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Lab 1

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Objetivo

Mostrar na prática a variação da potência em relação à tensão em diferentes


circuitos.

Introdução Teórica

Quando analisamos um circuito em termos de energia, estamos interessados na


quantidade de energia, em função do tempo, entregue pelas fontes ao circuito e na
quantidade de energia consumida ou armazenada nos componentes passivos. Isto
é, estamos interessados na potência do circuito, pois potência é a variação da
energia em função do tempo.

Do estudo de circuitos em corrente contínua, sabemos que a potência é dada pelo


produto da tensão pela corrente, pois a tensão representa a quantidade de energia
capaz de movimentar certa quantidade de cargas elétricas (V=J/C) e corrente
representa o fluxo de cargas num dado intervalo de tempo (A=C/s). Portanto, o
produto da tensão pela corrente representa a quantidade de trabalho (energia)
realizado num dado intervalo de tempo.

Para o estudo da potência nos elementos passivos (resistor, capacitor e indutor),


consideremos o seguinte circuito:

Fonte de tensão alternada senoidal aplicada a uma impedância Z.

Ao tratarmos de um resistor e tomando ele como ideal podemos afirmar que a


tensão está em fase com a corrente e assim:

Já Considerando que a impedância Z no circuito da figura seja um indutor L ideal


(resistência do indutor nula), podemos concluir que a corrente está atrasada de 90º
da tensão nos seus terminais. Tomando a corrente como referência:
A potência absorvida na magnetização do indutor ideal é igual à potência
devolvida na desmagnetização. O fluxo líquido de potência no indutor ideal é zero a
cada ciclo completo e não há perda de energia no processo. Portanto, a potência
média no indutor ideal é nula, pois não dissipa potência. Isso indica que não há
transformação de energia e que o indutor ideal devolve integralmente à fonte a
energia que recebeu e, portanto, não há produção de trabalho elétrico. A quantidade
de energia envolvida neste processo é dita energia reativa indutiva e a ela está
associado um custo de produção e fornecimento, sem que seja aproveitada para a
realização de trabalho elétrico efetivo pelo indutor.

Finalmente, Considerando que a impedância Z no circuito da figura seja um


capacitor ideal (resistência do capacitor nula), podemos concluir que a corrente está
adiantada de 90º da tensão. Tomando a corrente como referência, temos:

Como o semiciclo positivo é igual ao semiciclo negativo, a potência absorvida no


carregamento do capacitor é igual à potência devolvida no descarregamento. O fluxo
líquido de potência no capacitor ideal é zero a cada ciclo completo. Portanto, a
potência média no capacitor ideal é nula, pois não dissipa potência. Isto ocorre
porque enquanto a potência é positiva o capacitor está armazenando energia em
seu campo elétrico, enquanto na parte do ciclo onde a potência é negativa o
capacitor esta entregando essa energia para o circuito. Esta sequência se repete
duas vezes a cada ciclo da tensão, a fonte apenas troca energia com o capacitor,
não havendo dissipação de energia.
Aparentemente, a potência fornecida à carga Z do circuito da figura seria
determinada pelo simples produto da tensão eficaz pela corrente eficaz,
independentemente da composição da carga Z. Porém o teor da carga (resistivo,
indutivo, capacitivo ou misto) tem grande influência na potência dissipada. Definimos
Potência Aparente S como o simples produto da tensão eficaz pela corrente eficaz
numa impedância genérica Z. Potência Aparente (S) é definida como o produto da
tensão eficaz pela corrente eficaz. Embora o produto da tensão pela corrente não
represente a potência efetivamente dissipada em alguns casos, a Potência Aparente
(S) é uma especificação importante.. Sua unidade, dada pelo produto da tensão pela
corrente, é o Volt-Ampère (VA), para diferenciar da Potência Média (Ativa) dada em
Watts (W).

S = Vef x Ief

Geralmente os equipamentos elétricos são especificados em potência aparente


(VA ou kVA) e não em Watts (W). Sabendo-se a especificação de potência aparente
e a de tensão eficaz, pode se determinar a especificação de corrente eficaz máxima.

Esquema Elétrico

 Montar os seguintes circuitos:

a)

b)

c)
Material Utilizado

 1 Variac- Tipo: VM230 – Imáx: 12,5 A 3 kVA máx.


 1 Wattímetro eletrodinâmico AC/DC - Classe de isolação: 2kV
 1 Multímetros DAWER DM 2B20
 1 Amperímetros AC/DC- Bobina Móvel- 2 kVA- C.I. 0,5
 1 Bases para disjuntor trifásico Ac
 1 Reostato
 1 Capacitor de 24 nF
 1 Bobinas 250 espiras/L= 2,7mH ca= 0,6Ω/5 A
 1 núcleos de ferro-carbono
 Cabos

Tabelas

 Medir os valores e colocar na tabela:

Circuito A Circuito B Circuito C


V (%) (V)
IA W A SA QA IB WB SB QB IC W C SC QC
0,9 90 1,2 100 108 40,792 0,85 0 76,5 76,5 0,57 1 51,3 51,290
1,0 100 1,35 120 135 61,847 0,96 0 96 96 0,65 2 65 64,969
1,1 110 1,5 145 165 78,740 1,06 0 116,6 116,6 0,76 4 83,6 83,504

Comentários

 A corrente é uma relação entre o valor de fundo de escala, a escala


apresentada pelo mesmo e a corrente medida. Como o fundo de escala e a
escala adotada eram iguais, mantivemos os valores que visualizamos no
amperímetro;

 A potência ativa apresentada no wattímetro era a relação do valor lido no


wattímetro multiplicado por um fator (k=10).
Conclusões

Nesta experiência pudemos ver que em relação aos valores de tensão as


potências e corrente aumentavam gradualmente. Porém, cada circuito teve
alterações diferentes com relação as potência, no circuito resistivo tivemos o
aumento da potência ativa e reativa, contudo a potência ativa esteve muito mais
predominante isto porque em um circuito puramente resistivo (só com resistências)
alimentado com uma tensão alternada (CA) a tensão e a corrente estão em fase,
como este circuito não é ideal obtivemos valores de potência reativa, entretanto, o
ângulo entre corrente e tensão é pequeno, caracterizando o circuito como um
circuito resistivo. Já no segundo circuito verificamos um circuito puramente
capacitivo, como esperado ao visualizarmos o wattímetro a potência ativa obtida foi
nula e a potência reativa foi igual à potência total, caracterizando o circuito como
capacitivo e nisto podemos afirmar que a corrente estará 90º adiantada em relação à
tensão. No último circuito, analisamos o comportamento do indutor ao aplicarmos
diferentes valores de tensão CA, da mesma forma que no circuito anterior há a
predominância de potência reativa, porém a corrente estará atrasada 90º em relação
a tensão, tivemos um considerável aumento da potência reativa com o aumento da
tensão e a potência ativa quase não se alterou com o aumento da tensão.

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