento dos quantitativos
para esse serviço, os preços cobrados pela empresa podem constatar um possível
ponto de prejuízo. A planilha detalhada encontra-se no anexo C.
Na tabela 11, pode-se notar detalhadamente a distribuição desses valores e seu
impacto em cada serviço de engenharia.
R$45,000.00
R$40,000.00
R$35,000.00
R$30,000.00
R$25,000.00
R$20,000.00
R$15,000.00
R$10,000.00
R$5,000.00
R$-
ria to ca éi
s
çã
o
ur
a
i tá en é tri in a nt
an tim e l a liz i
s s ra
p bi p
os ve ob se ea ob
ra
i dr re de rm
h ra de re pe de
ra ob ão pa im ão
ob ra
de de M
ob ra M
ão ob
ão M de de
M ão
M ão
M
R$30,000.00
R$25,000.00
R$20,000.00
R$15,000.00
R$10,000.00
R$5,000.00
R$-
s s ria a
ra né
i
to
s ca ur çã
o os
ob i en itá tri i nt a e rs
de pa an l é P liz v
e tim s e bi Di
iro s s os çã
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n re Re h
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pe
ca Pa çã
o
In
do la Im
çã
o s ta
ta In
a n
pl
Im
Para a tabela 12, valores que encontram-se baixos são devido à baixa demanda
de serviços ou a colocação de ajudantes para fazer ajustes pontuais, dessa forma, da
mão de obra própria da empresa, dificilmente se encontravam mais de 5 funcionários
na reforma, ficando muitos serviços a cargo dos terceirizados.
Antes de dar sequência, torna-se necessário explicar que a obra começou
realmente seus serviços em setembro, apesar da folha salarial na segunda quinzena de
agosto, contabilizando 7 meses totais de execução, desta forma, agosto foi responsável
apenas pela validação das ARTs necessárias, impressão de projetos e início dos
preparos, planejamento e planos para gestão da obra, além de uma mobilização inicial.
Dando andamento, para estudo dos custos reais sobre a mão de obra da
empresa, é necessário a elaboração de um cronograma físico-financeiro dos serviços
em que foi utilizada essa mão de obra, e assim, considerar o custo da mão de obra
incidente em cada serviço de acordo com o tempo de execução, além dos impostos
associados aos mesmos, mostrado detalhadamente no anexo E.
Ademais, para os custos envolvendo a mão de obra própria da empresa, foi
elaborada assim uma tabela única que dispunha dos custos dessa mão de obra por
serviços e a adequação dos impostos em cima das mesmas, como constatado no
gráfico 4.
Gráfico 4 – Custo da mão de obra própria por serviço com e sem impostos
25000
20000
15000
10000
5000
0
IMPLANTAÇÃO PAREDES E CHAPISCO E CONTRAPISO E DIVERSOS
DO CANTEIRO DE PAINÉIS REBOCO REJUNTE
OBRA
Dessa forma, é notório que a incorporação dos impostos sobre a mão de obra
aumenta consideravelmente os custos a ela associados, sendo imprescindível o uso
mais eficaz possível da mesma.
Na planilha orçamentária da empresa, como constatado em anexo A, os
serviços de chapisco, reboco, contrapiso e rejunte estão todos englobados no item de
revestimento, logo, tem-se mais um ponto de encarecimento do serviço. Os custos dos
itens anteriormente citados correspondem a 9.048,78 reais e 11.279,52 reais, logo,
esse somatório representa 20.328,30 reais.
Ademais, o serviço de paredes e painéis aumentou significativamente o seu
custo, quando associado a mão de obra própria da empresa.
E por fim, colocaram-se todos os valores citados anteriormente na tabela 13,
para saber quais serviços a empresa obteve lucro e quais prejuízos, e assim, tomar
possíveis medidas para maximizar ainda mais os ganhos ou reduzir prejuízos
existentes.
Gráfico 5 – Comparativo entre custo de mão de obra e custo de materiais (Implantação do canteiro de
obras/administração)
R$10,000.00
R$9,000.00
R$8,000.00
R$7,000.00
R$6,000.00
R$5,000.00
R$4,000.00
R$3,000.00
R$2,000.00
R$1,000.00
R$-
Mão de obra Material
Gráfico 6 – Comparativo entre custo de mão de obra e custo de materiais (Paredes e painéis)
R$12,000.00
R$10,000.00
R$8,000.00
R$6,000.00
R$4,000.00
R$2,000.00
R$-
Mão de obra Material
4.6.3 Revestimentos
material e mão de obra própria) foram mais onerosos se comparados aos outros
serviços, mas, na medida em que foram mais caros nos custos reais, também foram
mais caros no orçamento cobrado para o cliente.
Para este item, todos os custos foram onerosos, mas o principal foi com relação
à mão de obra terceirizada, totalizando R$ 40.880,00, seguido de R$ 28.246,38 para
materiais e R$ 20.328,30 para mão de obra própria.
Assim, o item de mão de obra foi o responsável por encarecer de maneira mais
incidente o serviço, totalizando 61.208,30 reais, como mostrado no gráfico 7.
R$60,000.00
R$50,000.00
R$40,000.00
R$30,000.00
R$20,000.00
R$10,000.00
R$-
Mão de obra Material
Por fim, destaca-se que um serviço de revestimento de piso vinílico foi feito
por mão de obra terceirizada, porém, não houve acréscimo de valor, já que a área
correspondente a esse vinílico já havia sido cobrado como assentamento de
revestimento cerâmico, que inclusive é mais caro que a instalação de revestimento de
piso em vinílico.
esgoto existentes, instalações de ralos ocultos e por fim, o serviço de instalação de gás.
Este serviço teve um impacto relativamente baixo no orçamento geral,
representando 3,80%, uma vez que não foram realizadas muitas intervenções de
projeto em áreas molhadas ou comuns que requeriam muitos pontos hidrossanitários
ou muitos pontos de gás. No entanto, ainda assim, foram efetuadas algumas
intervenções nos pontos hidráulicos, hidrossanitários e pontos de gás necessários.
Os custos com esse serviço resultaram em um ponto de prejuízo, uma redução
de 18,13% do valor orçado para o custo real, que será ainda maior quando incorporado
ao BDI. Porém, para o item, o impacto do mesmo no valor global, como já
mencionado, foi relativamente baixo, não representando um montate muito grande ao
nível de extrema preocupação, porém ainda assim, incorporando prejuízo à empresa.
Neste caso, material e mão de obra tiveram valores parecidos, ambos sendo
fatores diretos para redução de lucro no serviço, respectivamente 4.319,89 reais e
6.850,00 reais (gráfico 8). Vale salientar que, para este serviço, a mão de obra
responsável foi completamente terceirizada.
Gráfico 8 – Comparativo entre custo de mão de obra e custo de materiais (Instalação hidrossanitária e
gás)
63
R$8,000.00
R$7,000.00
R$6,000.00
R$5,000.00
R$4,000.00
R$3,000.00
R$2,000.00
R$1,000.00
R$-
Mão de obra Material
Gráfico 9 – Comparativo entre custo de mão de obra e custo de materiais (Instalação elétrica)
R$16,000.00
R$14,000.00
R$12,000.00
R$10,000.00
R$8,000.00
R$6,000.00
R$4,000.00
R$2,000.00
R$-
Mão de obra Material
4.6.6 Pintura
R$9,300.00
R$9,200.00
R$9,100.00
R$9,000.00
R$8,900.00
R$8,800.00
R$8,700.00
R$8,600.00
R$8,500.00
R$8,400.00
Mão de obra Material
4.6.7 Impermeabilização
R$14,000.00
R$12,000.00
R$10,000.00
R$8,000.00
R$6,000.00
R$4,000.00
R$2,000.00
R$-
Mão de obra Material
4.6.8 Diversos
Nessa etapa, o único serviço incluído foi a limpeza grosseira para entrega da
obra, envolvendo a remoção de todos os materiais e resíduos mais espessos da
construção. Os custos do item diversos correspondem a apenas 0,23% do orçamento
total.
Para a obra em questão, o serviço de limpeza atribuído pela empresa
responsável foi orçado em R$ 437,05 sem adição de BDI, enquanto os valores de
custos reais foram de R$ 2.237,07.
Esse serviço teve uma peculiaridade que estava atrelada ao tempo de execução
da atividade. A obra havia acabado no início de março, porém alguns funcionários
permaneceram na reforma apenas responsáveis por essa limpeza e ajustes finais, não
finalizando de maneira rápida e eficiente. Graças a isso, e por se tratar de uma mão de
obra própria da empresa, a qual inclui impostos, onerou totalmente o item “diversos”.
Dessa forma, tem-se um alto custo de mão de obra envolvida e baixíssima
demanda de materiais (gráfico 12), totalizando R$ 1.982,07 e 255, respectivamente.
67
R$2,000.00
R$1,500.00
R$1,000.00
R$500.00
R$-
Mão de obra Material
4.6.9 Esquadrias
31%
CUSTOS DIRETOS
CUSTOS INDIRETOS
69%
5 CONCLUSÃO
Após uma análise comparativa entre os custos orçados pela empresa, pela
tabela SINAPI, ORSE e CPOS e os custos reais de execução da reforma da área
comum do edifício em João Pessoa - PB, algumas questões fundamentais foram
identificadas.
Foi observado o primeiro ponto de reavaliação da empresa, referente aos
profissionais que estão inseridos na elaboração de orçamentos da mesma, sendo
totalmente necessário a correta leitura e interpretação dos projetos, bem como sanar as
possíveis dúvidas com os arquitetos ou clientes responsáveis, para aumentar ao
máximo a precisão do orçamento estimado.
Outro ponto relevante foi o estudo da curva ABC, que evidenciou a
importância de identificar os serviços com maior impacto no orçamento. No entanto,
para esta reforma, observou-se que o serviço com maior impacto na curva ABC não
necessariamente gerou maiores lucros, destacando a necessidade de uma melhor
gestão de custos em relação aos itens categorizados em A.
Outrossim, estudando a planilha orçamentária da empresa, torna-se evidente a
necessidade de atualizações nas composições e custos unitários, vista que as mesmas
estão com preços bastante similares aos parâmetros do SINAPI, ORSE e CPOS,
embora sejam referências importantes, nem sempre são ideais para obras de reforma,
dada a complexidade e especificidade desses projetos, indicando a necessidade de
revisão e possíveis reajustes para garantir uma estimativa mais precisa dos custos.
Ainda sobre os custos do orçamento, destaca-se que, desde fevereiro de 2023
até os dias atuais a empresa não atualizou os preços, alterando apenas o BDI na
tentativa de compensação da variação de custos de mercado, dessa forma, a empresa
pode estar comprometendo sua capacidade de manter margens de lucro saudáveis e
competitivas, além de tornar impreciso a precificação dos custos unitários, visto que
todos os custos dos serviços irão subir concomitantemente na medida em que se
aumenta o BDI.
Nessa perspectiva, aconselha-se uma separação de custos por material e mão
de obra na própria planilha, para melhorar a percepção dos custos de cada serviço,
pois, notou-se que muitos dos custos envolvendo a mão de obra acabaram sendo mais
onerosos, não sendo totalmente possível avaliar se os custos unitários de mão de obra
da empresa são os ideais, e nem sendo viável analisar isso por meio das composições
70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIAMUSSO, S. E. Orçamento e custos na construção civil. Editora Pini, São Paulo, 1991.
MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obras. Editora PINI, São Paulo, 2006.
MEIRELLES, H. Direito de construir. Edição atualizada por Corralo, G. & Vanin, Salvador,
2023.
SINAPI e o custo executado: estudo de uma obra em João Pessoa-PB. Revista Mangaio
Acadêmico, João Pessoa, 2020.
TAS, E.; YAMAN, H. A Building Cost Estimation Model Based on Cost Significant
Work Packages. Engineering, Construction and Architectural Management, 2005.
CRONOGAMA FÍSICO-FINANCEIRO
VALOR DO ETAPAS MENSAIS DE DESENVOLVIMENTO DA OBRA
ITEM DESCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS
SERVIÇO
%
0 1 2 3 4 5 6 7
100,00%
1.0 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS/ADMINISTRAÇÃO R$ 36.140,59 33,82%
R$ 36.140,59 R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
75,00% 25,00%
2.0 PAREDES E PAINÉIS R$ 18.056,92 16,90%
R$ - R$ 13.542,69 R$ 4.514,23 R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
75,00% 25,00%
3.0 CHAPISCO E REBOCO R$ 9.109,44 8,52%
R$ - R$ - R$ - R$ 6.832,08 R$ 2.277,36 R$ - R$ - R$ -
75,00% 25,00%
4.0 CONTRAPISO E REJUNTE R$ 42.318,95 39,60%
R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ 31.739,21 R$ 10.579,74 R$ -
50,00% 50,00%
5.0 DIVERSOS (LIMPEZA) R$ 1.250,00 1,17%
R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ 625,00 R$ 625,00
TOTAL POR ETAPAS R$ 106.875,90 R$ 36.140,59 R$ 13.542,69 R$ 4.514,23 R$ 6.832,08 R$ 2.277,36 R$ 31.739,21 R$ 11.204,74 R$ 625,00
CUSTO DIRETO R$ 106.875,90 100,00% R$ 36.140,59 R$ 49.683,28 R$ 54.197,51 R$ 61.029,59 R$ 63.306,95 R$ 95.046,16 R$ 106.250,90 R$ 106.875,90