Física 5 Bernoulli PDF
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Volume 05
Sumrio - Fsica Frente A
09 3 Dinmica do movimento circular
Autor: Francisco Pazzini Couto
Frente B
09 21 Leis de Kepler
Autor: Luiz Machado
Frente C
09 41 Reflexo, refrao e difrao
Autor: Lvio Ribeiro Canto
10 51 Interferncia de ondas
Autor: Lvio Ribeiro Canto
Frente D
13 59 Cargas em movimento em campo magntico
Autores: Luiz Machado
Lvio Ribeiro Canto
2 Coleo Estudo
FSICA MDULO FRENTE
Dinmica do movimento
circular
09 A
O estudo das aplicaes das Leis de Newton nos conduz
a situaes em que os objetos descrevem trajetrias
Fora resultante centrpeta
curvilneas. No entanto, quando estudamos as aplicaes A figura a seguir mostra uma partcula de massa m
das Leis de Newton, no analisamos as situaes em que descrevendo uma curva de raio R com velocidade v.
tais movimentos ocorrem, como a de satlites orbitando v
planetas, de um carro efetuando uma curva, de um pndulo
m
oscilando e de outras mais. Neste mdulo, analisaremos v
tais situaes e aprenderemos um importante conceito,
aC
o de fora resultante centrpeta. Veremos que, em algumas m
situaes, as Leis de Newton parecem no funcionar,
FR
situaes essas em que os movimentos so analisados a aC
C
Editora Bernoulli
3
Frente A Mdulo 09
3. A fora resultante centrpeta (FRC) uma resultante medida que o mdulo da velocidade do carro aumenta,
de foras; portanto, no tem sentido abordar alguns omdulo da fora de atrito esttico tambm aumenta,
aspectos comuns s foras no sentido convencional. at atingir um valor limite. Desse instante em diante,
No existe par de ao e reao para resultantes de ocarro derrapa e o motorista pode perder o controle do
foras, mas sim para cada fora em separado. automvel. Por essa razo, um motorista no pode aumentar
4. Os vetores v e FRC so perpendiculares, pois a fora indefinidamente o valor da velocidade com que o carro
resultante centrpeta altera a direo do vetor realiza a curva.
velocidade, mas no o mdulo deste.
EXERCCIO RESOLVIDO
ANLISE DE SITUAES
01. Sabemos que um carro, ao realizar uma curva em alta
Sistema Terra-Lua velocidade, pode derrapar e causar um acidente. Quando
ocorre derrapagem, existe um movimento lateral do pneu
O sistema Terra-Lua representado na figura a seguir. na pista, indicando que a fora de atrito esttico mximo
Para um observador na Terra, a Lua gira ao redor do entre o pneu e o piso no suficiente para manter o carro
nosso planeta, descrevendo, com boa aproximao, um na curva. Considere um carro em uma pista circular de
movimento circular uniforme. Lembre-se de que o mdulo raio R, contida em um plano horizontal. O coeficiente de
da fora de atrao da Terra sobre a Lua igual ao mdulo atrito esttico entre os pneus e o asfalto tem valor igual
da fora de atrao da Lua sobre a Terra, pois essas foras a . Despreze os efeitos da resistncia do ar e considere
formam um par de ao e reao. Observe que a fora o valor da acelerao devido gravidade igual a g.
resultante centrpeta que atua sobre a Lua a fora de
atrao gravitacional exercida pela Terra. essa fora que MCU
N
obriga a Lua a mudar continuamente a direo de seu vetor
velocidade, cujo mdulo permanece praticamente constante.
FRC = FGravitacional
Fat
Terra
Lua
FLua-Terra FLua-Terra
FAE 2
FRC = FAEMX = mN = mg
C R R
FAE gR
1
v2 = gR v =
v1
Observe que o mdulo da velocidade mxima com que
o carro pode realizar a curva no depende da massa do
carro, e sim do raio da curva, do coeficiente de atrito entre
FRC = Fat o pneu e a pista e da acelerao da gravidade.
4 Coleo Estudo
Dinmica do movimento circular
A
C
Resoluo:
FSICA
No trecho horizontal do circuito, as foras que atuam
sobre o carrinho so a fora normal e a fora peso, de
No ponto A: FRC = N P mdulos iguais, uma vez que o carrinho est em equilbrio
na direo vertical. Logo, P = NA.
No ponto B, a resultante das foras verticais que atuam
sobre o carrinho deve estar direcionada para o centro da
curva, isto , para baixo. Logo, o mdulo da fora peso
no ponto B deve ser maior que o mdulo da fora normal
nesse mesmo ponto, pois a fora centrpeta que atua
sobre o carrinho, no ponto B, dada por FR = P NB.
CB
Logo, P > NB.
No ponto C, a resultante das foras verticais que atuam
No ponto B: FRC = N sobre o carrinho deve estar direcionada para o centro da
curva, isto , para cima. Logo, o mdulo da fora peso no
ponto C deve ser menor que o mdulo da fora normal
nesse mesmo ponto, pois a fora centrpeta que atua
sobre o carrinho, no ponto C, dada por FR = NC P.
CC
Logo, P < NC.
Sendo o peso do carrinho constante, temos que NB<NA< NC.
R
D B
No ponto D: FRC = N A
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Frente A Mdulo 09
A) Fazer um diagrama das foras que atuam sobre a 02. (UFMG) Daniel est brincando com um carrinho, que corre
motocicleta nos pontos A, B, C e D, indicados na por uma pista composta de dois trechos retilneos P e
figura. Para efeitos prticos, considerar o conjunto R e dois trechos em forma de semicrculos Q e S ,
piloto + motocicleta como um ponto material. como representado nesta figura:
Desprezar as foras de atrito.
P
B) Determinar o mdulo da velocidade mnima que o
conjunto piloto + motocicleta deve ter no ponto C
para no perder o contato com o interior do globo.
S Q
Resoluo:
A)
NC R
P
O carrinho passa pelos trechos P e Q, mantendo o mdulo
ND NB
de sua velocidade constante. Em seguida, ele passa pelos
P P trechos R e S, aumentando sua velocidade. Com base
NA nessas informaes, CORRETO afirmar que a resultante
das foras sobre o carrinho
P = fora peso
A) nula no trecho Q e no nula no trecho R.
N = fora normal P
B) nula no trecho P e no nula no trecho Q.
B) No ponto mais alto da trajetria da motocicleta, ponto C, C) nula nos trechos P e Q.
a fora centrpeta dada pela soma da fora peso e D) no nula em nenhum dos trechos marcados.
da fora normal, isto , FR = P + N.
C
03. (UFMG) Quando um carro se desloca numa estrada
Se desejamos determinar o mdulo da velocidade
horizontal, seu peso P anulado pela reao normal N
mnima com a qual o conjunto piloto + motocicleta
exercida pela estrada. Quando esse carro passa no alto
realiza o loop, devemos observar que, nessa
de uma lombada, sem perder o contato com a pista, como
velocidade limite, o valor da fora normal
mostra a figura, seu peso ser representado por P, e a
praticamente zero, isto , N = 0. Desse modo, o valor
reao normal da pista sobre ele, por N.
da fora resultante centrpeta ser dado por FR = P.
C
Desenvolvendo a expresso, temos:
2
F = P mv = mg v = gR
RC
R Lombada
R
A) C) F E) M M
F N N
a R
B) E)
a =0
v a v v
F M R M
B) D) F N N
a C) R=0
v
R
F M
a =0 N
v
6 Coleo Estudo
Dinmica do movimento circular
Velocidade
Velocidade
por um motorista de massa igual a 60 kg, passa pela
parte mais baixa de uma depresso de raio = 20 m
com velocidade escalar de 72 km/h. Nesse momento,
a intensidade da fora de reao que a pista aplica no Fora centrpeta
veculo B) D) Fora centrpeta
Velocidade
r = 20 m
Velocidade
Fora centrpeta
FSICA
D) tem sentido contrrio ao da velocidade. Analise as seguintes afirmaes a respeito dessa situao:
I. Uma dessas foras necessariamente centrpeta.
02. (UFMG) Durante uma apresentao da Esquadrilha da II. Pode acontecer que nenhuma dessas foras seja
Fumaa, um dos avies descreve a trajetria circular centrpeta.
representada nesta figura:
III. A resultante dessas foras centrpeta.
Quais esto CORRETAS?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e III
E) Apenas II e III
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Frente A Mdulo 09
07. (UFMG) Observe a figura. 09. (ITA-SP) Para que um automvel percorra uma curva
horizontal de raio dado, numa estrada horizontal, com
III uma certa velocidade, o coeficiente de atrito esttico entre
os pneus e a pista deve ter no mnimo um certo valor
II 3 (figura A). Para que o automvel percorra uma curva
horizontal, com o mesmo raio e com a mesma velocidade
anterior, numa estrada com sobrelevao (figura B), sem
I 2 ter tendncia a derrapar, o ngulo de sobrelevao deve
ter o valor . Podemos afirmar que
1
A
C
B
8 Coleo Estudo
Dinmica do movimento circular
12. (ITA-SP) Seja F a resultante das foras aplicadas a uma 14. (UFV-MG2008) Uma roda gigante gira com velocidade
partcula de massa m, velocidade v e acelerao a. Se a angular w constante, levando trs meninos A, B e C, que,
partcula descrever uma trajetria plana, indicada pela em um determinado instante, encontram-se nas posies
curva tracejada em cada um dos esquemas a seguir, ilustradas na figura a seguir.
segue-se que aquele que relaciona CORRETAMENTE os
A
vetores coplanares v, a e F
A) v
F B C
B)
a v
E)
FSICA
v 15. (UNESP2010) Curvas com ligeiras inclinaes em
a
circuitos automobilsticos so indicadas para aumentar
a segurana do carro a altas velocidades, como, por
F
exemplo, no Talladega Superspeedway, um circuito
utilizado para corridas promovidas pela NASCAR (National
13. (FUVEST-SP) Um carrinho largado do alto de uma
Association for Stoc Car Auto Racing). Considere um carro
montanha-russa, conforme a figura.
como sendo um ponto material percorrendo uma pista
circular, de centro C, inclinada de um ngulo a e com
raio R, constantes, como mostra a figura, que apresenta
B g a frente do carro em um dos trechos da pista.
A C Raio: R
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Frente A Mdulo 09
SEO ENEM
GABARITO
01. (Enem2005) Observe o fenmeno indicado na tirinha
adiante.
Fixao
01. D
02. B
03. C
04. B
05. D
Propostos
01. B
02. B
A fora que atua sobre o peso e produz o deslocamento
vertical da garrafa a fora 03. B
A) de inrcia.
B) gravitacional. 04. A
C) de empuxo.
05. E
D) centrpeta.
E) elstica.
06. E
B)
430 m. E)
6 400 m.
02. E
C) 800 m.
10 Coleo Estudo
FSICA MDULO FRENTE
Trabalho, potncia e
rendimento
10 A
Originalmente, o termo energia, do grego antigo ergos,
era utilizado para designar o trabalho. Atualmente,
Trabalho realizado por uma fora
otermo energia est associado aos mais diferentes temas: constante
alimentao, esportes, meio ambiente, reaes qumicas;
enfim, o conceito de energia importante nas mais diversas Considere um corpo deslocando-se entre dois pontos A e B,
reas do conhecimento. atravs de uma trajetria qualquer. O corpo est submetido
a uma fora F constante em mdulo, direo e sentido. Seja
Neste mdulo, estudaremos o conceito fsico de trabalho.
d o vetor deslocamento realizado pelo corpo. Lembre-se de
Inicialmente, veremos quais so as grandezas que
que o deslocamento difere da distncia percorrida.
determinam o valor do trabalho realizado por uma fora
e aprenderemos a calcular esse trabalho. Em seguida, F F
apresentaremos o conceito de potncia, que est relacionado
rapidez com a qual certo trabalho realizado. Finalizaremos
a teoria do mdulo estudando o conceito de rendimento,
que est relacionado potncia til obtida na realizao de
d
certo trabalho.
Editora Bernoulli
11
Frente A Mdulo 10
compreendido entre 0q<90, osistema est uma regio na qual a fora peso atua, podemos determinar
recebendo energia da fora F, isto , afora Fest o trabalho realizado por essa fora utilizando a expresso
C
Trabalho realizado pela fora
resultante
= 90 W=0 Em muitas situaes, vrias so as foras que atuam
sobre um corpo, algumas transferindo energia para o corpo
e outras retirando energia dele.
Nesse caso, o valor do trabalho nulo, uma vez que
cos90=0. Isso indica que a fora no realiza N
trabalho, isto , nenhuma energia est sendo F d
transferida para o sistema ou sendo retirada dele.
A fora resultante centrpeta nunca realiza FA
12 Coleo Estudo
Trabalho, potncia e rendimento
Para determinarmos o valor do trabalho total realizado Embora tenhamos feito a analogia somente para o caso de
sobre o corpo, podemos seguir dois caminhos que se a fora apresentar mdulo constante, pode-se provar que esse
equivalem: procedimento vlido mesmo nos casos em que o mdulo da
fora varivel, como mostra a figura a seguir:
A) Calculamos, inicialmente, o trabalho realizado
por cada uma das foras agindo individualmente, A1 + A2 = W
W1 = F1d1cos 1; W2 = F2d2cos 2; Wn = Fndncos n; etc. (Soma algbrica)
Uma vez determinado o valor do trabalho realizado
F
por cada uma das foras, basta somar algebricamente
o valor desses trabalhos, considerando o sinal positivo
e negativo de cada um deles: W = W1 + W2 + ... + Wn.
A1
B) Determinamos, inicialmente, a fora resultante
que atua sobre o sistema: FR = F1 + F2 + ... + Fn. 0
A2 d
Em seguida, calculamos o valor do trabalho total
realizado por essa fora W = FR.d.cos .
FSICA
B
F
No estudo da Cinemtica, vimos que, para um corpo em
N
movimento uniforme, a distncia d percorrida pelo corpo
pode ser determinada pela relao d = vt. Graficamente, 10 m
FA
essa distncia pode ser calculada determinando-se o valor
da rea sob a curva do grfico de velocidade versus tempo,
A
como indicado a seguir: P
Velocidade (km/h) O trajeto de A at B tem 25 m de comprimento.
n
rea = distncia Determinar
60
A) o valor do trabalho relizado por cada fora.
Resoluo:
0 1 2 3 4
Tempo (h) A) O trabalho realizado por cada fora pode ser determinado
utilizando-se a equao W = F.d.cos :
Quando a fora aplicada sobre um corpo paralela ao
WF = F.d.cos = 15.25.cos 0 = 375 J
deslocamento deste, podemos, por analogia, inferir que:
WA = FA.d.cos = 3.25.cos 180 = 75 J
Fora (N) WP = P.h = 20.10 = 200 J
n WN = N.d.cos = 15.25.cos 90 = 0 J
60 rea = trabalho
B) O trabalho total realizado igual soma algbrica
dos valores encontrados no item A, ou seja,
W = F.d
(+375 J) + (75 J) + (200 J) + 0 J = +100 J.
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Frente A Mdulo 10
Resoluo:
Por motivos histricos, utilizamos outras unidades de Lmpadas de diferentes tecnologias: (a) incandescente;
(b)compacta; (c) LED.
potncia que no o watt, como o cavalo-vapor (cv) e
o horse-power (hp). As relaes entre essas unidades e o
A tabela a seguir fornece um quadro comparativo entre
watt so:
as lmpadas incandescentes e fluorescentes e mostra
1 hp = 445 W os valores das transformaes energticas que ocorrem
1 cv = 435 W nessas lmpadas.
14 Coleo Estudo
Trabalho, potncia e rendimento
Tecnologia
Energia Energia
Energia trmica
EXERCCIO RESOLVIDO
eltrica luminosa
usada emitida
recebida emitida
03. Um motor eltrico de potncia 2 kW apresenta rendimento
Incandescente 100 J 5J 95 J de 80% e utilizado para erguer, com velocidade
constante, um objeto de 40 kg. Qual o mdulo da
Compacta PL 100 J 90 J 10 J velocidade com a qual o objeto transportado? Use
g=10m/s2
enquanto o rendimento da lmpada compacta PL de 90% A velocidade v com a qual o objeto transportado est
(90 J/100 J). relacionada potncia til do motor, Pu, por meio da
seguinte relao:
Pu = F.v
FSICA
Energia
Energia eltrica trmica
(95 unid
unidades
P = F.v 1 600 W = 400 N.v v = 4 m/s
(100 unidades
de energia) energia)
de ener
EXERCCIOS DE FIXAO
Energia 01. (PUC Minas) Considere um corpo sendo arrastado, com
luminosa
(90 unidades
velocidade constante, sobre uma superfcie horizontal
de energia) onde o atrito no desprezvel. Considere as afirmaes
I, II e III a respeito da situao descrita:
I. O trabalho da fora de atrito nulo.
Energia II. O trabalho da fora peso nulo.
Energia eltrica trmica
(100 unidades (10 unidades III. A fora que arrasta o corpo nula.
de energia) de energia)
A afirmao est INCORRETA em
A)
I, apenas. C)
II, apenas.
Define-se o rendimento de uma transformao energtica B) I e III, apenas. D) I, II e III.
como a razo entre a energia til obtida e a energia total
recebida. Podemos trocar a grandeza energia por potncia, 02. (Unimontes-MG2009) Uma bomba de 5,0 HP usada
uma vez que a potncia apenas representa a energia por para retirar gua de um poo cuja profundidade
18metros, sendo g = 10 m/s2, 1 HP = 750 W e a
unidade de tempo. Matematicamente, temos que:
densidade da gua igual a 1 000 kg/m3. Se, em 7 horas
PTIL de operao, foram retirados 420 000 litros de gua,
=
PTOTAL orendimento da bomba foi de
A) 50%.
Observe que o rendimento uma razo entre duas grandezas B) 20%.
que apresentam a mesma unidade (joule ou watt); por isso, C) 80%.
o rendimento uma grandeza adimensional. D) 60%.
Editora Bernoulli
15
Frente A Mdulo 10
trao que o fio exerce sobre a esfera, entre a posio C) zero, uma vez que o movimento tem velocidade
mais baixa e mais alta, em joules, vale constante.
D) negativo, pois a fora exercida pelo aluno atua na
A)
20. C)
zero. E)
20.
mesma direo e sentido oposto ao do movimento
B)
10. D)
10. do peso.
E) negativo, pois a fora exercida pelo aluno atua na
04. (UFSCar-SP) Um bloco de 10 kg movimenta-se em linha mesma direo e sentido do movimento do peso.
reta sobre uma mesa lisa, em posio horizontal, sob a
ao de uma fora varivel que atua na mesma direo 02. (UFT) Dois serventes de pedreiro Chico e Joo erguem
do movimento, conforme o grfico a seguir. O trabalho baldes de concreto do solo at o segundo andar de um
realizado pela fora quando o bloco se desloca da origem edifcio.
at o ponto x = 6 m Chico usa um sistema com duas roldanas uma fixa e
F (N) uma mvel , enquanto Joo usa um sistema com uma
2 nica roldana fixa, como mostrado nesta figura:
1
w1 w2 w3 w4 w5 w6
0
1 2 3 4 5 6 x (m)
1
2
A)
1 J. C)
4 J. E)
2 J.
B)
6 J. D)
zero.
h (m)
Chico Joo
6,0
Considerando-se essas informaes, CORRETO afirmar
que, para erguer baldes de mesma massa at uma mesma
altura, com velocidade constante,
3,0 A) Chico faz a mesma fora que Joo, mas gasta mais
energia que ele.
B) Chico faz a mesma fora que Joo, mas gasta menos
energia que ele.
0
0 10 20 t (s) C) Chico faz uma fora menor que Joo, mas gasta,
aproximadamente, a mesma energia que ele.
A) 120 W. C) 720 W. E) 2 400 W. D) Chico faz uma fora menor que Joo, mas gasta mais
B) 360 W. D) 1 200 W. energia que ele.
16 Coleo Estudo
Trabalho, potncia e rendimento
03. (UEL-PR) O grfico representa o valor algbrico da fora Os trabalhos realizados entre os pontos A e C, pelo peso
resultante F que age sobre um corpo de massa 5,0 kg, (P) do carrinho e pela reao normal (N) exercida pelos
inicialmente em repouso, em funo da abscissa x. trilhos sobre o vago, correspondem, respectivamente, a
A) |P|(h1 + h2) e |N|(h1 + h2).
F (N)
B) |P|(h1 + h2) e 0.
C) |P|h2 e |N|h2.
D) |P|h2 e 0.
10 E) N.d.a.
FSICA
meio rpido de medida de potncia anaerbica de uma
pessoa. Consiste em faz-la subir uma escada de dois II. O trabalho realizado pela fora gravitacional sobre o
carrinho positivo no trajeto de B para C.
em dois degraus, cada um com 18 cm de altura, partindo
com velocidade mxima e constante de uma distncia III. O trabalho realizado pela fora gravitacional sobre o
carrinho nulo no trajeto de C para D.
de alguns metros da escada. Quando pisa no 8 degrau,
a pessoa aciona um cronmetro, que se desliga quando Esto CORRETAS as afirmativas
pisa no 12 degrau. Se o intervalo de tempo registrado A) I, II e III.
para uma pessoa de 70 kg foi de 2,8 s e considerando a B) I e II, apenas.
acelerao da gravidade igual a 10 m/s2, a potncia mdia
C) I e III, apenas.
avaliada por esse mtodo foi de
D) II e III, apenas.
A)
180 W.
B) 220 W. 07. (UNESP2009) Suponha que os tratores 1 e 2 da
C) 432 W. figura arrastem toras de mesma massa pelas rampas
D) 500 W. correspondentes, elevando-as mesma altura h. Sabe-se
E) 644 W. que ambos se movimentam com velocidades constantes e
que o comprimento da rampa 2 o dobro do comprimento
05. (UERJ) Um pequeno vago, deslocando-se sobre trilhos, da rampa 1.
realiza o percurso entre os pontos A e C, segundo a
1 2
forma representada na figura a seguir, onde h1 e h2 so
h
os desnveis do trajeto. 1 2
C
Editora Bernoulli
17
Frente A Mdulo 10
08. (UFMG2006) Marcos e Valrio puxam, cada um, uma Com base nessas informaes, CORRETO afirmar que
mala de mesma massa at uma altura h, com velocidade A) 2FI = FII e TI = TII.
constante, como representado nas figuras a seguir. B) FI = 2FII e TI = TII.
A) TM = TV e PM = PV. A) 20 cv.
corda e imagina duas maneiras para realizar a tarefa, 1litro deO 2 por minuto, quantidade exigida por
como mostrado nestas figuras: reaes que fornecem a seu organismo 20kJ/minuto
(ou5calorias dietticas/minuto). Em dado momento,
o jovem passa a correr, voltando depois a caminhar.
Ogrfico representa seu consumo de oxignio em funo
do tempo.
FI
Consumo de O2 (L/min)
FII
2
1
h 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
h t (minutos)
18 Coleo Estudo
Trabalho, potncia e rendimento
12. (Mackenzie-SP) A figura a seguir representa um motor A) FAA um diagrama das foras que atuam sobre o
eltrico M que eleva um bloco de massa 20 kg com bloco e IDENTIFIQUE cada uma das foras.
velocidade constante de 2 m/s. A resistncia do ar B) CALCULE a trao no cabo que est em contato com
desprezvel e o fio que sustenta o bloco ideal. Nessa a mo do operrio e o trabalho realizado por ele, para
operao, o motor apresenta um rendimento de 80%. elevar o bloco at o segundo andar da obra.
Considerando o mdulo da acelerao da gravidade como
C) Se foi gasto um tempo t = 10 s para o operrio elevar
g=10m/s2, a potncia dissipada por este motor tem valor
o bloco at o segundo andar da obra, CALCULE a
M potncia gasta nessa tarefa.
F (N)
80 F1
A) 500 W.
B) 400 W. 60
C) 300 W. 40
D) 200 W.
20
E) 100 W.
5 10 15
0
13. (UFJF-MG2010) Em uma construo civil, os operrios x (m)
20
usam algumas mquinas simples para facilitar e diminuir fat
FSICA
sua carga diria de energia gasta na execuo de seu
trabalho. Umadas mquinas simples mais utilizadas CALCULE
so, por exemplo, as roldanas fixas e mveis. Em um A) o trabalho da fora F1 para arrastar o corpo nos
dia comum de trabalho, um operrio deve elevar, com primeiros 10 m.
velocidade constante, um bloco de pedra de massa B) o trabalho da fora de atrito enquanto o corpo
m=100 kg para o segundo andar da obra, que fica a uma arrastado nos primeiros 10 m.
altura h=5,0m em relao ao solo. Para essa tarefa, o C) o trabalho da fora resultante para arrastar o corpo
operrio utilizou um sistema com duas roldanas, uma fixa nos primeiros 15 m.
e outra mvel, e um cabo de massa desprezvel, como
mostra a figura. Considere g=10 m/s2. 15. (OBF) Um motor de potncia 2,1 kW puxa, com velocidade
constante e igual a 3 m/s, uma caixa de massa 80 kg sobre
um plano inclinado de 30 com a horizontal. A caixa puxada
por uma extenso de 6 m ao longo do plano, do ponto A aoB
(ver figura). Despreze as massas da corda e da polia.
6m
Motor
3 0
h=5m
Editora Bernoulli
19
Frente A Mdulo 10
16. (ITA-SP) Uma escada rolante transporta passageiros Pode-se verificar que a eficincia dos foges aumenta
do andar trreo A ao andar superior B, com velocidade A) medida que diminui o custo dos combustveis.
constante. A escada tem comprimento total igual a 15 m, B) medida que passam a empregar combustveis
degraus em nmero de 75 e inclinao igual a 30. renovveis.
Dados: sen 30 = 0,5; C) cerca de duas vezes, quando se substitui fogo a
g = 10 m/s2. lenha por fogo a gs.
SEO ENEM
Propostos
01. (Enem1998) A eficincia de uma usina, do tipo da 01. B
representada na figura, da ordem de 0,9, ou seja, 02. C
90% da energia da gua no incio do processo se 03. C
transformam em energia eltrica. A usina Ji-Paran, 04. A
do estado de Rondnia, tem potncia instalada de
05. D
512milhesdewatt, e a barragem tem altura de
06. C
aproximadamente 120 m. A vazo do Rio Ji-Paran, em
07. C
litros de gua por segundo, deve ser da ordem de
08. A
Torre de 09. B
gua transmisso
10. A
Gerador 11. C
12. A
h
13. A) T
T = Trao
P = Peso
Turbina
P
A)
50. C)
5 000. E)
500 000.
B) T = 500 N e W = 5,0 x 103 J
B)
500. D)
50 000.
C) P = 5,0 x 102 W
20 Coleo Estudo
FSICA MDULO FRENTE
Leis de Kepler 09 B
Desde pocas remotas, o homem sabe que as estrelas e as
constelaes, como o Cruzeiro do Sul, movem-se em trajetrias
circulares em torno da Terra, sem jamais mudarem a forma de
sua trajetria. O homem primitivo notou, tambm, que, alm PGASO
do Sol e da Lua, outros cinco corpos celestes os planetas
Mercrio, Vnus, Marte, Jpiter e Saturno moviam-se 1 Jan
ALTAIR
entre as estrelas. Da Antiguidade Idade Mdia, diversas
1 Dez
teorias foram propostas para explicar os movimentos dos
1 Ago 1 Nov
astros. No incio do sculo XVII, o sistema heliocntrico, 1 jul
1 Set CAPRICRNIO
proposto por Nicolau Coprnico, foi reconhecido como o mais 1 Out
1 Jun
apropriado para a descrio desses movimentos. Logo aps o
reconhecimento desse sistema, o astrnomo alemo Johannes 1 Mai
Kepler estabeleceu trs relaes matemticas para descrever
as rbitas dos planetas do Sistema Solar. Essas relaes, FOMALHAUT
atualmente conhecidas como Leis de Kepler, constituem o
escopo deste mdulo. Figura 1: Movimento retrgado de Marte.
Iniciaremos este estudo com uma breve descrio Um dos primeiros modelos de sistema planetrio foi
histrica das teorias sobre os movimentos dos corpos proposto pelo grego Eudxio, discpulo de Plato. Nesse
celestes. Emseguida, apresentaremos as trs Leis de Kepler, modelo, as estrelas, o Sol, a Lua e os planetas permanecem
queforam obtidas empiricamente a partir de medies das fixos sobre superfcies de esferas concntricas. As esferas
so ligadas entre si por meio de eixos, de forma que cada
posies dos planetas do Sistema Solar em suas respectivas
uma das esferas gira em relao s outras. A Terra fixa e
rbitas em torno do Sol. Veremos que essas leis aplicam-se a
imvel no centro comum das esferas.
outras rbitas, tais como a de um cometa em torno do Sol ou
a de um satlite em torno de um planeta. Na verdade, as Leis O grego Claudius Ptolomeu props um modelo de sistema
de Kepler so leis universais. Auniversalidade dessas leis planetrio, no qual o Sol, a Lua e os planetas descrevem
foi esclarecida por Newton na ocasio em que ele elaborou grandes rbitas circulares em torno da Terra. Alm disso,
a Teoria da Gravitao Universal. esses astros giram em pequenos crculos centrados nas
rbitas principais, como mostra a figura 2. Por meio dessa
combinao de movimentos, o modelo geocntrico explica
Editora Bernoulli
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Frente B Mdulo 09
No incio do sculo XVI, o astrnomo polons Nicolau Muitas vezes, mais conveniente usar o sistema geocntrico
Coprnico props um modelo de sistema planetrio simples, de Ptolomeu. Ainda hoje, os procedimentos de navegao
capaz de explicar satisfatoriamente os movimentos dos de barcos e de avies so baseados nesse modelo.
corpos celestes. Primeiramente, Coprnico considerou que as Contudo, quando lidamos com a anlise de foras, isto ,
estrelas esto fixas no cu e que a Terra gira em torno desi. com problemas de Dinmica, o sistema heliocntrico de
Por isso, na Terra, temos a alternncia do dia com a noite, Coprnico o mais indicado.
alm de vermos as estrelas girando em crculos acima de ns.
Alm da rotao terrestre, Coprnico tambm percebeu
o movimento de translao da Terra no espao. Segundo
seu modelo, a Terra e os outros planetas giram em torno AS TRS LEIS DE KEPLER
do Sol, que , de fato, o centro do sistema. Coprnico
considerou corretamente que a Lua era um satlite da Terra
e que o sistema Terra-Lua gira em torno do Sol. A figura 3
mostra o sistema planetrio de Coprnico, com a presena
O mapeamento dos cus
dos planetas externos, descobertos posteriormente. O dinamarqus Tycho Brahe nasceu trs anos aps a
O sistema planetrio de Coprnico tambm permite explicar morte de Coprnico. Discordando do modelo heliocntrico do
as trajetrias dos planetas observadas da Terra, inclusive o astrnomo polons, Brahe props um modelo geocntrico em
movimento peculiar de Marte. que todos os planetas giravam em torno do Sol, enquanto
este girava em torno da Terra. A Lua, mais prxima, tambm
girava em torno da Terra. Para confirmar a sua teoria, Brahe
inventou e fabricou grandes sextantes e compassos para
Terra
Vnus Marte medir os ngulos entre as estrelas e os planetas, realizando
Mercrio milhares de medies referentes s rbitas planetrias ao
Urano
Cinturo longo de quase quarenta anos. As medies de Brahe foram
Jpiter Saturno Netuno
de asteroides
feitas com tanta preciso que at hoje so usadas para
Sol
analisar as rbitas dos planetas interiores. Tendo em vista
as condies limitantes de sua poca, para muitos, Tycho
Brahe foi o maior astrnomo de todos os tempos.
Figura 3: Sistema planetrio de Coprnico. Apesar de ter catalogado milhares de informaes sobre
as distncias planetrias, Tycho Brahe no tinha a pacincia
O sistema heliocntrico de Coprnico rebaixou a Terra nem a destreza matemtica necessrias para analisar aquela
categoria de planeta, retirando-a do centro do Universo avalanche de nmeros. Relutante, ele acabou cedendo suas
ideia defendida pela Igreja e muito enraizada entre as preciosas tabelas ao alemo Johannes Kepler. Hbilmatemtico,
pessoas. Sabendo das crticas que sofreria, Coprnico Kepler se debruou sobre os dados e, apsanos de rduo
retardou a publicao de sua teoria heliocntrica (a qual trabalho, conseguiu decifr-los, exprimindo-os na forma do
apresenta o Sol como o centro do Universo) para o final que hoje conhecemos como as Leis de Kepler. Orestante deste
de sua vida. Aps a publicao dessa teoria, assistiu-se a mdulo dedicado apresentao dessas leis.
um crescente debate sobre o modelo heliocntrico. Galileu
foi julgado por defend-lo e tambm por divulgar as suas
prprias descobertas cientficas. Para evitar uma condenao Primeira Lei de Kepler A Lei das
maior, Galileu precisou negar suas convices publicamente.
Outros seguidores de Coprnico e de Galileu conseguiram, rbitas
paulatinamente, implantar o novo paradigma cientfico.
Noincio do sculo XVII, as ideias de Coprnico e de Galileu
foram aceitas pela maioria dos pensadores. Cada planeta gira em torno do Sol em uma rbita
elptica, com o Sol ocupando um dos focos dela.
Vamos finalizar este tpico com dois comentrios
importantes. O primeiro que, ainda na Idade Antiga,
embora a principal corrente de pensamento fosse baseada A consequncia imediata dessa lei que a distncia do
em teorias geocntricas (a qual apresenta a Terra como o planeta ao Sol varivel ao longo da rbita. Observe esse
centro do Universo), alguns pensadores anteviram o modelo fato na figura 4, que representa a rbita elptica de um
de Coprnico. Alguns filsofos gregos defendiam at mesmo planeta em torno do Sol. A posio em que o planeta est
o fato de que a Terra movia-se em torno do Sol. mais prximo do Sol chamada de perilio, e a posio de
O outro comentrio que, do ponto de vista da Cinemtica, mximo afastamento em relao ao Sol denominada de
no errado pensar que o Sol gira em torno da Terra, eque aflio. Neste estudo, quando for preciso, denominaremos a
esta est fixa no espao. Para um observador na Terra, distncia do perilio ao Sol pela letra p, e a distncia do
o planeta est parado, enquanto o Sol e as estrelas giram em aflio ao Sol pela letra a. Essas distncias esto indicadas
sua volta. Isso semelhante percepo que um motorista tem na figura 4. Em geral, o raio orbital mdio do planeta
ao ver o seu carro parado e o solo movendo-se debaixo dele. definido por R = (p + a)/2.
22 Coleo Estudo
Leis de Kepler
rbita elptica
Segunda Lei de Kepler A Lei das
Planeta
reas
F1 F2 O segmento que liga o Sol ao planeta (raio orbital) varre
Perilio Aflio reas iguais em tempos iguais.
Sol
A consequncia imediata dessa lei que a velocidade
orbital do planeta varia ao longo da rbita. De acordo com
a 2 Lei de Kepler, se as reas A1eA2 mostradas na figura 6
P a
so iguais, ento os intervalos de tempo t1et2, gastos
em suas varreduras, tambm so iguais. Como o raio orbital
Figura 4: O planeta se move em uma rbita elptica, com o Sol mdio referente rea A1 menor do que o raio orbital mdio
em um dos focos. da rea A2, ento a distncia percorrida pelo planeta na
varredura da reaA1 deve ser maior do que aquela referente
A trajetria, na figura 4, est demasiadamente exagerada. reaA2. Porisso, a velocidade mdia do planeta na
exceo de Mercrio, que apresenta uma rbita mais varredura da reaA1 maior do que a velocidade mdia na
excntrica, as trajetrias dos outros planetas so quase varredura da reaA2. Na verdade, o mdulo da velocidade
circulares. Para entender o significado da excentricidade do planeta mnimo quando ele passa pelo aflio, posio
de uma elipse, primeiramente, precisamos saber que a de afastamento mximo do Sol. medida que o planeta se
soma das distncias de qualquer ponto da elipse aos focos aproxima do Sol, a sua velocidade aumenta. No perilio,
constante. De acordo com essa propriedade, podemos posio de menor afastamento do planeta em relao ao Sol,
traar uma elipse utilizando um cordo preso nos focos o mdulo da velocidade do planeta atinge o valor mximo.
F1 e F2 da elipse, conforme mostra a figura 5. O cordo
serve de guia para a ponta de um lpis, de forma que
a soma da distncia de F1 ao ponto P com a distncia
FSICA
de F2 ao ponto P constante (igual ao comprimento do t1 A1 A2 t2
barbante), independentemente da posio de P. A elipse
Sol
traada muito excntrica, porque os focos esto muito
separados, e os comprimentos dos dois semieixos so bem
diferentes. Para F1 e F2 praticamente sobre o centro C, A1 = A2 t1 = t2
a elipse tende para um crculo. Esse o caso das trajetrias Figura 6: A linha que liga o Sol ao planeta descreve reas iguais
de quase todos os planetas do Sistema Solar, cujas em tempos iguais.
excentricidades so pequenas.
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Frente B Mdulo 09
asdistncias interplanetrias so muito grandes. Por exemplo, Halley, sabendo que a sua ltima apario ocorreu
em 1986.
osraios mdios das rbitas de Mercrio, da Terra e de Marte
valem 58,150e230 milhes de quilmetros, respectivamente. B) Estimar o afastamento mximo do cometa em relao
Para facilitar a compreenso dessas distncias, usual ao Sol utilizando a 3 Lei de Kepler.
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Leis de Kepler
FSICA
03. (UFSM-RS) Dois planetas A e B do Sistema Solar giram caminha ao longo da curva ABC.
em torno do Sol com perodos de movimento TA e TB e
C) A velocidade no ponto B mxima.
raios orbitais 8R e R, respectivamente. Com base nas
D) A velocidade no ponto D mnima.
Leis de Kepler, CORRETO afirmar que a razo TA/TB
dada por E) A velocidade tangencial do satlite sempre nula.
A) 22. C)
1/8. E)
4.
02. (UERJ) A figura ilustra o movimento de um planeta em
B) 42. D)
88.
torno do Sol. Se os tempos gastos para o planeta se
deslocar de A para B, de C para D e de E para F so iguais,
04. (UEM-PR2007) Dois satlites, A e B, esto em rbitas ento as reas A1, A2 e A3 apresentam a seguinte relao:
circulares em torno da Terra e a massa de A maior que
a massa de B. CORRETO afirmar que A) A1 = A2 = A3 Planeta
F
A) os perodos de rotao dos satlites so iguais e B) A1 > A2 = A3 A A3 E
independem dos raios das rbitas. C) A1 < A2 < A3
A1
B) o mdulo da velocidade orbital de A maior que o D) A1 > A2 > A3
mdulo da velocidade orbital de B quando os raios B A2
D
das rbitas forem iguais. C
03. (Unimontes-MG2007) Um astrnomo registrou as
C) as velocidades angulares dos dois satlites so
posies A, B e C de um planeta em sua rbita em torno
diferentes quando os raios das rbitas forem iguais.
do Sol e constatou que as reas S1, S2 e S3, conforme
D) o mdulo das velocidades orbitais dos satlites so aparecem na ilustrao a seguir, tm o mesmo valor.
iguais para rbitas de mesmo raio. O intervalo de tempo ocorrido entre os registros das
E) a fora centrpeta que atua sobre o satlite s depende posies A e B foi de 3 meses terrestres. O ano desse
do raio da rbita. planeta corresponde a
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Frente B Mdulo 09
04. (UNESP2008) A rbita de um planeta elptica e o 07. (EFOA-MG) Numa descoberta recente de dois planetas que
Sol ocupa um de seus focos, como ilustrado na figura esto em rbita em torno de uma mesma estrela, distante
(fora de escala). As regies limitadas pelos contornos do Sistema Solar, constatou-se que os perodos orbitais
OPS e MNS tm reas iguais a A. destes so T1 e T2, respectivamente. Determine as razes
dos raios orbitais destes dois planetas, considerando
que, neste sistema planetrio, as Leis de Kepler tambm
P M possam ser aplicadas.
A T 2
N A) 1 3
T
A 2
S T 3
B) 1 2
T
O 2
2
C) (T1.T2 )3
3
Se tOP e tMN so os intervalos de tempo gastos para o
D) (T .T )2
1 2
planeta percorrer os trechos OP e MN, respectivamente,
2
com velocidades mdias vOP e vMN, pode-se afirmar que
(T )
1
3
(T )
2
2
C) tOP = tMN e vOP < vMN. 08. (FUVEST-SP) Considere um satlite artificial em rbita
D) tOP > tMN e vOP > vMN. circular. Duplicando a massa do satlite sem alterar o
seu perodo de revoluo, o raio da rbita ser
E) tOP < tMN e vOP < vMN.
A) duplicado.
B) quadruplicado.
05. (Mackenzie-SP) Dois satlites de um planeta tm perodos C) reduzido metade.
de revoluo de 32 dias e de 256 dias, respectivamente. D) reduzido quarta parte.
Se o raio da rbita do primeiro satlite vale 1 unidade, E) o mesmo.
ento o raio da rbita do segundo ser
09. (UECE) Se R o raio mdio da rbita de um planeta X, e T
A) 4 unidades.
o perodo de revoluo em torno do Sol, a 3 Lei
B) 8 unidades. de Kepler estabelece que T2 = C.R3, em que C uma
C) 16 unidades. constante de proporcionalidade, vlida para todos os
planetas de nosso Sistema Solar. Suponha que a distncia
D) 64 unidades.
mdia do planeta X ao Sol 4 vezes a distncia mdia da
E) 128 unidades.
Terra ao Sol. Podemos concluir que o perodo do planeta
X , em anos,
26 Coleo Estudo
Leis de Kepler
A) Apenas IV
B) Apenas II
SEO ENEM
C) Apenas I, III, IV
FSICA
a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o
centro do Universo, sendo que o Sol, a Lua e os planetas
12. (IME-RJ2010) Trs satlites orbitam ao redor da Terra: girariam em seu redor em rbitas circulares. A teoria
o satlite S1 em rbita elptica com o semieixo maiora1 de Ptolomeu resolvia de modo razovel os problemas
e o semieixo menorb1; o satliteS2 em outra rbita astronmicos da sua poca. Vrios sculos mais tarde,
elptica com semieixo maiora2 e semieixo menorb2; o clrigo e astrnomo polons Nicolau Coprnico (1473-
e o satlite S3 em uma rbita circular com raio r. 1543), ao encontrar inexatides na teoria de Ptolomeu,
formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o
Considerando que r=a1 =b2,a1 b1 e a2 b2,
Sol deveria ser considerado o centro do Universo, com a
CORRETO afirmar que
Terra, a Lua e os planetas girando circularmente em torno
A) os perodos de revoluo dos trs satlites so iguais. dele. Por fim, o astrnomo e matemtico alemo Johannes
Kepler (1571-1630), depois de estudar o planeta Marte por
B) os perodos de revoluo dos trs satlites so
cerca de trinta anos, verificou que a sua rbita elptica.
diferentes.
Esse resultado generalizou-se para os demais planetas.
C) S1 e S3 tm perodos de revoluo idnticos, maiores A respeito dos estudiosos citados no texto, correto
do que o de S2. afirmar que
D) S1 e S3 tm perodos de revoluo idnticos, menores A) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por
serem mais antigas e tradicionais.
do que o de S2.
B) Coprnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo
E) S2 e S3 tm perodos de revoluo idnticos, maiores
inspirado no contexto poltico do Rei Sol.
do que o de S1.
C) Coprnico viveu em uma poca em que a pesquisa
cientfica era livre e amplamente incentivada pelas
13. (Unicamp-SP) A figura a seguir representa exageradamente autoridades.
a trajetria de um planeta em torno do Sol. O sentido do D) Kepler estudou o planeta Marte para atender s
percurso indicado pela seta. O ponto V marca o incio do necessidades de expanso econmica e cientfica da
vero no Hemisfrio Sul e o ponto I marca o incio do inverno. Alemanha.
O ponto P indica a maior aproximao do planeta ao Sol, E) Kepler apresentou uma teoria cientfica que,
o ponto A marca o maior afastamento. Os pontos V, I e o graas aos mtodos aplicados, pde ser testada e
Sol so colineares, bem como os pontos P, A e o Sol. generalizada.
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FSICA MDULO FRENTE
Editora Bernoulli
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P2
m1m2 Figura 2: A atrao gravitacional entre os lutadores desprezvel,
F=G
r2 mas a atrao gravitacional da Terra sobre eles no .
Inicialmente, vamos calcular o mdulo da fora
Essa a equao da Lei da Gravitao Universal. gravitacional F12 que o lutador mais leve exerce sobre o
Em palavras, essa lei pode ser assim expressa: lutador mais pesado. Para isso, precisamos usar a equao da
Lei da Gravitao Universal. Substituindo as massas dos dois
homens e a distncia entre eles nessa equao e aproximando
a constante gravitacional para G1010Nm2/kg2, obtemos:
Matria atrai matria na razo direta do produto
de suas massas e na razo inversa do quadrado da m1m2 100.200
F12 = G = 1010. = 0, 000002 N
distncia entre elas. r2 1, 02
30 Coleo Estudo
Lei da Gravitao Universal
haste suspensa por um fio. Duas massas maiores(M) 0,67x1011Nm2/kg2 e um erro de 10% em relao
atraem as massas menores, causando uma toro no ao valor preciso de G, que 6,67x1011 Nm2/kg2.
fio. Considere que a haste dessa montagem tenha A dificuldade em obter o valor de G com preciso deve-se
um comprimento L = 2,0 m e que o fio obedea pequena intensidade da fora gravitacional entre
Lei de Hooke rotacional M0 =k, em que M0 o massas ordinrias. Cavendish iniciou seus experimentos
momento de fora aplicado na haste e o angulo em 1797 e levou dois anos modificando a balana
de toro do fio. A constante de toro do fio de toro, at ela produzir resultados confiveis.
massas sejam m=2,0kg eM=5,0kg. medio do ngulo de toro com o auxlio do sistema
ptico mostrado na figura deste exerccio.
M
m
APLICAES DA LEI DA
GRAVITAO UNIVERSAL
Fonte de Luz
Espelho
FSICA
Acelerao da gravidade
m
Imagine uma pedra caindo de um ponto muito alto em
M Rgua direo superfcie da Terra. Considere que a altitude da
r
pedra em relao superfcie da Terra seja h, conforme
mostra a figura 3. A massa da pedra m, e a massa e o
Determinar o valor da constante da gravitao
raio da Terra so M e R, respectivamente.
universal para os seguintes dados: =6,0 er=10cm
(separao entre as massasmeM).
Pedra (m)
Resoluo:
O valor da constante da gravitao universal pode h P
ser calculado por:
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Frente B Mdulo 10
A outra maneira consiste em calcular a fora de atrao Como GM/R2 a acelerao da gravidade na superfcie
gravitacional que a Terra exerce sobre a pedra por meio da do planeta, conclumos que a acelerao a uma altitude
equao da Lei da Gravitao Universal. Nessa equao, equivalente ao raio do planeta vale 1/4 da acelerao da
m1 representa a massa M da Terra, m2 a massa m da pedra, gravidade na superfcie do planeta. O grfico da figura 4
e r a distncia entre a pedra e o centro da Terra. fcil ilustra a diminuio da acelerao da gravidade g em funo
ver que r igual altitude h somada distncia do ponto de da distncia r ao centro do planeta Terra. Observe que a
impacto da pedra no solo at o centro da Terra, que o raioR acelerao da gravidade mxima na superfcie da Terra e
desta. Matematicamente, P=GMm/(R + h)2. Igualando as que ela diminui na razo inversa de r2, quando nos afastamos
duas equaes que obtivemos anteriormente para o peso da do planeta, e na razo direta der, quando afundamos na
pedra e cancelando a massa da pedra que aparece em ambas Terra. Essa aproximao linear vlida se admitirmos uma
as equaes, obtemos a seguinte expresso para a acelerao densidade constante para a Terra, conforme discutiremos no
da gravidade na Terra (ou em qualquer outro astro): Exerccio Resolvido 02.
GMm GM g(m/s2)
P = mg = g=
2
(R + h) (R + h) 2 10
32 Coleo Estudo
Lei da Gravitao Universal
FSICA
Jpiter e r igual distncia do satlite em questo at o
centro de Jpiter.
Figura 5: As rbitas estveis da Terra e da nave ocorrem com
velocidades bem definidas.
valor dado pela Lei da Gravitao Universal, F = GMm/r . 2 das leis do movimento, Newton conseguiu demonstrar as
Nessas equaes, v e m so a velocidade e a massa do corpo trs Leis de Kepler. A deduo da 3 Lei a mais simples
em rbita, respectivamente, enquanto M a massa do Sol, das trs. Na verdade, Newton chegou Lei da Gravitao
e r a distncia do corpo orbitante ao Sol. Igualando essas Universal usando, em parte, a 3 Lei de Kepler, conforme
equaes, obtemos a seguinte expresso para a velocidade v: vimos no incio deste mdulo. De forma inversa, podemos
deduzir a 3Lei de Kepler igualando a fora centrpeta
mv 2
GMm GM fora de atrao gravitacional e utilizando v=2pr/T
= v=
r r2 r (Toperodoorbital) nessa igualdade. O resultado obtido
mostrado a seguir:
Observe que a velocidade orbital no depende da massa do 2
mv2 GMm 1 2r GM
corpo orbitante, que foi cancelada na deduo da equao. = = 2
r r2 r T r
O mdulo da velocidade de um corpo em rbita estvel em
torno de um astro central, como o Sol, depende da massa do 1 42r2 GM 42 T2
= =
astro central e da distncia entre os centros desse astro e do r T 2
r 2
GM r3
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Frente B Mdulo 10
Essa expresso a 3 Lei de Kepler, e o quociente 42/GM A figura 7 mostra a rbita circular de um satlite terrestre
representa a constante K = 1 ano 2 /UA 3 dessa lei. girando no plano do Trpico de Cncer da Terra. Observe
Como esperado, K depende apenas do Sol, mais que o centro de fora (centro da Terra) e o centro da rbita
especificamente, da sua massa. A utilizao dos valores no coincidem. Por isso, essa rbita no estvel. Embora a
de K e G nessa equao permitiu que o valor da massa do componente radial Fx da fora de atrao exercida pela Terra
Sol, 2,0x1030kg, fosse calculado no final do sculo XVIII. sobre o satlite exera o papel da fora centrpeta, necessria
para manter o satlite em movimento circular, acomponenteFy
De maneira semelhante equao da velocidade orbital, puxa o satlite para baixo, desestabilizando sua rbita.
a equao da 3 Lei de Kepler tambm pode ser estendida Podemos propor infinitas rbitas circulares estveis em torno
a outros sistemas orbitais, por exemplo, a Terra e a Lua ou da Terra, mas todas devem estar em planos que contenham o
a Terra e seus demais satlites artificiais. Nesse caso, na centro da Terra, de forma que o centro de fora e o centro da
constante 42/GM, o termo M a massa da Terra. rbita sejam coincidentes, como aquelas mostradas na figura 6.
34 Coleo Estudo
Lei da Gravitao Universal
4r3
M =
3
F=
( )
G 4r3 /3 m
r2
4Gm.r
F =
3
F = kr, em que k = 4Gm/3
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Resoluo:
r (por isso, o grfico da figura 4 uma reta para
Para mostrar que o movimento do corpo harmnico r < R, R = raio da Terra). Alm disso, a fora e a
simples, precisamos provar que a fora gravitacional que acelerao so sempre dirigidas para o centro da
a Terra exerce sobre o corpo, alm de ser voltada para Terra, onde temos r = 0. Essas so as condies para o
o centro do planeta, proporcional distncia r entre o movimento do corpo ser harmnico simples. Assim, aps ser
corpo e o centro desta. A fora de atrao gravitacional abandonado em uma das extremidades do tnel, ocorpo
exercida pela Terra sobre um corpo localizado em seu inicia o movimento com uma acelerao mxima (kR/m),
interior exercida apenas pela matria localizada nas caindo com uma acelerao que decresce proporcionalmente
cascas internas ao corpo. Isso ocorre porque os elementos com r. No centro da Terra, a fora e a acelerao anulam-se,
de massa das cascas exteriores, em lados opostos mas a velocidade do corpo mxima. Esse o ponto
destas, exercem foras de sentidos opostos sobre um de equilbrio do movimento. Aps passar pelo centro da
corpo dentro da casca, conforme ilustra a figura a seguir. Terra, o corpo prossegue o movimento em direo outra
Oanulamento dessas foras decorre do fato de que o extremidade, com a fora agindo no sentido oposto ao do
elemento mais prximo do corpo possui massa menor movimento, uma vez que ela deve ser sempre voltada para
do que aquela do elemento mais distante. Dessa forma, a posio r = 0. A acelerao cresce proporcionalmente
o efeito de proximidade, que tenderia a gerar uma com r, de forma que, na outra extremidade, a acelerao
maior atrao, compensado pela menor quantidade mxima, mas a velocidade se anula. Ento, o corpo cai em
de matria. direo ao centro, repetindo o mesmo tipo de movimento
descrito anteriormente, emergindo com uma velocidade
m1 nula na extremidade em que foi abandonado. O intervalo
de tempo necessrio para que o corpo complete esse ciclo
F1 pode ser calculado utilizando a equao do perodo do
m movimento harmnico simples:
F2
m 3m 3
T = 2 = 2 =
k 4Gm G
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Frente B Mdulo 10
LEITURA COMPLEMENTAR
Estrelas duplas
A maioria das estrelas da Via Lctea, e, quem sabe, de todas reao, elas possuem mesmo mdulo, mesma direo e sentidos
as galxias, so estrelas duplas, triplas, etc. Ao contrrio do opostos, ou seja, elas so iguais e opostas, conforme indicado
nosso Sol, as estrelas tendem a formar sistemas mltiplos, em na figura anterior. Ento, aplicando a Segunda Lei de Newton
que cada componente orbita em torno de um centro de massa e lembrando que a acelerao centrpeta o produto entre o
comum. Nessa leitura, vamos deduzir a 3 Lei de Kepler para um quadrado da velocidade angular e o raio, temos que:
sistema formado por duas estrelas. Veremos que a expresso
F = massa.acelerao = M2R = m2r
da 3 Lei de Kepler usada at agora , na verdade, um caso
particular da equao geral que vamos apresentar nesta leitura. Se as estrelas realmente girarem em torno do centro de
A figura seguinte mostra duas estrelas que giram em rbitas massaC do sistema com a mesma velocidade angular , ento
circulares em torno do centro de massa C do sistema. A estrela esse termo pode ser cancelado nos dois lados da equao.
de massa maior (M) apresenta o raio orbital menor (R), enquanto Veja que, assim, temos que M.R = m.r, que exatamente a
a estrela de massa menor(m) possui o raio orbital maior (r). igualdade que obtivemos utilizando o conceito de centro de
Utilizando o conceito de centro de massa (mdia, ponderada massa, conforme discutimos anteriormente. Isso ratifica que
em massa, das posies das massas das estrelas), podemos a velocidade angular realmente possui o mesmo valor para as
provar que M.R = m.r. Note que essa expresso indica que o duas estrelas.
centro de massa realmente localiza-se mais prximo estrela
Por ltimo, vamos obter a relao matemtica entre o
mais massiva.
perodoT das estrelas e os raios R e r de suas rbitas. Como a
m GMm
m2r =
R (R + r)2
C M
Cancelando m e substituindo por 2/T nessa equao,
obtemos:
42r GM T2 42
2
= 2
2
=
T (R + r) (R + r) r GM
Outra propriedade fundamental sobre esse sistema que Essa a 3 Lei de Kepler para um sistema binrio, formado
as duas estrelas giram com a mesma velocidade angular , por duas estrelas, ou por dois astros genricos, que giram em
ouseja, ointervalo de tempo necessrio para que uma estrela rbitas circulares. Quando M muito maior do que m, o centro
complete a sua rbita igual ao intervalo de tempo gasto por sua de massa do sistema coincide com o centro do astro massivo,
companheira para completar sua respectiva rbita. Dessa forma, de forma que R = 0. Nesse caso, obtemos a forma simples da
as estrelas giram solidariamente, como se estivessem unidas
3 Lei de Kepler, T2/r3=42/GM. Esse o caso da massa do
por um raio trator. De fato, essa trao existe, e ela a fora
nosso Sol, que muito maior do que a massa de quase todos
de atrao gravitacional entre as massas M e m das estrelas.
os planetas do Sistema Solar. A massa de Jpiter, porm,
fcil explicar por que as velocidades angulares das estrelas expressiva, demodo que o centro de massa do sistema
so iguais. As foras centrpetas que mantm as estrelas em Sol-Jpiter acha-se um pouco acima da superfcie do Sol.
rbitas circulares so exercidas pelas atraes gravitacionais Mesmo assim, aforma simplificada da 3 Lei de Kepler pode
entre elas. Como essas foras constituem um par de ao e ser usada com preciso para o caso de Jpiter.
36 Coleo Estudo
Lei da Gravitao Universal
EXERCCIOS DE FIXAO II. Se a massa desse asteroide for igual da Terra, uma
pedra solta pelo Pequeno Prncipe chegar ao solo
antes de uma que solta na Terra, da mesma altura.
Analisando-se essas hipteses, pode-se concluir que
01. (UFMG2007) Trs satlites I, II e III movem-se
em rbitas circulares ao redor da Terra. O satlite I tem A) apenas a I est correta.
massam e os satlites II e III tm, cada um, massa2m. B) apenas a II est correta.
Os satlites I e II esto em uma mesma rbita de raior C) as duas esto corretas.
e o raio da rbita do satlite III r/2. Nesta figura D) nenhuma das duas est correta.
(foradeescala), est representada a posio de cada
um desses trs satlites: 04. (UFMG) Um satlite colocado em rbita e fica
estacionrio sobre um ponto fixo do Equador terrestre.
II
O satlite se mantm em rbita porque
I
A) a fora de atrao que a Terra exerce sobre o satlite
equilibra a atrao exercida sobre ele pela Lua.
B) a fora que o satlite exerce sobre a Terra, de acordo
Terra com a 3 Lei de Newton, igual fora que a Terra
III exerce sobre o satlite, resultando disso o equilbrio.
C) o satlite atrado por foras iguais, aplicadas em
todas as direes.
Sejam FI, FII e FIII os mdulos das foras gravitacionais D) o satlite est a uma distncia to grande da Terra
da Terra sobre, respectivamente, os satlites I, II e III. que a fora gravitacional exercida pela Terra sobre o
Considerando-se essas informaes, CORRETO satlite desprezvel.
FSICA
necessria para manter o satlite em rbita em torno
A) FI = FII < FIII. C)
FI < FII < FIII.
do centro da Terra com um perodo de 24 horas.
B) FI = FII > FIII. D)
FI < FII = FIII.
EXERCCIOS PROPOSTOS
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37
Frente B Mdulo 10
02. (UFES) Suponha a Terra com a mesma massa, porm 06. (IME-RJ2010) No interior da Estao Espacial
com o dobro do raio. O nosso peso seria Internacional, que est em rbita em torno da Terra a
uma altura correspondente a aproximadamente 5% do
A)
a metade. D)
o qudruplo.
raio da Terra, o valor da acelerao da gravidade
B) o dobro. E) reduzido sua quarta parte. A) aproximadamente zero.
C) o mesmo. B) aproximadamente 10% do valor na superfcie da Terra.
C) aproximadamente 90% do valor na superfcie da Terra.
03. (CICE-RJ) Jpiter, o maior planeta do Sistema Solar, D) duas vezes o valor na superfcie da Terra.
tem dimetro 11 vezes maior do que a Terra e massa E) igual ao valor na superfcie da Terra.
320 vezes maior que a terrestre. Qual ser, na superfcie
07. (Cesgranrio) Dois pndulos simples, A e B, de mesmo
de Jpiter, o peso de uma astronauta e seu equipamento
comprimento, oscilam a nvel do mar; o pndulo A est
cujo peso total na Terra 1 200 N?
no Equador e o pndulo B no polo da Terra. O tempo de
A) 1 200 N C) 2 400 N E) 3 500 N oscilao (perodo)
B) 1 800 N D) 3 200 N A) maior para A.
B) maior para B.
04. (UFV-MG2010) Seja F o mdulo da fora da gravidade C) igual para A e B.
que o Sol faz sobre um cometa, de massa constante, D) funo da temperatura ambiente.
E) varivel com a estao do ano.
cujo perodo orbital T (em anos). Dos grficos a seguir,
aquele que representa CORRETAMENTE a variao de
08. (UFV-MG2008) A figura a seguir ilustra a rbita do
F com o tempo t : planeta Mercrio em torno do Sol. Os pontos A e P
A) C) F denotam o aflio e o perilio desse planeta, que esto a
F
distncias RA e RP do Sol, respectivamente.
RP RA
0 T t (anos) 0 T t (anos) P A
B) F D) F
Analise as proposies que se seguem: 10. (CESCEA-SP) Para um satlite permanecer em uma rbita
(04) A fora de atrao gravitacional de uma estrela sobre circular a uma altura h da Terra (h << R, sendo R o raio
a outra vale GM2/4R2. da Terra), necessrio que
(08) A velocidade orbital de cada estrela vale 4M/GR. A) a acelerao centrpeta do satlite seja igual
acelerao da gravidade na altura h.
(12) O perodo de cada estrela vale 4R3/GM.
B) a fora de atrao da Terra sobre o satlite seja
equilibrada pela atrao do Sol sobre o satlite.
A soma dos nmeros entre parnteses das proposies
C) a velocidade angular do satlite seja proporcional
que correspondem aos itens CORRETOS igual a
altura h.
A)
24. B)
12. C)
8. D)
20. E)
16. D) N.d.a.
38 Coleo Estudo
Lei da Gravitao Universal
FSICA
D) a razo entre os raios das rbitas de A e de B mA/mB.
D) Somente a afirmativa II est correta.
E) a razo entre os raios das rbitas de A e de B mB/mA.
E) Todas as afirmativas esto corretas.
III. Estar aproximadamente mesma altitude. Chamando de gt a gravidade sobre a superfcie, a que
altura h devemos subir para que g decresa 2% em
IV. Manter-se num plano que contenha o crculo do
Equador terrestre. relao a gt? Despreze termos da ordem de (h/Rt)2.
Considere Rt= 6 300 km.
O conjunto de todas as condies a que satlites em
rbita geoestacionria devem, necessariamente, obedecer
corresponde a 16. (PUC Rio) Um satlite de massa m gira com velocidade
A) I e III. C) I, III e IV. E) II, IV. angular constante em torno de um planeta de massa M,
em rbita circular de raio R.
B) I, II, III. D) II e III.
m
14. (PUCPR2010) Um planeta binrio um sistema formado
M
por dois planetas que se atraem mutuamente pela fora
R
gravitacional e que orbitam em torno do centro de massa
do sistema. Para que seja considerado planeta binrio,
o centro de massa (c.m.) do sistema no pode se localizar
dentro de nenhum dos planetas. Suponha um planeta
A) REPRESENTE, no desenho anterior, por setas, a(s)
binrio composto por um planeta maior (M) de massa fora(s) que atua(m) no satlite.
quatro vezes a massa do planeta menor (m), ambos B) CALCULE a velocidade angular do satlite em funo
realizando rbitas circulares em torno do centro de massa. de M, R e G (constante de gravidade universal).
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39
Frente B Mdulo 10
40 Coleo Estudo
FSICA MDULO FRENTE
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41
Frente C Mdulo 09
FRENTE E RAIO DE UMA ONDA Alguns autores consideram que, se a frente de onda
uma crista, todas as outras cristas so, tambm, frentes
Chamamos de frente de onda a todos os pontos da onda de onda. Nesta coleo, usaremos o termo frentes de onda
que atingem, simultaneamente, as partculas do meio pela secundrias. De uma forma geral, todos os pontos que
primeira vez. Ou seja, a frente de onda a regio da onda que estejam em concordncia de fase com os pontos da frente
foi gerada no primeiro instante. Se a onda bidimensional e se de onda so frentes de onda secundrias.
essa regio for uma crista, afrente de onda formada por todos
os pontos que fazem parte dessa primeira crista. Se a onda
unidimensional, a frente de onda se resume ao ponto que foi
gerado inicialmente. Nasfiguras anteriores, os pontos F, G, M
REFLEXO DE ONDAS
e N, correspondentes posio de equilbrio da onda, so as Considere uma corda elstica ideal com uma das suas
frentes de onda de cada uma das ondas mostradas. Oraio de extremidades presa a um suporte. Uma pessoa vibra a
onda um segmento imaginrio, semelhante ao raio luminoso, extremidade livre da corda para cima e para baixo, apenas
que determina a direo de deslocamento da onda e que est uma vez, produzindo um pulso transversal na vertical
no mesmo sentido da velocidade de propagao desta. Dessa (que contm uma crista). Esse pulso se desloca para a direita
forma, o raio de onda, para ondas bi e tridimensionais, sempre atravs da corda e, dessa forma, cada ponto da corda sobe
perpendicular frente de onda em cada ponto. Considere dois e desce enquanto o pulso passa por ele. Quando o pulso
tipos de ondas que foram estabelecidos nas guas de um atinge o suporte, a onda sofre uma reflexo, e o pulso
lago, por exemplo. Veja as fotografias a seguir. A primeira, retorna pela corda, deslocando-se para a esquerda.
(a), formada por ondas circulares que se propagam a partir A velocidade, afrequncia e o comprimento de onda do
do ponto onde um pequeno objeto toca, sucessivamente, pulso no se alteram. Na reflexo, a amplitude da onda
asuperfcie da gua. Aoutra, (b), formada por ondas retas pode ser alterada. Como a amplitude depende da energia,
que se propagam a partir da posio em que uma pessoa aamplitude da onda refletida pode ser menor que a da onda
atinge, continuamente, a gua com uma rgua, por exemplo. incidente, desde que haja transferncia de energia para o
suporte, por exemplo.
Frente P
(b)
(a) de onda
P
C C C C V
vONDA
42 Coleo Estudo
Reflexo, refrao e difrao
FSICA
O raio de onda
A figura a seguir mostra uma onda que incide e refletida Afasta Aproxima
(em relao normal)
em um obstculo. Uma eventual inverso de fase, que
pode ocorrer nesse caso, no foi contemplada nessa figura. (a) N (b)
v1 N v1
RI
I RI
I 1
1
Meio 1 Meio 1
Meio 2 Meio 2
R RR
R
RR
2
2 v2
v2
f = f f = f
2 1
2 1
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43
Frente C Mdulo 09
(2) (1)
REFLEXO E REFRAO EM
DIFRAO DE ONDAS
CORDAS ELSTICAS
A difrao um fenmeno estritamente ondulatrio
Considere duas cordas elsticas, de densidades lineares() e muito complexo. Por isso, vamos fazer uma anlise
diferentes, sendo 1 < 2. As duas cordas esto ligadas e, semiquantitativa, procurando descrev-lo com pouca
assim, a fora de trao (F) nas duas cordas a mesma. abordagem matemtica.
Sabemos que a velocidade da onda que se estabelece em cada
Antes de iniciar, vamos entender o Princpio de Huygens,
corda dada por v = F / . Logo, a onda na corda de menor pois ele a explicao para a difrao. Considere duas
densidade linear () ter maior velocidade, ouseja, v1>v2. ondas, uma reta e outra circular, se deslocando para cima,
conforme mostrado a seguir. Segundo Huygens, cada ponto
Um pulso, que contm uma crista, foi estabelecido
da onda se comporta como se fosse uma fonte secundria (F)
na corda de baixa densidade (1), conforme ilustrado na
de ondas circulares. Dessa forma, a onda seria tangente a
figura a seguir. Quando esse pulso atinge a corda de maior
todas as ondas circulares formadas pelas fontes secundrias.
densidade linear (2), parte do pulso sofre reflexo no ponto
Logo, a onda, num momento posterior ao mostrado na
de juno das cordas, enquanto a outra parte sofre refrao.
figura, estaria acima da posio atual, tangenciando as ondas
A parte refletida volta com inverso de fase, pois difcil a
circulares naquele instante.
corda leve fazer oscilar a de maior densidade, semelhante
ao fenmeno de reflexo numa extremidade fixa. A parte
refratada conserva a mesma fase e a mesma frequncia da
onda incidente. Veja a seguir. F F F
F F F F F F F F F
F F
v1
(1) (2) Geralmente, uma onda se propaga em linha reta, ou
seja, aenergia que sai da fonte, numa dada direo
v2
(1) (2) (raio de onda), mantm essa direo durante sua
propagao. Se ela sofre reflexo ou refrao, os raios
v1
de onda continuam retilneos aps tais fenmenos.
44 Coleo Estudo
Reflexo, refrao e difrao
A propagao retilnea, dependendo de alguns fatores, pode Se o comprimento de onda () aumenta e / ou a largura
no acontecer. Considere uma onda reta, de comprimento do orifcio (d) diminui, a difrao se torna mais acentuada
de onda , que se propaga para a direita na gua contida e a onda invade, cada vez mais, a regio de sombra.
em uma cuba de ondas. Veja a figura a seguir. As cristas Se essas grandezas so da mesma ordem de grandeza,
e os raios de onda esto representados pelas linhas azuis ou seja, com valores prximos um do outro, a difrao
e vermelhas, respectivamente. Se a onda parcialmente muito pronunciada e bastante perceptvel.
interrompida por um obstculo, uma parte dela refletida
2) d
(no mostrada na figura) e a outra prossegue. Era de se
esperar que a parte no refletida continuasse o seu trajeto Se o comprimento de onda () igual (ou muito
na mesma direo de incidncia. Entretanto,no o que prximo) largura da fenda (d), temos uma difrao
acontece. A regio em destaque cinza, direita da figura, extremamente pronunciada, e as ondas que saem do
corresponde sombra do obstculo. Observe que a orifcio so praticamente circulares, como se no centro do
parte da onda no interrompida contorna o obstculo e orifcio existisse uma nica fonte secundria gerando ondas
invade a regio de sombra. Esse fenmeno se chama circulares. Veja a seguir. Observe que a onda invade toda a
difrao e pode ocorrer quando a onda encontra um regio de sombra destacada na cor cinza.
obstculo, um orifcio ou uma fenda entre dois obstculos.
A velocidade, a frequncia e o comprimento de onda da onda
no sofrem alterao quando ela se difrata. Apenas a forma
da onda se modifica.
d
3) >> d
FSICA
Se o comprimento de onda () muito maior que a largura
da fenda (d), no haver difrao. Ou seja, toda a onda
Observe que a regio da onda na parte inferior da figura
refletida pelo obstculo como se o orifcio no existisse.
anterior refletida pelo obstculo. Assim, o equilbrio que
Isso acontece mesmo se a barreira tiver vrios orifcios.
havia entre as ondas formadas pelas fontes secundrias
Veja a seguir.
foi quebrado. Dessa forma, a fonte secundria que est na
parte inferior da onda no refletida gera uma onda circular
que tende a contornar aquela barreira.
Editora Bernoulli
45
Frente C Mdulo 09
A tabela a seguir mostra o valor do comprimento de onda A) Determinar a velocidade das ondas em cada regio.
de trs ondas muito conhecidas. Com base nesses valores, B) A velocidade da onda na gua depende, basicamente,
vamos analisar a difrao de tais ondas. da profundidade da gua (h) e da acelerao da
gravidade (g). Com base na anlise dimensional,
Onda Comprimento de onda () no Sistema Internacional (SI), determinar a
proporcionalidade entre a velocidade da onda e as
Som 1,7 cm a 17 m
grandezas citadas.
Luz 4,0 x 107
mm a 7,0 x 107 mm
Micro-ondas de um forno 12 cm Resoluo:
Considere duas pessoas, uma de cada lado de um muro A) A frequncia das ondas imposta pelo gerador. Assim,
de 2,0 m de altura e 30 cm de espessura. Elas podem se a frequncia da onda nas duas regies igual da
ouvir, mas no podem se ver. fcil perceber o motivo. fonte:
O comprimento de onda do som da voz de uma pessoa da f1 = f2 = fFONTE = 2,0 Hz
mesma ordem de grandeza das dimenses do muro. Dessa Usando v = f, temos:
forma, o som difrata bastante e atinge a pessoa do outro lado.
v1 = 0,10.2,0 v1 = 0,20 m/s
As dimenses do muro, por sua vez, so muito maiores
v2 = 0,20.2,0 v2 = 0,40 m/s
que o comprimento de onda da luz refletida pelas pessoas.
Dessa forma, essa onda passa pela parte superior do muro, B) A unidade de velocidade [v] = m/s, da acelerao da
sem sofrer difrao perceptvel, e no chega pessoa do gravidade [g] = m/s2, e da profundidade [h]=m.
outro lado. Como queremos obter m/s, devemos multiplicar as
grandezas e extrair a sua raiz quadrada, ou seja:
O forno de micro-ondas tem uma tampa com furinhos da
ordem de 1,0 mm. Quando ele acionado, e a luz interna m m2 m
v = m= = v gh
se acende, podemos ver os alimentos em seu interior. s 2
s2 s
Isso acontece porque o furinho da tampa tem dimetro
muito maior que o comprimento de onda da luz. Assim, esta
passa pelo orifcio sem sofrer difrao acentuada, oque nos
permite uma viso distinta dos objetos no interior doforno. EXERCCIOS DE FIXAO
01. (UFF-RJ) A figura representa a propagao de dois pulsos
PARA REFLETIR em cordas idnticas e homogneas. A extremidade
esquerda da corda, na situao I, est fixa na parede e,
Por que as micro-ondas do forno no atravessam na situao II, est livre para deslizar, com atrito
a tampa do aparelho? desprezvel, ao longo de uma haste.
EXERCCIO RESOLVIDO
01. Dentro de uma cuba de ondas, contendo gua, foi
Situao I Situao II
I II
D)
I II
1 2
E)
I II
46 Coleo Estudo
Reflexo, refrao e difrao
02. (UFC) A figura mostra duas fotografias de um mesmo 05. (UFAL) Na figura a seguir, est representada a propagao
pulso que se propaga em uma corda de 15 m de de uma onda que atinge um obstculo no qual feito um
comprimento e densidade uniforme, tensionada ao orifcio.
longo da direo x. As fotografias foram tiradas em dois
instantes de tempo, separados de 1,5 segundo. Durante
esse intervalo de tempo, o pulso sofreu uma reflexo na
extremidade da corda que est fixa na parede P.
v
P
x (m)
0 3 6 9 12 15
Sobre o fenmeno reproduzido na figura, analise as
x (m) afirmaes:
0 3 6 9 12 15
v
( ) O fenmeno reproduzido na figura chama-se refrao.
( ) Ondas luminosas no se comportam como a onda
Observando as fotografias, verificamos que a velocidade reproduzida na figura.
de propagao do pulso na corda, suposta constante, ( ) O fenmeno reproduzido na figura explica por que
A) 4 m/s. C) 8 m/s. E) 12 m/s. ouvimos o som emitido por uma fonte mesmo que,
B) 6 m/s. D) 10m/s. entre ns e a fonte, exista, por exemplo, um muro
de concreto.
03. (UFMG) Uma onda sofre refrao ao passar de um meioI ( ) Apenas ondas propagando-se em meio material se
comportam como o modelo reproduzido na figura.
para um meio II. Quatro estudantes, Bernardo, Clarice,
Jlia e Rafael, traaram os diagramas mostrados na figura ( ) Quanto maior for a largura do orifcio, menos ser
para representar esse fenmeno. Nesses diagramas, possvel observar o fenmeno reproduzido na figura.
as retas paralelas representam as cristas das ondas e as
setas, a direo de propagao da onda.
EXERCCIOS PROPOSTOS
FSICA
I Bernardo I Clarice
01. (UNIFESP2008) A figura representa um pulso se
II II propagando em uma corda.
I Jlia I Rafael
II II Pode-se afirmar que, ao atingir a extremidade dessa
corda, o pulso se reflete
A) se a extremidade for fixa e se extingue se a
Os estudantes que traaram um diagrama coerente com extremidade for livre.
as leis da refrao foram B) se a extremidade for livre e se extingue se a
A) Bernardo e Rafael. C) Jlia e Rafael. extremidade for fixa.
B) Bernardo e Clarice. D) Clarice e Jlia. C) com inverso de fase se a extremidade for livre e com
a mesma fase se a extremidade for fixa.
04. (UFV-MG2006) A figura a seguir representa uma D) com inverso de fase se a extremidade for fixa e com
a mesma fase se a extremidade for livre.
fotografia area de um canal onde uma onda se propaga
na superfcie da gua, da regio 1 para a regio 2. E) com mesma fase, seja a extremidade livre ou fixa.
As linhas contnuas e paralelas representam as cristas
das ondas. 02. (UCSal-BA) O esquema representa um pulso que se
propaga numa mola de extremidades fixas. A seta indica
o sentido de propagao.
Regio 1 Regio 2
Comparando com a regio 1, CORRETO afirmar que Entre os esquemas a seguir, o que corresponde ao pulso
na regio 2 refletido
A) D)
A) a frequncia da onda maior.
B) a velocidade de propagao da onda menor. B) E)
C) o comprimento de onda maior.
D) a razo entre a velocidade e a frequncia maior. C)
E) a razo entre a velocidade e a frequncia a mesma.
Editora Bernoulli
47
Frente C Mdulo 09
03. (PUC Rio) Um pulso com a forma mostrada na figura a 07. (PUC RS) A velocidade de uma onda sonora no ar
seguir propaga-se com uma velocidade constante (v) ao 340m/s, e seu comprimento de onda 0,340m. Passando
longo de uma corda que tem a sua extremidade presa a para outro meio, onde a velocidade do som o dobro
uma parede. (680m/s), os valores da frequncia e do comprimento
v
de onda no novo meio sero, respectivamente,
A) 400 Hz e 0,340 m.
B) 500 Hz e 0,340 m.
Qual das opes MELHOR apresenta a forma que o pulso
C) 1 000 Hz e 0,680 m.
ter aps refletir-se na extremidade fixa da corda?
D) 1 200 Hz e 0,680 m.
A) v D) v
E) 1 360 Hz e 1,360 m.
B) v v
E)
08. (UFMG) Para se estudar as propriedades das ondas num
v
tanque de gua, faz-se uma rgua de madeira vibrar
C)
regularmente, tocando a superfcie da gua e produzindo
uma srie de cristas e vales que se deslocam da esquerda
para a direita. Retirando-se uma certa quantidade de gua
04. (UFMG2008) Quando uma onda sonora incide na
do tanque, a velocidade das ondas torna-se menor.
superfcie de um lago, uma parte dela refletida e a outra
transmitida para a gua. Rgua
Sejam fI a frequncia da onda incidente, fR a frequncia de
madeira
da onda refletida e fT a frequncia da onda transmitida
para a gua.
Considerando-se essas informaes, CORRETO afirmar
Direo e sentido
que
de propagao
A) fR = fI e fT > fI. C)
fR = fI e fT = fI.
Nessas condies, pode-se afirmar que
B) fR < fI e fT > fI. D)
fR < fI e fT = fI.
A) a frequncia da onda aumenta, e o seu comprimento
de onda tambm aumenta.
05. (FCMMG) Uma onda plana emitida na superfcie de um
lquido (meio 1) e atinge, aps alguns instantes, uma B) a frequncia da onda diminui, e o comprimento de
regio de maior profundidade (meio 2). Nas figuras a onda tambm diminui.
seguir, cada grupo de quatro retas representa as cristas C) a frequncia da onda no se altera, e o seu
das ondas e a seta, o sentido de propagao dessas comprimento de onda aumenta.
ondas. O diagrama que MELHOR representa a disposio
D) a frequncia da onda no se altera, e o seu
das cristas das ondas nos dois meios
comprimento de onda diminui.
A) Meio 1 C) E) a frequncia da onda no se altera, e o seu
Meio 1 comprimento de onda tambm no se altera.
Meio 2 Meio 2
Recipiente
Rgua
06. (UFV-MG2009) Uma onda luminosa monocromtica I II
proveniente do ar passa a se propagar no vidro. Lembrando
que a velocidade de propagao da luz no vidro menor No lado esquerdo da regio I, o professor coloca uma rgua
que no ar, CORRETO afirmar que, no vidro, a oscilar verticalmente, com frequncia constante, de
modo a produzir um trem de ondas. As ondas atravessam
A) o comprimento de onda da luz ser menor que no ar.
a regio I e propagam-se pela regio II, at atingirem o
B) a frequncia da luz ser maior que no ar. lado direito do recipiente. Na figura, as linhas representam
C) a frequncia da luz ser menor que no ar. as cristas de onda dessas ondas. Dois dos alunos que
D) o comprimento de onda da luz ser o mesmo que no ar. assistem ao experimento fazem, ento, estas observaes:
48 Coleo Estudo
Reflexo, refrao e difrao
Bernardo: A frequncia das ondas na regio I menor 13. (UFMG) Para se estudar as propriedades das ondas num
que na regio II. tanque de gua, faz-se uma rgua de madeira vibrar
Rodrigo: A velocidade das ondas na regio I maior regularmente, tocando a superfcie da gua e produzindo
que na regio II. uma srie de cristas e de vales que se deslocam da
Considerando-se essas informaes, CORRETO esquerda para a direita.
afirmarque Na figura a seguir, esto esquematizadas duas barreiras
A) apenas a observao do Bernardo est certa. verticais separadas por uma distncia aproximadamente
B) apenas a observao do Rodrigo est certa. igual ao comprimento de onda das ondas.
FSICA
Dados: sen 30 = cos 60 = 0,5; porta uma grade junto ao vidro, com espaos vazios
menores que o comprimento de onda das micro-ondas,
sen 60 = cos 30 = 3/2;
a fim de no permitir que essas ondas atravessem a porta.
sen 45 = cos 45 = 2/2 e considere 2 = 1,4. Supondo a frequncia de 2,45 GHz (G = Giga = 109) e a
No meio II, os valores da frequncia e do comprimento velocidade de propagao de uma onda eletromagntica
de onda sero, respectivamente, iguais a de 3x108 m/s, o comprimento de onda das micro-ondas
A) 10 Hz; 14 cm. D) 15 Hz; 14 cm. ser, aproximadamente, em cm, de
Editora Bernoulli
49
Frente C Mdulo 09
16. (UFG2010) Uma estao de rdio emite ondas mdias Ondas P (ou primrias) movimentam as
na faixa de 1 MHz com comprimento de onda de 300 m. partculas do solo, comprimindo-as e dilatando-as.
Essa radiao contorna facilmente obstculos como casas, A direo do movimento das partculas paralela
direo de propagao da onda;
carros, rvores, etc., devido ao fenmeno fsico da
Ondas S (ou secundrias) movimentam as
A) difrao. C) reflexo. E) difuso.
partculas do solo perpendicularmente direo da
B) refrao. D) interferncia. propagao da onda.
A figura a seguir mostra como varia a velocidade das
17. (UFLA-MG2009) Uma onda sonora passa do ar para a ondas em funo da profundidade.
gua. Pode-se afirmar que
A) sua velocidade de propagao aumenta, sua Zona de baixa 1 000
Profundidade (km)
frequncia diminui e seu comprimento de onda velocidade Ondas S Ondas P
2 000
tambm diminui.
3 000
B) sua velocidade de propagao diminui, sua frequncia
4 000
no se altera e seu comprimento de onda aumenta.
5 000
C) sua velocidade de propagao aumenta, sua
6 000
frequncia no muda e seu comprimento de onda 2 4 6 8 10 12 14
aumenta. Velocidade (km/s)
50 Coleo Estudo
FSICA MDULO FRENTE
Interferncia de ondas 10 C
A interferncia, assim como a difrao, um fenmeno
estritamente ondulatrio. Assim, apenas as ondas,
oupartculas que possuam comportamento ondulatrio,
podem sofrer interferncia. Esse fenmeno comum no a)
nosso dia a dia e muitos so os exemplos de interferncia
na natureza. As belas cores na cauda de um pavo, por
exemplo, so explicadas pela interferncia da luz. Como
um fenmeno complexo, vamos analisar a interferncia com
o mnimo de abordagem matemtica.
O fenmeno da interferncia consequncia de um
princpio simples chamado de Princpio da Superposio.
Nesta Coleo, vamos tratar apenas das ondas para as b)
quais esse princpio vlido. A superposio ocorre quando
dois ou mais pulsos ocupam, num dado instante, o mesmo
lugar no espao.
Editora Bernoulli
51
Frente C Mdulo 10
No instante t = 2 s, as cristas e os vales dos dois pulsos aamplitude resultante mxima, e a gua tem a sua maior
se superpem. Dessa forma, a onda resultante apresenta oscilao. Um objeto flutuante, colocado em qualquer um
amplitude igual a 4,0 cm. Nos instantes t=1s et=3s, desses pontos, oscila para cima e para baixo com uma
a crista de um pulso se sobrepe ao vale do outro e amplitude 2A. A regio compreendida entre duas linhas
vice-versa. Assim, o efeito resultante uma amplitude nodais chamada de regio ventral. Nela, a gua est
nula. Nesse caso, a interferncia destrutiva total. Voc oscilando, para cima e para baixo, com variadas amplitudes.
deve desenhar, em casa, as ondas resultantes, nos cinco A fotografia a seguir mostra o padro de interferncia
instantes mostrados anteriormente, para dois pulsos em discutido na figura anterior.
concordncia de fase.
INTERFERNCIA DE ONDAS
BIDIMENSIONAIS
Da mesma forma que ocorre com ondas unidimensionais,
as ondas bidimensionais (ou tridimensionais) tambm sofrem
interferncia quando ocorre a superposio dos pulsos, no
Observe que a fotografia mostra seis linhas nodais. Na linha
mesmo instante e em cada ponto do meio, gerados por uma
central das regies ventrais, as partes claras correspondem
ou por mais de uma fonte de ondas. a superposies de cristas e as escuras, superposio de
A figura a seguir mostra duas ondas, geradas por duas vales. Na regio ventral, temos a noo do deslocamento
fontes F1 e F2, que se propagam na gua contida em uma das ondas no sentido das setas vermelhas.
cuba de ondas. Considere que as fontes sejam coerentes, As ondas tridimensionais tambm apresentam padro de
ou seja, que elas produzam ondas com a mesma frequncia interferncia semelhante. A diferena est no fato de que
e em concordncia de fase. Assim, o comprimento de onda elas, por se propagarem nas trs dimenses do espao,
o mesmo para as duas ondas. As linhas cheias e pontilhadas podem formar superfcies nodais (em vez de linhas) e regies
representam, respectivamente, as cristas e os vales das ventrais espaciais (e no planas). Devido dificuldade de
ondas. Considere que as duas ondas foram geradas com a se desenhar tais padres, eles sero omitidos.
mesma amplitude (A).
CONDIES DE INTERFERNCIA
Vamos tratar apenas das interferncias construtiva ou
destrutiva total. Considere duas fontes F1 e F2 emitindo ondas
em concordncia de fase e que se deslocam pelo meio de
propagao com comprimento de onda (). Essas ondasse
superpem em um ponto P, como mostra a figura a seguir.
Observe que o ponto P atingido, simultaneamente, por duas
F1 cristas e, dessa forma, a interferncia construtiva. Observe
F2
que cada onda percorre uma distncia igual a 4 at o ponto P.
Essa figura mostra um padro de interferncia. Observe Se nesse ponto chegassem a crista de uma das ondas eo
que os pontos pretos indicam posies em que a interferncia vale da outra, a interferncia seria destrutiva. Portanto,
oque define se num ponto existe interferncia construtiva ou
destrutiva total (cristas e vales superpostos). Nesses
destrutiva, alm da fase da onda, a distncia percorrida por
pontos, a todo instante, a amplitude sempre nula.
cada uma delas at esse ponto. Sejam L1 e L2 as distncias
A linha que une tais pontos (linha preta na figura) chamada
das fontes 1 e 2 at o ponto P, respectivamente.
de linha nodal. Em todos os pontos dessas linhas temos,
sempre, uma interferncia destrutiva totale, portanto, a
F1
gua permanece em repouso. Uma rolha, por exemplo,
colocada em qualquer ponto da linha nodal no oscila,
ou seja, existe um padro ou um modelo para a interferncia. P
52 Coleo Estudo
Interferncia de ondas
Para fontes que geram ondas em concordncia de fase, A consequncia mais importante dessa experincia foi a
a interferncia ser: aceitao, por parte dos cientistas da poca, de que a luz
1 Construtiva, se |L1 L2| = n apresenta um comportamento ondulatrio. Ou seja, em
certas situaes, a luz comporta-se como uma onda. At
2 Destrutiva, se |L1 L2| = (n + )
ento, era considerado qua a luz possa carter corpuscular.
Para fontes que geram ondas em oposio de fase, Essa diferena ser mais bem discutida em Fsica Moderna.
ainterferncia ser:
Uma outra situao em que acontece o fenmeno de
1 Construtiva, se |L1 L2| = (n + ) interferncia da luz, muito interessante, ocorre quando ela
2 Destrutiva, se |L1 L2| = n incide em pelculas finas e transparentes. Voc j deve ter
Nessas relaes, n = 0, 1, 2, 3, ... notado que aparecem diversas cores numa bolha de sabo,
num CD ou numa pelcula de leo, quando iluminados com
OBSERVAO luz branca. Veja como isso acontece.
Se um ponto atingido por uma onda que chega direto de
Considere uma pelcula de espessura varivel (por
uma fonte e por outra emitida pela mesma fonte, mas que
exemplo, uma fina placa de vidro) iluminada com luz do
sofreu uma reflexo com inverso de fase, devemos usar
Sol. A luz incidente parcialmente refletida na superfcie
as relaes de interfncia para fontes em oposio de fase.
superior e uma outra parte dela, que penetra no vidro,
refletida pela superfcie inferior. Veja a seguir.
FSICA
Anteparo visto O observador recebe duas ondas que percorrem distncias
Montagem de Yong
de frente diferentes at o seu olho. Considere a espessura da lmina,
no ponto de incidncia, igual a d. Assim, existe uma diferena
Anteparo
de caminhos (igual a 2d) entre as ondas refletidas 1 e 2 at
chegarem ao observador. Dessa forma, algumas radiaes
x x sofrem interferncia construtiva e outras vo apresentar
d
interferncia destrutiva. O observador percebe a pelcula
na cor da radiao que apresenta interferncia construtiva.
Luz Como a espessura da pelcula varivel, o observador vai
monocromtica notar cores diferentes em lugares distintos da pelcula.
L
Editora Bernoulli
53
Frente C Mdulo 10
Breno Toms
F1 P
Pulso P Pulso Q
F2
0 20 40 60 80 100 120 140
A distncia entre F1 e P de 80cm e entre F2 e P de
Figura I
85cm. Para qual dos valores de comprimento de onda
das ondas produzidas por F1 e F2 ocorre um mnimo
de intensidade (interferncia destrutiva) no ponto P?
Pulso P, no instante t A) 1,0 cm
B) 2,5 cm
C) 5,0 cm
0 20 40 60 80 100 120 140 D) 10 cm
Figura II E) 25 cm
54 Coleo Estudo
Interferncia de ondas
05. Uma fonte puntual, localizada em P, emite luz 03. Trs pulsos, A, B e C, so produzidos em uma corda
monocromtica em direo s barreiras. Os pontos A, B e C esticada, que tem uma extremidade fixada numa parede,
encontram-se no anteparo e so os pontos centrais de e se deslocam conforme a figura. Quando os pulsos se
regies de interferncia construtiva consecutivas. Asfendas superpuserem, aps reflexo na parede, ocorrer
so da ordem de grandeza do comprimento de onda da
luz. Assim, CORRETO afirmar que a relao entre x e y
B
C A
C
y
B A) trs interferncias, nessa ordem, construtiva,
P x
construtiva e destrutiva.
A
B) trs interferncias, nessa ordem, construtiva,
destrutiva e construtiva.
C) quatro interferncias, nessa ordem, construtiva,
destrutiva, construtiva e destrutiva.
A) x = y.
D) quatro interferncias, nessa ordem, construtiva,
B) x > y.
destrutiva, construtiva e construtiva.
C) x < y.
D) um valor que depende da frequncia da luz incidente. 04. (UFMG) Duas ondas idnticas so produzidas, ao mesmo
tempo, numa corda elstica onde se propagam com
velocidades constantes.
EXERCCIOS PROPOSTOS v
v
01. (UDESC-SC2006) Dois pulsos, A e B, so produzidos em
uma corda esticada que tem uma das extremidades fixada As figuras a seguir (PQRS) mostram a forma das ondas
em uma parede, conforme mostra a figura a seguir. em instantes posteriores ao inicial. A ordem com que tais
FSICA
figuras se formaram
A B P) R)
Q) S)
Depois de o pulso A ter sofrido reflexo no ponto da
corda fixo na parede, ocorrer interferncia entre os dois
pulsos. CORRETO afirmar que a interferncia entre
esses dois pulsos A)
PSQR. C)
QRSP. E)
SPQR.
B)
QPSR. D)
PSRQ.
A) destrutiva e, em seguida, os pulsos seguiro juntos,
no sentido do pulso de maior energia.
05. (UFV-MG) Um aparelho de rdio (R) recebe simultaneamente
B) destrutiva e, em seguida, cada pulso seguir seu os sinais direto e refletido em uma camada atmosfrica,
caminho, mantendo suas amplitudes originais. provenientes de uma emissora (E). Quando a camada est
a uma altura (H), o sinal forte; medida que a camada
C) construtiva e, em seguida, os pulsos seguiro juntos,
se desloca verticalmente a partir dessa posio, o sinal
no sentido do pulso de maior energia.
enfraquece gradualmente, passa por um mnimo e recupera
D) construtiva e, em seguida, cada pulso seguir seu gradativamente o valor inicial. Este fenmeno se deve
caminho, mantendo suas amplitudes originais.
Camada atmosfrica
E) destrutiva e, em seguida, os pulsos deixaro de existir,
devido absoro de energia durante a interao.
H
R E
02. (Cesgranrio) A figura mostra dois pulsos que se propagam
em sentidos contrrios ao longo de uma corda. Qual das
opes a seguir representa uma configurao POSSVEL, A) interferncia, entre os sinais direto e refletido,
construtiva quando o sinal for mximo e destrutiva
quando os pulsos se cruzam?
quando o sinal for mnimo.
B) difrao, pois a facilidade para o sinal contornar a
camada funo da altura.
A) C) C) absoro do sinal pela camada, que depende da sua
altura em relao Terra.
D) variao do ndice de reflexo da camada, o que
B) D)
uma funo da altura.
Editora Bernoulli
55
Frente C Mdulo 10
06. (FCMMG2009) A foto mostra duas fontes vibrantes 08. (UECE2008) Na figura a seguir, C um anteparo e
produzindo ondas na superfcie da gua com a mesma S0, S1 e S2 so fendas nos obstculos A e B.
frequncia e destacando alguns elementos caractersticos
da interferncia dessas ondas.
Mx.
Mx.
Mx.
Onda
incidente Mx.
S2 Mx.
Mx.
S0 Mx.
Mx.
Mx.
S1
Mx.
Mx.
Mx.
Mx.
A B C
Pode-se afirmar que, na foto,
A) o ponto inferior representa um n. Assinale a alternativa que contm os fenmenos pticos
esquematizados na figura.
B) o ponto superior representa um ventre.
A) Reflexo e difrao
C) a linha superior representa uma linha nodal.
B) Difrao e interferncia
D) a linha inferior representa uma linha com interferncia
C) Polarizao e interferncia
destrutiva.
D) Reflexo e interferncia
t t
56 Coleo Estudo
Interferncia de ondas
10. (UFSCar-SP) Dois pulsos, A e B, so produzidos em uma 13. (UFC) Duas fontes, S1 e S2, emitem ondas sonoras,
corda esticada, que tem uma extremidade fixada numa em fase, com a mesma amplitude, Y, e o mesmo
comprimento de onda, l. As fontes esto separadas por
parede, conforme mostra a figura.
uma distncia d=3l. Considere que a amplitudeY no
varia.
S1 S2 P
d = 3
FSICA
1m
11. (UFTM-MG) Sobre o fenmeno da interferncia, pode-se
afirmar que
A) 70 Hz
A) s ocorre com ondas mecnicas e longitudinais.
B) 120 Hz
B) as linhas ventrais indicam interferncia destrutiva.
C) 170 Hz
C) num ponto do meio para o qual x = n/2, ocorre D) 340 Hz
interferncia construtiva.
D) no apropriado para demonstrar o carter 15. (PUCPR) Um observador, situado no ponto O, recebe ondas
sonoras emitidas por duas fontes situadas nos pontos A e B,
ondulatrio da luz.
idnticas, que emitem em oposio de fase.
E) pode ocorrer a situao na qual som + som=silncio.
A 20 m O
Editora Bernoulli
57
Frente C Mdulo 10
pirata.
E) semelhana dos comprimentos de onda das radiaes
Considere esse pavo num local sem iluminao natural.
emitidas.
Caso ele seja iluminado com luz branca todas as cores
mostradas sero vistas. Entretanto, se ele for iluminado
com qualquer luz monocromtica, a sua cauda vai se
mostrar preta. Ou seja, nenhuma das cores vai aparecer
GABARITO
e toda a sua beleza desaparece.
Marque a alternativa que mais bem explica o fato Fixao
mostrado. 01. C 02. D 03. B 04. D 05. A
A) As penas da cauda do pavo no possuem pigmentos
coloridos e as cores que aparecem, quando iluminadas
com luz branca, surgem por efeito da difrao da luz
Propostos
nos espaos das suas plumas. 01. B 09. C
58 Coleo Estudo
FSICA MDULO FRENTE
Cargas em movimento em
campo magntico
13 D
Anteriormente, estudamos o campo magntico, que posicionamos a mo direita para determinar o sentido da
caracteriza as propriedades do espao em torno de um fora magntica sobre a carga naquela situao. Voc deve
m ou de um fio percorrido por uma corrente eltrica, por orientar o polegar no sentido da velocidade da carga e os
exemplo. Vimos, ainda, que um m atrai um pedao de ferro demais dedos devem ficar estendidos no sentido do campo
porque este fica magnetizado. Sabemos, assim, que ms magntico. Feito isso, a palma da mo fica virada para cima,
exercem foras uns sobre os outros atravs da interao como mostrado. O sentido da fora magntica atuante na
dos seus campos magnticos. carga obtido por meio de um tapa dado pela palma da
mo, se a carga for positiva. Para as cargas negativas,
Conhecemos o fato de que uma carga eltrica em
o tapa dever ser dado com as costas da mo.
movimento cria um campo magntico no espao ao seu
redor. Assim, uma carga eltrica em movimento, em uma O mdulo da fora magntica calculado pela equao:
regio onde h um campo magntico, pode sofrer ao de
uma fora magntica devido a esse campo. o que vamos F = Bqv.sen q
discutir agora.
Na expresso, B o mdulo do campo magntico, q e v
so os valores da carga e da velocidade da partcula e
o ngulo formado entre o vetor velocidade e o vetor campo
FORA SOBRE UMA CARGA magntico. Veja os grficos de como varia o mdulo da fora
magntica (F), mantendo as demais variveis constantes,
ELTRICA EM MOVIMENTO EM em funo do campo (B), da carga (q), da velocidade (v) e
do ngulo ().
UM CAMPO MAGNTICO
F F
A figura seguinte mostra uma carga eltrica positiva (q)
penetrando em uma regio na qual existe um campo
magntico. Observe que o campo magntico (B) e a
velocidade da carga (v) formam um ngulo () entre si e
esto no mesmo plano (). A carga, ao penetrar na regio
em que h o campo, sofre a ao de uma fora magntica 0 B ou v ou q 0 90 180 ()
que a obriga a descrever uma curva.
A seguir, apresentamos trs aspectos importantes sobre
Fm a fora magntica.
1. Pela equao, percebemos que a fora magntica
Fm pode ser nula em quatro situaes.
B B
Fm = 0
q +
v
v B = 0 (no existe fora magntica sem campo
magntico);
A experincia nos mostra que:
q = 0 (campo magntico no interage com
partculas que no estejam eletrizadas);
Fm
Fm B e Fm v
v = 0 (campo magntico no interage com
Dessa forma, a direo da fora magntica est partculas em repouso);
determinada (perpendicular ao plano ). O sentido = 0 o u = 1 8 0 ( c a m p o m a g n t i c o
dessa fora pode ser encontrado a partir de uma regra no interage com partculas que se movem
prtica, conhecida por regra do tapa. Na figura anterior, paralelamente a ele).
Editora Bernoulli
59
Frente D Mdulo 13
2. Se a velocidade da carga perpendicular s linhas de Veja que a palma da mo fica voltada para a parte inferior
induo magntica, temos = 90 e o valor do seno da folha de papel. Esse o sentido da fora magntica (F)
ser mximo e igual a 1 (veja os grficos anteriores). que atua sobre a carga positiva naquela posio. De acordo
Assim, a fora magntica ser mxima e de mdulo com a 3 Lei de Newton, a fora sobre o fio aponta para a
Fm = Bqv. parte superior da folha.
I
Partcula lanada
+
B q
v B perpendicularmente linha de
campo magntico (v0 B)
Agora, vamos usar a regra do tapa sobre a carga. Aponte
os quatro dedos no sentido do campo magntico (sentido A figura a seguir representa uma partcula, carregada
dos seus olhos) e o dedo no sentido da velocidade da negativamente, penetrando em uma regio na qual
carga (para a direita). o campo magntico perpendicular sua velocidade.
60 Coleo Estudo
Cargas em movimento em campo magntico
Indicamos o sentido da fora magntica sobre a partcula em Vocsabe, da Qumica, que o cloro tem dois istopos principais
alguns pontos da sua trajetria circular (regra do tapa com 35Cl e 37Cl e que uma amostra de cloro tem massa
as costas da mo). Para = 90, o movimento da partcula atmica mdia, aproximada, de 35,5 u. Mas como os
ser circular e uniforme, uma vez que a fora magntica qumicos descobriram isso? Usando um aparelho chamado
que atua sobre ela exerce o papel de fora centrpeta e no espectrmetro de massa, cujo funcionamento muito simples.
altera o mdulo da velocidade.
Considere uma amostra de cloro com partculas ionizadas
x x x x x positivamente, com a mesma carga (q). Ao serem lanadas,
B perpendicularmente, com a mesma velocidade (v0), em uma
x x v0 x x x regio na qual atua um campo magntico uniforme (B), elas
descrevem trajetrias circulares conforme mostrado a seguir.
x x x x x
v0 Fm B
x x x x x
R
x x x x x
R37
Fm Fm v0
v0
R35
FSICA
Revelando a chapa e medindo a densidade de colises em
A partcula s pode descrever uma trajetria circular
cada ponto, possvel detectar a quantidade de cada um dos
completa se ela for lanada do interior da regio em que h o
istopos. Assim, fazendo uma mdia ponderada das massas
campo magntico. A figura a seguir mostra um eltron e um
dos istopos, conclui-se que a massa atmica aproximada
prton lanados do interior de uma regio onde h um campo
do cloro 35,5 u.
magntico uniforme, com velocidades de mesmo mdulo.
Veja o mapa comparativo entre os movimentos de uma
carga positiva em campos eltrico e magntico uniformes.
B
Movimento de uma
carga positiva em um
campo uniforme
Fm Fm
Eltrico Magntico
v0 v0
+
M.R.U.A. no v0 = 0
Observe que, embora as foras magnticas que atuam sobre Repouso
sentido do campo
eles tenham o mesmo mdulo, as trajetrias tm raios diferentes
por causa da diferena entre as massas (R m). O perodo
do movimento (T) de cada um deles pode ser calculado por: v0 0
M.R.U.A. M.R.U.
e
no sentido de v0 = 0 no sentido de v0
2R 2 m
RBq = mv0 RBq = m T= .
T B q
v0 0
Observe que o perodo no depende do raio da trajetria M.R.U.R. e M.R.U.
e nem da velocidade da partcula. Ele vai depender, apenas, no sentido de v0 = 180 no sentido de v0
da razo massa/carga dessa partcula.
Movimento v0 0
As trajetrias circulares descritas por partculas lanadas
parablico e M.C.U.
em uma regio na qual h um campo magntico uniforme
acelerado = 90
apresentam uma aplicao prtica muito interessante.
Editora Bernoulli
61
Frente D Mdulo 13
EXERCCIO RESOLVIDO vy
v
62 Coleo Estudo
Cargas em movimento em campo magntico
FSICA
centenas delas) dentro dos ds, a partcula sai, com enorme
energia, pela fresta (F) e atinge alvos especficos e devidamente
B
escolhidos (ncleos a serem bombardeados pelas partculas).
Editora Bernoulli
63
Frente D Mdulo 13
EXERCCIOS DE FIXAO K
v
+
04. (Unimontes-MG) Uma partcula com carga positiva q
I
e massa m entra em uma regio do espao em que
h um campo magntico uniforme de mdulo B,
v perpendicularmente s linhas do campo (veja a figura).
v
A) C)
+ +
ilustrado na figura II. As bobinas K e L produzem um B) o aprisionamento de partculas carregadas pelo campo
campo magntico na direo vertical e as bobinas M e N, magntico da Terra.
64 Coleo Estudo
Cargas em movimento em campo magntico
FSICA
um furo em uma mesa, sobre a qual, prximo ao fio,
so colocadas uma esfera carregada, pendurada em
uma linha de material isolante, e uma bssola, como
mostrado nesta figura:
A)
Editora Bernoulli
65
Frente D Mdulo 13
05. (PUC RS) A respeito da fora magntica que pode atuar 08. (UNIFAL-MG) Dois ons de cargas opostas e massas
sobre um prton que se encontra nas proximidades de um diferentes movem-se em um plano, descrevendo
longo condutor retilneo percorrido por corrente eltrica, trajetrias retilneas e paralelas, com velocidades de
CORRETO afirmar que mesmo mdulo e sentido. Ao atravessarem uma regio
A) a fora magntica mxima quando o prton se em que h um campo magntico uniforme e orientado
desloca obliquamente em relao ao condutor. perpendicularmente ao plano, CORRETO afirmar que
B) a intensidade da fora magntica decresce com o descrevero trajetrias
quadrado da distncia do prton ao condutor.
A) circulares de raios diferentes, ambos movendo-se no
C) a fora magntica de atrao quando o prton se
mesmo sentido.
desloca paralelamente ao fio e contrrio ao sentido
(convencional) da corrente. B) circulares de raios iguais, um movendo-se em sentido
horrio e outro, em sentido anti-horrio.
D) a fora magntica de atrao quando o prton
se desloca paralelamente ao fio e no sentido C) retilneas e paralelas ao campo, movendo-se em
(convencional) da corrente. sentidos opostos.
E) a intensidade da fora magntica diretamente D) circulares e de raios diferentes, um movendo-se em
proporcional ao quadrado da intensidade da corrente sentido horrio e outro, em sentido anti-horrio.
no condutor.
E) circulares de raios iguais, ambos movendo-se no
mesmo sentido.
06. (UFV-MG) A figura a seguir mostra um eltron e um fio
retilneo muito longo, ambos dispostos no plano desta
pgina. No instante considerado, a velocidade v do eltron 09. (PUC Minas) Uma partcula eletricamente carregada
paralela ao fio que transporta uma corrente eltrica I. penetra, com uma dada velocidade, em uma regio de
Considerando somente a interao do eltron com a campo magntico uniforme. Leia as afirmaes a seguir:
corrente, CORRETO afirmar que o eltron I. A trajetria da partcula ser circular se sua velocidade
for perpendicular direo do campo magntico.
66 Coleo Estudo
Cargas em movimento em campo magntico
ms
P
A)
1. C)
3.
B) D) P
B)
2. D)
4.
v0 N II
Feixe de ons e eltrons m I
FSICA
B III
S
m IV Eletrodos
A) Fe B) C) Fm D) Fe Fm coletores
Fe
Fm A) VII > VIV . C)
VI > VIII .
B) VII < VIV. D)
VI < VIII .
Fm Fe
E
B
v
Cada uma das figuras a seguir mostra a representao de
uma TV e de um m em forma de barra com seus polos
A) circular, se E < vB. D) parablica, se E > vB. norte (N) e sul (S) prximos da TV. Para deslocar o feixe
B) circular, se E = vB. E) parablica, se E = vB. de eltrons para baixo, a posio do m, em relao
C) retilnea, se E = vB. TV, deve estar representada como na figura
A) C)
13. (FCMMG) Um feixe de eltrons lanado horizontalmente S N
e passa no interior de um par de placas, carregadas N S
Editora Bernoulli
67
Frente D Mdulo 13
Essas recomendaes esto associadas, respectivamente, C) o ngulo entre a velocidade das partculas e o campo
aos aspectos de magntico terrestre aumenta e tende a 90 e, assim,
numa incidncia perpendicular, fica mais fcil de as
A) riscos pessoais por alta tenso / perturbao ou
partculas penetrarem na magnetosfera.
deformao de imagem por campos externos.
B) proteo dos circuitos contra manipulao indevida / D) a fora magntica sobre tais partculas diminui,
perturbao ou deformao de imagem por campos ficando menor o desvio magntico sofrido por
externos. elase, dessa forma, um nmero maior de partculas
consegue chegar superfcie da Terra.
C) riscos pessoais por alta tenso / sobrecarga dos
circuitos internos por aes externas. E) a velocidade das partculas diminui e, dessa forma,
mais partculas atingem a superfcie, principalmente
D) proteo dos circuitos contra a manipulao indevida /
na regio do Equador, um vez que o campo no mais
sobrecarga da rede por fuga de corrente.
consegue desvi-las para os polos Norte e Sul.
E) proteo dos circuitos contra manipulao indevida /
sobrecarga dos circuitos internos por ao externa.
02.
GABARITO
Durante as exploses solares, diversas partculas so
ejetadas pelo Sol e se deslocam pelo espao em todas
as direes. Em escala planetria, o campo magntico
terrestre forma um escudo que protege a Terra dos Fixao
ventos solares e de suas partculas mortais. Nos ltimos
01. D 02. B 03. B 04. D 05. B
150anos, a intensidade do campo caiu de 10%a15%,
queda que vem se acelerando recentemente. Achamada
magnetosfera se estende por cerca de 60mil quilmetros Propostos
acima da superfcie terrestre na direo voltada 01. D 05. D 09. D 13. D
paraoSol. A parte oposta ainda mais longa, formando
02. A 06. C 10. B 14. C
uma cauda semelhante a de um cometa.
03. C 07. E 11. A 15. B
04. B 08. D 12. C
Maxx / Creative Commons
Seo Enem
01. A 02. D
68 Coleo Estudo
FSICA MDULO FRENTE
aparelhos que apresentam rotao, tais como ventilador, L, ter mdulo igual a:
F = B.I.L
Editora Bernoulli
69
Frente D Mdulo 14
F F
+ I
70 Coleo Estudo
Fora magntica sobre fios
Condutores paralelos
Considere dois fios de comprimento L, longos e finos,
Resoluo:
paralelos um ao outro, separados pela distncia d e
O sentido da fora magntica, no fio, dado pela regra percorridos por correntes eltricas I1 e I2. Cada uma das
do tapa com a palma da mo. A figura a seguir mostra correntes gera, em torno do fio percorrido por ela, um campo
a viso frontal do sistema (olhando de Q para P). magntico, que vamos chamar de B1 e B2, respectivamente.
FSICA
A corrente sai pelo ponto Q, e o campo do m aponta Observe que cada fio se encontra imerso no campo
para a esquerda. O sentido da fora magntica atuante magntico criado pela corrente do outro fio.
no fio PQ para baixo, conforme mostrado.
O que acontece entre eles quando as correntes tm o
B mesmo sentido? A figura seguinte mostra o campo magntico
gerado por cada corrente na regio onde se encontra o
I outro fio. Os sentidos dos campos magnticos B1 e B2 foram
determinados usando a regra da mo direita. Utilize essa
F
regra, voc tambm, para comprovar o resultado.
B I
S N I2
Q
F
B2 B2
I1 I2
I1 L
d
Ateno:
Veja que, na resoluo, optamos por trabalhar com a
visualizao da figura em duas dimenses. Na maioria Conhecidos os campos B1 e B2 e os sentidos das correntes
das vezes, essa tcnica facilita a resoluo do exerccio, I1 e I2, vamos determinar a fora magntica entre os fios
pois muitas pessoas tm dificuldade de visualizar figuras (regra do tapa). Note que as foras entre fios percorridos por
em trs dimenses. Seria interessante voc se acostumar correntes de mesmo sentido so de atrao. Utilize a regra
com esse tipo de visualizao. do tapa e confira esse fato na figura seguinte:
Editora Bernoulli
71
Frente D Mdulo 14
F12
mesmo sentido se atraem. I1
B1
sentidos opostos se repelem.
I2 B1
I1 0 I1.I2
F12 = 0. I2.L = . L
2d 2 d
72 Coleo Estudo
Fora magntica sobre fios
FSICA
I I mostra um modelo simplificado de um motor alimentado
por uma fonte de corrente contnua, com destaque para as
F F escovas e para o comutador. Veja que a corrente eltrica
sempre entra pela escova J e sai pela escova K. A espira
PQNM tem suas extremidades soldadas s partes condutoras
Assim, haver uma repulso entre todas as partes do
do comutador (AB), que gira junto com o motor.
anel, o que provoca um aumento no seu raio. Portanto,
o solenoide ficar mais curto e mais largo.
S
N
I J K
O TORQUE MAGNTICO E SUAS M
A B
Q
APLICAES J
A
I
N
I I
B K P
A figura a seguir mostra uma espira retangular ligada a uma
+
fonte de tenso. A espira colocada em repouso no interior de I V
um campo magntico que aponta para a direita. Fechando-se
a chave Ch, o circuito percorrido por uma corrente eltrica,
de forma que ela atravessa o fio CD de D para C e o fio AB Quando a fonte ligada, a corrente entra no motor pelo
de B para A. Aplicando a regra do tapa, verificamos que o fio fio MN (atravs da parte A do comutador) e sai pelo fio QP.
AB sofre uma fora FAB voltada para cima, enquanto o fio CD Use a regra do tapa (o campo magntico aponta do norte
sofre uma fora FCD voltada para baixo. Os outros fios, BC e para o sul) e veja que o fio MN sofre ao de uma fora
AD, acham-se paralelos s linhas do campo e, por isso, no magntica para cima, e que o fio QP sofre ao de uma
sofrem aes de foras magnticas. fora para baixo. Aps meia volta da espira, os fios tero
trocado de lugar. Assim, a corrente entra no motor pelo
FAB S fio PQ (atravs do lado B do comutador) e sai pelo fio
Eixo I
C NM, o que mantm o torque no mesmo sentido anterior.
B D Dessa forma, a rotao do motor mantida sempre no
sentido horrio.
A
N I FCD Eixo Quando se quer inverter o sentido de rotao do motor,
Ch basta trocar a polaridade da bateria. Dessa forma, o carrinho
+ eltrico do nosso felizardo garotinho pode andar para frente
ou para trs.
Editora Bernoulli
73
Frente D Mdulo 14
B I F F I
LEITURA COMPLEMENTAR
A corrente eltrica nos slidos
F
Fizemos, em estudos anteriores, a conveno de que a corrente
eltrica, num condutor qualquer, era formada pelo movimento
F de cargas positivas corrente convencional. Hoje, sabemos que,
nos condutores slidos, ela formada pelo deslocamento de
Nessa figura, foram indicadas apenas algumas foras eltrons. Quem descobriu isso, em 1879, foi o cientista E. H. Hall,
para no polu-la. Nos motores comerciais, o campo no mesmo ano da experincia com raios catdicos (eltrons)
magntico radial ao eixo do motor (o m tem forma curva feita por J. J. Thomson.
acompanhando o rotor). Assim, cada espira fica submetida
a foras perpendiculares aos fios, o que aumenta o torque. Vimos que o sentido da fora magntica que atua em um
condutor, percorrido por corrente eltrica, independe de quem
sejam os portadores de carga, ou seja, a fora magntica
Galvanmetro de quadro mvel externa que atua sobre o condutor a mesma, seja a corrente
formada por cargas eltricas positivas ou negativas.
Vrios galvanmetros analgicos (de ponteiros) tm o
funcionamento baseado no torque magntico. Nesse caso, Vamos agora descobrir, juntos, quem, na verdade,
o binrio de foras nas espiras usado para girar o ponteiro semovimenta dentro de um condutor slido (prtons ou
desses aparelhos que ficam presos ao rotor. As figuras a eltrons). Considere, a seguir, uma placa metlica ABCD ligada
seguir mostram um galvanmetro em corte, em que so vistos a uma bateria. Observe que o lado AB est num potencial
trs espiras (que formam a bobina), o ponteiro, o m e uma eltrico maior (polo positivo da pilha) e o lado CD, num menor
mola espiral. Na figura (a), no h corrente passando pelo potencial (polo negativo da pilha). Assim, um campo eltrico
aparelho, o ponteiro est no meio da escala trata-se de um surge, dentro da placa, no sentido AB CD. As cargas eltricas
galvanmetro de zero central , e a mola no est deformada. da placa se movimentam devido a esse campo, ou seja,
uma corrente eltrica flui atravs dela, conforme indicado a
seguir. Na primeira figura, temos uma corrente convencional
F (movimento de cargas positivas) e, na segunda, uma
corrente real ou eletrnica (movimento de eltrons). As setas
brancas indicam o sentido do movimento das cargas (positivas,
I na primeira figura, e negativas, na segunda).
S N S N
I
C D C D
F
+ +
(a) (b)
+ +
Na figura (b), uma corrente entra no aparelho pelos fios
E V E V
da esquerda. O torque aplicado pela fora magntica gira o + +
+ +
ponteiro no sentido horrio. Agora, a mola est deformada I I
e exerce um torque em sentido oposto. No momento em + +
que os torques se equilibram, o ponteiro se estabiliza e a
leitura pode ser feita na escala do instrumento, conforme B + + A B + + A
a figura a seguir:
74 Coleo Estudo
Fora magntica sobre fios
Primeiro, observe que a fora magntica resultante que atua Sejam FK e FL, respectivamente, os mdulos das foras
na placa aponta para a esquerda (independentemente de quais magnticas nos fios K e L. Considerando-se essas
FSICA
cargas estejam em movimento). informaes, CORRETO afirmar que,
A) na figura I, FK = FL = 0 e, na figura II, FK FL.
Depois, veja que, na primeira figura, o lado BC apresenta
excesso de cargas positivas e, na segunda, o lado AD que B) na figura I, FK = FL 0 e, na figura II, FK FL.
apresenta excesso de cargas positivas. Isso acontece porque as C) na figura I, FK = FL = 0 e, na figura II, FK = FL 0.
cargas em movimento sofrem a ao de foras magnticas que D) na figura I, FK = FL 0 e, na figura II, FK = FL 0.
as desviam lateralmente. Dessa forma, existe uma diferena de
potencial entre as laterais da placa. Hall mediu a diferena de
potencial entre as laterais e concluiu que os portadores de carga 03. Um fio longo, percorrido por uma corrente convencional (I),
da corrente eltrica nos slidos so, na verdade, eltrons. Dessa
est colocado num plano perpendicular folha, saindo
forma, a segunda figura apresenta o que ocorre na realidade.
dela. Dois campos, um eltrico (sentido oeste-leste) e
Perceba, por ltimo, que s importante voc usar a corrente outro magntico (sentido sul-norte), atuam na regio
eletrnica se for necessrio descobrir qual lateral ficar positiva onde se encontra o fio. Os campos so uniformes,
e qual estar negativa ou se o exerccio pedir a fora magntica perpendiculares, e suas direes esto no plano da folha.
sobre os eltrons. Para os outros casos, continue a usar a
O fio pode se deslocar para qualquer direo. A respeito
corrente convencional.
das foras que os campos exercem sobre o fio, dois
estudantes assim se expressaram:
EXERCCIOS DE FIXAO B
N E
01. (PUC) A figura a seguir representa um fio condutor flexvel
I
estendido entre as extremidades A e B, na vertical,
O L
e uma regio circular em que existe um campo magntico
uniforme e constante, perpendicular ao plano da folha.
S
Na situao I, no flui corrente pelo fio. Assinale a
afirmativa CORRETA.
Lal: A resultante entre elas, na situao mostrada,
B B B aponta na direo nordeste, pois a corrente a
convencional.
Lulu: O fio tende a se deslocar para a esquerda, pois o
campo magntico maior do que o campo eltrico.
Fez (fizeram) afirmaes CORRETAS e pertinentes
A) Lal, apenas. C) os dois.
A A A
I II III B) Lulu, apenas. D) nenhum dos dois.
Editora Bernoulli
75
Frente D Mdulo 14
Y x x F x x x
+ x x x x x
N
Bateria
e
A) girar ao redor do eixo X, no sentido Y Z.
x x x x x
B) girar ao redor do eixo X, no sentido Z Y.
x x x x x
C) se deslocar, sem girar, na direo do eixo Z.
D) escapar da regio de campo ao longo do eixo X. A) mais forte nos prtons por terem maior massa que
os eltrons.
E) escapar da regio de campo ao longo do eixo Y.
B) acontece somente em cargas que se movem.
05. (UFMG) Uma bateria, ligada a uma placa metlica, cria C) nos prtons neutralizada pelas foras eltricas.
nesta um campo eltrico E, como mostrado na figura I. D) nos eltrons paralela direo e ao sentido de B.
Esse campo causa movimento de eltrons na placa.
Se essa placa for colocada em uma regio em que existe 02. (MEDSantos-SP) O condutor AB contido no plano da
um determinado campo magntico B, observa-se que figura, de comprimento L = 10 cm, percorrido por
eltrons se concentram em um dos lados dela, como uma corrente de 5 A, numa regio de induo magntica
mostrado na figura II. uniforme de intensidade 0,01 T. Podemos concluir que
E E B
A
I II i
B
Bateria Bateria
Com base nessas informaes, assinale a alternativa em A) no h fora magntica sobre o condutor.
que MELHOR esto representados a direo e o sentido B) a fora magntica no pode ser calculada, pois no
do campo magntico existente nessa regio. se conhece o ngulo entre o condutor e a induo
magntica.
A) B C) a fora magntica tem intensidade 5 x 103 N.
D) a fora magntica tem intensidade 5 x 104 N.
E) a fora magntica tem intensidade 5 N.
(PUC Minas)
B) B
Instruo: Leia o texto a seguir para responder squestes
03e04.
Um condutor retilneo est preso a duas molas verticais
idnticas, cujas extremidades esto ligadas aos polos
d e u m a b a t e r i a , c o n f o r m e i n d i c a d o. N a s i t u a o I ,
C) B
cada mola apresenta uma deformao de 2,0 cm em
relao ao seu comprimento natural. Na situao II,
o condutor foi colocado dentro de uma regio na qual existe
um campo magntico horizontal, constante e uniforme BA, e,
nessa situao, a deformao de cada mola passou
D) B a ser de 4,0 cm. Na situao III, o campo magntico
horizontal, uniforme e constante atuante no condutor BB,
e a deformao foi medida em 6,0 cm. A fonte a mesma nas
trs situaes.
76 Coleo Estudo
Fora magntica sobre fios
I II III
M N
BA M N
BB
Guilherme e Douglas emitem as seguintes opinies a
respeito da demonstrao:
03. A fora que cada mola exerce sobre o condutor, na
Guilherme: A corrente eltrica percorre a barra de
situao III,
Mpara N.
A) igual ao peso do condutor.
Douglas: A fora magntica que atua na barra igual
B) o dobro do peso do condutor.
ao seu peso.
C) trs vezes o peso do condutor.
A respeito das afirmaes dos colegas, pode-se concluir
D) 1,5 vez o peso do condutor.
que
A) apenas Guilherme est correto.
04. O valor do campo BB dividido pelo valor do campo BA
B) apenas Douglas est correto.
igual a
C) os dois colegas esto corretos.
A)
um. C)
trs meios.
B)
dois. D)
dois teros. D) nenhum deles est correto.
FSICA
corrente eltrica flui no sentido mostrado, pode-se
na qual existe um campo magntico externo, uniforme afirmar, em relao resultante das foras e ao torque
e de mdulo igual a B, perpendicular ao plano da folha total em relao ao centro da espira, que
de papel. O mdulo da resultante das foras que atuam
no condutor MN, devido ao campo magntico externo, i
B
igual a
L
B
A) a resultante das foras no zero, mas o torque total
zero.
B) a resultante das foras e o torque total so nulos.
I
C) o torque total no zero, mas a resultante das foras
zero.
M N D) a resultante das foras e o torque total no so nulos.
E) o enunciado no permite estabelecer correlaes entre
A) zero.
as grandezas consideradas.
B) 2B.I.L.
C) 4B.I.L. 08. (PUC Minas) H uma fora de atrao entre dois fios
D) 6B.I.L. longos retilneos e paralelos, quando, em cada um deles,
circula uma corrente eltrica com o mesmo sentido,
porque h uma interao entre
06. Marcela e Brbara montaram, para seus colegas,
a demonstrao a seguir. Uma barra cilndrica condutora A) o campo eltrico dentro de um condutor e o campo
horizontal MN est pendurada em um suporte por meio eltrico dentro do outro condutor.
de dois fios condutores, de massas desprezveis, ligados B) o campo magntico criado pela corrente que passa
s suas extremidades. Os dois fios so ligados aos polos em um condutor e a corrente que circula no outro.
de uma bateria. Nessas circunstncias, a barra fica em C) a diferena de potencial aplicada a um condutor e o
equilbrio quando os fios de sustentao esto na vertical. campo eltrico dentro do outro condutor.
Aplicando-se um campo magntico vertical, de baixo para D) o campo eltrico dentro de um condutor e a corrente
cima, os fios de sustentao ficam inclinados 45 em do outro condutor.
relao vertical, aproximando-se dos olhos do leitor. E) os condutores, devido ao efeito joule.
Editora Bernoulli
77
Frente D Mdulo 14
09. (UFRGS) Selecione a alternativa que preenche 12. (UFRN / Adaptado) Alguns instrumentos analgicos de
CORRETAMENTE as lacunas do texto a seguir, na ordem medidas eltricas, como o ilustrado na figura seguinte,
em que elas aparecem. A figura seguinte representa dois so constitudos basicamente pelos seguintes elementos:
fios metlicos paralelos, A e B, prximos um do outro, I) Um m fixo.
que so percorridos por correntes eltricas de mesmo
II) Uma bobina de fio condutor enrolado num ncleo de
sentido e de intensidades iguais a i e 2i, respectivamente.
ferro. Essa bobina fica imersa no campo magntico
A fora que o fio A exerce sobre o fio B ____________,
produzido pelo m fixo.
e sua intensidade ____________ intensidade da fora
exercida pelo fio B sobre o fio A. III) Um ponteiro fixado na bobina de tal forma a
acompanhar qualquer movimento de rotao da
i bobina, permitindo, assim, o registro dos valores
A
medidos pelo equipamento numa escala devidamente
B
2i calibrada.
IV) Uma mola espiral capaz de produzir um torque
A) repulsiva duas vezes maior do que a
restaurador na bobina, garantindo, portanto,
B) repulsiva igual
o processo de leitura da medida eltrica considerada.
C) atrativa duas vezes menor do que a
D) atrativa duas vezes maior do que a
E) atrativa igual Escala
m fixo
10. Trs condutores longos e retilneos, M, N e P, so percorridos
por correntes eltricas e colocados paralelamente um ao Bobina
outro. Assinale a alternativa que indica os sentidos das
correntes eltricas nos fios de modo que a fora magntica Mola
Ncleo
resultante sobre cada fio seja nula.
de ferro
N S
A) Eixo
M N P Campo magntico radial
i
A) nula. S
B) atrativa e proporcional a I.
C) atrativa e proporcional a I2.
A) Vx = Vy. C) Vx < Vy. E)
Vx = Vy / 2.
D) repulsiva e proporcional a I.
E) repulsiva e proporcional a I . 2 B) Vx > Vy. D) Vx = 2Vy.
78 Coleo Estudo
Fora magntica sobre fios
14. Considere dois fios condutores, rgidos, perpendiculares, 16. (FEI-SP) Uma espira retangular ABCD, de dimenses
e ligados pelos seus centros (C) a uma haste isolante. AB = 2 cm e BC = 1 cm, localiza-se entre os polos N eS
No existe contato eltrico entre eles. O fio AB fixado de um m permanente conforme a figura. O campo de
sobre uma mesa e o outro pode girar livremente. Eles so induo pode ser considerado uniforme nessa regio,
conectados a uma bateria por cabos condutores flexveis com intensidade B = 0,8 T. A bobina pode girar em torno
e extensveis. do eixo de simetria e e percorrida pela corrente I=5A.
e
I II
D A
S
A B B I
A N S
C B
B A B
SEO ENEM
IV
FSICA
paralelos um ao outro nas montagens
composto de trs partes: uma fonte de energia, um par
A) I e II, apenas. D) II e III, apenas. de trilhos (rails, em ingls) condutores e paralelos e uma
B) I e III, apenas. E) I, II, III e IV. armao mvel. Esta deve ser condutora e deve ficar em
C) II e IV, apenas. contato eltrico com as partes internas de cada trilho.
Nessa armao, fica preso o projtil a ser disparado.
15. (UFMG / Adaptado) Duas barras de cobre foram colocadas Quando a fonte de energia ativada, a armao
em um recipiente isolante que contm mercrio e ligadas impulsionada, com velocidade crescente, para fora do
a um circuito contendo uma bateria (V), fios de ligao canho (sentido oposto ao da fonte de alimentao).
rgidos de resistncia desprezvel e uma chave (S),
Railguns - partes principais
conforme figuras 1 e 2. Ligando-se a chave S, as barras Fonte de
de cobre tendem a ficar conforme est mostrado na alimentao
Gerador
pulsada
alternativa: de fora
S
V
V
Projtil
S Armao
1 2
Hg Hg
Trilhos
condutores
A) C)
1 2 1 2
Disponvel em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/canhao-eletrico1.
htm>. Acesso em: 16 de mar. 2011 (Adaptao).
Editora Bernoulli
79
Frente D Mdulo 14
Seo Enem
Disponvel em: <http://www.fisica.net/feirasdeciencias/motor_ 01. D 02. C
eletrico_simples.php>. Acesso em: 17 mar. 2011 (Adaptao).
80 Coleo Estudo
FSICA MDULO FRENTE
Induo eletromagntica e
transformadores
15 D
Em 1820, Oersted descobriu que uma corrente eltrica Analisando a figura, percebemos que o nmero de linhas
gera um campo magntico. Em 1831, o cientista Michael de induo magntica que atravessam a bobina se altera
Faraday observou que o fenmeno contrrio tambm quando o m se movimenta em relao a ela. Quando o m
possvel. Ele percebeu que, em determinadas condies, aproximado da bobina, o nmero de linhas que a penetram
um campo magntico capaz de produzir corrente eltrica. aumenta. Quando ele afastado, o nmero de linhas que
Essa descoberta conhecida como a Lei da Induo a furam diminui. Com o m parado diante da bobina,
Eletromagntica, um dos legados da Fsica que mais auxiliou o nmero de linhas que a atravessam no alterado.
o homem na busca de novas tecnologias. Assim,Faraday chegou seguinte concluso:
A figura seguinte ilustra uma das experincias realizadas Para que possamos entender o conceito de fluxo magntico
por Faraday durante suas pesquisas. Nesse caso, ele com mais facilidade, vamos, antes, entender o significado de
construiu um circuito que tinha uma bobina com algumas um fluxo de gotas de gua. Imagine que voc precisa coletar
voltas de fio. O ampermetro de zero central servia para gua da chuva em um recipiente. Vamos juntos responder
detectar a presena de corrente eltrica no circuito. Quando seguinte pergunta: Quais so as grandezas que determinam
ele aproximava o m, rapidamente, da bobina, verificava o nmero de gotas de chuva que atravessam a boca
desvio no ponteiro do aparelho, indicando passagem do recipiente a cada instante? Fcil, concorda? Primeiro,
de corrente eltrica pelo circuito. Quando o m era, a intensidade da chuva. Chuva mais forte tem maior nmero
rapidamente, afastado, o ponteiro se desviava para o outro de gotas por metro quadrado. Segundo, a rea da boca
lado, indicando uma corrente eltrica em sentido oposto ao da vasilha. Um recipiente de bocal mais largo coleta maior
anterior. Mantendo o m parado diante da bobina, nenhuma quantidade de gotas a cada instante. E, por ltimo, o ngulo
corrente era observada. da boca do recipiente em relao chuva. Se o bocal
colocado perpendicularmente ao movimento da chuva,
I o nmero de gotas recolhidas grande. Ao contrrio, se
0
10 +10
m se aproxima girarmos o recipiente, de modo que a boca fique paralela
das espiras
chuva, nenhuma gota recolhida pela vasilha.
Editora Bernoulli
81
Frente D Mdulo 15
Por isso, na figura a seguir, a primeira espira, que se encontra O ngulo o ngulo formado entre o vetor campo
em um campo magntico mais intenso (|B1| > |B2|), est magntico e um vetor imaginrio normal superfcie da
sujeita a um fluxo magntico maior. O nmero de linhas espira (figura a seguir). Para = 0, a espira apresenta
que atravessam a espira da esquerda (20) maior do que a sua face perpendicular s linhas do campo. Nesse caso,
o nmero de linhas que atravessam a espira da direita (6). o fluxo magntico mximo e igual a B.A, pois cos 0 = 1.
Para = 90, a face da espira paralela s linhas de induo
B1 B2 e o fluxo magntico nulo, pois cos 90 = 0.
Vetor normal
Campo
magntico
82 Coleo Estudo
Induco eletromagntica e transformadores
Variao do ngulo ()
B Considere uma espira colocada de frente para um m
e trs eixos de rotao possveis (x, y e z), conforme
mostrado a seguir. Os eixos x e y esto no plano da
S N folha, e o eixo z perpendicular a ela e para fora desta.
Observe que o campo magntico atravessa a espira
perpendicularmente ao plano formado por ela, e, por isso,
o fluxo magntico mximo. Se girarmos a espira em
torno do eixo x, ela continuar perpendicular ao campo,
e o fluxo continuar mximo, sem sofrer alterao.
Se o m e a espira se aproximam, seja pelo movimento Mas, se a rotao for em torno dos eixos y ou z, aps um
dele, dela ou de ambos, o campo magntico que fura a quarto de volta, a espira estar paralela ao campo, e o
espira mais intenso e, assim, o fluxo magntico aumenta. fluxo magntico atravs dela ser nulo. Veja, portanto, que
Se, ao contrrio, eles se afastam, o campo magntico a rotao em torno de y ou z faz variar o fluxo magntico
menos intenso, e o fluxo magntico diminui. Observe que na espira.
o nmero de linhas de induo que atravessam a espira y
diminui medida que esta afastada do m. O mesmo efeito
seria obtido, mantendo a espira sempre dentro do campo
do m, se o m fosse deslocado paralelamente espira,
para cima, para baixo, para a direita ou para a esquerda.
B x
A variao de fluxo tambm poderia ser obtida deslocando
S N
a espira da mesma forma.
FSICA
Primeiro, variando literalmente o tamanho da espira,
conforme mostrado na figura a seguir. Veja que, puxando
a extremidade livre do fio, a rea da espira fica menor, e o
A LEI DA INDUO DE FARADAY
fluxo atravs dela diminui.
Conhecendo o conceito de fluxo magntico e suas
possveis variaes, podemos expressar a Lei da Induo
Eletromagntica de Faraday da seguinte forma:
B B
Editora Bernoulli
83
Frente D Mdulo 15
84 Coleo Estudo
Induco eletromagntica e transformadores
FSICA
Nas situaes 1 e 2, o polo norte do m est voltado para
a espira. Nas figuras 3 e 4, o polo sul est mais prximo
da espira. Vamos determinar os sentidos da corrente S
induzida na espira, vista por cima do m, nas quatro BI BE
situaes apresentadas. P
INDUZIDA EM UM FIO
BE BE BE BE
BI BI BI
BI
Editora Bernoulli
85
Frente D Mdulo 15
EXERCCIO RESOLVIDO
Fm
M Fm M
03. Seja uma barra metlica (MN) apoiada sobre suportes
condutores. Ela puxada para a direita por um agente
Fe B
externo, por meio de uma fora FE, e se desloca com
velocidade constante, numa regio onde o campo
v Fm v E
B magntico externo (BE) perpendicular ao sistema.
Determinar os sentidos da corrente induzida e da fora
magntica que atuam na barra e as transformaes de
Fm
energia envolvidas nessa situao.
+ Resoluo:
+ +
O sentido da corrente induzida pode ser determinado de
N N duas maneiras. Primeiro, determinando a f.e.m. induzida
Com o deslocamento dos eltrons livres, as extremidades na barra, como foi feito no tpico anterior. Veja a seguir:
do fio ficam com cargas positivas localizadas em N, +
Q + + M
e negativas, em M. Isso faz com que um campo eltrico (E),
praticamente uniforme, aponte de baixo para cima (dentro
I v
do fio), conforme mostrado na figura anterior, direita.
O deslocamento dos eltrons termina quando estes atingirem
FM FE
uma situao de equilbrio, instante em que as foras eltrica
e magntica se anulam. I
BE
O fio com extremidades positiva e negativa equivale a uma
f.e.m. () que aponta de M para N. Veja a seguir. Considere P
N
a distncia MN igual a L. Assim, a f.e.m. que aparece nas
extremidades do fio pode ser calculada por: Aplique a regra do tapa nas cargas livres da barra MN
(quese deslocam para a direita com velocidadev, devido
FR = 0 (Fe = Fm) e = E.L (V = E.d) ao movimento da barra) e confirme que as extremidades
E.q = B.q.v E = B.v /L = B.v M e N ficam submetidas a uma f.e.m. induzida (eI),
conforme indicado positivo em M e negativo em N. Assim,
= B.L.v surge, como consequncia da f.e.m. induzida, uma corrente
M M eltrica induzida (I) naespira MNPQ, no sentido anti-horrio.
Use agora a regra do tapa na corrente que percorre a
barra e voc ver que a fora magntica oposta fora
do agente externo. Assim, o agente deve realizar trabalho
para deslocar a barra, gastando parte da sua energia no
movimento. Talenergia aparece, naespira, na forma de
B
energia eltrica (que vai aquecer a espira), ou seja, houve
v
L transformao de energia mecnica (do agente externo)
em energia eltrica (naespira).
Outra maneira de determinar o sentido da corrente
induzida no circuito observar a variao do fluxo atravs
da espira. Veja que a barra est se deslocando para a
+ direita. Assim, o fluxo magntico aumenta com o tempo
N + +
N (a rea da espira MNPQ, sujeita ao campo, aumenta).
Assim, basta desenhar um campo induzido (BI) oposto
Se uma lmpada for, convenientemente, conectada entre
ao campo externo (BE). Veja a seguir:
os pontos M e N, ela ser percorrida por uma corrente eltrica
como se o fio MN (ou a barra) fosse uma genuna bateria. M
Q
Quando uma corrente eltrica produzida por uma pilha
I v
ou por uma bateria, a energia qumica se transforma em
energia eltrica. No caso da gerao de corrente eltrica
induzida, utilizando as leis de Faraday e de Lenz, ela surge BI FE
como consequncia da transformao de energia mecnica
em energia eltrica. A seguir, vamos apresentar um exemplo BE
que nos permitir compreender melhor tal transformao
de energia. P N
86 Coleo Estudo
Induco eletromagntica e transformadores
Se voc apontar o dedo da mo direita no sentido do Enquanto a bobina gira, o fluxo magntico em seu
campo induzido (aponte para os seus olhos) e girar a mo interior varia. Segundo a Lei de Faraday, uma fora
em torno dele, os quatro dedos da mo indicaro o sentido eletromotriz induzida entre os terminais da bobina,
da corrente induzida, conforme mostrado. Orestante da e uma corrente eltrica flui atravs do circuito. Essa corrente
discusso idntico ao da primeira soluo e ser omitido. alternada, isto , ora ela percorre o circuito em um sentido,
Observao: Despreze quaisquer tipos de atrito na anlise ora em sentido oposto. Por isso, o gerador de CA tambm
a seguir. O que aconteceria com a barra do exemplo anterior conhecido como alternador. Para entender isso, considere
se o agente externo deixasse de fazer fora ou se a barra o instante mostrado na figura e observe que o plano da
tivesse sido lanada sobre os suportes condutores? Veja, bobina se acha em posio horizontal. Nessa condio,
no Exerccio Resolvido, o sentido da fora magntica que o fluxo magntico vale zero, pois no h nenhuma linha
atua na barra em sentido oposto ao movimento dela. de campo magntico passando atravs da rea da bobina.
Dessa forma, a barra tende ao repouso, ou seja, a fora medida que a bobina gira e o seu plano comea a se
magntica que surge como consequncia da corrente inclinar, a rea da bobina perfurada por algumas linhas
induzida sempre oposta ao movimento que gerou essa de campo magntico, e o fluxo magntico, em seu interior,
corrente. Assim, dizemos que essa fora tende a neutralizar comea a aumentar. Nesse caso, de acordo com a Lei de
a ao que gera a corrente induzida outra forma de expor a Lenz, a corrente induzida tem um sentido que determina o
Lei de Lenz. A esse fenmeno, damos o nome de Frenagem surgimento de um campo magntico de sentido oposto ao
Eletromagntica. Ele o responsvel, por exemplo, pela do campo indutor (campo do m). Aplique voc mesmo a
reduo de velocidade dos famosos trens-balas. regra da mo direita e veja que essa corrente tem o sentido
horrio em relao a voc, percorrendo a resistncia R no
sentido indicado na figura anterior.
FSICA
medida que a espira continua a girar, o fluxo diminui.
Princpio de funcionamento Por isso, o sentido da corrente induzida deve determinar
o surgimento de um campo magntico no mesmo sentido
A figura a seguir mostra o esquema de um gerador do campo do m. Em relao a voc, a corrente induzida
de corrente alternada simples. Esse dispositivo uma no circuito externo apresentar o sentido anti-horrio,
bobina que gira em um campo magntico uniforme. sendo, portanto, invertida em relao primeira anlise
Para simplificar a figura, representamos a bobina que fizemos.
com apenas uma espira, embora, na prtica, ela seja
constituda por centenas ou at milhares de voltas. Voc notou que a inverso da corrente eltrica, na bobina
A bobina acoplada em um eixo (no mostrado na figura). do gerador da figura anterior, ocorre exatamente quando a
Esse eixo acionado por uma fonte de energia mecnica, bobina passa por uma posio na qual o fluxo magntico
que pode ser uma turbina hidrulica, uma manivela mximo? Isso significa que a corrente possui valor nulo
manual ou outro dispositivo qualquer capaz de impor quando o fluxo mximo. No h nenhuma inconsistncia
rotao ao sistema. O circuito eltrico externo constitudo nesse fato, pois a corrente eltrica induzida depende da taxa
por uma carga, aqui representada pela resistncia R. de variao do fluxo magntico e no do fluxo propriamente
Os terminais da bobina so conectados ao circuito externo, dito. Assim, quando o plano da bobina passa pelas posies
por meio de anis metlicos que giram junto com a bobina. verticais, apesar de o fluxo magntico ser mximo, a taxa
Esses anis fazem um contato mvel e abrasivo com escovas de variao desse fluxo , nesse momento, nula.
de grafita fixadas no circuito externo.
Campo magntico
TRANSFORMADOR
Escovas de grafita Princpio de funcionamento
N
Corrente CA Um transformador eltrico um dispositivo usado para
S modificar o valor de uma tenso alternada, aumentando-a ou
diminuindo-a conforme a necessidade. Essa transformao
possvel, porque a variao do campo magntico gerado
Bobina por uma corrente alternada capaz de induzir uma f.e.m.
R
em um circuito vizinho. O princpio de funcionamento
Anis coletores
de um transformador, portanto, baseado na Lei da
InduoEletromagntica.
Editora Bernoulli
87
Frente D Mdulo 15
A figura a seguir mostra um transformador padro. Da mesma forma, a variao do fluxo induz uma diferena
Oequipamento constitudo por duas bobinas independentes, de potencial entre os terminais do enrolamento do circuito
enroladas em torno de um ncleo de ferro (na forma da primrio. Vamos chamar essa d.d.p. de U1 (e no de V1, pois
letra O). Uma das bobinas alimentada por uma fonte de reservamos essa denominao para a tenso de entrada
tenso alternada e denominada bobina ou enrolamento que alimenta o primrio). De acordo com a Lei de Faraday,
do circuito primrio. A outra a bobina ou enrolamento do o valor da d.d.p. induzida U1 igual a:
circuito secundrio. As bobinas do primrio e do secundrio
possuem N1 e N2 espiras, respectivamente. Para facilitar o U1 = N1./t
entendimento da figura seguinte, representamos as bobinas No circuito primrio, se a resistncia do enrolamento for
com poucas espiras, embora, na prtica, os transformadores desprezvel (essa hiptese razovel), a d.d.p.U1 deve ser
sejam fabricados com centenas e at milhares delas. igual tenso de alimentao V1. Matematicamente,temos:
V1 = U1 = N1./t
88 Coleo Estudo
Induco eletromagntica e transformadores
lmpada em srie com a bobina do primrio. Com a chave S2 No caso de um transformador de alta ideal, a corrente
aberta, essa lmpada brilha pouco, mas, com a chave fechada, de sada menor do que a de entrada, a fim de que a
a lmpada brilha muito mais. A concluso mais importante potncia do primrio seja igual potncia do secundrio.
que tiramos dessa discusso, e que voc deve reter, que a No caso real, o rendimento do transformador menor que
tenso de sada V2 pode ser calculada pela equao anterior, 100%, e, consequentemente, a corrente de entrada do
existindo ou no uma carga no secundrio. transformador real um pouco maior que a corrente que
entra no transformador ideal.
Potncia e rendimento de um No prximo e ltimo tpico deste mdulo, que dedicado
transformador ao estudo do transporte da energia eltrica das usinas at
os locais de consumo, veremos por que os transformadores
Agora, vamos discutir as transformaes de energia
so peas fundamentais nesse processo.
em um transformador. No ncleo de um transformador,
circulam correntes parasitas, induzidas pela variao do
fluxo magntico. Esse um dos motivos que explicam
por que um transformador fica quente durante o seu TRANSPORTE DA ENERGIA
funcionamento. As correntes parasitas que circulam
pelo transformador ocasionam perdas de energia por ELTRICA
efeito Joule, devido s prprias resistncias das bobinas.
Para minimizar os efeitos das correntes parasitas, os ncleos
dos transformadores so formados por lminas de ferro
montadas lado a lado, separadas por um esmalte isolante.
Transmisso em alta tenso
Veja, novamente, o transformador mostrado na figura Anteriormente, estudamos a produo da corrente
anterior e observe o seu ncleo laminado. alternada por meio dos geradores eltricos. Quase toda
energia eltrica utilizada no mundo obtida em usinas,
Para um transformador sem perdas (equipamento que, na
onde a energia mecnica de rotao do eixo de uma
prtica, no existe), a potncia eltrica aplicada ao primrio
FSICA
turbina convertida em energia eltrica por meio de
igual potncia eltrica de sada. Matematicamente, issose
um gerador de CA. No Brasil, quase 80% da energia
traduz pela seguinte equao:
eltrica utilizada provm de usinas hidroeltricas, como
P1 = P2 V1.I1 = V2.I2 pode ser constatado no diagrama mostrado na figura a
seguir. O grande potencial hdrico do nosso pas um
No caso real, definimos o rendimento, ou a eficincia, bem precioso, uma vez que a energia eltrica gerada a
deum transformador pela seguinte relao: partir dessa fonte mais barata, alm de causar menores
impactos ambientais.
P2 V2.I2 Importao: 7,9%
= =
P1 V1.I1
Gs industrial:
1,0%
Por exemplo, se um transformador ideal ( = 100%) com
N1/N2=10 for alimentado com uma tenso alternada Biomassa:
V 1 =120V, e o secundrio for conectado a uma 3,5%
Hidro: 77,4%
resistncia R = 10 , teremos uma tenso alternada Derivados de
de sada V 2 = 12 V. Alm disso, as correntes na petrleo: 2,8%
resistncia e no primrio sero I2 = 1,2 A e I1 = 0,12 A,
respectivamente (faa os clculos para obter esses valores). Carvo mineral:
1,3%
Agora, vamos considerar que o rendimento desse mesmo
transformador seja = 0,80 (rendimento de 80%). Gs natural:
A tenso V2 continuar sendo 12 V, e a corrente na resistncia 3,6% Nuclear:
2,5%
tambm continuar sendo 1,2 A (por qu?), mas a corrente
no circuito primrio mudar de valor. Fonte: Ministrio de Minas e Energia.
Editora Bernoulli
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Frente D Mdulo 15
Pilha
90 Coleo Estudo
Induco eletromagntica e transformadores
04. (UFMG) Um anel metlico (A) e um disco metlico (D), Nesse caso, a bobina do primrio ligada rede eltrica
de mesmo tamanho e mesma massa, presos a um fio e a do secundrio, ao circuito do aparelho eletrnico.
de seda so postos a oscilar na forma de um pndulo, Com base nessas informaes, responda:
conforme a figura. Eles passam por uma pequena regio
A) Esse transformador pode ser usado em uma rede
onde existe um campo magntico, perpendicular ao seus eltrica de corrente contnua? JUSTIFIQUE sua
planos de oscilao. Os atritos so desprezveis. A respeito resposta.
de seus movimentos, CORRETO afirmar que
B) Considere que, nesse transformador, as perdas de
energia e as resistncias eltricas das bobinas so
desprezveis e que a resistncia equivalente do
circuito ligado na bobina do secundrio de 30 .
A CALCULE a corrente na bobina do primrio.
X X
EXERCCIOS PROPOSTOS
X X B 01. (UFV-MG) As figuras a seguir representam uma espira
e um m prximos. Das situaes que se seguem,
a que NO corresponde induo de corrente na espira
aquela em que
N S
X X
FSICA
A) a espira e o m se afastam.
X X B
B) a espira est em repouso e o m se move para cima.
C) a espira se move para cima e o m para baixo.
A) o disco diminui sua oscilao e o anel oscila
indefinidamente. D) a espira e o m se aproximam.
E) a espira e o m se movem com a mesma velocidade
B) o anel diminui sua oscilao e o disco oscila
para a direita.
indefinidamente.
C) os dois diminuem suas oscilaes e param ao mesmo 02. (FCMMG) A figura mostra um circuito eltrico posicionado
tempo. num plano vertical, alimentado por uma bateria, contendo
D) os dois diminuem suas oscilaes e o disco para um resistor varivel R. Ao lado do circuito, existe uma
primeiro. espira retangular de fio condutor, suspensa por um cordo
isolante, que passa por uma roldana fixa. A seguir, so
05. (UFMG) O circuito de um aparelho eletrnico projetado listadas aes que provocam o aparecimento de uma
para funcionar com uma diferena de potencial de 12V. corrente induzida na espira, EXCETO
Para esse aparelho poder ser ligado rede eltrica
de 120V, utiliza-se um transformador, que reduz a
diferena de potencial. Esse transformador consiste Espira
em um ncleo de ferro, em que so enroladas duas
bobinas a do primrio e a do secundrio , como Q
mostrado nesta figura:
R
Secundrio
Primrio A) Girar a espira em torno do cordo que a sustenta.
B) Variar a resistncia R, mantendo a espira em repouso
no ponto P.
C) Subir a espira do ponto P ao Q, puxando o cordo.
D) Afastar o circuito da espira, mantendo a espira em
repouso no ponto P.
Editora Bernoulli
91
Frente D Mdulo 15
03. (UFMG2009) Sabe-se que uma corrente eltrica pode 05. (UFMG2006) Rafael utiliza duas bobinas, uma pilha, um
ser induzida em uma espira colocada prxima a um cabo interruptor e um ampermetro para fazer a montagem
de transmisso de corrente eltrica alternada, ou seja, mostrada nesta figura:
uma corrente que varia com o tempo. Considere que Bobina
uma espira retangular colocada prximo a um fio reto A
e longo de duas maneiras diferentes, como representado
Ampermetro
nestas figuras:
Pilha
Espira Espira
Bobina
Interruptor
Corrente
Na situao representada em I, o fio est perpendicular
ao plano da espira e, na situao representada em II,
t1 t2 Tempo
o fio est paralelo a um dos lados da espira. Nos dois
casos, h uma corrente alternada no fio. Considerando-se
essas informaes, CORRETO afirmar que uma corrente B)
Corrente
Figura 1 Figura 2
92 Coleo Estudo
Induco eletromagntica e transformadores
FSICA
S
A)
B) N
C) M P
N
D)
A) Fie vertical para cima, e Fei vertical para baixo.
Editora Bernoulli
93
Frente D Mdulo 15
Lmpada
A) o campo magntico no influenciar no tempo de
descida do aro. P Q
B) nada se pode dizer sobre a influncia do campo
Figura II:
magntico no tempo de queda, sem conhecer a m Esquema do dnamo
Bobina
resistncia eltrica do aro. fixa N S em certo instante
Rotor
C) o tempo gasto pelo aro, para atingir a base do plano,
maior do que o tempo que ele gastaria se o campo
magntico no existisse. Usando a descrio anterior e os seus conhecimentos de
Fsica, pode-se afirmar:
D) o tempo gasto pelo aro, para atingir a base do plano,
menor do que o tempo que ele gastaria se o campo A) A energia por unidade de tempo emitida pela lmpada
magntico no existisse. mostrada na figura I no depende da velocidade da
bicicleta.
13. (UFMG) Considere a situao descrita a seguir. B) No instante representado na figura II, o sentido
Em uma aula, o prof. Antnio apresenta uma montagem correto da corrente eltrica induzida do ponto Q
com dois anis dependurados, como representado na para o ponto P.
figura a seguir. C) A converso de energia mecnica em energia eltrica
Um dos anis de plstico material isolante e o outro ocorre devido variao temporal do fluxo magntico
de cobre material condutor. nas espiras (figura II).
Em seguida, o prof. Antnio mostra que o anel de plstico D) A velocidade angular do rotor (figura II) tem de
e o de cobre no so atrados nem repelidos por um m ser igual velocidade angular do pneu da bicicleta
que est parado em relao a eles. (figuraI), para a lmpada funcionar.
94 Coleo Estudo
Induco eletromagntica e transformadores
15. (UFRN2010) As usinas nucleares funcionam a partir da grande quantidade de calor liberada pelas reaes nucleares. O
calor absorvido por um circuito de gua primrio, do tipo ciclo fechado. Esse circuito fica em contato com outro, o circuito
secundrio, que, por sua vez, produz vapor de gua alta presso, para fazer girar uma turbina capaz de acionar um gerador
eltrico, conforme mostra, esquematicamente, a figura a seguir.
Reator Torre de
Turbina a vapor refrigerao
Vapor
de
gua Gerador
eltrico
Condensador
Com base nas informaes anteriores, a sequncia CORRETA das principais formas de energia envolvidas nesse processo
FSICA
D) energia nuclear, energia trmica, energia mecnica e energia eltrica.
16. (UFV-MG2007) As figuras a seguir representam diferentes arranjos de transformadores num sistema de transmisso de
energia eltrica. NA, NB, NC e ND representam o nmero de voltas dos enrolamentos nos transformadores. Supondoque
NA<NBequeNC>ND o arranjo CORRETO de transformadores para a transmisso de energia eltrica desde a usina at a
casa, por uma rede muito longa,
N N N N N N N N
B A D C A B C D
N N N N N N N N
A A D D B A C D
C) Usina Casa
N N N N
A B D C
Editora Bernoulli
95
Frente D Mdulo 15
17. (UFG-GO) A energia eltrica que chega s residncias, C) A bobina constituda por dois enrolamentos:
ao comrcio e indstria transportada por linhas de o primrio e o secundrio. A corrente varivel
transmisso na forma de corrente alternada. Sobre essa que atravessa o primrio induz a alta tenso no
modalidade de transporte de energia eltrica, julgue as secundrio.
afirmaes que se seguem: D) A bobina um transformador de potncia eltrica que
I. A transmisso por corrente alternada consolidou-se ao aumenta a energia do enrolamento primrio para uma
longo dos anos, mas no a forma mais conveniente energia que atinge milhares de volts no enrolamento
de transmisso devido s oscilaes na voltagem e secundrio.
na corrente.
E) A elevao da tenso pela bobina ocorre atravs da
II. A transmisso por corrente alternada conveniente, transmisso da corrente da bateria para as velas, por
porque a voltagem pode ser facilmente modificada meio de ondas eletromagnticas.
usando-se transformadores.
20. (Unimar-SP) Uma espira est imersa em um campo
III. Usando corrente alternada, pode-se realizar a
magntico cujo vetor B perpendicular espira. O mdulo
transmisso por longas distncias em alta voltagem e
de B varia conforme indica o grfico a seguir.
baixa corrente, minimizando as perdas por efeito Joule.
B
Est CORRETO o que se afirma em
A) I, apenas. D) I e III, apenas.
B) II, apenas. E) II e III, apenas.
C) I e II, apenas.
R1 0 t
0 t t
+
R2
B)
Ncleo de ferro 0 t
0 t t
A) N2 < N1.
B) R2 > R1.
C)
C) o ncleo de ferro fechado.
D) as espiras esto enroladas em sentidos contrrios.
0 t
E) a corrente que passa no primrio constante. t t
0
96 Coleo Estudo
Induco eletromagntica e transformadores
FSICA
no enrolamento secundrio, caracterizando o Princpio
da Conservao da Energia. Secundrio 2
Primrio 220 V
08. As correntes nos enrolamentos primrio e secundrio 8 800 V
desse transformador so iguais. Secundrio 1
120 V
16. A transferncia de potncia do enrolamento primrio
para o enrolamento secundrio no ocorre por
Considere que os valores das tenses sejam eficazes e
induo. que o transformador seja ideal.
Soma ( ) A) DETERMINE a relao entre o nmero de espiras no
enrolamento primrio e no secundrio 2.
23. (UFMG) Dois ms idnticos, I e II, so soltos B) Sabendo que a potncia no enrolamento primrio
simultaneamente, de uma mesma altura. Nessa queda, de 81 000 W e que a corrente no secundrio 2 de
o m I cai atravessando um cano de plstico e o m II, 150 A, CALCULE a corrente eltrica no enrolamento
secundrio 1.
um cano de cobre, como representado nesta figura:
m I m II
SEO ENEM
01. (Enem2002) Em usinas hidreltricas, a queda-dgua
Cano de Cano de move turbinas que acionam geradores. Em usinas elicas,
plstico cobre
os geradores so acionados por hlices movidas pelo
vento. Na converso direta solar-eltrica so clulas
fotovoltaicas que produzem tenso eltrica. Alm de
todos produzirem eletricidade, esses processos tm em
Sabe-se que um m no atrai objetos de plstico nem de comum o fato de
cobre e que o plstico isolante e o cobre, condutor de A) no provocarem impacto ambiental.
eletricidade. Despreze a resistncia do ar. Considerando
B) independerem de condies climticas.
essas informaes, responda:
C) a energia gerada poder ser armazenada.
O tempo que o m I leva para atingir o solo menor, igual
ou maior que o tempo gasto pelo m II? JUSTIFIQUE D) utilizarem fontes de energia renovveis.
sua resposta. E) dependerem das reservas de combustveis fsseis.
Editora Bernoulli
97
Frente D Mdulo 15
02. (Enem2007)
Gerador
A mochila tem uma estrutura rgida
semelhante usada por alpinista.
Compartimento
de carga
Com o projeto de mochila ilustrado anteriormente, pretende-se aproveitar, na gerao de energia eltrica para acionar
dispositivos eletrnicos portteis, parte da energia desperdiada no ato de caminhar. As transformaes de energia envolvidas
na produo de eletricidade enquanto uma pessoa caminha com essa mochila podem ser assim esquematizadas:
MOVIMENTO DA MOCHILA
Energia
Energia I
potencial
Energia II
As energias I e II, representadas no esquema anterior, podem ser identificadas, respectivamente, como
A) cintica e eltrica.
B) trmica e cintica.
C) trmica e eltrica.
D) sonora e trmica.
E) radiante e eltrica.
03. (Enem2010) H vrios tipos de tratamentos de doenas cerebrais que requerem a estimulao de partes do crebro por
correntes eltricas. Os eletrodos so introduzidos no crebro para gerar pequenas correntes em reas especficas. Para se
eliminar a necessidade de introduzir eletrodos no crebro, uma alternativa usar bobinas que, colocadas fora da cabea,
sejam capazes de induzir correntes eltricas no tecido cerebral.
Para que o tratamento de patologias cerebrais com bobinas seja realizado satisfatoriamente, necessrio que
A) haja um grande nmero de espiras nas bobinas, oque diminui a voltagem induzida.
B) o campo magntico criado pelas bobinas seja constante, de forma a haver induo eletromagntica.
C) se observe que a intensidade das correntes induzidas depende da intensidade da corrente nas bobinas.
D) a corrente nas bobinas seja contnua, para que o campo magntico possa ser de grande intensidade.
E) o campo magntico dirija a corrente eltrica das bobinas para dentro do crebro do paciente.
98 Coleo Estudo
Induco eletromagntica e transformadores
04. (Enem2010) Os dnamos so geradores de energia 05. (Enem2009) A eficincia de um processo de converso
eltrica utilizados em bicicletas para acender uma de energia definida como a razo entre a produo de
pequena lmpada. Para isso, necessrio que a parte energia ou trabalho til e o total de entrada de energia
mvel esteja em contato com o pneu da bicicleta e, no processo. A figura mostra um processo com diversas
quando ela entra em movimento, gerada energia eltrica etapas. Nesse caso, a eficincia geral ser igual ao produto
para acender a lmpada. Dentro desse gerador, encontra- das eficincias das etapas individuais. A entrada de energia
se um m euma bobina. que no se transforma em trabalho til perdida sob
formas no utilizveis (como resduos de calor).
Eficincia
geral = 1,6%
FSICA
A) Aumentar a quantidade de combustvel para queima
A) corrente eltrica no circuito fechado gera um campo
na usina de fora.
magntico nessa regio.
B) Utilizar lmpadas incandescentes, que geram pouco
B) bobina imersa no campo magntico em circuito
calor e muita luminosidade.
fechado gera uma corrente eltrica.
C) Manter o menor nmero possvel de aparelhos
C) bobina em atrito com o campo magntico no circuito eltricos em funcionamento nas moradias.
fechado gera uma corrente eltrica.
D) Utilizar cabos com menor dimetro nas linhas de
D) corrente eltrica gerada pelo circuito fechado por transmisso a fim de economizar o material condutor.
causa da presena do campo magntico. E) Utilizar materiais com melhores propriedades
E) corrente eltrica gerada em circuito fechado quando condutoras nas linhas de transmisso e lmpadas
h variao do campo magntico. fluorescentes nas moradias.
06. (Enem1999) A tabela a seguir apresenta alguns exemplos de processos, fenmenos ou objetos em que ocorrem transformaes
de energia. Nessa tabela, aparecem as direes de transformaes de energia. Por exemplo, o termopar um dispositivo onde
energia trmica se transforma em energia eltrica.
De
Eltrica Qumica Mecnica Trmica
Em
Reaes
Qumica
endotrmicas
Trmica Fuso
Editora Bernoulli
99
Frente D Mdulo 15
GABARITO 18. E
19. C
Fixao 20. A
01. C 21. C
05. A) No, pois a corrente contnua no produz correntes parasitas induzidas nesse cano. Dessa
variao do fluxo magntico nas espiras do forma, o m recebe uma fora de frenagem
transformador, e, consequentemente, no h eletromagntica que retarda a sua queda.
tenso induzida nosecundrio. O mesmo no acontece no cano de plstico, pois
este isolante.
B) ip = 4,0 x 102 A
09. D B) 400 A
10. A
Seo Enem
11. B
01. D
12. C
02. A
13. B
03. C
14. C
15. D 04. E
16. D 05. E
17. E 06. A