Desafio Da Evangelização

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DESAFIO DE EVANGELIZAÇÃO 1

ESCOLADOCHAMADO.COM.BR/EVANGELISMO-DO-REINO
Sumário
SOBRE ESTE GUIA............................................................................. 5
#1. CONHECENDO O HINDUÍSMO................................................6
INFORMAÇOÕ ES SOBRE A IÍNDIA...........................................................11
IDIOMAS E LIÍNGUAS..................................................................................18
OS COÍ DIGOS SAGRADOS..........................................................................23
SISTEMA DE CASTAS.................................................................................25
RELIGIAÕ O MUTAÍ VEL..................................................................................28
#2. CRENÇAS HINDUS...................................................................32
AÀ PROCURA DA LIBERTAÇAÕ O................................................................32
A DIVINDADE DA VACA............................................................................35
O RIO GANGES..............................................................................................38
MAIS CRENÇAS E PRAÍ TICAS..................................................................41
#4. DEUSES HINDUS......................................................................53
GANESHA.......................................................................................................54
BRAHMA.........................................................................................................63
GAYATRI..........................................................................................................65

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KRISHNA.........................................................................................................67
DURGA.............................................................................................................69
#5. COMO EVANGELIZAR NA ÍNDIA..........................................71
QUER CONHECER A IÍNDIA?...................................................................72
UMA TERRA DE DESAFIOS E OPORTUNIDADES...........................74
O EVANGELHO NA IÍNDIA........................................................................86
COMO ME PREPARAR?.............................................................................89
#6. CONHECENDO O BUDISMO................................................106
QUEM FOI BUDA?.....................................................................................109
BUDA NO TIBETE.....................................................................................112
AS QUATRO PRINCIPAIS ESCOLAS BUDISTAS.............................113
#6. FILOSOFIA E CRENÇAS BUDISTAS....................................116
A FILOSOFIA...............................................................................................117
AS FUNDAMENTAIS CRENÇAS BUDISTAS.....................................120
#7. ESCRITURA BUDISTA..........................................................127
#8. O BUDISMO E DEUS..............................................................131
#9. BUDISMO X CRISTIANISMO...............................................134
#10. COMO EVANGELIZAR OS BUDISTAS..............................139
#11. VOCÊ PODE SER UM MISSIONÁRIO?.............................145
VAMOS REFLETIR?..................................................................................155

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10 MANEIRAS PRAÍ TICAS DE MATAR UM MISSIONAÍ RIO........164
BIBLIOGRAFIA.............................................................................. 167

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SOBRE ESTE GUIA
Este guia eé parte integrante do material
didaé tico do curso Evangelizaçaã o
Hinduíésmo e Budismo, ministrado pelo
Prof. Manoel Santos, que eé uma das
disciplinas das formaçoã es da
FATEM/Escola do Chamado.

Em Desafio Mundial de Evangelizaçaã o – Hinduíésmo e Budismo,


voceê aprenderaé de forma muito detalhada o que eé o Hinduíésmo
e o Budismo e como evangelizar esse povo, uma cultura
completamente diferente da nossa.

Curso Desafio Evangelização - Hinduísmo e Budismo

Conheça as Formações da FATEM

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#1. CONHECENDO O
HINDUÍSMO

Haé diversas forças que operam na IÍndia, as quais precisam ser


colocadas de frente com a mensagem do evangelho. E se
observarmos bem, poderiam ser “pedras”, mas as mesmas

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tambeé m poderaã o ser transformadas em ponto de apoio para a
evangelizaçaã o.

Devemos distinguir o que de fato eé o Evangelho e a cultura de


um povo. Pois, senaã o, enfrentaremos o perigo de fazer com que
a nossa cultura passe a ser a mensagem, transformando o
Evangelho em democracia, capitalismo e etc…

Murthi, evangelista indiano escreveu: “Não nos tragam o


Evangelho como planta em um vaso, mas tragam-nos a semente
do evangelho e a plantem em nosso solo”.

Portanto, devemos considerar que muitos traços culturais


servem como funçoã es importantes nas vidas das pessoas, e se
noé s quisermos removeê -las sem providenciarmos um
substituto, as consequeê ncias seraã o tenebrosas.

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Jamais esqueçamos que o mesmo Espíérito Santo que nos ajuda
a entender as Escrituras, tambeé m interpreta para outros
cristaã os de culturas diferentes.

Sermos conscientes que somos discíépulos sinceros de Jesus


Cristo e devemos ser receptivos a instruçaã o de seu Espíérito.

Existem 500 grupos eé tnicos no mundo completamente naã o


alcançados pelo Evangelho, de acordo com os missioé logos. E
grande parte desses grupos eé tnicos estaé concentrada no
continente asiaé tico, considerados culturalmente um dos mais
fechados aà pregaçaã o do Evangelho.

Cristo nunca precisou usar a força para atrair multidoã es em


suas jornadas. Dessa forma, fica claro que a principal soluçaã o eé
usar este exemplo e partir para o diaé logo.

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Amar o proé ximo, entender suas dificuldades e necessidades,
para depois apresentar uma soluçaã o eficaz.

Dessa forma, fica claro que a abordagem naã o pode ser de


confronto. Ressalta-se a necessidade de encontrar pontos
comuns para começar a falar do amor de Cristo.

Os deuses do hinduíésmo naã o teê m essa concepçaã o de


transcendeê ncia, onipoteê ncia, oniscieê ncia, soberania e
imutabilidade que o nosso tem.

Entaã o, eé importante naã o optarmos pelo confronto direto. E


existe, independentemente de qual seja a religiaã o, um fato, a
questaã o da salvaçaã o.

A partir disto eé que podemos encontrar brechas para entrar


num diaé logo.

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Uma das maiores dificuldades de evangelizar um hindu eé que,
mesmo que ele esteja vivendo num estado de miseé ria, muitos
chegam ao ponto de naã o entenderem que aquilo eé injusto e
desumano.

Entaã o, haé uma clara necessidade de conseguirmos demonstrar


a possibilidade de um caminho melhor, que nos daé libertaçaã o,
atraveé s de um Deus verdadeiro, justo e fiel, que naã o requer
sacrifíécios, porque tudo jaé foi pago na cruz.

O fruto do Espíérito eé o melhor exemplo que os evangelistas


podem dar aos hindus. Voceê conhece um hindu, se torna amigo
dele e mostra a sua experieê ncia com Deus, conta para ele como
foi a sua libertaçaã o, os testemunhos que viveu ou conhece.

Entaã o, o testemunho eé muito importante, porque a ideia de um


Deus teoloé gico ou intelectual naã o faz parte de seu
entendimento aà ué nica experieê ncia que ele tem eé de sofrimento.

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E, se noé s conseguirmos mostrar para ele que eé possíével deixar
aquela vida de dor, angué stia, miseé ria e mostrar que Jesus
Cristo eé o caminho para a libertaçaã o, seraé um passo
importante para a conversaã o.

(Pr. Jaziel Martins – Especialista em Evangelizaçaã o na IÍndia)

INFORMAÇÕES SOBRE A ÍNDIA


A IÍndia eé uma repué blica parlamentar que consiste em 28
estados e sete territoé rios federais.

Reconhecida como territoé rio soberano pela ONU desde 1947,


quando conquistou a independeê ncia junto ao Reino Unido, eé
chamado de naçaã o emergente.

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Segundo paíés mais populoso do mundo, com mais de 1,1
bilhaã o de habitantes – ficando atraé s somente da China, tem
densidade de 329 habitantes por quiloê metro quadrado.

EÍ o seé timo paíés no mundo em aé rea, com o total de treê s mil


quiloê metros quadrados. Devido aà s políéticas internas e aà s taxas
de caê mbio, tem a deé cima segunda maior economia do globo.

Mesmo assim, sofre com altos íéndices de pobreza,


analfabetismo, e maé nutriçaã o.

A IÍndia tem mais de 23 idiomas oficiais, destacando-se o hindu


e o ingleê s.

O hinduíésmo estaé entre as treê s religioã es com o maior nué mero


de fieé is, talvez esteja ateé a frente do Islamismo e Catolicismo, e
seus preceitos influenciam fortemente a organizaçaã o da
sociedade indiana.

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O hinduíésmo surgiu haé mais 4.000 anos na IÍndia e formou-se
da junçaã o de vaé rias crenças, sem um fundador ou livro sagrado
comum.

Creê que haé um Deus Supremo, que se manifesta em divindades


menores, cada qual responsaé vel por uma parte da vida.

As treê s principais formam uma espeé cie de Trindade: Brahma


(a criaçaã o), Shiva (a destruiçaã o) e Vishnu (a proteçaã o).

O hinduíésta mais famoso foi Gandhi, líéder pacifista da


independeê ncia da IÍndia. Hoje haé mais de um bilhaã o de
hinduíéstas no mundo.

Suas caracteríésticas principais saã o o politeíésmo e a crença na


reencarnaçaã o. Naã o existe uma ué nica definiçaã o que consiga
explicar o hinduíésmo em sua totalidade.

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Na verdade, o hinduíésmo eé um conglomerado de ideias,
crenças, convicçoã es e praé ticas que variam de povo para povo e
de regiaã o para regiaã o.

Creem que dentro do homem existe um lampejo de divindade,


razaã o pela qual eé blasfeê mia afirmar que o homem eé pecador;
naã o haé , portanto, qualquer necessidade de um salvador.

O homem tem liberdade de escolher o seu proé prio deus dentre


um panteaã o de 330 milhoã es, e de adorar qualquer nué mero
deles.

De um modo geral, creem que a pessoa naã o se torna hindu,


mas jaé nasce nessa religiaã o.

A expectativa de vida eé de 69,89 anos.

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O níével de alfabetizaçaã o eé de 64.84% sendo 75.26% para
homens e 53.67% para mulheres.

Para facilitar nosso entendimento dividimos o hinduíésmo em


suas mais variadas formas:

Hinduísmo Filosófico
Esta forma de hinduíésmo eé dominada pela autoridade de
certas escrituras: Vedas e Upanishads.

Neste hinduíésmo existem treê s escolas fundamentais: Advaita –


Naã o dualismo (o humano como divino); Dvaita – dualismo (o
humano e o divino); Visishtadvaita – dualismo modificado
(cada ser humano tem um lampejo da divindade).

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Hinduísmo Religioso
Os adeptos desta forma de hinduíésmo creem nas escrituras
eé picas ou religiosas. Creem na encarnaçaã o de deus e possuem
um panteaã o de 330 milhoã es de deuses.

A salvaçaã o (moksha) eé alcançado na praé tica das seguintes


atividades: Gnamarga – conhecimento; Bhaktimarga –
devoçaã o; Karmamarga – boas obras.

Hinduísmo Popular
Estaé longe do Bramanismo (Filosoé fico), eles saã o influenciados
pela tradiçaã o ancestral, pela adoraçaã o aos animais, pelas
praé ticas religiosas nos templos, pela magia e pelo exorcismo.
Saã o indiferentes aà autoridade dos Vedas.

O fato de que o sistema de castas eé o aspecto do hinduíésmo que


mais fortalece a segurança social.

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A conversaã o ao cristianismo destroé i esse sistema e provoca a
excomungaçaã o da sociedade, o prejuíézo da reputaçaã o da
famíélia, o fim de possíéveis contratos matrimoniais e
perseguiçaã o, ateé mesmo fíésica.

Alguns Dados Da Organização Mundial Da


Saúde
• Populaçaã o – 1.198.003.272 habitantes

• 600 mil favelas – chabolas

• 100 milhoã es de casas – barracos

• 10 milhoã es de leprosos

• 4 milhoã es de cegos

• 8 milhoã es de prostitutas

• 39 mil nascimentos a cada meê s

• 33 milhoã es de deuses em espeé cie

• 250 milhoã es de vacas sagradas

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• 6 bilhoã es de ratos sagrados

• 2 milhoã es e meio de moradores de rua

• 1600 castas – grupos sociais

• 17 crianças morrem por minuto na IÍndia, víétimas da


auseê ncia de higiene e recursos.

IDIOMAS E LÍNGUAS
A IÍndia possui 428 líénguas sendo que 415 ainda vivem e 13
foram extintos, tem mais de 23 idiomas oficiais, destacando-se
o hindu e o ingleê s.

As líénguas oficiais saã o:

Assamese – Nué mero de pessoas: 15.334.000. Regioã es: Assam;


West Bengal; Meghalaya e Arunachal Pradesh.

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Bengali – Nué mero de pessoas: 70.561.000. Regioã es: West
Bengal; Jharkhand, Dhanbad, Manbhum, Singhbhum, Santal
Parganas; Bihar; Assam, Goalpara District; Meghalaya, Garo
Hills; Mizoram; Nagaland.

Bodo – Nué mero de pessoas: 600.000. Regions: Assam, South


Bank; West Bengal, Darjeeling, Jalpaiguri, Coch-Behar districts;
Manipur, Chandel (Tengnoupal) District; Meghalaya, West Garo
Hills District.

Dogri – Nué mero de pessoas: 2.105.000. Regioã es: Jammu and


Kashmir; Chandigarh; West Bengal.

Gujarati – Nué mero de pessoas: 45.479.000 . Regioã es: Gujarat;


Maharashtra; Rajasthan; Karnataka; Madhya Pradesh.

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Hindi – Nué mero de pessoas: 180.000.000. Regioã es: Delhi;
Uttar Pradesh; Uttaranchal; Rajasthan; Punjab; Madhya
Pradesh; northern Bihar; Himachal Pradesh.

Kannada – Nué mero de pessoas: 35.346.000. Regioã es:


Karnataka; Andhra Pradesh; Tamil Nadu; Maharashtra.

Kashmiri – Nué mero de pessoas: 4.391.000. Regioã es: Jammu


and Kashmir; Punjab; Uttar Pradesh; Delhi; Kashmir Valley.

Konkani – Nué mero de pessoas: 4.000.000. Regioã es:


Maharashtra; Karnataka; Dadra and Nagar Haveli; Kerala.

Maithili – Nué mero de pessoas: 22.000.000. Regioes: Bihar,


Himalayan foothills on the north.

Malayalam – Nué mero de pessoas: 35.351.000. Regioã es: Kerala

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Marathi – Nué mero de pessoas: 68.030.000. Regioã es:
Maharashtra

Meitei – Nué mero de pessoas: 1.240.000 Regioã es: Assam,


Cachar, Karimganji; Nagaland; Tripura, West and North
Tripura districts; Uttar Pradesh; West Bengal.

Nepali – Nué mero de pessoas: 6.000.000 Regioã es: West Bengal,


Darjeeling area; Sikkim; Assam; Arunachal Pradesh; Bihar;
Haryana; Himachal Pradesh; Uttar Pradesh; Uttaranchal;
Manipur; Mizoram; Nagaland; Meghalaya, Tripura.

Oriya – Nué mero de pessoas: 31.666.000 Regioã es: Orissa;


Jharkhand, Singhbhum, Ranchi districts; Chhattisgarh, Raigarh,
Raipur, Bastar districts; West Bengal, Medinipur (Midnapore)
District; Assam; Andhra Pradesh, Vishakhapatnam District.

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Eastern Panjabi – Nué mero de pessoas: 27.109.000 Regioã es:
Punjab, Majhi in Gurdaspur and Amritsar districts, Bhatyiana
in South Firozpur District; Rajasthan, Bhatyiana in north
Ganganagar District; Haryana; Delhi; Jammu and Kashmir.

Sanskrit – Nué mero de pessoas: 6.106.

Santali – Nué mero de pessoas: 5.959.000 Regioã es: Assam;


Bihar; Orissa; Tripura; West Bengal; Mizoram.

Sindhi – Nué mero de pessoas: 2.812.000 Regioes: Gujarat;


Maharashtra; Rajasthan; Andhra Pradesh; Bihar; Delhi;
Madhya Pradesh; Orissa; Tamil Nadu; Uttar Pradesh.

Tamil – Nué mero de pessoas: 61.527.000 Regioã es: Tamil Nadu.

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Telugu – Nué mero de pessoas: 69.634.000 Regioã es: Andhra
Pradesh.

Urdu – Nué mero de pessoas: 48.062.000 Regioã es: Jammu and


Kashmir e pelos muçulmanos espalhados pela IÍndia.

OS CÓDIGOS SAGRADOS

Os Vedas
Consistindo em escrituras que incluem cançoã es, hinos, dizeres
e ensinamentos; escrituras tradicionais que incluem o
Ramayana, o Mahabharata, e o Bhagavad-Gita.

Apesar dos Vedas serem um dos mais antigos textos religiosos


do mundo e tambeé m influenciarem outras religioã es, a maioria
dos fieé is jamais os leu.

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Código de Manu
Esse coé digo, que conteé m as leis de Manu, o primeiro legislador
de que se tem notíécia na humanidade, foi escrito em saê nscrito
para a civilizaçaã o hindu muito antes do coé digo de Hamurabi,
que se espalhou pela Assíéria, Judeé ia e Greé cia.

O coé digo de Manu eé tido como a primeira organizaçaã o geral da


sociedade sob a forte motivaçaã o religiosa e políética. Nele, haé
uma seé rie de ideias sobre valores, tais como verdade, justiça e
respeito.

Mas o mais importante eé que seu conteué do eé baseado no


sistema de Varnas (castas), que define que a casta eé
preponderante para determinar o valor da honra e da situaçaã o
da pessoa dentro do direito.

Originalmente, esse coé digo era de cem mil díésticos (grupo de


versos), mas apoé s manipulaçoã es e cortes feitos em eé pocas

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diferentes, ficou reduzido a 2.685 díésticos, distribuíédos em
doze livros.

Esse coé digo estaé na raiz dos costumes hindus apesar de ter
sido abolido e prevalecer uma nova constituiçaã o, para um
ocidental eé muito difíécil entender esse coé digo, pois estaé na raiz
dos costumes hindus apesar de ter sido abolido e prevalecer
uma nova constituiçaã o.

Confira abaixo o exemplo de um dos artigos do coé digo de Manu


(o de nué mero 13): “A justiça é a única amiga que acompanha os
homens depois da morte, porque qualquer outro afeto é
submetido à mesma destruição do corpo”.

SISTEMA DE CASTAS
Uma peculiaridade da cultura indiana eé o sistema de castas. A
casta eé um sistema de diferenças e desigualdades sociais

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hereditaé rias, fundamentado na religiaã o hindu. Mas atençaã o: a
casta naã o deve ser confundida com classe social; ela naã o estaé
necessariamente ligada aà riqueza ou pobreza.

O indivíéduo nasce e morre dentro de sua casta e a transmitem


os seus filhos, independente de quantos bens venha a juntar
ou dos meé ritos que venha a acumular.

A casta naã o eé regida pelo que uma pessoa possui, mas pelo que
ela eé . Portanto, eé imutaé vel, naã o permite nenhuma mobilidade.

A Origem das Castas


Segundo o hinduíésmo, a humanidade nasceu de um ué nico
deus: Brahma. Poreé m, cada um se originou de diferentes
partes de seu corpo.

Esse eé o criteé rio para classificar as 4 castas baé sicas:

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Brâmanes: (sacerdotes, professores, saé bios) - a casta mais
alta, saiu da boca de Brahma.

Xátrias: (governantes e guerreiros) dos braços de Brahma.

Vaisias: (comerciantes) das pernas de Brahma.

Sudras: (agricultores, prestadores de serviço) dos peé s de


Brahma.

Os “Sem-Casta”
Os dalits, ou intocaé veis, saã o parias: aqueles que naã o teê m casta,
a poeira sob os peé s de Brahma. Eles realizam os trabalhos
considerados impuros para as outras castas, como a limpeza
de excrementos, a lida com os cadaé veres.

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Os dalits naã o podem beber aé gua na mesma corrente dos
demais, naã o lhes eé permitido entrar nos templos, nem mesmo
tocar, com seu corpo ou com sua sombra, um indivíéduo
pertencente a qualquer casta.

RELIGIÃO MUTÁVEL
Marcado pela diversidade eé tnica e cultural, o hinduíésmo
“evolui” gradativamente atraveé s dos tempos. Por isso, eé normal
ver de inovaçoã es radicais em cultos pequenos ateé a assimilaçaã o
de tradiçoã es vistas como ultrapassadas.

Haé uma variedade de tradiçoã es e, muitas vezes, a separaçaã o do


hinduíésmo, do budismo e outros dependem mais dos proé prios
fieé is do que realmente saã o os textos e tradiçoã es.

De todas as cinco maiores religioã es do mundo em nué mero de


fieé is, o hinduíésmo eé a ué nica crença com caracteríésticas

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politeíéstas – apesar dos fieé is acreditarem em um deus
supremo.

Os deuses hindus se revelam em vaé rias formas e geê neros.

Assim como o islamismo, o hinduíésmo ganhou status de ordem


políética, jaé que essa religiaã o ensina que a lei (dharma) criou os
humanos e a proé pria natureza sob um sistema de castas.

Cada indivíéduo pertence aà casta que merece. Quanto mais alta


a casta, maior evoluçaã o espiritual a pessoa tem, ao menos em
tese.

Mas o sistema de castas haé muito tempo jaé foi proibido por lei
na IÍndia, apesar de ainda ser seguido em alguns locais na zona
rural do paíés.

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Fundamentada nessas divisoã es, a base cultural foi se
expandido a ponto de delimitar ateé o tipo de alimentaçaã o que
cada casta poderia ter.

As treê s primeiras castas saã o rigorosamente proibidas de comer


carne de qualquer espeé cie, jaé a ué ltima casta pode comer carne,
com exceçaã o da vaca.

Cerca de 30% dos hindus saã o vegetarianos, por ser


recomendado ser um estilo de vida purificador e alguns ateé
evitam produtos de pele.

A busca do hindu eé melhorar seu estado de espíérito e alcançar


algo aleé m da existeê ncia e creem na reencarnaçaã o, sendo assim,
buscam alcançar quatro objetivos na vida:

Karma – prazer fíésico ou emocional – eé buscado pelos homens.

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Artha – poder, fama, riqueza.

Dharma – controlar os desejos ou harmonia moral

Moksha – felicidade absoluta ou libertaçaã o, tambeé m


conhecida como Nirvana.

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#2. CRENÇAS HINDUS

À PROCURA DA LIBERTAÇÃO
Voceê jaé descobriu que existem muitas religioã es na IÍndia, mas
que o hinduíésmo possui o maior nué mero de adeptos.

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A filosofia hindu ensina que os homens possuem uma alma
eterna e indestrutíével (atma), que faz parte do deus Brahma, e
que todos devem trabalhar para alcançarem a libertaçaã o
(moksha).

O Que É Karma?
Esta libertaçaã o vem por meio da quebra do ciclo de existeê ncias
sucessivas (samsara), ou seja, o homem constroé i sua proé xima
existeê ncia atraveé s do conjunto de suas açoã es (karma).

Enquanto naã o conseguir alcançar o nirvana, que eé o estado de


plenitude e de conhecimento de si mesmo e do universo, ele se
veê obrigado a retornar para uma nova existeê ncia, que pode ser
na forma humana ou de animal (metempsicose).

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Que Caminho Segue O Hinduísmo?
A religiaã o hindu reconhece treê s caminhos para se alcançar a
libertaçaã o (Moksha): o caminho do conhecimento (Jnana
Marga), o caminho da devoçaã o (Bhakti Marga) e o caminho daS
obras rituais (Karma Marga).

Dentro deste contexto, estimula a praé tica da Yoga, que eé uma


forma de alcançar o equilíébrio entre o corpo e a mente; e a
meditaçaã o como formas de elevaçaã o espiritual, que podem
ajudar o homem a alcançar a iluminaçaã o e a libertaçaã o do
mundo ilusoé rio.

Aleé m destes, saã o importantes tambeé m a oraçaã o e o ascetismo,


que eé a libertaçaã o dos aspectos materiais do mundo.

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A DIVINDADE DA VACA
O povo hindu, ao longo dos seé culos, dependia da vaca para
produzir todo tipo de produto laé cteo, aleé m da aragem do
campo e mateé ria prima para fertilizantes, sendo identificada
como uma figura quase maternal.

Tendo como Krishna retratado como um pastor de vacas.

Cada animal, em fato, estaé associado com um deus: o elefante


com Ganesh, a cobra com Vishnu, o touro com Siva ou Shiva, o
pavaã o com Murugan, o cisne com Brahma, etc.

Esta associaçaã o de deuses com animais eé uma razaã o porque


muitos hindus saã o vegetarianos.

Mas nem todo indiano eé vegetariano, a IÍndia tem islaê micos,


cristaã os e judeus que comem carne, os hindus dependendo da

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casta aà que pertencem naã o comem carne de espeé cie alguma e
se eles forem sudras (trabalhadores braçais) comem cordeiro,
frango e aves menores mas naã o comem vacas, pois a vaca para
todo hindu eé um presente da maã e divina Laksmi e abastece a
todos com leite, queijo, manteiga e coalhada.

EÍ como se ela fosse uma irmaã da classe humana. Para os


hindus, existe uma hierarquia evolutiva no planeta.

O reino mineral, o reino vegetal, o reino animal (que eé


subdividido em crustaé ceos, peixes, aves e mamíéferos) vaã o se
aproximando do ser humano, que tambeé m tem sua escala
evolutiva de acordo com o estaé gio em que se encontra.

Os animais que estaã o mais perto da escala humana saã o as


vacas, os elefantes e os macacos. AÀ medida que os humanos
vaã o evoluindo, vaã o se alimentando de forma mais distante de
sua classe.

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Haé uma escala evolutiva que vai do mineral ao vegetal e do
vegetal ao animal. Quando entra no reino dos humanos,
começa uma nova escala evolutiva.

Atraveé s do conhecimento, o ser humano vai evoluindo e se


tornando menos animal em busca da infinita perfeiçaã o.

Naã o existe nada nas escrituras que coloca o ser humano de


volta aà regressaã o animal.

A tendeê ncia natural eé a evoluçaã o e naã o a involuçaã o, mas


costuma-se dizer, nas linguagens populares, como brincadeira
ou ateé como forma de ameaça didaé tica, “se continuar assim
voceê vai voltar como um lagarto” ou “voceê quer voltar como
uma formiga ou um gafanhoto?”.

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O RIO GANGES
O rio Ganges eé um dos maiores rios da AÍ sia. Sua nascente fica
no Himalaia, sendo que corre na direçaã o sul atraveé s das
planíécies setentrionais da IÍndia.

Possui uma extensaã o de 2.413 quiloê metros, recebendo 11


afluentes ateé sua ligaçaã o com o rio Brahmaputra.Ele desaé gua
na baíéa de Bengala em formato de um enorme delta.

O rio Ganges tem uma ligaçaã o muito forte com a cultura e


religiaã o indiana, eles acreditam que suas aé guas teê m a origem
dos ceé us, passam pelo Himalaia, que recebe sua energia direta
do cosmos, atraveé s dos cabelos de Shiva, por vontade do deus
Brahma.

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Um ritual muito comum eé a visita de milhares de devotos, que
ao amanhecer tomam banho nas aé guas poluíédas do rio, tomam
a aé gua e lançam as cinzas de familiares mortos.

Atualmente o rio estaé completamente poluíédo, a causa de toda


essa poluiçaã o saã o as intensas descargas industriais de esgoto,
pesticidas e cadaé veres. Somente na cidade de Varanasi saã o 32
saíédas de esgoto para o rio, o que torna o ritual hindu
extremamente desagradaé vel e perigoso.

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Nos dias de hoje, um sacerdote hindu estaé trabalhando para
combater toda essa poluiçaã o. Formado no curso de hidraé ulica,
o sacerdote luta para que o Governo implante um sistema de
tratamentos de resíéduos, o que resolveria toda essa situaçaã o.

Esse sistema que poderia ser implantado utiliza a força da


gravidade para mandar as impurezas do rio para fora dos
limites da cidade, que com o tempo seriam decompostos por
bacteé rias.

Esse rio tem somente uma salvaçaã o, e alertado para isso aà


Organizaçaã o Mundial de Saué de, estaé estudando uma forma de
despoluir esse rio, que eé a principal causa da mortalidade
infantil da regiaã o, pois as substaê ncias toé xicas ali depositadas,
tem o poder de matar se ingeridas.

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MAIS CRENÇAS E PRÁTICAS

Cabelos Das Crianças São Oferecidos No Templo


Existem períéodos em que saã o feitas cerimoê nias de sanskara.
Numa delas, chamada Mudan, os cabelos das crianças saã o
raspados, por volta dos treê s anos de idade, para renovar a
energia e possibilitar o progresso da criança, tirando toda a
energia negativa.

Trocando o cabelo vindo ainda do ué tero materno pelo que iraé


nascer daé -se fertilidade para a energia positiva. Os cabelos saã o
as radiaçoã es dessas energias.

Quando isso acontece, os cabelos que foram raspados saã o


misturados com esterco de boi e oferecidos no templo para
depois serem jogados no rio sagrado (Ganges) nessa cerimoê nia
chamada Mudan.

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O Corpo Dos Indianos Depois Que Eles Morrem
Os indianos hindus, jainas e siks saã o cremados em fornos
crematoé rios ou em piras de lenha, nas margens do rio Ganges
ou de outro rio sagrado.

Os muçulmanos saã o enterrados com um pequeno morro, os


cristaã os com uma cruz e os judeus com uma estrela de David.

Jaé os parsis saã o colocados em uma torre (torre do sileê ncio)


para que seus corpos voltem para a natureza apoé s serem
comidos por paé ssaros.

As mulheres naã o participam dos funerais de crematoé rios por


elas serem mais sensíéveis e mais apegadas.

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Demonstrando o sentimento de sofrimento pela perda do ente
querido morto, elas estaraã o dificultando a liberaçaã o deste
morto, prejudicando assim o falecido em desapegar.

Fazer Uma Puja Para Ganesha


Puja eé uma cerimoê nia ou um ritual que se faz para uma
deidade, neste caso Ganesha, que eé a divindade mais popular
na IÍndia.

Incensos e lamparinas saã o acesos, flores saã o oferecidas,


mantras do livro sagrado Vedas saã o cantados.

Aleé m disso, tambeé m saã o oferecidas comidas como coco, doces


e o Dhal que eé uma iguaria da culinaé ria indiana feita de
lentilhas, graã o de bico, ou ateé legumes batidos.

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O dhal eé sempre meio líéquido meio pastoso, assim como o
feijaã o batido dos brasileiros.

O Bindi
O bindi eé um enfeite que se usa apenas nas mulheres no centro
da testa, por se tratar do lugar psíéquico de maior importaê ncia
do corpo humano.

Esse ponto central eé onde o sexto chakra (Ajna) estaé localizado


representando o sexto sentido, terceiro olho ou olho da
sabedoria.

Os homens naã o usam o bindi, usam apenas o tilak em


cerimoê nias ou ocasioã es proé prias.

Isso porque as mulheres, por sua natureza mais sensíével,


conseguem com maior facilidade despertar a kundaline

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(energia em estado potencial localizada na base da espinha
dorsal).

Essa energia sobe pelos chakras e une o consciente ao


subconsciente fundindo em uma soé entidade universal todos
os elementos de dualidade.

Esse despertar do sexto sentido ou abertura do terceiro olho


muito comum nas mulheres que naã o teê m essa energia abafada
ou reprimida eé conhecido na IÍndia e no ocidente como a
famosa “intuiçaã o feminina”, uma qualidade de extrema
importaê ncia para os indianos.

O Casamento Gandharva
Para os indianos, os gandharvas saã o seres celestiais, que vivem
em um plano superior em outras esferas, entre o planeta Terra
e o reino de Indra (dizem que existem alguns que vivem entre

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os humanos pelo fato de terem desejado essa conviveê ncia por
causa do amor).

Eles saã o seres puros que cantam, dançam e representam


maravilhosamente, saã o espontaê neos, naã o obedecem aà s regras
e saã o artistas natos que manifestam suas artes de forma mais
sublime e natural possíével.

Suas açoã es saã o governadas pelas emoçoã es puras. Quando os


gandharvas se casam o fazem de forma espontaê nea, sem
arranjos, e sem interfereê ncias.

Casam-se por causa de um amor puro. Um gandharva pode ateé


sequü estrar o parceiro do meio que vive e se casar apenas com
a presença de Agni (o fogo sagrado).

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Aos gandharvas tudo eé permitido. Por serem artistas celestiais,
puros de mente e espíérito, eles podem viver suas emoçoã es com
toda plenitude.

Os Indianos Precisam Dominar Seus Instintos


Quando Chegam A Certa Idade
O Sanatana Dharma, que eé a lei eterna do hinduíésmo, diz que o
objetivo do ser humano em encarnar na terra eé evoluir, ou seja,
melhorar, independentemente do estaé gio em que se encontra.
Ao passar pela terra, quatro fases aconteceraã o na jornada do
ser humano.

Na primeira, bramacharia, que acontece ateé os 25 anos,


predomina o aprendizado.

Na segunda, que acontece dos 25 aos 50 anos, ele entra na fase


de Sahastra, ou seja, formaçaã o de famíélia, onde predomina dois

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aspectos humanos: Kama (prazer) e Artha (riqueza material).
Esta fase eé voltada para gerar filhos e ganhar o dinheiro
necessaé rio para o sustento da famíélia.

A terceira fase eé a Vanapastra, onde o ser humano começa a se


desligar do mundo e a se dedicar a atividades mais espirituais.

A quarta fase, Sanyasi, acontece nos ué ltimos 25 anos de


permaneê ncia na terra e se caracteriza pela renué ncia a todos os
desejos.

Nessa fase, o homem tem que controlar os sentidos e se


desapegar dos bens materiais, pois estaé terminando a sua
viagem a este planeta e, como o objetivo eé a evoluçaã o, ele naã o
iraé levar nada a naã o ser a sabedoria adquirida.

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A melhor comparaçaã o eé a jaé feita por Shankar em capíétulos
anteriores: o ser humano eé como uma carruagem puxada por
cinco cavalos.

Os cavalos saã o nossos sentidos, a carruagem nosso corpo, o


cocheiro nossa mente que controla a força dos sentidos para
irmos aà direçaã o que o passageiro, nosso espíérito e dono da
carruagem, desejam.

Se deixarmos os cavalos sem controle eles poderaã o ir a


destinos que naã o nos interessa e a carruagem, nosso corpo
sofreraé na viagem.

As Hijdras
Nem homens nem mulheres, como se diz na IÍndia: o terceiro
sexo! As hijdras saã o castradas, em meio a uma cerimoê nia
presidida por um sacerdote.

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Elas continuam a existir na IÍndia, e formam ateé uma casta.
Tambeé m fazem parte do grupo os travestis operados.

As hijdras teê m seus templos, sua deusa, e cumprem rituais que


celebram a passagem do corpo masculino para o feminino. A
sociedade lhes confere poderes excepcionais: eles teê m o dom
de abençoar e trazer sorte aos receé m-nascidos e receé m-
casados.

Na crença popular esse poder vem do amor que acumulam


dentro de si, porque como naã o podem constituir famíélia, naã o
teê m a quem dedicaé -lo.

Assim, saã o convidadas para as festas para dar sua bençaã o,


cantar, dançar (cantam e dançam com exceleê ncia) e recolher
dinheiro dos convidados, em troca de garantir o sossego local.
Ningueé m consegue ficar sem rir, pois saã o campeaã s em humor.

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EÍ muito auspicioso encontraé -las, mas negar dinheiro a uma
hijdra eé um risco terríével, porque elas nascem tambeé m com o
poder de amaldiçoar.

Os Chakras
Chakras significa roda ou disco em saê nscrito. Nas escrituras
hindus eles saã o de enorme importaê ncia para o equilíébrio fíésico,
mental e espiritual do ser humano, pois saã o os centros de
energia vital (prana) que nos abastece e daé suporte para a
saué de fíésica, sensorial, mental e espiritual.

Essas rodas energeé ticas, que giram em alta velocidade


vibrando em pontos vitais como uma espiral galaé ctica, saã o
conectadas por canais chamados nadis, divididos em dois: ida
e píéngala, que circulam recarregando nosso sistema de energia
praê nica.

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Haé sete chakras principais e cada um corresponde a uma
glaê ndula especíéfica. No girar desses chakras o prana (energia
vital) flui elevando a energia em oposiçaã o aà gravidade que nos
puxa para baixo.

Alguns exemplos, apenas para conhecimento.

• Muladhara: (Chakra raiz) - Localizaçaã o: Base da Espinha

• Manipura: (Chakra do umbigo) - Localizaçaã o: Plexo


solar

• Anahata: (Chakra cardíéaco) - Localizaçaã o: Coraçaã o.

• Ajna: (Chakra frontal) -Localizaçaã o: na testa, entre as


sobrancelhas.

• Funçoã es: revitaliza o sistema nervoso e a visaã o

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#4. DEUSES HINDUS

EÍ muito comum na IÍndia as pessoas realizarem jejum em


determinado dia da semana por ser devoto de um deus
especifico, ou por alguma outra razaã o.

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GANESHA

Ganesha eé o primeiro Deus a ser reverenciado em todos os


rituais hindus. Ganesha ou Ganapati, rechonchudo e com sua
cabeça de elefante, eé um dos deuses mais queridos da IÍndia e
no mundo.

Naã o eé das divindades mais antigas do panteaã o hindu e, no


iníécio, naã o chegava aos peé s de Brahma, Vishnu ou Shiva. Mas
hoje eé onipresente na vida cotidiana dos hindus.

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Sobre sua origem
Ganesha eé filho de Shiva e Parvati. Shiva eé o Deus criador do
Yoga, vivia nas montanhas dos Himalayas e raramente visitava
sua esposa Parvati. Shiva e Parvati abraçados saã o a
representaçaã o do Tantra.

Os Puranas dizem que a relaçaã o sexual durava mileê nios, mas


Shiva naã o ejaculava, tinha completo domíénio, assim Shiva naã o
tinha filhos.

Parvati gostava de se preparar para receber Shiva, mas todos


os guardioã es falhavam quando se tratava de Shiva, assim
Parvati resolveu ter o seu proé prio filho e guardiaã o; retirou de
si o material e deu vida aà criança, Ganesha aprendeu a lutar
bravamente e se tornou o guardiaã o de seus aposentos. Um dia
Shiva chegou e quis entrar, Ganesha bloqueou sua entrada.

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Shiva Encolerizado (ele estaé quase sempre assim), naã o aceitou
de ser impedido de entrar e ordenou que seus demoê nios
lutassem, mas Ganesha venceu todo o seu exeé rcito, entaã o Shiva
lutou ateé decapitar Ganesha.

Parvati furiosa (o que deve ser terríével, pois um dos aspectos


de Parvati eé o de Kali, a Deusa da Morte) reivindicou que Shiva
devolvesse a vida a seu filho, Shiva disse que ele naã o podia ser
seu filho, realmente ele era somente filho de Parvati – a
mateé ria mortal, assim

Shiva ordenou que seu exeé rcito fosse para o norte e que
trouxessem a primeira cabeça de um ser vivo que
encontrassem; encontraram um elefante. Shiva colocou a
cabeça de elefante sobre o corpo do menino e deu vida a ele.

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Parvati exigiu que Ganesha fosse o primeiro a ser reverenciado
em todos os rituais. Ganesha passou a ser filho tambeé m de
Shiva e se tornou um Deus.

Significado De Sua Origem


Como todas as lendas encerram dentro de si um significado
maior, vamos desdobrar a simbologia da histoé ria de Ganesha.

Primeiro conta os Puranas que Ganesha tem um corpo fíésico


“criado” por Parvati, síémbolo da mateé ria perecíével, ou seja, que
eé humano. Mostra que ele naã o conhece o pai – Shiva, a
realidade Suprema.

Quando Parvati solicita sua proteçaã o ele a obedece


incondicionalmente (cuida a mateé ria, eé apegado a ela). Quando
seu pai chega, luta com ele (naã o quer perder a individualidade)

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naã o o reconhece, mas luta com bravura, quer cumprir o seu
dever.

O pai admira sua coragem, mas naã o podendo deixaé -lo vencer,
corta a sua cabeça (ego, mente, arrogaê ncia) e ele morre.

Parvati zangada com a morte do filho mostra a mateé ria naã o


querendo perder seu “nome e forma”. Shiva coloca uma nova
cabeça no filho que renasce pelas maã os de Shiva, nasce do
supremo.

Parvati ficando contente com as promessas de Shiva de que


seu filho seraé reverenciado no iníécio de todos os rituais e
cerimoê nias e, antes de qualquer empreendimento mostra que
a perda da individualidade eé o ganho do absoluto, da
plenitude.

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O saé bio vence todos os desafios, luta com bravura, remove
todos os obstaé culos e depois morre, perde a cabeça para
ganhar uma nova dada por Shiva, o absoluto.

Simbologia
Ganesha tem uma enorme cabeça de elefante, imensa para um
corpo de menino indicando sua capacidade intelectual e a
firme dedicaçaã o ao estudo das escrituras.

Ganesha eé o Saé bio. Ganesha tem na fronte o Vibhuti e um


pequeno tridente indicando que eé filho de Shiva – o Senhor da
disciplina e da aniquilaçaã o da ignoraê ncia, indica tambeé m, que
o saé bio tem sempre em mente o Ser Supremo.

As enormes orelhas e a cabeça de elefante representam os dois


primeiros passos para a autorrealizaçaã o - “Sravanam”, escutar
o ensinamento e “Mananam”, refletir sobre ele.

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A tromba representa “Viveka”, a capacidade de discriminaçaã o
entre Nitya, o eterno e ilimitado, e Anitya, o naã o eterno.

O intelecto do homem comum estaé sempre preso entre os


pares de opostos (as presas), o Saé bio naã o eé mais afetado por
esses pares de opostos (frio-calor, prazer-dor, alegria-tristeza,
etc.) tendo atingido um estado de equanimidade, representado
por uma das presas quebradas.

O Saé bio nunca esquece sua verdadeira natureza (memoé ria de


elefante).

A barriga enorme representa sua capacidade de engolir,


digerir e assimilar todos os obstaé culos, assim como o
ensinamento escutado.

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O ratinho que fica aos seus peé s simboliza o Ego e seus desejos
com sua voracidade e cobiça, frequentemente roubando mais
do que pode comer e estocando mais do que pode lembrar.

O Saé bio tem o desejo sob total controle, por isso o ratinho olha
para cima e aguarda sua permissaã o para comer os objetos dos
sentidos.

No dia de Ganesha eé aconselhaé vel naã o olhar para a lua, pois


conta os puranas que a lua riu de Ganesha voando pelo ceé u em
seu veíéculo o ratinho (corpo).

A lua representa o ignorante rindo do saé bio. Esta imagem


representa o Saé bio tentando passar sua sabedoria infinita
atraveé s de seus equipamentos finitos (corpo e mente).

Ganesha possui quatro braços que saã o utilizados na açaã o de


destruir os obstaé culos:

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A maã o superior direita carrega uma machadinha – Ishvara na
forma de Ganesha (senhor dos obstaé culos) decepa os apegos
aos objetos como fonte de felicidade e a falsa identificaçaã o com
o corpo, elimina os obstaé culos para que possamos ter uma
mente tranquila e possibilitar o conhecimento.

A maã o superior esquerda leva um laço e ou um loé tus – Com o


laço ele prende a atençaã o na verdade, na realidade suprema,
ou seja, no Eu absoluto. O Loé tus eé a natureza pura, absoluta e
imaculada.

A maã o inferior direita abençoa com Abhaã ya Mudraã – Estra


mudraã abençoa com prosperidade e destemor.

Frequentemente encontramos um Japa-mala, mostrando que


esta prosperidade estaé na forma de Japa (repetiçaã o de um
mantra) a mais eficaz teé cnica de preparaçaã o da mente.

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A maã o inferior esquerda oferece Modaka – Modaka eé um doce
de leite e arroz tostado que representa a satisfaçaã o, a plenitude
que se alcança com caminho de disciplina e autoconhecimento.

BRAHMA
Brahma naã o representa uma pessoa e sim o criador do
universo, fazendo parte da trindade hindu que tem Brahma,
Vishnu e Shiva (criador, conservador e transformador).

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Essa trindade eé semelhante aà cristaã (Pai, Filho e Espíérito
Santo). Brahma vem descrito nos Vedas (escritura hindu) em
vaé rios hinos.

AÀ s vezes o hinduíésmo ou o Sanatana Dharma eé conhecido


tambeé m como Brahmanismo.

Ele possui quatro faces embora apenas treê s possam ser vistas,
possui cabelo grosso, barba pontuda e os olhos geralmente
fechados, o que representa um estado de meditaçaã o.

Aleé m disso, Brahma possui quatro maã os que normalmente


seguram objetos como: um livro (o Vedas), um cetro, uma
tigela ou um pote de aé gua, um rosaé rio, mas, muitas vezes duas
de suas maã os estaã o em uma posiçaã o que representa proteçaã o.

Suas quatro faces representam os quatro Vedas e suas quatro


maã os representam as quatro direçoã es.

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Jaé o rosaé rio representa a contagem de tempo. Todo o universo
eé envolvido por aé gua e, por isso, Brahma segura uma jarra com
aé gua simbolizando vida.

Existem templos de Brahma em Pushcar e em Orissa, mas sua


criaçaã o eé infinita.

GAYATRI
Gayarti eé a maã e do universo, a consorte de Brahma, ela eé que
cria e que sustenta. Ela eé a personificaçaã o do onipresente e
onipenetrante Parabrahman, a realidade imutaé vel que estaé por
traé s de todos os fenoê menos.

Gayarti eé a deusa da educaçaã o, que transmite o conhecimento


e a arte, seu veíéculo eé um cisne com acento de flor de loé tus,
representando estar acima de todos os mundos.

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Gayarti eé representada com cinco cabeças e dez olhos
simbolizando todas as raças e todas as direçoã es, ela tem dez
braços carregando todas as armas de curto e longo alcance,
ainda em uma das maã os ela traz os vedas e na outra um mala
(uma espeé cie de rosaé rio para cantar os mantras).

Ela tambeé m eé conhecida como a maã e dos vedas (escritura


sagrada hindu), pois o mais venerado mantra do hinduíésmo eé o
“Gayatri mantra”, que eé cantado todas as manhas ao nascer do
sol.

Com ele o praticante obteé m sua proteçaã o em busca da


iluminaçaã o oriunda da proé pria Gayatri.

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KRISHNA
“De tempos em tempos, quando haé um declíénio da bondade e
uma ascensaã o da maldade humana, Vishnu (Deus)
pessoalmente vem entre noé s como um Avatara (encarnaçaã o
divina) para aniquilar o mal e restabelecer a religiaã o”, Bagavad-
Gita.

Esse eé um trecho do livro sagrado dos hindus que explica que,


de tempos em tempos, nasce na Terra um grande ser, assim
como haé mais ou menos cinco mil anos atraé s nasceu Krishna,
em sua forma original.

Apesar de pertencer a uma dinastia de reis, ele foi criado como


um pastorzinho de vacas numa cidade pequena chamada
Vrindavana, onde cresceu como uma criança travessa e
extraordinaé ria.

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Executando atividades que, devido a sua poteê ncia ilusoé ria,
pareciam comuns aos olhos de quem o rodeava.

Ele cresceu e se transformou em um fascinante rapaz (Gopala),


que ao simples toque de sua flauta encantava o universo
inteiro, e atraia a atençaã o das mocinhas locais, principalmente
de sua eterna consorte Radha.

Eles formam o casal supremo, os deuses absolutos da devoçaã o


e do amor.

Para entender quem eé Krishna precisamos ler o Bagavad-Gita,


do Mahabarata, que conta a maravilhosa histoé ria de sua vida e
ensinamentos aqui na Terra.

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DURGA
Na trindade hindu, Brahma, Vishnu e Shiva teê m os aspectos
femininos que emanam a energia de Sakti, representados por
Sarasvati, Laksmi e Durga.

Sarasvati eé a criaçaã o, a sabedoria, as artes, a dança e a mué sica,


Laksmi eé a beleza, a prosperidade, o progresso material e
espiritual. Mas quando se trata de poder, de força, de luta
contra o mal, o aspecto divino que prevalece eé Durga.

Durga eé o poder maior que existe no universo, que quando


mais forte ainda transforma em Kali para reorganizar e
transformar o que precisa ser mudado.

Todos hindus teê m respeito e devoçaã o com Durga, mas seu


culto eé maior no Bengal onde, em outubro, existe o maior
festival indiano o “Durga Puja”.

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Durante o festival, milhares de indianos comemoram a vitoé ria
de Durga contra os Asuras (demoê nios). O festival eé
superalegre, com um clima parecido com o do carnaval
brasileiro.

No fim da festa, jogam-se as imagens de Durga no rio Ganges,


para que no ano seguinte sejam construíédas novas.

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#5. COMO
EVANGELIZAR NA
ÍNDIA

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QUER CONHECER A ÍNDIA?

Indispensável:
Abrir uma conta no Banco do Brasil ou Bradesco e pedir o
cartaã o Visa-Eletron ou um Cartaã o com Deé bito Automaé tico e
Instantaê neo, pois com ele voceê pode sacar o dinheiro da conta
no Brasil em qualquer lugar do mundo num caixa eletroê nico
que aceite o Visa-Eletron; um cartaã o de creé dito internacional
com deé bito automaé tico na sua conta tambeé m seria ué til para
emergeê ncias que possam acontecer.

Chegada a Índia:
Apoé s o desembarque na IÍndia, e antes de poder-se sair do
aeroporto eé necessaé rio passar pela imigraçaã o, e para evitar
maiores problemas eé bom estar preparado, principalmente
para marinheiros de primeira viajem:

DESAFIO DE EVANGELIZAÇÃO
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ESCOLADOCHAMADO.COM.BR/EVANGELISMO-DO-REINO
Primeiro tenha em local de faé cil acesso o passaporte e o
comprovante de vacinaçaã o de febre amarela.

Ao chegar aà imigraçaã o (aeroporto) voceê teraé que preencher o


Cartaã o de Desembarque (em ingleê s) onde dentre outras
informaçoã es voceê teraé que colocar: Nome, nué mero e validade
do passaporte, data e local de nascimento, endereço de um
local onde ficaraé na IÍndia (tenha isto a maã o), etc.

Mesmo que voceê tenha algueé m esperando para recebeê -lo no


aeroporto, esta parte voceê teraé que fazer sozinho, pois eé
proibida a entrada de outras pessoas que naã o sejam
passageiros neste setor.

A maioria dos voos internacionais chega aà IÍndia no fim da


noite e princíépio da madrugada, esteja preparado para, talvez,
passar a noite em um hotel e continuar sua viajem no proé ximo
dia.

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UMA TERRA DE DESAFIOS E
OPORTUNIDADES
“Qual a sua atitude diante dos Golias (desafios)? - Muito
grande para acertar. Ou como Davi? - Muito grande para errar!”

Qual eé a sua atitude diante dos desafios da evangelizaçaã o


mundial?

Ficar acomodado, acovardado, olhando apenas os desafios ou


voceê vai tomar uma decisaã o, uma atitude para que os desafios
sejam vencidos, as muralhas sejam postas por terra, o nome do
Senhor seja engrandecido e muitas almas possam vir para
Cristo?!!?

DESAFIO DE EVANGELIZAÇÃO
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Noé s somos os responsaé veis por esta geraçaã o, portanto naã o
podemos ficar olhando os desafios, mas devemos prosseguir, ir
em frente e os vencer em nome de Jesus!

Missoã es eé o mais ousado projeto de vida, mas tambeé m eé o mais


recompensador! A recompensa eé poder contemplar as almas,
outrora taã o longe e distante de Deus, vindo aos peé s da Cruz.

O americano depois de algum tempo na IÍndia, ele escreve o seu


relatoé rio para a sua empresa nos Estados Unidos, dizendo o
seguinte:

- A maioria dos indianos naã o usam sapatos, eé sua cultura,


portanto eu acho muito difíécil vender sapatos para eles. Por
isso eu naã o acho viaé vel estabelecer uma faé brica aqui. E entaã o
ele pediu sua transfereê ncia para os Estados Unidos.

DESAFIO DE EVANGELIZAÇÃO
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O ingleê s escrevendo o seu relatoé rio para sua empresa na
Inglaterra diz:

– Aqui eé o melhor lugar do mundo para vendermos sapatos,


pois todos andam descalços, temos um grande mercado para
nossos sapatos. Aqui eé o melhor lugar do mundo para
estabelecermos nossa faé brica. Eles estabeleceram na IÍndia a
sua faé brica de sapatos que vendeu muitos sapatos, e se tornou
uma das maiores do mundo".

O que aprendemos com isto? Os dois estavam no mesmo lugar,


na mesma situaçaã o, mas olhavam de maneira diferente. Um
olhava apenas os desafios, mas o outro reconhecia os desafios,
mas olhava para as oportunidades.

Os desafios na IÍndia realmente existem e saã o muitos, mas as


oportunidades saã o muitas.

DESAFIO DE EVANGELIZAÇÃO
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Tem mais pessoas para serem salvas na IÍndia (cerca de 16% da
populaçaã o mundial eé indiana) do que o dobro da populaçaã o de
toda a Ameé rica Latina (7,8% da populaçaã o mundial).

Tem mais pessoas para serem salvas na IÍndia do que seis vezes
a populaçaã o do Brasil (2,66% da populaçaã o mundial).

A IÍndia tem uma populaçaã o superior a um bilhaã o de pessoas, e


destes apenas 1% da populaçaã o eé evangeé lica, isto eé cerca de 10
milhoã es de pessoas.

Agora, olhe estes um bilhaã o de indianos, como um bilhaã o de


oportunidades de fazer Cristo conhecido!

O hindu que mora nas regioã es rurais, oprimido pela pobreza e


pela corrupçaã o, anseia por um libertador.

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A tensaã o provocada por inué meras filosofias e por uma
estrutura políética fraé gil tem tornado os hindus da IÍndia mais
sensíéveis ao evangelho, muito embora diversas tendeê ncias do
hinduíésmo continuem a prevalecer.

Os Hindus que moram em outros paíéses encontram-se numa


condiçaã o de instabilidade e indefiniçaã o quanto ao que pensam.

Em alguns paíéses, estaã o enfrentando um períéodo de grande


tensaã o e mudanças, o que pode vir a influenciar sua
receptividade diante do evangelho.

Obstáculos Teológicos
EÍ preciso destacar que haé quatro barreiras teoloé gicas que saã o
obstaé culos para a comunicaçaã o efetiva do evangelho aos
hindus.

DESAFIO DE EVANGELIZAÇÃO
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São Sincretistas: creem que todas as religioã es levam a Deus.

Conceito do Pecado: varia de grupo para grupo, alguns creem


que o pecado eé simplesmente fazer coisas ruins e outros creem
que o pecado naã o existe.

Doutrina do Carma: O comportamento do passado determina


o destino do presente, e as obras do presente determinam o
futuro.

Os ciclos de renascimento se repetem continuamente ateé que a


salvaçaã o seja alcançada.

Da mesma forma que o carma eé uma barreira, tambeé m eé uma


ponte.

DESAFIO DE EVANGELIZAÇÃO
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Doutrina da Salvação: entendem que a salvaçaã o eé uma
libertaçaã o do ciclo de renascimento.

O hindu possui um profundo desejo de ter experieê ncias


espirituais.

A eê nfase sobre a meditaçaã o, a austeridade e a disposiçaã o de


aceitar o sofrimento fíésico saã o aspectos louvaé veis do modo de
vida hindu.

Todavia, o comunicador cristaã o deve destacar, ao mesmo


tempo, o grau de liberdade pessoal que existe na adoraçaã o
cristaã , bem como a ideia cristaã de que a espiritualidade naã o eé
um fim em si mesma e de que tambeé m naã o eé por simples
exercíécios espirituais que algueé m herda o reino.

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Obstáculos Socioculturais
Obstaé culos para Evangelizaçaã o:

1. Haé bitos alimentares cristaã os saã o totalmente contraé rios aos


sentimentos religiosos hindus. Ex: comer carne.

2. O modo cristaã o de adoraçaã o, que eé predominantemente naã o-


indiano.

3. A aproximaçaã o social demasiada entre meninos e meninas


nos lares cristaã os e nas atividades religiosas.

4. A praé tica dos cristaã os de proibirem o uso de um ponto


vermelho na testa.

5. O cristianismo tem uma apareê ncia de uma religiaã o


estrangeira, isto eé , ocidental.

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6. O cristianismo eé visto como uma ameaça aà cultura e aà
identidade indiana, por causa da ideia prevalecente de que
“indiano” eé sinoê nimo de “hindu”.

7. A ideia errada de que os cristaã os naã o saã o patriotas.

8. A ideia errada de que soé os membros da casta dos “


intocaé veis” aceitam o cristianismo.

9. O fato de que o sistema de castas eé o aspecto do hinduíésmo


que mais fortalece a segurança social.

A conversaã o ao cristianismo destroé i esse sistema e provoca a


excomungaçaã o da sociedade, o prejuíézo da reputaçaã o da
famíélia, o fim de possíéveis contratos matrimoniais e
perseguiçaã o, ateé mesmo fíésica.

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10. Superstiçaã o: vivem com medo constante de provocar a ira
do Kula Devata (deus da famíélia) caso aceitem os deuses de
outras religioã es.

Na Economia:

1. Temem a perda de propriedades.

2. Perda de privileé gios e posiçoã es na sociedade.

3. A ideia erroê nea de que os cristaã os saã o um povo de classe


media.

4. A ideia erroê nea de que a igreja indiana eé muito rica,


sustentada com a entrada de dinheiro do estrangeiro.

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5. Perda de privileé gios econoê micos.

De um modo geral, os indianos teê m uma grande capacidade


para a crença e para a religiaã o. Estaã o preparados para crer em
tudo e em todos. Talvez aíé esteja o grande perigo, pois Cristo jaé
tem sido aceito na IÍndia como um dos deuses. Embora isto
naã o seja o que noé s queremos que aconteça, eé assim que, aà s
vezes a fermentaçaã o acontece.

Depois de um hindu ter dado lugar a Cristo, eé dever nosso


continuar convencendo o homem a aceitar a Cristo como
Senhor, o ué nico Salvador da humanidade.

O secularismo na IÍndia eé uma grande surpresa e fruto da


provideê ncia de Deus, pois, o cristaã o na IÍndia naã o rejeita o
secularismo como uma coisa totalmente íémpia, mas que o
ajuda a formular uma teologia a partir dele.

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Mapa Com A Situação Religiosa Da Índia
Veja no mapa abaixo a situaçaã o religiosa da IÍndia por Estados.
Os Estados em vermelho saã o onde a situaçaã o eé pior e exige um
maior empenho missionaé rio para mudarmos esta draé stica
situaçaã o!

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O EVANGELHO NA ÍNDIA
A histoé ria do Cristianismo na IÍndia começou provavelmente no
ano 52 d.C., quando o Apoé stolo Tomeé teria chegado no sul do
paíés, no estado de Kerala, estabelecendo ali uma igreja em
Muziris (Cranganore).

Segundo a tradiçaã o, o Apoé stolo Tomeé seguiu para Chennai


(Madras) onde converteu alguns para Cristo e em 72 d.C. ele
foi martirizado por causa de sua feé em Cristo e no local de seu
martíério estaé localizada a Igreja de Saã o Tomeé .

Apesar de o Evangelho ter chegado na IÍndia haé mais de 1950


anos, quase todos saã o unaê nimes em concordar que a IÍndia eé
ainda um grande desafio a obra missionaé ria mundial.

Os cristaã os na IÍndia saã o cerca de 2,34% da populaçaã o,


incluindo catoé licos e um grande nué mero de protestantes
nominais.

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A situaçaã o espiritual da IÍndia me faz lembrar das palavras de
Jeremias no capíétulo 8 e versíéculo 20 de seu livro que diz:
“Passou a cega, findou o veraã o, e noé s naã o estamos salvos”.

Mas, graças a Deus, que para a IÍndia a cega ainda naã o acabou,
portanto ainda haé esperança para centenas de milhoã es de
indianos que ainda naã o conhecem a Jesus. Mas, uma verdade eé
que naã o teremos outros 1950 anos para isto.

Mais de 300 milhoã es de Dalits (casta mais baixa, tambeé m


chamados intocaé veis) estaã o escravizados e subjugados debaixo
do hinduíésmo que os considera inferiores as vacas.

Os Dalits estaã o extremamente descontentes com isto e muitos


estaã o buscando outras religioã es que os valorizem como seres
humanos que saã o, e muitos deles teê m vindo a Cristo apesar de
toda oposiçaã o e perseguiçaã o contra os cristaã os.

Como voceê pode ver, atraveé s da seçaã o Direto do Campo, tem


crescido a perseguiçaã o religiosa contra os cristaã os na IÍndia, na

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ESCOLADOCHAMADO.COM.BR/EVANGELISMO-DO-REINO
tentativa de limitar o crescimento do cristianismo, mas a
promessa do Senhor eé de que as portas do inferno naã o
prevaleceram contra a Sua Igreja.

O clamor da IÍndia eé : “Passaram-se 1950 anos e nós não


estamos salvos”.

Voceê pode ouvir este clamor? Voceê estaé disposto a fazer


alguma coisa para que a situaçaã o espiritual da IÍndia seja
mudada?

Jesus deu a vida dEle na cruz e voceê o que estaé fazendo para
isto? Eu e minha famíélia demos nossas vidas para servir ao
Senhor aqui na IÍndia, mas voceê tambeé m pode fazer alguma
coisa.

Comece orando! Ore intensamente e sistematicamente pela


IÍndia e pelos missionaé rios que aqui estaã o trabalhando, talvez
um dia voceê seja um deles tambeé m!

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ESCOLADOCHAMADO.COM.BR/EVANGELISMO-DO-REINO
Ore, clame, suplique, interceda, chore pela IÍndia e com certeza
Deus ouviraé do Ceé u e sararaé esta terra!

COMO ME PREPARAR?

Cristo no Lar
Em Lucas 19:5, Jesus diz: “Hoje me convém pousar em tua
casa”. Que dia abençoado no lar de Zaqueu! Mas no lar dos
Hyde, Jesus era hoé spede permanente!

O Senhor Smith Harris Hyde, pastor da Igreja Presbiteriana em


Carthage, Illinoé is, era um homem de alma robusta e alegre, de
estudos esmerados, de aê nimo transbordante e, sobretudo, de
propoé sito fixo em servir a Deus de todo o coraçaã o.

Sua esposa era apaixonada pela mué sica, e neste lar carinhoso e
feliz, achavam-se seis filhos.

O Dr. Hyde costumava orar – tanto de pué lpito como nos cultos

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ESCOLADOCHAMADO.COM.BR/EVANGELISMO-DO-REINO
domeé sticos – pedindo ao Senhor da seara que mandasse
ceifeiros para a sua seara. Naã o admira, portanto que Deus
tivesse chamado treê s de seus seis filhos!

Alguns dizem que a sua denominaçaã o carece de pastores… Um


dia ouvi um ministro dizer que seu filho nunca seguiraé seu
exemplo porque sabe o que eé sofrer nas maã os do povo…

Mas o Dr. Hyde dignificava seu ofíécio, e regozijava-se em


entregar seus filhos para uma vida de lutas e provaçoã es.

Fico pensando: por que milhoã es de perdidos em outras terras


morrem sem a salvaçaã o? Por que talvez somente seus bisnetos
tenham a oportunidade de ouvirem a voz de algum homem a
proclamar a boa-nova eterna do Filho de Deus? Por que estes
povos esperam tanto tempo?

Por que leio no jornal, de punho do ex-missionaé rio W. B.


Anderson, que na IÍndia existem cem milhoã es de pessoas que
jamais ouviram falar de Jesus Cristo, e que, nas atuais

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circunstaê ncias, morreraã o sem O conhecer? E por que haé outros
tantos milhoã es assim perecendo na AÍ frica e em outros paíéses,
simplesmente por ignoraê ncia acerca de Cristo? Qual eé a razaã o?

Saã o os quartos de oraçaã o vazios. Saã o os cultos domeé sticos


abandonados. Saã o as oraçoã es sem vida e cheias de formalismo
proferidas nas igrejas.

Quero que saibam que as escolas bíéblicas e os seminaé rios


nunca produziraã o os obreiros de que o mundo carece. Minha
maã e orava, quando ainda jovem, pedindo para que as portas
dos paíéses pagaã os se abrissem.

Depois, jaé com dez filhos, orava pedindo que obreiros


entrassem por essas portas, e Deus enviou um de seus filhos aà
IÍndia e duas filhas aà China!

Na Bíéblia lemos que a avoé Loé ide e a maã e Eunice oravam!

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Quando Paulo – o Apoé stolo dos Gentios – começava suas
viagens missionaé rias, podia contar com Timoé teo, o fruto
daquelas oraçoã es!

Joaã o Hyde foi uma resposta aà oraçaã o, e, anos mais tarde,


quando orava no idioma da IÍndia, Deus levantou dezenas de
obreiros nacionais em resposta aà s suas oraçoã es!

O Grande Cabeça da Igreja tem um meio para levantar


obreiros: “vejam as terras… elas estão brancas para a ceifa... os
trabalhadores são poucos… ROGUEM!”.

Dá-me Almas Ou Morrerei!


No tabernaé culo judaico havia um compartimento taã o sagrado
que somente o sumo sacerdote poderia entrar uma vez por
ano.

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ESCOLADOCHAMADO.COM.BR/EVANGELISMO-DO-REINO
Podíéamos ver diariamente em cena este quadro na vida de
Hyde, quando ele encontrava-se com Deus.

Saã o cenas demasiadamente sagradas para olhos comuns, e


hesito em relataé -las aqui.

Mas ao lembrar-me de Jacoé no vale de Jaboque, de Elias no


Carmelo, de Paulo em agonia espiritual por Israel e,
especialmente, do querido Mestre em agonia no Getseê mani,
entaã o sinto que estou sendo impelido pelo Espíérito de Deus a
relatar tais experieê ncias, para admoestaçaã o e inspiraçaã o.

Colocando-nos ao lado do quarto de Hyde, podemos ouvir


suspiros, sentir gemidos e contemplar o querido rosto
banhado, repetidamente, de laé grimas.

Podemos fitar o corpo enfraquecido apoé s dias sem comer e


noites sem dormir. Ali podemos ouvir, entre soluços, o
insistente clamor: “OÍ Deus, daé -me almas ou morrerei!”.

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Hyde foi levado a trabalhar na IÍndia impressionado pela morte
de seu irmaã o mais velho, que preparava-se para ser
missionaé rio no exterior.

Decidiu-se ir somente um ano depois, quando, ao teé rmino do


seminaé rio, pediu a um colega seu que lhe apresentasse todos
os argumentos que pudesse sobre o trabalho missionaé rio no
estrangeiro.

Seu colega retrucou que ele naã o precisava de argumentos, mas


de prostrar-se de joelhos diante de Deus e assim permanecer
ateé resolver em absoluto a questaã o. Na manhaã seguinte, o
brilho no seu rosto refletia a decisaã o que tomara!

Embarcou no outono de 1892 rumo aà IÍndia. Os dias seguidos


de somente aé gua o levaram a um exame proé prio e aà oraçaã o.

No iníécio da viagem, ele recebeu uma carta de um amigo de


seu pai, que muito desejava ser missionaé rio mas que era
impossibilitado de fazeê -lo.

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Ela instava em que Hyde buscasse o batismo com o Espíérito
Santo como habilitaçaã o essencial na obra missionaé ria.

Isto aborreceu Hyde, pois insinuava que ele ainda naã o havia
recebido o Espíérito Santo. Irritado, amassou a carta e jogou-a
no conveé s, mas, mais tarde, com mais juíézo, apanhou-a e releu,
reconhecendo entaã o que carecia de algo que ainda naã o havia
recebido.

Assim, entregou-se por toda a viagem aà oraçaã o, para que fosse,


de fato, cheio do Espíérito Santo e soubesse, por uma
experieê ncia auteê ntica, o que Jesus queria dar a entender
quando disse: “Recebereis poder, ao descer sobe vós o Espírito
Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como
em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos
1:8).

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Depoimentos: Os Primeiros Anos Na Índia
A princíépio Hyde naã o era um missionaé rio conceituado. Era
pesado de líéngua e naã o ouvia bem.

Quando acontecia de ouvir e tambeé m entender a pergunta


formulada a ele, demorava em formular a resposta. Os amigos
receavam de que naã o aprendesse a líéngua nativa.

Era, por natureza, calmo e quieto, e parecia faltar-lhe o


fundamental em um missionaé rio: entusiasmo e iniciativa. Mas
os seus olhos azuis pareciam penetrar as profundezas do
íéntimo das pessoas. Pareciam brilhar da alma de um profeta!

Chegando na IÍndia, descuidou-se um pouco no estudo da


líéngua, a ponto de ser reprovado num exame linguü íéstico. Ele
dizia: “o que eé de primeira importaê ncia deve ocupar o primeiro
lugar”.

DESAFIO DE EVANGELIZAÇÃO
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ESCOLADOCHAMADO.COM.BR/EVANGELISMO-DO-REINO
Explicava que tinha ido aà IÍndia para ensinar a Bíéblia, e, para
tanto, era necessaé rio conheceê -la. E o Espíérito Santo abriu-lhe o
entendimento de modo maravilhoso!

Mas naã o desprezou o estudo, chegando a falar muito bem o


urdu e o punjabi. Sobretudo, aprendeu a falar a líéngua dos
ceé us, deixando auditoé rios de centenas de indianos
boquiabertos perante as verdades da Palavra de Deus.

Em todo avivamento sempre haé duas partes: a divina e a


humana. Em alguns, como no de Gales, a parte divina foi mais
acentuada, e praticamente naã o havia organizaçaã o e pregaçaã o.

Mas o avivamento de Sialkot, apesar de tambeé m vir do alto,


naã o parecia taã o espontaê neo: havia – sob a direçaã o de Deus –
organizaçaã o, e planos eram realizados, aleé m de longos
períéodos de oraçaã o.

Antes de continuar a mostrar a importaê ncia da parte humana,


quero descrever os princíépios da Associaçaã o de Oraçaã o de

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Punjab. Eles foram criados mais ou menos no tempo da
primeira convençaã o em Sialkot (1904), e foram redigidos em
forma de perguntas, que eram assinaladas pelos que
desejassem tornar-se seus membros:

1. Estaé s orando, pedindo um avivamento para a tua vida, para


a vida dos teus companheiros de trabalho e para a Igreja?

2. Estaé s anelando mais poder do Espíérito Santo na tua proé pria


vida e serviço, e estaé s convicto de que naã o podes avançar sem
esse poder?

3. Oraraé s pedindo graça para naã o te envergonhares de Jesus?

4. Creê s que a oraçaã o eé um grande meio de alcançar um


despertamento espiritual?

5. Reservaraé s trinta minutos diariamente, logo apoé s o meio-


dia, para orar pedindo esse despertamento, e estaé s pronto a
orar ateé que venha o despertamento?

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Os membros da associaçaã o erguiam os olhos da feé – conforme
a ordem de Cristo – e contemplavam os campos brancos para a
ceifa. No Livro liam as imutaé veis promessas de Deus.

Percebiam que o ué nico meé todo de adquirir tal despertamento


era por meio de oraçaã o.

Entaã o mantinham em seus coraçoã es deliberada, definitiva e


determinantemente o propoé sito de usar a oraçaã o ateé
alcançarem o resultado.

O avivamento de Sialkot naã o foi por acaso, nem um sopro que


veio do Ceé u, sem ningueé m o buscar. Carlos Finney disse que
um avivamento naã o eé maior milagre do que uma colheita de
trigo.

Em qualquer lugar pode-se obteê -lo quando almas valentes


entrarem na luta determinadas a vencer ou morrer – ou, se for
necessaé rio, vencer e morrer. “O reino dos céus é tomado à força

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e os que se esforçam são os que o conquistam” (Mt.11:12). John
Nelson Hyde

Outro Depoimento
Ser missionaé rio eé um privileé gio, naã o um fardo intoleraé vel
carregado por uns “grandes servos de Deus”. Deus escolhe os
pequenos, os fracos, as coisas loucas deste mundo para que a
gloé ria seja soé dele (1 Co 1.26-29).

Mas esse privileé gio estaé ligado ao caminho da renué ncia e de


levar cada dia a sua cruz, seguindo a Jesus.

O sofrimento jaé faz parte da vida de muitos missionaé rios e,


quanto mais penetrarmos nas regioã es ainda naã o alcançadas,
mais teremos contato com realidades de grande careê ncia
social e espiritual, de conflito com poderes das trevas, de
violeê ncia, guerra e perseguiçaã o.

Isso leva ao sofrimento do missionaé rio e de sua famíélia.

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Poreé m, muito mais do que isso, o confronto com o sofrimento
do povo certamente vai perturbar profundamente o coraçaã o
do missionaé rio.

Como podemos enviar pessoas para lugares onde o sofrimento


eé uma realidade diaé ria e muito forte? Alguns acham que isso
naã o pode ser a vontade de Deus.

Mas como foi que Deus enviou seu Filho? Com que garantia e
segurança? Lembremo-nos de que Jesus disse: “Assim como o
Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21; 15.20).

Isso significa correr os mesmos riscos, vencer a mesma


resisteê ncia, viver com a mesma expectativa de vitoé ria, por
meio do caminho da cruz.

Como podemos descrever o sofrimento na vida do


missionaé rio? Nas horas de guerra violenta que presenciei, o
que me chocou mais profundamente foi ver pessoas feridas,

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caíédas nas ruas sem ningueé m poder socorrer, e ouvir as
histoé rias das víétimas da guerra nos hospitais. Uma mulher sem
braços que perdeu a ué nica irmaã , barbaramente violentada.

Crianças atingidas por balas enquanto dormiam em sua


proé pria cama. Ver a falta de recursos e a angué stia dessas
pessoas era profundamente perturbador.

Mas Deus precisa de um instrumento para levar sua graça,


amor e esperança a essas pessoas. EÍ o sofrimento de saber da
angué stia de nossa famíélia e naã o poder fazer nada para
tranquü ilizaé -la.

E as coisas sempre parecem piores do que saã o para quem as


acompanha de longe. EÍ o sofrimento de acompanhar o
despertamento espiritual, a descoberta da graça de Deus por
uma pessoa, que depois aparece mutilada, morta pela proé pria
famíélia.

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Outro motivo de sofrimento eé que as pessoas poã em em noé s
uma carga de esperança de soluçaã o para seus problemas muito
aleé m das nossas possibilidades. AÀ s vezes nos perguntamos: “O
que estou fazendo aqui? Faraé alguma diferença esse pouco que
posso fazer?” EÍ claro que faraé diferença!

Cada vida transformada, que recupera a esperança, a alegria e


a razaã o de viver, a conscieê ncia de sua dignidade eé uma grande
vitoé ria. Mas aà s vezes ficamos angustiados pelo muito que naã o
podemos fazer e que de noé s eé esperado.

Haé tambeé m os sofrimentos relacionados com a famíélia que


deixamos para traé s. Muitos lutam e teê m a obrigaçaã o de deixar
pessoas e ministeé rios que amam para dar apoio aos pais
idosos que precisam de sua presença.

Outros sentem-se forçados a voltar prematuramente (o


coraçaã o ainda quer ficar) para naã o comprometer a educaçaã o e
o futuro dos filhos.

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Aleé m disso, haé sofrimentos evitaé veis, causados pela
irresponsabilidade dos que enviam sem apoio verdadeiro, sem
orientaçaã o e sem fidelidade no sustento financeiro. Isso gera
profundas angué stias e as igrejas teraã o de prestar contas a Deus
da maneira como tratam os seus obreiros.

Qual eé a nossa responsabilidade? Naã o podemos enviar


missionaé rios apenas invocando a beê nçaã o de Deus e depois
lavar as maã os. A obra eé nossa, como igreja brasileira.

Precisamos estar bem perto de nossos missionaé rios,


acompanhando-os diariamente em oraçaã o, mantendo contato
por e-mail, carta, telefone, de modo responsaé vel (haé lugares
onde uma carta mal orientada pode causar muitos problemas).

Podemos enviar uma pessoa para visitaé -los, orar com eles e
ouvi-los. Devemos recebeê -los com muito carinho, cuidado e
atençaã o quando veê m de feé rias, para que tenham um bom
descanso e renovaçaã o fíésica, emocional e espiritual, provendo
suas necessidades. (Infelizmente, ainda haé igrejas que cortam

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o sustento durante os meses em que o missionaé rio estaé no
Brasil, pois entendem erroneamente que ele “jaé naã o estaé
fazendo o trabalho missionaé rio”.)

Assim, haé sofrimentos inerentes ao modelo de encarnaçaã o


deixado por Cristo, para os quais o missionaé rio deve estar
preparado. Outros tipos de sofrimento podem ser minorados e
eé nossa responsabilidade fazeê -lo, com carinho e amor pelos
que estaã o na linha de frente.

Extraído da Revista ULTIMATO

O presente artigo foi escrito por Antonia Leonora van der Meer,
mais conhecida por Tonica, foi missionária em Angola por dez
anos e, agora, é deã do Centro Evangélico de Missões, em Viçosa,
Minas Gerais.

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#6. CONHECENDO O
BUDISMO

O budismo tambeé m eé um grande desafio da evangelizaçaã o


mundial, onde hoje jaé eé a 5ª maior poteê ncia do mundo em
religiaã o.

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Eles tem crescido assustadoramente naã o soé na AÍ sia onde
começaram, mas tambeé m na Ameé rica: EUA e paíéses da
Ameé rica do Sul, principalmente o Brasil.

O brasileiro tem aberto suas portas para mutias religioã es


orientais, entre elas o budismo que cresce bastante por aqui.

O budismo naã o eé soé uma religiaã o, mas tambeé m um sistema


eé tico e filosoé fico, originaé rio tambeé m da regiaã o da IÍndia.

Foi criado por Siddhartha Gautama (563 - 483 a.C.) tambeé m


conhecido como Buda ou Buddha.

Ele eé considerado pelos seguidores da religiaã o como sendo um


guia espiritual e naã o um deus.

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Desta forma, os seguidores podem seguir normalmente outras
religioã es e naã o apenas o budismo.

Tambeé m eé reconhecido pelos adeptos como um mestre


iluminado que compartilhou suas ideias para ajudar as
pessoas a alcançar o fim do sofrimento ou (Dukkha),
alcançando o Nirvana e escapando do que eé visto como um
ciclo de sofrimento do renascimento.

Observe que esta tambeé m eé a visaã o hinduíésta.

Na visaã o deles, existem diversos Budas que foram


reencarnados, aparecendo outros budas iluminados com
mensagens para os adeptos. Segundo eles, o novo buda
reencarnado nasceu no Brasil.

Aliaé s, no Brasil foi construíédo um Templo Budista em 1996 que


fica localizado em uma privilegiada regiaã o alta da cidade, onde

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pode se ter uma visaã o de parte do centro da cidade de Foz do
Iguaçu e de Ciudad del Este (Paraguai).

Nos jardins do templo, existem mais de 120 estaé tuas, cada uma
com o seu significado, aleé m de uma estaé tua de Buda de 7
metros de altura.

AÀ frente do templo estaã o posicionadas 2 estaé tuas, uma de cada


lado, que eles chamam de guardioã es.

Neste templo, saã o fabricadas muitas estaé tuas que saã o


comercializadas pelo mundo.

QUEM FOI BUDA?


Siddharta Gautama, o Buda, nasceu no seé culo VI a.C. em
Kapilavastu, norte da IÍndia, que hoje corresponde ao Nepal.

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Ele era um príéncipe que, logo apoé s seu nascimento, foi levado
pelos seus pais ao templo para ser apresentado aos sacerdotes.

Laé surgiu um senhor saé bio que havia dedicado sua vida toda aà
meditaçaã o longe da cidade.

Ele tomou o menino em suas maã os e profetizou: “Este menino


seraé grande entre os grandes. Seraé um poderoso rei ou um
mestre espiritual que ajudaraé a humanidade a se libertar de
seus sofrimentos”.

Apoé s essa profecia, os pais de Siddharta resolveram criar o


filho superprotegido para que ele naã o optasse por estudos
filosoé ficos como foi profetizado. Ele continuou sendo
preparado para ser rei.

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Aos dezesseis anos, ele se casou com sua bela prima
Yasodhara, filha do rei Suppabuddha e de Pamitaã , irmaã do pai
de Siddharta. Desse relacionamento nasceu seu ué nico filho,
Rahula.

Contudo, sempre se mostrou curioso com a vida fora dos


portoã es do palaé cio. Por fim, em um belo dia, decidiu descobrir
o que havia do outro lado dos portoã es.

Siddharta se chocou com a realidade de seu povo e, aos 29


anos, decidiu buscar uma soluçaã o para aquilo que afligia seu
coraçaã o: o sofrimento humano.

Abriu maã o de sua famíélia e foi em busca de uma resposta. Foi


nesse caminho que ele se tornou Buda, o Iluminado.

Fundou a doutrina budista, cujo principal conceito eé de que as


respostas do homem se encontram em seu interior.

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BUDA NO TIBETE
Os ensinamentos de Buda Shakyamuni chegaram ao Tibete
pela primeira vez no seé culo V.

Foi somente a partir do seé culo VII, no entanto, quando o Rei


Trisong Deutsen convidou da IÍndia o monge e erudito
Shantarakishita e o Mestre Guru Padmasambhava para
construíérem o Monasteé rio de Samye, que o budismo
firmemente se estabeleceu no paíés das neves.

Durante a primeira fase de propagaçaã o do Darma no Tibete,


surgiu a escola mais antiga do Budismo Tibetano, conhecida
como Nyingma, palavra tibetana que significa “antigo”.

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AS QUATRO PRINCIPAIS ESCOLAS
BUDISTAS
Apoé s um períéodo em que um dos reis tentou dizimar o
budismo do paíés, houve um novo fluxo de mestres indianos e
novas traduçoã es de textos sagrados.

Com isso formaram-se novas linhagens de praé ticas. Quatro


escolas principais foram estabelecidas e saã o conhecidas ateé
hoje:

• Nyingma

• Kagyu

• Sakya

• Gelupa

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Atraveé s dos seé culos, os ensinamentos de Buda Shakyamuni
foram transmitidos de professor a aluno por meio das
diferentes linhagens de praé ticas existentes nas quatro escolas
principais.

A pureza dos meé todos se manteve porque os detentores


dessas linhagens alcançaram realizaçaã o e maestria das
instruçoã es recebidas.

As escolas budistas variam sobre a natureza exata do caminho


da libertaçaã o. Os seus ensinamentos e, principalmente, suas
praé ticas saã o o que rege os seus ensinamentos.

As Três Joias: As Bases das Tradições e Práticas


As bases das tradiçoã es e praé ticas saã o as Treê s Joias:

1. O Buda: como seu mestre

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2. O Dharma: ensinamentos baseados nas leis do universo

3. A Sangha: a comunidade budista.

Encontrar refué gio espiritual nas Treê s Joias ou Treê s Tesouros eé ,


em geral, o que distingue um budista de um naã o budista.

Outras praé ticas podem incluir a renué ncia convencional de vida


secular para se tornar um monge ou monja, de acordo com a
escola em que voceê se adaptar.

Algo a observar eé que muitos dos monges budistas quando se


retiram, pelo longo períéodo que passam no monasteé rio,
acabam por se entregar ou ao envolvimento homossexual ou a
uma vida promíéscua de prostituiçaã o entre homem e mulher.

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#6. FILOSOFIA E
CRENÇAS BUDISTAS

Os ensinamentos do budismo teê m como estrutura a ideia de


que o ser humano estaé condenado a reencarnar infinitamente
apoé s a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo
material.

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O que a pessoa fez durante a vida seraé considerado na proé xima
vida e, assim sucessivamente. Esta ideia eé conhecida como
carma.

Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espíérito pode atingir o


estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das
reencarnaçoã es.

Para os seguidores, ocorre tambeé m a reencarnaçaã o em


animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta
vegetariana.

A FILOSOFIA
A filosofia eé baseada em verdades: a existeê ncia estaé
relacionada a dor e a origem da dor eé a falta de conhecimentos
e os desejos materiais.

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Portanto, para superar a dor deve antes livrar-se da dor e da
ignoraê ncia.

8 Caminhos a Percorrer
Para livrar-se da dor, o homem tem oito caminhos a percorrer:

1. Compreensaã o correta

2. Pensamento correto

3. Palavra

4. Açaã o

5. Modo de vida

6. Esforço

7. Atençaã o

8. Meditaçaã o

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De todos os caminhos apresentados, a meditaçaã o eé
considerado o mais importante para atingir o estado de
nirvana.

Comportamentos Morais
A filosofia budista tambeé m define alguns comportamentos
morais que saã o:

1. Naã o maltratar os seres vivos, pois eles saã o reencarnaçoã es


do espíéritos

2. Naã o roubar

3. Ter uma conduta sexual respeitosa

4. Naã o mentir

5. Naã o caluniar ou difamar

6. Evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes

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Seguindo estes preceitos baé sicos, o ser humano conseguiraé
evoluir e melhoraraé o carma de uma vida seguinte.

AS FUNDAMENTAIS CRENÇAS
BUDISTAS
#1. EÍ o princíépio geral para os budistas a demonstraçaã o da
mesma toleraê ncia, da mesma indulgeê ncia e do amor fraternal a
todos os homens, sem distinçaã o, e mostrar tambeé m uma
bondade imutaé vel para com os animais.

#2. O universo foi evoluindo, naã o foi criado, funciona como


ajuste a uma Lei; mas naã o segundo o capricho de nenhum
Deus.

#3. As verdades sobre as quais se funda o Budismo saã o


naturais. Crendo que foram ensinadas em sucessivos Kalpas,

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ou períéodos do mundo, por alguns seres iluminados chamados
Budas, cujo nome significa o “iluminado”.

#4. O quarto instrutor da presente Kalpa foi Sakyamuni


(Gautama Buddha), que nasceu numa famíélia real na IÍndia haé
cerca de 2500 anos. EÍ uma personagem histoé rica e o seu nome
era Sidharta Gautama.

#5. Sakyamuni ensinava que a ignoraê ncia produz o desejo, o


desejo naã o satisfeito eé a causa do renascimento e o
renascimento eé a causa do sofrimento.

Para se desembaraçar do sofrimento, portanto, eé necessaé rio


libertar-se do renascimento, para se libertar do renascimento
haé que extinguir o desejo e, para extinguir o desejo, haé que
destruir a ignoraê ncia.

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#6. A ignoraê ncia engendra a crença de que o renascimento seja
uma coisa necessaé ria.

Quando a ignoraê ncia eé destruíéda reconhece-se a degradaçaã o


que supoã e cada um dos tais renascimentos considerados como
um fim em si mesmo; assim, reconhece-se a suprema
necessidade de adotar um geê nero de vida pelo qual seja
abolida a necessidade de tais renascimentos repetidos.

A ignoraê ncia tambeé m engendra a ideia ilusoé ria e iloé gica de que
soé haja uma existeê ncia para o homem e essa eé outra ilusaã o de
que esta vida ué nica seja seguida por estados de imutaé vel
prazer ou tormento.

#7. A dissipaçaã o de toda esta ignoraê ncia pode alcançar-se pela


praé tica perseverante de um altruíésmo que tudo abarque na
conduta pelo desenvolvimento da inteligeê ncia, pela sabedoria

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no pensamento e pela destruiçaã o do desejo dos prazeres
pessoais inferiores.

#8. Sendo o desejo de viver a causa do renascimento, quando


este desejo se distingue, os renascimentos cessam, e o
individuo perfeito alcança atraveé s da meditaçaã o esse estado
superior de paz chamado Nirvana.

#9. Sakyamuni ensinou que a ignoraê ncia pode dissipar-se e


afastar-se o sofrimento pelo conhecimento das quatro Nobre
Verdades, a saber:

• As calamidades da existeê ncia.

• A causa produtora de sofrimento, que eé o desejo sempre


renovado de se satisfazer a si proé prio sem poder alcançar
esse fim.

• A destruiçaã o desse desejo ou o afastamento dele.

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• Os meios de obter essa destruiçaã o do desejo. Os meios
que ele indicou constituem o Nobre OÍ ctuplo Caminho, a
saber: Recta Crença; Recto Pensamento; Recta Palavra;
Recta Acçaã o; Rectos Meios de Vida; Recto Esforço; Recta
Memoé ria; Recta Meditaçaã o.

#10. A Recta Meditaçaã o conduz aà iluminaçaã o espiritual ou ao


desenvolvimento dessa faculdade de semelhança a Buddha
que estaé latente em cada homem.

#11. A esseê ncia do Budismo tal como a resumiu Tathagatha (o


proé prio Buddha) consiste em:- Parar de fazer o mal;-
Conseguir a virtude;- Purificar o coraçaã o.

#12. O universo estaé sujeito a uma causa natural conhecida


pelo nome de karma. Os meé ritos e demeé ritos de um ser em
passadas existeê ncias determinam a sua condiçaã o na presente.

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ESCOLADOCHAMADO.COM.BR/EVANGELISMO-DO-REINO
Cada homem, consequentemente, preparou as causas dos
efeitos que gora experimenta.

#13. Os obstaé culos para a aquisiçaã o de um bom Karma podem


afastar-se pela observaê ncia dos seguintes preceitos que estaã o
compreendidos no coé digo moral do Budismo, a saber:

• Naã o matar;

• Naã o roubar;

• Naã o se entregar a prazeres sexuais ilíécitos;

• Naã o mentir;

• Naã o tomar drogas ou licores embriagadores. Haé outros


cinco preceitos que naã o eé necessaé rio enumerar aqui para
a observaê ncia daqueles que querem alcançar, mais
rapidamente que o homem ordinaé rio laico, a liberdade da
dor e do renascimento.

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#14. O Budismo repudia a credulidade supersticiosa. Gautama
Buddha ensinou que dever do pai educar os seus filhos na
cieê ncia e na literatura.

Tambeé m ensinou que ningueé m deve crer o que disser qualquer


saé bio, o que estiver escrito e qualquer livro ou a tradiçaã o
afirmar, a naã o ser que esteja de acordo com a razaã o. Redigido
como programa comum que todos os budistas podem aceitar.

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#7. ESCRITURA
BUDISTA

Buda transmitiu seus ensinamentos unicamente por via oral:


naã o existe mençaã o histoé rica a nenhum texto didaé tico ou
filosoé fico que Buda tenha escrito de proé prio punho.

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Apoé s a morte de Buda, esses ensinamentos se perpetuaram
igualmente de forma exclusivamente oral ao longo de cinco
seé culos.

Foi somente pouco antes do advento da Era Cristaã que surgiu o


primeiro registro escrito da doutrina budista: o Tipitaca
(termo que, traduzido do paé li, significa “Treê s Cestos”, numa
alusaã o aà s treê s partes em que se divide a obra).

AÀ medida que foram surgindo as diversas escolas budistas,


foram sendo escritos textos que procuravam condensar e
registrar os ensinamentos da tradiçaã o oral do budismo,
acrescidos de novos desenvolvimentos filosoé ficos.

Diferentemente de religioã es como o cristianismo, o judaíésmo, o


islamismo, o hinduíésmo e o zoroastrismo, o budismo naã o

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possui textos que sejam adotados universalmente entre os
adeptos da religiaã o.

Ou seja, cada seita budista possui seus proé prios textos


sagrados.

As seitas ligadas aà tradiçaã o Teravada, por exemplo, seguem o


Tipitaca, que conteé m a conhecida coleçaã o de aforismas
conhecida como Darmapada (em paé li, Dhammapada; em
saê nscrito, Dharmapada), nome que pode ser traduzido como
“versíéculos do darma”.

As seitas ligadas aà escola Maaiana seguem sutras como o do


Loé tus, o do Diamante e o do Coraçaã o.

Os budistas tibetanos seguem, entre outros livros, o Livro


Tibetano dos Mortos, que conteé m ritos fué nebres.

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Existem ainda os Contos Jatacas, que saã o relatos de como
teriam sido as encarnaçoã es de Buda antes de sua ué ltima
encarnaçaã o, como Siddartha Gautama.

Muitos desses contos saã o baseados no folclore tradicional dos


paíéses que adotaram o budismo, adaptados aà moral budista.

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#8. O BUDISMO E
DEUS

O Budismo eé geralmente considerado pelos ocidentais como


uma religiaã o naã o-teíésta. Embora ensine que existem deuses
(Devas), estes saã o seres que habitam em mundos celestiais de
grande felicidade.

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Tais seres, poreé m naã o saã o eternos nessa forma e estaã o sujeitos
aà morte e eventual renascimento em reinos inferiores da
existeê ncia.

No entanto, eé preciso fazer a distinçaã o entre os ensinamentos


aparentemente naã o-teíéstas do Caê none Pali (“agamas”) e
ensinamentos compatíéveis com alguma forma de teíésmo das
escolas do Tantricas e dos Sutras Mahayana.

Em esseê ncia, a metodologia do budismo eé incompatíével com


uma determinaçaã o radical ateíésta, sendo o seu ensinamento
voltado principalmente para o reconhecimento da natureza da
realidade como forma de libertar todos os seres da naã o
satisfatoriedade.

Alguns budistas, particularmente no Ocidente moderno,


seguem uma interpretaçaã o do Budismo que naã o admite o

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sobrenatural nem a divindade, mas essa visaã o estaé longe de
ser auteê ntica.

Quase certamente representa um modo diferente de encarar o


budismo em relaçaã o aà maior parte da histoé ria dessa religiaã o.
Nessas interpretaçoã es ceé ticas, outros reinos de existeê ncia e
deuses saã o vistos por eles apenas como metaé foras ué teis para
entender aspectos da mente.

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#9. BUDISMO X
CRISTIANISMO

Do ponto de vista religioso, budismo e cristianismo saã o,


inegavelmente, duas tradiçoã es mundiais, completamente
diferentes. EÍ impossíével algueé m ser cristaã o e, ao mesmo tempo,
budista, ou vice-versa. Seria misturar fogo com aé gua.

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Saã o caminhos de espiritualidade radicalmente diferentes,
principalmente quando se tem em mente os paradigmas
vigentes do cristianismo.

Na sua esseê ncia, o cristianismo, e tambeé m o judaíésmo e o


islamismo, saã o classificados como religioã es reveladas: em que
Deus fala aos homens.

Uma religiaã o revelada eé caracterizada pela livre comunicaçaã o


salvadora que Deus faz de si mesmo ao homem pecador, em
Cristo, pela comunicaçaã o pessoal e, ao mesmo tempo,
comunitaé ria (Igreja).

Jaé o budismo situa-se no grupo das religioã es classificadas


como salvíéficas. Saã o aquelas religioã es portadoras dos meios de
que o homem precisa para salvar-se dos sofrimentos presentes
e conseguir a felicidade.

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Neste grupo encontram-se, aleé m do budismo, o confucionismo,
o taoíésmo, o hinduíésmo.

Estas religioã es, como o fizeram Zaratustra, alguns filoé sofos


gregos e profetas judeus, que, espiritualizando e aprofundando
o pensamento, abriram caminho a uma religiosidade, ao
mesmo tempo pessoal e universal.

O Cristianismo: O Homem e A Graça de Deus


O cristianismo, fiel aà tradiçaã o do pensamento religioso
ocidental, considera o homem inteiramente dependente da
graça de Deus ou da Igreja, na sua qualidade de instrumento
terreno exclusivo da obra da redençaã o sancionado por Deus.

O homem eé infinitamente pequeno, um quase nada, enquanto


a graça de Deus eé tudo. E esta graça vem de fora. Proveé m de

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uma outra fonte: Deus. “O homem está sempre em falta diante
de Deus”, como dizia Kierkegaard.

O Budismo: O Homem, a Auto Redenção e a


Pisque
O budismo, seguindo a tradiçaã o oriental, sublinha o fato de que
o homem eé a ué nica causa eficiente de sua proé pria evoluçaã o
superior. Ao contraé rio do cristianismo, acredita na “auto-
redençaã o”, ou seja, o homem eé Buda e se salva por si proé prio.

O budismo se baseia na realidade psíéquica enquanto condiçaã o


ué nica e fundamental da existeê ncia. A psique eé o elemento mais
importante, eé o sopro que tudo penetra, ou seja, a natureza de
Buda; eé o espíérito de Buda, o Uno, o Dharma-kaya.

Toda vida jorra da psique e todas as suas diferentes formas de


manifestaçaã o se reduzem a ela.

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EÍ a condiçaã o psicoloé gica preé via e fundamental que impregna o
homem em todas as fases de seu ser, determinando todos os
seus pensamentos, açoã es e sentimentos.

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#10. COMO
EVANGELIZAR OS
BUDISTAS

Como evangelizar seguidores de uma filosofia que existe haé


mais de 2600 anos. O que fazer? Como chegar a eles?

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Como falar de Jesus para estes seguidores, se eles saã o taã o
convictos de suas filosofias?

De acordo com o pastor e filoé sofo Uipirangi Franklin da Silva


Caê mara, professor da Faculdade Teoloé gica Batista do Paranaé e
doutorando em Cieê ncias da Religiaã o, somente o fruto do
Espíérito pode servir de convencimento.

Para que isso ocorra, ele destaca que desde o primeiro contato,
o cristaã o deve mostrar respeito pelas convicçoã es alheias. O
princíépio para toda cultura eé o respeito. Respeito pela
autoridade, pelo outro, por suas convicçoã es.

EÍ uma atitude de amor que, naturalmente, vai se desdobrar no


dia a dia e nos relacionamentos. Acho que o ponta peé inicial
seria o reconhecimento das diferenças com bastante amor,
argumenta.

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Outro passo importante eé conhecer a cultura alheia pelo que
seus proé prios seguidores apregoam, e naã o atraveé s de
descriçoã es preconceituosas.

Uipirangi revela que o budismo, na verdade, naã o eé bem uma


religiaã o, mas uma filosofia. O budismo naã o se define como uma
religiaã o exatamente, mas como um estilo de vida. E nisso eles
incluem uma perspectiva filosoé fica. Eles incluem suas
verdades como universais, independente de qualquer
religiosidade.

O cristaã o deve saber dizer, com muita perspicaé cia, que essa
sabedoria que ele tanto procura, soé pode se encontrada em
Cristo.

Agora, esse eé um trabalho que exige tempo. Naã o eé algo que vai
se conseguir com convencimento imediato, ensina.

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Entre as brechas para a evangelizaçaã o, o pastor ressalta que os
seguidores do budismo acreditam que as fases difíéceis da vida
saã o verdadeiros momentos de aprendizagem. O budista creê
que essa vida eé de aprendizagem.

Entaã o, quando ele passa por momentos difíéceis, acredita que


estaé aprendendo. EÍ claro que todo momento de luta eé um
momento de aprendizado. Entaã o, eé um momento de mostrar a
grandeza do amor de Cristo e que seu sofrimento pode ser a
auseê ncia da sabedoria verdadeira.

O pastor destaca ainda que, provavelmente, a maior


dificuldade de evangelizar os seguidores do budismo eé o fato
deles declararem que jaé alcançaram o estado de paz e
segurança.

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Se noé s pregarmos apenas algumas facetas, a situaçaã o fica mais
complicada porque os budistas argumentaraã o contrariamente,
com respostas tíépicas do mundo moderno. Coisas do tipo: “eu
não sou Cristão, mas me sinto feliz, tenho paz e segurança, me
sinto confortável”.

Entaã o, Cristo tem que sobressair atraveé s da nossa vida. Naã o


acredito que haja outro caminho a naã o ser a conviveê ncia, do
fruto do Espíérito, e das nossas revelaçoã es praé ticas de que Jesus
eé Deus, afirma.

Os estudos do pastor Uipirangi estaã o resumidos no livro O


Cristaã o e O Budismo. Na obra, o autor faz um paralelo histoé rico
entre o cristianismo e o budismo. Ele mostra que Buda nunca
ensinou que era o caminho para a salvaçaã o e chegou ateé
mesmo a evitar que fosse encarado como um íédolo.

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Portanto, apesar deste evangelismo ser uma jornada
desafiadora, Uipirangi destaca que, na verdade, as maiores
barreiras para a conversaã o de seguidores de outras religioã es
milenares eé a falta de comprometimento de muitos cristaã os
com a Palavra.

Menos voz e mais vida como caminho para alcançaé -los.


Testemunho de vida eé a chave para evangelizar os budistas.

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#11. VOCÊ PODE SER
UM MISSIONÁRIO?

Grande parte dos missionaé rios (como noé s tambeé m) procura


passar para os irmaã os e igrejas somente as bençaã os, frutos da
Fidelidade e Bondade de Deus, bem como das oraçoã es dos
irmaã os.

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Mas, em poucas vezes, os missionaé rios sentem-se a vontade
para abrirem seus coraçoã es e compartilharem tambeé m outros
sentimentos, como tristezas e decepçoã es.

Existem vaé rios motivos para que isso aconteça, mas quero
analisar apenas alguns aspectos que partem de ideias erradas
de irmaã os e igrejas com relaçaã o a pessoa do missionaé rio.

Primeiro, alguns pensam que o missionaé rio eé um super-


homem(ou super-mulher) e que caso ainda naã o seja deve ser, e
como tal naã o tem necessidades emocionais, espirituais ou
fíésicas.

Expor os sentimentos do coraçaã o, na visaã o destes, eé sinal de


fraqueza ou falta de feé .

Segundo, alguns pensam que o missionaé rio eé um pobre


coitadinho, e o tratam como o assim fosse. Abrir o coraçaã o, na

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visaã o destes, eé somente a confirmaçaã o de que um missionaé rio
eé um pobre coitadinho da vida.

Mas o que a Bíéblia fala a respeito disso?! A Bíéblia mostra de


maneira muito clara que o missionaé rio naã o eé um super-homem
(ou super-mulher) e nem um pobre coitadinho, mas sim um
servo do Deus Vivo e Verdadeiro chamado e vocacionado por
Deus para uma missaã o que Ele mesmo designou.

EÍ um embaixador de Deus! Mas, ainda assim um ser humano,


com sentimentos e emoçoã es como tambeé m foram muitos
grandes servos de Deus na Bíéblia.

A Bíéblia eé um livro maravilhoso, e mostra naã o somente os


grandes feitos de homens e mulheres usados por Deus mas
tambeé m seus sentimentos e ateé falhas. Muitas vezes pensamos
que eles foram pessoas especiais, super-homens e super-
mulheres, mas na verdade naã o eram.

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Eram pessoas taã o comuns como eu e voceê , e que fizeram
grandes coisas pelo simples fato de obedecerem a Deus.

Era Deus a sua fonte de fortaleza e sucesso! Mas, ainda assim


tinham tambeé m suas fraquezas e falhas, frutos de sua natureza
humana. A completa perfeiçaã o soé alcançaremos nos ceé us (Ef
4:13).

Dentre estes homens e mulheres que foram grandemente


usados por Deus estaã o: Abraaã o, Elias, Paulo e muitos outros.

Mas longe de serem super-heroé is e eram homens a nossa


semelhança, como estaé escrito a respeito de Elias e se aplica a
todos outros. “Elias era homem sujeito aà s mesmas paixoã es que
noé s e, orando, pediu que naã o chovesse e, por treê s anos e seis
meses, naã o choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o ceé u deu
chuva, e a terra produziu o seu fruto.” (Tg 5:17,18).

Paulo, o grande apoé stolo e que escreveu quase que a totalidade


dos livros doutrinaé rios do NT, teve os mesmos sentimentos

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que os atuais missionaé rios e em diversas ocasioã es abriu seu
coraçaã o mostrando seus sentimentos, taã o humanos quantos os
nossos.

Saã o do apoé stolo Paulo as seguintes palavras: “Que tenho


grande tristeza e contínua dor no meu coração.” (Rm 9:2);
“Porque em muita tribulação e angústia do coração vos escrevi,
com muitas lágrimas, não para que vos entristecêsseis, mas
para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho.”
(2 Co 2:4).

Com estes exemplos naã o quero menosprezar a nenhum desses


grandes homens de Deus, mas destacar que eles tinham os
mesmos sentimentos que qualquer um de noé s.

Eles naã o soé riam, mas tambeé m choraram; naã o soé tiveram feé
para realizarem grandes obras para Deus, como tambeé m em
alguns momentos demonstraram certa incredulidade diante
de algumas dificuldades; naã o soé consolavam, mas tambeé m em
alguns momentos precisavam do consolo.

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Eram homens como noé s, com fraquezas e limitaçoã es, mas que
ousaram confiar em Deus e obedeceê -Lo, e eé nisto que estaé o
segredo de suas vidas.

O proé prio Jesus no Getsmane, poucas horas antes da


crucificaçaã o abre seu coraçaã o para seus discíépulos nos
momentos que antecediam o calvaé rio: “Então lhes disse: A
minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai
comigo.” (Mt 26:38).

Como estes grandes servos de Deus do passado, os


missionaé rios atuais tambeé m tem sentimentos e emoçoã es.

O missionaé rio sente alegria quando as almas veê m para Cristo,


mas tambeé m sente tristeza quando apesar de todo esforço e
sacrifíécio ele naã o veê as almas se convertendo; quando mesmo
perseverando na semeadura ele naã o veê a semente caindo em
terra boa; quando ansiando por cartas com palavras de apoio,
incentivo e encorajamento dos irmaã os e igrejas do seu paíés,

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estas naã o chegam e as poucas cartas quando chegam naã o
trazem encorajamento e sim apenas pedidos de relatoé rios;
quando apesar de terem deixado tudo por Cristo e para servir
na obra missionaé ria, algumas vezes, naã o saã o tratados com a
dignidade que merecem e infelizmente saã o vistos por alguns
como, algueé m que tem de ficar a mendigar e a comer das
milhas que caem dos grandes banquetes de certas igrejas que
relegaram aà obra missionaé ria apenas o resto; aleé m de muitas
outras coisas que poderiam ser acrescidas aqui.

Um outro problema na hora do missionaé rio abrir seu coraçaã o,


e porque talvez poucas pessoas realmente entenderaã o o que
ele estaé sentido.

Naã o eé faé cil para uma outra pessoa que naã o tenha
experimentado as mesmas condiçoã es (ou proé ximas) entender
muitas vezes os sentimentos e necessidades de um
missionaé rio.

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Seria algo parecido como tentar explicar uma dor de dente
para algueé m que nunca na vida sentiu dor de dentes. Dentre os
muitos diferentes aspectos ou situaçoã es estaã o:

• Solidaã o, principalmente em culturas totalmente diferentes


(incluindo a líéngua) o que daé uma sensaçaã o para alguns
de se estar perdido, como um peixe fora d'aé gua;

• Saudade – num níével mais elevado da palavra e que pode


envolver pessoas, lugares, líéngua e ateé comidas, dentre
outras;

• Diferenças culturais – que vaã o aleé m da maneira de vestir,


mas tambeé m inclui a maneira de pensar e ver as coisas
(cosmovisaã o) de uma maneira totalmente diferente ao
que estamos acostumados.

• E muitos outras situaçoã es, que podem incluir: problemas


financeiros, de saué de, burocraé ticos (Governo do paíés onde
se estaé ), etc.

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Estes saã o apenas alguns dos fatores que, com certeza,
contribuem para que muitos missionaé rios naã o se sintam com
liberdade para abrir seus coraçoã es, pois em muitas vezes ao
inveé s do encorajamento o que recebem eé incompreensoã es,
desabafos e ateé repreensoã es.

Infelizmente existem muitos bravos soldados feridos, e outros


que estaã o carregando ressentimentos e amarguras em seus
coraçoã es por naã o terem encontrado pessoas com que pudesse
abrir seus coraçoã es, apenas ouvirem-nas… apenas as
entenderem… apenas estar do lado… apenas ser amigo! Que
remeé dio celestial!

Algumas vezes fico pensando se o apoé stolo Paulo teria sido o


que foi sem o apoio, incentivo e encorajamento que recebeu de
Barnabeé (chamado filho da consolaçaã o ou encorajamento) no
iníécio de sua feé cristaã .

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Um estudo mais profundo demonstra como foi importante,
mais do que imaginemos a princíépio, a influeê ncia de Barnabeé
na vida e ministeé rio de Paulo.

Que Deus levante mais Barnabeé s, que tenham o coraçaã o


disposto a ouvirem, entenderem, que estejam ao lado e que
ministrem consolaçaã o e encorajamento para os missionaé rios
de hoje.

Graças a Deus pelos Barnabeé s atuais, irmaã o e igrejas, que tem


verdadeiramente sido usados por Deus para ministrar consolo
e encorajamento para os missionaé rios e com os quais os
missionaé rios podem abrir sem reserva seus coraçoã es.

Particularmente, quero agradecer ao meu pastor, tambeé m


amigo e companheiro, a todos amados irmaã os em minha
Igreja, a todas igrejas e irmaã os que nos apoiam com tanto
amor e carinho, bem como a todos os Semeadores
Missionaé rios com Paixaã o pelas Almas, por serem verdadeiros
Barnabeé s para noé s: para mim, para minha esposa e para meu

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filho. Noé s amamos a todos voceê s e queremos dizer que saã o
realmente importantes para nossas vidas e ministeé rio!

“Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o


mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo
Jesus.” (Rm 15:5)

VAMOS REFLETIR?

Salários Baixos Congelados E A Grande


Comissão
Por que seraé que missionaé rios ganham taã o pouco, em geral
muito menos do que pastores das igrejas locais?

A regra eé que os "salaé rios", ou ofertas, melhor dizendo, dadas a


missionaé rios pelas igrejas na maioria das vezes naã o
correspondem nem a 30% do salaé rio pagos pelas mesmas
igrejas a seus pastores.

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Aleé m disso, os salaé rios dos missionaé rios geralmente saã o
congelados, ou seja, nunca aumentam. Naã o saã o indexados aà
inflaçaã o, nem aà receita da igreja.

Naã o sei como raciocinam os defensores desses salaé rios


congelados. Tudo sobe: o salaé rio do pastor, os gastos em geral
e os díézimos que a igreja recebe, eé claro. Mas talvez eles
esperem que o missionaé rio consiga de uma forma milagrosa se
proteger dos aumentos…

“Os missionários recebem de muitas fontes diferentes e os


pastores, só de uma”, diriam alguns. EÍ verdade. Alguns
investidores com coraçaã o missionaé rio defendem a
pulverizaçaã o de seu investimento em missoã es. Sustentam 100
missionaé rios com 100 reais cada um em vez de dez
missionaé rios com 1.000 reais cada.

Investidores tambeé m deveriam ter chamado especíéfico.

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Abraçar projetos com o coraçaã o, ajudar nas estrateé gias, pensar
com o missionaé rio e ajudaé -lo a investir certo. A pulverizaçaã o
enfraquece o relacionamento investidor-missionaé rio. E eé de
relacionamentos que o reino de Deus subsiste.

Outra implicaçaã o desastrosa disso eé que o missionaé rio tem de


sair buscando muitas fontes para tentar completar um
orçamento razoaé vel, que lhe permita naã o soé viver mas tambeé m
realizar o projeto para o qual foi chamado. Isso significa muita
humilhaçaã o, muita “porta na cara”.

A suposta vantagem de se ter muitas fontes naã o tem nenhum


motivo espiritual, vem de tristes fatos. Muitos investidores e
igrejas, quando passam por algum problema financeiro,
cortam o salaé rio do missionaé rio, que entaã o passa a figurar
como gasto supeé rfluo.

AÀ s vezes nem avisam ao pobre coitado laé no campo. Outras


vezes as juntas denominacionais se reué nem e discutem: “Por
que eé que ajudamos essa fulana laé na IÍndia? Vamos dar

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prioridade ao investimento em congregaçoã es locais?”.

E no meê s seguinte a fulana, laé na IÍndia, constata que o dinheiro


naã o chegou. Entaã o liga para a igreja e descobre que seu nome
jaé naã o estaé na lista dos assalariados.

A constataçaã o de que as coisas saã o assim mesmo torna os


missionaé rios precavidos: “Tenho de levantar em promessas
pelo menos o dobro do que preciso para que eu venha ter, pelo
menos, uns 70%”.

Tambeé m os deixa inseguros em relaçaã o ao futuro e os obriga a


pulverizar seus relacionamentos, suas oraçoã es e suas emoçoã es
em uma carta xerocada 155 vezes em vez de dez ou quinze
cartas originais para pessoas ou grupos de apoio realmente
comprometidos.

Esse comportamento imaturo da igreja tem muitas maé s


consequeê ncias:

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– O missionaé rio acaba tendo de renunciar a muitos
projetos que desenvolve e começa a apenas sobreviver;

– Com o encolhimento do salaé rio de sobreviveê ncia, a vida


se torna tensa para ele, pois, aleé m das lutas espirituais do
campo, a falta de dinheiro passa a ser um peso terríével;

– Como o tempo gasto com o levantamento de finanças


para realizar cada nova iniciativa eé muito, ele acaba
diminuindo seus sonhos e encolhendo seus projetos;

O relacionamento missionaé rio-igreja perde muito. Na visaã o da


igreja, torna-se um relacionamento sanguessuga, porque o
missionaé rio estaé sempre pedindo.

Na visaã o do missionaé rio, uma relaçaã o de abuso, porque a igreja


cobra muito e naã o daé quase nada.

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Gasta-se dinheiro com tudo o que se pode imaginar e a tudo se
chama de “reino”. Cadeiras novas para o templo eé o “reino”, ar-
condicionado para a igreja eé “reino”.

Mas, se a situaçaã o torna-se complicada, missoã es passa


rapidamente da categoria “reino” para a categoria de “gastos
supeé rfluos”.

Pessoas tambeé m naã o saã o “reino”. O missionaé rio com suas


necessidades pessoais, naã o eé “reino”. Sua roupa ainda naã o estaé
surrada o suficiente, seu carro naã o precisa de conserto, ele naã o
precisa de plano de saué de.

Estamos sustentando a “obra”, o “reino”, ou seja, o templo, as


coisas, mas naã o a pessoa do missionaé rio porque ele naã o eé
reino.

Naã o eé de se admirar que no mundo inteiro a tarefa da Grande


Comissaã o ainda esteja por realizar!

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Do dinheiro da igreja, 90% eé investido na proé pria igreja; 7%
em iniciativas evangelíésticas onde o evangelho jaé foi pregado; e
apenas 3% em iniciativas missionaé rias para aqueles povos que
nunca ouviram o evangelho. Isso eé , no míénimo, insensatez.

Pecamos contra Deus deixando de passar para a frente o


dinheiro que Ele nos deu para este fim, deixando de aplicaé -lo
onde deveríéamos aplicar, administrando como queremos, e
naã o como Ele quer.

O pecado sistemaé tico da divisaã o do dinheiro dentro da igreja


explica por que naã o temos aplicado em missoã es os recursos
para completar a Grande Comissaã o, por que tantos povos
morrem sem Cristo e por que muitos de noé s vaã o chegar aos
ceé us de maã os vazias.

Sua Oração Pode Ser Um Investimento Eterno!


Oraçaã o eé o ué nico meio adequado para multiplicar nossos
esforços raé pido o suficiente para ceifar a colheita que Deus

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deseja...

Talvez nos falte qualidades especiais ou treinamento. Mas noé s


podemos sempre trabalhar com Deus atraveé s da oraçaã o…

Oraçaã o eé a maneira suprema de sermos trabalhadores juntos


com Deus…

Oraçaã o naã o eé apenas um meio para comunicar com Deus e


receber ajuda de Deus, eé tambeé m um investimento eterno! O
registro (de nossas oraçoã es) nos ceé us saã o adequadamente
mantidos pelos anjos.

Nosso Deus naã o eé injusto para esquecer seu trabalho e amor


que voceê tem mostrado por Ele, ajudando outros (Hb 6:10).

Tambeé m Ele naã o eé passíével a se esquecer o seu sagrado e


ardente desejo, sua intercessaã o e suas laé grimas.

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Oraçoã es egoíéstas se perderaã o, mas as tais naã o saã o verdadeiras
oraçoã es. Nem oraçoã es feitas com as motivaçoã es erradas teraã o
qualquer validade perante Deus (Tiago 4:3).

Intercessaã o pela salvaçaã o de outros, para a edificaçaã o da Igreja


de Cristo, por reavivamento entre o povo de Deus e pela
evangelizaçaã o do mundo, todas partilham de caraé ter eterno…

Tais oraçoã es naã o podem morrer ateé que sejam cumpridas de


acordo com a santa vontade de Deus. Tais oraçoã es saã o eternos
investimentos…

Oraçoã es feitas no Espíérito nunca morrem ateé que elas sejam


realizadas de acordo com o propoé sito planejado de Deus. Sua
resposta pode naã o ser o que noé s esperamos ou quando
esperamos, mas Deus frequentemente nos concede muito mais
abundantemente aleé m do que podemos pensar ou pedir.

Oraçoã es sinceras nunca se perdem…

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Oraçoã es feitas de acordo com a vontade de Deus nunca se
perdem. Deus as preserva em Seu proé prio registro e um dia
elas seraã o respondidas. Ele recompensaraé inteiramente todos
aqueles cujas oraçoã es ajudaram vencer batalhas espirituais e
abriram portas para o trabalho de Deus (missionaé rio) no
mundo.

Pense nisto!

10 MANEIRAS PRÁTICAS DE MATAR


UM MISSIONÁRIO
1 – Comece deixando de orar por ele.

2 – Na igreja, passe a plantar fofocas e intrigas, a respeito dele,


assim cada um se preocuparaé com banalidades e se esqueceraé
da obra a ser realizada…

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3 – Se voceê for pastor, jamais pregue a respeito de missoã es,
afinal esta responsabilidade naã o eé sua…

4 – Sinta muita vontade de escrever, mas nunca escreva, afinal


voceê “naã o sabe” e “naã o tem tempo”.

5 – Se por acaso naã o resistir a tentaçaã o de escrever, escreva,


mas sempre cobrando dele alguma coisa, por exemplo:
quantas almas ganhou?

6 – Esqueça datas importantes, como o aniversaé rio de


nascimento dele, da esposa e dos filhos..

7 – Nunca demonstre seu amor por ele..

8 – Nunca envie uma mensagem de aê nimo, afinal todo


missionaé rio eé um “super crente” e, portanto, naã o precisa
dessas coisas…

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9 – Mantenha o seguinte pensamento: todo missionaé rio
precisa passar fome para atingir o “eê xtase espiritual” como se
ele fosse um guru indiano.

10 – Pare imediatamente de contribuir financeiramente, pois


aleé m das suas prioridades voceê jaé viu em algum lugar a
expressaã o: “o missionaé rio vive pela feé ”…?

Se voceê acha muito trabalhoso praticar todas estas sugestoã es,


entaã o escolha apenas duas ou treê s e em breve o missionaé rio
estaraé morto!

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BIBLIOGRAFIA
www.guiame.com.br

www.orepelaindia.com/especial/panorama_

Escrito pelo Rev. Luis Alexandre Ribeiro Branco (Missionaé rio


pela Igreja Batista Central de Petroé polis e JAMI – CBN,
servindo como pastor adjunto na North Sea Baptist Church na
Noruega).

www.correiomissionario.org

Jornal Paixaã o pelas Almas - SEMIPA)

Touch the world through Prayer (Toque o mundo atraveé s da


Oraçaã o) - Wesley L. Duewel - OM Books (Traduçaã o Livre)

Revista ULTIMATO – Março/Abril, 2002 (Mateé ria escrita por


Braé ulia Ribeiro – Nascida e criada em ambiente ateu em Belo
Horizonte, MG, converteu-se em 1980 e tornou-se missionaé ria
em Porto Velho, RO, onde leciona linguü íéstica e missiologia na
Escola de Treinamento Transcultural da JOCUM)

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Revista Paixaã o pelas Almas --Ed. N° 01 – 1999;

Intercessaã o Mundial --Patrick Johnstone – 2002;

Missoã es Portas Abertas / www.portasabertas.org.br

Manual do Seminaé rio Visaã o Global – Missaã o Horizontes /


www.mhorizontes.org.br

Livro Missoã es Transculturais – Uma Perpectiva Estrateé gica-


Ralph D. Winter/Steven C. Hawthorne

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