Protocolo McMaster de Avaliação Da Escrita
Protocolo McMaster de Avaliação Da Escrita
Protocolo McMaster de Avaliação Da Escrita
Beth Blowes
Katie Semple
Melissa Webster
Lucy Farhat
Jessica Jacobson
Jeanette Bradley
Sarah Brunetti
Escola de
Ciências da Reabilitação
Universidade McMaster
2009
0
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução
autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
Índice
Seção A: Introdução ao Protocolo........................................................................................ 3
Materiais.................................................................................................................. 5 Seções
do Protocolo................................................................................................. 5 I. Informações
Preliminares.............................................................. 5
III. Testando
A. Tarefas de Avaliação............................................................... 7
B. Padrões de Preensão............................................................. 10
C. Pressão no lápis..................................................................... 11
D. Posicionamento do papel...................................................... 11
E. Escrita cursiva.........................................................................11
IV. Análise
A. Velocidade da Escrita............................................................ 12
B. Lista de checagem para Análise da Escrita
Aparência........................................................................ 13
Conteúdo........................................................................ 13
Referências.......................................................................................................................... 34
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© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução
autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
Prefácio
Nós tivemos o prazer de trabalhar, ao longo de nossa carreira, com centenas de crianças que
sofriam com a escrita por várias razões. Nós também tivemos a oportunidade de dar aulas para
estudantes de Terapia Ocupacional da Universidade de MacMaster e nos campos de estágio. Nós
estamos felizes por trazer um pouco do nosso conhecimento obtido através da prática, o qual, em
consonância com as evidências atuais de pesquisa, nos dá suporte para apresentar um protocolo
compreensivo para avaliação da escrita de crianças do 2º período ao 6º ano do ensino
fundamental. Esse manual é uma extensão da primeira edição, que era aplicável para crianças até o
3º ano. Essa 2ª edição inclui revisão atualizada da literatura, estímulos novos e revisados para o
processo de avaliação, um novo protocolo de análise e muitos exemplos na sessão de decisão
clinica.
Nós tivemos a sorte de trabalhar com sete excelentes estudantes de Terapia Ocupacional no
desenvolvimento e testagem deste protocolo ao longo dos anos. Nossos agradecimentos a Bete
Bowes, Katie Semple, Melissa Webster, Lucy Farhat, Jessica Jacobson, Jeanette Bradley e Sarah
Brunetti pela sua diligência, criatividade e comprometimento com este projeto. Agradecemos
também aos Terapeutas Ocupacionais e estudantes que contribuíram com comentários muito
relevantes ao longo dessa caminhada e a Janice Joo por sua assistência na formatação do manual.
Finalmente, agradecemos a todas as crianças e suas famílias que participaram entusiasticamente
nos oferecendo suas amostras de escrita.
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Seção A
Introdução ao Protocolo
A escrita é uma tarefa funcional necessária para a criança na idade escolar e o principal meio pelo
qual expressam seus pensamentos, idéias e conhecimento. Escrever é uma habilidade complexa
que compreende coordenação visomotora, processamento cognitivo de alto nível, habilidades
perceptuais, sensação tátil e cinestésica, planejamento motor, organização espacial, controle
temporal e integração da linguagem escrita. 1,2 As pesquisas tem mostrado que as crianças que
escrevem bem têm melhor autoconfiança e auto-estima, maior concentração, melhor desempenho
acadêmico e melhor habilidade de se expressar de maneira mais criativa. 3
Dificuldades com habilidades grafomotoras, escrita ou desenho, são um dos principais motivos de
encaminhamento para os terapeutas ocupacionais (TO) que trabalham com intervenção escolar. 4
Os Terapeutas ocupacionais são frequentemente solicitados a avaliar a escrita de uma criança
quando isto parece interferir no seu desempenho no trabalho escrito. 5 Ao avaliar o desempenho de
uma criança na escrita, há uma série de componentes precisam ser observados para permitir uma
avaliação completa; estes compreendem a área de trabalho da criança, a postura, o uso do
instrumento de escrita, o comportamento, a velocidade de escrita, a legibilidade e o conteúdo.
Muitos instrumentos de avaliação da escrita vêm sendo usados pelos terapeutas ocupacionais e,
normalmente, uma combinação de avaliações padronizadas e observacionais é usada na prática. 1
No entanto, nenhum destes instrumentos auxiliam no processo de tomada de decisão clinica que se
segue à avaliação. Este protocolo foi desenvolvido para dar algum direcionamento na identificação
de áreas específicas de dificuldade, ao mesmo tempo em que auxilia a determinar se e onde intervir.
Este protocolo de avaliação da escrita foi desenvolvido para examinar a ocupação de escrever. Ele
não tem a pretensão de ser uma avaliação completa dos componentes necessários para a escrita
eficiente e bem sucedida. As observações feitas durante o preenchimento deste protocolo podem
indicar a necessidade de avaliação mais profunda dos componentes subjacentes ao desempenho.
Uma nota para quem for utilizar em outros municípios ou países: em Ontário as crianças entram na
escolar em setembro conforme a idade em 31 de Dezembro daquele ano. A tabela seguinte irá
auxiliar a esclarecer as idades das crianças em cada ano, foi acrescentada coluna com
correspondência para as séries brasileiras, que serão utilizadas ao longo do texto:
período
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Seção B
Desenvolvimento do Protocolo
Em 1994, o Protocolo de Avaliação de Crianças do Ensino Infantil e Fundamental 6 (livro azul) foi
desenvolvido como um instrumento de baixo custo e de fácil administração para ser usado por terapeutas
ocupacionais como uma fonte de referência para avaliação de crianças com dificuldades na escrita.
Embora ele continue sendo usado como um instrumento de referência, muitos dos seus aspectos estavam
desatualizados. Percebemos que era necessário um protocolo que refletisse as evidenciais atuais e
também os padrões curriculares vigentes e expectativas. Além disso, como o número crescente de
Terapeutas Ocupacionais que vêm trabalhando em contextos escolares tem acesso limitado a recursos
educacionais e a clínicos mais experientes, considerou-se importante incluir um componente para auxiliar
na decisão clínica.
Em 2006, o primeiro esboço do Protocolo de Avaliação da Escrita foi desenvolvido e testado com crianças
da pré-escola ao segundo ano, da região de Hamilton (Canadá), que faziam atendimento de terapia
ocupacional. As amostras de escrita dessas crianças foram coletadas de acordo com as normas do comitê
de ética para serem usadas na seção de decisão clínica do manual. Posteriormente, o protocolo foi usado
por estudantes de terapia ocupacional da Universidade de McMaster como parte de seu currículo. As
críticas finais dos estudantes foram usadas para o desenvolvimento do segundo rascunho do manual.
No início de 2007, por meio de anúncio no site da CanChild, terapeutas ocupacionais foram convidados a
participar de um estudo da utilidade clínica do protocolo. Quatorze terapeutas ocupacionais de diversas
regiões do Canadá concordaram em fazer parte do projeto piloto, que consistia no uso do protocolo e no
preenchimento de um questionário acerca do seu conteúdo e facilidade de aplicação.
Por meio de série de escalas de 5 pontos do tipo Likert, em que 5 correspondia a “concordo plenamente” e
1 “discordo plenamente”, os terapeutas responderam a afirmativas relativas ao conteúdo do instrumento,
especificamente quanto à abrangência em termos do conteúdo do domínio examinado e a informação
obtidas, sua habilidade para auxiliar a identificar questões e a tomar decisões clínicas, e quanto ao valor
das evidências adicionais de pesquisa e das amostras de avaliação. A média dos escores nesses itens
variou de 4.0 a 4.57. Em resposta à afirmativa “É apropriado para a idade”, os terapeutas foram menos
consistentes. Como as amostras para cada série escolar neste protocolo foram obtidas com base no
curriculum de Ontário, em consonância com as normas e expectativas atuais, é provável que as respostas
a esta afirmativa em particular sejam resultado tanto da falta de familiaridade com essas normas
curriculares como de diferenças nas normas entre as províncias.
Em 2009, o Protocolo de Avaliação da escrita foi estendido para incluir da quarta a sexta séries. Para
estender o protocolo, foi utilizado um processo similar ao de 2006, que incluiu a revisão das expectativas
do currículo de Ontário e o desenvolvimento de testes piloto com o novo material com crianças com
desenvolvimento típico e crianças que freqüentavam serviços de terapia ocupacional nas regiões de Peel,
Halton e Hamilton do estado de Ontário, Canadá. Assim como foi feito em 2006, foram coletadas amostras
de escrita das crianças que participaram do teste piloto, que foram usadas na sessão de decisão clínica do
manual.
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Seção C
Uso do Protocolo
PROCEDIMENTOS GERAIS
A avaliação consiste de várias partes e deve ser realizada, sempre possível, no ambiente de
aprendizagem principal da criança. A avaliação deveria idealmente proceder da seguinte forma: 1.
Revisão das ficha/arquivo do estudante.
2. Contato com a professora principal da criança e com os pais acerca de suas
preocupações.
3. Condução da observação em classe incluindo revisão dos cadernos e livros de exercícios.
4. Realização das tarefas de escrita específicas para o ano escolar com a criança.
5. Escrever relatório com análise/síntese e metas/recomendações.
A avaliação pode ser conduzida na casa da criança. Nesse caso, a Seção II, Local de Trabalho na Sala
de Aula, pode ser preenchida considerando o ambiente onde foi feita a avaliação na casa como o
ambiente de trabalho.
MATERIAIS
✔ Protocolo Fita métrica
✔ Fita adesiva
SEÇÕES DO PROTOCOLO
I. Informação preliminar
5
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Considerações para Avaliação:
. Local de trabalho ideal na sala de aula:
− Altura da mesa 5 cm acima dos cotovelos fletidos quando sentado na cadeira − Pés
apoiados no chão, com os tornozelos, joelhos e quadris a um ângulo de 90 graus
− Local de trabalho em uma área da sala de aula em que os alunos não estejam
hiper/hipoestimulados pelo ambiente ao redor
− Luminosidade apropriada na área de trabalho
B. Observações do Comportamento:
Resistência, atenção e motivação são aspectos importantes que podem afetar significativamente o
desempenho a escrita da criança e devem, portanto, ser avaliados. O impacto da atenção à tarefa e
da motivação no desempenho na escrita tem recebido atenção considerável e está além do âmbito
desse instrumento. Uma área que muitas vezes é ignorada é o efeito da resistência física no
desempenho.
Evidência:
A fadiga parece ter efeito importante sobre a velocidade da escrita, forma da letra, organização
e ergonomia8. Em um estudo, quando as crianças foram solicitadas a escrever textos longos, a
fadiga teve efeito significativo no desempenho da escrita tanto das crianças com escrita ruim
quanto das crianças com escrita boa. 6 Outro estudo com crianças de 8 e 9 anos mostrou que a
qualidade da escrita piorou a medida que se escrevia mais. 9Escrever textos longos causou
deterioração do formato da letra da criança e aumento da velocidade da escrita. Além disso, a
escrita de textos longos também acarretou piora na postura. Devido à postura ruim, a criança
com escrita ruim também apresentou piora na organização espacial e aumento da pressão no
lápis. 6Assim, o efeito da fadiga sobre o desempenho na escrita é complexo e pode ter
implicações mais sérias para aquelas crianças que já foram identificadas como apresentando
escrita pobre.
Considerações para Avaliação:
▪ A criança está prestando atenção apropriada à tarefa de escrita? Por exemplo, ela é
capaz de sentar ereta sem contorcer-se e ficar agitada?
▪ A criança parece cansada?
C. Revisão do Caderno
Para obter uma melhor noção do trabalho escrito típico da criança, deve-se gastar algum tempo
analisando seus cadernos, agenda e folhas de exercício. Fique atento à legibilidade, à organização,
ao uso de margens, ao espaçamento, etc. A quantidade de trabalho escrito bem como o uso de
letra de forma ou cursiva deve se observado. Se possível, olhe os cadernos de outros alunos da sala
de aula para comparar.
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Evidência:
É importante que os terapeutas ocupacionais estejam cientes da forma como a escrita foi
ensinada à criança antes de lidar com as dificuldades. 10 Além disso, para algumas crianças a base
dos problemas de escrita pode estar relacionada à instrução não individualizada. Isso resulta em
discrepância entre o tempo gasto para ensinar letras específicas a determinadas crianças e o
tempo que essas crianças precisam para aprender. 11 Portanto, é importante conhecer a forma
como a escrita foi ensinada para a criança .
III. Testando
A. Tarefas da Avaliação
Verifique na Tabela 1 abaixo para saber quais tarefas de avaliação da escrita são apropriadas para a
série. Enquanto a criança está completando as tarefas de escrita (escrever de memória, cópia de
longe e de perto, ditado, e redação) o examinador deve observar o uso da ferramenta de escrita
(incluindo preensão, pressão, tensão) e posicionamento do papel.
Instruções Gerais:
3) Cópia de longe – O estímulo deve estar localizado de 1,80 a 2,40 metros da criança e a
1,20 metros do chão. Antes de iniciar essa tarefa, verifique se o aluno consegue ler o
texto. Peça ao aluno para copiar a palavra/ texto usando o tipo de papel que
normalmente usa para escrever.
4) Ditado – Peça ao aluno para escrever a frase ditada. NOTE: O tempo para o
cumprimento da tarefa deve ser escrito no protocolo da avaliação para o cálculo da
velocidade da escrita.
5) Redação* – Os tópicos sugeridos estão incluídos na tabela abaixo, mas o aluno poderá
escolher seu próprio tema.
Expectativas de redação apropriadas para a idade:
Pré escola: n/a
1oano: compor uma sentença simples, mas completa acerca do tema escolhido
2oano: compor um parágrafo curto sobre o tema escolhido (2-3 frases)
3oano: compor um parágrafo sobre o tema escolhido
4oano: compor um parágrafo sobre o tema escolhido
5oano: compor um parágrafo sobre o tema escolhido
6oano: compor três parágrafos sobre o tema escolhido
* Talvez você queira pedir ao estudante para fazer primeiro essa tarefa de escrita, pois ela tende a
exigir mais esforço.
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NOTE: O Estímulo original com a fonte apropriada para cada tarefa é apresentado no Apêndice A deste manual.
Tabela 1. Tarefas da Avaliação categorizadas por série escolar
Série Escrevendo de Cópia de perto Cópia de Longe Ditado
Memória
Instruir a criança a copiar: Instruir a criança a copiar: Instruir a criança a
Instruir a criança a NOTA: os números entre parênteses escrever após a
escrever: representam número de letras para leitura em voz alta:
o cálculo da velocidade da escrita
Pré-escola - Nome Miau, vaca, jabuti Uva, leite, doce Macaco, elefante, -
- Números de 1 a 10 baleia
1oano - Nome completo O macaco está dormindo na A pipa está voando no céu. Um pequeno jabuti U
- Nome da escola árvore. (28) xereta viu quatro -
- Alfabeto cegonhas felizes. (43)
- Números de 1 a 10 -
-
2oano - Nome completo Existem várias maneiras de Um, dois, três e quatro, dobro Um pequeno jabuti 2
- Nome da escola praticar exercício. (40) Quando a perna e dou um salto, viro e xereta viu quatro -
- Alfabeto podemos, devemos caminhar ou me viro ao revés e se eu caio cegonhas felizes. (43) d
- Números de 1 a 10 andar de bicicleta. (47) conto até dez. -
-
-
3oano - Nome completo Logo, João vai engatinhar e subir Naquela tarde, que estava Um pequeno jabuti U
- Nome da escola em tudo. Muitas coisas dentro de chuvosa, saí com um vestido, xereta viu quatro -
- Alfabeto casa não são seguras. Você pode que era vermelho, para visitar cegonhas felizes. (43) -
- Números de 1 a 10 me ajudar a achar estas coisas para meu amigo, que estava -
eu colocá-las em um lugar onde resfriado. Na praça, que fica -
João não possa alcançá-las? perto do cinema, encontrei fa
minha tia, que ficou contente
em me ver.
4oano - Nome completo Naquele dia frio de julho, alguma Minhas habilidades circenses Um pequeno jabuti U
- Nome da escola coisa atraiu meus olhos. (48) Era realmente melhoraram. Eu xereta viu quatro -
- Alfabeto uma bolinha fofa pulando de broto posso manipular três bolas. cegonhas felizes. (43) -
- Números de 1 a em broto num galho sem folhas. Eu consigo andar de -
10 - Número do (55) Eu esqueci o frio enquanto monociclo por oito metros -
telefone observava o sem cair. No
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5oano - Nome completo Mariana gosta de ser criativa, Lúcia saiu de casa toda prosa, Um pequeno jabuti U
- Nome da escola editando seus filmes. (44) Ela coloca com seus sapatos novos. Estava xereta viu quatro -
- Alfabeto as cenas juntas para contar a sua se sentido uma princesa, com cegonhas felizes. (43) -
- Números de 1 a história. (44) Ela usa um programa aqueles sapatinhos brancos! De -
10 - Número do de computador para editar seus repente... BRUM! Um trovão e, -
telefone - Nome da filmes. (48) Ao utilizar este logo, logo, a maior chuva! “Meus -
professora programa, Mariana tem a sapatos!” Pensou ela, apavorada. u
capacidade de Mas teve uma idéia: tirou os -
encurtar as cenas. (114) Ela sapatos, escondeu-os embaixo
também pode corrigir erros e do braço e seguiu seu caminho,
mudar a ordem das cenas. (46) descalça, brincando nas poças
d’água.
6oano - Nome completo Numa viagem de carro de São Paulo Eu finalmente me levantei com Um pequeno jabuti T
- Nome da escola a Brasília, a gente atravessa os uma ideia para um artigo no xereta viu quatro -
- Alfabeto Estados de São Paulo, Minas Gerais jornal local. Para minha cegonhas felizes. (43) -
- Números de 1 a e Goiás, até chegar ao Distrito surpresa, o jornal se interessou -
10 - Número do Federal. Pode-se passar umas horas na minha ideia! Eu rapidamente -
telefone - Nome da divertidas em Araxá, Minas escrevi a história e enviei-lhes, -
professora Gerais, que tem um balneário animado, pois isto poderia ser o u
muito primeiro passo para a carreira -
interessante. Em Ribeirão Preto, de
São Paulo, vale a pena conhecer o jornalista. Eu não contei a
Parque da Cidade. A cidade de minha família sobre o artigo. Eu
Cristalina, em Goiás, tem pedras estava esperando para
semi-preciosas de todas as cores. surpreendê-los com a matéria
publicada.
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B. Preensão no Lápis
O desenvolvimento da preensão do lápis nas crianças geralmente segue uma progressão previsível.
Padrões de preensão geralmente desenvolvem de menos maduros (e.x. preensão palmar radial)
para mais maduros (e.x., preensão trípode dinâmica ou lateral) e as mudanças na preensão podem
continuar até a criança completar aproximadamente 10,5 anos de idade. 12 Baseado em sua
pesquisa, Schneck e Henderson criaram uma escala do desenvolvimento que descreve as
preensões típicas no lápis utilizadas pelas crianças a medida em que progridem de preensão
imatura (a) até padrões de preensão maduros (i, j).
(a) preensão palmar radial cruzada; (b) preensão palmar supinada; (c) preensão digital pronada,
dedo indicador estendido; (d) preensão de pincel; (e) preensão com dedos extendidos; (f) preensão
com o polegar cruzado; (g) preensão trípode estática; (h) preensão com quatro dedos; (i) preensão
trípode lateral; (j) preensão trípode dinâmica. Retirado de Schneck & Henderson (1990), uso com
permissão.
Evidência:
Inúmeros estudos têm indicado que os padrões de preensão, na verdade, não tem influência
significativa no desempenho da escrita. 14-17 No entanto, resultados indicam que crianças com
escrita pobre geralmente usam padrões de preensão no lápis menos maduros do que crianças
com boa escrita. 13Tradicionalmente, a preensão trípode dinâmica tem sido considerada a
melhor para o desempenho da escrita devido ao alto de nível de controle que pode ser atingido
quando utilizamos essa preensão.5,16 No entanto, pesquisas têm demonstrado que crianças que
utilizam a preensão trípode lateral alcançam os mesmos níveis de controle, legibilidade,
velocidade e exatidão quando comparadas à crianças que usam a preensão trípode dinâmica.
Desde modo, a trípode lateral deve ser considerada como uma preensão madura juntamente
com a preensão trípode dinâmica.5 Uma vez que as pesquisas têm mostrado que o desempenho
normal na escrita pode ser alcançado com uma variedade de preensões, os terapeutas devem
analisar as implicações funcionais da preensão do estudante, seja ela qual for.
▪ O estudante está usando uma preensão madura (ex. preensão trípode lateral ou trípode
dinâmica)?
▪ A posição da preensão é apropriada em relação à ponta do lápis?
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C. Pressão no Lápis
Evidência:
▪ Há tremor?
▪ A escrita está muito clara ou muito escura?
D. Posicionamento do Papel
Evidência:
E. Escrita Cursiva
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Considerações para Avaliação:
∙ A criança aprendeu a escrita cursiva?
IV. Análise
A. Velocidade da escrita
Velocidade adequada de escrita é necessária para anotar, completar tarefas escolares e escrever
em provas com tempo delimitado. A inabilidade do estudante em manter o mesmo ritmo que os
colegas pode gerar frustração e diminuir a motivação para completar tarefas acadêmicas. Isso
também pode ter efeito negativo sobre suas notas.
Evidência:
A velocidade média de escrita para crianças de acordo com o nível escolar já foi relatada em
vários estudos. 19,21,22 A velocidade é um aspecto importante da avaliação de escrita porque
velocidade e legibilidade são relevantes para o desempenho. 23 As normas publicadas
apresentam médias de velocidade de escrita em letras por minuto. Existe grande variação entre
os estudos, mas a Tabela 3 oferece faixas de velocidade para cada nível escolar. Infelizmente,
nenhum estudo mediu a velocidade típica da escrita de crianças da pré escola, portanto, essa
faixa etária não foi incluída na Tabela. A velocidade da escrita geralmente aumenta com o nível
escolar 22,24; entretanto, há algumas diferenças entre meninos e meninas a partir da 4ª série. 22 A
escrita das meninas tende a atingir um platô entre a 4ª e 5ª série e melhorar de novo na 6ª
série. 22 A velocidade dos meninos aumenta da 4ª a 6ª série, mas num ritmo mais lento que nas
séries anteriores. 22 Essas diferenças podem ser devidas a diferenças no ritmo e platôs de
desenvolvimento. 5, 22
▪ A velocidade de escrita das crianças geralmente melhora de um ano escolar para o próximo,
entretanto, há diferenças para meninos e meninas. Use as velocidades de escrita
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mencionadas (Tabela 3) como guia, uma vez que dados comparativos podem ajudar os
terapeutas a determinar se a criança demonstra habilidades funcionais de escrita. ▪ Período
do ano (letivo) em relação à velocidade: é esperado que crianças testadas na parte final do ano
escolar escrevam mais rápido do que aquelas testadas em fevereiro. ▪ Expectativas de sala de
aula: velocidade de escrita não devem ser considerada de maneira isolada 5.
▪ A velocidade de escrita só se torna um problema quando impede que a criança consiga
completar as tarefas de sala de aula.
▪ Com qual freqüência a criança precisa olhar para a tarefa de escrita enquanto copia?
Aparência
Legibilidade compreende vários componentes que podem ser avaliados em uma amostra de
escrita, incluindo: inclinação, formação da letra, espaçamento, alinhamento e tamanho. Como a
escrita é a forma primária de comunicação do que foi aprendida, a legibilidade adequada da escrita
é vital para o sucesso acadêmico. Alunos que tem dificuldade para dominar a habilidade de escrita
podem sentir ansiedade e frustração e isso pode ter impacto negativo no desempenho escolar e
comprometer ainda mais o sucesso acadêmico.
Evidência:
A avaliação da legibilidade da escrita deve focar mais na avaliação da legibilidade global do que
na formação individual de cada letra. ² A avaliação da legibilidade global é uma maneira simples
e rápida de avaliar componentes funcionais da legibilidade da escrita. ¹ 9Focar na legibilidade
global evita o uso de critérios de pontuação que consomem muito tempo, além de permitir uma
amostra mais clara e ampla da legibilidade do trabalho do aluno. ² 6É mais provável que a
legibilidade seja melhor em tarefas curtas do que naquelas de longa duração. Além disso, a
legibilidade da letra provavelmente será melhor no começo de tarefas de longa duração do que
no meio ou no final da tarefa. ⁸ Ao avaliar a legibilidade, o tipo de tarefa de escrita deve também
ser considerado, pois a escrita tende a ser mais legível em tarefas de cópia do que durante a
criação de uma narrativa. 22 Lembrar, ainda, que a escrita de meninas geralmente é mais legível
que de meninos. 27
▪ O avaliador deve considerar a distinção entre escrita desorganizada e ilegível, assim como o efeito da
duração da tarefa na legibilidade da amostra.
▪ Rever o protocolo para ficar atento a questões específicas de legibilidade que devem ser observadas
quando se analisa a amostra de escrita da criança.
Conteúdo
O conteúdo da amostra de um aluno (especialmente redação) pode também ser analisado para se
examinar: planejamento, idéias, elaboração, coesão, soletração, fluência, gramática, sintaxe, uso
de letra maiúsculo-minúscula, pontuação, consistência e revisão do texto. Evidências relacionadas a
dificuldades de linguagem tais como dislexia, foram omitidas deste manual de avaliação. Os
terapeutas ocupacionais devem avaliar o conteúdo das amostras de escrita de maneira a facilitar
encaminhamento aos profissionais apropriados (e.x.: fonoaudiólogo, professores de recurso
escolar, pedagogo), ao invés de tratar destas questões por si mesmo.
▪ Checar cuidadosamente a amostra comparando-a com o texto original para identificar omissões de
letras que são facilmente despercebidas.
▪ É esperado que o aluno tenha adquirido todas as habilidades anteriores àquelas que ele/ela está
aprimorando no atual nível de escrita.
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Seção D
Decisão Clínica
Os problemas de escrita podem ser decorrentes de uma variedade de fatores,
entre os quais: linguagem, dificuldades viso-espaciais e motoras, ou uma
combinação de fatores. É importante que os terapeutas ocupacionais e
fonoaudiólogos sejam capazes de diferenciar esses fatores a fim de abordar as
dificuldades de escrita apropriadamente. Dada a complexidade dessas
dificuldades, a variedade de tarefas avaliadas permite que o terapeuta tenha
uma noção de inúmeros domínios e habilidades. A seção seguinte do manual
inclui amostras de avaliação para ilustrar os diferentes tipos de problemas que
podem ocorrer na escrita. Estas amostras foram obtidas entre 2006 e 2009 usando
as versões original e extendida deste protocolo. Foram mantidas as amostras
originais em inglês para manter a relação entre os exemplos e as descrições.
Re
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Daniel
Kyle
Resultados da Avaliação: Os gêmeos estavam motivados para completar a
tarefa. A velocidade de escrita de Daniel foi um pouco maior que a de seu irmão
Kyle. Ao examinar as amostras de escrita das duas crianças foram observadas
características similares, mas em graus variados. Nas duas amostras falta fluidez
entre as letras. Entretanto, a amostra de Kyle parece muito mais desorganizada,
com espaçamento inconsistente entre as letras e palavras. Ambos apresentam
dificuldades motoras que estão afetando a qualidade da escrita; Daniel
apresentou menos dificuldade motora que Kyle, o qual, quando comparado, tem
uma escrita muito pior. O terapeuta ocupacional deveria recomendar o início de
treino no computador, assim como algumas estratégias de acomodação para o
baixo tônus postural observado durante a avaliação. As crianças podem se
beneficiar de um programa de escrita com instrução direta.
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Resultados da Avaliação: Nicole sentava em uma cadeira muito alta, apesar dos
outros aspectos do seu ambiente de trabalho estarem adequados. Não foi
observada nenhuma questão de comportamento. Ela usou a preensão trípode
lateral (dominância manual esquerda) durante a avaliação. A velocidade da
escrita na atividade de cópia foi de 48.3 letras/minuto, considerada na média
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para seu nível escolar. A amostra de Nicole apresenta formato preciso da letra,
tamanho de letra consistente e espaçamento adequado entre as palavras. Sua
amostra também apresenta boa orientação para a linha de base. Como não foi
notada nenhuma questão quanto à escrita de Nicole, nenhum acompanhamento
foi necessário.
Amostra de Avaliação #10: 4º ano, menino (Logan)
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“When I grow up I want to be a daycare worker so I will take care of big kids and
small kids and babies.”
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Cópia de perto:
Redação:
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Amostra de Avaliação #20, #21, e #22: 4º ano, meninos (Liam e Paul); e 6º ano,
menino (Isiah)
Liam
Paul
Isiah
Resultados da Avaliação:Estas três amostras apresentam uma escrita que parece clara e
legível. No entanto, em função da lentidão na escrita, os estudantes não estão com
desempenho considerado funcional para o nível escolar em que se encontram. Em cada
amostra há uma causa diferente para a lentidão na escrita. A velocidade de Liam foi
registrada à partir da atividade de cópia de perto e do ditado. A velocidade de sua
escrita foi 12,9 letras/minuto e 21,2 letras/minuto, respectivamente. A velocidade de Liam
foi influenciada por dificuldades de achar a palavra, o que limitou sua habilidade para
organizar os pensamentos. Para sua redação, Liam foi solicitado a escrever sobre como
ele se apronta para ir à escola de manhã. Liam foi lento para iniciar a tarefa e somente
foi capaz de escrever três sentenças curtas. Paul completou sua tarefa de cópia de perto
com uma velocidade de 26,7 letras/minuto, o que está abaixo do esperado para seu
nível escolar. Sua amostra de escrita apresenta bom uso das margens, boa orientação
para a linha de base, e formato preciso das letras. Entretanto, Paul se distraiu facilmente
enquanto completava a tarefa, interrompeu a tarefa e fez desenhos, o que limitou
significativamente a velocidade da escrita. Isiah completou a tarefa de cópia de perto
com uma velocidade de 21,2 letras/minuto, o que também está abaixo do nível escolar.
Ele apresentou formato preciso da letra, perseverando ao traçar cada letra com
perfeição, o que afetou a velocidade da escrita. Isso também pode ser observado pela
pressão excessiva do lápis no papel, como resultado do foco no formato perfeito de
cada letra.
Com base nas observações das três amostras, foi recomendado que Liam fosse
encaminhado para um fonoaudiólogo para atender às suas dificuldades de linguagem.
Paul se beneficiaria de modificação no ambiente para ajudar a completar seu trabalho
e do uso de pistas verbais e escritas para manter sua atenção na tarefa. Isiah poderia
tentar o uso do computador para eliminar a necessidade de traçar letras com perfeição,
e também se beneficiaria de modificações na tarefa.
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Amostra de Avaliação #23, #24, e #25: 5º ano, menino (Trevor); 6º ano, menino
(Kaleb); e 4º ano, menina (Ophelia)
Trevor
Kaleb
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Ophelia
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução 31
autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
Jacob
Todd
Aidan
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução 32
autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
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© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009
35
Apêndice A
▪ 3º ano (Pg. 43, 44, 45; Nota: coloque as duas últimas páginas junto)
▪ 4º ano (Pg. 46, 47, 48; Nota: coloque as duas últimas páginas junto)
▪ 5º ano (Pg. 49, 50, 51; Nota: coloque as duas últimas páginas junto)
▪ 6º ano (Pg. 52, 53, 54; Nota: coloque as duas últimas páginas junto)
36
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução
autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
miau
vaca
jabuti
37
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução
autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F.,
Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
40
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F.,
Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
44
46
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução
autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
Minhas habilidades
circenses realmente
melhoraram. Eu posso
manipular três bolas. Eu
consigo andar de
monociclo por oito metros
sem cair. No tombamento,
eu consigo rolar seis vezes
de
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S.
A. & Okuda, P. M.M., 2012 47
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F.,
Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
48
Eu finalmente me levantei
com uma ideia para um
artigo no jornal local. Para
minha surpresa, o jornal se
interessou na minha ideia!
Eu rapidamente escrevi a
história e enviei-lhes,
animado,
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S.
A. & Okuda, P. M.M., 2012 53
Apêndice B
Nome: Série:
Data Nasc.: Idade:
Examinador: Data:
I. Informações Preliminares
Complete a seção seguinte antes de ver o estudante.
Motivo de Encaminhamento:
Preocupações do Professor:
Tamanho da cadeira ❑ ❑
Localização da carteira ❑ ❑
Ambiente ❑ ❑
Estabilização do ante-braço ❑ ❑
III. Testagem
Complete os itens seguintes durante a administração das tarefas de escrita. Por favor,
consulte o manual quanto às tarefas de escrita especificas para cada série (Tabela 1) e
instruções adicionais.
Comentários:
Qual tipo de preensão mais se aproxima à preensão do estudante quando usa seu próprio
instrumento de escrita?
❑ Preensão palmar radial cruzada ❑ Preensão palmar supinada ❑ Preensão
digital pronada, apenas
com indicador extendido ❑ Preensão de pincel ❑ Preensão com os dedos extendidos
Estabilização efetiva do papel com a mão não dominante? ❑ Sim ❑ Não Pressão adequada
no lápis*? ❑ Sim ❑ Não Pressão adequada do lápis* sobre o papel? ❑ Sim ❑ Não O estudante
usa o lápis* com bom controle? ❑ Sim ❑ Não O lápis* tem inclinação adequada em relação
ao papel? ❑ Sim ❑ Não A inclinação do papel é adequada? ❑ Sim ❑ Não Algum comentário
apropriado para seu nível escolar? ❑ Sim ❑ Não Depois de ler a redação, o estudante é
Ditado segundos
Observações e Comentários: (Inclua diferenças comportamentais, posturais em sala de
aula, etc.)
57
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução
autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
IV. Análise
Complete esta sessão após completar a avaliação.
Velocidade da Escrita:
Consulte o exemplo de cálculo na página 11 do manual
Ditado letras/minuto
Aparência
3º e 4º ano ❑ Posicionamento incorreto das letras p.ex.: letras com haste descendente
tais como “g” que não avança para baixo da linha de base
❑ Pobre orientação com relação à linha de base
Conteúdo
❑ Reversão de letras p.ex.: “b” por “d” ou inversões p.ex.: “b” por “p”
❑ Vocabulário restrito
❑ Vocabulário restrito
58
© N. Pollock, J. Lockhart, B. Blowes, K. Semple, M. Webster, L. Farhat, J. Jacobson, J. Bradley & S. Brunetti, 2009. Tradução
autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012
Sumário e Síntese/Análise:
Metas/Recomendações/Plano:
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autorizada feita por: Magalhães, L. C, Costa, A. P. F., Capellini, S. A. & Okuda, P. M.M., 2012